Oficina de Fitoterapia acontecerá no perímetro da Cohidro em Lagarto

Folha-de-Guaco,-utilizada-para-combater-a-tosse-da-gripe – Foto: Ascom/Cohidro

Lambedor de Guaco para combater a tosse da gripe; tinturas, óleos e shampoos com plantas curativas; sabão medicinal para Escabiose e sabonetes de Erva Doce; pomada de Arnica para dores e contusões. Estes são alguns dos produtos que a I Oficina de Fitoterapia e Práticas Integrativas e Populares de Cuidado propõe ensinar a teoria e a prática de feição, em duas terças-feiras de curso, nos dias 30 de agosto e 6 de setembro, na Farmácia Viva de plantas medicinais do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe), no município de Lagarto.

A capacitação é voltada para agentes públicos de saúde, líderes comunitários, estudantes e pessoas ambientadas às práticas de medicina alternativa por meio do uso de plantas medicinais. A organização é iniciativa da gerência do Perímetro Piauí, da Associação de Moradores “Maria José dos Santos” do Povoado Brejo e do Movimento Popular de Saúde Sergipe (Mops). Segundo o Técnico Agrícola da Cohidro, Marcos Emílio Almeida, as vagas são limitadas e a distribuição dará preferência à comunidade abrangida pelo polo de irrigação.

“As inscrições estão sendo feitas no site da Cohidro e são abertas para qualquer pessoa, mas ao menos metade das 25 vagas estarão sendo destinadas as pessoas que residem e trabalham nos povoados Moita Redonda, Fazenda Grande, Brejo e adjacências. O restante das vagas será destinado aos demais inscritos”, explicou Marcos Emílio, informando que os interessados poderão se inscrever até a véspera, 29 de agosto, o que pode ser feito clicando aqui.

Rosimeire Barbosa, mais conhecida como Meirinha, é Coordenadora do Curso de Extensão em Farmácia no Campus de Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ela é responsável pelo horto de plantas medicinais criados pelo convênio entre a Cohidro e a Instituição de Ensino e vai ministrar a Oficina. Além da transmissão do conhecimento para lidar com as ervas medicinais, a intenção dela com a capacitação é envolver mais pessoas da comunidade em que ela também vive, o Povoado Brejo e redondezas, nas práticas integrativas.

“A partir destas duas terças-feiras, vamos criar um grupo de estudos e pesquisas com as mulheres deste Perímetro, o que é até mesmo uma forma de geração de renda”, explicou Meirinha. Segundo ela, embora sejam dois dias de atividades, cada um deles terá atividades diferentes um do outro. “Serão dois dias a oficina e vamos emitir certificado, para quem participar dos dois dias”, complementou, lembrando que se trata de uma realização que conta com o apoio da própria UFS, da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Ministério da Saúde.

Farmácia Viva
Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, a Farmácia Viva foi criada para desenvolver o hábito da cura pelas plantas no Perímetro Piauí. “A Empresa contribuiu doando o espaço, insumos, materiais de construção e diariamente fornece água de irrigação, além da atenção dada pelos nossos técnicos agrícolas. Ali os agricultores irrigantes participam, procurando espécies medicinais que poderão plantar em seus lotes, mas os próprios produtores levam também as plantas que eles conhecem, para enriquecer a coleção de plantas, contribuindo com os estudos e disseminação deste conhecimento popular, que assim permanece vivo”, avaliou.

João Quintiliano da Fonseca Neto, diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, esclarece que “como já é constante a visitação de estudantes nos lotes, em nossa Estação Meteorológica e nas estações de Bombeamento, acaba que este é mais um espaço, dentro do Perímetro Piauí, que contribui com o conhecimento acadêmico. Os estudantes desses cursos complementares e universitários da UFS usam desse acervo de plantas para estudo e realização de pesquisas”, concluiu.

Cohidro recebe mais de R$ 11 milhões em investimentos e melhora vida dos produtores sergipanos

Implementados pelo Governo do Estado, projetos Califórnia, Jabiberi e Piauí, em Canindé, Tobias e Lagarto, respectivamente, recebem recursos do Proinveste para alavancar produção e oferecer qualidade de vida ao sergipano/ Fotos: Victor Ribeiro/ASN

No extremo oeste, Alto Sertão sergipano, município de Canindé do São Francisco, produtores rurais ganham representatividade e se desenvolvem econômica e socialmente por meio da plantação de frutas e hortaliças. Em outra ponta do estado, no Centro Sul, pequenos pecuaristas produzem milhares de litros de leite em Tobias Barreto e cultivam produtos diversos em Lagarto, muitas vezes de forma orgânica [sem uso de agrotóxicos]. Tudo isso é possível por conta dos perímetros irrigados Califórnia, Jabiberi e Piauí, respectivamente. As iniciativas foram implementadas pelo Governo do Estado e são administradas pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que recebeu R$ 11 milhões do Proinveste para investimento nos perímetros, aquisição de novos equipamentos que irão auxiliar nos trabalhos de perfuração de poços, além de limpeza e manutenção de barragens e ações de infraestrutura da empresa. Com quase 30 anos de funcionamento, os perímetros recebem R$ 7 milhões para fomentar a produção sergipana e oferecer qualidade de vida ao sergipano.

A água é a alavanca que sustenta os perímetros. Por meio da irrigação, produtores como João Aureliano da Silva, do Califórnia, mudaram a perspectiva de vida. “Meu braço forte é o Estado, que nos traz a água. Antes da implementação do perímetro, era sofrido. Tínhamos que pegar água dos caminhões e de barragem e o trabalho era grande. Nem trator existia. Então nós usávamos arado de boi e na roça você via queimadas. Não havia outras soluções. Depois que o Califórnia começou foi uma maravilha. Nossa renda melhorou e quem sabe controlar o que ganha, não fica sem pão. A diferença do que eu recebia antes e agora é muito grande”, conta Aureliano, que também é o presidente da Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (Assai).

Para o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, o investimento do Estado em irrigação movimenta a economia dos municípios do interior e garante renda para os pequenos produtores sergipanos. “Investir na reestruturação da irrigação pública do Estado é cada vez mais contribuir com um saldo econômico mais positivo. Essa agricultura familiar, que atendemos nos perímetros, gera de riqueza R$ 112 milhões ao ano e pode passar a produzir ainda mais, com o incremento nas instalações e equipamentos, que resultará em melhoria no fornecimento de água”.

Em Sergipe, são 14 mil pessoas beneficiadas diretamente com irrigação. Só no ano passado, foram produzidos 119 mil toneladas de alimentos. Desse total, mais de 40.419 toneladas foram no projeto Califórnia, em Canindé de São Francisco. São 1.360 produtores que trabalham em 333 lotes, 2.788 hectares de área atendida com a irrigação que geram R$ 5 milhões mensais de renda para os trabalhadores rurais, dinheiro injetado na economia do município. O projeto atualmente atende a seis mil pessoas diretas e quatro mil indiretas. Dentre as culturas encontradas na localidade, estão as de goiaba, acerola, manga, maracujá, macaxeira, feijão de corda, milho, tomate, pimentão, alface, coentro, cebolinha e rúcula e hortaliças em geral.

De acordo com o gerente do Califórnia, Edmilson Cordeiro, o perímetro é responsável por gerar 35% da arrecadação do município. A movimentação econômica também foi comentada por Felizola, que destaca que o projeto proporciona geração de riqueza para a população carente. “Costumamos dizer que Canindé é outro município depois da instalação do Califórnia, pois a usina hidroelétrica gera muito dinheiro para poucos e o perímetro gera muita riqueza para a população de baixa renda. O Califórnia movimenta a economia local em termos de venda de insumos agrícolas, mercadorias e transporte de produtos. E o que a gente quer fazer é agregar valor a esses alimentos, de modo que, estamos incentivando a criação de um centro de distribuição no município, que depois tentaremos levar para outros locais”, afirmou o presidente da Cohidro.

O projeto Califórnia recebe investimento de R$ 4 milhões. O Governo do Estado promove reforma do prédio onde funciona a sede do perímetro, melhorias nos sete quilômetros de canais, sendo que os dois quilômetros mais críticos já estão praticamente concluídos, e destina 37 novas bombas apenas para a localidade. As intervenções pretendem regularizar a capacidade de fornecer água à agricultura e até ampliar a quantidade de terra irrigada, fazendo, por tabela, com que a produção e renda aumentem.

“O Califórnia ofereceu bastante qualidade de vida. Se não houvesse essa iniciativa, o produtor não estaria mais aqui, pois procuraria outra região para trabalhar. Aconteceria que não ia caber tanta gente na cidade, que tem em torno de 28.000 habitantes. Estou aqui desde quando fundaram o projeto e acompanho todo o desenvolvimento desses agricultores. Antes eles andavam em cima de um jegue. Hoje é uma moto, um carro. A qualidade de vida da família melhorou bastante. Por meio dessa assistência técnica, eles já aprenderam bastante a plantar, produzir e a colher em cima do sistema de irrigação. A equipe técnica da Cohidro desenvolve palestras, seminários, cursos e promove visitas individuais”, comenta o gerente do perímetro.

Para aumentar o nível de competitividade dos agricultores irrigantes, o Estado, por meio da Cohidro, firmou parceria com a Embrapa para implementar campos experimentais na região do Califórnia. O resultado desse trabalho é a produção de uva de mesa no sertão de Sergipe, trazendo a tecnologia que já é destaque em Petrolina, Pernambuco. Os produtores entram com a mão de obra e a terra e são acompanhados diretamente pela Instituição Federal. Eles vão lucrar com o parreiral e se transformar em multiplicadores das técnicas empregadas aos outros irrigantes.

Canindé também é destaque no perímetro pela preocupação com a agricultura orgânica. A Cohidro acompanha um grupo de produtores no processo de conversão agroecológica e na regularização deles em entidades junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para essa produção, a empresa cedeu um lote à Associação de Produtores Orgânicos. Além de atividades de instrução realizadas pelos técnicos agrícolas, os alimentos orgânicos gerados estão sendo vendidos nas feiras semanais e no próprio local, que virou ponto de visitação.

E não só os orgânicos são destinados às feiras livres. Cidades de Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco, além de escolas de municípios diversos, recebem alimentos produzidos no local. Outro modo de venda de alimentos é apor meio da parceria com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que compra a produção para que seja repassada para instituições beneficentes doarem a pessoas em situação de insegurança alimentar ou no preparo de refeições. A proposta do perímetro de Canindé é fornecer 87 toneladas de alimentos.

Lagarto

O perímetro Piauí, em Lagarto, gerou, apenas no ano passado, 8.868 toneladas de alimentos, sendo 1.595 de tomate, 1.400 de mandioca e 1.116 de quiabo. Em valores atualizados pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), foram gerados R$ 15 milhões com a comercialização dessa produção agrícola, que favoreceu em renda 3.515 pessoas diretamente beneficiadas.
Do Proinveste, o perímetro em Lagarto recebe R$ 762.400. Dentre os investimentos previstos para a localidade, há oito novas moto-bombas, equipamento composto de motor elétrico de 75CV e bomba centrífuga, que vão reequipar a Estação de Bombeamento (EB) 02, substituindo os aparelhos antigos, investimento de R$ 189.900. Todas as tubulações que vão servir estas máquinas já foram reformadas por outra demanda atendida pelo Proinveste.

Segundo o gerente do Piauí, Gildo Almeida, o perímetro atende a quase 400 produtores e são desenvolvidas 28 culturas, como batata, repolho, couve, pimenta, milho verde, amendoim, batata doce, alface, maçã, macaxeira, pimentão e maracujá. O projeto também incentiva a agricultura orgânica. Uma das pessoas que investe nisso é João Pacheco, que conta que já trabalhou por um tempo com agrotóxicos. “Parei porque não me fazia bem. Então fui atrás da produção orgânica e tenho de tudo um pouco. Além de vender aqui do lado da minha casa, também comercializo na feira em Lagarto. Se não fosse a ajuda do Estado, não estaria aqui”.

O Piauí, assim como o Califórnia, também destina a produção para feiras livres e mantém parceria com o PAA. A Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP) já entregou neste ano 84 toneladas de sua produção agrícola, gerada pela irrigação pública do Governo do Estado, a seis entidades socioassistenciais do município, que juntas atendem a 6.860 pessoas. Foram cinco entregas quinzenais desde abril e a APPIP vai continuar a entregar por mais nove meses, atingindo, ao final, total de 296 toneladas de alimentos doados.

“Para nós, a ajuda do perímetro é uma grandeza, pois além do governo estar contribuindo através do sistema de irrigação, temos a ajuda dos técnicos. Com isso começamos a produzir e há enriquecimento para a comunidade. Essa é uma forma de manter o homem no campo, que é a nossa preocupação. Vemos o desemprego no dia a dia e essa parceria com o governo faz com que o homem tenha segurança e não vá para a cidade”, destaca o presidente da APPIP, Antônio Amorim.

Tobias Barreto

Em Tobias Barreto, ao contrário dos outros dois projetos, o foco é a pecuária. Dos 74 lotes, 45 são para produção de leite. O destaque para o perímetro Jabiberi é que, por meio de associação criada pelos produtores, foi construído um laticínio que está em processo de legalização. O espaço adquire todo o leite do perímetro e processa, em média, entre dois e cinco mil litros por dia. A iniciativa foi possível porque o perímetro adotou o projeto ‘Balde Cheio’, que consiste na divisão dos lotes em piquetes menores, onde o gado pasta por um período e depois é manejado para outro, no qual o capim está maior. Enquanto as vacas se alimentam em um dos cercados, os outros estão recebendo água através da irrigação e adubação para novamente crescer e, no futuro, depois desse período de descanso e recuperação, a área recebe novamente os animais.

Segundo o gerente do Jabiberi, José Reis Coelho, a produção de leite no perímetro em 2015 chegou a 3.679 litros/dia e 1.342.795 litros durante o ano. Em 2009, ano de início do ‘Balde Cheio’, eram 1.087 l/d e 396.755 l/a, respectivamente. Levando em consideração o preço médio atual do leite de R$ 1, ele conta que o perímetro consegue gerar mais de R$ 1,5 milhão em recursos. O produtor modelo da região é Pedro Vidal. Ele começou com 600 litros/mês e chegou a 6.500 l/mês, uma evolução alcançada em apenas dois anos. “A mudança em minha vida foi grande. Antes trabalhava em uma fazenda como empregado. Então fiquei sabendo do projeto ‘Balde Cheio’, acreditei e quis participar. A renda de casa melhorou quase 100%. Deixei de ser empregado para ter meu próprio canto com os animais, e gosto demais de trabalhar com isso”, conta Pedro.

O Governo do Estado investe em modernização no perímetro de Tobias Barreto, a exemplo de iniciativas como implementação de cercas elétricas. Além disso, o diretor-presidente da Cohidro comenta que a intenção é promover mais ações. “Temos muitos investimentos em infraestrutura para fazer em Tobias. Além da limpeza da barragem e perfuração de poços, colocaremos novas tomadas para a água chegar com melhor qualidade e rapidez no lote do produtor. Tem também a questão do calçamento, que está em fase de licitação e perto de ser concluída”, resume. O gerente do Jabiberi complementa que, além disso, haverá a implantação do projeto Dom Távora para construção de 74 reservatórios para cada um dos produtores, atingindo cerca de R$ 700 mil. No total, o perímetro tem R$ 1,2 milhão destinado pelo Proinveste.

Por meio desses investimentos, não só a comunidade do Jabiberi, como a região se desenvolve, de acordo com José Reis Coelho. Ele destaca que, de forma direta ou indireta, todos se beneficiam, seja com a contratação de mão de obra da circunvizinhança, ou na compra do leite produzido no perímetro, que é de qualidade.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Perímetro Jacarecida I da Cohidro é líder na produção de Batata-doce

A Roxa-branca é das variedades mais comuns no Jacarecica I

De janeiro até maio, tem produtor colhendo Batata-doce no Jacarecica I, que é o perímetro irrigado que mais produz dentre os administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Em 2015, foram quase quatro mil toneladas (ton) do alimento, ocupando 198 hectares (ha) dos 251 da área total irrigada. Localizado no município de Itabaiana, no Pólo Irrigado os agricultores agora se aproveitam da alta no preço para produzir mais o tubérculo, incrementando os tratos culturais e atingindo produtividades de até 34ton/ha.

Os tratos culturais da Batata-doce são mais simples do que em outras culturas e a ausência de doenças, que prejudiquem seu desenvolvimento, facilitam ainda mais o manejo do produto. Esses fatores incidem na redução do custo de produção, incluindo o de mão de obra, o que incentiva a preferencia de praticamente todos os 126 agricultores irrigantes do Jacarecica I pelo cultivo. Luiz Joaquim de Oliveira é um deles. Nascido na região, há 30 anos trabalha no seu lote de 2ha no Perímetro, onde cultiva as variedades Roxa-branca, a Branca e a Paulistinha.

“É uma plantação isenta de pragas e doenças, o preço que agora está em alta e ela não é exigente em mão de obra, como em outras cultas. Nos tratos culturais, duas pessoas dão conta de minha área, só contrato mais quando é para a colheita. Não tem que pelejar com tóxico, como em outras culturas e isso ninguém quer mais fazer não”, justificou Luiz Joaquim. Sua plantação do tubérculo constantemente ocupa 1ha do seu lote. Quanto não está plantada a Batata-doce, tem Coentro, outra das preferências do Jacarecica I, Milho ou quiabo, todas como cultura de rotação.

Gerente do Perímetro, Osvaldo Nunez da Cruz considera Joaquim de Oliveira um dos mais bem-sucedidos produtores da Batata-doce no Jacarecica I. “Ele colhe entre 50 e 60 sacos, o que equivale a 2ton porcada tira de 0,08ha, alcançando uma produtividade de 24ton/ha. Ele, como os demais produtores, tanto escolheram essa planta pela maior facilidade para cultivar, mas também pelo mercado promissor. Tem bastante procura pelos feirantes e intermediários que chegam a pagar para o agricultor o preço de R$ 1,25 por quilo do produto”, considerou.

Alta produtividade

No lote do produtor irrigante José Benício de Mendonça são 1,5ha dedicados à Batata-doce, a produtividade da variedade Roxa-branca atingiu um patamar considerado acima da média, com a marca de 34ton/ha. Para o Técnico em Agropecuária da Cohidro, José Givaldo Oliveira, este resultado não poderia vir em momento melhor para o agricultor. Para ele, responsável pela assistência técnica nesta área do Jacarecia I, o momento é propício com a melhora no valor de venda e isso anima, aumenta a dedicação de quem cultiva a Batata-doce.

“O resultado da produção de José Benício superou as expectativas da região. O ótimo preço da Batata-doce no comércio faz com que as áreas dedicadas para o produto aumentem e os produtores passem a investir mais em insumos de melhor qualidade, com melhor adubação, melhores equipamentos de irrigação e mão de obra mais constante e qualificada”, comemorou o técnico José Givaldo. Ele explica ainda que as variedades mais comuns são a Roxa-branca e a Branca, justamente pela produtividade e pela precocidade, propiciando a colheita em três meses depois de plantada.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, acompanha o cultivo da Batata-doce e informa que outros perímetros irrigados da Companhia como a Ribeira em Itabaiana, o Jacarecica II, em Malhador e Riachuelo e ainda o Piauí, em Lagarto, são grandes produtores do tubérculo e só têm aumentando sua produção, motivados pelo bom preço e oferta da irrigação. “É um produto considerado altamente nutritivo e podendo ser alimento para todo tipo de pessoa. É fonte de energia, minerais e vitaminas, por isso ultimamente está sendo muito requerido nas dietas para perda de peso e para quem frequenta academias de ginástica”, disse.

Batata-doce Ourinho

Catalogada por pesquisadores como uma variedade legitimamente sergipana, a Barata-doce Ourinho ocupa um patamar de destaque e é considerada de qualidade superior em comparação aos outros tipos cultivados. A Ourinho é preferida para aplicação em receitas culinárias em diversas partes do Brasil e até internacionais, devido sua coloração mais amarelada que as demais. Mas por ser de colheita mais tardia, quatro meses, ela acaba por ser preterida pelos agricultores. O que não é o caso do agricultor irrigante do Jacarecica I, José Hunaldo Oliveira de Goes, que na colheita, feita neste início do ano, teve boa rentabilidade com a cultivar.

Para o técnico José Givaldo a produção da Ourinho, por não ser comercial na região, superou as expectativas de produção na área de José Hunaldo. “Com um produto de ótima qualidade, o resultado foi ótimo para o Produtor, ainda mais com o ótimo preço praticado na hora de vender esta variedade. A produtividade de 25ton/ha, teve fruto no fato do Agricultor seguir corretamente as orientações técnicas, assim como adubação, manejo de irrigação e tratos culturais”, revelou o Servidor da Cohidro.

Diretor de irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto explica que foram colhidas, ato todo, 9.108 quilos de Batata-doce nos perímetros da Companhia em 2015. “As maiores produtividades do tubérculo são encontradas aonde existe irrigação e por isso é um dos cultivos mais escolhidos para utilizar da irrigação oferecida pelo Governo de Estado. Pela facilidade de plantio, pela reduzida utilização de insumos comerciais e de mão de obra, se torna um ótimo investimento, de baixo custo e de retorno rápido para o irrigante”, concluiu.

Servidores da Cohidro participam de palestras e exames de saúde

As palestras foram focadas na conscientização em saúde sobre os males do Tabagismo e do Alcoolismo

Na última segunda-feira, 15, foram oferecidas aos funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe, (Cohidro), palestras focadas na conscientização em saúde sobre os males do Tabagismo e do Alcoolismo. Além disso, uma equipe com técnicas de enfermagem atendeu aos servidores, fazendo exames para identificar o nível de glicemia no sangue e a aferição da pressão arterial. Respectivamente, as atividades foram desenvolvidas pelas secretarias de saúde do Estado (SES) e Municipal de Aracaju (SMS).

A iniciativa partiu da Gerência de Recursos Humanos (Gerhu) da Cohidro, através dos departamentos de Desenvolvimento Humano (Didhu) e Segurança no Trabalho (Dissa). Contribuiu para a realização Simone Melo, estagiaria de enfermagem da Associação de Servidores da Cohidro (ASC), convidando na SES e SMS, todas as equipes para a realização dessas atividades aos funcionários.

A primeira palestra foi sobre o Tabagismo, realizada pela enfermeira Lívia Angélica, representante da Coordenação de Redes de Atenção à Saúde da SES. Ela trabalha há 12 anos com a prevenção dos males ligados ao hábito de fumar e falou sobre a importância da prevenção de doenças e causadas pelo fumo e como essas atividades de conscientização podem ajudar nisso.

“O principal objetivo com essas palestras, para os Órgãos Públicos, é que você multiplica a informação, que pode trazer boas mudanças do seu comportamento. Multiplicar isso no momento oportuno, por que a informação é sempre bom, você vai usar na hora que você precisa. O paciente consciente, ele pensa a respeito do contexto de um indivíduo como o todo e qualquer pessoa que sabe o que é prejudicial, às coisas que são danosas, agora podem fazer a escolha certa”, ressalta Lívia Angélica.

No segundo momento o palestrante Nilson Silva, da Coordenação de Doenças Mentais da SES, fala sobre o alcoolismo e as situações que podem ser causadas através do consumo do álcool. “A bebida, tem mais situações dramáticas do que cômicas. A gente vê acidentes de carro, situações de riscos, que causa sofrimento para a família toda, por causa da relação com o álcool”. Nilson relata que o álcool é um tipo de droga licita, a substância pode causar dano para o organismo e a informação sobre o tema serve para que as pessoas reflitam sobre o tipo de benefício ou malefício pode ser produzido no comportamento, depois de consumir.

O diretor Administrativo Financeiro da Cohidro, Jorge Kleber Soares Lima, incentivou a ação das gerências de recursos humanos, que optaram por trazer especialistas à Empresa para falar de saúde. “Eles têm que tratar da parte boa da relação entre empresa e funcionário, que são os rendimentos, os benefícios e gozo de férias, mas precisam provocar este servidor, o material humano da Companhia, às questões que implicam tanto na qualidade do serviço prestado por eles, quanto na qualidade de vida que eles levam. Empresa boa de trabalhar não é a que paga melhor, é aquela onde se vive bem para aproveitar dos rendimentos, fruto desse trabalho”, concluiu.

Na mesma linha, o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, defende a realização de eventos internos com foco nos servidores. “Assim como são boas as festas e confraternizações, as palestras de conscientização e cursos de aperfeiçoamento precisam fazer parte do cotidiano do funcionário. É importante que a Empresa se atente em como está indo a saúde dos seus colaboradores, pois se ele adoece, é também uma parte certamente fundamental desta Companhia que cai enferma, deixando a população carente do atendimento que aquele posto de trabalho garantiria. E nosso foco é esse, não tenha dúvida”, considera.

Posto médico

Simone Melo acredita que o objetivo maior do evento é a prevenção e escolheu temas relacionados com as necessidades dos servidores. “Toda empresa trabalha com a prevenção, por isso aderi à ideia das palestras aqui na Cohidro, que tem um índice de funcionários hipertensos e com a glicemia alta. E o outro ponto é sobre o alcoolismo e tabagismo, que existem funcionários que necessitam da informação para a prevenção”, afirma.

A Estagiaria justifica que essa informação relacionada a condição de saúde dos servidores vem do posto médico mantido pela ASC e que funciona na Cohidro, composto por um médico Clínico Geral, Cirurgiã Dentista, uma Técnica de Enfermagem e também ela, como estagiaria da Enfermagem. “Aqui nós temos um controle, existe um monitoramento, tudo organizado para fazer os acompanhamentos dos funcionários dia a dia”, disse Simone. Ela estuda a realização de eventos futuros com novos temas, todos voltados à prevenção, para que os servidores ganhem conhecimento com as informações sobre saúde.

Glicemia e pressão arterial

Também esteve presente nessa iniciativa Mariana Aragão, representante da SMS que conta como é participação da Secretária nesses eventos. “Na verdade, nós nos sentimos lisonjeadas por estas instituições nos chamarem para esses locais porque, de alguma forma, nós estamos levando a promoção e a prevenção à saúde para os trabalhadores. Hoje aqui a gente está medindo a pressão arterial e a glicemia e quando a gente vê que deu alguma alteração, encaminhamos ao posto daqui da Cohidro”, explicou.

Para Genivalda Silveira, coordenadora da Didhu da Cohidro, o evento é importante para mostrar o conhecimento e atentar o público para os cuidados pessoais. “Precisamos cuidar da nossa saúde, para prolongar o nosso tempo de vida. A intenção da palestra é de que as pessoas venham, escutem as informações e observem onde precisam melhorar. Pretendemos colocar esse tipo de projeto para frente e incluir a área de Saúde e Segurança no Trabalho”, complementou.

Governo de Sergipe coordena evento nacional de acompanhamento do Programa Água Doce

Iniciativa visa à implantação e recuperação de dessalinizadores para garantia do fornecimento de água de qualidade para um quarto da população rural do semiárido | Foto: Ascom/Semarh

A cidade de Aracaju sediará entre os dias 23 e 25 de agosto a II Reunião de Acompanhamento da Execução do Programa Água Doce (PAD) e o Curso de Capacitação Técnica nos Componentes do Programa. A solenidade acontecerá no Hotel Mercure sob a coordenação do Governo de Sergipe e reunirá secretários de Estado e coordenadores estaduais.

Segundo a programação do evento, no primeiro dia haverá apresentações do curso e do Sistema Informação do Programa Água Doce, orientações técnicas e encaminhamentos para atualização do Documento Base. O coordenador nacional do Programa, Renato Saraiva Ferreira e o hidrogeólogo consultor do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Martins, estarão presentes na abertura do evento.

Água Doce

Iniciativa visa à implantação e recuperação de dessalinizadores para garantia do fornecimento de água de qualidade para um quarto da população rural do semiárido | Foto: Ascom/Semarh

O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil, tendo o compromisso de garantir o uso sustentável dos recursos hídricos, promovendo a convivência com o semiárido a partir da sustentabilidade ambiental e social beneficiando cerca de 100 mil pessoas em 154 localidades do Nordeste.

Alguns municípios e comunidades a serem atendidos na primeira fase do convênio são Monte Alegre: Lagoa do Roçado; Nossa Senhora da Glória: Periquito, Assentamento Fortaleza, Aningas, Retiro II; Poço Verde: Cova da Índia, Saco do Camisa e Ponta da Serra. A escolha dessas comunidades se deu a partir de critérios determinados pelo Programa, como IDH, número de famílias (mínimo de 100) e aglomeração mínima. Uma equipe multidisciplinar que agrega diversas instituições parceiras, como órgãos do Governo (Semarh, Seagri, Emdagro, Pronese, Cohidro, Defesa Civil, Vigilância Sanitária, Deso, Adema), DNOCS, Codevasf, Embrapa, Universidade Federal de Sergipe (UFS), ASA e Incra forma um núcleo soberano na tomada de decisões e de todas as ações do PAD.

Leia a matéria completa clicando aqui

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

 

Cohidro e Codevasf ajustam continuidade de parcerias em Canindé

Foto Ascom-Cohidro

Em uma primeira visita, após assumir como superintendência Estadual da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) em Sergipe, César Mandarino esteve na manhã desta terça-feira, 9, na sede da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Junto do presidente da Estatal Sergipana, José Carlos Felizola Filho e diretores executivos, definiram acordos para operacionalização da Estação de Bombeamento (EB) 100 em Canindé de São Francisco, de uso compartilhado entre as duas as Empresas.

Após ser captada no Rio São Francisco, a água para irrigação dos perímetros irrigados Califórnia, administrado pela Cohidro e Jacar-Curituba, administrado pela Codevasf, passam pela EB-100, onde as bombas de cada Companhia fazem chegar irrigação em seus devidos polos agrícolas, através de EBs secundárias e terciárias.

“O trabalho de operação e manutenção dos equipamentos, além dos custos extras destes serviços e o custeio do consumo com eletricidade desta estação principal, compartilhada, vinha sendo todo arcado pela Empresa Estatal Sergipana. Diante do atual aspecto financeiro, de contenção de gastos, em que o Governo do Estado se encontra, criou-se a necessidade de ser revista esta incumbência, já que se trata de um projeto de irrigação administrado pelo Governo Federal, através da Codevasf, que fornecem água para área de reforma agrária conduzida pela Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra).

Na reunião, os gestores concluiram que irão buscar, em Brasília, definir se ficará sob responsabilidade da Codevasf ou do Incra a função de custear a parte que cabe ao Jacaré-Curituba no consumo com eletricidade da EB-100. Assim como, também do Distrito Federal, ambas as Companhias irão fazer um esforço conjunto para conquistar custeio para a recuperação destes equipamentos desta instalação, que na parte que cabe ao Califórnia, são 29 anos de uso sem sofrer uma intervenção para substituição de equipamentos.

“Diante dos inúmeros esforços, que toda máquina administrativa do Governo do Estado vem fazendo para cortar gastos, não é mais possível da Cohidro custear totalmente as tarifas elétricas da EB-100, custo que deveria ser dividido. Por mais que seja reconhecido por nós, o fim social do Jacaré-Curituba, a Empresa tem pesada carga com o compromisso do consumo elétrico de todas sete EBs do Califórnia de dos outros três dos nossos perímetros, com mais cinco EBs”, ponderou o presidente Felizola que na reunião estava acompanhado dos seus diretores Administrativo e Financeiro, Jorge Kleber Soares Lima e de Irrigação e Desenvolvimento Agrário, João Quintiliano da Fonseca Neto.

Governo de Sergipe adquire 45 bombas de irrigação pelo Proinveste

Novas bombas chegaram à Cohidro no final da última semana – Foto Ascom-Cohidro

Sexta-feira, 5, foram desembarcadas, no pátio da Companhia de Desenvolvimento de recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), 37 bombas novas, adquiridas com recursos do Proinveste do Governo do Estado de Sergipe e que irão equipar os perímetros irrigados Piauí, em Lagarto e Califórnia, em Canindé de São Francisco. O investimento total de R$ 507.900, para aquisição de 45 destes equipamentos, integra as ações de recuperação dos polos de irrigação pública, trazendo melhora no sustento de 4.875 pessoas no campo.

Para Lagarto são oito moto-bombas, equipamento composto de motor elétrico de 75CV e bomba centrífuga, que vão reequipar a Estação de Bombeamento (EB) 02, substituindo os equipamentos antigos, investimento de R$ 189.900. Todas as tubulações que vão servir estas máquinas já foram reformadas por outra demanda atendida pelo Proinveste no Perímetro Irrigado Piauí. Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola, João Quintiliano da Fonseca Neto, as aquisições vêm em boa hora e darão mais suporte à irrigação.

“Com a chegada desses equipamentos a irrigação nos lotes dos produtores irá melhorar o fornecimento de água, podendo até aumentar a oferta. Um detalhe importante é que essas bombas antigas, agora substituídas, ficarão no Perímetro Piauí dando suporte em caso de falha de alguma das novas. Assim, o risco de interrupção no fornecimento de irrigação vai ser menor e com períodos de paradas técnicas muito curtos, pois haverá equipamentos sobressalentes, o que não tínhamos, até hoje”, Avaliou João Fonseca.

As duas EBs do Piauí suplantam 41 km de adutoras a uma vazão de 2.960 m³/h, para atender uma área irrigada de 703 ha, subdividida em 421 lotes agrícolas. Em 2015, a irrigação pública fornecida a esses agricultores familiares gerou 8.868 toneladas de alimentos, 1.595 só de tomate,1.400 de mandioca e 1.116 de quiabo. Em valores atualizados pelo IGP-M, está estimado em R$ 15 milhões o valor para a comercialização desta produção agrícola obtida no perímetro irrigado no ano anterior, o que favoreceu em renda as 3.515 pessoas diretamente beneficiadas.

O diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, considera que as melhorias tendem a superar os números anteriores de produção. “A soma da produção do próximo ano, que em todo exercício estarão as novas bombas em funcionamento, vão mostrar certamente um aumento na produção. Vai haver mais água chegando nos lotes e com menos tempo de paradas. Hoje temos equipamentos com quase 30 anos de uso e com os novos tudo muda, até o custo de operação diminui, pois são equipamentos modernos e de consumo elétrico reduzido. Isso tudo, no fim, repercute em economia para o Governo do Estado manter o Perímetro Piauí e mais renda para o agricultor, conclui.

Califórnia

No Califórnia, em Canindé, serão 37 novas bombas centrífugas, para serem empregadas nas EBs secundária (02) e terciárias (03 até 07). Destas, já 34 foram entregues, se somadas as cinco que chegaram em junho. Diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral informa que está previsto receber do fabricante as três bombas restantes ainda em agosto e assim fazer a instalação. Ele também explica que este é somente um dos investimentos da Empresa no Perímetro Irrigado.

“A instalação será feita pelos técnicos da Cohidro, de forma gradativa, pois sempre é seguida de testes de desempenho em cada uma das bombas. Nosso planejamento é de iniciar este serviço na próxima semana. Depois disso ainda está previsto, também pelo Proinveste, a reforma predial das EBs”, relatou Paulo Sobral. Sobre os canais trapezoidais (CTs) que servem de água essas estações, ele avisa que já começaram as reformas. “No Canal N1 (CTs 2, 3 e 4) está terminando a recuperação dos pontos críticos. Obras custeadas pelo Funerh (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), via convênio com a Semarh (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos)”.

Segundo o presidente Felizola, as obras para recuperação estrutural dos demais trechos dos CTs estão já licitadas por recursos do Proinveste e começam em breve. Ele informa que o CT-01, que hoje é margeado pelo centro comercial de Canindé, será totalmente coberto por concreto, para evitar os danos pela circulação de pessoas e animais e a poluição urbana. “O Perímetro Califórnia está sendo praticamente reinaugurado com tamanho investimento. Só nele serão R$ 4 milhões para as reformas estruturais, fora as 37 bombas que custaram R$ 318 mil. Tudo dos recursos advindos deste financiamento que o Governo fez com a União e que repassou à Cohidro o montante total de R$ 11 milhões”, complementou.

No Califórnia são sete EBs mantendo uma vazão total de 5.600 m³/h de água circulando por 78 km de adutoras e CTs até chegar aos 333 lotes, entre os totalmente irrigados (1.360 ha) e os que possuem um ponto de acesso para irrigação parcial (1.830 há). Embora esteja localizado na zona climática do Semiárido, com a água do Rio São Francisco o Perímetro é o mais produtivo dentre os que a Cohidro administra e dá assistência técnica. Foram colhidas 40.419 toneladas de alimentos em 2015, 15.560 só de quiabo, 9.400 de goiaba e 7.100 de macaxeira. Essa última produção anual valeria hoje (pelo IGP-M) cerca de R$ 46 milhões, distribuídos em forma de renda para as 1.360 pessoas assistidas diretamente no polo agrícola.

Comitê do Semiárido estuda recuperação de barragens no Alto Sertão

Foto: Pritty Reis

O Comitê do Semiárido realizou visita técnica nos municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo nesta quinta-feira, 28, para viabilizar estudos de recuperação de barragens para dessedentação animal, em benefício dos produtores do Alto Sertão sergipano. Criado pelo Governo de Sergipe, o Comitê integra técnicos do Departamento Estadual de Defesa Civil (Depec/SEIDH), da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sermarh), da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), da Secretária de Estado da Agricultura (Seagri) e da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).

Bate Lata e Chapéu de Couro, em Poço Redondo; e Cuiabá, em Canindé de São Francisco, foram as barragens que receberam a visita, e deverão ser recuperadas para suprir as necessidades da região de abastecimento de água para o consumo animal. “O Comitê do Semiárido foi criado pelo governador Jackson Barreto para buscarmos soluções estruturantes com foco no abastecimento de água. Hoje, estamos visitando essas barragens e iremos elaborar um relatório com o objetivo de captar recursos e estudar possibilidades para recuperá-las”, explicou o coordenador Estadual da Defesa Civil da Seidh, coronel Erivaldo Mendes.

Os serviços de engenharia podem solucionar problemas de erosão, problemas no sangradouro, questões relacionadas a drenagem e assoreamento, existentes nas barragens de Poço Redondo e Canindé. “Essas barragens são estratégicas para essa região, porque são específicas para o consumo animal. Para consumo humano, a Deso consegue suprir bem, além da Operação Pipa da Defesa Civil, que ajuda a atender às necessidades da comunidade. Mas o animal acaba sofrendo no período de estiagem, e estamos percebendo que é possível recuperar essas barragens e trazer tranquilidade para todos da região no período de seca”, disse o engenheiro agrônomo e assessor do Gabinete da Seagri, José Azevedo Dias.

Carlos Melo, diretor-presidente da Deso, explica que todos os órgãos do Estado que compõem o Comitê do Semiárido estão empenhados na recuperação dessas barragens para consumo animal. “Temos uma cobertura de abastecimento humano muito satisfatória, conseguimos atender todo o Estado através da Deso, mas temos uma carência para o abastecimento animal e muitas vezes a população utiliza a água tratada da Deso para matar a sede dos animais. Por esse motivo, estamos buscando soluções através de recuperação de barragens e poços artesianos. Importante salientar que todas as secretarias envolvidas com o projeto estão extremamente comprometidas em solucionar essa problemática”, disse Carlos Melo.

O superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Ailton Rocha, destaca que pontos de barramentos foram identificados e podem ser recuperados através de serviços de engenharia. “Essa visita é muito importante para a identificação e solução dos problemas para o armazenamento de água. É possível recuperar essas barragens de Poço Redondo e Canindé, que estão danificadas e, num futuro próximo, vamos identificar pontos acessíveis de novos barramentos para aumentar a segurança hídrica no semiárido sergipano”, pontuou.

Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, as barragens que não estão desativadas estão subaproveitadas e, por isso, é essencial a sua recuperação, para que voltem a servir à população. “A nossa intenção é fazer um estudo técnico e reformar as barragens Bate Lata, Chapéu de Couro e Cuiabá, para atender os pequenos criadores dos municípios de Poço Redondo e Canindé do São Francisco. Por isso é importante essa parceria da Defesa Civil (Seidh), da Deso, da Seagri, da Semarh e da Cohidro para resolvermos a questão hídrica da região do semiárido sergipano”, concluiu.

 

Texto: Ronald Dória
Edição: Rebecca Melo
Fotos: Pritty Reis
Fonte: Ascom/Seidh

 

Nota Ascom/Cohidro: Na sequência, o grupo da Cohidro (o presidente Felizola, o diretor de Infraestrutura, Paulo Henrique Machado Sobral e o gerente de Instalação e Manutenção de Poços, Roberto Wagner) ainda esteve no Assentamento Gualté, onde o Comitê do Semiárido também sinalizou para a instalação de poços que atendem pequenos agricultores e pecuaristas de povoados e assentamentos. “Seja com bombas movidas por energia elétrica, eólica ou solar, a intenção é de levar água para o consumo humano, dos rebanhos e irrigação. São 14 casas de bomba. Destas, nove estão prontas”, expôs Paulo Sobral.

Veja o Álbum completo de fotos da visita, no site da Seidh, clicando aqui

 

Felizola recebe visita de cortesia dos Irmãos Kaká e Orlandinho Andrade

Felizola colocou os vizitantes a par das realizações da Cohidro em Canindé – Foto: Ascom/Cohidro

O presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, recebeu hoje a visita de cortesia dos irmãos Kaká Andrade e Orlandinho Andrade, respectivamente o senador suplente, que representou Sergipe no congresso em 2014 e o ex-prefeito de Canindé de São Francisco, entre 2004 e 2012. Em pauta, estavam as obras que estão sendo realizadas no município do Alto Sertão Sergipano, desde a recuperação do no perímetro irrigado, passando por novos poços e a reforma de barragens.

No encontro, o primeiro depois de Felizola assumir a administração da Companhia, os políticos que representam o Alto Sertão, trataram de questionar ao presidente sobre o andamento dos projetos em execução e os planos da Cohidro para a Região. Prontamente foram atualizados das ações de recuperação do Perímetro Irrigado Califórnia, que avaliação do gestor da Empresa, é quase uma reinauguração do polo agrícola.

“Via recursos de convênio com a Semarh, o Governo de Sergipe está investindo R$ 199 mil na recuperação dos pontos críticos do Canal N1, obra praticamente pronta e que põe fim aos vazamentos que diminuíam a quantidade que chegava nos lotes do produtores. Pelo Proinveste, Já licitada e com o contrato pronto para assinar está a continuidade da obra de cobertura do canal CT-2. Também, 37 bombas que o Perímetro irá

receber do Proinveste, cinco estão conosco e semana que vem chegam outras 29, para que já nesta terça-feira comecem a ser instaladas nas EBs, aumentando a potência de bombeamento e garantindo mais água para irrigação”, expôs o presidente Felizola.

Felizola ainda colocou os irmãos Andrade a par de ações que ocorrem no assentamento Gualté e adjacências, em Canindé, onde 14 poços foram perfurados e agora estão sendo instalados para atender a demanda do consumo humano, irrigação e dessedentação animal. Esta última, carência também em planejamento de ser atendida em outro projeto sendo elaborado pela Cohidro, na recuperação da barragem em pedra do Assentamento Cuiabá.

Operários trabalham, em pleno São João, na reconstrução das placas de concreto do canal n1 – Foto: acervo de Edmilson Cordeiro
Cata-vendo instalado anexo à bebedouro para o gado – Foto Ascom-Cohidro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PAA: irrigação pública estadual produzirá alimentos para doar a 24 mil pessoas carentes em 2016

Na APPIP os agricultores entregam os produtos que são pesados, registrados e no mesmo dia são recolhidos pelas entidades beneficentes – Foto Ascom-Cohidro

A Superintendência da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Sergipe visitou associações de agricultores em Lagarto e Malhador. Eles tanto são irrigantes atendidos pela Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe), quanto vendem sua produção para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade “doação simultânea”. Em reuniões e entrevistas, o Órgão Federal visou orientar fornecedores e receptores nesses dois projetos que permitem a doação de alimentos para mais de três mil famílias carentes.

Dentro dos perímetros irrigados da Cohidro atualmente estão em andamento, na etapa de entrega de alimentos, quatro projetos do PAA e existem outros dois analisados e em fase de homologação e pagamento pela Conab, na Superintendência Regional de Sergipe. Nestes já aprovados, são 18.260 pessoas em situação de insegurança alimentar recebendo, até o final do ano, um total de 648 toneladas (ton) de alimentos fornecidos por 171 produtores, remunerados com recursos federais em R$ 1.367.445,00 de forma parcelada, uma parte a cada entrega. Para tanto, 13 órgãos públicos ou entidades sem fins lucrativos intermediarão as doações nas comunidades que atendem em Lagarto, Areia Branca, Barra dos Coqueiros, Pedra Mole e Itabaiana.

Em Lagarto, o superintendente Estadual da Conab, Emanuel Carneiro, explicou que é função da Companhia fazer visitas aos projetos em andamento ou que ainda serão implantados. “Nós solicitamos essa reunião para que fosse discutido o PAA, na sua essência. Se funciona, quais são as atribuições dos produtores, quais são as obrigações do recebedor, toda a normativa para que o projeto possa transcorrer da melhor forma possível e atender os objetivos, que é justamente atender a comunidade carente que necessita de uma complementação da alimentação”, considerou.

Emanuel tem avaliado como muito boa a atuação dos agricultores dos perímetros irrigados no PAA. “O presidente (da Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí – APPIP) é um parceiro nosso já há alguns anos, mas também a Cohidro é fundamental nesses projetos dos perímetros irrigados. Em Canindé do São Francisco, inclusive, nós já estamos analisando o projeto e vamos visitá-los ainda neste ano”, disse o superintendente, se referindo a proposta ao Programa feita por 24 irrigantes do Perímetro Califórnia, para fornecer 77 ton de alimentos. ”Eu acredito que nos próximos 30 dias esse projeto esteja já funcionando”.

O gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata, expõe que nos dois projetos, propostos pelas associações dos Agricultores de Canindé de São Francisco (ASSAI) e dos Produtores Rurais da Comunidade Lagoa Do Forno, eles assumem fornecer quase 160 ton de alimentos para 5,8 mil pessoas em insegurança alimentar, assistidas pelos centros de referência de Assistência Social (CRAS) de Canindé, de Nossa Senhora das Dores e no Hospital e Maternidade São José, em Itabaiana. Neste último caso, as doações serão para o preparo de refeições aos pacientes.

“São 59 produtores irrigantes dos perímetros Califórnia e Ribeira inscritos em dois projetos aguardando homologação e o pagamento de R$ 472 mil (R$ 8 mil para cada), pela venda garantida de produção durante um ano. Dos aprovados, além da APPIP, temos outras duas associações de Itabaiana, no perímetro da Ribeira e mais a Astrapicica (Associação dos Trabalhares Rurais do Perímetro Irrigado Jacarecica II), em Malhador. Todos fazendo entrega para o PAA”, assinalou Sandro Prata.

Lagarto
“Esse projeto da APPIP, se comparado aos que nós temos em funcionamento, é o maior que a Conab tem hoje no Estado de Sergipe. Atendendo 69 produtores e várias entidades. A Cohidro é um parceiro importantíssimo nesse contexto, se não fosse a Cohidro aqui, não teríamos este êxito. Nós sabemos das dificuldades que o produtor tem, o agricultor não é comerciante, ele é agricultor, então ele necessita de apoio técnico e a Cohidro tem feito isso de uma forma excelente em todos os perímetros que ela atua”, relatou o superintendente Emanuel Carneiro. A Conab investe nesses agricultores do Perímetro Piauí R$ 551.450,00, para que produzam 296 ton de alimentos, doados para 6.860 pessoas assistidas por seis instituições socioassistenciais de Lagarto.

Participou da reunião, realizada na sede recreativa da APPIP no dia 12, a coordenadora do CRAS 1 de Lagarto, Marta Catarina Dantas de Almeida. Ela foi convidada pela Associação para divulgar aos produtores o trabalho que a entidade faz, falando “sobre o que é o papel do CRAS, de estar distribuindo os alimentos para as famílias. Vim passar para os agricultores mais uma força, um incentivo”, relata, confirmando a função social no PAA, ao justificar que as doações chegam sim até as pessoas. ”Falei da importância dos alimentos para essas famílias, do quanto está sendo bom para elas”.

O diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrário da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, estabelece que além das pessoas que recebem o alimento, o produtor também se beneficia no PAA. “É um preço fixo por cada produto e que não varia com o mercado. Se um preço cair, o que é bastante recorrente, o produtor não leva prejuízo como acontece quando ele vende para os atravessadores. Isso facilita muito o planejamento das suas plantações, ele pode programar sua produção durante toda vigência do contrato com a Conab sabendo que receberá seu repasse, toda vez que fizer uma entrega à doação simultânea”, argumentou.

Josileide Martins de Carvalho Nascimento (Dona Dicuri) reconhece essa vantagem no PAA. Ela é agricultora irrigante no Perímetro Piauí e entrega coentro, couve e alface e diz que já contabilizou mais de 300 quilos de alimentos à doação, cerca de 40 por semana. “Essa é a primeira vez que participo e digo que compensa, vale apena”, contou. Na reunião com a Conab, considerou importante ter esse tipo de encontro. “É bom porque a gente fica sabendo mais ainda, ficou por dentro do assunto. Eu sei que está tudo certo, guardo os documentos numa pastinha, é bom ter o controle. O pagamento está indo bem, entrego numa semana e recebo na outra”, completou.

Para o presidente da APPIP, Antônio Cirilo Amorim (Toinho), a reunião serviu para melhorar o conhecimento que tinham do PAA e reforçar a importância do Programa. “A partir de agora todo mundo vai se organizar mais, vai procurar colocar mais produtos, produzir mais. É uma alegria muito grande receber o superintendente da Conab do Estado aqui na nossa Associação, pela primeira vez. Ele veio esclarecer nossas duvidas e nós ficamos agora tranquilos, todo mundo está consciente do seu papel”, avaliou, reforçando estarem recebendo os pagamentos corretamente, após cada entrega.

José Carlos Felizola Filho, diretor-presidente da Cohidro, considera que a cooperação dada pela Empresa, ao PAA, vá além do auxílio técnico para a elaboração dos projetos. “Para produzir com a variedade e quantidade de alimentos que esses agricultores se propõe à Conab e durante um ano, em Sergipe não há como plantar sem irrigação. A irrigação pública, oferecida pelo Governo do Estado, propicia essa garantia para esses pequenos produtores, de que eles podem assumir o compromisso com o Conab e com as entidades beneficentes que, por sua vez, poderão se comprometer com as pessoas que atendem, de que esse alimento vai chegar nas suas mesas”, relevou.

De Malhador para Areia Branca
Cerca de 750 famílias em situação de insegurança alimentar em Areia Branca estão recebendo alimentos doados pelo PAA. Doações que são produzidas por agricultores da Astrapicica, de Malhador. Eles são todos irrigantes do Perímetro Irrigado Jacarecica II e repassam os produtos para coleta realizada pelo CRAS do município vizinho. Raine Costa é coordenadora da entidade beneficente e acompanhou a Conab na visita feita à a Associação, no dia 15.

“O projeto é bastante organizado e vem beneficiando famílias carentes. Ele contribui bastante para essas pessoas que estão numa situação nutricional delicada. A gente que trabalha na Secretaria de Assistência Social conhece de perto a realidade dos habitantes de Areia Branca”, destacou, acrescentando que a doação é feita priorizando os mais necessitados. “Nós procuramos primeiro ir aos povoados, que tem uma maior necessidade. A gente entrega praticamente na porta de cada um e como a Associação nos repassa produtos de ótima qualidade, a população dá um bom retorno, eles estão bastante satisfeitos com o projeto”, reforçou Raine Costa.

Última atualização: 6 de maio de 2021 19:06.

Acessar o conteúdo