Senar-SE e Cohidro buscam parcerias em capacitação técnica e ATeG

Superintendente do Senar-Se foi recebido pelos diretores da Cohidro – Foto Ascom-Cohidro

A fim de disponibilizar o apoio do Senar-SE (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Sergipe), propondo a aplicação de convênios para capacitação de técnicos e produtores nos perímetros irrigados estaduais, o superintendente da instituição, Dênio Leite, veio até a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) nesta quarta-feira, 20. Ele foi recebido pelos diretores José Carlos Felizola Filho (presidente) e João Quintiliano da Fonseca Neto (Irrigação de Desenvolvimento Agrário), que expuseram as áreas de atuação da Empresa onde poderiam ocorrer essas parcerias.

No histórico recente da Cohidro, existem pontuais atividades do Senar-SE nos perímetros irrigados. Há um ano atrás, por exemplo, houve a capacitação de 40 jovens em Canindé de São Francisco, na área de Empreendedorismo Rural, seguido da aplicação do NCR (Negócio Certo Rural), curso voltado para os pais desses, que fazem parte da B5-Jovem. Esse grupo é composto pelos adolescentes filhos dos associados à Bio5 (Associação Sergipana de Orgânicos), formada só por irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia adeptos à produção agroecológica.

Mais recentemente, no mês de maio, a coordenadora do programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar-SE, Luana Aragão, esteve no Perímetro Piauí em Lagarto, avaliando as potencialidades do polo irrigado para uma possível participação na Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). Nesta, o Serviço de Aprendizagem está selecionando municípios sergipanos para o programa, onde grupos de 20 agricultores irão receber, por dois anos, atendimento técnico individualizado e capacitações coletivas, principalmente na gestão técnica econômica de propriedades rurais.

Serão três ramos de produção agrícola os atendidos em Sergipe: o de gado de leite – Programa Sertão Empreendedor em parceria com o Sebrae – o da Citricultura e também na área da Horticultura. Para este último, Lagarto dispõe de número de produtores irrigantes suficientes para compor um destes grupos para a ATeG, tanto na convencional quanto na orgânica. Dênio Leite explicou que a seleção neste programa ainda está acontecendo e as áreas de atendimento da Cohidro são bastante aptas para receber o benefício, mas ele sinaliza que também a aplicação dos cursos de capacitação do Senar-SE pode ser mais frequente nesses perímetros irrigados.

“Na verdade nós viemos com a intenção de tentar fazer uma parceria, para levar capacitação para os técnicos e para os produtores de todos os Perímetros: Tobias, Lagarto, Areia Branca Itabaiana e Canindé, certo? Hoje, com a visita de cortesia pra gente conhecer todas instituições, apresentei qual é o nosso programa, principalmente o programa de educação a distância, ensino técnico a distância e o de assistência técnica gerencial”, revelou Dênio Leite, confirmando que o encontro já gerou um novo compromisso conjunto entre as instituições. “Aí a gente já marcou uma visita lá em Canindé, pra o Senar-SE conhecer o Perímetro. E a gente, depois, sentar e firmar um contrato dessa parceria”.

O presidente Felizola considerou oportuna a visita feita pelo superintendente do Senar-SE à Cohidro, abrindo as portas da Empresa para que a instituição possa atuar. “Quanto mais qualificados nossos técnicos e produtores, mais produtiva será a produção agrícola nos nossos perímetros. O mesmo vale para esses projetos de ATeG, trazendo mais tecnologias ao campo. Isso, para o Governo do Estado, se traduz em um melhor aproveitamento no investimento que é feito na irrigação pública e um acréscimo no retorno disso: renda para o agricultor e alimentação com mais qualidade e menor custo, para a população em geral”, analisou, confirmando presença na visita a Canindé.

João Fonseca abriu opções de ação para que o Senar-SE estude formas de aplicar seus programas nos polos da Cohidro. “Em Tobias Barreto, por exemplo, há o Perímetro Jabiberi onde já existe o Balde Cheio e é um local bastante promissor para aplicar a ATeG e capacitações no ramo da produção de leite. Já em Canindé, no Califórnia existe uma forte produção de goiaba e seria de ampla utilidade atividades no ramo da fruticultura. Já Lagarto, no Perímetro Piauí, o destaque é a produção orgânica, habilitada para receber cursos e assistência para produção, gerenciamento rural e comercialização desse tipo de alimento”, colocou.

Espaço cedido pela Cohidro usa novo modo de comercialização de hortaliças

Consumidor pode colher seu próprio alimento – Foto: acervo Tito Reis

Na conversão à Agricultura Orgânica, muito daquilo que o agrotóxico fazia antes agora vai ser substituído pela mão de obra mais incisiva nos cultivos. Esse aumento da permanência na plantação, de cara, pode parecer que prejudique e diminua o tempo que o produtor tem para ir vender o que colhe. Mas por outro lado, possibilita novas formas de fornecer o alimento para aquele cliente fiel ao consumo de agroecológicos. A área da plantação, antes restrita ao agricultor, implementos e insumos, agora virou local de visitação daqueles que só acreditam vendo e, porque não, de quem quer ter o prazer de arrancar a própria comida da terra, pagar só pelo trabalho de quem plantou e cuidou, para preparar o almoço de logo mais.

Isso já está acontecendo na área coletiva utilizada pelos integrantes da Associação dos Produtores Orgânicos de Sergipe (Bio5), instalados no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. Eles investiram em um espaço cedido pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), administradora do polo irrigado, onde esses agricultores são acompanhados pelos técnicos da Empresa e aprendem como trabalhar a terra sem usar agroquímicos na prática, utilizando métodos alternativos de controle de pragas, doenças e adubação natural. O excedente do que produzem no treinamento e não é levado para casa, eles mesmos vendem no local.

Elisângela Santos Barros, uma ou duas vezes por semana tem ido até a horta comprar. “Estou fazendo isso já há uns quatro meses. É um produto fresquinho, sem agrotóxico, sem veneno. É bom demais. Só compro aqui mesmo, depois que eles começaram”. A dona de casa tem uma família grande e se preocupa com a qualidade do alimento que põe na mesa, tanto que a mudança de hábito de compra tem chamado a atenção. “O pessoal nota e diz: seu coentro não apodrece, eu digo: é dos meninos ali da Cohidro”, disse ela quando veio à horta da Bio5 levar 15 molhos de coentro, 10 pés de alface, mais pimenta-de-cheiro e cebolinha, cinco molhos de cada.

Edmilson Cordeiro, gerente do Perímetro Califórnia conta que inicialmente eram os servidores da Cohidro, os interessados em comprar os produtos da horta da Bio5. “Agora é frequente o acesso de outras pessoas, de crianças, de famílias que vêm ter a experiência de comprar direto no pé, colher ou escolher o alimento que vai adquirir. Quando o espaço foi cedido à Bio5, sabíamos que era para também uma exploração comercial, já que são 2,2 hectares de terra irrigada. Talvez a característica única do Projeto Califórnia, de ser próximo da cidade e a poucos metros do centro, tenha facilitado a ideia desses produtores”, avaliou ele.

O que os produtores como Gercino Teles de Andrade aprendem na área coletiva, eles querem aplicar em suas próprias hortas, com a intenção de em breve serem registrados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e fazer parte da Organização de Controle Social (OCS) que funciona paralelo e é composta por membros da Bio5. “Queremos tão logo fazer parte da OCS. A partir do documento de inscrição que nos é dado, podemos vender direto ao cliente, produtos com o nome de orgânicos. Por agora, só podemos vender aquilo que estamos mostrando fazer aqui no lote comunitário, onde a gente, nossas famílias trabalham e andam sem se preocupar com nenhum risco de ficar exposto a veneno, porque não usamos nada disso”, garantiu.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, observa que a iniciativa desses produtores supera ao menos três dificuldades enfrentadas por todo agricultor orgânico. “Primeiro é a questão de encontrar espaço nas feiras para comercializar esses alimentos, já que a concorrência com os produzidos de forma convencional dificulta muito a venda, porque são quase sempre mais baratos. O outro problema está em ir para as feiras, muitas vezes em outras cidades, gastando muito do tempo em que poderiam cuidar das plantações. Mas o melhor desta ideia está em mostrar para o cliente como é feita a produção, de forma que o convencimento, do não-uso de agrotóxicos, fica bem mais fácil do que com o produto já colhido e exposto em uma banca de feira”, analisa.

Na horta coletiva dos produtores da Bio5, o consumidor pode acompanhar e até participar do processo de plantio. Antônio Dantas Costa Junior ficou sabendo do espaço pelo amigo, que trabalha na Cohidro. “Quando eu morava no interior, eu tive a curiosidade de fazer um canteiro de coentro e hoje eu estou tendo aquela mesma sensação, de trinta anos atrás, de você sentir realmente o que é uma cultura orgânica, a natureza próxima a você, que isso aqui vai trazer saúde para a sua família, considerou. Para ele, existe “um apelo comercial muito grande, de produzir em larga escala, sem estar preocupado com o benefício à saúde humana, né? Quando você consegue ter um equilíbrio tudo fica legal, tudo fica saudável, tanto para a natureza como para o ser humano”.

Quem toma conta destes iniciantes na produção orgânica é o Técnico em Agropecuária Tito Reis, da Cohidro. Ele explica que no local repassa as técnicas de plantio das hortaliças, mas também fabrica com os produtores os insumos. “Desenvolvemos um biofertilizante a base de esterco bovino, tronco de bananeira e a nova torta de mamona artesanal. Plantamos aqui também a pimenta ‘dorset naga’, a mais ardida que existe. Com o extrato dela e de uma planta chamada melão de São Caetano, além do sabão de coco derretido, controlamos as pragas. Tratamento que fizemos de pulverização e vacinação. A berinjela, por exemplo, saiu limpa assim, sem manchas no fruto e nas folhas”, informou.

Na horta ainda são cultivados quatro tipos de alface, rúcula, couve, pimentão, quiabo, coentro, cebolinha, salsa, repolho, pimenta-de-cheiro e a pimenta malagueta. “Medindo o pH, os níveis de fertilidade e os índices de condutividade elétrica do solo e da água, fica fácil identificar prováveis situações de falta de nutrientes e aí vamos lá e corrigimos. O resultado pode ser visto aqui, tipo os pés de alface, grandes e limpos, sem pragas e doenças”, reforçou o servidor responsável por acompanhar todos os agricultores orgânicos do Perímetro. Ele acredita que o potencial da horta coletiva ainda pode ser maior. ”Com o tempo, esse espaço poderá ser até uma atração turística, sendo Poço Redondo, Canindé e Piranhas-AL, polos de turismo ecológico”, antevê Tito Reis.

Visitação

João Quintiliano da Fonseca Neto, diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrário da Cohidro, considera que a área que a Empresa cedeu aos agricultores contribui também nas atividades da Companhia. “No Califórnia é frequente a visitação de estudantes do ensino regular, de cursos técnicos em agropecuária e até universitários da área agrícola. Um espaço plantado e bem cuidado, anexo à nossa sede local, ajuda muito. Depois de uma apresentação ou palestra no escritório o local de visitação está ao lado, sem que seja preciso deslocar um veículo e técnico para o campo”, concluiu ele, lembrando da recente ida, ao Perímetro, da turma de alunos agrotécnicos do Centro Estadual de Educação Profissional Dom José Brandão de Castro, de Poço Redondo, quando fizeram aula prática na horta.

Confraternização da ASC com Café Nordestino

Festa foi animada pelo Trio Pé de Serra Capunga do Forró e Osman do Acordeon | Fotos: Ascom/Cohidro

Segunda-feira pela manhã, a Associação dos Servidores da Cohidro (ASC), ofereceu aos colaboradores da Empresa, um café da com ritmo e tema nordestino, como confraternização de São João.

Servidores e diretores, de hoje e de outrora, autoridades e demais pessoas que fazem a Cohidro estiveram presente, embalados pelo som do Trio Pé de Serra Capunga do Forró, seguido do sanfoneiro Osman do Acordeon.
Houve sorteio da rifa em que a ASC lançou como prêmio um carro e o ganhador foi o servidor alocado no Perímetro Irrigado da Ribeira Lenaldo de Carvalho (Zorro).

 

 

Veja o Álbum completo de fotos abaixo:

Parceria Cohidro e Prefeitura vai recuperar e perfurar novos poços em Boquim

Paulo Sobral, Felizola, Jean Carlos, o vice-prefeito Cloves Trindade e o Gerente de Instalação e Manutenção de Poços da Cohidro, Roberto Wagner. – Foto: Ascom/Cohidro

Prefeito de Boquim, Jean Carlos Nascimento Ferreira esteve na Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) nesta segunda-feira, 18, onde se reuniu com o diretor-presidente da Empresa, José Carlos Felizola Filho. O administrador municipal trouxe a solicitação para a recuperação e manutenção em um poço e a carência, de duas outras comunidades, pela perfuração de outros. Propondo parceria na execução dessas obras, os gestores da Cohidro acolheram a demanda, para breve mobilizar equipes para sua realização.

Segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, no Povoado Sossego, o poço que atende a comunidade necessita passar por uma limpeza e recuperação mecânica da bomba. Já no Cabeça Dantas e Três Irmãos, o prefeito solicitou uma perfuração e instalação de sistema de bombeamento em cada localidade. “A reforma do poço que está parado, vamos fazer ainda este mês. Já quanto às novas perfurações, vamos providenciar equipes e máquinas para meados de agosto”, estabeleceu.

O presidente Felizola propôs ao prefeito de Boquim que os trabalhos no município pudessem ser feitos em parceria, a fim de acelerar o inicio das obras. “Todos sabem a realidade financeira do Estado e da contenção de custos que todos os órgãos têm atravessado. Pedimos ajuda com a compra de materiais que não temos estoque. Como não repassamos custos operacionais às prefeituras, em casos de poços comunitários e serão elas que fazem a operação desses sistemas de abastecimento, nada mais justo do que cooperarem com a Cohidro para perfurar ou recuperar os poços”, considerou.

Para o Jean Carlos, o encontro foi bastante proveitoso e disse estar satisfeito com esta visita que fez à Empresa. “A Cohidro tem colaborado sempre com nossas solicitações para levar benefícios e atender as necessidades da população de Boquim. Hoje o trabalho da Cohidro na perfuração e manutenção de poços tem sido muito importante em todo Estado, mas particularmente para essas populações que residem em povoados”, reforçou o prefeito, sobre as localidades mais afastadas das redes de distribuição de água e que dependem de sistemas de abastecimento independentes.

Cohidro participa com Belivaldo Chagas de inauguração do Espaço Cuidar e ordem de serviço em Simão Dias

‘O Espaço Cuidar vem atender as pessoas, para que aqui a população se comunique melhor com o Governo’, disse o governador em exercício Belivaldo Chagas | Foto: Marcelle Cristinne/ASN

“Um braço estendido do Governo de Sergipe e da Inclusão Social para a população de Simão Dias”, assim o governador em exercício, Belivaldo Chagas, classificou o Espaço Cuidar que foi entregue na cidade na manhã desta quinta-feira, 14. Administrado pela Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do Trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (SEIDH), ele pode abrigar também serviços de outras secretarias, como a Segurança Pública que terá um Instituto de Identificação no local. Durante o ato, também foi assinado ordem de serviço para reforma e modernização do escritório da Companhia Estadual de Abastecimento (Deso).

Enquanto a obra estiver sendo executada, o atendimento relativo à água será prestado também, de forma provisória, no Espaço inaugurado. A unidade contará com sala do Instituto de Identificação e do Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT). Segundo Belivaldo Chagas, o Espaço Cuidar ajudará na identificação das necessidades relacionadas ao idoso, jovem, mais carentes.

“O Espaço Cuidar vem atender as pessoas, para que aqui a população se comunique melhor com o Governo. Quem busca um serviço, terá esse lugar para fazer a sua cobrança e automaticamente ser atendido. A gente já começa numa ampliação de parcerias, trazendo a confecção da carteira de identidade, porque há essa necessidade, isso mexe muito com a vida das pessoas. Às vezes, o cidadão tem que sair daqui para ir a Aracaju para tirar sua carteira de identidade. Agora, quem vive em Simão Dias e nos municípios mais próximos já sabe que o serviço estará disponível todas as quartas”, destacou.

Ordem de serviço
Na ocasião, foi assinada ordem de serviço para reforma e ampliação do escritório da Deso no município. Durante a obra, o atendimento ao público será feito no Espaço Cuidar. A previsão de entrega do prédio reformado e equipado é de 90 dias.

“Nós estamos lançando hoje, uma demanda do governador, a modernização do sistema de atendimento da Deso. Em Simão Dias, todo o escritório vai ser reformado na sua parte física, mobiliário e os computadores serão renovados, de forma que a gente possa prestar o melhor atendimento aos nossos cliente “, disse o presidente da Deso, Carlos Melo.

Acompanharam a solenidade o prefeito da cidade de Pinhão, Eduardo Marques; os ex-prefeitos de Simão Dias Zé Valadares, Luiz Albérico e Dênisson Déda; o representante da prefeitura de SImão Dias, Genildo Montalvão; o secretário de Estado de Governo, Benedito Figueiredo; o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho; os filhos do vereador homenageado, Iago e Danilo Lira, além de lideranças locais e servidores.

Leia a matéria completa clicando aqui

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Nota da Ascom/Cohidro: “Participei hoje da inauguração do ‘Espaço Cuidar’ em Simão Dias, quando aproveitei para falar sobre as diversas ações que a Cohidro levará para nossa comunidade. Poços artesianos, sistemas simplificados de abastecimento de água são exemplos dessas ações que irá beneficiar diversas comunidades”, anunciou José Carlos Felizola Filho, presidente da Cohidro.

 

 

Canal de irrigação da Cohidro passa por reformas em Canindé

FAs equipes trabalharam também no dia de São Pedro, aproveitando o período sem correr água no canal

Obra iniciada em 15 de junho, a recuperação dos pontos críticos do Canal N1 do Perímetro Califórnia se encontra 55% concluída e sendo realizada com urgência, inclusive com as equipes trabalhando nos feriados, para que os períodos de interrupção do fornecimento de água não prejudiquem os agricultores irrigantes de Canindé de São Francisco, assistidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), a administradora do polo irrigado. A obra tem a previsão licitatória para terminar dia 5 de agosto, mas pela forma que está sendo executada, é esperado que o fim ocorra antes.

A reforma ocorre com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Funerh), graças ao convênio com a Semarh (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), que garantiu, à execução da obra emergencial, R$ 199 mil. O Perímetro Califórnia possui 78 quilômetros entre canais e tubulações por onde a água corre até chegar às lavouras irrigadas. Destes, 7.987 metros são do Canal N1. Segundo o engenheiro civil da Cohidro, Clayton Araújo, todo canal vai passar por reformas, mas a realizada atualmente compreende os 1.579 metros mais críticos.

“O N1 compreende os canais trapezoidais (CTs) 02, 03 e 04. No CT-02 existia um trecho ao qual chamávamos de ”pontos críticos”, com rachaduras significativas, vazamentos intensos que já comprometiam o sistema de irrigação, sendo que o volume da água que chega ao ponto final não está mais de acordo com o previsto. Havia a necessidade de se efetuar os trabalhos de recuperação em uma ‘urgência urgentíssima’”, relatou Clayton, informando que está sendo executado, por empresa licitada, a retirada da vegetação às margens do canal e a substituição das placas de concreto danificadas, principalmente pela ação das raízes dessas plantas.

Segundo o diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola (Dinfra) da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, o restante do N1 e ainda o CT-01, também vão passar por obras. “Apesar de estarem na mesma região, os locais e serviços a efetuar são distintos. Os cerca de seis quilômetros restantes do CT-02 também serão recuperados, mas são em um menor grau de urgência e dificuldade e serão custeados pelos recursos do Proinveste. Também por este programa, receberão uma cobertura de concreto os 1,8 quilômetros do CT-01, canal que hoje fica dentro da área urbana da cidade de Canindé e sofre a interferência da poluição das residências e comércio em sua volta”, assinalou, referenciando também a economia de água com o canal coberto, ao evitar a evaporação.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, considera serem urgentes, essas obras de recuperação dos perímetros. “São quase 30 anos, desde que foram entregues à população, que esses sistemas de irrigação não recebem incentivos desse porte. Só no Califórnia serão R$ 4 milhões do Proinveste em obras e equipamentos para suplantar essa lacuna nos investimentos. Em todos os seis perímetros irrigados, o Proinveste destinou mais de R$ 7 milhões e ainda seremos beneficiados com R$ 33 milhões do “Águas de Sergipe”, para modernizar a irrigação dos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, além das adequações ambientais nas barragens destes e nos perímetros Jacarecica II, Piauí e Jabiberi”, listou sobre os programas em que o Governo de Sergipe faz financiamento junto à União e ao Banco Mundial, respectivamente.

Irrigação não pode parar

Segundo o gerente do Perímetro Califórnia, Edmilson Cordeiro, a obra no N1 ocorre quando não há água passando para as estações de bombeamento (EBs) e persiste até esvaziarem os seus reservatórios. “As EBs 05, 06 e 07 são abastecidas pelo CT-02, onde ocorre a obra. Os três estoques estão durando em torno de quatro dias, após isso temos que religar para novamente abastecer e interromper a reforma. Por isso as equipes, da empresa contratada, tiveram que trabalhar no dia de São João e de São Pedro, pois coincidiu com o período em que a água poderia ficar interrompida”, informou, revelando ainda que o tempo chuvoso tem ajudado, diminuído o uso da irrigação e assim os intervalos, no uso do canal, serem maiores.

Nota Cohidro

 

 

Em relação à informação noticiada de que no leilão unificado do Tribunal Regional do Trabalho, a ser realizado no próximo dia 21, estaria incluída para venda a área onde hoje está construída a estrutura da antiga Central Estadual de Abastecimento (Ceasa), terreno que pertence à Cohidro, a empresa vem a público informar que já tomou todas as medidas cabíveis à Instituição para que não ocorra a perda deste patrimônio, a partir de sua venda judicial.

Para tanto, a Companhia firmou acordo trabalhista com os seus dois servidores que, devido às suas ações ganhas na justiça, geraram a necessidade de disposição financeira do patrimônio, no caso, o terreno da antiga Ceasa. Assim, os termos indenizatórios foram aceitos por ambas as partes, já tendo, no momento, sido assinados pelos processantes, seus advogados e diretores administrativos da Cohidro.

O documento que selou o acordo foi entregue e protocolado junto ao TRT, para que seja então homologado pelo Juiz responsável pela sentença que gerou a necessidade de venda judicial e assim, retirar o terreno da Empresa Pública da lista bens a serem leiloados no próximo dia 21.

A Companhia ainda acrescenta que, desde quando a nova diretoria assumiu, no dia 5 de maio do corrente ano, vem buscado o diálogo e a negociação com os servidores que reivindicam dividas trabalhistas judicialmente. Assim, anuncia que novos acordos serão concretizados com esses trabalhadores no futuro, prezando sempre ao que for justo ser cobrado pelos funcionários, mas defendendo, de todas as formas, a permanência inalterada do patrimônio público da Empresa.

Aracaju, 13 de julho de 2016

 

Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e
Irrigação de Sergipe (Cohidro)

Cohidro vai a Brasília dar continuidade ao Água para Todos

Fábio Reis, ministro Hérder Barbalho e Felizola – foto Ascom-Fábio Reis

Nesta terça-feira, 12, o diretor-presidente da Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe), José Carlos Felizola Filho, esteve em Brasília-DF para uma audiência com o ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho. No encontro, foi tratado da segunda etapa do Água para Todos, em que a primeira está em fase de conclusão no Estado, beneficiando 40 comunidades rurais em 20 munícios de Sergipe, com a instalação de sistemas de abastecimento de água para 1.920 famílias. Na sequência deste programa, mais 67 poços serão perfurados. Outra demanda tratada foi a construção de 50 novas barragens.

Através da Cohidro, o Água para Todos fez levantamento socioeconômico em todo estado de Sergipe para identificar as 107 comunidades rurais que necessitavam do um ponto de abastecimento de água comunitário, que o programa oferece. Posteriormente, os quadros de geólogos da própria Empresa determinaram a localização desses poços, a chamada locação, para que em seguida serem perfurados os 40 primeiros, a partir de empresa licitada. Atualmente outra empresa, que também passou por processo licitatório, está realizando o trabalho de instalação de toda infraestrutura necessária para extrair a água do subsolo, armazenar e então fornecer à população.

A ordem de serviço para início desta fase conclusiva, da primeira etapa do Água para Todos se deu no último dia 30 de junho, no assentamento rural Caraíbas, em Japaratuba. Lá, o governador Jackson Barreto assinou o compromisso de prover água para as 133 famílias da povoação. O investimento na implantação desses 40 primeiros poços foi de R$ 5.280.000, sendo R$ 264.000 de contrapartida estadual.

O programa Água para Todos é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional (MIN) e faz parte do Plano Brasil Sem Miséria. O objetivo é levar água para 750 mil famílias, principalmente do semiárido brasileiro, universalizando o acesso de água a populações carentes residentes em comunidades rurais, e para consumo animal. Em Sergipe, a iniciativa investirá R$ 14,4 milhões em 25 municípios, na perfuração e instalação de 107 sistemas de distribuição e abastecimento de água potável, sendo que, para a segunda fase de execução, já estão previstas a perfuração e instalação de outros 67 sistemas de abastecimento.

“Participei, ao lado do deputado federal Fábio Reis, de audiência com o ministro Hélder Barbalho, onde pleiteamos diversas ações para o Estado de Sergipe através da Cohidro, entre elas a garantia da segunda etapa do Água Para Todos e a construção de pequenas e médias barragens no interior sergipano. O ministro foi solícito e se comprometeu com os pleitos”, explicou Felizola, dando como garantido a continuidade do programa que implantará mais 67 unidades de fornecimento de água. Ele agradece o apoio dado pelo congressista sergipano, que sem o qual não conseguiria agendar a reunião na celeridade que as demandas solicitam.

Barragens

Em seu histórico, desde 2008 a Cohidro já recuperou mais de duas mil aguadas de pequeno e médio porte em todo Estado, sendo o órgão executor do convênio entre as secretarias de estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos e da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seidh e Seagri), via recursos do Funcep (Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza). Esse programa atende principalmente os micro-pecuaristas, recuperando as suas barragens ou reformando reservatórios de uso coletivo, que também têm a função de matar a sede dos rebanhos.

Segundo Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro (Dinfra), o pleito levado ao MIN tende a captar recursos para por em prática os projetos elaborados pela Companhia neste setor. “É uma demanda já inserida no Siconv (Sistema de Convênios do Ministério do Planejamento). Trata-se da construção de 50 barragens públicas escavadas e de médio porte, de uso doméstico e principalmente para a dessedentação animal, focando em atender, na maior parte delas, áreas da região do semiárido sergipano”, completou.

Governo discute implantação do Programa ‘Água Doce’ com Energisa

Paulo Sobral, Belivaldo Chagas e Olivier Chagas | Foto: Marcelle Cristinne/ASN

O governador em exercício, Belivaldo Chagas e o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Olivier Chagas se reuniram com o diretor-presidente da Energisa, Jaconias de Aguiar, na manhã desta segunda-feira, 11, para solicitar a agilização de obras de reforço de energia para a implantação dos dessalinizadores dos poços artesianos do Programa ‘Água Doce’.

O programa objetiva levar aparelhos de dessalinização para comunidades isoladas do estado que não têm acesso a água potável. Para Belivaldo Chagas, a reunião foi proveitosa. “A Energisa está sendo uma grande parceira, mas eles têm um calendário próprio para fazer com que as ações sejam implementadas. O presidente foi solícito e disse que vai fazer de tudo para agilizar os serviços”, disse o governador.

A partir da data de assinatura do contrato, a previsão é de que, em até 60 dias, o reforço elétrico seja feito para funcionamento dos dessalinizadores. Na primeira fase do programa serão entregues 19 dessalinizadores, um já está pronto e os demais aguardam reforço de rede elétrica.

Leia a matéria completa clicando aqui

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Nota da Ascom/Cohidro: A Cohidro é parceira da Semarh no programa, disponibilizando todo acervo de informação técnica dos poços perfurados pela Companhia e cedendo seu ‘know-how’ na área de recuperação desses poços e instalação de sistemas de bombeamento de água subterrânea. Presente à reunião, o diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Empresa Estatal, Paulo Henrique Machado Sobral.

Por meio da Força-Tarefa, Cohidro instala 14 poços no Semiárido

Horta irrigada do casal Jaima e Dinho, possibilitada pela poço instalado no assentamento Gualté

A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) tem feito a instalação de sistemas de bombeamento em poços também perfurados pela Empresa, na zona rural de Canindé de São Francisco, no Alto Sertão sergipano. São 14 poços situados em pequenas propriedades ou em lotes de assentamento de reforma agrária, que terão como função o consumo humano, a dessedentação animal ou a irrigação, onde a água será puxada por bombas movidas à energia elétrica, eólica ou solar. Estas ações são resultado do esforço conjunto da Força-Tarefa de Recursos Hídricos Para o Semiárido, do Governo de Sergipe.

Criada pelo Governador Jackson Barreto, a Força-Tarefa reúne dirigentes, além da Cohidro, da Deso (Companhia de Saneamento de Sergipe), da Adema (Administração Estadual do Meio Ambiente), Ouvidoria Geral do Estado de Sergipe, das secretarias de estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). O Grupo discute e propõe soluções para combater aos efeitos da estiagem sobre às populações da região semiárida, buscando identificar as localidades mais afetadas e com mais urgência de ações.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho explica que a Força-Tarefa se reúne periodicamente e já houveram viagens, como a feita ao Ceará, em maio passado. “Fomos recebidos lá pela SRH (Secretaria dos Recursos Hídricos) que nos levou para conhecer o trabalho realizado pela sua subsidiária, a Cogerh (Companhia de Gestão de Recursos Hídricos). Essa Companhia, lá faz um trabalho que é referência à nível internacional, tanto na obtenção e conservação de água no Semiárido, quanto da gestão desses recursos hídricos, pela forma como delibera o fornecimento de água para o consumo humano, para indústria e para a agricultura”, avaliou.

Assentamento de reforma agrária em Canindé, o Gualté possui 30 famílias assentadas. Uma delas é chefiada pelo casal de agricultores Jailma Pereira de Lima e Orlando Ferreira da Silva (Dinho). Em junho, eles iniciaram plantio de horta com cebolinha, coentro, tomate e alface. Também tem um plantio maior de feijão de arranca e noutra parcela, tem capim elefante, uma espécie de gramínea do gênero Cynodon e sorgo, estes últimos plantados para a alimentação de animais que pretende comprar.

Isso tudo só foi possível a partir da instalação do sistema de bombeamento, movido à energia elétrica, em um dos poços perfurado pela Cohidro, que puxa a água até um reservatório que depois é rebombeada para a irrigação. “Logo que saiu a instalação dos poços, a gente tinha um crédito de financiamento de R$ 7 mil. Então investi nas bombas e na irrigação da área, agora plantada. Quero pôr quatro vacas leiteiras e algumas ovelhas usando este capim”, relatou Dinho, sobre o poço de 60 metros de profundidade e vazão de 8 mil litros por hora (l/h), perfurado em sua área e que hoje irriga 1,6 hectares de seu lote no Assentamento.

Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola na Cohidro, conta que o as equipes da Empresa alternam o modelo do equipamento, conforme for a disponibilidade do local onde fica o poço. “Onde existe acesso às redes elétricas, estão sendo instaladas, com recursos da Companhia, moto-bombas. Onde não há energia ou serão montados cata-ventos, ou bombas movidas à energia solar, a partir de placas de captação fotovoltaicas, todos doados também pela Empresa”, relatou. Noutros casos, como do lote do agricultor Evani Barbosa, a instalação teve que ser adiada até que a eletricidade, conforme foi acordado, seja ligada ao poço com as especificações técnicas necessárias.

Dos 14 poços, oito foram instalados e estão funcionando. Os três primeiros usam da energia eólica para puxar a água do poço, conforme disse o chefe da Divisão de Instalação e Manutenção de Poços (Dipoços) da Cohidro, Roberto Wagner. “O primeiro poço instalado foi também no Gualté, no lote de Cleberton dos Santos onde um cata-vento triangular com torre de dez metros, produz em média uma vazão de 900 l/h. O segundo encontra-se no lote do produtor José Rodrigues dos Santos, que também recebeu a mesma instalação do primeiro poço e produz 800 l/h, mesma quantidade do agricultor Juarez Alves de Matos, do terceiro poço”.

Roberto Wagner informou ainda que no povoado Pedra de Amolar, também em Canindé, foi instalado outro cata-vento, na propriedade rural de Roque Araújo Rios, em um poço de onde se obtêm água na proporção de 840 l/h. Voltando ao assentamento Gualté, no lote de Edmundo Marinho, foi instalado uma moto-bomba submersa ao poço, produzindo em uma vazão de 4.350 l/h. O mesmo se deu nos poços dos também assentados Sebastião Bezerra e José Estevão, só que com bombeamento atingindo 9.840 l/h e 10.500 l/h, respectivamente.

Última atualização: 17 de outubro de 2017 10:03.

Acessar o conteúdo