Produção de batata-doce nos perímetros irrigados estaduais em 2023 já superou todo o ano de 2022

Polos de Itabaiana lideram a produção, com 11 mil toneladas; irrigação da Coderse facilita plantio em qualquer época do ano
Produção de batata doce no Perímetro Irrigado Jacarecica – Fernando Augusto – Ascom Coderse

A batata-doce representa uma boa alternativa de renda para o agricultor, e o momento tem sido favorável para o cultivo do tubérculo em Sergipe. Somente entre janeiro e julho de 2023, os cinco perímetros irrigados de vocação agrícola do Governo de Sergipe já produziram 13,56 mil toneladas, superando em 23,27% toda a produção do ano anterior, que foi de 11 mil toneladas.

Com o fornecimento de água administrado pelo Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), os perímetros irrigados também contam com a assistência técnica oferecida pela empresa pública.

De acordo com informações da Coderse, devido ao baixo custo de produção e à curta duração do ciclo, que propicia um fluxo regular de capital e maior produtividade, o sistema de produção e beneficiamento da batata-doce em Sergipe envolve mais de 600 famílias nos perímetros irrigados.

Nas feiras livres e mercados públicos, a comercialização do produto ainda gera renda para mais famílias, conforme destaca o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva. “Nos sete primeiros meses de 2023, o valor de produção anual está estimado em R$ 25 milhões, 66,7% maior do que o de todo ano de 2022, que foi de R$ 15 milhões. Isso demonstra a importância social e econômica da cultura no estado”, detalha Zeca da Silva.

No Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no centro-sul do estado, Luciano Oliveira cultiva uma nova variedade de batata-doce, e compartilha seu entusiasmo com a produção. “A ourinho roxa é a que o pessoal mais está plantando agora. Com essa nova variedade, já na penúltima safra, superei a meta de produção de 120 quilos por tarefa”, comemorou o agricultor, que também produz amendoim e milho na irrigação pública. “É uma batata excelente e boa de lidar. Com água em abundância, fica favorável para nós, agricultores”, considerou.

Perímetros produtivos
A maior produção de batata-doce em Sergipe está nos perímetros irrigados administrados pela Coderse em Itabaiana, no agreste sergipano. Em 2023, de janeiro a julho, o Poção da Ribeira produziu 7,97 mil toneladas e o Jacarecica I, 2,88 mil toneladas.

O Perímetro Irrigado Jacarecica II também não fica para trás. Situada entre os municípios de Riachuelo, Malhador e Areia Branca, até julho deste ano, a região teve uma produção de 2,2 mil toneladas de batata-doce. É nele que a família de Allysson Junior da Silva tem um lote assistido pela Coderse. O que chama a atenção em sua plantação de batata-doce é a produtividade e a organização da lavoura, dividida em parcelas de plantio com idades diferentes.

“Cresci trabalhando com meu pai e, de uns três anos para cá, ele me deu esta área onde estou produzindo. Ele sempre gostou dessa excelência em qualidade, e eu tento seguir os passos dele”, conta Allysson Junior, e revela que um dos segredos do sucesso da família no plantio da batata é a adubação com esterco de gado.

O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, observa que, atualmente, a batata-doce é o item de maior destaque quando somadas as produções dos perímetros (11 mil toneladas em 2022), e a tendência é que o saldo ainda seja superado este ano. “Os irrigantes contam com o trabalho da empresa para oferecer água e assistência. Com isso, apostam seu trabalho e recursos nos produtos que mais geram retorno. A própria rama da batata colhida vai servir no plantio da próxima lavoura. O produtor não tem custo com sementes. O ciclo produtivo, de três a quatro meses, também é rápido, se comparado ao inhame e à mandioca”, explicou Júlio César Leite.

Perímetro irrigado estadual que atende três municípios recebe obras no inverno

Riachuelo, Malhador e Areia Branca têm áreas irrigadas pelo Jacarecica II. Inverno chuvoso foi propício à paralisação da irrigação e realização de serviços estruturais
Com o final das chuvas de inverno, a irrigação volta a ser necessária no Jacarecica II – Foto: Fernando Augusto – Ascom/Coderse

Para de chover e volta a ser necessário o fornecimento de água no Perímetro Irrigado Jacarecica II, situado na tríplice divisa entre os municípios de Riachuelo, Malhador e Areia Branca, na grande Aracaju e agreste sergipano. Mas no longo período em que o clima foi generoso com as plantações, o polo agrícola mantido pelo Governo do Estado recebeu manutenções e reparos da infraestrutura que leva água da barragem, por gravidade, até os 344 lotes.

Essas unidades produtivas também receberam benfeitorias no período em que a irrigação deixou de funcionar. Como é o caso do lote de Marcílio Rezende, no assentamento Mário Lago. A chuva foi tanta que até atrapalhou a plantação. E ele precisou da ajuda da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) — empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) — para abrir drenos em seu lote e diminuir o encharcamento do solo. “Foi necessário, para fazer o escoamento de água, porque com a chuva do inverno formou-se uma lagoa dentro do terreno e com isso, acabou o problema do acúmulo de água”.

Pela pouca diferença de temperatura, na passagem de uma das quatro estações para outra no Nordeste, na observação prática do agricultor, só existem duas e o ‘verão’ é todo aquele período em que não há chuva que traga frio e solos encharcados. “No inverno é o tempo que a gente menos trabalha aqui, por causa do solo. A produção mesmo forte aqui é no ‘verão’, com a água do perímetro Jacarecica II”, completou Marcilio Rezende, que produz milho, batata-doce, amendoim, maracujá, mamão, banana, coentro e couve na irrigação pública.

O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, explica que o Jacarecica II se difere da maioria dos perímetros irrigados estaduais, por não ter custos com energia elétrica para bombeamento. “Esse encargo não é revertido ao agricultor e ele tem um custo reduzido para produzir. Por outro lado, tem certos tipos de culturas que não vão se dar bem no inverno. Ainda mais em um ano atípico como o de 2023, com chuvas acima da média. Por isso, a gente sabia que era possível aproveitar esse período em que o perímetro estava inoperante, para realizar algumas obras que os produtores esperavam há muito tempo”, pontuou.

Com o sistema interrompido, sem irrigar, foi possível realizar a recomposição de uma comporta de metal na barragem do perímetro Jacarecica II. A obra evitará danos estruturais futuros à rede de distribuição e foram consertados vazamentos na tubulação de 1.200 mm que faz a adução da barragem. “Mas também fizemos o reparo em adutora de 600mm no Assentamento Dandara; a solda da tubulação da caixa de registro do Assentamento Santa Maria, onde foi aberta e cascalhada uma estrada para ter acesso a esse local da obra; e teve a recuperação da tubulação que fornece água ao Assentamento Mário Lago”,completou o diretor Júlio Leite.

Irrigante no Assentamento Marcelo Déda, José Luiz Correia é um produtor que se dedica à agricultura irrigada no período de estiagem, quando planta feijão-de-corda, pimenta de cheiro, quiabo, banana, batata-doce e macaxeira. “Esse serviço é muito importante. A Coderse fez isso e a gente ficou muito alegre, o povo daqui ficou muito satisfeito. E no ‘verão’ nós estamos sabendo que teremos água, graças a Deus, para nós produzirmos. Porque sabe que não tem vazamento. Quando tem vazamento a água fica fraca. Um usa hoje e o outro usa amanhã, e agora não. Feito o serviço, a gente está mais tranquilo”, considerou.

“Nós todos dependemos da água e essa revisão é necessária. Esse ‘manejo’ que a Coderse está fazendo, está de parabéns. Oferecendo até retroescavadeira para a gente fazer o escoamento da água do lote e tirando os vazamentos que existiam na saída da barragem”, concluiu o irrigante Marcilio Rezende.

Governo de Sergipe intensifica ações para garantir segurança das barragens sergipanas

Acompanhamento é feito por meio de monitoramento, fiscalização e operações preventivas

Governo de Sergipe intensifica ações para garantir segurança das barragens sergipanas – Barragem Jabiberi / Foto: Arquivo/ Semac

Toda vez que há uma alta precipitação pluviométrica, os reservatórios tendem a acumular um grande quantitativo de água. Quando estes alcançam sua capacidade máxima, há a possibilidade do processo de vertimento, que se dá quando o excesso de água acumulado é extravasado pela barragem. Esse processo é algo normal, realizado com a finalidade de conduzir a água de forma segura por meio de uma barreira, servindo como sistema de escape. O acompanhamento desse procedimento faz parte das ações desenvolvidas pelo Governo de Sergipe, no intuito de garantir a segurança das barragens e da população localizada às margens. Essas ações envolvem o monitoramento, como também a fiscalização, além de operações preventivas, seja no período de altas pluviométricas ou de estiagem.

Sergipe conta atualmente com os seguintes reservatórios: Três Barras, de responsabilidade do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), localizado no município de Graccho Cardoso; Sindicalista Jaime Umbelino de Souza, conhecido como Poxim, de responsabilidade da Deso, localizado no município de São Cristóvão; Governador João Alves Filho, localizado nos municípios de Campo do Brito e Itabaiana; Governador Dionísio Machado, de responsabilidade da Coderse, localizado no município de Lagarto; Jabiberi, de responsabilidade da Coderse, localizado em Tobias Barreto;  Jacarecica I, localizado no município de Itabaiana; Jacarecica II, de responsabilidade da Coderse, situado nos municípios de Areia Branca, Malhador e Riachuelo.

Na maior parte destes reservatórios, a água armazenada se destina ao atendimento das demandas do abastecimento público e de perímetros públicos irrigados. A gestão desses reservatórios é de responsabilidade dos empreendedores, o que significa que eles angariaram recursos para a construção dessas estruturas, como também é responsabilidade a operação, dados e segurança das barragens que estão nesses reservatórios.

Monitoramento
Já a Secretaria do Meio Ambiente e ações Climáticas (Semac) atua como órgão gestor dos recursos hídricos no estado, monitorando os recursos acumulados em reservatórios (lagos, lagoas, açudes), como também aqueles que estão em rios e poços. Desde 2018, a secretaria, por meio da Diretoria de Recursos Hídricos, em parceria com a Agência Nacional de águas e Saneamento Básico (ANA), tem conduzido o monitoramento do nível e do volume d’água dos reservatórios de Sergipe. A atividade é de extrema importância para a gestão de recursos hídricos, visto que permite a tomada de decisões relacionada aos aspectos da segurança das barragens e da segurança hídrica, por meio do estabelecimento de quatro estágios: normal, atenção, alerta e emergência.

O monitoramento se dá a partir da leitura diária do nível de água nas réguas (chamadas de estações limnimétricas) instaladas nos reservatórios, realizados por observatórios locais.  Os observadores inserem os valores lidos no sistema de Gerenciamento de Dados Hidrológicos (GDH), da ANA. No momento, está em fase de transição para um novo sistema, o HidroOberva, por meio do qual será possível inserir as leituras do nível d’água, a partir dos aparelhos celulares dos próprios observadores. Posteriormente, na Semac, as leituras desses níveis  inseridas no sistema são transformadas em volume, através das chamadas curvas “cotax área x volume” dos reservatórios. As informações resultantes são publicadas semanalmente no Boletim de Monitoramento do Volume dos Reservatórios.

De acordo com a engenheira civil da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Ana Paula Ávila Barbosa, a depender do estágio em que os reservatórios se encontram, os gestores poderão realizar ações específicas, tais como a diminuição do período diário de irrigação, suspensão temporária das outorgas de diário de uso de recursos hídricos destinados a usos não prioritários e racionamento da água para consumo humano. “A importância desse monitoramento é fundamental para o gestor público conhecer a quantidade de água que está acumulada. Então, esse monitoramento tem o aspecto para a segurança hídrica, no que diz respeito ao volume de água acumulada para o gestor tomar as decisões com mais precisão e segurança. A grande maioria dessas barragens serve tanto para irrigação como também para abastecimento humano. É interessante, por exemplo, havendo a possibilidade de período prologado de seca, para a adoção de algumas ações previamente, antes que o período se instale”, explicou a engenheira. 

Outra ação regular é relacionada à análise de dados, que envolve o monitoramento constante das informações coletadas nas barragens, como níveis de água, pressão, temperatura, entre outros parâmetros relevantes, para identificar possíveis anomalias.

Segurança
Além disso, o acompanhamento e fiscalização das barragens são medidas fundamentais para garantir a segurança dessas estruturas. Isso envolve a adoção de diversas ações por parte do Governo de Sergipe, como as inspeções regulares, realizadas periodicamente nas barragens para identificar possíveis problemas estruturais, erosões, infiltrações, desgastes, entre outros.

Para melhor coordenar essas ações, o Governo de Sergipe instituiu por meio do decreto nº 298 de 28 de abril de 2023, o Grupo de Trabalho para Estudos de Segurança de Barragens destinadas à acumulação de água. O GT é constituído por especialistas das secretarias de Estado do Meio Ambiente (Semac), Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi), da Superintendência Estadual de Proteção e Defesa Civil (Supdec), e das companhias de Saneamento de Sergipe (Deso) e de Desenvolvimento Regional (Coderse). O objetivo é promover a segurança das barragens existentes; e incrementar a articulação entre o órgão fiscalizador do Estado, o órgão estadual de Proteção e Defesa Civil e os empreendedores, para o desenvolvimento das ações da Política Nacional de Segurança de Barragens.

O grupo está sob a coordenação da Semac e da Sedubi. Com isso, rotineiramente é realizada uma série de reuniões para discutir uma agenda de visitas e medidas a serem adotadas. O intuito é estabelecer um Plano de Segurança de Barragens, com diretrizes e medidas para prevenir riscos e garantir a eficiência operacional, além de padronizar protocolo para situações de emergência.

De acordo com o geólogo da Semac, João Carlos Santos da Rocha, os órgãos estão trabalhando para padronizar as ações para que todos atuem de forma conjunta para promover a segurança dessas barragens. “A ideia é que cada empreendedor, a cada seis meses, ao menos, visite a barragem para fazer um Relatório de Inspeção de Segurança Regular, para garantir que ela está funcionando de acordo, e não tenha nenhum problema que possa prejudicar a segurança dessas estruturas”, declarou João Carlos.

Dessa forma, o Governo do Estado tem trabalhado com objetivo de estabelecer a implementação de ações de manutenção regular e preventiva, visando mitigar riscos e garantir a integridade das barragens. “Em períodos em que estamos passando com altas precipitações, quase todas as barragens estão vertendo. Então, a preocupação é que ela tem que ter uma quantidade de água que esteja passando pelo vertedor foi dimensionado pelo projeto. A gente costuma dizer que a barragem é uma obra viva, com o tempo, ela vai sofrendo muitas alterações e a gente tem que acompanhar essa estrutura, que é de responsabilidade dos empreendedores. Então eles têm que garantir a segurança dessas obras. A Semac fiscaliza para verificar se esses empreendedores estão cuidando dando bem dessas barragens”, frisou o geólogo.

João Carlos tranquiliza ainda a população em relação a qualquer risco de rompimento das barragens, destacando que elas estão sendo monitoradas regularmente e em plenas condições de segurança. “Não há risco. Por isso que a gente trabalha fazendo esse acompanhamento rotineiro, no intuito de garantir essa segurança. Esse monitoramento é muito importante porque as barragens estão muito próximas de núcleos habitacionais. Então esse cuidado é fundamental porque, além de ser uma obra em que que foram investidos milhões na estrutura, ela atende à população e perímetro irrigado. Então, essas ações envolvem dois aspectos importantes: a segurança hídrica e da estrutura da barragem”, pontuou o geólogo da Semac.

Fonte: Notícias do Governo

Agricultores familiares dos perímetros irrigados recebem sementes de milho do Governo do Estado

Programa Sementes do Futuro chega para assentados das áreas irrigadas
[Foto Fernando Augusto – Coderse]

Mais de 300 irrigantes da agricultura familiar, dos perímetros estaduais de Itabaiana, Lagarto, Areia Branca, Malhador e Riachuelo, são beneficiados com o Programa de Distribuição de Sementes Certificadas de milho. Com abrangência em Areia Branca, Malhador e Riachuelo, fica o Perímetro Irrigado Jacarecica II, onde a distribuição foi iniciada nesta quinta-feira,11.

O  Programa Sementes do Futuro, do Governo do Estado, está distribuindo três toneladas  de sementes em quatro perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Alexandre dos Santos, do assentamento Santa Maria, em Riachuelo, é irrigante do Jacarecica II. A doação do Governo do Estado veio ajudar o assentado a economizar na compra de sementes. Para o agricultor familiar, a irrigação pública é outro benefício para produção, que permite plantar milho em qualquer época. “A diferença é grande, com a  irrigação você tem o seu controle. Tem comércio o ano todo, milho verde o ano todo. Vendo assado, no meio da feira”.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Coderse, Júlio Leite, vê o Programa Sementes do Futuro como mais um dos benefícios que o Estado disponibiliza aos agricultores familiares nos perímetros irrigados. “Não podemos esquecer que o retorno desse benefício que o Governo de Sergipe está dando é imediato nos perímetros Irrigados. O nosso fornecimento diário de água e a assistência técnica permite que o irrigante plante até no mesmo dia que recebeu o saco de semente do programa” considerou.

Para Maria Estela dos Santos, agricultora irrigante do assentamento Colônia Penha, ter milho verde no lote é garantia de produção para gerar renda, mas também para a alimentação da própria família. “Ajuda em muitas coisas, né? Às vezes a gente vende, outras vezes come. (Com a semente doada) muda muita coisa, pois a semente custa muito”, analisou.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, diz que o período escolhido para as entregas é pensando no agricultor de sequeiro, principalmente nas regiões de sertão. “Veio na hora certa, é um programa reativado este ano pelo governador Fábio Mitidieri. São um total de 115 toneladas, um investimento de R$ 1,5 milhão, beneficiando 31 municípios. É para o pequeno agricultor, é a Agricultura Familiar recebendo um olhar diferenciado e o governo mais próximo das pessoas. Quando estão começando as chuvas. Vamos ver se para o ano a gente consegue antecipar mais ainda, mas está em um prazo tranquilo, o que é muito bom para o agricultor familiar”.

São sementes selecionadas e certificadas de milho,  para atender 11.500 famílias sergipanas. Famílias como a de Jaci dos Santos Reis,  irrigante do assentamento Marcelo Déda, em Malhador. “Ajuda na questão financeira, que nós estamos com a terra pronta e a semente está cara demais para comprar. Daí, recebendo esse, já dá uma ajuda boa. Vai vender verde, guardar o grão seco para semente, para as criações e a palha vai servir também de ração”.

Também do assentamento Marcelo Déda, Roberto Nunes considera acertada a decisão do Governo do Estado em escolher o milho, para subsidiar a produção com a doação de sementes. “Eu planto sempre e vendo bem o milho. Na verdade, a gente consegue vender quase tudo, tudo que se planta, tem boa saída. Mas principalmente o milho. É a fonte principal de renda que a gente tem. Para todos os agricultores. É mais rápido e mais prático” concluiu.

[vídeo] Sergipe Rural mostrou que barragens cheias trazem produção certa para irrigação pública

As chuvas de dezembro de 2022, foram suficientes para completar o nível dos cinco reservatórios que atendem os perímetros irrigados da Cohidro. As barragens cheias, conforme informou a reportagem do programa Sergipe Rural da Aperipê TV, dão garantias de um verão com disponibilidade de água para os agricultores irrigantes produzirem. Sem riscos de desabastecimento.

Colabora com esta situação tranquila, o desassoreamento feito na barragem do Perímetro Irrigado Poção da Ribeira, o que tem mais demanda por uso da água para a finalidade de abastecimento humano. Com a limpeza feita no leito do reservatório, houve um aumento na capacidade de acúmulo da água.

[vídeo] AgroSE: Chuvas fazem barragens verterem em cinco perímetros irrigados da Cohidro

Programa Agro SE, da Tv Atalaia divulgou nesta quarta-feira (07) que as chuvas que caem em todo estado de Sergipe desde o início da última semana, completaram o nível das cinco barragens da Cohidro. Nos perímetros irrigados Jacarecica I e Poção da Ribeira, em Itabaiana; Jacarecia II, entre Areia Branca, Malhador e Riachuelo; Jabiberi, em Tobias Barreto e Piauí, em Lagarto.

As chuvas, do fim de novembro e início de dezembro fizeram todas, as barragens verterem. Anunciando um verão – época de muita demanda do mercado e sol propício para as plantas crescerem bem – com água suficiente para atender às necessidades dos agricultores irrigantes atendidos pelo Governo do Estado nestes perímetros públicos, até o próximo inverno.

A barragem do perímetro da Ribeira, é um reservatório de importância estratégica, pois sua água tem múltiplos usos. Além da irrigação dos 466 lotes do polo irrigado, serve ao abastecimento urbano de quatro municípios do Agreste Sergipano, incluindo a grande Itabaiana. Para recuperar a sua capacidade original e até ampliar sua capacidade de acúmulo de água, no início do ano a barragem do perímetro da Ribeira recebeu obras de limpeza e desassoreamento, via Programa Pró-Campo, do Governo de Sergipe.

[vídeo] Chuvas fazem barragens verterem em cinco perímetros irrigados da Cohidro

Barragem do Jacarecica II [foto arquivo pessoal]
As chuvas que caem em todo estado de Sergipe desde o início da última semana, provocaram a cheia dos rios e, por consequência, já completaram o nível das cinco barragens da Cohidro. Nos perímetros irrigados Jacarecica I e Poção da Ribeira, em Itabaiana; Jacarecia II, entre Areia Branca, Malhador e Riachuelo; Jabiberi, em Tobias Barreto e Piauí, em Lagarto.

A troca de todo sistema de irrigação do Jacarecica I e Poção da Ribeira, pelo modelo mais eficiente de microaspersão, e a ação conjunta entre irrigantes e Cohidro no Jabiberi, construindo reservatórios de 100m³ para diminuir o tempo de distribuição de água diário; contribuíram para a economia no consumo da água nestas barragens públicas.

Ano a ano, é menor a dificuldade para enfrentar o período de estiagem nós perímetros, inclusive encontrando alternativas de manejo da irrigação e diversificação no plantio de espécies forrageiras menos dependentes de irrigação. No caso da produção de leite em Tobias Barreto

Mas em 2022, o inverno foi muito generoso em chuvas e bastou mais três dias chovendo, no fim de novembro, para novamente as barragens verterem. Anunciando um verão – época de muita demanda do mercado e sol propício para as plantas crescerem bem – com água suficiente para atender às necessidades dos agricultores irrigantes atendidos pelo Governo do Estado nestes perímetros públicos, até o o próximo inverno.

Desassoreamento
A barragem do perímetro da Ribeira, é um reservatório de importância estratégica, pois sua água tem múltiplos usos. Além da irrigação dos 466 lotes do polo irrigado, serve ao abastecimento urbano de quatro municípios do Agreste Sergipano, incluindo a grande Itabaiana.

Para recuperar a sua capacidade original e até ampliar sua capacidade de acúmulo de água, no início do ano a barragem do perímetro da Ribeira recebeu obras de limpeza e desassoreamento, via Programa Pró-Campo, do Governo de Sergipe.

Cabendo mais água e com o clima contribuindo para que a barragem chegasse à sua capacidade máxima por duas vezes no mesmo ano, a produção agrícola nos lotes irrigados poderá seguir, bem mais tranquila, até o próximo inverno. Produção que em sua grande maioria é composta de hortaliças folhosas, que tem como mercado certo as capitais de Sergipe e também da Bahia.



[vídeo] Estação Agrícola mostrou potencial da agricultura irrigada mantida pelo Governo de Sergipe

O programa Estação Agrícola, da TV Sergipe, foi ao Perímetro Irrigado Jacarecica II, na porção que faz parte do município de Riachuelo do polo agrícola, para falar da agricultura irrigada propiciada pelos perímetros públicos Estaduais. Visitou o lote de Antônio Carlos de Andrade, irrigante que planta usando práticas agroecológicas, sem usar agrotóxico.

A reportagem reforça a importância da irrigação pública para o estado, produzindo parte considerável do alimento consumido pelos sergipanos e nos estados vizinhos. Com expectativa de colher 130,7 mil toneladas de produtos durante o ano de 2022, repercutindo em uma renda bruta de R$ 169.789.704,70 distribuída entre as quase 14 mil pessoas diretamente beneficiadas pelos seis perímetros irrigados administrados pela Cohidro.

Barragens cheias animam produção irrigada em perímetros estaduais

Perspectiva é de não faltar água para produção agrícola nos períodos de estiagem.

José Valdeir [Foto: Fernando Augusto]
As barragens que fornecem água aos perímetros irrigados de Poção da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana; Jacarecica II, em Malhador; Piauí, em Lagarto; e Jabiberi, em Tobias Barreto, estão cheias graças ao período de chuvas contínuas no estado de Sergipe. Esta notícia afasta o risco de desabastecimento hídrico nos períodos de escassez de chuvas, regularizando a situação da irrigação pública ofertada pelo Governo do Estado nestes polos de produção agrícola. Já entramos na segunda quinzena do mês de agosto, quando em anos anteriores esses reservatórios já tinham começado a ser usados para a irrigação, e a chuva ainda cai, mantendo o nível máximo das barragens e dispensando a rega das plantas na maioria dos dias.

Segundo a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), é sempre neste mês que as chuvas se tornam menos frequentes e as lavouras voltam a ter necessidade de serem irrigadas, quando se retoma o serviço de irrigação nos seus perímetros irrigados. Para o engenheiro agrônomo desta empresa pública, Paulo Feitosa, este serviço tem uma grande importância socioeconômica para o Estado.

“Em repetição, anualmente, são áreas plantadas de em torno de 6.000 hectares irrigados. Nessas áreas, a exemplo de 2021, colhem mais de 90 mil toneladas de produtos agrícolas dos campos irrigados, isso praticamente está beneficiando por volta de 1.500 pequenas famílias, já que aqui a nossa base é a produção familiar”, destacou Paulo Feitosa. No ano passado, o valor da produção dos agricultores atendidos pelos seis perímetros estaduais foi de mais de R$ 137 milhões. “Isso é de extrema importância não só para as pessoas que vivem disso, o pequeno produtor, mas toda a movimentação da economia local, porque dentro da produção agrícola você envolve maquinários, assistência, insumos, adubos, sementes etc. Então, nisso tudo há uma movimentação dinâmica muito grande no local e no regional”, concluiu o agrônomo da Cohidro.

Agricultor irrigante que produz com a água fornecida pelo perímetro Jacarecica I, José Valdeir dos Santos está satisfeito com a chuva caindo ainda em agosto, esperançoso para um verão de grande produção, com a água que a barragem cheia acumulou. “Melhor assim, porque nós aqui plantamos no período de verão, então o período de inverno estamos quase parando. Só algumas lavouras que aguentam chuva, como o pepino e a alface, que precisa da terra bem molhada. [A barragem cheia] a gente vê assim com muita alegria. Sofremos tanto com a seca que tivemos, e agora ver ela assim transbordando, é só saúde agora, para começar um verão com força total. Quando tirar aqui agora [o pepino] vai ser a batata-doce, que é a mais plantada durante o verão. Ela e o amendoim”, adiantou.

Segurança Hídrica
O engenheiro agrônomo Paulo Feitosa, com base no acompanhamento feito pela própria Cohidro e pela Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, reforça que todas as barragens administradas pela empresa estão com 100% do volume útil reservado. “Neste ano, graças a Deus, todos os reservatórios verteram durante um bom tempo e alguns ainda continuam. Isso praticamente está assegurado [água] para, talvez, até o próximo inverno. Nós estamos com uma perspectiva muito boa e não visualizamos carência hídrica para a atividade advinda desses reservatórios. São cinco barragens do Estado que têm a finalidade de fornecer água para a irrigação, no caso da exploração agrícola, principalmente de culturas olerícolas. Sendo que quatro delas destinam-se também para o consumo humano”, destacou.

Agricultores devem colher 2,8 milhões de espigas de milho verde irrigado no período junino

A estimativa de produção de espigas para as festas deste ano supera em torno de 300 mil unidades à colheita de 2021

[foto: Vieira Neto]
O milho verde é cultivado o ano inteiro nos perímetros públicos de irrigação do Governo do Estado de Sergipe, mas nas festas juninas ganha um destaque especial na cozinha, devido à grande demanda pelo incremento no consumo in natura, cozido ou assado, servindo de base para a canjica, pamonha e bolos, o que leva também ao aumento na produção.

Segundo dados da Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), empresa pública vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura Desenvolvimento Agrário e da Pesca, em quatro dos seus seis perímetros irrigados – Califórnia, Jacarecica I, Jacarecica II e Piauí – são esperados 2.847.200 unidades de espigas colhidas até o final de junho. O Califórnia, situado em Canindé de São Francisco, é onde está sendo aguardada a maior colheita, com 1.158.000 espigas para o período junino.

O secretário de estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, está otimista com a produção de milho verde nas áreas irrigadas que, segundo ele, somada à produção para forragem e para comercialização do grão, consolida o cultivo de milho em Sergipe. “Estamos vivendo dois momentos importantes: o da colheita do milho verde para os festejos juninos, com safra superior ao ano passado; e outro momento de início do plantio para produção do grão nas áreas de sequeiro, com estimativa superior a 740 mil toneladas. A consolidação dessa cultura é resultado do esforço dos produtores na aplicação correta das tecnologias e o apoio decisivo do Governo Estadual para os pequenos, médios e grandes produtores”, destaca o secretário.

O diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, ratifica o otimismo na produção de milho verde nos perímetros irrigados administrados pela empresa pública. “Mesmo com alta nos preços dos insumos, a expectativa do irrigante é a de que estas festas juninas superem, em muito, as dos dois anos anteriores, quando tinha o isolamento social da pandemia. Por isso que a nossa estimativa de produção de espigas para as festas deste ano supera em torno de 300 mil unidades à colheita de 2021”, reforça.

O presidente ainda informa que, caso as espigas não sejam comercializadas, não há perdas nas lavouras de milho. “Se não vender as espigas, o irrigante tem comércio para vender a produção em forma de forragem para a pecuária ou então produzir o milho em grão, que também está com um preço ótimo de mercado. A Cohidro fornece água de irrigação e assistência técnica, o que reduz os custos de produção para este agricultor”, concluiu Paulo Sobral.

Um dos exemplos de boa colheita vem do agricultor Jackson Simões Fontes, do Perímetro Irrigado Piauí, no município de Lagarto. Ele é filho de agricultores e sempre trabalhou com o cultivo irrigado. Hoje, em sua terra, tem reservadas duas tarefas exclusivas para o milho verde. “A colheita de milho e amendoim é certa todos os anos. Ano passado, colhi 7 mil espigas e, agora em 2022, estou fazendo experiência com duas variedades diferentes e espero colher, no mínimo, 10 mil espigas. Também tenho uma tarefa de amendoim”, diz o produtor. O gerente do perímetro Piauí, mantido pela Cohidro, Gildo Almeida, informou que a previsão é produzir 579 mil espigas em todo o perímetro neste ano, numa área equivalente a 18,1 hectares.

Última atualização: 28 de junho de 2022 11:44.

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