Feijão-de-corda irrigado gera renda e adubo nitrogenado em perímetro estadual

Irrigação fornecida pela Coderse permite colheitas fora da estação chuvosa
Feijão-de-corda tem boa aceitação na mesa do sergipano e em estados vizinhos [foto: arquivo pessoal]
Mais do que atender a preferência que o nordestino tem por esta variedade, o feijão-de-corda é usado como cultura de rotação no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no centro-sul sergipano. Depois de colhidas, as plantas servem de adubação verde, rica em nitrogênio, e que diminui o custo de produção dos próximos cultivos agrícolas. Lá foram colhidas 10,4T do alimento em 2022.

No perímetro administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), esse feijão, também conhecido como fradinho ou caupi, é cultivado fora de época, no verão. “A produção de alimentos no período de estiagem se torna possível graças ao sistema de irrigação interligado, pelo Governo do Estado, às 421 propriedades agrícolas de Lagarto”, destacou o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite.

Helenilson Santos, 35 anos, produtor irrigante do perímetro Piauí, atende a demanda de mercados e feiras de Lagarto, nesse período em que não se encontra o produto cultivado em sistema de sequeiro. Ele usa o feijão no auxílio a outras culturas agrícolas com maior custo-benefício ao produtor irrigante, como a batata-doce, o milho e o quiabo.

“Eu sempre planto (feijão-de-corda) com o intuito de fazer rotação de cultura, e também porque minha mãe vende na feira. A própria semente sou eu mesmo que produzo. Já deixo reservada e tenho colheita para o ano todo. Quando chega no inverno eu planto na parte não irrigada e no verão eu planto na irrigada, mas eu sempre tenho”, apontou o agricultor que mantém a família, com três filhos e esposa, a partir da renda das plantações.

O feijão-de-corda é uma leguminosa de família botânica que tem como característica a fixação biológica de nitrogênio, para o uso da própria planta. Mas esse nutriente permanece nos restos do feijoeiro depois de colhido e serve para o desenvolvimento da próxima lavoura que vier a ocupar aquela roça. “Ao ser misturado ao solo, os restos da cultura agem como adubo orgânico”, justifica Helenilson.

Gerente do perímetro de Lagarto, Gildo Almeida destaca que o uso de uma leguminosa como rotação de cultura tem boa adesão entre os irrigantes. “Outro cultivo muito usado para esta finalidade é o amendoim. No perímetro Piauí temos irrigantes que plantam e cozinham, atendendo compradores dentro e fora do estado. Mas ele também tem essa mesma utilidade que o feijão, de servir de adubação verde”, confirmou.

Segundo o gerente do perímetro, neste verão são cerca de 10 produtores que usam a irrigação do perímetro para produzir o feijão-de-corda. “Além da irrigação que a Coderse oferece, em cada propriedade, para eles produzirem o ano inteiro, também tem a assistência técnica agrícola, que faz a orientação para eles produzirem mais e melhor, incluindo a adoção de culturas de rotação. Em 2022, foram 10,4 T de feijão-de-corda produzidas no perímetro, rendendo R$ 42 mil aos irrigantes”, informou Gildo Almeida.

A família de Helenilson Santos já tinha a propriedade quando surgiu o perímetro Piauí, que tem a mesma idade do agricultor. “Não acompanhei a implantação. Mas todo o conhecimento vem do pessoal que trabalha aqui. Os técnicos agrícolas sempre dão suporte à gente e à irrigação, para você ter o produto de inverno a verão, desde as formas de plantio, até os estudos para poder ter sempre a melhor produção. Porque hoje a gente consegue sobreviver do próprio plantio”, revelou.

Feijão o tempo inteiro
Para não deixar de ter feijão-de-corda para vender, Helenilson mantém mais de uma área com o cultivo. “Eu planto aqui mais ou menos um hectare. Para ter a colheita sempre farta e suprir a feira, eu estou colhendo agora a metade e tem outra metade já começando a colocar flor”. Na feira, ele comercializa o feijão por R$ 8 a lata (de 1L de óleo de soja), valor que varia conforme a oferta e a demanda.

Colhido ainda verde, o feijão-de-corda tem melhor preço de venda, acelera o ciclo da lavoura e a entrada da cultura seguinte, onde os feijoeiros servirão de adubo. Mas é do grão seco, também comercializado por Helenilson, que ele tira a semente e garante a continuidade das novas safras. “Do plantio até a colheita são de 80 a 90 dias, e a gente passa entre 30 a 40 dias colhendo. A colheita é rápida”, completou.

Vantagens e aplicação
O mais nordestino entre os feijões está no acarajé, no abará, no baião de dois e no feijão tropeiro; pode ser consumido cozido, em caldo, ou nas saladas frias. Mas em relação ao feijão carioca, o mais consumido no país, o feijão-de-corda tem três vezes menos carboidratos, que são os açúcares. Assim, o corda é mais indicado para o consumo dos diabéticos e nas dietas de emagrecimento, já que também tem menos da metade das gorduras totais encontradas do que o carioca.

Coderse apresenta sistemas de abastecimento de água durante Sealba Show

Ação beneficia 29 comunidades em nove municípios sergipanos e segue em expansão para atender mais 20 comunidades

Coderse apresenta sistemas de abastecimento de água na Sealba Show [Foto: Arthuro Paganini]
A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, tem como missão desenvolver políticas públicas que atendam às necessidades do meio rural. É com esse intuito que a companhia apresenta as ações de implantação de sistemas de abastecimento de água em comunidade rurais dos programas Água para Todos e Água Doce aos participantes do Sealba Show, maior evento do agronegócio de Sergipe, realizado no Parque Cunha Menezes, às margens da BR-235, em Itabaiana, no agreste sergipano, até neste sábado, dia 4.

O evento, que conta com o apoio do Governo do Estado, reúne produtores rurais, autoridades, técnicos e empresas do ramo agrícola dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia que se voltam ao campo para tratar da relevância da agricultura e marca o início do plantio de mais uma grande safra de grãos para a região.

Levi Reis Alves, agricultor do município de Adustina, na Bahia, não conhecia o sistema de abastecimento do Programa Água Doce apresentado pela Coderse e se surpreendeu. “É bem interessante e é um meio a se pensar em fazer, porque da forma que estamos hoje e com a falta de água auxilia muito, como também nas irrigações. Os poços costumam ser de água salgada, então estamos começando a implementar”, declarou o produtor de milho.

O Programa Água Doce (PAD) leva água potável às comunidades rurais sergipanas que não contam com sistemas de abastecimentos convencionais. Por meio de convênio do Governo do Estado com o Governo Federal, o programa foi ampliado e prorrogado até dezembro de 2023, garantindo os recursos para a continuidade da manutenção dos sistemas de dessalinizadores existentes e a ampliação do número de unidades. O programa possibilita a implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água, dotados de dessalinizadores. Sergipe possui 29 unidades distribuídas em nove municípios, atendendo cerca de cinco mil pessoas.

O coordenador estadual do Programa Água Doce, Vandson Carvalho, explica que a ideia é levar água de qualidade para as comunidades por meio de um dessalinizador. “A Coderse executa esse programa e temos um núcleo onde existem componentes que são: sustentabilidade ambiental, mobilização, obras cíveis e dessalinizador. Muitas vezes, ao perfurar um poço, encontramos água salobra, salina, então essa água entra num processo dessalinizador, que vai filtrar 99% de suas impurezas, transformando-se em água potável para a comunidade, específica para o consumo humano, então ela vai beber água”, disse.

A ação do Governo do Estado é coordenada pela Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e conta com a execução de suas subsidiárias, além da cooperação de outros órgãos estaduais, municipais e de agentes locais. O programa conta, também, com a participação dos moradores das localidades rurais que atuam como operadores dos sistemas nos municípios de Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Monte Alegre de Sergipe, Porto da Folha, Nossa Senhora da Glória, Carira, Simão Dias, Poço Verde e Tobias Barreto.

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe é responsável pela manutenção dos sistemas implantados, enquanto a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) fica com a responsabilidade de orientar sobre o funcionamento do sistema.

“O sistema é fixado no semiárido, são 29 unidades fixadas em Sergipe e seguimos em expansão para atender mais 20 comunidades, na mesma região, a exemplo de Monte Alegre, Poço Redondo, Porto da Folha, Canindé, Simão Dias, Poço Verde e Nossa Senhora da Glória. Outras cidades vão ser contempladas e a expectativa é que seja até dezembro”, disse o coordenador, ressaltando a importância desses projetos para o agricultor. “Essa é uma política que fixa o agricultor em suas cidades, levando uma melhor qualidade de água”.

Unidade produtiva
Além disso, no estande da Coderse, também é destaque um modelo de expansão de unidade produtiva para irrigação. “Nós temos um plano de trabalho para expandir uma unidade produtiva, então nela existe a irrigação da triplex, conhecida como erva-sal e essa erva-sal vai agir como forrageira para alimentar o gado”, explicou.

Perímetros
Além dos sistemas de abastecimento de água, a Coderse apresentou os produtos resultados do fornecimento contínuo de água e assistência técnica, para produção agropecuária nos perímetros públicos de irrigação.

Oswaldo Nunes da Cruz é gerente e operador de linha de distribuição do Perímetro Jacarecica I, em Itabaiana. Lá eles cultivam quiabo, batata-doce, amendoim, milho, alface, cenoura e coentro. Segundo ele, a atuação da companhia tem sido fundamental no apoio ao agricultor. “Procuramos ao máximo nos entender, dando todo o apoio ao produtor, que mais precisa de água e nós temos o maior cuidado para que isso não falte”, ressaltou.

Ações
A Coderse tem, também, entre as ações o gerenciamento e fiscalização de contratos de concessão do Distrito de Irrigação Platô de Neópolis; serviço regular de perfuração, instalação, manutenção, recuperação de poços e seus sistemas de abastecimento comunitários; além de construção, recuperação e desassoreamento de cisternas e barragens.

Para o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, o evento representa uma grande vitrine para as ações da companhia, que vem com perspectivas de ampliação das ações. “A Coderse não poderia estar de fora de um evento dessa magnitude, mostrando os trabalhos que a antiga Cohidro fazia e também as novas perspectivas de ampliação, com essa nova roupagem de Companhia de Desenvolvimento Regional. Estamos apresentando projetos básicos, com importância para o abastecimento humano, como também na questão de produção agrícola irrigada. Como a empresa trabalha com perímetros irrigados, pequenos produtores, é fundamental mostrar o que produz, o quanto produz, até mesmo na perspectiva de novos mercados”, destacou.

Ainda segundo o diretor-presidente, a mudança do nome de Cohidro para Coderse veio com o objetivo de potencializar a atuação da companhia. “Representa a possibilidade de atender uma demanda maior. O governador Fábio Mitidieri tem uma visão de chegar a todos os pontos e locais. Com essa nova perspectiva, vamos ter condições de viabilizar ações concretas em todas as comunidades rurais”, concluiu Paulo Sobral.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe leva mais qualidade de vida e infraestrutura ao campo

Coderse surge para desenvolver novas políticas públicas que atendam outras necessidades do meio rural, além da carência hídrica [foto: Fernando Augusto]
Ao se transformar em Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), a antiga Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro) ganhou status de atuação em todos os 75 municípios, abrindo diálogo e mecanismos para captação de recursos das esferas municipal, estadual, federal e até internacional, a fim de desenvolver novas políticas públicas que atendam outras necessidades do meio rural, além da carência hídrica que a Cohidro já supria.

A mudança também favorece o diálogo com os poderes Executivo e Legislativo, de onde recursos originários de fundos, programas e emendas parlamentares possam dar o empuxo necessário à promoção de meios de geração de emprego, renda, produção de alimentos e qualidade de vida para a mulher e o homem do campo.

Antes, enquanto Cohidro, a companhia estava restrita a administrar os seus seis perímetros irrigados, limitados a setores de sete municípios; cuidar e fiscalizar os contratos de concessão do Platô de Neópolis (que também abrange Japoatã) e da Central de Abastecimento (Ceasa) de Aracaju; e a perfurar, instalar e recuperar poços, barragens e cisternas.

Segundo o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, serão ampliados os serviços que a antiga Cohidro fazia, mas outras ações de infraestrutura, aquisição de equipamentos e saneamento rural farão parte do leque de atuação da nova companhia. Para tanto, o diretor informa que vários processos licitatórios estão em andamento acelerado.

“A Coderse chegou, e chegou de verdade. Terão comunidades rurais em que a gente vai poder trabalhar a parte de calçamento, de esgotamento, e também adquirir máquinas e implementos para fortalecer a cadeia produtiva das localidades, melhorando a infraestrutura e gerando qualidade de vida, com mais saúde e renda para quem vive no campo”, destacou Paulo Sobral, ao observar que a Coderse vai fazer essa ação direta e concreta com os municípios, em parceria com as comunidades e associações rurais.

Para ele, com a Coderse, um ciclo de ações governamentais será promovido para elevar os níveis de desenvolvimento humano no meio rural, refletindo no ambiente urbano. “Isso é a base. Se você produz água, se você produz qualidade de vida para o homem do campo, automaticamente você dá condições para que ele produza comida. Você está fechando um ciclo de extrema importância para o estado”, complementou o presidente da companhia estadual.

Captação de recursos

A maior parte das novas políticas públicas encabeçadas pela Coderse, em vista de promover qualidade de vida à população rural, partirá da Diretoria de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola. O diretor Ernan Sena considera importante a mudança, para favorecer a captação de recursos e promover serviços e obras. “Sabemos que um dos limitadores da Cohidro era a falta de recursos. Com a mudança no estatuto para Coderse, teremos uma melhor condição de captação financeira, viabilizando a exploração do grande potencial que essa empresa tem e cumprindo a sua função social. A expectativa é muito boa, vamos trabalhar duro para conseguir aumentar o número de realizações da empresa”, avisou Ernan Sena.

Reestruturação

Diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Coderse, Júlio Leite destaca que com a companhia maior e mais aberta à captação de recursos do que era a Cohidro o seu setor poderá melhorar os serviços oferecidos nos seis perímetros irrigados, e até ampliar a sua atuação.

“A intenção é recuperar mais da infraestrutura dos perímetros, construída em meados dos anos 80, ao mesmo tempo em que queremos ampliar essa atuação para mais localidades rurais. A irrigação é, sem dúvida, essencial à atividade agrícola e também à pecuária, na maior parte do nosso estado, em regiões onde a chuva é bastante irregular, quando não é escassa”, pontuou Júlio Leite.

Recursos humanos 

O diretor Administrativo e Financeiro (Diraf) da Coderse, Thomas Jefferson da Costa, falou da expectativa de crescimento das ações da empresa. “Sinto-me feliz e honrado por fazer parte deste momento tão importante da instituição. Eu conheço o trabalho da Cohidro há muito tempo e, apesar do pouco tempo no cargo, posso dizer que agora como Coderse ela reúne todos os elementos para dar um grande salto nos próximos anos”.

Será na Diraf que muitas das novas funções da Coderse irão tomar forma, nos setores de recursos humanos, licitações e financeiro. “Além do quadro de profissionais competentes, temos todo o respaldo do nosso secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, e do nosso governador Fábio Mitidieri”, completou Thomas Jefferson da Costa.

Conselho de Administração empossa três novos diretores da Coderse

Equipe pretende contribuir com a reestruturação da empresa no processo de transição com foco no desenvolvimento regional

[foto: Fernando Augusto]
O Conselho de Administração da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) empossou os novos diretores Administrativo e Financeiro; de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola; e de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Companhia. Indicados pelo governador Fábio Mitidieri, os novos dirigentes têm o desafio de contribuir com a reestruturação da empresa, que deixou de ser de Irrigação e Poço e passou para Desenvolvimento Regional.

Thomas Jefferson assumiu a diretoria Administrativa e Financeira; Júlio Cezar Sandes Leite a de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola; e Ernan Sena a de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola.

Além de dar continuidade ao processo de reestruturação que a empresa pública vem passando nos últimos quatro anos, os novos dirigentes têm o desafio de promover, junto ao atual diretor-presidente, Paulo Sobral, o processo de transição da antiga Companhia de Irrigação e Poços (Cohidro), para a de Desenvolvimento Regional (Coderse). De acordo com o presidente, a empresa está preparada para receber novos investimentos e, com isso, ampliar a gama de serviços à população do meio rural.

Gestor público, Thomas Jefferson França da Costa atuou no Tribunal de Contas e na Assembleia Legislativa de Sergipe, foi superintendente estadual da GEAP e diretor institucional em Sergipe da União das Instituições de Autogestão em Saúde. “Estar à frente da Diraf desta importante instituição é uma responsabilidade enorme. Mesmo com toda a experiência que adquiri nos lugares por onde passei, sei que terei muitos desafios pela frente e estou pronto para encará-los e, até mesmo, aprender com eles. Neste sentido, estou chegando para somar, conduzindo a Diretoria Administrativa e Financeira da Coderse com dinamismo, dentro de uma agenda que fortaleça a sua atuação e dê grandes resultados para a população”, afirmou.

Ernan de Araujo Sena é advogado, foi assessor jurídico no Tribunal de Justiça de Sergipe e na Procuradoria Geral do Município de Aracaju, com passagem também pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi) e na 1ª Vara Civil de Itabaiana. Agora, na diretoria que desempenha trabalhos em sistemas de abastecimento, barragens e cisternas em todos os municípios sergipanos, Ernan Sena está animado com a expectativa de encontrar bastante trabalho na nova função.

“A Dinfra tem um papel social muito importante, levando água para comunidades no interior. Espero poder usar da minha experiência pessoal e profissional para modernizar, equipar e otimizar os trabalhos da Dinfra. Queremos alcançar mais comunidades que necessitam dos nossos serviços”, pontuou.

O veterinário Júlio Cezar Sandes Vieira Leite foi secretário municipal de Riachuelo nas pastas da Agricultura e de Governo, tendo atuação profissional e especializações técnico-acadêmicas em Medicina Veterinária, na área de reprodução animal. Ele agradeceu ao governador Fábio Mitidieri pela indicação para assumir a diretoria de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola. “Acredito que a missão de conduzir a Dirir (responsável por seis perímetros irrigados, mais o gerenciamento e fiscalização dos contratos de concessão do Platô de Neópolis) seja desafiadora, mas, ao mesmo tempo, gratificante. Seja pelo suporte dado ao desenvolvimento da agricultura familiar nos lotes dos perímetros e o apoio ao agronegócio sergipano ou pelo trabalho que propicia a produção de alimentos, contribuindo com a diversidade daquilo que chega à mesa do sergipano, em qualidade e melhor preço”, apontou Júlio Leite.

O presidente do Conselho de Administração da Coderse, Alberto Santos Melo, desejou uma boa gestão para os novos diretores, pedindo que se dê continuidade aos avanços já iniciados. “A gestão de Paulo Sobral tem sido muito evolutiva. Ao visitar os perímetros, por exemplo, vão ver que tem muita coisa por fazer. Mas muita coisa já foi feita, como a estação de bombeamento que nunca tinha sido recuperada e um canal de irrigação do tempo em que foi entregue o perímetro, que nunca tinha sido limpo”, reforçou.

Apoio do Estado à agricultura familiar garante renda para produtores e diversidade de alimentos na mesa dos sergipanos

Assistência técnica, modernização, investimentos no desenvolvimento regional e programas específicos são algumas das ações do Governo de Sergipe que têm fomentado a agricultura familiar no Estado

Irrigação possibilita maior diversidade de culturas e rentabilidade [foto: Arthuro Paganini]
Em aproximadamente 20 dias, o amendoim plantado por Luciano Oliveira estará pronto para ser colhido. Do povoado Limoeiro, no município de Lagarto, no centro-sul de Sergipe, o produto vai parar nas feiras da região e até na capital, Aracaju, chegando à mesa de várias famílias sergipanas.

Segundo dados consolidados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), de 2017, cerca de 77% dos 93 mil estabelecimentos rurais em Sergipe são compostos por agricultores familiares. No estado, como em todo o Brasil, a atividade é a principal responsável pela produção dos alimentos disponibilizados para consumo da população.

Em Sergipe, os agricultores familiares contam com o apoio do Governo de Sergipe, por meio de diversos programas mantidos, principalmente, pelas secretarias de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), da Assistência Social e Cidadania (Seasc), assim como da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) e a Companhia do Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), antiga Cohidro.

Por meio da Pronese, por exemplo, o governo do Estado implementa o Programa Nacional de Crédito Fundiário em parceria com o governo federal, que possibilitou o acesso à terra para mais de 2 mil famílias. Enquanto a Emdagro tem uma atuação importante no interior, com 36 escritórios por todo o estado, prestando assistência técnica rural e fomento à produção. Também são realizados programas para o agricultor familiar, como Programa de Distribuição de Sementes; de Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro (IATF); apoio à regularização das queijarias, dentre outros. O seguro Garantia Safra, a operação do Programa Alimenta Brasil (PAB) e o Programa de Regularização Fundiária são algumas das ações diretas da Seagri. Já a Coderse atua na modernização e gestão de seis perímetros públicos irrigados, na construção de sistemas de abastecimento de água, limpeza e abertura de pequenas, médias e grandes barragens nos municípios.

Diversidade e produtividade
O terreno de duas tarefas onde Luciano e seu pai, Agnobaldo Nascimento, também produzem verduras, amendoim, batata doce, mandioca, macaxeira e milho faz parte do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pela Coderse, em Lagarto. Além da irrigação pública, os agricultores contam com a assistência técnica do Estado, o que possibilita maior diversidade de culturas e rentabilidade.

“É fundamental o auxílio que recebemos. Depois da irrigação, melhorou muito, principalmente o lucro. Com a irrigação, a gente consegue ter até três safras por ano. E com a assistência técnica da Coderse também conseguimos, no banco, um financiamento para o kit de irrigação para a lavoura nova, o que vai aumentar nossa produção, pois vamos trabalhar com equipamentos mais novos e modernos e investir um pouco mais na qualidade do produto, usar um adubo melhor e uma semente de melhor qualidade”, disse Luciano.

De acordo com o agricultor familiar, o apoio do Estado e dos demais parceiros vai permitir uma maior produtividade no seu terreno. “Quero ter um aumento de 20% a 30% na produção neste ano”, afirmou o filho de Agnobaldo, acrescentando que o lucro obtido com a lavoura é a principal fonte de renda da família, formada por cinco pessoas.

Em 2022, nos seis perímetros irrigados mantidos pela Coderse, foram produzidas 132.601 toneladas de alimentos. “O lote com a irrigação consegue tirar até três safras em um ano. Sem a irrigação, eles produziam praticamente só mandioca e esperavam mais de um ano para colher. Já o amendoim, milho verde, batata doce têm um ciclo pequeno de produção, e o retorno financeiro é mais rápido. Sempre trabalhamos para melhorar a produção, por meio do acompanhamento técnico. A gente também corre atrás de projetos para eles participarem dos programas dos governos estadual e federal. A gente se preocupa muito com isso, para que possam escoar a produção, para que produzam e tenham como escoar”, explicou o gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima.

Luiz Barbosa dos Santos também é um dos beneficiados pela irrigação pública. “Sem a irrigação, a gente não trabalharia aqui. Eu produzo tomate e pimenta. Nesta safra, estamos com uma produção de aproximadamente 1.500 caixas de tomate. Esse tomate vai para as Ceasas de Itabaiana e Aracaju”, informou o produtor do povoado Várzea dos Cágados.

Mais renda
Conforme Luiz, a produção também gera renda para trabalhadores da região. “Estamos agora no período de colheita, e são quase 40 pessoas que contratamos dois dias por semana, nas três semanas da colheita, para catar e também para separar os tomates”.

Daniela dos Santos Souza é uma das pessoas contratadas para a colheita. Para ela, o serviço é motivo de orgulho. “Sou de família de agricultores. Minha mãe e meu irmão também estão trabalhando aqui hoje. É um tipo de trabalho que a gente faz com muito amor e carinho, porque gosta. Gosto muito de trabalhar na colheita do tomate e em outras, como a seleção de pimenta. Tem que ter os colhedores [antes] para os tomates chegarem, depois, até as pessoas”, argumentou.

A jovem destacou, ainda, a oportunidade ofertada pela produção agrícola local. “Eu moro aqui em Lagarto com minha filha. Então, eu tenho que ter o meu sustento e o dela. Também é bom para a maior parte do pessoal, que, quando está desempregado, encontra mais trabalhos assim por aqui”, pontuou Daniela.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Barragens recuperadas pelo governo têm 100% de aproveitamento após período de boas chuvas

Foram revitalizadas 301 aguadas em Canindé do São Francisco e Porto da Folha

Sr. Manoel Moura, do povoado São Domingos [foto: Fernando Augusto]
O Governo de Sergipe tem dado continuidade ao trabalho de limpeza e ampliação de pequenas e médias barragens, comunitárias ou de pequenos criadores, no alto e médio sertão sergipano. No último ano, foram revitalizadas 301 aguadas pelo Programa de Recuperação de Barragens do Governo do Estado, em Canindé de São Francisco e Porto da Folha. Todas elas receberam recarga de água com as boas chuvas que caíram em todo estado de Sergipe, em dezembro de 2022.

Conforme o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Paulo Sobral, o governo está investindo R$ 4,9 milhões do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep) para fazer a limpeza das barragens e aguadas instaladas no sertão sergipano. “A prioridade é atender os municípios com decretação de situação de emergência devido à estiagem. As aguadas dos pequenos proprietários que também estão sendo atendidas são de pequenos criadores, com até 19 cabeças de gado e que aceitem o compromisso de compartilhar a água de seu reservatório recuperado com o restante da comunidade”, explicou.

O Programa de Recuperação se dá via Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania de Sergipe (Seasc) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse). A companhia é a responsável pela execução da contratação de empresa de engenharia e fiscalização das obras.

“Os reservatórios cheios garantem o abastecimento de água no período de verão, quando outras lagoas, riachos e cisternas secam, atendendo as demandas domésticas e, principalmente, para saciar a sede dos rebanhos. Até o fim do programa, a meta é a recuperação de 20 barragens de médio porte e mil de pequeno porte”, afirmou Paulo Sobral.

O dirigente da Coderse disse que, em 2022, quando a edição do programa de recuperação iniciou, foi aberta uma exceção para incluir a barragem João Alves Filho, que atende o abastecimento de água potável de quatro municípios do agreste sergipano e o Perímetro Irrigado Poção da Ribeira, administrado pela Coderse, em Itabaiana. Essa barragem atende o perímetro irrigado de 466 agricultores e o abastecimento humano em Itabaiana, Campo do Brito, São Domingos e Malhador.

Segundo Paulo Sobral, o nível da água estava muito baixo e a irrigação teve que ser suspensa. “Com o trabalho, pudemos ampliar a capacidade de armazenamento da barragem, depois da remoção de boa parte do material argiloso decantado no fundo, o que facilitou o bombeamento de água efetuado pela Deso. Agora está tranquilo para quem depende dessa água para produzir e gerar renda, empregos e produzir alimentos”, informou.

Edições anteriores
Desde o início do programa, em 2012, já foram recuperadas quase duas mil barragens, beneficiando cerca de 70 mil pessoas, atendendo comunidades rurais dos municípios em situação de emergência por conta da seca.

Até o momento, na edição 2022/2023 foram atendidos, em Porto da Folha, os povoados São Domingos, Linda Flor, Lagoa da Volta – estes três com barragens de médio porte; Deserto (7), Lagoa do Rancho (44), Lagoa das Panelas (4), Dão Guimarães, Chumbinho, Lagoa Grande (5), São Judas Tadeu (3), Catinga (2), Goiabeira (2), Craibeiro (4), Girassol (3), Bom Jardim, Ponta da Vaca (4), Jericó (2); e Assentamento Sítio Alto.

Em Canindé, foram contemplados o Povoado Padre Cícero (29); assentamentos Canadá (77), Daniel Ricardo (13), Santa Rita (72) e Oroco (23).

Benção
Com as chuvas de dezembro, a barragem do Povoado São Domingos ficou com 100% de sua capacidade. O aposentado Manoel Moura, 79 anos, usa essa água para as criações e o consumo em casa. “A água desse tanque é uma grandeza que Deus mandou. A gente não pode fazer nenhuma loucura com ela. Porque, sem comer, a gente passa, mas sem beber, não. Este tanque é bom de água. Toda vida foi e agora, com essa limpeza, é para sempre. Retiraram a lama e agora está uma nova vida”, comemorou o morador.

Ele agora está atento em fiscalizar e proibir o acesso da meninada ao reservatório. “Por conta da segurança, já que o reservatório ficou mais profundo com o desassoreamento, e também para que a qualidade da água não seja prejudicada”, diz.

Programa Água Doce em Sergipe é ampliado e prorrogado até dezembro de 2023

Fornecimento de água potável em localidades rurais fixa as famílias no campo e favorece os números positivos à atividade agrícola e pecuária do estado

João Izídio [Foto: Fernando Augusto]
O Programa Água Doce (PAD), que leva água potável às comunidades rurais sergipanas que não contam com sistemas de abastecimentos convencionais, foi ampliado e prorrogado até dezembro de 2023. De acordo com o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Paulo Sobral, o convênio com o Governo Federal foi renovado, garantindo os recursos para a continuidade da manutenção dos sistemas de dessalinizadores existentes e a ampliação do número de unidades até o fim deste ano.

O programa possibilita a implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água, dotados de dessalinizadores. Sergipe possui 29 unidades distribuídas em nove municípios, atendendo cerca de 5 mil pessoas.

A ação do Governo do Estado é coordenada pela Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e conta com a execução de suas subsidiárias, além da cooperação de outros órgãos estaduais, municipais e de agentes locais. O programa conta, também, com a participação dos moradores das localidades rurais que atuam como operadores dos sistemas nos municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Monte Alegre de Sergipe, Porto da Folha, Nossa Senhora da Glória, Carira, Simão Dias, Poço Verde e Tobias Barreto.

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) é responsável pela manutenção dos sistemas implantados, enquanto a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) fica com a responsabilidade de orientar sobre o funcionamento do sistema.

João Izídio é usuário e operador do sistema de abastecimento de água dessalinizada do povoado Bezerras, em Carira, localizado no agreste central sergipano. Ele explica que naquela unidade do PAD, cerca de 50 famílias pegam água diariamente para o consumo humano.

“O programa é uma coisa muito importante, mudou muito a nossa vida aqui na comunidade. Agora a gente está bebendo uma água de qualidade. Não é água de calha de casa, não é água de barreiros. A equipe que implantou o Programa Água Doce está de parabéns e nós também estamos de parabéns, porque recebemos um programa de grande importância”, revelou.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, ressalta que a colaboração da companhia estadual com o programa vem desde sua implantação no estado. Ele explica que é norma do PAD a implantação de unidades a partir de poços salinos já existentes e, muitos dos que foram aproveitados, eram poços que a Cohidro perfurou ao longo de sua história.

“Colaboramos com nossa expertise na parte de recuperação, limpeza e instalação destas 29 unidades. Posteriormente e antes da Seagri coordenar o programa, atuamos fazendo a manutenção dos poços, infraestrutura e bombeamento”, explicou.

O presidente disse, ainda, que as reservas de água do subsolo da parte semiárida do estado de Sergipe são, ao mesmo tempo, escassas em quantidade – com muitos poços perfurados que resultam em pouco ou não-produtivos – como, também, a maioria destes poços fornece água salina que, sem tratamento, é imprópria ao consumo humano. “Essa situação se repete nos demais estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais”, destacou.

Coordenador do PAD em Sergipe, Vandesson Carvalho, informou que já foram finalizados os processos licitatórios para contratação de quatro empresas que irão atuar na execução do PAD. “Os contratos são de manutenção e monitoramento, capacitação dos operadores, sustentabilidade ambiental e de apoio à gestão”, adiantou. Ele disse que os técnicos da Coderse que trabalham na instalação e manutenção de poços perfurados pela empresa em todo estado visitaram todos os 29 sistemas do PAD. “Em cinco sistemas, houve o trabalho de manutenção das bombas, beneficiando um total de 525 famílias que vivem nestas cinco localidades e arredores”, acrescentou.

Parceiros
Além da Seagri, por meio de suas subsidiárias Coderse e a Emdagro, atuam no Água Doce as secretarias de Estado do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi); e de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac); e a Superintendência Estadual de Proteção e Defesa Civil (Supdec); a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e os departamentos de Defesa Civil dos municípios atendidos.

Fábio empossa novos gestores com o compromisso de fortalecer setor rural no estado

Marival Santana assume a Secretaria-executiva da Seagri, Gilson dos Anjos a diretoria da Emdagro e Paulo Sobral foi reconduzido na Coderse, antiga Cohidro

 

A proposta de revitalizar a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e de dinamizar o setor agropecuário começa a se desenhar no governo do Estado com a posse de novo presidente para a Emdagro, para a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e da secretaria-executiva da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca. A solenidade ocorreu nesta sexta-feira, 6, e foi comandada pelo governador Fábio Mitidieri.

O ex-prefeito de Simão Dias, Marival Santana, assume a Secretaria-executiva da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário. A Emdagro será comandada por Gilson dos Anjos, ex-prefeito da Barra dos Coqueiros e ex-superintendente do Incra em Sergipe. Já a Coderse, antiga Cohidro, segue com o atual presidente, Paulo Sobral.

De acordo com o governador Fábio Mitidieri, a reorganização seguiu critérios técnicos, no intuito de potencializar as políticas públicas para desenvolvimento da área rural. O chefe do Executivo lembrou os compromissos firmados com o setor durante a campanha.

“Estamos dando nossa cara ao governo, com agilidade e renovação. Durante nossa campanha, o agronegócio foi uma das prioridades. Quero que os órgãos funcionem para ajudar as pessoas que mais precisam, homens e mulheres do campo”, pontuou.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, falou da importância do papel da Emdagro para agricultura e pecuária de Sergipe, assim como da Coderse.

“É um compromisso político do governador Fábio Mitidieri que avancemos nas políticas públicas rurais. Caminhamos muito em diversos segmentos da agricultura e da pecuária, mas temos que avançar, reciclar e se empenhar cada vez mais. Mesmo antes da posse, Fábio já vinha trabalhando em Brasília para conseguir mais recursos para a área”, comentou.

O novo secretário-executivo da Seagri, Marival Santana, disse que vem trazer a experiência que adquiriu junto ao agricultor, no período que foi prefeito do município de Simão Dias. “Sei das necessidades do homem do campo. É com a visão e experiência que vivi com o agricultor que vou contribuir com o desenvolvimento da agricultura de todo estado”, ressaltou.

A Emdagro tem o propósito de atuar nas áreas de assistência técnica, extensão rural, pesquisa, defesa agropecuária a e ações fundiárias, assegurando o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social. Na opinião do novo diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, a experiência obtida em outras esferas possibilitará ainda mais avanços no órgão.

“Chego muito feliz e tranquilo da importância que o governador Fábio Mitidieri nutre por esse setor. Então usarei todo meu conhecimento técnico para, juntos aos colaboradores, desenvolvermos um trabalho brilhante na área, potencializando os projetos já existentes e trazendo outros. Vamos, sobretudo, fortalecer a assistência técnica e extensão rural para a agricultura familiar”.

O presidente da Coderse, Paulo Sobral, pretende potencializar e dar visibilidade aos trabalhos desenvolvidos na Companhia. “É uma mudança não só de nome, mas de ação. A companhia está sendo incorporada. Então ela vai ter uma atuação maior, vamos abrir um leque de opções para poder atender às demandas de todos os municípios, não só no que diz respeito ao abastecimento d’água, perímetro irrigado”.

Políticas públicas
O prefeito de Tomar do Geru, Pedro Balbino, espera conseguir uma maior integração dos municípios com o governo. “A nossa esperança e muito grande e carregada de certeza que o governo vai acertar pela qualidade dos técnicos indicados para compor o primeiro e segundo escalão”, reforçou.

 

Fonte: Agência Sergipe de Noticias

 

Governo do Estado entrega reforma do Bloco Administrativo da Cohidro

Entrega da obra fez parte da Confraternização Natalina dos funcionários, que ainda teve Missa em Ação de Graças; oração de pastor evangélico, Papai Noel e lanche servido aos presentes
[foto: Vieira Neto]
Na última semana, o Governo do Estado realizou a entrega da reforma do bloco administrativo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), em Aracaju. Essa revitalização predial faz parte de um ciclo de reformas que incluem o bloco das diretorias técnicas e da cobertura dos almoxarifados, na capital sergipana; a recuperação de estações de bombeamento (EBs), escritórios, estradas, canais, desassoreamento de barragem e ampliação de adutora, nos perímetros irrigados de Areia Branca, Canindé de São Francisco, Itabaiana, Lagarto, Malhador, Riachuelo e Tobias Barreto.
No evento de entrega da obra — em que também foi celebrada uma Missa em Ação de Graças ao Ano de 2022, como forma de confraternização natalina e de fim de ano dos funcionários — representou o governador Belivaldo Chagas, o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva. “A entrega deste espaço administrativo totalmente reformado simboliza o reconhecimento por tudo que foi feito pela Cohidro, por seus funcionários e colaboradores que são abnegados, dispostos para o trabalho, e que também construíram um ambiente de trabalho fraterno, alegre e de muita amizade. Em nome do governador Belivaldo Chagas desejo um ano de 2023 feliz para todos”.

No bloco administrativo, foram investidos, com recursos próprios, R$ 385.086,15 para a completa recuperação da cobertura; substituição do piso vinílico, por um de alta resistência; substituição completa do forro; nova estrutura para caixa d’água; substituição completa da parte elétrica, respeitando à NBR 5410; recuperação de pontos estruturais; manutenção das estruturas hidrossanitárias; construção de copa, rampa e corrimãos de acessibilidade. Também foi reformulada a galeria de ex-presidentes da Cohidro.

O prédio abriga a presidência, a diretoria administrativa financeira; as assessorias jurídica da presidência, de planejamento e de comunicação; as gerências financeiras e de recursos humanos; divisões de contabilidade, saúde e segurança do trabalho, e de bem-estar social; setor comercial e ouvidoria.

“Meu sentimento é de gratidão e de orgulho ao participar desta empresa que tem levado tantos benefícios para as famílias mais carentes do campo. Agradeço à Seagri, em nome do secretário Zeca da Silva, e ao governador Belivaldo Chagas, por todo apoio e confiança. Muito me orgulha fazer parte da gestão desse governo”, declarou o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral. Que ainda detalhou que a obra no bloco administrativo vem de uma sequência de ações de revitalização da infraestrutura civil da companhia, no interior e na capital, nos últimos quatro anos.

“Pelo programa Águas de Sergipe, recuperamos, na sede, o bloco das diretorias técnicas, as grandes barragens e os escritórios dos perímetros Ribeira, Jacarecica I e II. Com recursos próprios e depois com o reforço do programa Pró-Campo, recuperamos sete EBs nos perímetros Califórnia, Piauí e Jacarecica I. Recuperamos pontos críticos dos canais de irrigação nos perímetros Califórnia e Jabiberi, onde também firmamos termos de cooperação com o DER para limpar estes canais e recuperar estradas vicinais. Na Ribeira, o Pró-Campo desassoreou a sua grande barragem, ampliando sua capacidade de armazenamento de água. O mesmo fizemos, em cooperação com os irrigantes, nos reservatórios dos lotes e em uma adutora do Jabiberi. O que deixou o irrigante mais tranquilo para produzir durante este verão interno”, listou Paulo Sobral.

Ainda participaram da cerimônia de entrega do bloco administrativo, além dos funcionários da sede, interior e toda diretoria executiva empresa; a deputada federal eleita, Yandra Moura; o ex-deputado federal André Moura; a presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), Conceição Vieira; o vice-prefeito de Itabaiana, Neném de Verso; o presidente da Associação de Servidores da Cohidro, Luiz Roberto; o Padre Flávio Eduardo Silva, da paróquia São Lucas, do Bairro Coroa do Meio em Aracaju, que celebrou missa e benzeu o prédio reformado; o pastor Jeferson, pintor profissional que atuou na obra de reforma e que fez uma oração abençoando também os funcionários da Cohidro; e o eterno Papai Noel da Cohidro, Clovis Aragão, servidor da divisão de compras.

Irrigação pública estadual produz 132.601 toneladas de alimentos em 2022

Quiabo sergipano atende Salvador. A acerola abastece indústria de sucos, sorvetes e farmacêutica. Já o sorgo é substituto proteico ao milho na ração animal

Os seis perímetros públicos de irrigação administrados pelo Governo do Estado de Sergipe produziram, juntos, 132.601 toneladas de alimentos em 2022, incluindo os 1.826.478 litros de leite gerados no Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto. O registro é o resultado do trabalho e investimento dos irrigantes atendidos com o fornecimento de água para irrigação e assistência técnica fornecida pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). A produção utilizou uma área irrigada de 5.902 hectares (ha) e propiciou uma renda bruta de R$ 173,7 milhões a estes empreendedores rurais. Os produtos mais colhidos e que ao mesmo tempo estão presentes em todos os cinco perímetros irrigados de aptidão agrícola da Cohidro, foram a batata-doce (10.799 t) e o quiabo (7.839 t).

José Humberto [foto – Fernando Augusto]
O irrigante José Humberto – do Perímetro Irrigado Jacarecica II; que fica situado entre Areia Branca, Malhador e Riachuelo – planta exclusivamente batata-doce com a água de irrigação, que vai por meio de adutoras da barragem até seu lote por gravidade. Sem custos para o Estado com bombeamento. “Água aqui é uma coisa que nós temos muito. A Cohidro dá o apoio e a gente tem. A irrigação aqui é boa, não paga energia e não falta. A batata-doce sai para São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Belo Horizonte, Curitiba, mas o lugar que eu mais vendo é Salvador, que são essas batatas roxas e brancas, da massa amarela. Já as roxas da massa branca, eu vendo para Maceió”.

Destacaram-se, isoladamente, as produções de cana de açúcar (50 mil t) dos lotes empresariais do Jacarecica II e o sorgo (7.200 t), para alimentação animal, colhido no perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco. Outro destaque, com ocorrência nos perímetros Califórnia, Jacarecica II e Piauí (Lagarto), é a acerola (5.193 t). O milho verde (4.688,5 t) e a macaxeira (3.463,5 t), produtos tradicionais da mesa nordestina e destaque nas festas juninas, também estão presentes em quase todos os perímetros da Cohidro, companhia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Aos quais ainda se incluem os perímetros Jacarecica I e o Poção da Ribeira, em Itabaiana.

O diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, faz uma avaliação do resultado da produção anual, levando em consideração os diversos ramos que ela atende. “Desta amostra das culturas agrícolas mais produzidas, podemos estabelecer que os perímetros atendem à demanda da indústria (cana e acerola), abastecem outros estados (batata-doce e quiabo), têm foco nas nossas feiras livres e consumidor local (milho verde e macaxeira) e está fornecendo alimento para a produção pecuária (sorgo). Nos últimos quatro anos, investimos na revitalização das estações de bombeamento e desassoreamento de barragens; em métodos de aproveitar melhor a água e superar as estiagens; chamamos o agricultor para contribuir com a tarifa d’água. Tudo para que esses perímetros tivessem continuidade. Tamanha é a sua relevância socioeconômica para Sergipe”.

Cesta básica
Durante todo ano de 2022, Aracaju despontou como a capital, dentre as 17 pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da cesta básica com custo mais baixo de todo país. Sete, dos 12 itens pesquisados no Norte e Nordeste do Brasil, tem sua produção direta ou indiretamente influenciada pelos perímetros irrigados: banana, tomate, farinha de mandioca, açúcar, leite, manteiga e carne bovina.

No perímetro Jabiberi, o cálculo da produção sempre foi medido pelos litros de leite retirados das vacas alimentadas nos pastos ou pelo material forrageiro, produzidos a partir da irrigação com água fornecida pela Cohidro. “Todos os perímetros irrigados têm um enorme potencial para a produção de alimentação animal, para produção de leite e carne. Vai do aproveitamento de folhas, talos e ramas, da sobra das colheitas; até o plantio de sorgo e milho para produção de silagem, no nosso perímetro que fica no Alto Sertão. A região que mais produz leite no estado. É a integração irrigado-sequeiro que já ocorre e tem potencial para crescer mais”, destacou o diretor de Irrigação da Cohidro, João Fonseca.

Um dos três produtos da cesta básica que hoje ainda tem o preço mais barato do que há 12 meses, segundo a pesquisa mensal do Dieese, é o tomate. Renilson Araújo é um irrigante assistido pelo perímetro Piauí que aposta no fruto. Em área de 0,4 ha em Lagarto, ele pretende colher tomate entre dezembro e janeiro do próximo ano. Época de demanda por tomate maior, mas em que só é possível plantar na irrigação. “Digamos que é 80% chance para ele dar bom. Em questão de praga, de dar menos bichado. E em questão do preço, como é final de ano, ele é mais procurado. Eu só gosto de plantar [tomate] no fim de ano”.

Engenheiro Agrônomo da Cohidro, Arício Resende informa que, por conta do clima, houve uma redução de 10% na produção anual de oleícolas em 2022. “Passamos pela suspensão da irrigação no Perímetro Irrigado Poção da Ribeira, durante três meses deste ano. Por conta do baixo nível da água na barragem de irrigação que abastece aqueles agricultores. A barragem voltou a encher com as chuvas de inverno e, agora, as reservas de água de todos os perímetros, foram novamente reforçadas pelas chuvas de trovoadas em dezembro”, destacou.

 

Última atualização: 25 de janeiro de 2023 15:38.

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