Estudantes de Agronomia da Bahia visitam o perímetro Piauí

O Programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, fez a cobertura da visita acadêmica feita – por estudantes de Agronomia vindos de faculdade da Bahia – aos lotes que produzem mudas, frutas e hortaliças orgânicas no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. Lá onde a produção agrícola é mantida pelo Governo do Estado, através da irrigação fornecida pela Cohidro aos 421 irrigantes.

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[LAGARTO] Perímetro irrigado espera colher 1 MI de espigas de milho até São Pedro

Para a véspera de São João, são aguardadas 760 mil espigas de milho e 80 T de amendoim

Já tem milho garantido para o ciclo junino que se aproxima. Em Lagarto, a colheita vem sendo farta. O agricultor Jodeclan Santos, por exemplo, colheu mais de 7 mil espigas no Perímetro Irrigado da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro. “Essa área que eu estou limpando é para daqui a 20 dias, mas aquela de lá vai colher já perto do período de São João. Compensa, tem procura boa, mas sem irrigação não produz. Só produz por causa do perímetro irrigado. É o ano todo produzindo, tirando uma área e botando outra. Aqui, onde acabei de colher, vai ser milho de novo. É milho verde o ano todo”, diz Jodeclan, que produz em dois hectares (ha) de terra.

De agora até São Pedro, serão colhidos 54 ha de milho no Perímetro Irrigado Piauí, infraestrutura do Governo do Estado que atende a 421 lotes iguais ao de Jodeclan. Segundo Gildo Lima, gerente do perímetro, o plantio vem sendo feito desde fevereiro e a colheita já começou, com estimativa de produção superior a um milhão de espigas até o fim do período junino. “No São João do ano passado, chegou muito milho de uma vez só e o milho caiu muito o preço [para R$ 20 o cento]. Este ano, muita gente apostou em plantar antes e muito milho já está sendo colhido”, explicou. Cerca de 38 ha serão destinados exclusivamente à colheita na semana em que se festejam os dois principais santos do ciclo junino. Neles, deverão ser colhidas 760.000 espigas. Outros 26 ha foram plantados com amendoim, e a perspectiva é que a produção chegue perto das 80 toneladas.

Na região Centro Sul, onde está Lagarto, a irrigação continua sendo o diferencial para a produção no período em que o milho verde é mais requisitado. Segundo o técnico agrícola da Cohidro, José Américo, quem está plantando no perímetro irrigado ou tem acesso à mesma tecnologia disponível nesses lotes, sai na frente. “Tudo indica que esse ano o preço vá ser melhor para o produtor irrigante no período dos festejos juninos. Até porque, quando não chove, se não tiver irrigação, não tem como ter milho para colher na véspera de São João”, analisa o técnico.

Gildeon Dias é um dos produtores que aproveitam a demanda do período junino. Ele vai colher em 34 dias o milho verde que plantou há um mês e meio. A plantação está em 1,8 hectares preparados para cultivar tomate, quiabo e pimenta malagueta, utilizando mangueiras de irrigação por gotejo fixas. Por isso, os pés de milho foram dispostos em duas linhas a 33 e 40 cm um do outro, com intervalo de quase dois metros entre as fileiras. O número reduzido de mudas é compensada pela tecnologia de ‘fertirrigação’ que os dois lotes possuem, levando até as raízes, a adubação à base de ureia diluída na água. Assim, é aguardada uma colheita próxima de 35.000 espigas.

“Esse é o melhor tempo de se plantar. É para o São João, é tradição. Vou vender aqui mesmo. Tem quem compre para levar em Carira e Boquim, outros para Estância. Eu mesmo vou vender, às vezes. A gente espera preço bom, mas só sabe no tempo”, disse Gildeon. Ele não quer desfazer a estrutura que montou para as outras culturas que produz com a irrigação do perímetro no resto do ano, mas não desperdiça as vantagens de comercialização do milho no período. “Tem uns quatro anos que eu faço. Sempre coloco antes um tomate, uma pimenta, e quando tira aquela cultura, eu entro com o milho, porque compensa”, concluiu.

Sergipe Rural: Batata-doce ourinho dá mais rentabilidade ao produtor irrigante

A batata-doce ourinho tem sido a aposta dos agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, unidade da Cohidro em Lagarto. A equipe do programa Sergipe Rural foi até lá mostrar a variedade de tubérculo que tem melhor preço de venda em relação as demais e por isso, oferece melhor rentabilidade aos agricultores irrigantes. A reportagem foi ao ar neste sábado, 9, pela TV Aperipê.

Horta na escola motiva visita ao perímetro Piauí

Foto: Arquivo pessoal

Na última terça-feira (13), 40 alunos dos Colégio Estadual Senador Walter Franco, do município de Estância (SE), visitam as dependências do Perímetro Irrigado Piauí da Cohidro, em Lagarto (SE). Orientados pelo professor Pablo, eles participam de um projeto de horta na escola e para aprimorar a unidade de plantio que já criaram, queriam conhecer plantações comerciais e orgânicas no polo agrícola irrigado pelo Governo do Estado.

Acompanhados do gerente Gildo Almeida e os técnicos agrícolas Marcos Emílio e José Américo, todos da Cohidro, puderam conhecer o funcionamento das estações de bombeamento e meteorológicas do perímetro, que trabalham em conjunto. Uma determinado quando se faz necessário irrigar e a outra enviando água para os 466 lotes irrigados.

Na sequência, conheceram o lote do irrigante João Pacheco, que há mais de 15 anos planta uma infinidade de tipos de vegetais sem nenhum tipo de agrotóxico. Agricultor registado pelo Ministério da Agricultura, que o autoriza à venda diretamente ao consumidor sob a designação de produto orgânico.

Foram as práticas e manejos empregados pelos produtores agroecológicos, atendidos pela irrigação e assistência técnica da Cohidro em Lagarto, que motivaram a visita dos estudantes e mestre, a fim de replicarem esse conhecimento, na horta que fizeram dentro da unidade de ensino em Estância.

Semana da Alimentação em Lagarto terá palestras e divulgação dos alimentos orgânicos

Programação da Semana da ALimentação

Promover a produção orgânica realizada no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, será o objetivo dos três dias consecutivos de eventos, que a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) está organizando no município sul-sergipano. Na terça-feira, 17, no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), na quarta, no Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas e quinta, no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Lagarto. Nesses locais, a partir das 9h, ocorrerão palestras, depoimento dos agricultores e exposição dos alimentos cultivados por eles. Aproveitando o mote do Dia Mundial da Alimentação, celebrando no dia 16.

Maria Terezinha Albuquerque, Técnica da Gerência de Desenvolvimento Agrário da Cohidro (Gedea), está coordenando o evento e explica que a intenção é mostrar que no município, há 75km de Aracaju, existe produção orgânica acessível à população local. “Vamos primeiro ao ambiente universitário, que tem conhecimento das alternativas de alimentação saudável, via o consumo de alimentos naturais. Queremos dizer e demostrar, na prática, que eles podem ter acesso a esses alimentos sem precisar procurar a capital do Estado, ali mesmo em Lagarto, em feiras até direito na área produtiva do agricultor orgânico, já que nosso perímetro irrigado fica muito próximo à zona urbana”, justifica sobre o dia de evento no campus Lagarto da UFS.

Terezinha considera ainda que o segundo dia será tão especial quanto o primeiro, já que terá por função a conscientização. “Por meio dos jovens, que são estudantes do nível médio, é possível alertar dos benefícios de uma alimentação saudável e livre de qualquer risco de contaminação por agrotóxicos. Convencidos disso, eles levam essa informação para dentro de casa, mostrando aos familiares que existe essa maneira mais sadia de se alimentar e que é sim possível fazer isso mesmo no interior, em Lagarto”, completa ela.

Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, o evento inova, por quebrar dois grandes paradigmas. “Por parte dos produtores rurais orgânicos, que o Governo do Estado atende, existe aquela reivindicação constante por uma logística que os permita levar seus produtos para vender na capital. Por outro lado, é muito comum o pessoal do interior, que quer optar por uma alimentação saudável, com alimentos orgânicos, achar que só em Aracaju vai encontrar os produtos para isso. Importantíssimo a realização destas ações que informam ao mercado consumidor que já existe no interior, produtores desses alimentos. Que ao lado da sua cidade, tem gente produzindo de maneira agroecológica e responsável, a partir da orientação dos técnicos da empresa”, considera, parabenizando a equipe da Diretoria de Irrigação e do Perímetro Piauí pela iniciativa.

Palestras
Abre o evento, em ambos os dias, o Técnico Agrícola da Cohidro e Lagarto, Marcos Emilio de Almeida, que vai falar, aos estudantes, dos processos que permitem a ‘produção orgânica’. O servidor tem a função, no Perímetro Irrigado Piauí, de acompanhar, de perto, os agricultores com a produção agroecológica já consolidada, mas também atua no processo de ‘conversão’, das áreas de plantio, em lotes livres do uso de agrotóxicos. Esta atividade é a única que ocorrerá nos três dias de evento.

Gildo Almeida Lima, gerente do Perímetro Piauí, explica que quando foi a campo divulgar o evento em Lagarto, acabou recebendo o convite para estender a programação ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais. “Eu, junto do nosso técnico agrícola e palestrante Marcos Emílio Almeida, fomos nas entidades locais, rádios e órgãos públicos, para fazer o convite do ciclo de palestras da terça e da quarta. Foi quando surgiu a oportunidade de encaixamos a mesma palestra sobre ‘Produção Orgânica’, dada por Marcos, ao evento que o Sindicato estará promovendo na quinta (19), o ‘1º Encontro de Conscientização sobre o Outubro Rosa’, focado na prevenção do Câncer de Mama e voltado ao público de jovens agricultores”, relatou.

Nos dois primeiros dias, o evento terá sequência na palestra da professora da UFS em Lagarto, Izaura Virginia Reis Menezes Valença, sob o tema da ‘Alimentação Saudável’. O ponto de partida na conscientização das pessoas em optarem consumir alimentos orgânicos, vem da mudança de seus hábitos alimentares. Os alimentos cultivados sem o uso de agroquímicos dão mais segurança para o consumo de vegetais in natura ou crus, base de toda dieta alimentar que priorize a saúde.

Outro aspecto importante e amplamente permitido a quem consome alimentos livres agrotóxicos, é o ‘aproveitamento integral dos alimentos’. Sobre o tema, também vai palestrar, na terça e quarta-feira, Aline Rezende Alves, nutricionista do Programa Mesa Brasil, do SESC em Sergipe. Segundo essa tendência gastronômica, muito do que é jogado fora no preparo dos alimentos que consumimos, como cascas, sementes, pode ser processado e reaproveitado em outras receitas, surpreendendo em sabor e até apresentando teor nutritivo superior àquela parte do vegetal que nós, culturalmente, aceitamos ser a consumível.

“Faz parte do nosso trabalho, de acompanhamento do produtor irrigante, em nossos perímetros, oferecer e até criar mercados consumidores para que eles possam escoar suas colheitas. No caso do orgânico, isso é mais necessário ainda, já que se trata de um consumidor especializado, que se predispõe em pagar um preço diferenciado, para obter um produto de qualidade. Será muito importante, promover o encontro entre consumidor e o produtor orgânico em Lagarto. Estamos confiantes de que o resultado será positivo”, avalia o diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto.

Depoimentos de vida
Ninguém melhor para vender um produto, onde a dedicação e esmero estejam tão presentes, do que próprio produtor orgânico. Essa oportunidade deles se expressarem, de mostrar toda a experiência vivenciada na missão de não mais lançar mão à praticidade do agrotóxico, para produzir, vai ser possível no encerramento dos dois primeiros dias de eventos. Logo depois, eles fazem exposição dos alimentos que produzem no Perímetro Irrigado.

Os agricultores vão dar o depoimento do que fazem para garantir esses alimentos naturais, livres de qualquer contaminante para quem consome e para as famílias que produzem.Também, nada menos importante, produzir por vias agroecológicas eliminam os riscos ao ambiente que vivemos: reservas hídricas, solo e a biodiversidade, que temos o dever de preservar às gerações futuras.

Dia Mundial da Alimentação
Celebrado em 16 de outubro, marca a data de fundação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em 1945. Tem por objetivo desenvolver uma reflexão a respeito do quadro atual da alimentação mundial e principalmente sobre a fome no planeta. Na data, a própria entidade realiza diversas atividades artísticas, esportivas e acadêmicas ao redor do mundo.

 

Estudantes agroecólogos visitam perímetro irrigado estadual em Lagarto

Estudantes foram ao Perímetro Piaui constatar características socioeconômicas dos agricultores orgânicos – foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Estudantes do curso superior tecnológico em Agroecologia, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS), estiveram quinta-feira, 20, no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. No polo de irrigação pública do Governo do Estado os acadêmicos pretendiam avaliar a situação socioeconômica dos agricultores irrigantes que passaram a plantar sem usar agrotóxicos. Tal conversão começou há cerca de 20 anos, por incentivo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que opera e administra o sistema.

 

A Professora e Doutora em Geografia, Carmem Lúcia Santos, ministra a disciplina de Sociologia Rural no curso de Agroecologia e por isso considerou importante seus alunos questionarem o que muda na vida do agricultor quando ele passa a cultivar alimentos orgânicos. “Nosso objetivo da visita é conhecer a realidade do Perímetro Irrigado Piauí, vivenciar os conhecimentos técnicos e científicos e confrontar com a realidade dos habitantes da localidade. É uma conciliação da aula teoria com a prática, através da observação dos sistemas produtivos, do diálogo, da conversa com os produtores. Se essas observações, esses sistemas produtivos, atendem as necessidades das comunidades rurais”, explicou.

 

A visita começou no escritório da Cohidro em Lagarto, há 69km de Aracaju. Conduzidos e orientados pelo técnico agrícola e o gerente do Perímetro Piauí, Marcos Emílio Almeida e Gildo Almeida Lima, respectivamente, os alunos conheceram a Estação de Bombeamento 02, que envia água para os lotes irrigados, a Farmácia Viva de Fitoterápicos e a Estação Meteorológica, todos anexos à sede do polo irrigado. De lá, foram conhecer a produção de Edmilson dos Santos, agricultor orgânico há quase 20 anos e integrante de OCS (Organização de Controle Social), grupo de produtores registrados no Ministério da Agricultura e autorizados à venda, direta ao consumidor, destes alimentos.

 

O estudante de Agroecologia do IFS, Ronaldo José dos Santos notou que mesmo tendo produtores do perímetro estabilizados na produção orgânica, não é a opção da maioria. “Embora a gente perceba que a porcentagem, levando em consideração ao número de famílias que produzem aqui no Perímetro, seja muito pequena. A gente acha importante, que se comece a produzir orgânicos para incentivar a produção local. A gente conversou agora com o produtor Edmilson, que embora teve perda nessa transição, ele não se arrepende e isso é importante no ponto de vista consciencial para a produção de orgânicos”, avaliou.

 

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola reconhece que não seja fácil abandonar a comodidade do plantio convencional, onde a indústria química oferece solução para todo e qualquer problema que venha ocorrer na lavoura. Mas os técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos da Companhia, há tempos incentivam à conversão. “Eles ganham em qualidade de vida, tem mais saúde em parar de lidar e conviver com a aplicação de agrotóxicos. Isso para quem geralmente mora junto da lavoura, é fundamental. Ganha também o meio ambiente, solos e águas sem riscos contaminação. Do ponto de vista econômico, no mínimo o produto orgânico pode ser vendido 40% mais caro e isso é melhora da renda do agricultor”, considera.

 

Hidroponia

Outro tipo de mudança no método de cultivo, a exemplo do orgânico, é a hidroponia, que consiste na agricultura sem o uso de terra para plantar. Em uma estufa, o agricultor do Perímetro e também acadêmico em Agroecologia, Denisson Rosendo, produz cinco variedades alface: Crespa, Lisa, Roxa, Cacheadinha e Americana. A plantas são fixadas em canaletas, onde suas raízes ficam totalmente submersas em solução de água e nutrientes. Esse líquido circula todo um circuito fechado que nutri cada pé, até retornar ao reservatório e ser reaproveitado. Nessa estrutura, de oito metros por 10, ele colhe 950 pés de alface a cada 45 dias.

 

A estudante Larissa Michaelle, fez um comparativo das duas formas de conversão de método agrícola. Para ela, ambos os métodos tem pontos positivos para a realidade do agricultor. “Eu estou achando muito rica a experiência de estar aqui, de poder comparar, de poder vivenciar e o que mais me chamou atenção foi justamente esse cultivo (hidropônico) aqui. Porque a gente vê assim, é muito mais limpo, ele não tem lagarta, não tem a sujeira em si do solo, que já pode trazer alguns patógenos. Apesar de algumas pessoas ainda condenarem, é muito rico. Apesar de ele (Tal) estar usando também a parte agroecológica, a parte orgânica. Achei interessante ele tirar a semente da própria alface pra replantar, achei isso fantástico. Mas se fosse para escolher, optaria pra trabalhar com a da água”, concluiu.

 

Para o diretor de Irrigação da Cohidro, o Engenheiro Agrônomo João Quintiliano da Fonseca Neto, a hidroponia é um procedimento de vanguarda, que elimina o uso em excesso de agroquímicos. “A água que, no processo convencional, se perde infiltrada no solo ou evaporada pela exposição ao sol, nesse sistema é aproveitada inúmeras vezes, até ser consumida pela planta, o que corresponde a um aproveitamento quase que de 100%. Longe do solo, muitos patógenos – principalmente os fúngicos – não vão infectar e adoecer a planta e com isso evita-se o uso de agrotóxicos”, considerou.

 

Irrigantes de Lagarto investem no mamão havaí

Intervalo entre linhas de mamoeiros ainda permite o plantio de outras culturas de ciclos curtos e pequeno porte, como a batata-doce - Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)
Intervalo entre linhas de mamoeiros ainda permite o plantio de outras culturas de ciclos curtos e pequeno porte, como a batata-doce – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Para dinamizar as culturas exploradas em seus lotes irrigados e incentivados pela demanda criada por novos pontos de comercialização para frutas frescas, como o novo Mercado Municipal de Lagarto, agricultores inseridos no Perímetro Irrigado Piauí investem no plantio do mamão havaí. A variedade precoce começa a produzir em menos de um ano de plantio e pode chegar há dois de colheita contínua. Para tanto, eles recebem o incentivo do governo do Estado, ao serem assistidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), no fornecimento de irrigação e assistência técnica agrícola.

Edilma Leal Fontes cuida da plantação de 0,5 hectare (ha) de mamão havaí em seu lote. Nele, ela conta que tem a ajuda da nora que faz a colheita, já que a iniciativa e investimento no plantio foi feito pelo filho, Adjan Leal Fontes. “As mudas foram plantadas em maio do ano passado e começamos a colher, agora (início de junho). Estamos entregando ao comprador à R$ 35 a caixa (30 quilos) do mamão. Foi meu filho que tinha vontade de plantar, eu só ajudo, pois ele trabalha fora”, explicou a agricultora de Lagarto, há 75 km de Aracaju.

A plantação no lote de Adilma é feita usando a microaspersão, que o filho dela tem intenção de melhorar, quando investir futuramente na fertirrigação. “Nesse sistema de irrigação, todo adubo, os nutrientes que a planta precisa, chega diluído na água, aumentando o nível de absorção e eliminando o desperdício da adubação de lance”, argumentou o técnico agrícola Willian Domingos da Cohidro, que assiste o setor do Perímetro Piauí onde está o lote.

A produtora, porém, relata que a maior dificuldade enfrentada no plantio, até a gora, é na classificação do produto, já que os compradores só aceitam aquela peça de mamão havaí de formação uniforme e simétrica, sem deformações e no tamanho padrão de mercado. “Você abre e o mamão é o mesmo. Só é diferente por fora mesmo, mas não querem levar. Do outro tipo de mamão, o redondo, eles pagam só R$ 20 a caixa, nesse, nem isso”, lamenta Edilma.

Willian explica que o manejo indicado aos produtores é de colocar, em cada cova, duas mudas de variedades diferentes, para não haver perda e que por isso pode haver diferenciação no formato dos frutos. “A intenção é de sempre priorizar o mamão havaí, só deixar o do tipo ‘redondo’ se não desenvolver a muda principal”, explica. O técnico ainda conta que o manejo indicado para a plantação de mamão é sempre usar a Calda Bordalesa para cicatrizar os pontos onde há ‘ferimentos’ no caule, seja no desbaste das primeiras folhas ou depois que arrancados os frutos. “Assim evita a proliferação de fungos, que podem até matar a planta”, completa.

Programas de aquisição de alimentos
Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, uma forma de diminuir as perdas por conta do rigor da classificação de mercado aplicado às frutas, é fazer parte de projetos governamentais de compra da produção. Nesse aspecto, a Companhia é parceira dos produtores irrigantes dos perímetros estaduais, fornecendo irrigação e a assistência técnica necessária para quem vai precisar produzir o ano inteiro, mas também auxilia as entidades – associações e cooperativas de produtores – na regularização da documentação necessária e formulação de projetos, principalmente na proposta à ‘Doação Simultânea’ que é feita à Conab.

“No PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) da Conab, via ‘Doação Simultânea’ às entidades de assistência a grupos vulneráveis, e no Pnae (Programa Nacional Alimentação Escolar), gerido pelas prefeituras; o produto atende a uma classificação feita a partir de seu valor nutricional, em dietas estipuladas por nutricionistas. Como vai servir geralmente para o preparo direto de refeições não é, por obrigação, avaliado por padrões meramente estéticos e ainda mais de tamanho, já que tudo é comercializado a partir do seu peso. Claro, seja na feira ou nessas entregas, o produto sempre vai ter que atender às exigências sanitárias, tem que estar em estado de conservação apropriado ao consumo humano”, exemplifica João Fonseca.

Diversificação
Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola considera válido que os agricultores diversifiquem suas produções, avaliando tanto o surgimento de novos pontos de venda quanto à alternância na atividade rural para competir melhor no mercado. Para ele, ainda existe a importância de alternar o status de Sergipe de consumidor para produtor da fruta, deixando de contribuir só com 0,63% da produção nacional, mesmo o Brasil sendo o segundo maior produtor mundial de mamão.

“Não tem como todo mundo produzir a mesma coisa sempre, simplesmente por ser menos complicado ou uma tradição herdada de família. Assim chega a um ponto de ter que baixar o preço de venda para competir com tanto produto igual no mercado. O Governo do Estado, por um lado dá incentivo na irrigação, na assistência, mas contribui criando pontos de comercialização. Foi assim com o novo Mercado Municipal de Lagarto e em breve teremos duas novas ‘Ceasas’: em Itabaiana, obra do Proinveste, e em Canindé de São Francisco, construída em área da Cohidro. Então, vai aumentar a demanda por mamão e demais gêneros que hoje boa parte vêm de fora. Mais um motivo para investir nesse tipo de produção e gerar renda aqui dentro”, acredita Felizola.

Ampliando o plantio
Josenaldo Da Silva Leal também tem 0,5 ha plantados da variedade havaí no Perímetro Piauí, aonde já começou a colher há 6 meses. Incentivado pelos resultados obtidos, já iniciou nova área. “Acabei de fazer uma colheita desse lote que plantei há 12 meses e tem mais duas plantadas: uma parte iniciada faz 2 meses e a outra há 15 dias, totalizando mais 1 tarefa (0,33 ha) plantada de mamão. Ouvi dizer que era bom e decidi experimentar. Gostei e vou continuar plantando”, comemora o produtor que consegue vender sua produção por até R$ 40 a caixa, utilizando a fertirrigação por microaspersão.

Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima informa que gradativamente a produção de mamão só tem aumentado e que os técnicos da Cohidro incentivam a adoção da cultura. “Hoje temos seis produtores irrigantes no Perímetro que aderiram a produção da fruta. Juntando cada uma destas plantações, totalizamos 2 ha plantados com mamão. A tendência é aumentar, conforme for o sucesso de cada produtor que já plantou”, analisa.

Milho verde irrigado pela Cohidro vai colher mais de 4 milhões de espigas em junho

De agora em diante, todo dia é dia de colheita de milho verde, até chegar o dia de São Pedro. 

Irrigação permite plantar o milho em qualquer época do ano e fazer chegar ao mercado antes do período junino – Foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Em dois dos principais perímetros de irrigação pública do Governo do Estado, a expectativa é a de colheita de 4.137.550 espigas em junho. Em Lagarto e Canindé de São Francisco a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) garantiu água para a plantação de 124,7 hectares (ha), quase todos os 754 lotes assistidos pela empresa nesses locais reservaram uma parcela de terra para plantar milho, garantindo o produto antes mesmo da demanda dos festejos juninos. Essa oferta regulou os preços ao consumidor, que podem variar de R$ 40 à R$ 70 o cento, dependendo da quantidade, variedade e região, em que se compra.

Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, esta produção nos demais perímetros de irrigação pública estadual só não foi maior devido à falta de chuvas em 2016. “A reposição de nossos reservatórios, que dispõe água para irrigar as barragens de cinco dos seis perímetros irrigados da Cohidro, não ocorreu no ano passado, devido à pouca chuva. O déficit hídrico repercutiu neste ano, em que tivemos que racionar água em Tobias Barreto e suspender em Itabaiana, nos perímetros Jacarecica I e da Ribeira (65km e 50km da capital). Nesses dois últimos, os produtores não puderam plantar milho verde pela incerteza de quando a chuva iria devolver a capacidade de irrigar regularmente. Salvo em Lagarto, em que as primeiras chuvas do ano foram suficientes para recuperar a barragem e em Canindé (213Km de Aracaju), que depende unicamente das águas do São Francisco para irrigar”, constatou João Fonseca.

José Carlos Felizola, diretor-presidente da Cohidro, considera o quadro positivo, já que a chuva veio em boa hora para recuperar as barragens e garantir a produção de milho verde. “A tradição seguida por quem não tem irrigação para produzir o ano inteiro, é a de plantar no São José para colher no São João e as chuvas deste ano chegaram na hora certa, permitindo que isso fosse possível acontecer. Mesmo se os nossos perímetros não tivessem recebido esta recarga d’água para irrigar e aumentar a oferta de milho em junho, foi também possível plantar sem precisar irrigação. Só não foi maior a produção de milho nos perímetros, por que a chuva demorou chegar ao Agreste, agravante que prejudicou os plantios dos nossos perímetros em Itabaiana”, lamentou.

A diferença entre depender só da chuva, que iniciou este ano farta, e de ter a irrigação, o agricultor irrigante do Perímetro Irrigado Piauí, José Roberto de Jesus, sabe bem. “Antes era mais complicado, porque não tinha irrigação e a gente esperava o período da chuva. Hoje, com a irrigação, a gente já pode plantar antes de São José, já vai molhando, tem água o suficiente, já facilita a colheita, mais”. As vantagens que o serviço oferecido pelo Governo do Estado promovem vão muito além de não precisar esperar a chover para plantar. “É, exatamente, não necessita tanto da chuva. Fica mais independente para o agricultor. Sempre melhora a produção, sempre dá espiga melhor. Fica bonito, não é?”, analisa o agricultor que plantou 2,64 ha de e antes mesmo de dar julho, estava colhendo milho verde em Lagarto.

Canindé
No Perímetro Irrigado Califórnia, o milho do período junino saiu da lavoura por até R$0,50 a espiga e neste ano foram plantados 90,775 ha pensando nos festejos, o que pode render, aproximadamente, a colheita de 2,95 milhões de espigas. Mesmo se não houver procura para todo este milho, ele pode vir a ser usado junto da palhada para a ração animal. José Leidison dos Santos é um dos agricultores irrigantes em Canindé que promove as três formas de comercializar o milho: a espiga, a palhada e o pé inteiro, para forragem. Para ele, essa flexibilidade garante mais segurança de plantar e ter certeza de que irá vender.

“O milho proporciona tudo, várias coisas. Nem penso no São João, que é só naquela época, a gente pensa no decorrer do ano inteiro, porque para a gente tanto faz a ração, quanto faz a espiga”, avalia Leidison. Mesmo assim, ele considera a venda da espiga mais vantajosa financeiramente, embora a forragem com a espiga junto tenha um valor de mercado diferente.“Tem, porque na hora que você for tirar a espiga, ela (a forragem) não tem peso, diminui bastante, mais o menos uns 50%.Se você quer uma ração com a espiga, você vai pagar ela no peso”.

Lagarto
Segundo o gerente do Piauí, Gildo Almeida Lima, já em março foram plantados 25,63 ha de milho, em abril, 8,30. Cada hectare produz de 20 a 25 toneladas e isso vai corresponder à 1.187.550 espigas colhidas. “De agora em diante, no perímetro da Cohidro de Lagarto, todo dia é dia de colheita, até chegar o dia de São Pedro. Aqui o preço varia de R$ 40 à R$ 50 o cento e sai a R$ 0,50 a unidade, no varejo”, informou. Ele disse que toda esta produção ainda gera, também em Lagarto, uma boa produção de ração animal. “25 toneladas de matéria fresca, palhada para ser utilizado com forragem”, acrescentou.

Raimundo Rocha de Araújo, adquiriu a produção de um lote de 0,66 ha, plantados com milho pronto para o consumo verde, no Perímetro Piauí. Pagou por ele R$ 3,5 mil e vai arcar com o custo de colheita e distribuição. Pagaria R$ 5 mil, se não houvesse um ataque de lagarta na plantação, já que sem isso, a área produziria 23.100 espigas, mas nessa lavoura colheu 17 mil sadias. “Vendo à R$45 o cento, para quem for revender e estou fazendo 7 espigas por R$5 no varejo”, informou.

Perímetro da Cohidro faz Dia da Água voltado à conscientização das crianças em Lagarto

Uma manhã descontraída por atividades lúdicas e muita informação, para uma garotada consciente da importância da preservação dos recursos hídricos. Assim aconteceu na quarta-feira, 22, no Perímetro Irrigado Piauí em Lagarto, quando foi comemorado o Dia Mundial da Água. Alunos das escolas participantes fizeram apresentações de poesia, música, teatro,dança, show de palhaço e mágica. Mas o momento mais aguardado foi o da palestra do meteorologista Overland Amaral Costa, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Sergipe (Semarh).

O projeto de irrigação pública, situado no município do Centro Sul Sergipano e distante 69 km de Aracaju, é administrado pelo Governo do Estado através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e nele, 421 lotes agrícolas recebem água para a agricultura e assistência técnica rural. Como é a disponibilidade de recursos hídricos que mantem ativa toda produção agrícola, gerando uma média de 8.000 toneladas anuais de alimentos, nada mais justo que no Dia Mundial da Água, os servidores do escritório local chamem à sociedade para confraternizar e passar a mensagem da preservação da mais vital das nossas riquezas naturais.

Gerente do Piauí, Gildo Almeida Lima considera importante criar nos mais pequenos, a consciência do uso racional de água.”É uma maneira de incentivar as crianças a economizar água. É muito bom, porque eles vão passar para a família, aquilo que eles aprenderam aqui”, argumenta. E para ele, a lição se adéqua à situação que a irrigação enfrenta em todo Nordeste, onde a falta de chuvas tem deixado os reservatórios a níveis alarmantes. “Aprender a dar valor à água, preciosa para todos. Principalmente aqui, com a situação que está. Isso faz a gente dar mais valor ao que tem”.

João Quintiliano da Fonseca Neto, diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, reforça que a Empresa vem informando aos produtores, desde setembro passado, quanto ao risco de faltar água para irrigação. “Os balanços hídricos, realizados pelos nossos engenheiros, avaliam semanalmente o volume de água existente e o possível risco de um desabastecimento. A importância desse evento é conscientizar os jovens e irrigantes sobre a necessidade de economizar água.”

Overland Amaral, perguntado durante a sua palestra, disse que a previsão pluviométrica na região de Lagarto no período mais chuvoso do ano, de abril a agosto, é de uma incidência de chuvas dentro da média para baixa, onde não haverá regularidade nesses cinco meses, mas podendo um mês compensar o outro com maior precipitação. Sobre o evento, o coordenador do Centro de Meteorologia da Semarh, considerou válida a inciativa de trazer as crianças, nesta data em que reafirmamos nosso compromisso com a preservação da água.

“Porque água é vida e criança é um ser humano em evolução. Eles têm que entender que a água é vital para a vida, para todas as formas de vida e para o bem estar do ser humano, saneamento e tudo mais.Como as atividades do homem para agricultura, especialmente para irrigação, ou mesmo, para o desenvolvimento das plantas”, considerou Overland.

Representando o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares de Lagarto (SINTRAF), o agricultor José da Costa, admite que haja muito por mudar na mentalidade de quem lida com a terra no campo. “O Agricultor não tem a consciência da importância de preservar a água, fazer o uso consciente da água. É tanto que estamos tentando desenvolver projetos para revitalização das áreas de minantes, córregos e rios. Encima disso, tentar conscientizar também sobre o uso da água. Se não existisse a água, e água de qualidade, não vai existir vida”, avalia.

Escolas
Três escolas de Lagarto participaram do evento com alunos: Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho ,Escolinha Sossego da Mamãe e Educandário Arco-íris. Os estudantes – e hora ou outra os professores – se revezavam no palco improvisado para cantar paródias, declamar cordel e poesia, representar papeis de teatro e até dançar balé, sempre sobre o mesmo tema: água. Já para eles, os pequenos, a descontração foi garantida pelos palhaços Histeria e Pilambeta, este último fez show de mágica, sempre utilizando a água em seus truques.

Maria Eduarda de Carvalho Santos tem 9 anos e estuda no 4º ano, na Sossego da Mamãe. Ela participou com seus colegas de um teatro, onde fazia o papel principal: o da ‘Água’. Ela acredita que sim, que as pessoas que assistiram à apresentação, entenderam a mensagem que a peça quis passar:”Economizar muita água, não desperdiçar água.Porque a água é muito importante para o planeta”, pediu.

José Carlos Felizola, presidente da Cohidro, considerou muito bem sucedido o evento realizado no Perímetro Piauí, relembrando que na segunda, 20, houve palestra do geólogo João Carlos Rocha da Semarh, voltada aos servidores de Aracaju. “Em Lagarto e em Aracaju, estão de parabéns os nossos colegas que organizaram essas duas atividades.É importante que quem trabalhe com recursos hídricos, saiba da relevância desse trabalho para a população. Conscientiza e faz bem, nos enobrece. Por outro lado, as crianças precisam crescer aprendendo sempre a importância de preservar a água que é vital para continuidade da vida em nosso mundo”, argumenta.

Coordenadora pedagógica do Arco-íris, Gilvânia de Jesus Rodrigues disse que durante todo mês de março a instituição de ensino vem desenvolvendo trabalho voltado a questão da conscientização do uso da água e foi de suma importância terem participado do evento da Cohidro. “É um problema mundial o da água. A gente tem que conscientizar nossos alunos quanto a esse problema. As escolas devem trabalhar o tema água, em todas as disciplinas e tem que ter sim, esses momentos para conscientizar nossas crianças, de que a água é um bem precioso e se a gente não cuidar, vai acabar”, refletiu.

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Dia Mundial da Água terá atividades alusivas no Perímetro da Cohidro em Lagarto

Dia Internacional da Água no Perímetro Irrigado Piauí

Toda comunidade de Lagarto e redondezas, no Centro Sul Sergipano, esta convidada a participar da atividade comemorativa ao Dia Mundial da Água, na próxima quarta-feira, 22 de março, no Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) naquele município. Será uma manhã voltada à conscientização quanto a importância da conservação da água, onde ocorrerão palestras, apresentações teatrais, de dança e de música; além de um Concurso de Cordel.

Gildo Almeida Lima – Gerente do Períemtro Piauí – Foto Ascom-Cohidro

Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima conta que o evento já é tradicional no polo irrigado, sempre envolvendo especialistas, estudantes e os agricultores que são atendidos pela Cohidro. “Convidamos sempre as escolas próximas e de Lagarto a participar dessa atividade, para que eles aprendam mais sobre os diversos usos que se dá a água. Isso feito aqui na sede do Perímetro, onde ocorrem várias operações em função da captação e bombeamento de água, além de nossa estação Meteorológica, que serve para orientar o quanto se faz necessário irrigar, dia após dia”, disse, acrescentando que na edição deste ano, o lema é ‘Cuidar da água é essencial para preservar a vida’.

Meteorologia é justamente o tema da primeira palestra do Dia Mundial da Água no Piauí, com o renomado Overland Amaral Costa, coordenador do Centro de Meteorologia da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH). Depois, os representantes do Corpo Bombeiros de Sergipe vão falar de afogamento e primeiros socorros. Por fim, as associações de Produtores Orgânicos e de Irrigantes do Perímetro Piauí, palestram sobre o uso da água na agricultura.

Diretor João Fonseca – Foto Ascom-Cohidro

João Quintiliano da Fonseca Neto é diretor de irrigação de Desenvolvimento Agrícola na Cohidro, setor que coordena os perímetros irrigados. Para ele, é importante que os agricultores irrigantes prestigiem as atividades. “Fornecemos, para esses produtores, a irrigação através do nosso sistema de bombeamento, armazenamento e distribuição, mas para produzir também se faz necessário a nossa assistência técnica e nela, dentre as tantas disciplinas abordadas, também se inclui o uso racional da água. Por isso, eventos alusivos ao bom uso desse recurso tão precioso, é sempre uma continuidade de nosso trabalho, feito todo dia com eles”, analisou.

José Carlos Felizola, presidente da Cohidro – Foto Ascom-Cohidro

Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, esse envolvimento da comunidade se faz necessário, pois é cada vez mais importante a conscientização pelo uso responsável da água. “Principalmente elas, as crianças e adolescentes, têm que levar esta mensagem para seus lares. Eles serão os principais prejudicados amanhã, caso hoje nada seja feito para a água ser considerada um bem finito, que precisa ser preservado e protegido. É uma obrigação de todos economizarem no uso, quando ela chega às nossas torneiras ou nos lotes, para irrigar. Miremos no exemplo dos nossos irmãos do Sertão que, pela falta de chuva, são forçados a aprender a racionalizar e sabem valorizar aquele pouco que conseguem ter acesso”, aconselha.

A água será o tema abordado sempre pelas atividades artísticas apresentadas no dia especial sobre a água. A peça de teatro vai falar da economia da água. A Escola de Ballet Promenade, fará apresentação sobre o tema, assim como o ‘voz e violão’ de Ailma Soares. No mais, ainda tem show do Mágico Pilombeta e escolha e premiação do melhor cordel, concorrendo os alunos da rede de ensino lagartense.

Serviço:

  • O quê: Comemoração do Dia Mundial da Água
  • Quando: quarta-feira, 22 de março, das 8h às 12h.
  • Onde: Perímetro Irrigado Piauí, SE-270 S/N, Povoado Moita Redonda, Lagarto-SE

Programação:

  • 08h Abertura.
  • 08h30 Palestra: Clima, Tempo e ciclo Hidrológico da água. Overland Amaral.
  • 09h Teatro: Tema Economia de água.
  • 09h30 Palestra: Corpo Bombeiros de Sergipe – Tema: Afogamento, primeiros socorros.
  • 10h Voz e violão Ailma Soares – Planeta Água.
  • 10h20 Palestra: Associação de Orgânicos e Associação de Irrigantes Tema: Uso da água.
  • 10h40 Apresentação: Mágico Pilombeta.
  • 11h Dança: Escola de Ballet Promenade. Tema dança das águas.
  • 11h20 Escolha do melhor cordel e premiação.
  • 11h30 Cofee break.
  • 12h Encerramento.

Última atualização: 16 de outubro de 2017 09:45.

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