Irrigantes do perímetro da Cohidro em Canindé participam de diagnóstico participativo da Emdagro

Cooperação técnica entre empresas visa aprimorar assistência técnica rural, buscando agricultura sustentável nos perímetros públicos do Governo do Estado

Além do diretor-presidente, compareceram ao primeiro dia do DRP os diretores Jean Nascimento (Administrativo e Financeiro), Carlos Viana (Infraestrutura Hídrica) e João Fonseca (Irrigação e Desenvolvimento Agrícola) [Foto: Fernando Augusto]
Atuantes no Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, os agricultores irrigantes e os técnicos agrícolas que fazem o atendimento em seus lotes, participam até quinta-feira (19 a 21), da aplicação do Diagnóstico Rápido Participativo – DRP, que está sendo executado por técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro. A intenção é a melhoria na qualidade na assistência técnica e extensão rural (ATER) que é oferecida aos produtores agrícolas, e está sendo viabilizada a partir da cooperação firmada entre as duas instituições públicas, ligadas ao Governo de Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura – Seagri.

Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral afirma que a melhoria no serviço de ATER no Califórnia é uma reivindicação dos irrigantes e que vai ser replicada nos outros cinco perímetros irrigados da companhia. “Atendemos simultaneamente as demandas dos produtores em duas frentes. Por um lado, ocorrem intervenções físicas nas estações de bombeamento [EBs], para que melhore a qualidade do serviço de oferta água aos lotes. Graças aos recursos da tarifa aplicada aos irrigantes, mostrando que esse recurso está sendo aplicado no próprio perímetro, já reformamos a EB-03 e, neste exato momento, funcionários da própria Cohidro estão executando o mesmo trabalho na EB-06. Esse trabalho, somado à assistência técnica, é outra reivindicação que estamos atendendo, nessa excelente relação que temos com a Emdagro, que tem mais expertise em ATER”, diz Paulo, agradecendo o empenho dos técnicos da empresa co-irmã no perímetro.

Na cooperação técnica com a Cohidro, participaram os técnicos da Emdagro Abeaci dos Santos, Eugenia Ramos, Dilma Tavares, Luiz Nunes e Gilberto Araújo
[Foto: Fernando Augusto]
A assistente social Abeaci dos Santos é técnica da Emdagro e está aplicando o DRP no Califórnia. Ela explica que o objetivo é coletar e avaliar informações, para elaborar uma estratégia de ação orientada para a qualificação da ATER prestada no perímetro. “Estamos qualificando os técnicos da Cohidro e também os próprios agricultores, pois eles têm uma parcela de contribuição muito grande na tomada de decisões e na própria produção. É uma relação onde existe uma troca de saberes dos dois lados, para que se possa fomentar o desenvolvimento de uma forma mais sustentável dentro do projeto Califórnia. A qualificação já começou segunda-feira (18), com uma roda de conversa que fizemos com os técnicos das duas empresas, refletindo como são a assistência técnica prestada, as dificuldades e as necessidades existentes”.

Em cada dia do DRP, participam agricultores de dois dos setores do Perímetro. Já os técnicos da Cohidro estarão presentes nos três encontros. “Essa capacitação é importante para melhorar o trabalho. Os técnicos visitam o lote, olham e orientam”, pontua Osvaldo dos Santos, irrigante do Setor 04. Para ele, que está aposentado, os técnicos da Cohidro ajudam a compensar a sua ausência no lote em que produz quiabo, tocado pelo filho, a nora e outro genro. “Eu não trabalho mais, os meninos é que trabalham”, completou o agricultor que conta agora com essa assistência para modernizar a lavoura, implantando um modelo de irrigação localizada, mais eficiente e econômico.

Rosileide da Conceição produz em seu lote quiabo, milho e feijão de corda. Ela é do Setor 06, grupo que participa do DRP no segundo dia, e tem a expectativa de uma assistência técnica que a auxilie na trocar de suas lavouras, a fim de ter mais renda na produção. “O quiabo traz muito prejuízo. A assistência técnica pode ajudar a escolher outros tipos de produtos que tenham menos perda e menos despesa. Eu aceitaria trabalhar com outros produtos, mas não temos condições”, avalia. Irrigantes e técnicos foram subdivididos em grupos de trabalho, cada um abordando um dos eixos: social, produtivo e ambiental. A partir de dinâmicas, depoimentos e entrevistas, foram construídos os diagramas utilizados na apresentação dos resultados, ao final do encontro, que reuniu novamente todos os participantes.

 

Projetos de irrigantes lideram ranking estadual e aguardam recurso do Programa de Aquisição de Alimentos

Quatro projetos de perímetros da Cohidro devem receber quase R$ 500 mil do governo Federal, através da Conab

Quatro projetos de perímetros da Cohidro devem receber quase R$ 500 mil do governo Federal, através da Conab [Foto: Ariel Carmo]
Dois projetos de agricultores irrigantes dos perímetros irrigados estaduais, apresentados ao Programa de Aquisição de Alimentos – PAA da Conab na modalidade ‘doação simultânea’, lideram o ranqueamento do programa federal em Sergipe. Ao todo, quatro propostas apresentadas pelos produtores assessorados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) estão entre os 13 melhores colocados, do total de 20 classificados em todo o estado. A partir da liberação do recurso pelo Governo Federal [na ordem de R$ 471.881,60], os 59 irrigantes desses quatro projetos, assistidos pela Cohidro, terão o compromisso de fazer a entrega, ao longo de um ano, de cerca de 150 toneladas de alimentos a entidades sergipanas que assistem a 6.590 pessoas em situação de insegurança alimentar.

Além de fornecer irrigação e assistência técnica rural, desde 2008 a Cohidro presta assessoramento às associações e cooperativas que reúnem centenas de agricultores dos perímetros. Em valores atualizados, cerca de R$ 13 milhões já foram pagos pelo PAA à produção agrícola dos irrigantes, que forneceram quase 4 mil toneladas de alimentos a 143.811 beneficiários. Segundo o gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Prata, após serem cadastrados, os quatro novos projetos ficaram aptos a participar da presente edição programa e, agora, aguardam a liberação dos recursos federais para que seja feita a primeira entrega.

“Uma vez liberado pela Conab, o recurso fica em uma conta bancária da associação ou cooperativa e é desbloqueado assim que a entidade receptora informa a entrega, na quantidade e qualidade aprovadas no projeto. A expectativa é que sejam liberados ainda este ano, os recursos das propostas de Sergipe classificadas no ranqueamento”, explicou Sandro Prata. O técnico da Cohidro orientou as associações e cooperativas dos perímetros a montar projetos que atendessem o maior número de critérios possíveis e em seus percentuais máximos.

“Entre os critérios do ranqueamento, estão a participação de mulheres produtoras rurais, de assentados de projetos de reforma agrária e de comunidades tradicionais; o nível de vulnerabilidade do município receptor dos alimentos no Mapa de Insegurança Alimentar e Nutricional; e o valor da proposta de entrega de alimentos. Como os projetos inferiores a R$ 80 mil obtêm 10 pontos no ranking, os nossos projetos tiveram nota máxima”, acrescenta Sandro. Ainda segundo o técnico da Cohidro, são critérios de desempate o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), o menor valor per capita dos fornecedores e o envio das propostas de participação no sistema online do PAA.

Na avaliação do presidente da Cohidro, Paulo Sobral, as propostas dos irrigantes têm, ainda, a vantagem estratégica de contar com a irrigação pública, que compensa os períodos de estiagem. “Esses agricultores podem produzir e colher alimentos o ano todo e, assim, conseguem atender o perfeitamente à obrigação de fornecer os alimentos em regime de ‘doação simultânea’ no período. É um projeto exemplar. Comemoramos muito o Governo Federal ter dado continuidade, porque beneficia o pequeno agricultor – que tem a garantia de compra de sua produção a preços justos e tabelados, sem interferência dos preços de mercado. Ao mesmo tempo, ajuda pessoas carentes e instituições beneficentes”, destacou.

Projetos
São de Canindé de São Francisco os dois projetos que lideram o ranqueamento do PAA/2019 em Sergipe. Pela proposta dos 16 agricultores que fazem parte Cooperativa de Fomento Rural e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia – Coofrucal, o programa pagará R$ 127.988,90 pelo fornecimento de 44.190 kg de alimentos, que irão beneficiar 1.580 pessoas atendidas pelo Centro de Referência de Assistência Social – CRAS do município. Levi Ribeiro, presidente da Cofrucal, afirma que a cooperativa está a postos, aguardando apenas a liberação dos recursos. “Estamos preparados. Já participamos do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) por três anos consecutivos e temos produção suficiente de macaxeira e inhame, por exemplo, que já poderíamos entregar hoje mesmo ao PAA. Os agricultores do projeto estão todos inscritos, com as certidões em dia, só esperando começar”.

Também do Perímetro Irrigado Califórnia, a Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco – ASSAI vai beneficiar 1.580 pessoas com a entrega de alimentos ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS de Canindé. No perímetro da Ribeira, em Itabaiana, a Associação dos Produtores Rurais da Comunidade Lagoa do Forno vai entregar alimentos para o consumo de 1.900 pessoas assistidas pelo Fundo Municipal de Assistência Social de Pedra Mole. Já no Perímetro Piauí, em Lagarto, o Movimento Associativista do Brejo entregará alimentos ao Centro Comunitário Sociocultural de Barra dos Coqueiros, que assiste a 1.530 pessoas.

PAA – Doação Simultânea
Na modalidade Compra com Doação Simultânea, o Programa de Aquisição de Alimentos promove a articulação entre a produção da agricultura familiar e as demandas locais de suplementação alimentar, além do desenvolvimento da economia local. Os produtos adquiridos dos agricultores familiares são doados às pessoas em insegurança alimentar, por meio da rede socioassistencial ou de equipamentos públicos de segurança alimentar, bem como da rede pública e filantrópica de ensino. O programa permite a aquisição de alimentos in natura ou processados e o fornecimento de produtos orgânicos é privilegiado, sendo possível incluir até 30% a mais do que o valor pago para o alimento convencional. Para participar da modalidade, os agricultores devem estar organizados em associações ou cooperativas, e possuir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP).

Amendoim já sai cozido do perímetro irrigado Piauí

Produtores utilizam irrigação pública para plantar mais de uma vez ao ano, além de beneficiar as suas colheitas e as dos vizinhos

 

Patrimônio imaterial, reconhecido pela Lei Estadual 7.682 de 2013, o amendoim cozido é orgulho do estado de Sergipe. Quer saber uma curiosidade? A enorme demanda interna pelo produto é suprida, quase que na totalidade, por produção local. O estado produz, anualmente, uma média de 1,9 mil ton de amendoim, numa área total de 1.100 hectares. Parte considerável dessa produção está nos perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que oferecem a vantagem da colheita mais de uma vez por ano. Em Lagarto, tem irrigante do perímetro Piauí que, além de plantar e colher, também cozinha as vagens em água, sal e limão, deixando pronto o petisco preferido por 10 em cada 10 sergipanos e, claro, pelos turistas que aqui aportam.

Em 2018, nos perímetros mantidos pelo Governo do Estado, através da Cohidro, foram colhidas 675 ton de amendoim de plantios irrigados, em 182 ha. Diretor de Irrigação da companhia, João Fonseca explica que o plantio do amendoim tem vantagens que vão além da boa procura nos períodos de férias e das grandes festas, como o São João e o Carnaval, por ter uso na rotatividade das culturas. “É uma cultura pouco exigente. Atua na fixação do nitrogênio ao solo e fornece grande quantidade de restos culturais, ajudando o agricultor a economizar em adubação. Por essas vantagens, em nossos perímetros, ele acaba por suceder outros cultivos mais duradouros ou exigentes durante as entressafras, como a batata-doce e o coentro”, revela.

No perímetro Piauí, os irrigantes colheram 173 ton de amendoim no ano passado, plantados em 50 ha. Um deles é José Nivaldo, que divide seu lote irrigado de 1,6 ha em cerca de cinco lavouras, mas planta mais de uma com amendoim. “Eu costumo plantar em meados do mês de agosto e, até março, estou colhendo ainda. Acredito que dê na faixa de umas 600 ‘terças’ (balde de 12 litros) por hectare”, conta. A primeira parcela do ano ele já começou a colher. “Essa semana eu vou começar o plantio de uma nova lavoura. O preço vai pela época. Agora mesmo está ótimo, de R$ 35,00 a R$ 30,00 a ‘terça’”, detalha. Segundo o produtor, a facilidade no cultivo e os 70 dias entre o plantio e a colheita o motivam a plantar.

“A Cohidro ajuda no fornecimento de água da irrigação e, às vezes, quando preciso de orientação técnica, quando surge um novo problema na plantação, eu procuro um dos técnicos agrícolas da Cohidro e eles me orientam sobre o que fazer. Mas temos aqui o Gildo (Almeida), o gerente do perímetro que é da área, que conhece as necessidades com relação à água e está fazendo um bom trabalho”, opinou José Nivaldo. Durante 55 anos, o irrigante viveu e trabalhou no mesmo lote e, há 32, ganhou um estímulo a mais para produzir, passando a ser atendido pelo perímetro irrigado. Dessa forma, pôde explorar o lote com novas culturas e em períodos do ano em que não há boa incidência de chuvas, a exemplo do plantio do amendoim para colher e cozinhar no verão.

“Todo ano, nesse período agora eu planto amendoim e, mais tarde, eu planto novamente para tirar no Carnaval. Só faço um plantio em cada área, quando chega o inverno eu planto milho”, disse o conhecido Toinho do Amendoim. Em sua primeira área, cerca de 0,4 ha, colhe de 15 a 20 sacos, que vai ele mesmo beneficiar e revender para comerciantes de Lagarto e da Ceasa de Aracaju. “Eu cozinho toda semana. Quem compra quase toda roça do perímetro sou eu. O do perímetro é melhor, porque vem mais limpo. Mas quando vem de fora do estado é cheio de talo, bagaço, um monte de terra. Com o pessoal daqui não é assim, eles ajeitam tudo direitinho. E a Cohidro ajuda com a irrigação, tanto aqui quanto nos outros perímetros”, finalizou.

Programa Águas de Sergipe capacita alunos do ensino médio sobre o uso adequado dos agrotóxicos

Cerca de 1.200 estudantes da rede pública estadual serão capacitados, servindo como multiplicadores do conhecimento nas suas comunidades
Foto: Fernando Augusto

A semana começou com a capacitação para Uso Adequado dos Agrotóxicos, no Colégio Estadual Murilo Braga, em Itabaiana. Voltada para o ensino médio, a atividade teve como público os alunos da zona rural, principalmente os que residem nas áreas abrangidas pelos perímetros irrigados estaduais do Agreste Sergipano. É uma das ações do Programa Águas de Sergipe – PAS, que possibilita que os estudantes levem para casa as noções e cuidados que se deve ter com o uso de agroquímicos nas lavouras. Também foram passadas informações sobre o consumo seguro de alimentos e a alternativa de produtos orgânicos.

A capacitação do PAS já tinha sido aplicada aos técnicos da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro e da secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade – Sedurbs; bem como a agentes de saúde e professores dos 26 municípios que integram a bacia hidrográfica do Rio Sergipe, aos produtores irrigantes dos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana, e do Jacarecica II – situado ente Riachuelo, Malhador e Areia Branca; além dos agricultores das adjacências. Nesses municípios e em Campo do Brito, novas capacitações serão promovidas até a próxima semana, com alunos de todas as escolas estaduais do ensino médio da região.

Integrante da comissão intersetorial do governo estadual que vem acompanhando as capacitações, a técnica da Cohidro, Terezinha Albuquerque, explica que o PAS realiza ações voltadas para a preservação ambiental e o desenvolvimento humano. “A capacitação nas escolas tem como objetivo instruir os alunos sobre o uso dos agrotóxicos, salientando que sua utilização de forma inadequada pode ocasionar riscos à saúde e ao meio ambiente”, disse. O PAS em Sergipe é coordenado pela Sedurbs; com parceria da Cohidro, Emdagro, Deso, secretarias de estado da Educação e Saúde, e é financiado pelo Banco Mundial, com a contrapartida do Governo de Sergipe.

Paula Ismerim, instrutora da empresa responsável pela capacitação, afirma que a meta é atingir 1.200 estudantes da rede pública de ensino e maiores de 16 anos. “É abordada a questão do agrotóxico no dia a dia deles, tanto para quem mora na cidade como para quem mora no campo, e os riscos que todos estão correndo com o seu uso indiscriminado. A gente dá algumas informações sobre como eles podem orientar um parente ou um vizinho e sobre como se deve utilizar de forma correta o agrotóxico. É uma segunda fase. Primeiro a gente fez a capacitação dos agricultores, nos próprios povoados, agora são os estudantes, que consideramos como multiplicadores, formadores de opinião. Como muitos moram nos povoados e ajudam os pais na agricultura, fica sendo uma forma deles passarem a informação”, pontuou.

Leandro Oliveira (16) é aluno do 2º ano do ensino médio no Murilo Braga. Ele, que reside no povoado Rio das Pedras, em Itabaiana, é filho de um dos irrigantes atendidos no perímetro da Ribeira. O adolescente já ajudou na lavoura da família e conta que nunca teve que fazer a aplicação de agrotóxicos, mas já tinha uma noção do que é necessário. “Tem que ter os equipamentos apropriados, nunca ter contato direto com os produtos e nem ingerir”, afirma. Também do 2º ano, Franciele Lima (17) mora na cidade, mas na palestra ficou sabendo que mesmo fora da lavoura, ainda é necessário ter cautela com os agroquímicos. “Aprendi que é para ter cuidado com os alimentos e lavar bem antes de comer, por causa dos agrotóxicos”.

O professor Marcos Santiago coordena um programa de arborização que está sendo implantado no Murilo Braga, com o uso de mudas frutíferas e floríferas. Para ele, a capacitação acaba sendo mais uma contribuição ao projeto. “Como é o aluno que vai plantar as árvores, ele vai ter que saber lidar com o solo, o que inclui qual o adubo que se deve usar e os produtos corretos para que seja um plantio orgânico”. Em casa ou na comunidade acadêmica, ele acredita que o estudante vai se beneficiar com a atividade do PAS. “Essa palestra foi muito importante porque eles vivem isso já na comunidade, onde eles plantam, e vai servir como base para eles refletirem sobre o uso correto dos agrotóxicos. É um trabalho interativo, que foge um pouco da rotina da sala de aula e que chama mais a atenção deles”, avaliou.

 

Cohidro realiza reformas nas Estações de Bombeamento do Perímetro Califórnia

Empresa entrega obra na EB3, realizada com recursos advindos da tarifa paga pelos irrigantes de Canindé

Canal e reservatório da EB-03 também receberam reparos [foto: Fernando Augusto]
Agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, agora contam com uma nova estrutura para a Estação de Bombeamento 03 [EB-03]. A benfeitoria foi reformada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, com recursos advindos da tarifa paga pelos próprios produtores que usufruem do fornecimento de água para irrigação no perímetro. Realizada a partir de um investimento médio de R$ 40 mil, a reforma foi entregue na última semana, com a presença do secretário de Estado da Agricultura (Seagri), André Bomfim; do presidente da Cohidro, Paulo Sobral; dos diretores executivos da empresa e da gerência local.

A obra foi um dos resultados apresentados pela Cohidro à contribuição dada pelos agricultores. Os recursos oriundos da arrecadação também serão utilizados para obras nas outras EBs do perímetro de Canindé. Na EB-03, foi construído telhado para cobrir as bombas, que passaram por uma revisão elétrico-mecânica. A área também recebeu a aplicação de pintura protetiva, sinalização e novo piso. O prédio onde ficam a casa de força e o alojamento agora passam a ter novo piso e nova pintura. O duto de condutores elétricos foi reforçado e o telhado totalmente reformado. O canal e o reservatório de água também foram consertados.

O irrigante Galileu Fernandes avaliou positivamente a reforma. “Com certeza vai ficar melhor, porque as bombas e as máquinas estavam expostas à chuva, e agora vão ficar cobertas. Também trocaram as portas das casas para os bombeiros ficarem. É uma melhoria importante, porque vai evitar o desgaste do motor, que vai ficar protegido do sol e da chuva. Então só tem a melhorar a irrigação do projeto”, pontuou o agricultor, que planta quiabo, feijão e macaxeira, utilizando a água fornecida pela EB-03.

Durante a entrega da reforma, o secretário André Bomfim destacou o aumento da adimplência dos agricultores [de 4% para 88%] como uma consequência positiva do esforço da gestão da Cohidro. “É uma excelente iniciativa tomada pelo diretor-presidente e seu corpo técnico. É um exemplo de gestão, uma resposta à sociedade do trabalho que o Governo do Estado está fazendo através da Cohidro e da Seagri. Tenho que parabenizar também a todos os irrigantes, já que o índice de adimplência aqui aumentou, por consequência das atividades de reforma na EB-03. É notória a evolução da qualidade dos serviços que a Cohidro vem prestando para a sociedade”, afirmou o secretário.

De acordo com o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a reforma é um dos resultados do projeto ‘Diretoria Itinerante’, que tem atuado na escuta direta dos agricultores e funcionários de cada perímetro administrado pela empresa. “Os serviços prestados pela Cohidro são de extrema importância para o estado de Sergipe e nós, que fazemos parte dela, precisamos nos conscientizar disso e contribuir para que ela, cada vez mais, cresça e se desenvolva. Para isso, aqui no perímetro Califórnia, a gente tem que andar lado a lado com o irrigante, porque um não vive sem o outro. Somos um só. Terminamos essa reforma e vamos passar para a EB-06, depois para a EB-04 e assim sucessivamente, até trabalharmos todas as EBs. É de interesse nosso que o perímetro de fato seja eficiente, que o irrigante ganhe, cresça e tenha condição de sobreviver, de sustentar a família”, afirmou.

Na visão do diretor de Irrigação da Cohidro, João Fonseca, as intervenções melhoraram a condição laboral dos funcionários. “Queremos dar uma condição de trabalho melhor não só aos operadores, mas principalmente para os agricultores que estão no campo e necessitam da água, na vazão e volume corretos, para produzir e gerar renda, que é o objetivo de todo mundo”, pontuou. Jean Nascimento, diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, agradeceu a colaboração de todos os funcionários da companhia, que constituíram a mão-de-obra principal das obras na EB-03. “Temos que deixar registrado o amor à causa desse pessoal, que se mobiliza e, quando é para ajudar, chega junto. São pessoas que deixam a gente feliz, pois se doam pela empresa”, pontua o diretor.

A gerente do perímetro, Eliane Moraes destaca que estrutura do Califórnia vem sendo usada há 30 anos e, para não prejudicar o fornecimento de água para os lotes, sua reforma foi dividida em etapas. “A irrigação não pode parar porque esse projeto é de importância fundamental para Canindé de São Francisco e toda a região. É um celeiro de alimentos”, completa.

Irrigantes de outros setores do perímetro de Canindé, que prestigiaram a entrega da reforma da EB3, revelaram estar confiantes na realização de reformas também nas suas estações de bombeamento. “Quando tem reforma a gente sabe que está melhorando o perímetro irrigado. E a gente precisa de água para trabalhar e manter as taxas de água em dia. O dinheiro que a gente paga está tendo um bom resultado. E vai começar a melhorar de agora em diante. Com certeza vai chegar nas demais EBs. A Cohidro está de parabéns”, finalizou o produtor Edvaldo dos Santos.

Cohidro institui ‘Diretoria Itinerante’ para atender demandas de agricultores e funcionários

Diretores das quatro áreas operacionais se revezam em visitas semanais aos seis perímetros irrigados que atendem 1.450 lotes da agricultura familiar e 31 empresariais
Presidente Paulo Sobral fiscalizando cobertura de bombas da EB-03

A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro implantou a ‘Diretoria Itinerante’, em que um ou mais diretores revezam entre si em visitas semanais aos seis perímetros irrigados, mantidos pela empresa no interior do Estado. A ideia é ouvir de perto as demandas de funcionários e do público atendido pela empresa, agricultores e pecuaristas que se utilizam da irrigação ou que são atendidos com ponto de água em área de sequeiro. Com a ação, os gestores pretendem diminuir o tempo de resposta na resolução de problemas, aprimorar a fiscalização e a aplicação de recursos públicos.

Quatro diferentes setores operacionais compõem a diretoria executiva da Cohidro, dirigida pelo presidente Paulo Sobral. Para ele, a nova metodologia para atender os beneficiários e colaboradores deverá tornar mais eficaz tanto a aplicação dos recursos quanto a prestação de serviços. “Passamos por um momento em que estão sendo realinhados os métodos no serviço público, onde se pretende fazer mais com menos. Essa eficiência – em fiscalizar e identificar in loco os problemas – também é uma contrapartida ao que estamos propondo aos agricultores irrigantes e colaboradores: uma gestão compartilhada dos perímetros, com mais voz, compromisso e responsabilidades, também da parte dos beneficiados”, explica.

Jean Nascimento, diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, informa que as visitas aos perímetros começaram levando novos computadores, crachás e equipamentos de proteção individual (EPI). “Aproveitamos essas oportunidades fazendo grandes reuniões, em que todos esses colaboradores puderam ser ouvidos, para que juntos possamos encontrar a forma correta de executar nossos serviços em prol da população atendida, sem esquecer das demandas dos nossos funcionários. De cara, identificamos a necessidade da realização de obras civis nas estações de bombeamento [EBs] do perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco. Começamos pela EB-03, onde construímos todo telhado da área de bombas, e reformamos os telhados do alojamento e da casa de força; reformamos os pisos e fizemos a repintura protetiva nos prédios e equipamentos”, completa.

A agricultora Maria dos Santos trabalha com os dois irmãos no lote irrigado do pai, vizinho à EB-03 do Califórnia. Ela acredita que as obras na estrutura predial do perímetro, com mais de 30 anos de uso, melhoram a condição de trabalhar, aumentando a vida útil dos equipamentos e a garantia de ter água no hidrante que fornece água para irrigar. “Melhora, por que as bombas vão ficar cobertas, deixando de ficar à mercê do sol. Acho que com essa cobertura fica bem melhor, pois quando chover, evita quebrar os motores”. No lote dela é produzido quiabo, feijão de corda e milho – o que garante o sustento das três famílias. “Sem irrigação, aqui não tinha como produzir os alimentos, que empregam muitas famílias. É de onde muitas pessoas tiram o sustento”, destaca a irrigante.

Diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola, Carlos Vieira atuou no movimento de ‘diretoria itinerante’ mobilizando a equipe da Divisão Manutenção Mecânica para revisar tubos e conexões na EB-03. Segundo ele, o mesmo será feito nas outras cinco estações do perímetro Califórnia. “As equipes verificam e substituem as peças que podem provocar vazamentos que, por sua vez, podem interromper o bombeamento de água para os lotes dos agricultores. Em nenhum outro lugar do estado em que a Cohidro tem perímetros irrigados, se faz tão necessária a irrigação para produzir alimentos quanto no Alto Sertão. Temos que estar sensíveis a isso na hora de eleger prioridades”, considera.

Francisco Pereira é assistente administrativo no Califórnia e soma 40 anos de serviço público, desde que ingressou na antiga Comase, vindo a ser funcionário da Cohidro posteriormente. “Eu estou achando excelente essa postura dos diretores, imbuídos realmente de transformar a nossa empresa, traduzindo o pensamento dos que gostam dela, por essa forma moderna de trabalhar – atendendo o irrigante não atrás de um birô, mas vindo a campo. Hoje, conversando com alguns produtores do perímetro, a gente vê que existe esperança, por que não é uma diretoria de falar, é de agir. Eles querem resultado e, para isso, está dando condição aos produtores de colaborar também, o que é fundamental para o crescimento de todos. É importante e que também sejamos responsáveis, cada um de nós, servidores, por contribuir e retribuir esse empenho da diretoria”, afirma.

Cooperação com a Emdagro

A atuação das diretorias nos perímetros também será maior para tratar do projeto de cooperação técnica com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro, segundo explica o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Rural, João Fonseca. “É um plano de ação para melhorar a eficiência da assistência técnica agrícola nos lotes irrigados. Nossos técnicos, gerências e divisões serão orientados a realizar um trabalho com base e aderindo aos programas implementados em todo estado pela Emdagro. Nós teremos grande mobilização na sede, em Aracaju, e nos perímetros irrigados, junto com os técnicos da Emdagro, passando todo este conteúdo e metodologia para melhor atender ao produtor rural que depende da irrigação pública”, conclui.

 

Irrigantes do perímetro da Cohidro em Lagarto apostam no cultivo da abóbora

Nova no perímetro Piauí, cultura enfrenta poucos inimigos naturais e já tem canal de escoamento
Foto: Gabriel Freitas

Mais uma cultura surge para compor o rol de produtos cultivados a partir do uso da irrigação pública no município de Lagarto: a abóbora. No Perímetro Irrigado Piauí, alguns produtores já optaram pelo plantio do vegetal. Entre os que estão na primeira lavoura e os que começaram antes, já são contabilizados resultados positivos nas plantações. A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro considera positiva a aposta e incentiva novos cultivares através da assistência técnica, por entender que a diversificação reduz a fixação de pragas e doenças, e evita a superprodução de um só item.

Willian Domingos, técnico agrícola da Cohidro em Lagarto, conta que a abóbora está sendo uma novidade no perímetro e que, por isso, tem pesquisado bastante sobre a forma correta de plantar, tomando por base outras áreas de cultivo no estado, sem o uso de irrigação. “A média estadual da no Alto Sertão é de 25 ton/ha. Nós, aqui, pretendemos chegar a uma produção média de 40 a 50 ton/ha, com a irrigação, adubação correta e fazendo o monitoramento das pragas e doenças. O produtor tem que aplicar cálcio. A deficiência de cálcio provoca uma doença chamada ‘Fundo Preto’, além das pragas [Vaquinha, Percevejo e Cigarrinha], que devem ser controladas preventivamente”, alerta.

O agricultor irrigante Adjan Fontes já está em sua quinta plantação de abóbora da variedade ‘Lagarteira’. Tendo colhido bons resultados, ele acredita ser um bom negócio, contando com o apoio da Cohidro, que fornece irrigação ao seu lote e de outros 420 produtores. “O manejo da abóbora aqui região é fácil. A nossa região proporciona poucas pragas e doenças. Com o sistema de irrigação da Cohidro, conseguimos cultivar em qualquer época do ano, com chuva ou sem chuva, porque sempre tem água pra fazer a irrigação. O primeiro plantio eu comecei com uma área pequena, só pra experimento. Fui ampliando e, hoje, estou com duas tarefas [0,66 ha], com custo baixo”, avaliou.

Na diversificação de culturas, o produtor não sofre com o prejuízo de apostar em um só plantio, correndo o risco de perder a safra. “Decidi inovar para além das minhas outras plantações, como o mamão – meu cultivo principal. Se nele eu tiver uma queda na produção, já tenho a abóbora para compensar. Não fico dependendo só de um comércio”, argumentou Adjan. Em operação desde 1987, o Perímetro Piauí vivenciou a repetição de cultivos tradicionais, que provocaram a fixação de algumas pragas específicas, nas plantas mais comuns. Este é mais um motivo pelo qual os técnicos agrícolas incentivam a troca periódica do tipo de lavoura nos lotes dos perímetros irrigados.

Quanto à comercialização, o produtor revela que o bom mercado para a abóbora foi um fator que causou surpresa. “Meu medo no inicio era plantar uma nova cultura e não ter a quem vender. Mas quando eu plantei e produzi, ela veio com uma qualidade boa e aí começou aparecer gente querendo comprar”, disse Adjan. Ele afirma que não teme a concorrência no perímetro. Muito pelo contrário, ele aposta na união. “O pessoal daqui começa a plantar, atrai mais compradores de fora e conseguimos vender em grande quantidade. Junta todo mundo, para saírem os caminhões cheios, levando 20 a 30 toneladas. Aí todo mundo vende. Vamos ter produção, saída, compradores e melhor preço”, conclui.

Transparência Cohidro cresce 3,2 pontos no ranking do TCE

Acaba de sair o resultado da das avaliações dos portais de transparência dos órgãos do governo estadual de 2019, realizada no Tribunal de Contas do Estado – TCE e a Cohidro saltou dos 5,6 pontos em 2018 para 8,8! Um aumento de 57% na nota que garante à empresa a nota satisfatória no ‘índice de transparência’ e acima da média do índice das unidades estatais. Média do Governo do Estado que também quase dobrou, passando de 4,6 em 2018 para 8,7 em 2019.

A melhora na forma como a companhia divulga a sua organização, processos administrativos, composição de pessoal e despesas orçamentárias, sinalizada pelo TCE, é fruto da organização feita pela diretoria executiva nas assessorias de Controle Interno, de Comunicação e Gerência de Tecnologia da Informação, ao mesmo tempo em que criou a Ouvidoria Cohidro. O novo departamento muito tem a ver com essa melhora, já que agora – pessoalmente, por e-mail ou pelo número que permite ligações gratuitas de qualquer telefone: 0800 0798150 – atende dúvidas, reclamações, denúncias, sugestões e elogios dos usuários dos seus serviços e população ao mesmo tempo em que, integrada o Sistema de Ouvidorias do Estado de Sergipe – SEOuv, divulga relatórios desses atendimentos e respostas prestadas ao público.

Funcionários da Cohidro se somam em ação solidária em alusão ao Dia das Crianças

Brinquedos arrecadados foram doados a crianças de instituições beneficentes de Aracaju no 18 do Forte e Santa Maria
Fotos: Gabriel Freitas

Para comemorar o Dia das Crianças [12 de outubro], na sexta-feira (11) os funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro distribuíram 120 brinquedos em instituições beneficentes que atendem crianças em situação de vulnerabilidade social em comunidades de Aracaju. As entidades foram o Lar Infantil Cristo Redentor (Licre), localizada no bairro Dezoito do Forte e que atende 52 crianças; e a Instituição Beneficente Emmanuel (Ibem), no bairro Santa Maria, onde são acolhidas outras 68 crianças. A iniciativa partiu dos próprios funcionários da empresa, que fizeram a coleta com o intuito de levar um pouco de alegria a quem mais precisa.

Márcia Menezes é secretária na diretoria Administrativa da Cohidro e fez questão de doar brinquedos para alegrar o Dia das Crianças no Licre e no Ibem. Ela avalia que as famílias mais carentes tendem a priorizar os gastos de primeira necessidade e, por isso, ajuda. “Penso nas pessoas que não têm condições de comprar um brinquedo quando chega essa época. Quem já foi criança, sabe o que é que passa na cabeça delas quando o pai ou a mãe não tem condições. Nessa época, em elas esperam ganhar algo, ao chegar o momento do Dia das Crianças, a gente faz esse trabalho para conseguir, pelo menos, arrancar um sorriso de cada criança. Só isso já gratifica a gente”.

Na entrega dos brinquedos, representaram os colegas da companhia os assessores institucionais Mylla Rodrigues, Janailson Farias, Eduardo Salustin e o motorista Roberto Meneses. Diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jean Nascimento parabenizou os funcionários que somaram esforços e recursos para fazer o bem. “Empresa compromissada com o bem comum que é a Cohidro, perfurando poços comunitários em todo estado e fornecendo água de irrigação subsidiada para a produção de alimentos pela Agricultura Familiar, vai refletir no comportamento de seus funcionários perante a sociedade. É uma experiência gratificante trabalhar e conviver com esse pessoal alegre, esperançoso e motivado a ajudar o próximo”, considera.

Professora de Educação Infantil da turma de quatro e cinco anos na creche do Ibem, Valdinete de Jesus explica que a instituição acolhe as crianças mais necessitadas da comunidade, fazendo um trabalho para trazer mais aconchego à vida que eles têm. “Também trabalhamos a educação, o amor, a ética que eles precisam vivenciar desde pequeno, para diferenciar a situação de vida deles. E é isso que o IBEM se compromete: tratar com amor e carinho, nesses 20 anos de assistência, essas crianças, que mostram um aproveitamento ótimo nos trabalhos”, relata. O instituto beneficente tem programas de geração de renda familiar; de apoio a idosos, gestantes e parturientes; oficinas de música, dança, informática e judô – atividades que contam com donativos da sociedade para serem mantidas. Para doar, basta entrar em contato com o telefone (79) 99981-7918.

O Lar Infantil Cristo Redentor é uma instituição sem fins lucrativos que funciona há 62 anos. Até o ano de 2013 trabalhava na modalidade de abrigo. “Em 2014, iniciamos uma nova modalidade, da Proteção Social Básica, por conta de uma exigência do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), que preconizava que as instituições precisavam se adequar a um público misto, porque trabalhávamos apenas com o público feminino”, relatou Elisana Vieira, assistente social no Licre. Segundo ela, a adaptação, em um curto espaço de tempo, colocou o lar em dificuldades financeiras e com falta de pessoal de apoio. “Atualmente estamos com uma campanha ‘Abrace o Licre e faça uma criança feliz’. Por isso agradecemos a equipe da Cohidro por esse apoio, por esse abraço de olhar para nossas crianças e trazer esses presentes”, complementou. O Cristo Redentor atende ofertas de doações pelo telefone (79) 3245-2042.

Cohidro capacita técnicos para manutenção de novo sistema de irrigação automatizado

O Programa Águas de Sergipe é um investimento do governo de Sergipe com aporte do Banco Mundial, promovendo o uso responsável das águas da bacia do Rio Sergipe.

Irrigação localizada por microaspersão diminui o consumo de água nos lotes [foto Fernando Augusto]
Para modernizar e regularizar o consumo de água de irrigação nos lotes agrícolas, os perímetros irrigados Jacarecica I e da Ribeira, administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro em Itabaiana, receberam investimentos da ordem de R$ 14.334.110,64 para a troca e adição de novos equipamentos. A iniciativa do Programa Águas de Sergipe (PAS) também envolveu o Treinamento e Prática de Manutenção e Manejo de Sistemas de Irrigação dos técnicos da Cohidro, realizado no Centro de Desenvolvimento de Tecnologia em Agroecologia da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro, no mesmo município.

Ministrado pelo engenheiro agrônomo Durval Lima, o curso teve dois dias de duração, envolvendo técnicos de todos os perímetros da Cohidro que ficarão encarregados, em campo, da orientação aos agricultores sobre como operar e fazer a manutenção dos equipamentos que integram o novo sistema de irrigação. “É o monitoramento de todo sistema de irrigação, desde a limpeza dos filtros até a limpeza química do sistema de irrigação. Também falamos sobre a parte da fertilização, sobre como utilizar o injetor de fertilizantes; o monitoramento de toda a malha; a parte de automação, como usa o controlador de válvula; qual a finalidade da válvula reguladora de pressão e a de alívio”, listou Durval.

O engenheiro agrônomo da Cohidro, Gonzaga Reis, teve grande participação no projeto de troca dos sistemas apresentado e aprovado pela Unidade de Administração do PAS (Uapas). Segundo ele, a finalidade principal era a economia e a melhoria das condições de trabalho dos irrigantes. “Antes precisava transpor tubo de um lado pro outro, e esse sistema agora é fixo, automatizado, inclusive a fertilização: não é necessário que ele esteja distribuindo adubo na mão; na condução da água já vai junto também o adubo. Eram emitidos 3.200m³ ha/mês. Com a introdução desse sistema de irrigação, caiu para 1.200m³ ha/mês – ou seja, uma economia de água muito grande [60%], e também de energia elétrica [50%]”, explicou.

Gerente do perímetro da Ribeira, o técnico agrícola César Rocha reforça que, além da economia gerada, o novo sistema traz mais praticidade para o produtor, que ainda está aprendendo a lidar com as novas tecnologias instaladas nos lotes – ao mesmo que tempo que facilita o trabalho da Cohidro para controlar o consumo de água, a manutenção da rede de adutoras e estações de bombeamento do projeto de irrigação. “Com a modernidade, a princípio, todos estão sentindo dificuldade, por isso que a gente está se aprimorando para poder passar isso na prática para o produtor. As dificuldades que ele vai encontrar no dia a dia, que ele possa superar”, confia.

Marcos Emílio é técnico agrícola da Cohidro alocado no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. Também lá é cada vez mais comum encontrar lotes de agricultores dotados com os modernos equipamentos que o treinamento ensinou a operar. “A gente veio aprender sobre a parte de manutenção, a parte de fiscalização e a parte do uso desse novo sistema de irrigação no nosso dia a dia, para o nosso trabalho. Para que possamos conduzir uma irrigação que propicia ao agricultor um trabalho com mais qualidade e uma produção melhor para ele”, pontuou.

O projeto do novo sistema de irrigação previu os problemas mais comuns enfrentados pelos irrigantes. “Nós projetamos um filtro de tela, para minimizar os entupimentos dos microaspersores. Como esses filtros chegam a entupir, então projetamos uma retrolavagem. Quem indica isso são os manômetros, na diferença de pressão o produtor já sabe que está no momento de fazer a retrolavagem de limpeza do filtro”, explicou Gonzaga. Segundo Durval Lima, o objetivo é conscientizar os técnicos, para que eles passem para o agricultor esse tipo de monitoramento para ampliar a vida útil desse sistema de irrigação. “Não só isso, mas que também tenha uma produtividade maior. Se ele não faz esse monitoramento, a pressão cai, e a produtividade também”, alertou Durval.

 

Última atualização: 6 de novembro de 2019 16:13.

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