Governo reativa poços localizados na zona rural de Pinhão

Cohidro avalia possibilidade técnica de recuperar outros poços no município

[Foto: Fernando Augusto]
As equipes de instalação de poços da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) estão atuando na reativação de poços perfurados há cerca de 20 anos no município de Pinhão, a 100 km da capital sergipana. Nos povoados Baixa Larga, Diogo e Palmazeiro, as recuperações dos sistemas de abastecimento somaram um investimento público de R$ 11.200,00, na troca de bombas, quadros elétricos, tubulações e fiações elétricas. A partir de dados fornecidos pela gestão municipal, a diretoria de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola (Dinfra) da Cohidro está identificando outros poços inativos e avaliando a viabilidade técnica da sua recuperação, considerando critérios relativos à sua função social.

“São poços importantes e necessários à manutenção das pessoas em suas comunidades de origem. Servem ao uso diário das casas e para dessedentação animal”, afirmou o diretor da Dinfra, Carlos Vieira. Segundo ele, outros municípios também estão recebendo ações de revitalização e instalação de novos sistemas de abastecimento a partir de poços, como Riachuelo, São Domingos, Itabaianinha, Simão Dias e Carira. “Para essas ações, contamos com a parceria das prefeituras no auxilio às nossas equipes, na execução de serviços complementares ao funcionamento dos sistemas e na aquisição de itens”, completa.

A Prefeita de Pinhão, Ana Rosa, considera que a parceria com o governo de Sergipe é necessária, diante do interesse da Cohidro em reativar os poços comunitários. “A viabilidade da recuperação desses poços é importante, principalmente na área rural, que depende desses poços para o abastecimento de água para os serviços domésticos, como também para o consumo animal”. Além dos poços localizados nos povoados, a gestora solicitou a reativação de outro poço, na sede municipal. “Vivemos no Sertão Sergipano, que sofre com a deficiência de água, e esse poço vai viabilizar atividades esportivas, pois fica ao lado do ginásio de esportes. Essa água não será disponibilizada para o consumo humano, mas para o uso em serviços domésticos da população do entorno”, explica.

Jovelina Silva vive no povoado Baixa Larga, onde a Cohidro reativou um poço em janeiro de 2020. “Eu uso pra tudo: para a limpeza da casa, para os cuidados com os animais, para a limpeza de banheiro, para o gado beber e para lavar roupa. Essa água é de muita valia; nos ajuda muito. Eu tenho 15 galinhas e dois porcos, então preciso da água para manter meus animais, que dão meu sustento aqui”, conta. O gerente da Divisão de Instalação e Manutenção de Poços da Cohidro (Dipoços), Roberto Wagner, revela que o investimento no poço que atende a família de Jovelina e de outras cerca de 90 pessoas foi de R$ 4.800,00.

De acordo com ele, o serviço no sistema da Baixa Larga foi de troca da bomba submersa adquirida com recursos da Cohidro; e de outros materiais de reposição, como tubos, conexões e fiação elétrica, custeados com recursos Funcep (Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza), administrado pela SEIAS (Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social). “No último poço que recuperamos, no povoado Diogo, houve a instalação de uma nova bomba, conexões, cabeamento elétrico e tubulação, com um investimento de R$ 6.400,00. A recuperação do poço beneficiou as cerca de 90 pessoas que vivem na povoação rural e vai servir de água para beber das suas criações”, concluiu Roberto Wagner.

Estação de Bombeamento de Canindé é reformada pela Cohidro, beneficiando irrigantes

Perímetro Irrigado de Lagarto também tem obras de revitalização em andamento

[Foto: Fernando Augusto]
Dando sequência à série de melhorias nas suas estruturas localizadas no interior do estado, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos e Irrigação de Sergipe – Cohidro concluiu a reforma da Estação de Bombeamento (EB) 06 de Canindé de São Francisco. As obras renovaram a estrutura física, elétrica e mecânica da estação, uma das sete que formam o Perímetro Irrigado Califórnia. “A reforma veio na hora certa. Melhorou muita coisa: os motores estão cobertos, a casa de força está pintada, melhoraram os materiais. Essa reforma nos dá mais confiança sobre o funcionamento dos aparelhos que temos aqui”, afirmou Carlos Valquer, que planta goiaba, quiabo, feijão-de-corda, milho e macaxeira em um dos lotes irrigados pela EB-06.

Ao total, a EB-06 recebeu um investimento de R$ 20 mil, aplicados em restauração da estrutura civil e tubulações, nova pintura protetiva, calçamento, cobertura para a área de bombas, além de novas portas, telhado, revestimento e louças sanitárias para a casa de força e o alojamento. E em paralelo às reformas físicas, houve manutenção corretiva completa das estruturas mecânicas e elétricas, facilitando o manuseio de operadores e sanando riscos de falhas e panes. O diretor administrativo e financeiro da Cohidro, Jean Nascimento, destaca que a reestruturação dos perímetros irrigados do governo do Estado foi realizada com recursos próprios.

“É uma contrapartida para o produtor irrigante, que se dedica ao pagamento da tarifa d’água para ver as melhorias. Essa reforma traz mais garantia de que a água continuará chegando. Conseguimos uma forma de diminuir muito o custo da execução das obras utilizando o nosso próprio pessoal, conforme a disponibilidade de recursos”, disse. Para o irrigante Gilvan de Oliveira, que há oito anos cultiva goiaba e quiabo em seu lote atendido pela EB-06, no Perímetro Irrigado Califórnia, a cobertura construída é uma melhoria importante. “Antes ficava descoberto e, quando chovia, enchia de água. Hoje, com a cobertura, está ótimo, porque as bombas terão mais tempo de uso, já que não ficam expostas ao sol e a chuva”, considerou.

Em todo o Estado, a Cohidro beneficia diretamente 13.500 pessoas, fornecendo água de irrigação para 1.450 lotes da agricultura familiar e 31 empresariais. Além de Canindé, o órgão administra e abastece perímetros irrigados nos municípios de Itabaiana, Areia Branca, Tobias Barreto, Lagarto, Malhador e Riachuelo. Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, está em andamento a revitalização da EB-02, localizada em Lagarto, seguindo os mesmos moldes das reformas realizadas nas Estações de Bombeamento EB-06 e EB-03, em Canindé – onde já foi iniciada a reforma da EB-04. Para Sobral, as intervenções foram possíveis graças ao compromisso dos irrigantes e dos funcionários que trabalharam nas obras. “Faço um agradecimento especial à atuação das valorosas equipes de Conservação Predial e de Manutenção Mecânica, que vêm dedicando o esforço nas recuperações das EBs de Canindé e de Lagarto. Conto agora com o compromisso dos colaboradores que operam as EBs, tendo zelo ao manusear os equipamentos e instalações que foram reformadas, contribuindo com a conservação desse patrimônio, que é todos”, disse o diretor-presidente da Cohidro.

Operador de bomba, Ednaldo Santos atua na Cohidro há 36 anos e, nos dias da sua escala de trabalho, permanece na EB-06 por 12h seguidas. “Com a reforma, o serviço ficou mais seguro, graças às telas, cobertura e ajustes no banheiro. Tudo isso ajuda. O aspecto físico também melhorou bastante”, afirmou o funcionário, que estava em serviço no ato de entrega da reforma. Também estiveram presentes ao evento os diretores da Cohidro João Fonseca (Irrigação e Desenvolvimento Rural) e Carlos Vieira (Infraestrutura Agrícola e mecanização Agrícola); os representantes da Associação dos Servidores da Cohidro (ASC) Luiz Moura (presidente) e Alberto Santos; e a gerente do perímetro Califórnia, Eliane Morais.

Barragens de perímetros estaduais recebem obras de recuperação pelo Programa Águas de Sergipe

Reformas visam à atualização de modelo operacional de reservatórios com cerca de 30 anos

A recuperação estrutural das barragens estaduais abastecidas pelas águas da bacia hidrográfica do Rio Sergipe já foi iniciada. O conjunto de obras, licitadas pelo Governo de Sergipe, faz parte do Programa Águas de Sergipe – PAS, co-financiado pelo Banco Mundial. Estão sendo investidos R$ 4,2 milhões nas ações que priorizam a recuperação, conservação e a segurança hídrica e operacional em quatro reservatórios. Deste montante, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro é beneficiada em R$ 4 milhões, para a revitalização das barragens que mantêm três de seus perímetros públicos, onde 8.255 pessoas tiram seu sustento com a agricultura familiar irrigada.

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a licitação lançada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade – SEDURBS, executora do PAS, visa à segurança das barragens, melhoria e implantação de modelos atualizados de operação dos reservatórios. “Durante a elaboração das ações-componentes do programa, os técnicos da empresa identificaram a necessidade de revitalização da estrutura física das barragens desses reservatórios, como etapa do processo de modernização da infraestrutura hídrica na bacia do Rio Sergipe. Esta etapa complementa as ações já executadas, que envolvem a troca de todo sistema de irrigação nos lotes (dos perímetros da Ribeira e Jacarecica I), a batimetria, o georreferenciamento e o reflorestamento da área das barragens”, explica.

Intervenções de limpeza e recuperação das estradas conectadas às barragens estaduais são realizadas nas áreas dos três perímetros, além de reformas das galerias que dão acesso ao interior das barragens, com reparos na estrutura, reinstalação de grades de proteção e instalação de gerador de eletricidade autônomo. “O componente de segurança é um item muito importante, apontado pelos quatro especialistas que integram o ‘Painel de Segurança de Barragens’ do programa, profissionais estes que avaliam e sugerem intervenções necessárias à segurança dos equipamentos. A partir dessa intervenção, nossos técnicos não terão mais dificuldade em acessar as galerias e fazer as vistorias periódicas das barragens”, aponta o diretor de Irrigação da Cohidro, João Fonseca.

Nos perímetros da Ribeira, em Itabaiana, e do Jacarecica II, entre os municípios de Malhador, Riachuelo e Areia Branca, há em comum a existência de talude de terra como corpo da barragem. Para garantir a integridade dessas estruturas, está sendo feita a retirada completa da vegetação natural, que será substituída com o plantio de grama. Da mesma forma, ocorre a limpeza dos condutos de drenagem e a eliminação de princípio de erosões, com preenchimento em concreto. No Jacarecica I, também em Itabaiana, acontece a limpeza do talude de concreto com o processo de lixagem e substituição do guarda-corpo de metal. Outra ação que está sendo realizada em todas as barragens é a reposição do concreto danificado nas estruturas dos vertedouros, caixas de dissipação e tomadas d’água.

 

Recuperação e perfuração de poços é tema de reunião entre Cohidro e representantes de Boquim e Dores

Demanda por fonte de água em povoados de municípios sergipanos foi levada por deputada estadual e prefeito de Dores

Deputada Estadual Maisa Mitidieri,prefeito Dr. Thiago, os diretores da companhia, Paulo Sobral [Presidente] e Jean Nascimento [Administrativo e Financeiro]; com a participação dos vereadores de Boquim Geraldo de Catalao, Jackson do Mangue Grande e o ex-prefeito Pedro Barbosa, além de outros representantes desses municípios.
Com o objetivo de discutir a recuperação de sistemas de abastecimento de água e a perfuração de novos poços em localidades rurais dos municípios de Boquim e Nossa Senhora das Dores, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro recebeu representantes comunitários das duas cidades, acompanhados pela deputada estadual Maísa Mitidieri e o prefeito de Dores, Dr. Thiago. A diretoria executiva da Cohidro sinalizou o envio de equipes para avaliar a situação dos poços e o conserto dos que estão fora de operação, além da locação de ponto geográfico para perfuração dos novos, em povoados onde não exista fonte de abastecimento.

A deputada Maisa Mitidieri considerou a reunião como positiva, na expectativa que as demandas sejam atendidas com celeridade. “Juntamente com o prefeito Thiago, solicitamos a perfuração de alguns poços em povoados do município de Dores. Fomos muito bem-atendidos e fizemos um grande avanço nesta parceria entre a Cohidro e a Prefeitura de Dores, com o compromisso de que serão enviadas máquinas e equipes para que a perfuração desses poços aconteça. Estamos confiantes e ficamos muito agradecidos com a atenção e, se Deus quiser, com o atendimento o mais breve possível”, considerou.

As demandas de Boquim foram reforçadas por representantes do município, com solicitações relacionadas principalmente à recuperação de poços. “Nós também estivemos acompanhando as demandas de Boquim, com o ex-prefeito Pedro Barbosa, os vereadores Jackson do ‘Mangue Grande’ e Geraldo do ‘Cabeça Dantas’, e alguns representantes do povoado Muriçoca. A receptividade da Cohidro neste viés também foi muito boa. Saímos daqui com o compromisso de que vamos buscar soluções para a falta de água para as comunidades deste município”, disse a deputada Maisa.

O diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, recebeu as demandas do grupo, acompanhado do diretor administrativo e financeiro da empresa, Jean Nascimento, e destacou a importância do encontro. “Inicialmente, verificaremos os poços de Boquim – nos povoados Mangue Grande, Muriçoca, Boa Vista do Fudunga, Calitende, Cabeça Dantas e Romão –, que apresentam possibilidade de recuperação do fornecimento de água através de um investimento menor e mais ágil. Enviaremos também nossos geólogos em Dores para fazer locação, que é determinar as coordenadas geográficas onde os poços devem ser perfurados. A parceria com a Prefeitura deste município será fundamental para que possamos executar essas perfurações. Este contato feito com os representantes locais é muito importante e a Cohidro está sempre de portas abertas para toda a comunidade sergipana”, destacou Paulo Sobral.

 

Cultivo da uva em Sergipe se expande para perímetro irrigado de Lagarto

Aposta de irrigantes é inspirada no sucesso do perímetro da Cohidro em Canindé e tem base em experiência da Embrapa
Foto: Gabriel Freitas

Após experiências de sucesso em Sergipe, o cultivo da uva se expande para uma nova microrregião do Estado: o Centro-Sul. Com 90 dias de plantio das mudas, dois produtores do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, já possuem 400 plantas, cada um com a área de 0,25 hectares. A aposta já havia dado certo anteriormente no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco (Alto Sertão Sergipano), com alcance de produção em nível comercial, servindo de matéria prima para vinhos fabricados no Estado. Ambos os pólos de irrigação são administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, utilizando a transferência de tecnologia empregada pela Embrapa em sua unidade Semiárido, em Petrolina-PE.

Produtor do perímetro Piauí, Edezio Góes passou a cultivar a uva sob o acompanhamento da Cohidro na esperança de que a colheita, prevista para o próximo verão, seja farta e proveitosa. Em um lote de 2,3 hectares, o agricultor já cultivava mamão, pimentão e pinha e, mais recentemente, decidiu investir nas uvas. “Há alguns anos atrás, quando cheguei de São Paulo-SP, decidi plantar mamão. No começo foi difícil, mas hoje consigo tirar os frutos com tranquilidade. Agora resolvi inovar com as uvas, que por enquanto, ninguém tem. Estamos tentando e aos poucos vamos chegando lá”, confia o irrigante. Seu parreiral ainda tem o diferencial de contar com o plantio consorciado do pimentão, nas linhas formadas entre uma parreira e outra, reaproveitando a água e o adubo das videiras.

Formado por mudas trazidas diretamente de Petrolina, em Pernambuco, os parreirais de uvas está aos poucos tomando forma. Edezio relata que os dois dias na Embrapa Semiárido (PE) serviram de experiência para aprender como funciona melhor o plantio da fruta. “Antes de plantar, fomos até Petrolina e o técnico agrícola da Cohidro, Willian Domingos, nos acompanhou. Visitamos alguns parreirais dos mais variados tipos, alguns em colheitas, outros em poda. E tudo isso nos deu um pouco de experiência”, disse. Além de transportar a água de irrigação aos 421 lotes do perímetro Piauí, a Cohidro presta assistência técnica agrícola – antes e depois de iniciada a lavoura – o que inclui assessorar o agricultor na hora de escolher novas culturas agrícolas e o incentivo à variação, diminuindo a incidência pragas, recompondo o solo e dinamizando os mercados com novos produtos.

O técnico agrícola da Cohidro, Willian Domingos, acompanhou os dois produtores, interessados em investir na cultura da uva, à visita a Petrolina. Segundo ele, apesar do intercâmbio ter sido rápido, foi bastante produtivo. “Visitamos cinco produtores de uva e vimos desde o início do plantio até a formação da planta. Tivemos conhecimento de tudo referente a esse cultivo. Após esse processo, consideramos que a uva do tipo ‘BRS Vitória’ seria a melhor para plantar aqui nessa região, por ser mais vigorosa, além de mais resistente a algumas doenças”, avaliou. Atualmente, o sistema de irrigação adotado para o cultivo da uva está sendo o de gotejamento. “Pretendemos mudar para o modo microaspersão invertida, que será realizado por cima, para abranger todo o parreiral”, acrescenta o técnico agrícola.

A variedade ‘BRS Vitória’, escolhida pelo técnico e os agricultores, foi uma inovação testada primeiramente nos plantios do perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco. Os dois irrigantes de lá produziram suas próprias mudas de uvas em uma prática de campo promovida pela Embrapa, há cerca de um ano. Os irrigantes deste perímetro iniciaram suas produções com as variedades ‘Isabel’ e ‘BRS Violeta’, fornecidas pela Embrapa, no final de 2016. Na época, além das mudas, os produtores receberam os materiais para construir os parreirais, o sistema de irrigação, os suprimentos necessários para nutrir as videiras e a assistência técnica durante os dois anos de duração do convênio. Hoje, os agricultores continuaram a produção, buscando novos mercados e contando agora com os técnicos agrícolas da Cohidro para prestar a assistência necessária à plantação.

Melancia irrigada tem boa produtividade em perímetro irrigado da Cohidro em Lagarto

Mesmo com preço baixo, disputando com estoques do sul do país, produtividade na irrigação compensa investimento
Técnico da Cohidro, José Américo e o produtor Adelmo Bispo

Cultura agrícola de ciclo rápido, a melancia dá colheitas a cada 75 dias e surge como mais uma experiência de novas lavouras no Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, em Lagarto. A ocupação ainda é pequena  – menos de dois hectares nos lotes de dois agricultores irrigantes que devem colher suas parcelas até o fim de janeiro – mas a produtividade apresenta bons índices, superando as 20 toneladas por hectare, dando destaque ao fruto no perímetro. O cultivo consorciado da melancia com o maracujá também está sendo uma aposta, após ter apresentado resultados positivos quando experimentado em consórcio com o amendoim e a batata-doce.

O irrigante Narciso Dória tem melancia em duas áreas plantadas em períodos diferentes, somando quase um hectare. A primeira está quase toda colhida. “A gente está vendendo barato, a R$ 0,30 o quilo, mas vai dar lucro porque rendeu bem. Eu acho que é porque resolvi plantar de 2 em 2m e com uma distância de 3m entre as linhas. No começo disseram que eu perdi muito espaço, mas surpreendeu todo mundo que vê, pela quantidade. Colhemos melancia com até 19kg! É uma área de 0,4ha e que deve passar das 8 toneladas”, estimou. Nessa área e na outra, de 0,6ha, ele conta que investiu R$ 3 mil. “Ou seja, a outra área praticamente vai ser só lucro”, completa o produtor, que vai cobrir todo investimento feito nas duas áreas só com colheita do primeiro plantio.

“Da primeira vez, limpamos duas vezes, deixando praticamente só os pés de melancia. Mas é bom ficar um pouco de mato para cobrir um pouco quando a melancia nascer, se não queima, porque o sol está muito quente. Aí eu deixei um pouco de mato no segundo plantio”, detalhou Narciso, que depois do milho do São João, decidiu ocupar todo o seu lote com irrigado no perímetro Piauí com a fruta. São em torno de 75 dias desde o plantio até o ponto de colheita. Segundo o gerente do perímetro irrigado Gildo Almeida, a Cohidro orienta os agricultores toda vez que decidem introduzir um plantio diferente, além de acompanhar o andamento das lavouras – trabalho que complementa o serviço prestado de fornecimento de água bruta para irrigação pelo seu sistema de bombeamento e distribuição.

A melancia surge como opção para conquistar mercados diferentes dos que são disputados entre outros irrigantes, como o da mandioca, do milho e da pimenta malagueta. “A gente orientou o produtor a fazer análise do solo para aplicar a adubação conforme a carência de nutrientes identificada. O resultado foi muito bom para essa primeira experiência. O mesmo é esperado para o Adelmo Bispo, que plantou a melancia em setembro e, em outubro, colocou o maracujá consorciado. No espaço entre linhas ficam as estacas com o arame esticado, para o maracujá crescer e produzir independente da melancia, que é rasteira. Mas as plantas mais novas aproveitam a mesma água e a adubação do primeiro fruto plantado”, explicou Gildo.

A área consorciada do irrigante Adelmo ocupa 0,6ha. A colheita da melancia está prevista para o próximo mês, enquanto a colheita do maracujá deve acontecer a partir de março. “O maracujá eu já planto há alguns anos, mas a melancia é a primeira vez. Sempre plantei maracujá, mas ficava limpando os ‘regos’ em vão. Aí decidi esse ano plantar melancia e gostei do plantio. Provavelmente em outros anos vou continuar”, relatou o produtor que, dispondo da irrigação diariamente, pôde aproveitar o espaço ocioso para complementar a renda que tira do lote. “Eu estou estimando colher entre 500 e 600 melancias. O preço de compra já esteve mais caro, em torno de R$ 0,50, mas como agora é safra, caiu um pouco”, concluiu.

Cohidro reúne irrigantes em Canindé e Itabaiana para conter mau uso da água

Perímetros irrigados vão intensificar fiscalização para punir desperdício e captação irregular

 

Foto: Fernando Augusto

A diretoria executiva da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro se reuniu com a gerência local e os agricultores do Perímetro Irrigado da Ribeira, em Itabaiana, para comunicar que vai adotar medidas para conter o consumo excessivo e o desperdício de água, que têm causado sobrecarga nos equipamentos e prejuízos aos produtores mais distantes das estações de bombeamento [EBs], pela vazão reduzida da água nos lotes. Uma semana antes, um encontro com o mesmo objetivo aconteceu em Canindé de São Francisco, onde a Cohidro também irá intensificar a fiscalização, no combate à adulteração dos hidrantes, bem como à captação irregular de água na rede, com aplicação de advertências, multas e cortes.

O presidente Paulo Sobral avisou, durante as reuniões, que serão reinstaladas placas de controle de vazão nos lotes, como já ocorreu no Perímetro Irrigado Jacarecica I, também em Itabaiana. “Esses mecanismos equilibram o recebimento de água para todos os lotes de um setor. Periodicamente, os funcionários do perímetro repõem as placas que, em alguns casos, são retiradas ou adulteradas para passar mais água que nos lotes dos vizinhos. A diferença é que, agora, a Cohidro está buscando amparo na Justiça para punir essa atitude, em último caso, com o corte da água e cobrança de taxa de religamento. Procedimento igual será adotado para quem se opuser a pagar a tarifa de água, que passou a ser cobrada de todos os usuários do sistema: advertência seguida de corte”, alertou o presidente da Cohidro.

Até ser regularizado o acesso uniformizado da água nos lotes, emergencialmente, o perímetro de Canindé terá irrigação aos domingos. Presidente da Cooperativa de Fomento Rural e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia – Coofrucal, Levi Alves observa que aumentou a frequência com que a Cohidro dialoga com os produtores e pede celeridade no conserto das bombas. “A reunião foi boa. Acreditamos que desses encontros com a diretoria da Cohidro certamente surgirão efeitos positivos. Eu percebo que a manutenção dessas EBs é de suma importância, até porque já aguardávamos por muitos anos. Visitamos algumas obras e o trabalho está ficando muito bonito, estão de parabéns pela iniciativa e a manutenção”, disse o agricultor, em referência às reformas feitas com a receita da tarifa de água nas estações de bombeamento dos perímetros.

Outra iniciativa sugerida na reunião do perímetro Califórnia foi a adoção da irrigação localizada. Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Rural da Cohidro, João Fonseca, existe um quadro de engenheiros da Cohidro para realizar projetos de irrigação e técnicos agrícolas para orientar o uso dessa tecnologia. “É aconselhável trocar os aspersores convencionais pelos microaspersores ou as mangueiras de gotejamento, pois exigem bem menos pressão para serem ativados, sem falar da enorme economia de água que eles proporcionam, eliminando muito o desperdício. Os técnicos agrícolas de todos os perímetros irrigados acabaram de participar de uma capacitação, em Itabaiana, para o uso e manutenção desses equipamentos e vão ajudar muito o produtor que optar pela irrigação localizada”, pontua.

Nos perímetros de Itabaiana a aspersão localizada foi adotada em todos os lotes e sem custo para os agricultores, a partir de um investimento de mais de R$ 14 milhões feito pelo governo do Estado e pelo Banco Mundial, através do Programa Águas de Sergipe. Mesmo assim, o projeto que inclui a automação e o uso da fertirrigação depende que a água chegue igual em todos os lotes. Também na Ribeira serão recolocadas as placas de vazão e será fiscalizado todo o desvio de água fora dos hidrantes, com a reincidência passível de punição. “A proposta é boa. Se eles levarem adiante, vai ser bom para todo mundo. Os desvios de água tem que tirar e punir mesmo, que é o jeito certo”, opinou Edmilson da Silva, agricultor do povoado Lagoa do Forno. Em seu lote, atendido pelo perímetro, ele planta alface, coentro cebola e outros vegetais.

Parceria entre Cohidro e SAAE leva água para comunidades rurais de São Cristóvão

Empresa estadual perfura os poços, enquanto a municipal instala e faz a distribuição

Poço no povoado Ingazeiras [Foto: Fernando Augusto]
Para além dos três poços perfurados e, 2016, na área urbana da cidade de São Cristóvão, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, novamente em parceria com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE do município, está agora no povoado Arame, na perfuração de um sexto poço para atender a localidade rural com um sistema de abastecimento. Antes, também em obras realizadas nesse ano, perfurou os poços dos povoados Novo Horizonte e Ingazeiras e, neste último, já realizou o serviço de limpeza e de teste de vazão. A cooperação entre as empresas continua, até atingir a meta da administração municipal: atender 1.000 famílias.

O Governo do Estado disponibiliza máquinas, projeta e executa a perfuração, enquanto a prefeitura entra com os insumos necessários para viabilizar a obra, conforme informa o diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Carlos Vieira. “O termo de cooperação que firmamos com São Cristóvão e com outras prefeituras de Sergipe consiste em fornecer a nossa expertise, as perfuratrizes, funcionários capacitados para a locação, projeto e execução do poço; enquanto a administração do município entra com os materiais necessários para perfurar, revestir e instalar o bombeamento. A rede de distribuição também fica a cargo da SAAE, que vai fornecer água potável para essas localidades”, destacou.

A parceria se insere no projeto Águas de São Cristóvão, da prefeitura, que conquistou o primeiro lugar no Prêmio Cidades Sustentáveis e tem a meta de fornecer água potável e encanada para 1.000 famílias. A Cohidro está perfurando no povoado Arame, localidade onde cerca de 20 famílias, como a de Edilene Ramos, provisoriamente recebem água via carro-pipa da SAAE. “Eu moro aqui há mais de 20 anos, mas passei três anos morando em outro lugar, justamente pela falta de água. Antes era muito sofrimento com essa quantidade de criança, carregar balde e carro de mão, mas agora todos os dias temos o caminhão-pipa. Isso nos ajudou bastante e depois vieram as máquinas para fazer o poço e ajudar a comunidade toda”, avaliou a moradora, que voltou a viver na localidade com o esposo e a filha caçula.

Aduilson do Santos mora há oito anos no Novo Horizonte. Ele planta hortaliças, frutas e plantas medicinais para o consumo da família e vai ampliar essa produção quando puder irrigar, pois hoje dispõe de uma cacimba que só atende o consumo da casa. “Quando chegar a água, a gente pode plantar para vender. Eu parabenizo a Cohidro, que com o Governo do Estado tem chegado junto ao mais necessitados, que é quem está no campo e precisa de condições de vida para poder ‘labutar’ e trazer para a cidade o que mais importa, que é o alimento para a mesa de todo cidadão brasileiro”, disse. Na localidade, a companhia concluiu a perfuração do poço de 132m de profundidade e, em breve, fará a limpeza e o teste de vazão, para a SAAE instalar o sistema de abastecimento.

“Moro aqui há 20 anos, tenho sítio aqui. Consigo água com o vizinho, que doa para a gente duas vezes por semana. Com a água encanada muda tudo, nós vamos poder plantar alguma coisa, os bichos vão ter o que beber, lavar roupa, tomar banho. Todo dia aqui é no carrinho de mão, e agora temos água mineral”, avaliou Gildásio Rosa, logo que bebeu pela primeira vez a água do novo poço do povoado Ingazeiras, onde vive com a esposa e três dos filhos. “Minha casa ainda não está com encanamento, mas eu vou providenciar porque nós não estávamos esperando, já que estávamos na expectativa há mais de 13 anos. Agora a benção veio”, agradeceu o sitiante. Lá, a Cohidro já perfurou, fez o bombeamento de limpeza e o teste de vazão, identificando que o poço tem a capacidade de fornecer 8.800 litros de água por hora.

Perímetro Jabiberi muda sistema de Irrigação pública para economizar água

Cohidro também auxilia produtores rurais irrigantes na construção de novos reservatórios

Produtores Pedro Oliveira e José Ricardo; José Fernandes, gerente do Jabiberi; Paulo Sobral, presidente da Cohidro; José Coelho, técnico agrícola da Cohidro; Carlos Vieira, diretor de Infraestrutura Hídrica e Roberto Matias, funcionário da Cohidro [Foto: Fernando augusto]
Ao longo de sete meses, o Perímetro irrigado Jabiberi, situado em Tobias Barreto, enfrentou uma crise de desabastecimento. Sua barragem é compartilhada com a Deso e dá prioridade ao abastecimento para consumo humano, também prejudicado pela escassez prolongada de chuvas. Pensando em desenvolver estratégias que previnam prejuízos de abastecimento do período de estiagem, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, administradora do perímetro, resolveu ajustar o período de distribuição de água, passando de nove para cinco horas diárias e, além disso, colabora com os pequenos pecuaristas na construção de reservatórios maiores que, de uma só vez, acumulem toda água necessária para irrigar por um dia.

“Atualmente, a abertura de comportas é feita pela noite. Agora, será pelo dia com ‘canaleiros’ fechando os registros assim que os reservatórios encherem, eliminando o transbordamento e possibilitando a diminuição do tempo de operação para cinco horas. A medida combate o desperdício de água, ao evitar que os tanques transbordem e o uso além do necessário, durante nove horas de disponibilidade de água”, indicou Paulo Sobral, diretor-presidente da Cohidro. Ele informa que a Cohidro também está orientando o plantio de plantas forrageiras nos lotes, para que a silagem ou espécies resistentes à seca, como a palma, atendam o produtor, em caso de novo desabastecimento que impossibilite a produção de alimento para os rebanhos com a irrigação.

Diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Carlos Vieira diz que a empresa colocou retroescavadeira e um operador à disposição dos pecuaristas irrigantes. Eles arcam com o custo operacional e o revestimento dos novos reservatórios. “São tanques com mais que o dobro do tamanho, com 100m³, para que seja necessário somente um abastecimento de água por dia. Vai ocorrer a economia de água e a reserva da barragem vai durar mais. Os produtores que revestem o novo reservatório com lona de alta resistência investem R$ 600 na obra. Os que estão construindo tanques circulares em alvenaria, R$ 4.500”. O diretor informou que estão prontas 39 escavações de tanques, dos 74 lotes que o perímetro possui.

Pedro Oliveira e seu pai criam gado de leite no Jabiberi. Ele acredita que o aumento dos tanques vai melhorar a autonomia do perímetro e aprova a troca de turnos de operação. “Quando começar, a gente vai ligar a bomba pra irrigar umas 2h ou 3h, vamos pra casa descansar e só voltamos no outro dia, pra retirar o leite sossegados. É muito importante essa preocupação de economizar e garantir água pra consumo pra todo mundo, isso será muito bom”. Com as mudanças, a família ficou motivada a investir na propriedade e até na renovação do plantel.

Já o José Ricardo, que sempre mantém um rebanho de 10 a 12 cabeças de vacas produzindo em lote, conta que seu leite é vendido para os laticínios da região e que tira em média 65 litros por dia. Para ele, o novo sistema de água e o aumento dos reservatórios trarão mudanças significativas para todos. “Antes a quantidade de água era muito pouca, agora será maior”. O temor de o perímetro Jabiberi voltar a não ter água para irrigar convence os produtores de que é necessário mudar os hábitos, investir e até restringir ao máximo o uso da água na operação do lote. “Foi muito difícil o período sem água, tivemos que comprar água, para ajudar na alimentação do gado e até pra nós mesmos. Sem água não somos nada”, conclui o produtor.

[perfil] Agricultor irrigante Nilson dá lição de alta produtividade em pequeno espaço

Dos restos e perdas da horta, produtor do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, ainda mantém criação de 100 galinhas em parceria com o sogro

Nilson Araújo [Foto: Gabriel Freitas]
Agricultor do Perímetro Irrigado Piauí, Nilson Araújo trabalha há 22 anos no seu próprio lote, completamente cultivado com verduras, legumes e frutas mantidas com a água de irrigação pública e sob a orientação técnica da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro. Pelo aproveitamento de 100% de sua área e utilizando técnicas como a fertirrigação e o sistema de gotejamento, o produtor consegue o sustento de sua família – ele, esposa e dois filhos – com a comercialização destes produtos. Todos eles residem junto ao lote, no povoado Limoeiro, município de Lagarto, a 76 km da capital sergipana.

A rotina intensa de trabalho de Nilson vai de domingo a domingo: plantando, cultivando, colhendo e fazendo a entrega, ou recebendo os próprios compradores para colher os frutos na sua propriedade. “Hoje o que eu produzo, vendo direto para o comprador”, conta. A freguesia ele viu crescer após a inauguração do Mercado Municipal José Correa Sobrinho, entregue pelo governo do Estado à população de Lagarto em 2016. Hoje, a comercialização da sua produção é exclusiva para os varejistas do setor de hortifruti do mercado público. Tudo que não se tem aproveitamento na venda [cascas, folhas, caules, ramas e perdas da horta], o agricultor destina integralmente à criação de cerca de 100 galinhas caipiras, mantidas no lote do sogro.

Nilson possui 0,66 hectares de terra irrigada que, segundo ele, “tem de tudo um pouco: tomate, brócolis, berinjela, abobrinha, jiló, quiabo, pepino, mamão e macaxeira”. Para o agricultor, essa plantação variada foi uma aposta proveitosa, quando comparada aos investimentos que ele havia feito anteriormente. “Eu deixei de plantar o fumo porque não era rentável, então achei melhor plantar de tudo um pouquinho para aproveitar mais. Se eu fosse produzir só um plantio poderia tomar mais prejuízo”, justifica. Tirando a macaxeira, o produtor escolheu espécies vegetais que permitem o aproveitamento de uma mesma planta para executar diversas colheitas semanais e por um período contínuo, que pode chegar a três meses. Isso lhe garante uma propriedade onde praticamente todo dia tem algum produto para colher.

José Américo é o técnico agrícola da Cohidro que dá orientação no cultivo do lote de seu Nilson. “Eu acompanho Nilson há mais de 15 anos. Acompanho com recomendações técnicas e, quando ele precisa de mais alguma coisa, como um receituário agronômico para uso de defensivos agrícolas ou documentação relacionada ao perímetro irrigado”. O técnico conta que Nilson também já atuou como produtor fornecedor no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade ‘Doação Simultânea’. O agricultor e os demais sócios da Associação de Produtores Irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí – Appip recebem da Conab pelos alimentos entregues para instituições como asilos, creches, hospitais ou que atendem pessoas em situação de insegurança alimentar.

“A Cohidro está de parabéns, pela orientação e ajuda. Sempre que a gente precisa eles (os técnicos) estão junto, auxiliando”, disse o agricultor, que passou a pagar a tarifa através da qual a Cohidro partilha com os irrigantes o custo com a energia elétrica usada no bombeamento. Nilson também não descuida e sempre busca se adaptar às novas tecnologias utilizadas no campo. Há quatro anos, a irrigação do seu lote é feita por sistema de mangueiras de gotejamento e, de acordo com ele, ficou ainda mais fácil e melhor para o cultivo das suas produções. “Já utilizei a irrigação de outras formas, mas a irrigação feita por cima, com aspersores, dá mais trabalho. Tenho ainda a fertirrigação, mas ela só é usada no quiabo”, concluiu.

Última atualização: 8 de julho de 2020 10:51.

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