Cultivo da manga Palmer apresenta bom desempenho no Perímetro Califórnia, em Canindé

Irrigação pública e assistência técnica permitem produção em clima semiárido durante todo o ano

Carlos Alberto [Foto: arquivo pessoal]
Em Canindé de São Francisco, o cultivo da manga, da variedade Palmer, apresenta resultados positivos no Perímetro Irrigado Califórnia, mantido pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, a 213 km da capital sergipana. Considerada uma das mais doces dentre as variedades da fruta, a manga Palmer possui pouca ou nenhuma fibra e, por ter um caroço pequeno, mais de 70% do fruto é formado por polpa. O bom cultivo no Perímetro Califórnia surge como alternativa à produção de outras cultivares com mercado mais concorrido.

Recebendo irrigação e assistência técnica agrícola da Cohidro, o lote empresarial de Carlos Alberto se destaca no cultivo da fruta e serve de espelho para os outros produtores irrigantes iniciantes na produção da variedade da manga Palmer. Com ajuda da tecnologia, as mudas enxertadas permitem que as plantas cresçam em proporções diferentes, podendo ser controlada com podas regulares e destinando sua força para a frutificação, diferentemente do cultivo por semente.

O fruticultor conta que os resultados chegaram rápido e que estão sendo testados novos espaçamentos entre as plantas.  “Começamos a trabalhar com essa variedade e estamos vendo os frutos em tão pouco tempo. Hoje, na plantação de manga, tem plantas que estão até com espaçamento de 1,4m entre elas, e tem gente que duvida do que estamos fazendo. Tenho um hectare com 3.000 plantas e não vou diminuir essa distribuição.  A tendência é a tecnologia avançar e a gente chegar até o limite. A pretensão é que a área de 2 hectares possa ter 10 mil plantas. Trabalhamos em cima de duas coisas: qualidade e padrão. Esse é nosso objetivo”, afirma Carlos Alberto.

O técnico em agropecuária da Cohidro, Roberto Vieira, destaca que o lote do produtor é modelo para outros agricultores vizinhos no perímetro irrigado Califórnia. “Como a manga Palmer é pouco conhecida aqui no perímetro, a gente está aprendendo com a experiência do lote empresarial do Carlos. O que é de grande valia, porque serve de estímulo para outros produtores. Ele abriu aqui o lote para que a gente pudesse, inclusive, fazer visitas com outros irrigantes. Isso tem ajudado na difusão da variedade de manga Palmer”, explica.

A irrigação no perímetro e a assistência técnica da companhia permitem a produção de fruticultura durante todo o ano, mesmo no clima semiárido do Alto Sertão Sergipano, considera o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca. “Como quase não existe inverno, o produtor irrigante do semiárido pode induzir as plantas à frutificar em qualquer temporada do ano, inclusive preenchendo as lacunas entre uma safra e outra dos locais de clima temperado. Com potencial de ocupar o mercado em época em que no mundo todo não existe oferta da fruta”, avalia.

Comunidades rurais de Riachão do Dantas e Simão Dias recebem novos sistemas de abastecimento

Parceria entre Cohidro, Secretaria de Estado da Inclusão e prefeituras municipais viabilizou a conclusão das obras
Poço instalado no povoado Laje Grande

O fornecimento de água passou a ser realidade para cerca de 230 famílias da zona rural do centro-sul sergipano, que vivem nas comunidades Laje Grande e Lagoas, em Riachão do Dantas; e Apertado de Pedras, em Simão Dias. O Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, concluiu as obras de instalação dos novos sistemas de abastecimento em poços, perfurados e recuperados pela Companhia. As obras contaram com investimento estadual de aproximadamente R$ 24 mil para instalação. Os reservatórios de 5 mil litros foram adquiridos pela Cohidro através de convênio com a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social – SEIAS. Houve ainda a contrapartida das prefeituras municipais, na construção de tubulação e das bases para as caixas d’água.

Em período de pandemia do coronavírus, o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, destaca que o apoio da Secretaria de Estado da Inclusão Social (SEIAS) foi fundamental para a conclusão da obra, possibilitando a aquisição de 170 bombas, 110 reservatórios, 25.000 conexões e 12.600m de tubos. “O hábito de lavar as mãos é um dos principais meios de prevenção ao coronavírus e os moradores dessas comunidades podem agora contar com uma fonte de água. Mais uma contribuição da Cohidro e de seus parceiros ao combate dessa pandemia. As prefeituras de Simão Dias e Riachão do Dantas assumiram a administração dos poços e vão arcar com as taxas de energia elétrica para o bombeamento. Além disso, forneceram a mão de obra e a tubulação necessária para ligar os poços aos reservatórios, estes adquiridos por meio de convênio com a SEIAS. Através do Funcep (Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza), a secretaria possibilitou à companhia mais de R$ 1 milhão para a aquisição dos reservatórios e outros materiais para a instalação de poços”, informou Paulo Sobral.

Seu Chico é morador do povoado Apertado de Pedras, em Simão Dias, e conta que doou o terreno para alocar o reservatório. “A obra ficou muito boa. É a comunidade que vai ser servida e eu estou feliz, estamos bem, porque vai ter água aqui na comunidade que nós estávamos precisando. Eu agradeço primeiramente a Deus, ao governador e o diretor dessa equipe da Cohidro, tudo gente boa”, disse Francisco. Para o seu filho, Luciano, “é um sonho realizado, porque todo mundo sabe que água é fonte de vida e a gente precisa. O nosso povoado é difícil em conseguir água. Tínhamos esse poço que estava desativado e a Cohidro ativou de novo. Hoje só temos a agradecer, estou muito feliz, como sei que toda comunidade também está”, comemorou o morador.

Segundo o gerente da Divisão de Instalação e manutenção de Poços da Cohidro [Dipoços], Roberto Wagner, os técnicos da empresa atuaram na limpeza dos poços, instalação de novas bombas, de toda parte elétrica e dos tubos que levam a água do subsolo até a superfície. “Além dessa mão de obra, fornecemos, com recursos próprios da Companhia, as bombas novas, caixas de força, todo o cabeamento, tubos e conexões utilizados nesse serviço”. Em Apertado de Pedras, a prefeitura municipal custeou a compra dos 800 metros de tubulação, da saída do poço até o reservatório, e contou ainda com o apoio da comunidade nesta parte da obra. “É uma obra muito importante para a comunidade, que vai servir a todos nós. Eu só tenho a agradecer à Cohidro e ao prefeito”, disse o encanador e pedreiro Edson, que participou da montagem da tubulação, no poço de Simão Dias.

Cohidro realiza obras de manutenção no perímetro irrigado de Lagarto

Investimento destinado à manutenção é oriundo das tarifas d’água pagas pelos agricultores irrigantes

A EB 02 passou por revitalização do prédio, registros e tubulações [Foto arquivo pessoal]
Responsável por fornecer água para 421 lotes agrícolas, o Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, recebeu obras de reparo e conservação em três edificações que fazem parte do seu sistema. Com o investimento de R$ 18 mil, a manutenção foi realizada pelo Governo de Sergipe, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe – Cohidro. As obras aconteceram na área externa do prédio administrativo do escritório do perímetro, na Estação de Bombeamento (EB) 02 e no alojamento de operadores de bomba.

O investimento destinado às obras de manutenção é oriundo das tarifas d’água pagas pelos agricultores irrigantes, que são revertidas em melhorias para o próprio sistema. A Estação de Bombeamento (EB) 02 recebeu nova pintura e reparos no reboco em todo prédio, incluindo a aplicação de tintas especiais na tubulação, registros e conexões da área externa, para prevenir o desgaste causado pela ação do clima. No alojamento que recebe os operadores de bomba durante os turnos de trabalho, houve a troca das portas e louças do banheiro, a instalação de novo revestimento nos pisos e de novo forro em PVC. Além disso, foi feita ainda a manutenção na pintura geral do prédio e o retelhamento. Em 2016, o Governo do Estado já havia investido R$ 500 mil na EB-02, com a entrega de oito novas motobombas e recuperação do toda a parte mecânica e das tubulações.

As revitalizações também ocorreram nas EBs 03, 06 e 04, localizadas no perímetro irrigado pela Cohidro em Canindé de São Francisco. O diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jean Nascimento, destaca que uma nova metodologia de ação tem sido fundamental para identificar as carências na estrutura da empresa. “Temos uma rotina administrativa batizada de ‘Diretoria Itinerante’, através da qual deixamos de centralizar a atuação no gabinete e passamos a percorrer, semanalmente, todos os perímetros e as obras executadas pela Cohidro no interior do estado. Isso tem permitindo identificar com mais exatidão o que cada um desses polos necessita. Com essa proximidade, identificamos a necessidade e estamos entregando novos equipamentos de informática para facilitar o trabalho burocrático, distribuímos novos EPIs [equipamento de proteção individual] e crachás de identificação aos nossos funcionários operacionais”, informou Jean Nascimento.

O agricultor Adelmo Bispo é um dos produtores atendidos pela irrigação do perímetro Piauí. Em seu lote, tem realizado a produção de melancia consorciada com maracujá. Ele considera que as reformas melhoram as condições de trabalho dos operadores, refletindo na qualidade do serviço de irrigação. “Tem que fazer reforma. A pintura do prédio da Cohidro dá uma melhor estrutura para os trabalhadores do perímetro. Com isso, eles nos dão boa atenção nas bombas, para termos água de qualidade com mais pressão, e assim poder molhar a nossa plantação mais rápido”, destacou o produtor.

O gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida, explica que a obra de revitalização da área externa do escritório foi uma solicitação feita à Diretoria para atender ao evento que tradicionalmente ocorre no final de março: o Dia da Água. “A obra foi feita no tempo certo, pena que a pandemia de coronavírus nos forçou a adiar, tanto pelo risco de contaminação que ocorre quando tem aglomeração de pessoas, quanto pela suspensão das aulas nas escolas. Os estudantes são a maioria do público que participa de atividades de conscientização ambiental que a gente traz todo ano”, disse.

CORONAVÍRUS| Empreendimentos da Agricultura Familiar poderão se credenciar para vender aos beneficiários do Cartão Mais Inclusão

Governo de Sergipe incentiva circulação de renda através da integração entre beneficiários e pequenos produtores rurais

Associações e Cooperativas de Agricultores Familiares poderão se credenciar junto ao Banco do Estado de Sergipe (Banese) para atender os beneficiários do Cartão Mais Inclusão, programa de transferência de renda do governo de Sergipe que viabiliza a aquisição de gêneros alimentícios pela população em extrema pobreza. É mais uma medida pensada pelo Governo de Sergipe, para auxiliar a população na superação das dificuldades decorrentes da pandemia do coronavírus; uma forma de incentivo para que empreendimentos da agricultura familiar e camponesa ampliem suas possibilidades de escoamento nos municípios. Na prática, o Banese irá disponibilizar a máquina TKS de cartão sem custo, para estimular a circulação de renda nas localidades, integrando beneficiários do programa e pequenos produtores rurais.

A iniciativa foi proposta em videoconferência promovida entre o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEAN), a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS), a Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (SEAGRI) e o Banese. “É a soma de esforços para trabalhar em duas frentes importantes neste momento: fortalecer a agricultura familiar e possibilitar que as populações vulneráveis tenham acesso a alimentos saudáveis”, disse o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim. O CMAIS foi criado por meio de lei estadual, sancionada pelo governador Belivaldo Chagas, para promover o acesso à alimentação das pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar e nutricional, no período de enfrentamento ao coronavírus.

O programa paga um benefício mensal de R$ 100 a pessoas em extrema pobreza e não inseridas em outros programas sociais, durante quatro meses, e pode ser estendido por mais quatro. Para a secretária de Estado da Inclusão Social, Leda Lúcia Couto, a medida vai fortalecer os objetivos do programa CMAIS. “O governo de Sergipe está investindo recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza – Funcep em benefício, inicialmente, de 25 mil famílias sergipanas em situação de extrema pobreza, extraídas da base do Cadastro Único. A medida amplia o alcance desse benefício, que atende a um grupo específico de pessoas, mas que agora, com o credenciamento dos agricultores que poderão comercializar seus produtos, poderá chegar a muitas outras famílias que vivem da agricultura familiar”, avalia.

De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEAN, Andrenito Menezes, há um quantitativo elevado de empreendimentos familiares que poderão integrar a rede credenciada. “Só na atividade de laticínios, temos mais de 20 empreendimentos aptos ao credenciamento. Temos, também, mais de 100 organizações da agricultura familiar, entre associações e cooperativas locais e regionais aptas, inclusive em comunidades quilombolas e povos indígenas, ribeirinhos, povos da floresta, catadoras de mangaba, marisqueiros e marisqueiras, terreiros, entre tantos outros existentes em nosso Estado”, pontuou.

Credenciamento
O credenciamento é simples de fazer e conta com incentivos do Grupo Banese, conforme explica o superintendente de Adquirência de Cartões da SEAC [Sergipe Administradora de Cartões], Lourival Nolasco de Carvalho Junior. “Para o credenciamento, basta que o empreendimento procure uma loja de atendimento do cartão Banese Card ou um de seus representantes nos municípios. É preciso que ele esteja operando como MEI [Micro Empreendedor Individual] ou Micro Empresa e tenha conta de pessoa jurídica em qualquer banco. Após 48h do credenciamento, o empreendimento recebe a máquina de cartões e passa a poder atender os usuários do Cartão Mais Inclusão, e fazer operações de venda do Banese Card por meio de débito e crédito”, explica. Ainda segundo ele, a empresa de adquirência TKS, pertencente à SEAC, fornece a maquininha de cartões por seis meses, sem custo para os empreendimentos da agricultura familiar que se cadastrarem. As taxas administrativas e de operação poderão ser consultadas junto ao Banco. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (79) 98853-7059.

 

Fonte: SEIAS

Cohidro completa 37 anos levando água e irrigação para comunidades rurais sergipanas

Companhia aproxima-se dos 4.000 poços perfurados e perímetros irrigados geram renda para 14 mil sergipanos

[Foto: Fernando Augusto]
Nesta segunda-feira, 13 de abril, a principal executora de obras de exploração de água subterrâneas no setor público de Sergipe completa 37 anos. A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro foi criada em 1983 pelo Governo do Estado e, hoje, é a responsável por levar água à 1.450 lotes da agricultura familiar e 31 empresariais. Nessas unidades produtivas, a irrigação permite, em média, uma produção anual de 100 mil toneladas de alimentos. Através da perfuração de poços, sistemas de abastecimento, surgimento dos perímetros irrigados e Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER, pequenos agricultores sergipanos passaram a ter acesso a recursos e tecnologias que antes só eram possíveis a partir de grandes investimentos particulares.

Os poços, perfurados em comunidades que não possuem outro meio de acesso à água, rendeu ao Estado um prêmio do Fundo das Nações Unidas para a Infância – Unicef, por produzir modificações saudáveis nos hábitos higiênicos e sanitários das famílias atendidas por esses sistemas. A Cohidro administra seis perímetros irrigados, estrategicamente instalados para explorar os recursos hídricos provenientes do barramento de rios perenes. Estas águas nascem em Sergipe e em outros estados, abastecem as redes de adutoras, passam por canais e Estações de Bombeamento [EBs] até, finalmente, chegar aos lotes de produção agrícola. Infraestrutura que permanece ativa e, atualmente, recebe investimentos estaduais, federais, internacionais e até dos beneficiários, através da conversão das tarifas de água pagas pelos produtores rurais e que são destinadas para obras de manutenção do próprio sistema.

O presidente da Cohidro, Paulo Sobral, destaca que toda essa infraestrutura passou a ser regida, na atual gestão do Estado, por normas e investimentos que priorizam a sustentabilidade. “Só nos três perímetros irrigados abastecidos pela Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe [Poção da Ribeira, Jacarecica I e II], foram investidos mais de R$ 50 milhões pelo Programa Águas de Sergipe (PAS), cofinanciado pelo Estado e o Banco Mundial. São interferências que priorizam a sustentabilidade econômica, como a troca de todos os sistemas de irrigação para um modelo fixo, automático, que consome menos água e que, por sua vez, economiza energia elétrica e mão de obra operacional. Economizando água, as reservas duram mais. O PAS investe ainda em reflorestamento, tratamento de esgoto urbano e racionalização do uso dos agrotóxicos, para que os mananciais e os ecossistemas neles envolvidos sejam preservados”, pontua Paulo Sobral.

O Programa Águas de Sergipe (PAS) tem possibilitado grandes transformações na infraestrutura da Cohidro, ressalta o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca. “Atualmente, as três barragens dos perímetros recebem obras de recuperação estrutural, priorizando a conservação e a segurança hídrica e operacional. Toda a estrutura dos prédios, de tecnologia de informação e logística para atender ao irrigante, foi renovada com reformas e compra de equipamentos e novos veículos. O Águas de Sergipe proporciona, aos três perímetros irrigados que atendem Itabaiana, Areia Branca, Malhador e Riachuelo, um investimento somente comparado ao da época das suas construções”, considerou.

A junção da mão de obra da empresa e os recursos dos próprios agricultores direcionam os perímetros para uma maior autonomia ao Governo do Estado, considera o diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jean Nascimento. “Com a renda obtida no pagamento da tarifa d´água paga pelos irrigantes, pudemos reformar as EBs 03, 06 e 04 do perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco, com recuperação da área de bombas, construção de coberturas, troca de fiações, pisos, portas, retelhamento e pintura, incluindo alojamento e banheiros para os operadores de bomba. Reforma semelhante se deu na EB 02 do perímetro Piauí, em Lagarto. Outro exemplo se deu no perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, onde a máquina com operador da Cohidro escavou 62 novos reservatórios com insumos pagos pelos produtores”.

Instalação e recuperação de poços
A instalação de novos poços e a recuperação de estruturas de captação de água em poços já perfurados é a prioridade atual da Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, segundo o diretor do setor, Carlos Viana. “Para a aquisição de equipamentos, são investidos recursos próprios ou provenientes de convênio com a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social [SEIAS]. Somente do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza – Funcep, da SEIAS, foram mais de R$ 1 milhão para aquisição de 170 motobombas submersas com painel elétrico, 110 reservatórios, mais de 25 mil itens de conexões e 12.600 metros de tubos em PVC. Estamos dando continuidade ao que consagrou Sergipe com o prêmio Unicef, ao produzir modificações saudáveis nos hábitos higiênicos e sanitários das famílias sergipanas atendidas por esses sistemas”.

Programa Água Doce tornou-se um grande aliado no enfrentamento ao Coronavírus 

Política pública desenvolvida pelo Programa Água Doce (PAD) ameniza a carência de água potável e ajuda 29 comunidades durante pandemia da Covid-19 

A maior medida de prevenção contra o Coronavírus, recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é a higiene: lavar as mãos constantemente com água e sabão. O acesso à água potável ganha ainda mais protagonismo diante da necessidade mundial de evitar o avanço da Covid-19 e o Programa Água Doce, do Governo de Sergipe é um grande aliado de 29 comunidades as famílias do interior do estado.

Antes mesmo da pandemia chegar em Sergipe, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs) e pela Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma), executa o Programa Água Doce (PAD), que já implantou 29 sistemas de dessalinização, beneficiando cerca de cinco mil pessoas, distribuindo com mais de 17.500 mil litros de água potável em nove municípios.

Já foram beneficiados pelo PAD, até o momento em Sergipe, 29 comunidades nos municípios de Canindé de São Francisco, Monte Alegre, Poço Redondo, Carira, Nossa Senhora da Gloria, Tobias Barreto, Porto da Folha, Simão Dias e Poço Verde.

O coordenador do programa em Sergipe, Marcos Cezar, explica que o PAD conta ainda com a parceria da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro) para realizar a manutenção dos equipamentos. “A água é oriunda de poços artesianos. A ideia é que, no final deste ano, quando o convênio do PAD cessar, já tenhamos um novo convênio para que, além da perfuração dos poços, a Cohidro continue a realizar a manutenção e acompanhamento dos sistemas dentro do programa. Enfim o programa vem contribuindo nesse momento com práticas sustentáveis com consumo de água e higiene”, aponta.

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Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Ceasa passa a dividir horário de atendimento a comerciantes atacadistas e público em geral

Proprietária do espaço, Cohidro define medida em nova portaria e segue enviando fiscais ao local

Após nova reunião com os representantes dos comerciantes concessionados ao uso das instalações da Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) de Aracaju; na quarta-feira (8), a presidência da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) baixou nova Portaria em atenção às medidas restritivas à aglomeração de pessoas para prevenção à transmissão do coronavírus. Atendendo à demanda de comerciantes e consumidores, foram determinados dois horários diferenciados de atendimento: das 03h às 06h – período exclusivo para os clientes que fazem compras em atacado; e das 06h às 13h30, para o acesso às compras do público geral. Outra medida limita o acesso ao estacionamento mercado, proibindo a entrada de veículos a partir das 07h.

Dirigida à administradora do espaço da Cohidro, a Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), a Portaria 25/2020 complementa as medidas estabelecidas no documento anterior [24/2020] e altera o horário de funcionamento que, anteriormente, havia sido indicado em atenção somente aos critérios determinados no Decreto Municipal de 6.101/2020, de 23 de março, segundo a qual a abertura dos mercados municipais deve ficar restrita ao período de 5h30 até 13h30. Segundo o presidente da Cohidro, Paulo Sobral, o novo horário não aumenta o período em que a Ceasa funciona como ‘mercado municipal’ ao grande público. Cria um horário especial para o comércio de hortifrutigranjeiros em atacado, atendendo uma reivindicação dos comerciantes já habituados com a abertura do comércio atacadista 03h.

“Pelo contrário, retiramos meia hora do de funcionamento ao público em geral e restringimos o acesso ao estacionamento interno para diminuir o fluxo de pessoas dentro do prédio da Ceasa. O público do comércio atacadista, proprietários de mercadinhos, restaurantes e feirantes procuram a Ceasa nesse horário da madrugada para que, no horário comercial, estejam com as mercadorias preparadas para receber seus clientes. Com exceção do horário, as normas da portaria 24/2020 continuam valendo para o controle de público: higienização com álcool 70%, EPI para funcionários e conscientização dos clientes. Nossos fiscais estão percorrendo periodicamente todas as bancas, orientando e advertindo quem desrespeita as normas municipais e estaduais, sob risco de multa aos reincidentes”, avisa Paulo Sobral.

Medidas de prevenção
José Carlos dos Santos é comerciante de hortifrutigranjeiros em atacado na Ceasa há 36 anos, e considera necessárias as medidas preventivas. “É importante ter apoio. O fato de a Cohidro estar sempre vindo aqui já não nos deixa com aquela sensação de estarmos sozinhos. Essas orientações são sensatas e nos trazem um pouco mais de segurança. No momento que estamos vivendo, não precisamos de inseguranças, mas sim de pessoas que se preocupem com o bem estar dos outros, que mudem as regras para, com certeza, melhorar nosso convívio. Nós colocamos pia para os clientes e funcionários lavarem as mãos. A cada meia hora sai um da gente pedindo para que eles vão até a pia e lavem as mãos e o antebraço. Se todas essas normas salvarem uma só vida, já se fez justos todos os sacrifícios e todas as mudanças. Já valeu a pena”, avalia o comerciante.

Trabalhando no comércio de frutas e verduras na feira livre de São Cristóvão, Ivania Santos destaca como positivas as ações de higienização e a sinalização horizontal dos pisos aplicada pela Assuceaju, demarcando a distância a que cada cliente deve ficar um do outro. “Estou achando ótimo, muito boa toda essa organização aqui na Ceasa. É uma correria danada para cumprir as orientações dos cuidados com a nossa saúde, mas aqui está sendo ótimo, com as marcações e limpeza das mãos”, disse. Ela explica que mesmo com a alta nos preços de alguns produtos e a dificuldade de logística provocada pelas medidas de enfrentamento ao coronavírus, não têm do que reclamar. “As feiras estão sendo boas, só não tenho como repassar esses preços ao meu freguês, mas todo mundo está vendendo direitinho”, concluiu.

[vídeo] Dia de Campo sobre uvas e suco foi destaque no Sergipe rural

O programa Sergipe Rual, da Aperipê TV, esteve em Canindé de São Francisco no último dia 11 de março, para fazer cobertura do ‘Dia de Campo sobre a produção de uvas e suco‘, promovido e sediado pela Cohidro, no seu Perímetro Irrigado Califórnia. Como coorganizadoras, a Condevasf Sergipe e a Embrapa Semiárido, de Petrolina.

Um dos quatro lotes experimentais com videiras – introduzidos no Alto Sertão Sergipano a partir da transferência de tecnologia entre Embrapa e as duas companhias há três anos – foi palco para as práticas de campo, demostrando como é feito o manejo dos parreirais e a produção do suco natural, utilizando método de cozimento à 180ºC.

O Dia de Campo serviu também para a Embrapa anunciar que, em sequência ao investimento feito para introdução dos campos de uva nos perímetros irrigados do Governo de Sergipe e Codevasf, entregou para a Cooperativa de Fomento e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal) uma suqueira que permite aos viticultores a produção de suco natural aos moldes do que foi ensinado no evento técnico.

Cohidro implanta sistema de abastecimento de água em Simão Dias e perfura novo poço em São Cristóvão

Atendimento continua a perímetros irrigados e poços, enquanto serviços essenciais para a produção de alimentos

Poço no povoado Canaã [foto: Samira Linhares]
A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) concluiu a instalação do sistema de abastecimento comunitário-rural em Simão Dias e perfurou um novo poço, seguido de teste de vazão, em São Cristóvão. Mesmo com quadros reduzidos, a instituição pública permanece com serviços ativos, por fornecer a irrigação essencial para a produção de alimentos em seus seis perímetros irrigados e através da perfuração, instalação e manutenção de poços para abastecimento de água na zona rural. Seguindo as determinações do Decreto 40.567/2020 do Governo do Estado, a companhia manterá os trabalhos essenciais enquanto durar a orientação de isolamento social por conta da pandemia do coronavírus.

“O poço perfurado em São Cristóvão é uma parceria com a prefeitura do município, em que nós entregamos o poço pronto para que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) municipal realize a construção do sistema de captação e de distribuição de água potável para o povoado Canaã e o assentamento Lauro de Feitas. Desde 2016, este é o sétimo poço perfurado pela Cohidro nesses termos de colaboração. Em sua maioria, servem ao fornecimento de água para a população rural”, disse Paulo Sobral, diretor-presidente da Cohidro. De acordo com ele, o quadro da companhia foi reduzido para diminuir o fluxo de pessoas no local de trabalho, aplicando trabalho remoto em ‘homeoffice’, concessão ou adiantamento de férias e licenças-prêmio, mas foram mantidas as equipes essenciais às atividades-fim da empresa.

Em Simão Dias, a companhia concluiu a instalação do sistema de abastecimento de água para a comunidade do povoado Deserto, através de um investimento superior a R$ 23 mil, conforme descreve o gerente da Divisão de Instalação, Recuperação e Manutenção de Poços da Cohidro (Dipoços), Roberto Wagner. “Na instalação feita pela nossa equipe, foram investidos R$ 10.908,80, contando com reservatório de 10 mil litros, bomba, tubulações, conexões, cabos elétricos e quadro de comando”, detalhou. Os materiais e equipamentos utilizados foram adquiridos com recursos próprios do Governo de Sergipe e atendem à demanda de fornecimento de água para comunidades na zona rural. A empresa fez, ainda, manutenções no bombeamento e limpeza em outros poços de Simão Dias, Lagarto e Carira.

Residente no povoado Deserto, Luis Carlos Siqueira é ex-presidente da associação de moradores e conta que os outros poços que atendiam a localidade não suportavam a demanda do povoado, que aumentou nos últimos anos e hoje conta com mais de 100 famílias. “A comunidade cresceu e o abastecimento ficou deficitário. Com este sistema, melhora o abastecimento e não faltará água no povoado Deserto. O serviço da Cohidro ficou excelente e também ajudou a melhorar os sistemas de abastecimento de água existentes. Faltava água constantemente, mas com este poço e os demais, agora vai atender totalmente a demanda da comunidade”, avaliou.

Irrigação pública
A infraestrutura de irrigação do Governo do Estado, administrada pela Cohidro em seis perímetros irrigados, é responsável pela produção média anual de 100 mil toneladas de alimentos variados, como batata-doce, quiabo, milho verde, cana-de-açúcar, inhame, macaxeira, maracujá, goiaba, tomate, pimentão, alface, coentro e cebolinha. Nos perímetros, a água captada em reservatórios fluviais abastece 1.450 lotes da agricultura familiar e 31 empresariais. Esses perímetros ocupam uma área total de 10.158 hectares, abrangendo localidades rurais dos municípios de Areia Branca, Canindé de São Francisco, Itabaiana, Lagarto, Malhador, Riachuelo e Tobias Barreto; onde são beneficiadas cerca de 14 mil pessoas com geração de renda a partir da produção agrícola.

TOBIAS BARRETO | Irrigantes aderem ao plantio de palma forrageira como reserva de alimento para o gado

Novos reservatórios de água promovem economia de 50% da água utilizada na irrigação

Cohidro incentiva cultivo em lote comunitário, que fornece sementes para irrigantes [Foto: Fernando Augusto]
Quando os níveis da barragem de irrigação reduzem, a produção leiteira no Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, tem sido garantida pelas reservas alimentares, estrategicamente asseguradas pelos criadores para o rebanho. A palma forrageira está sendo a solução encontrada pelos irrigantes, plantada em lote comunitário cedido pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que administra o perímetro do governo do Estado. Nos seus lotes individuais, os irrigantes replicam a palma cultivada na área coletiva. A Cohidro incentiva também a produção de milho e sorgo, para a produção de silagem – plantios iniciados no período chuvoso, com utilização de irrigação durante o verão, para compensar a escassez hídrica e garantir a forragem necessária à sobrevivência e produtividade do rebanho.

O criador Uilde de Jesus tem um lote no Jabiberi, onde cria 10 vacas e 60 ovelhas. Usando a irrigação para produzir a alimentação, ele pensa em aumentar o seu rebanho. Para tanto, seguiu o projeto feito pelo engenheiro agrônomo Luiz Gonzaga, da Cohidro, indicando a microaspersão invertida para cultivar a palma; e o gotejamento, para o capim. “Eu quero criar em confinamento, não quero mais em pastagem. Então, quero produzir o alimento deles dentro do lote. Vou plantar o capim de corte Capiaçu, palma e sorgo para silagem. A palma é excelente também para o leite. O animal, com esses alimentos, consegue produzir mais. Quero ampliar para 20 vacas de leite, por isso, primeiro preciso produzir minha forragem e garantir a alimentação do meu gado”, relata o produtor.

Segundo o técnico agrícola da Cohidro, José Reis Coelho, nove produtores irrigantes fizeram o plantio da área coletiva cedida pela empresa e que, hoje, fornece sementes para a criação de novas áreas. “Uma forma de preparar o produtor de leite para os períodos de seca mais prolongada – que certamente virão – está sendo o incentivo ao plantio da palma forrageira em todas as áreas disponíveis dentro dos lotes irrigados, incluindo esse Lote Experimental da Cohidro. O apoio técnico inicial aos cultivos e a oferta de sementes da variedade Palma Miúda foram do Projeto Palma para Sergipe, do Sebrae. Diversos produtores estão plantando pequenas áreas de palma em seus lotes ou em áreas próximas, como uma das diversas medidas para o enfrentamento dos períodos de estiagem mais prolongados”, explicou.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca justifica a preocupação com a segurança alimentar dos rebanhos. “A mesma água que abastece o perímetro irrigado tem o uso prioritário no abastecimento humano em Tobias Barreto. E como já tivemos dificuldades em garantir a água para uso da irrigação durante todo o ano, estamos incentivando o plantio para que, nesses momentos de crise hídrica, eles tenham essa reserva alimentar para os seus rebanhos de leite”. Ele informa, ainda, que a empresa trabalha com novos parceiros para promover essa geração de comida para a seca. “Em parceria com a Emdagro (Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe), queremos plantar outra área coletiva e fornecer sementes, tanto para os irrigantes quanto para pequenos pecuaristas da região de sequeiro fazerem seus plantios”.

Contramedidas à seca
Além de incentivar a reserva de alimento para os momentos de crise hídrica, a Cohidro diminuiu o período de distribuição de água para os lotes do Jabiberi para reduzir 50% do consumo. As 9h diárias de fornecimento passaram a ser 5h. A distribuição da água é feita por gravidade, em canais trapezoidais em concreto. Ramais recarregam os reservatórios a partir dos quais os 74 irrigantes bombeiam água para a irrigação. No projeto original do perímetro, esses tanques eram pequenos e precisavam de mais de uma recarga para sustentar o consumo diário do lote, exigindo maior tempo de operação de todo o sistema de distribuição. Isso mudou. Hoje, a Cohidro fornece máquina e operador, para que os produtores cavem reservatórios de 100 mil litros e só seja necessária uma recarga, se adequando às 5h diárias de fornecimento de água.

Última atualização: 6 de maio de 2021 19:04.

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