O Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária de Sergipe (DER/SE) informa que o trânsito na Rodovia SE-160, no trecho entre o ‘Frigoserrano’ e a entrada do povoado São José, em Itabaiana, será parcialmente interrompido na próxima terça-feira, 20, das 8h às 18h.
A interrupção é necessária para a realização de reparos na adutora do Perímetro Irrigado Poção da Ribeira, sob a administração da Companhia de Desenvolvimento Regional (Coderse). Em caso de imprevistos ou dificuldades durante a execução dos serviços, o período de interrupção poderá ser estendido.
Para garantir a segurança dos motoristas e minimizar transtornos, o trecho em obras estará devidamente sinalizado, permitindo o tráfego em meia pista.
Isenção do ICMS dá ao povoado Carrilho melhores condições de competitividade no mercado nacional
Comprometido com a política de desenvolvimento econômico do estado, o governador Fábio Mitidieri assinou nesta segunda-feira, 1°, no povoado Carrilho, em Itabaiana, o Decreto que concede incentivo no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre castanha in natura e amendoim produzidos na região. Isso significa que os comerciantes poderão vender a matéria-prima para as unidades de beneficiamento sem precisar recolher o ICMS. Com a isenção, os produtores do Carrilho, que representam 80% da população do povoado, estarão em condições de competir no mercado nacional.
Por meio do decreto, os produtores que comercializam para as unidades de beneficiamento não precisarão mais recolher o ICMS, o que favorece a cadeia produtiva, uma vez que as indústrias sergipanas conseguirão ampliar a sua rede de fornecedores e adquirir a matéria-prima com preços mais competitivos. Com o incentivo, as indústrias de beneficiamento da castanha e amendoim ficarão responsáveis pelo recolhimento do imposto, devido apenas no momento da venda para terceiros.
“O Estado abre mão de R$ 1 milhão por ano em ICMS, não por mera ajuda, mas por retribuição por tudo que Itabaiana produz e beneficia Sergipe, seja com o ouro, com o caminhão, com a castanha. Com essa condição de competitividade, na verdade, quem lucra somos todos nós, com o retorno econômico que isso nos trará”, considerou Mitidieri, reiterando a importância de estímulo da economia, por meio de incentivos fiscais.
O deputado estadual Luciano Bispo, ex-prefeito de Itabaiana, prestigiou a solenidade e agradeceu a iniciativa. “Com essa medida, nós ganhamos competitividade. Toda a família do Carrilho se beneficia. Está sendo feita história aqui hoje”, pontuou.
Outros incentivos
O Governo do Estado tem se debruçado em apoiar e fortalecer também outros setores, a exemplo da elevação do teto de valor de compra de veículos para pessoa com deficiência (PcD), ratificado em convênio com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em janeiro deste ano.
Com a medida, o teto de R$ 100 mil para isenção parcial do ICMS para aquisição de veículos automotores destinados às PcDs sobe para R$ 120 mil. A decisão busca ampliar as possibilidades de obtenção de veículos para este público, permitindo que ele possa usufruir de carros mais adaptados às suas necessidades. Com a ampliação, mais de 50 automóveis passam a ser enquadrados no novo teto.
De acordo com o decreto em vigor, a PcD poderá adquirir veículos automotores, cujo preço de venda sugerido pelo fabricante, incluídos os tributos incidentes, seja de até R$ 120 mil. A cobrança do ICMS será feita apenas sobre o que ultrapassar R$ 70 mil, também conforme norma estabelecida pelo Confaz.
O mês de maio iniciou com muitas chuvas e com saldo positivo para a irrigação pública. Cinco barragens do Governo do Estado atingiram a capacidade máxima e verteram água. Esse resultado faz com que o agricultor irrigante se encha de expectativa de um verão melhor, com água em quantidade necessária para produzirem na estação em que as chuvas cessam e o sol ajuda no crescimento dos cultivos.
Essa produção da irrigação pública, que em 2023 alcançou 110 mil toneladas de hortaliças, frutas e grãos, e mais 2,3 milhões de litros de leite, é escoada para todo Sergipe e fora dele, contribuindo com a segurança alimentar da população. A produção beneficia principalmente as famílias que trabalham a terra, para a geração de renda, nos perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).
O Governo do Estado mantém, por meio da Coderse, seis perímetros irrigados. Cinco deles possuem barragens próprias e que hoje estão cheias: Jabiberi, em Tobias Barreto; Jacarecica I, em Itabaiana; Jacarecica II, entre os municípios de Areia Branca, Malhador e Riachuelo; Piauí, em Lagarto; e Poção da Ribeira, com uma parte da área irrigada em Itabaiana e outra em Areia Branca.
De acordo com a equipe técnica da Coderse, exceto as barragens dos perímetros Piauí e Jacarecica II, as outras têm histórico de anos anteriores em que as chuvas anuais não foram suficientes para que os reservatórios vertessem. A última estação do verão, por exemplo, forçou a realização de racionamento de água e até a paralisação do fornecimento, quando a prioridade das reservas hídricas eram o abastecimento humano feito pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).
Isaías Costa Passos é irrigante no perímetro Jacarecica I. Para ele, a barragem cheia significa que o ano vai ser muito produtivo. “É um sinal de que o próximo verão vai ser garantido. Está garantida a água, que é o que a gente precisa, então está garantido tudo, praticamente. A gente já se programou agora no inverno, para no período de verão engrenar, porque a água já tem”, pontuou.
O produtor irrigante produz batata-doce, quiabo e amendoim. O milho, Isaías Costa produz no final da safra, no verão. “Eu prefiro plantar o milho fora da época de São João, para aproveitar um preço melhor. Outro motivo é a facilidade de lidar com a terra, pragas e doenças no tempo de estiagem. Muito embora seja o inverno chuvoso que favoreça a fartura de água, aqui a gente gosta mais quando a chuva se afasta mais cedo. A gente precisa do inverno, mas quer mais o período de verão”, constatou.
O gerente do perímetro Jacarecica I, Osvaldo Nunes, considera que a chuva é o principal fator para registrar o quadro positivo das barragens cheias, como está acontecendo agora em 2024. “Isso significa segurança, porque sabendo que tem água ele vai plantar, ter renda e gerar empregos”, argumenta, ao ressaltar que, além disso, a conservação ambiental e a conscientização do produtor são fatores importantes. “Nós conscientizamos o produtor, quanto à cota de uso que ele precisa respeitar no perímetro. É uma forma de fazer um uso racional. Agora, com as chuvas de inverno, praticamente não usamos irrigação. A partir do final de julho, o pessoal volta a usar a irrigação nos lotes e volta ser importante o uso consciente”, concluiu Osvaldo Nunes.
O resultado da colheita é bom para o produtor, que melhora a renda familiar, e também para a população, que pode saborear os deliciosos pratos à base de milho verde
Secretário da Agricultura, Zeca da Silva, visita produção de milho em Canindé, ao lado do produtor José Marcos [Foto: Vieira Neto]
Não é exagero dizer que o milho verde é o grande protagonista das comidas típicas dos festejos juninos. E este ano não será diferente, com a expectativa de colheita de quatro milhões de espigas pelos agricultores dos perímetros irrigados mantidos pelo Governo do Estado de Sergipe. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) o resultado do plantio supera a produção do ano passado, que foi de 2,8 milhões de espigas.
O secretário da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, pontuou que a expectativa de produção é feita pelos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), empresa vinculada à Seagri que administra os perímetros públicos irrigados, nos perímetros de Canindé de São Francisco, Lagarto e Itabaiana. Neles, foram plantados 127,5 hectares dos lotes irrigados para a colheita de milho verde. “O levantamento da produção leva em conta as médias de produção nos três perímetros irrigados, que variam entre 26 mil a 40 mil espigas por hectare”, explica.
O agricultor já consegue colher os benefícios do resultado da produção em alta. Para José da Silva Andrade, irrigante do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, a vantagem de plantar milho verde é poder realizar a colheita fora de época, por um preço satisfatório. “Não são todos que conseguem ter isso. Nós conseguimos e para nós que somos produtores é muito bom”, comemora.
No perímetro Califórnia, em Canindé do São Francisco, o produtor José Marcos explica que a produção do milho irrigado tem colheita semanal com venda garantida para além das fronteiras estaduais. “O comércio do produto irrigado alavanca a economia do município e da região, e essa produção só é possível com a irrigação porque aqui no alto sertão temos longos períodos sem chuvas”, destacou.
Além de ingrediente essencial dos deliciosos pratos como canjica, pamonha, o milho é também usado para silagem, para alimentação de animais, ou, como resume o produtor do perímetro irrigado Piauí, no Povoado Brejo, Matheus Santos Jesus, “ele serve para tudo”. O produtor revela que, graças à boa irrigação, é possível plantar e colher o ano todo, sem depender da chuva. “A gente pode ter a colheita, render, agregar um valorzinho, porque tem épocas que só tem a gente e isso sempre é bom”, diz o agricultor.
Outros agricultores estão colhendo a roça de milho pela primeira vez este ano. Helenilson Santos, produtor irrigante do perímetro Irrigado Piauí, Lagarto, colheu recentemente sua primeira roça e já faz a contagem para a próxima colheita, em junho, de cerca de duas mil espigas. Santos tem planos de vender sua produção para comerciantes vizinhos, das quitandas de beira de rodovia. “Tirei as espigas verdes para o comércio local e agora estou fazendo o silo para vender para ração animal. Eu sempre vendo o milho verde e depois faço silo com a folhagem que fica ou passo o trator por cima das palhas, para correção e proteção do solo”, comenta o produtor. Segundo ele, os dois principais motivos do aumento da safra foram o tempo favorável e os insumos bem mais baratos em relação ao ano passado.
Para o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, o crescimento da produção de milho verde está diretamente relacionado ao aumento da demanda. “Nos perímetros irrigados, a água não está faltando para o irrigante plantar e colher até mais de uma vez antes de chegar o período junino. Para atender a demanda que cresceu. Tem uma extensa programação festiva na capital e no interior, do Governo do Estado, dos municípios e assim são muitos dias para comemorar os santos juninos, o que pede mais e mais milho verde”, analisou.
Mais uma vez, a produção de milho verde nos perímetros irrigados irá beneficiar famílias de produtores, e estará presente em abundância nas nossas festas juninas. “O resultado da colheita é bom para o produtor, que melhora a renda familiar, e também para a população, que pode saborear os deliciosos pratos à base de milho verde, como a canjica, pamonha, bolos ou mesmo o milho cozido ou assado”, finaliza Zeca.
Produtor mostra milho verde no Perímetro Califórnia [Foto: Vieira Neto]Produtor José Marcos mostra produção de milho verde com orgulho [Foto: Vieira Neto]Produtor Hamilton Santos mostrando sua produção de milho verde irrigado [ Foto: arquivo pessoal]Produção no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto [Foto: arquivo pessoal][Foto: Vieira Neto][Foto: Vieira Neto]Paulo Sobral, presidente da Coderse [Foto: Fernando Augusto][Foto: Vieira Neto]Secretário da Agricultura, Zeca da Silva, visita produção de milho em Canindé, ao lado do produtor José Marcos [Foto: Vieira Neto]
O Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Coderse em Canindé de São Francisco, se fez presente no primeiro dia do SEALBA Show. A exposição agropecuária que aconteceu de 01 a 04, em Itabaiana, Agreste de Sergipe, recebeu a visita de representantes dos agricultores irrigantes, técnicos agrícolas e o gerente do perímetro do Alto Sertão Sergipano.
Ao levar o grupo do Califórnia ao SEALBA Show, o intuito da Coderse foi promover uma experiência que agregue valor à agricultura praticada no perímetro do Governo De Sergipe, com produtividade e eficiência técnica. Visando conhecer as novas tecnologias de plantio de alta performance expostas na feira e a troca de experiências com outros agricultores da SEALBA: região de alto potencial agrícola no Nordeste brasileiro que reúne Sergipe, Alagoas e Bahia.
“Sempre aproveitamos esses momentos para que possamos ter contato com empreendedores, produtores e empresários do Agro. Que, além de exporem seus produtos, máquinas e equipamentos modernos, nos orientam no sentido de podermos aplicar as novas técnicas em nosso sistema de produção”, salientou, Ozeas Beserra, irrigante do Califórnia e vice-presidente da Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (ASSAI).
Levi Ribeiro, também irrigante e presidente da Cooperativa de Fomento Rural e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia Ltda (Coofrucal), avaliou positivamente a oportunidade de conhecer o SEALBA Show. “Saímos dessa visita revitalizados. Bastante gratificados por ver que nossa Agricultura está sendo muito bem representada por diversas empresas e profissionais, que ajudam a desenvolver uma agricultura tecnificada e com eficiência produtiva”.
Já o gerente do perímetro Califórnia, Jonathan da Mota, disse que sempre estará à disposição para oferecer aos produtores e funcionários da Coderse, oportunidades como essa. “É para que todos tenham as mesmas condições de vivenciar esse momentos de troca de informações, de conhecimento e de intercâmbio cultural. Visando o fortalecimento da agricultura em nosso Perímetro”, concluiu.
O perímetro Califórnia participou também fornecendo mangas e goiabas, dos lotes dos irrigantes, para serem expostas no estande da Secretaria de Estado da Agricultura (SeagriSE), órgão em que a Coderse é vinculada ao Governo do Estado. São frutas produzidas com a irrigação pública e a assistência técnica fornecidas pela companhia estadual em Canindé.
Foto: arquivo pessoal
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A goiaba é o segundo produto mais colhido no Califórnia, perdendo somente para o quiabo – Foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)
Agricultores atendidos com irrigação pública pretendem visitar fazenda que usa a tecnologia apresentada por especialistas na Bahia
[foto: Fernando Augusto]A ideia é implantar dois campos experimentais de agricultura regenerativa em lotes de produtores de batata-doce do Perímetro Irrigado Jacarecica I, mantido pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Itabaiana. A técnica, que busca a recuperação dos solos e das características perdidas pelo uso excessivo de agentes degradantes, possibilita a restauração de todo o sistema de produção de alimentos, e foi apresentada aos irrigantes no início do mês, por um especialista em microbiologia e melhoramento genético. Em encontro com agricultores, técnicos da Cohidro e do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec), ele falou sobre a tecnologia, que utiliza insumos agrícolas à base de microrganismos, inoculantes, probióticos e ácido silícico.
Para saber mais e conhecer a aplicação in loco, os agricultores também querem fazer uma visita de campo a uma fazenda na Bahia, onde a técnica já foi testada nesse tipo de plantio. O engenheiro agrônomo Lúcio Argôlo explicou aos agricultores e técnicos como funciona a sua experiência em Teixeira de Freitas (BA), que elevou a produção de 13 para 30 toneladas por hectare. “O meio ambiente está muito degradado e, por isso, os próprios produtos químicos deixam de fazer efeito com o passar do tempo, porque a planta está sob estresse constante. Então, a gente recompõe toda essa fase de solo e a nutrição da planta em si de uma forma natural, e fazemos a diminuição desses químicos, com a utilização de produtos biológicos, trazendo maior sanidade a essa planta e maior eficiência, com menor custo”, explicou.
Isaias Costa, irrigante do perímetro Jacarecica I, informou que quer separar um espaço para o especialista testar o novo produto. “Eu gostei da demonstração; a palestra foi boa, só estou aguardando a convocação para a gente ir até essa fazenda e ver como funciona a coisa. Estou interessado. Quero ver se consigo fazer alguma coisa também pelo meu terreno, em um lugar pequeno. A expectativa aqui é produzir mais e diminuir custo, pois a gente gasta com coisas que nem precisa”, expôs o agricultor, que é assistido pela Cohidro com o fornecimento de água para irrigação e assistência técnica agrícola.
Segundo Fernando Andrade, engenheiro Agrônomo da Cohidro, tanto a empresa pública quanto os produtores aprovaram a tecnologia apresentada, pelos resultados alcançados no estado vizinho. “O trabalho é uma experiência desenvolvida junto a produtores de batata-doce de Teixeira de Freitas, com a utilização de bioinsumos, que vêm aumentando potencialmente a produção agrícola e a rentabilidade. Como consequência da reunião, foi abordada a realização de uma visita dos técnicos e produtores do perímetro ao município baiano, no sentido de conhecer os trabalhos lá desenvolvidos e, em seguida, disponibilizar área para a realização de experimento no perímetro de Itabaiana, para a consequente difusão e apropriação da tecnologia”, explicou.
Após assistir à apresentação do case da lavoura baiana onde já é aplicada a agricultura regenerativa, Dione Passos, também irrigante do perímetro Jacarecica I, passou a acreditar que, se tornando mais sadia, sua batata-doce terá maior valor agregado de venda. “Ele pode nos ajudar porque estamos correndo atrás de melhoria, que é o que o mercado exige. Então eu acredito que isso vai sim melhorar a nossa vida, o nosso planejamento, para obtermos uma mercadoria melhor. Ela estando mais bonita, melhora o preço de venda e, é claro, se torna melhor de vender, melhor de comércio”, avaliou o agricultor após o encontro, do qual também participou o gestor de Biotecnologia do SergipeTec, Alexandre Guimarães, que fez a aproximação entre os agricultores e a tecnologia da agricultura regenerativa, trazida ao estado pelo especialista.
Programa de Recuperação de Barragens pretende revitalizar 20 médias e 1.000 pequenas barragens em municípios em situação de emergência pela estiagem
Depois dos quase 37 anos de construída, a barragem do Perímetro Irrigado Poção da Ribeira, do Governo de Sergipe, está recebendo uma obra de limpeza e desassoreamento. O grande reservatório, além de ser usado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) para irrigar 466 propriedades agrícolas, fornece água ao abastecimento urbano em Itabaiana, Campo do Brito, Macambira e São Domingos. Simultaneamente, as máquinas do Programa de Recuperação de Barragens, via Programa Pró-Campo, já atuam em Porto da Folha. Concluíram as obras em dois e trabalham em um terceiro reservatório médio, enquanto também revitalizaram 30 pequenas barragens.
Pelo programa, a Cohidro atende municípios em estado de emergência devido à estiagem e visa ampliar a capacidade de acúmulo da água das chuvas em barragens de múltiplos usos, mas principalmente à dessedentação animal. Desde 2012, já foram recuperadas quase 2.000 barragens de médio e pequeno porte. Neste ano, contando com o aporte de R$ 4.910.772,90 em recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), pretende atender 20 de médio porte e 1.000 pequenas barragens.
Os povoados porto-folhenses de São Domingos e Lagoa do Rancho já tiveram suas médias barragens de médio porte recuperadas. A próxima, com obras em execução, é em Lagoa da Volta. Ainda naquele município, 30 pequenos barreiros nos povoados São Judas Tadeu e Girassol foram limpos e ampliados pelo programa.
A barragem João Alves Filho, instalação que faz parte do perímetro da Ribeira, apesar de ter capacidade de acumulação de 16.500.000m³, está com seu volume útil bem próximo do seu estágio de emergência em segurança hídrica. Como forma de recuperar a capacidade original do reservatório para prevenir que uma crise hídrica não volte a acontecer nos próximos anos e ameace, inclusive, o abastecimento humano, a barragem também foi inserida pela Cohidro em seu Programa de Recuperação de Barragens.
Secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva explica que, além de inédita, a obra ocorre em grande escala, para dar o ritmo necessário para terminar antes das chuvas de inverno. “É uma obra que desde a construção da barragem, há 37 anos, não acontecia. Esse serviço de desassoreamento da barragem é extremamente necessário, se percebe muito material acumulado ao longo dos anos. A Cohidro vem fazendo este serviço em toda a barragem, por todos os lados. Agora é esperar que São Pedro mande chuva, que nos próximos dias a barragem estará preparada para acumular ainda mais água”, informou Zeca da Silva.
Presidente da Cohidro, empresa vinculada à Seagri, Paulo Sobral revela que a intenção é retirar o máximo possível de material assoreado. “Para que o espaço ocupado por este material seja revertido em acumulação de mais água, atendendo a toda a comunidade. Abastecimento urbano e irrigação”. Ele acrescenta que o Governo do Estado já fez investimentos anteriores em prol da segurança hídrica daquele perímetro. “Nos dois perímetros de Itabaiana, o Programa Águas de Sergipe investiu mais de R$ 14 milhões na troca de todo sistema de irrigação para um modelo que pode economizar cerca de 50% de água de irrigação e energia elétrica. Nos últimos três anos, intensificamos a fiscalização do uso irregular e dos desvios nas tubulações de água. Inclusive punindo usuários com corte no fornecimento”, apontou o presidente.
João Domingos é um agricultor irrigante que cultiva coentro, batata-doce e amendoim no perímetro da Ribeira. “Depende do período. No inverno a gente produz milho para fazer silo para o gado”, acrescentou. Sobre as obras de desassoreamento da barragem, ele considera muito importante. “Não só eu como todos os produtores. Só vê o produtor chegando e olhando. Muitos não acreditavam. É de grande importância essas máquinas trabalhando aí, esse investimento. A gente precisa de mais armazenamento e mais água. Colocando mais água na barragem vai ser bom demais para todo mundo. Deus ajude que continue irrigando como vinha antes, porque quando ela estava cheia, não faltava água para o produtor,” recordou.
Todos fazem exames de análise laboratorial básicos. Profissionais com exposição a riscos, fazem exames complementares específicos.
[foto arquivo pessoal]Desde março, os funcionários da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) estão mobilizados na realização de exames de saúde básicos, complementares e as consultas médicas em cumprimento às Normas Regulamentadoras (NRs), para atualizar as suas informações quanto à saúde do trabalho do quadro funcional e emissão dos Laudos Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCATs) das unidades, na capital e interior, da empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Na sede em Aracaju e nos perímetros irrigados já foram feitos os exames e na sequência serão realizadas as consultas para emissão dos laudos. Funcionários do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, que fizeram os exames na quarta-feira (20).
Joventino Gomes, que trabalha na perfuração de poços, fez o exame radiografia e acredita que trabalha com mais tranquilidade ao saber da preocupação da empresa em saber do seu quadro de saúde. Da mesma forma que, para ele, são exames de rotina que uma hora ou outra teriam que fazer a pedido de algum médico. “Achei uma economia, uma coisa útil para todos nós. Que vamos precisar fazer exame e fazendo aqui na empresa é bem melhor para a gente”, avaliou o funcionário da Cohidro. Todos os funcionários alocados na sede fizeram a coleta de amostras de sangue, fezes e urina. Já os funcionários e os que estão em ambiente de maior risco, como Joventino, também já realizaram exames de radiografia, espirometria ou audiometria.
Trata-se de uma rotina anual que faz parte do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) da Cohidro e se dá através da realização de exames médicos periódicos. O Trabalho da equipe de saúde contratada só será concluído com a emissão dos Atestados de Saúde Ocupacional (ASOs) de todos os trabalhadores, a partir da realização de consultas médicas, com base nos exames. O que muda, neste ano, é que todo o resultado do processo será lançado no sistema do eSocial – Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, que a Cohidro se encontra em conformidade e por isso, em menos tempo vai retornar a emissão dos LTCATs.
A técnica da Divisão de Saúde e Segurança do Trabalho (Dissa), Jéssica Morgana informou que os exames nos perímetros começam por Lagarto, onde também fizeram o pessoal alocado em Tobias Barreto, e dos perímetros de Itabaiana, junto dos funcionários do escritório em Malhador. “Serão realizados exames periódicos básicos e complementares. A realização dos exames periódicos se dá em atendimento a NR-07, que trata da implementação, nas empresas e instituições, do PCMSO. A norma tem por objetivo, justamente, a preservação da saúde do conjunto dos colaboradores, em todos os ramos de atividades. Já concluímos a primeira etapa de exames da sede e em breve daremos início as consultas médicas para emissão do ASO. Todos os funcionários passarão por consulta para emissão deste atestado”, completou.
Diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jean Nascimento, avalia como boa a receptividade dos funcionários à realização dos exames. “O investimento em saúde dos funcionários, não só cumpre as NRs, como se preocupa em identificar problemas e preservar danos maiores à saúde do indivíduo. Abrindo a possibilidade de tratamento clínico. Além do aspecto humano, de tratar bem o funcionário; existe o retorno financeiro para a empresa, quando evita os afastamentos e custo com reposição de pessoal e treinamento. Essa foi mais uma conquista que conseguimos junto com esta Diretoria Executiva para os servidores, atendendo também ao pleito do Sindisan (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água) e da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)”, declarou.
Produto é alimento cotidiano do sergipano, indicado por nutricionistas e suas ramas servem de semente e para a nutrição animal
[foto – Paulo Ricardo]As variedades de batata-doce exploradas nos perímetros estaduais de irrigação de Sergipe são muitas. Tem a ourinho, a mais rara e cara; têm a branca e a roxa-branca, as mais comuns. Mas tem agricultor que aposta em tipos diferentes para agradar aos consumidores mais exigentes, como as batatas-doces com polpas cor de cenoura, apelidada de ‘cenourinha’ e roxa, semelhante à beterraba. Atentos aos diferentes paladares e ao bolso dos sergipanos, que cada vez mais consomem batata-doce, esses agricultores dos cinco perímetros irrigados de vocação agrícola, mantidos pelo Governo de Sergipe, conseguiram dobrar a produção da raiz tuberosa de um ano para o outro, chegando às 21,8 toneladas (ton.) em 2021 e destacando a batata-doce como o produto mais colhido pelos irrigantes. Itabaiana, que tem os perímetros irrigados Poção da Ribeira e Jacarecica I, liderou esta produção, fornecendo 17,5 ton. do produto ao mercado.
E 2021 também foi o ano em que se consolidou a produção de batata-doce no mais longínquo e desafiador dos perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri): o Califórnia, em Canindé de São Francisco. Lá, o calor Alto Sertão e o solo mais rígido, dificultam o crescimento dos tubérculos da batata-doce. Gilson Jesus é um dos agricultores pioneiros no perímetro Califórnia a arriscar o cultivo. “Planto macaxeira, quiabo, inhame e batata o ano todo! A batata, consigo arrancar de 80 a 100 caixas por semana. Tudo é vendido para a população de Canindé mesmo e graças a Deus, todo dia tenho dinheiro. Dá trabalho, mas ninguém consegue nada sem trabalho”, pontuou.
Os agricultores do perímetro da Cohidro em Canindé produziram, em 2021, 514 ton. de batata-doce. Gerente do Califórnia, Eliane Moraes destaca o bom preço da batata-doce como principal incentivo aos irrigantes optarem por esse tipo de lavoura. “E a gente incentiva, dando toda assistência técnica agrícola, além da água do nosso sistema de estações de bombeamento, canais e adutoras. Sem a água, não teria como esse cultivo prosperar no Alto Sertão. Se por um lado tem a água o ano todo para plantar, o sol forte do Clima Semiárido ajuda toda planta a crescer e dificulta o surgimento de diversas pragas que possam ser comuns em outras regiões mais úmidas”, avaliou a gerente.
A batata-doce está presente nas refeições cotidianas – lado a lado com a macaxeira e o inhame, todos produzidos dentro dos perímetros irrigados estaduais – faz parte do grupo de alimentos bem-aceitos no café da manhã e da noite (jantar) do sergipano. Cozida, é recomendada por nutricionistas para quem faz dieta de perda de peso ou de ganho de massa muscular. A parte aérea da planta da batata-doce é um item à parte do leque de vantagens para o bataticultor. Nunca pergunte a um destes agricultores se ele planta batata-doce, a resposta será sempre não. É que uma parte destas ‘ramas’ arrancadas na colheita dos tubérculos é usada, sem qualquer tipo de processamento, para plantar outras lavouras de batata-doce. A rama que não for utilizada como ‘semente’, é um alimento rico em proteína e largamente usado na nutrição animal.
O Perímetro Irrigado Jacarecica II leva água para partes de Malhador, Riachuelo e Areia Branca. Francisco de Araújo vive em Malhador, é agricultor no seu lote irrigado que fica em Riachuelo e vende toda a sua variada produção em um box no Mercado Municipal Vereador Milton Santos, em Aracaju. O produtor só tinha duas qualidades de batata-doce, mas a pedidos dos seus clientes fiéis, ele aumentou a gama de variedades. “Eu tenho aqui quatro variedades: a branca, a roxa, a ‘cenourinha’ e a ‘beterraba’. Eles pediram a cenourinha daí eu coloquei. Surgiu essa beterraba, os clientes não conseguiam, daí eu consegui e o pessoal vai lá perguntando: cadê a batata beterraba e eu digo que daqui a uns dias ela chega. O lote era só batata e macaxeira, Daí como eu vendia na feira e o pessoal ia pedindo, eu fui acrescentando. O que eu não tinha, eu fui colocando”.
No estande do Governo de Sergipe foram apresentados resultados do investimento público em perfuração e instalação de poços, sistemas de abastecimento e irrigação pública
[foto: Fernando Augusto]Sucesso de público, volume de negócios concretizados e oportunidade para o lançamento de políticas públicas estaduais para o meio rural, o Sealba AgroShow foi também espaço, no estande do Governo de Sergipe, para a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) expor suas ações em todo estado e os resultados do investimento público em perfuração e instalação de poços, sistemas de abastecimento e irrigação pública. Na feira realizada entre os dias 10 e 12 de fevereiro em Itabaiana, chamou a atenção dos visitantes a maquete de uma unidade de dessalinização de água e produção do Programa Água Doce, exposta pela Cohidro, e ainda uma amostra constante das hortaliças produzidas pelos irrigantes atendidos pela companhia nos dois perímetros irrigados estaduais naquele município.
Dividindo o estande com a Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Secretaria de Estado do Turismo (Setur); Banco do Estado de Sergipe (Banese) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro); a Cohidro cumpriu uma agenda de mostrar ao público presente, as suas unidades e atividades para a promoção de água no campo e os programas a qual participa como executora ou colaboradora. “Foi oportunidade para a justa prestação de contas, diretamente com a sociedade, do que é gerado de benéfico ao povo sergipano a partir do investimento público feito na empresa”, destacou o diretor-presidente da companhia, Paulo Sobral. “O resultado dessa participação foi bastante positivo, muitos visitantes paravam para saber mais do que se tratava aquele pedacinho bonito e vivo do agro show, que era a parte da Cohidro”, complementou.
Estudante do 5º período do curso Tecnologia em Agroecologia, do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – campus São Cristóvão, Inara Cruz disse ter gostado do modelo do Programa Água Doce, ao mesmo tempo em que achou importante a exposição dos produtos da irrigação pública. “O que eu mais gostei no estande da Cohidro foi a maquete, explicando e mostrando como a eles fornecem a água para o povo sergipano, e que eles também levaram as hortaliças, raízes, representando a garra do nosso povo aqui de Sergipe”, assinalou. De origem rural, a aluna do IFS natural de Cedro de São João, considerou proveitosa a visita à Sealba e ao estande onde a Cohidro foi expositora. “Para a gente que é da área agrária, que estuda e que produz, foi muito legal poder ali ver, compartilhar conhecimento e eu gostei bastante”, concluiu.
Água Doce
A maquete exposta na feira agropecuária pela Cohidro, mostra todos os detalhes de um sistema integrado de dessalinização de água com reaproveitamento do rejeito salino para criar peixes e irrigar a planta forrageira ‘atriplex’, utilizada como ração de ovinos e caprinos. Como esta, em Sergipe operam 29 unidades do programa federal Água Doce, que a Seagri executa através das suas vinculadas Cohidro e Emdagro. A diretora de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Elayne de Araújo, reforçou a importância de apresentar a maquete. “É uma maneira didática de mostrar para a população como é feita a extração de água do subsolo para abastecimento humano e toda a estrutura empregada quando existe a necessidade de dessalinizar a água de um poço. Um sistema complexo que dá água potável e que cria meios para complementação de renda dos moradores destes povoados atendidos”, avaliou.
Irrigação pública
Sergipe conta com seis perímetros irrigados estaduais, mantidos pela Cohidro, e o Platô de Neópolis, distrito de irrigação em que o patrimônio pertence ao Estado e a companhia gere contratos de concessão a empresas que exploram a produção agrícola em larga escala. Diante disso, para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, a participação da empresa na Sealba se torna essencial. “Só em Itabaiana, que sediou o agroshow, são dois perímetros irrigados – Poção da Ribeira e Jacarecica I – que a Cohidro tem e que os 590 lotes de irrigantes produziram juntos um volume de mais de 36 mil toneladas de alimentos em 2021, movimentando quase R$ 65 milhões no município, com a comercialização destes produtos em Sergipe e Bahia”, expôs o diretor, complementando que a área do estande ocupada pela Cohidro, contou com amostras sempre frescas das hortaliças produzidas em Itabaiana.
[foto: Fernando Augusto]
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Última atualização: 30 de março de 2022 12:27.
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