Irrigantes dos perímetros estaduais dobram produção de batata-doce atendendo mercado exigente

Produto é alimento cotidiano do sergipano, indicado por nutricionistas e suas ramas servem de semente e para a nutrição animal

 

[foto – Paulo Ricardo]
As variedades de batata-doce exploradas nos perímetros estaduais de irrigação de Sergipe são muitas. Tem a ourinho, a mais rara e cara; têm a branca e a roxa-branca, as mais comuns. Mas tem agricultor que aposta em tipos diferentes para agradar aos consumidores mais exigentes, como as batatas-doces com polpas cor de cenoura, apelidada de ‘cenourinha’ e roxa, semelhante à beterraba. Atentos aos diferentes paladares e ao bolso dos sergipanos, que cada vez mais consomem batata-doce, esses agricultores dos cinco perímetros irrigados de vocação agrícola, mantidos pelo Governo de Sergipe, conseguiram dobrar a produção da raiz tuberosa de um ano para o outro, chegando às 21,8 toneladas (ton.) em 2021 e destacando a batata-doce como o produto mais colhido pelos irrigantes. Itabaiana, que tem os perímetros irrigados Poção da Ribeira e Jacarecica I, liderou esta produção, fornecendo 17,5 ton. do produto ao mercado.

E 2021 também foi o ano em que se consolidou a produção de batata-doce no mais longínquo e desafiador dos perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri): o Califórnia, em Canindé de São Francisco. Lá, o calor Alto Sertão e o solo mais rígido, dificultam o crescimento dos tubérculos da batata-doce. Gilson Jesus é um dos agricultores pioneiros no perímetro Califórnia a arriscar o cultivo. “Planto macaxeira, quiabo, inhame e batata o ano todo! A batata, consigo arrancar de 80 a 100 caixas por semana. Tudo é vendido para a população de Canindé mesmo e graças a Deus, todo dia tenho dinheiro. Dá trabalho, mas ninguém consegue nada sem trabalho”, pontuou.

Os agricultores do perímetro da Cohidro em Canindé produziram, em 2021, 514 ton. de batata-doce. Gerente do Califórnia, Eliane Moraes destaca o bom preço da batata-doce como principal incentivo aos irrigantes optarem por esse tipo de lavoura. “E a gente incentiva, dando toda assistência técnica agrícola, além da água do nosso sistema de estações de bombeamento, canais e adutoras. Sem a água, não teria como esse cultivo prosperar no Alto Sertão. Se por um lado tem a água o ano todo para plantar, o sol forte do Clima Semiárido ajuda toda planta a crescer e dificulta o surgimento de diversas pragas que possam ser comuns em outras regiões mais úmidas”, avaliou a gerente.

A batata-doce está presente nas refeições cotidianas – lado a lado com a macaxeira e o inhame, todos produzidos dentro dos perímetros irrigados estaduais – faz parte do grupo de alimentos bem-aceitos no café da manhã e da noite (jantar) do sergipano. Cozida, é recomendada por nutricionistas para quem faz dieta de perda de peso ou de ganho de massa muscular. A parte aérea da planta da batata-doce é um item à parte do leque de vantagens para o bataticultor. Nunca pergunte a um destes agricultores se ele planta batata-doce, a resposta será sempre não. É que uma parte destas ‘ramas’ arrancadas na colheita dos tubérculos é usada, sem qualquer tipo de processamento, para plantar outras lavouras de batata-doce. A rama que não for utilizada como ‘semente’, é um alimento rico em proteína e largamente usado na nutrição animal.

O Perímetro Irrigado Jacarecica II leva água para partes de Malhador, Riachuelo e Areia Branca. Francisco de Araújo vive em Malhador, é agricultor no seu lote irrigado que fica em Riachuelo e vende toda a sua variada produção em um box no Mercado Municipal Vereador Milton Santos, em Aracaju. O produtor só tinha duas qualidades de batata-doce, mas a pedidos dos seus clientes fiéis, ele aumentou a gama de variedades. “Eu tenho aqui quatro variedades: a branca, a roxa, a ‘cenourinha’ e a ‘beterraba’. Eles pediram a cenourinha daí eu coloquei. Surgiu essa beterraba, os clientes não conseguiam, daí eu consegui e o pessoal vai lá perguntando: cadê a batata beterraba e eu digo que daqui a uns dias ela chega. O lote era só batata e macaxeira, Daí como eu vendia na feira e o pessoal ia pedindo, eu fui acrescentando. O que eu não tinha, eu fui colocando”.

 

Ceasa passa a dividir horário de atendimento a comerciantes atacadistas e público em geral

Proprietária do espaço, Cohidro define medida em nova portaria e segue enviando fiscais ao local

Após nova reunião com os representantes dos comerciantes concessionados ao uso das instalações da Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) de Aracaju; na quarta-feira (8), a presidência da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) baixou nova Portaria em atenção às medidas restritivas à aglomeração de pessoas para prevenção à transmissão do coronavírus. Atendendo à demanda de comerciantes e consumidores, foram determinados dois horários diferenciados de atendimento: das 03h às 06h – período exclusivo para os clientes que fazem compras em atacado; e das 06h às 13h30, para o acesso às compras do público geral. Outra medida limita o acesso ao estacionamento mercado, proibindo a entrada de veículos a partir das 07h.

Dirigida à administradora do espaço da Cohidro, a Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), a Portaria 25/2020 complementa as medidas estabelecidas no documento anterior [24/2020] e altera o horário de funcionamento que, anteriormente, havia sido indicado em atenção somente aos critérios determinados no Decreto Municipal de 6.101/2020, de 23 de março, segundo a qual a abertura dos mercados municipais deve ficar restrita ao período de 5h30 até 13h30. Segundo o presidente da Cohidro, Paulo Sobral, o novo horário não aumenta o período em que a Ceasa funciona como ‘mercado municipal’ ao grande público. Cria um horário especial para o comércio de hortifrutigranjeiros em atacado, atendendo uma reivindicação dos comerciantes já habituados com a abertura do comércio atacadista 03h.

“Pelo contrário, retiramos meia hora do de funcionamento ao público em geral e restringimos o acesso ao estacionamento interno para diminuir o fluxo de pessoas dentro do prédio da Ceasa. O público do comércio atacadista, proprietários de mercadinhos, restaurantes e feirantes procuram a Ceasa nesse horário da madrugada para que, no horário comercial, estejam com as mercadorias preparadas para receber seus clientes. Com exceção do horário, as normas da portaria 24/2020 continuam valendo para o controle de público: higienização com álcool 70%, EPI para funcionários e conscientização dos clientes. Nossos fiscais estão percorrendo periodicamente todas as bancas, orientando e advertindo quem desrespeita as normas municipais e estaduais, sob risco de multa aos reincidentes”, avisa Paulo Sobral.

Medidas de prevenção
José Carlos dos Santos é comerciante de hortifrutigranjeiros em atacado na Ceasa há 36 anos, e considera necessárias as medidas preventivas. “É importante ter apoio. O fato de a Cohidro estar sempre vindo aqui já não nos deixa com aquela sensação de estarmos sozinhos. Essas orientações são sensatas e nos trazem um pouco mais de segurança. No momento que estamos vivendo, não precisamos de inseguranças, mas sim de pessoas que se preocupem com o bem estar dos outros, que mudem as regras para, com certeza, melhorar nosso convívio. Nós colocamos pia para os clientes e funcionários lavarem as mãos. A cada meia hora sai um da gente pedindo para que eles vão até a pia e lavem as mãos e o antebraço. Se todas essas normas salvarem uma só vida, já se fez justos todos os sacrifícios e todas as mudanças. Já valeu a pena”, avalia o comerciante.

Trabalhando no comércio de frutas e verduras na feira livre de São Cristóvão, Ivania Santos destaca como positivas as ações de higienização e a sinalização horizontal dos pisos aplicada pela Assuceaju, demarcando a distância a que cada cliente deve ficar um do outro. “Estou achando ótimo, muito boa toda essa organização aqui na Ceasa. É uma correria danada para cumprir as orientações dos cuidados com a nossa saúde, mas aqui está sendo ótimo, com as marcações e limpeza das mãos”, disse. Ela explica que mesmo com a alta nos preços de alguns produtos e a dificuldade de logística provocada pelas medidas de enfrentamento ao coronavírus, não têm do que reclamar. “As feiras estão sendo boas, só não tenho como repassar esses preços ao meu freguês, mas todo mundo está vendendo direitinho”, concluiu.

Cohidro notifica Ceasa Aracaju a acatar regras municipais de prevenção ao coronavírus

Horário de funcionamento foi reduzido das 5h30 até 13h30 e feira livre foi suspensa

O Governo de Sergipe, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe – Cohidro, estabeleceu medidas restritivas de prevenção e enfrentamento à pandemia do coronavírus para a Central de Abastecimento do Estado de Sergipe – Ceasa, em Aracaju. O horário de funcionamento, que era das 5h às 18h, foi reduzido e agora passa a funcionar das 5h30 às 13h30. As medidas seguem orientações da Prefeitura de Aracaju e de portaria da Cohidro, que também determinaram a intensificação da limpeza, a realização de campanha educativa junto aos usuários e a suspensão temporária da feira livre interna.

A Cohidro exerce a função de fiscalizar e regularizar a execução do contrato de concessão do espaço da Ceasa para a Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju). O grupo assumiu a administração do mercado quando o antigo órgão estadual foi extinto, nos anos de 1990. A associação continuou ocupando as mesmas instalações do prédio, que hoje é patrimônio da Cohidro. De acordo com o presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a central de abastecimento se enquadra como mercado municipal e por isso, deve atender às determinações da Prefeitura de Aracaju expressas no Decreto Municipal 6.101/2020, que restringe o horário de funcionamento e determina as ações preventivas ao contágio ao novo vírus.

“A Ceasa exerce atividade essencial, pois abastece pequenos negócios que comercializam gêneros alimentícios, e até as feiras livres que ainda estão autorizadas a funcionar no interior do estado. Nos reunimos com a diretoria da Assuceaju para explicar a importância das medidas para reduzir o risco de contágio ao coronavírus, e as determinações foram bem-recebidas pela diretoria da associação. Seguindo o decreto municipal, tivemos também que suspender a feira livre promovida semanalmente no pátio do estabelecimento, onde os feirantes que não possuem bancas comercializavam para a comunidade do bairro Getúlio Vargas e adjacências”, destacou Paulo Sobral.

Na Portaria 24/2020, publicada no Diário Oficial de Sergipe nesta sexta-feira (27), a Cohidro determina que as bancas deverão funcionar a dois metros de distância uma das outras e os funcionários deverão usar equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras e luvas, além do álcool em gel 70%, item que também deverá estar acessível aos clientes e visitantes em cada banca de comercialização, e também na portaria. O documento estipula, ainda, para a associação, a realização de campanhas educativas, com conversas e comunicados aos associados sobre as medidas de prevenção à COVID-19, através do sistema de som interno e outras ações complementares, a fim de promover os cuidados básicos para evitar a disseminação e a contaminação durante a pandemia.

O gerente administrativo na Ceasa de Aracaju, Dorgival Targino, explica que as ações de prevenção já haviam sido iniciadas junto aos clientes e funcionários, e que buscarão alternativas para atender a todos os itens listados. “Já estávamos distribuindo luvas descartáveis e, dentro do possível, estamos atendendo as determinações. Diante das dificuldades para encontrar os produtos, hoje só estamos fornecendo máscaras e luvas para os nossos funcionários e para os clientes, além do álcool 70% líquido. Desde já, gostaríamos de fornecer todos os itens, mais ainda não temos condições”. Sobre a campanha educativa, ele informa que “estamos veiculando orientações através do som interno da Ceasa e complementando com as informações passadas pelos médicos através da TV”, concluiu.

 

[vídeo] Vinho sergipano, com uvas do perímetro irrigado da Cohidro, já é realidade

As videiras do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Cohidro em Canindé de São Francisco, já partem para sua quinta produção comercial. As últimas safras das variedades Isabel e Violeta, próprias para a produção de vinhos e sucos, foram enviadas para Aracaju, onde estão sendo artesanalmente transformadas em vinho pelo vinicultor Darlei Possamai. Ele criou duas variações da bebida, uma para cada variedade explorada no Califórnia. Confira a reportagem completa do programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, que foi ao ar no último sábado.

Carlos Melo palestra sobre recursos hídricos na Unit

Palestra ocorreu no auditório Padre Melo, na Unit Farolândia

Diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Carlos Fernandes de Melo Neto, na tarde do dia 22 palestrou no I Simpósio Sergipano das Águas, organizado pela turma de graduandos do curso de Direito da Universidade Tiradentes (Unit), evento realizado na unidade Farolândia da instituição, em Aracaju (SE).

O gestor da companhia expôs um elaborado histórico das iniciativas governamentais em decorrência às agressões ao meio ambiente, que iniciaram lá em 1972 com a Convenção de Estocolmo (ONU), até findar nas mobilizações a fim de reverter à crise hídrica que acomete a maior parte dos municípios brasileiros e os programas público-ambientais em que a própria empresa atua, seja no fomento ao fornecimento de água potável nas regiões isoladas do estado, seja na adequação ambiental das reservas hídricas de múltiplo onde ela atua também atua.

Especificamente, Carlos Melo detalhou de que forma a Cohidro participa do Programa Águas de Sergipe (PAS), adequando barragens e modernizando irrigação para que ela passe a consumir menos da metade das reservas de água e de energia elétrica nos perímetros irrigados da Ribeira e Jacarecica I. E frisou também o Programa Água para Todos (AP), que em sua primeira fase levou água para 37 comunidade rurais através de sistemas de abastecimento singelos, abastecidos por poços tubulares e que atende hoje 6.339 pessoas.

“Dentro deste programa (PAS), a Cohidro tem algumas missões que já estão sendo implantadas, como reduzir o desperdício na irrigação, nós temos o grande entrava que são as perdas de água. Para isso estão sendo investidos recursos a ordem de R$ 15 milhões, para que o processo de irrigação seja aquele que vai gota a gota no pé da fruteira, ou de alface, e ela absorve somente o que ela necessita.  Com isso a gente vai reduzir a necessidade do volume de água disponível e ter uma reserva maior e quando chegar a seca, a gente uma possibilidade maior de garantir essa produção de alimento para a nossa sociedade”, palestrou Carlos Melo aos educandos.

Sobre o AP, o presidente informou que é um programa do Governo Federal que tem a finalidade de atingir, até o ano de 2020, a universalização do abastecimento de água para as populações urbanas, rurais e difusas, sendo a companhia estadual o órgão executor e fiscalizador. “Até hoje foram perfurados 3.863 poços pela Cohidro, nosso aquífero no estado de Sergipe é muito ruim, nós não temos água no subsolo em abundância. Quando se perfura, principalmente na região semiárida, não se encontra água, quando se encontra, essa água é salobra. É uma grande dificuldade de garantir essa água para quem não tem esse acesso por uma questão de distância. Hoje nós temos toda uma estrutura pronta de adutoras, para abastecer 100% da população, mas essas populações estão muito dispersas, nos pequenos aglomerados urbanos. Isso torna cada vez mais difícil levar água par esta população e para isso que serve este trabalho da Cohidro, que na segunda etapa serão mais 67 desses sistemas para Sergipe”, informa o gestor que também foi diretor-presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).

Mediou a palestra, a advogada Letícia Maria Barbosa Nunes Lopes. Engajada nas causas ambientais e atenta ao mal zelo que vem sendo adotado na preservação dos recursos hídricos, ela disse ter ficado muito feliz em ter contribuído justo sobre o tema meio e água. “Apesar da lei Lei No 9.976 (de 3 de julho de 2000) prever a universalização e a proibição da poluição das águas, hoje em dia ainda há muita coisa sendo despejada na água, como resíduos agrícolas e industriais, e também grandes toneladas de esgotos sem ser tratado. Então, são importantes eventos como estes, para fazer esse alerta que precisamos sim nos preocuparmos com o meio ambiente como um todo: água, árvores…, não só para a gente como para as próximas gerações”, salienta.

Formanda em Direto, da turma que organizou o Simpósio, Jaine Feitosa Oliveira é uma futura advogada já aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e que também pensa no futuro, quando a questão é a preservação dos recursos hídricos do planeta. “Nada melhor que uma pessoa conhecedora do assunto que sabe dos problemas e que vai apresentar soluções para os problemas inerentes à água, a tudo isso, que é uma substância essencial na nossa vida. E nós precisamos contribuir, nós precisamos ajudar para que a água, ela seja bem limpa, que continue ainda muita água no mundo para que no futuro a gente não venha sofrer por conta da nossa própria desorganização da nossa própria, digamos, utilização da água”, disse a também cerimonialista do evento.

Carlos Melo concluiu a palestra deixando, como mensagem, o alerta de que tudo que pode ser feito hoje, para reverter a degradação ambiental, vai refletir na vida dos futuros cidadãos. “Compete a cada um de nós, zelar e promover as próprias mudanças comportamentais, de forma a melhorar a nossa convivência com o meio ambiente e assim garantir a sobrevivência das próximas gerações”.

 

Governo verifica situação dos feirantes da Ceasa de Aracaju

Atendendo a determinação do vice-governador Belivaldo Chagas, os diretores foram verificar as reivindicações dos comerciantes do Ceasa e viabilizar melhorias no local
Foto: Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Atendendo uma determinação do vice-governador Belivaldo Chagas, os diretores da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) visitaram, na manhã desta quarta-feira (28), a Central de Abastecimento do Estado de Sergipe (Ceasa), a fim de verificar as reivindicações dos comerciantes da Ceasa e viabilizar melhorias no local.

O presidente da Cohidro, Jorge Kleber Soares, informou que, no primeiro momento, foram resolvidas 70 % das reclamações dos comerciantes. “Visitando e conhecendo a situação in loco dos comerciantes, carregadores, de todo o conjunto que faz a Ceasa, entendemos que a administração não é ruim. A grande maioria está satisfeita, só que a grande maioria é de Associados. Já a minoria, que são as pessoas que estão na sexta, quinta e sábado, estão se sentindo prejudicadas por conta da mudança de local. Eles estavam na frente da Ceasa, e isso atrapalhava a circulação. A mudança para o fundo trouxe um prejuízo para o feirante por conta do distanciamento.  Nessa mudança, os feirantes foram tirados  do sol e da chuva. A questão  é só uma situação de realocação de caminhões que está atrapalhando”, disse.

O presidente da Cohidro disse que serão feitos ajustes para atender às reclamações dos feirantes. “Além disso, nós vamos buscar junto à SMTT, uma parceria para que se faça um estudo de organização do trânsito. Com entrada, saída e estacionamento. Principalmente, com relação aos caminhões para que não atrapalhem a visibilidade dos feirantes. Para que melhorem a venda deles. Em paralelo isso, vamos realizar um estudo para realizar a licitação do gerenciamento do Ceasa”, declarou.

Segundo o representante da Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assiaju), Heupler Lima, ficou definido a realocação dos caminhões que atrapalhavam a visibilidade dos pontos comerciais de alguns feirantes nas segundas, quartas e sexta- feiras. “Tentando minimizar o impacto das mudanças, ficou acertado que vamos realocar os caminhões na segunda quarta e sexta, para outra área que são os dias com menor fluxo.  Na terça e na quinta-feira, são os dias com maior fluxo, vamos ter que manter esses caminhões no local, para poder dar vazão à produção. Vamos também em contato com a Cohidro, solicitar um estudo sobre a questão de veículos e de pessoas dentro do espaço para uma melhor sinalização. E ainda, solicitaremos a viabilidade financeira e operacional para um isolamento asfáltico de uma parte da feira”, comentou.

Mudança
Valniana Carla dos Santos que comercializa frutas no Ceasa sentiu-se prejudicada com a mudança, principalmente por causa dos caminhões. “Com a mudança, os caminhões ficaram na nossa frente prejudicando a visibilidade dos nossos pontos. Com isso, já tivermos uma queda de cerca de 70% nas nossas vendas”. A comerciante reclama também que paga por mês a Associação  para ter direito de comercializar no espaço, mas que não é associada. Portanto não tem direito a voto.
Da mesma maneira reclamou o feirante de frutas, Júlio Fábio dos Santos, que comercializa há dois anos no local. “Pagamos todos os meses certinho e, mesmo assim, não somos associados e nem temos direito a voto junto à Associação. Queremos uma melhor organização do espaço por parte da administração e também a oportunidade de opinar”, criticou o feirante.

Entenda 
De acordo o presidente da Cohidro, nos anos 90, a Ceasa foi passada da Cohidro para a Emdagro que, por sua vez, fez um contrato com a Associação que perdurou até 2012. Na época, não existia a Lei de Licitações e o contrato com a Associação foi feito por tempo indeterminado. “Chegamos numa situação complicada, com muitas reclamações por parte dos feirantes. Tanto o Ministério Público como a PGE entendem que tem que ser feito uma licitação. A ideia é que a Cohidro supervisione o local, mas que realize uma parceria público-privada ou um processo licitatório para o gerenciamento do espaço. Inicialmente, vamos trabalhar para que seja realizado um contrato emergencial e, paralelo a isso, um procedimento licitatório definitivo”, esclareceu.

Atualmente, a Central de Abastecimento do Estado de Sergipe conta um fluxo de 700 feirantes e recebe, em média, 5.500 pessoas por dia.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Crea-SE realiza Semana de Conciliação para regularizar dívidas de profissionais e empresas

Semana de Conciliação

No período de 03 a 20 de novembro, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE) promove a Semana de Conciliação. A iniciativa busca firmar acordos referentes a execuções fiscais, que tiveram origem a partir de autuações por falta de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), exercício ilegal da profissão e não pagamento de anuidades.

Para facilitar a regularização das dívidas de pessoas físicas e jurídicas, o Crea-SE oferece desconto de até 100% sobre juros e multas no pagamento à vista. Outra opção é o parcelamento do débito em até seis vezes com descontos que variam de 90% a 50%. O evento conciliatório será realizado na própria sede do Crea-SE.

O presidente do Crea-SE, Arício Resende explica que a maioria dos processos se refere a cobranças de multas administrativas a pessoas físicas e jurídicas autuadas pela fiscalização do Conselho. São casos relacionados às atividades de Engenharia, como o exercício irregular da profissão, falta de ART em relação a obras, pessoas que constroem na sua própria residência uma extensão da casa sem a contratação de um engenheiro ou, no caso de pessoas jurídicas a questão de construtoras que não tem registro junto ao Conselho, falta de placas em obras.

A conciliação é um meio de resolver pendências de forma simplificada para ambas às partes. É uma medida bastante salutar para solucionar conflitos e, sem dúvida, uma contribuição eficaz para abreviar o tempo das

Presidente do Crea-SE, Arício Resende

demandas. É o que avalia o presidente Arício Resende ao ressaltar que enquanto o profissional estiver exercendo sua profissão, deve manter o registro ativo e pagar em dia suas anuidades e taxas de ART, quando for o caso.

“Aos profissionais que alegam não pagar as anuidades por não exercerem a profissão, lembramos que, nesses casos, é necessário requerer a baixa provisória de seu registro, evitando assim entrar na dívida ativa”, orienta o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe.

Fonte: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (CREA-SE).

Semana do Sebrae capacita irrigantes da Cohidro em Lagarto

A tenda montada pelo Sebrae na Praça Filomeno Hora, em Lagarto

A Semana de Capacitação Empresarial, dentro do Movimento Compre do Pequeno Negócio do Sebrae, aconteceu até sábado, 26, em Aracaju, Propriá, Tobias Barreto, Nossa Senhora do Socorro, Estância, Itabaiana, Nossa Senhora da Glória e Lagarto. Neste último, na terça-feira, 22, houve logo cedo um curso seguido de palestra pela tarde, direcionado exclusivamente aos agricultores, incluindo 15 irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no município.

O Sebrae No Campo, inserido na Semana de Capacitação Empresarial, teve uma programação com palestras e oficinas direcionadas ao produtor rural, realizadas nas tendas instaladas em Lagarto, Estância, Itabaiana e Glória. Os produtores tiveram tanto lições sobre custos, quanto as formas de escoar a produção por meio dos programas federais.

Com o tema “Custo para Produzir no Campo” a oficina, segundo o instrutor do Sebrae Sergipe Alex Mecenas, tem a intensão de inserir no modelo de negócio da Agricultura Familiar, noções administrativas e de contabilidade sobre as receitas e dividendos na atividade rural. “O objetivo do curso é principalmente capacitar o agricultor a calcular o seu custo para depois saber como comercializar a sua produção”, elucidou ele que, em sua capacitação, fornece calculadoras aos alunos, para realização de exercícios contábeis.

Gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira considerou válida a iniciativa de convidar os agricultores irrigantes para as capacitações. “Eles são agricultores familiares pequenos, mas por contarem com este apoio do Governo do Estado, fornecendo a irrigação pública, possuem a possibilidade de então produzirem o ano todo. Isso favorece muito para que progridam tendo um bom retorno financeiro na atividade rural. O que pode atrapalhar isso é justamente o tema que estas atividades do Sebrae trataram: saber fazer bons negócios e não perder dinheiro ao produzir”, alertou.

Mardoqueu Bodano, Presidente da Cohidro, agradeceu o convite feito, pelo Sebrae Sergipe, aos agricultores do Perímetro, avaliando como muito frutífera a parceria entre as duas instituições. “Não é só no Piauí que o Sebrae nos ajuda, eles são parceiros nosso em diversas iniciativas, como na produção de leite no Perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, e sempre colabora no tocante a capacitação do produtor rural, para que ele produza melhor e sem levar prejuízo”, avaliou.

Vender para o Governo no Campo

A palestra oferecida aos agricultores pela tarde tinha como tema “Vender para o Governo no Campo” e tratava da preparação que os produtores devem fazer para estarem aptos a participarem dos programas federais de compra de safra, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Como eles podem fazer para vender para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e também o mais recente, o ‘Compras Institucionais’, igualmente da Conab”, explicou o capacitador Alex Mecenas.

João Quintiliano da Fonseca Neto, Diretor de Irrigação da Cohidro, ressalta a importância da instrução ao produtor dos perímetros quanto aos programas federais, visando a ampliação do numero de participantes. “Os irrigantes já atuam fornecendo alimentos ao PAA desde 2008. Até o ano passado, contabilizamos mais de duas mil toneladas de alimentos entregues às entidades beneficiadas, que prepararam refeições para 80 mil pessoas em situação de insegurança alimentar. Cerca de 934 agricultores forneceram alimentos nesse período, número que ainda pode crescer”, considerou. Só em 2015, os projetos em andamento e acompanhados pela Empresa, pretendem superar a marca de R$ 1 milhão negociado.

Marcos Melo, agricultor irrigante do Piauí, acompanhou o dia todo as atividades oferecidas pelo Sebrae. Para ele, esta capacitação auxilia o produtor que ainda não conhece os programas governamentais de compra de produção agrícola. “Foi muito bom, tirei muitas dúvidas sobre como atuam as associações de produtores para a venda de produtos para as prefeituras e vou utilizar estas lições de administração para controlar a minha produção”, disse ele, convidando para conhecer a sua nova plantação de tomate irrigado, feita no sistema de lona “mulching” e com previsão de colher 2 mil caixas em dezembro próximo.

Por serem as entidades representativas as responsáveis por elaborar os projetos proponentes aos programas federais, o Presidente da Associação dos Produtores Rurais do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), Antônio Cirilo de Amorim, considerou proveitosa a palestra da tarde. “Foi ótimo, foi muito bom aprender mais e as dúvidas que eu tinha foram tiradas. Vai mudar muita coisa nesses projetos, como a abertura para a participação de mais agricultores em cada projeto, os valores e o número de projetos que podemos participar, temos que estar preparados”, concluiu.

Sobre estas mudanças, Maria Terezinha Albuquerque, técnica da Gerencia de Desenvolvimento Agrícola (Gedea) da Cohidro, elucidou as novas regras aplicadas. “Através da Política Pública de Comercialização da Produção, que entra em vigor a partir de Janeiro de 2016, o Governo Federal ampliou os mercados institucionais e será obrigatório comprar no mínimo 30% da agricultura familiar, através das chamadas públicas. Isso contribuirá cada vez mais com o fortalecimento do setor, na diversificação da produção e na melhoria da qualidade de vida das famílias rurais”, esclareceu ela que acompanhou os produtores rurais durante as capacitações de terça-feira.

 

Secretaria da Agricultura integra ato de combate à desertificação

Solenidade enfatiza somação de esforços de organismos do governo por um Sergipe melhor

 

A palestra

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), promoveu na manhã da terça-feira, 17, um encontro para acompanhamento das ações Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos efeitos da seca em Sergipe lançado pelo Governo do Estado, no auditório da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), em Aracaju. Fazendo parte da comemorações pelo Dia Mundial de Combate à Desertificação, o evento contou também com a participação da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

O evento foi aberto pelo titular da Semarh, Olivier Ferreira das Chagas que falou sobre o compromisso e perspectiva da Secretaria no combate à Desertificação para 2015, enfatizando a necessidade de somação de todos os organismos na promoção de alternativas que venham corroborar com a necessidade de planificar atitudes que estimulem a consciência de todos os sergipanos para o problema que tem se intensificado no Brasil em decorrência do mau uso dos recursos naturais, somados a uma tendência existente sobre a desertificação em Sergipe

Olivier sinalizou que o Estado está entre as 11 unidades federativas onde existem áreas apontadas por pesquisas com propensão clara à desertificação, onde a seca tem se apresentado contundente exigindo assim intervenções que possam minimizar os efeitos dos problemas que se mostraram fortemente reais nos últimos anos quando a estiagem deixou técnicos ligados à agropecuária extremamente preocupados com o sofrimento de agricultores e criadores para a manutenção do processo produtivo em razão inclemência da seca.

O Secretário Olivier agradeceu a presença de todos e sugeriu a somação de esforços das Secretarias e vinculadas com ligações com o meio ambiente e com a agropecuária sergipana. Ele anunciou a palestra do Secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal Santos sobre “Desafios e Perspectivas da Agricultura para o alto Sertão”.

Esmeraldo Leal parabenizou inicialmente o grupo que tem feito um acompanhamento do problema de desertificação em Sergipe e o Secretário Olivier Chagas e todos que se somam e venham a se somar na busca de soluções racionais e práticas que oportunizem a minimização dos efeitos que ocorrem no Semiárido, região que envolve o maior acervo produtivo de Sergipe em grãos e onde floresce com destaque a pecuária leiteira.

O secretário enfatizou o trabalho das vinculadas da Seagri: Emdagro e Cohidro, respectivamente atendendo e assistindo agricultores familiares nas áreas de sequeiro e em perímetros irrigados, disseminando tecnologia para aumento da produção e perfurando poços que possibilitem minimizar os efeitos da estiagem. “É um trabalho árduo, para criar condições de convivência com a seca, realizando pesquisas pois está no Semiárido o impacto na agropecuária, pois é objetivo do Governo de Sergipe através de seus organismos específicos vinculados à Seagri, que apontem alternativas que permitam e promovam condições de minimizar o máximo possível a problemática da seca pois, o problema não envolve apenas o aspecto da produção agropecuária, mas também todo o contexto do aspecto social, pois a maior parte da área produtiva agropecuária está inserida na região semiárida”, pontuou Esmeraldo.

O Secretário discorreu sobre o esforço do governo estadual em manter os perímetros irrigados, que permitem produzir independente da estação, mas lembrou do trabalho técnico redobrado para que não aconteça salinização nas áreas produtivas em razão de estudos apontarem essa premissa em razão da especificidade do solo desses perímetros administrados pela Cohidro, o que representa também a demanda de cuidados especiais na conscientização dos irrigantes, exigindo monitoramento diuturno dos técnicos da empresa.

Esmeraldo deu ênfase especial ao destacar que é preciso trabalhar sem crucificar o sertanejo que vive do seu trabalho na terra e precisa produzir, daí ser necessário discernimento interpretativo correto no que diz respeito às áreas de preservação ambiental sem prejuízos para o trabalhador que depende da terra para produzir e viver com a família, no caso de Sergipe deve-se julgar cada caso específico, a exemplo da Bacia Leiteira sergipana, encravada no sertão, ser uma das mais importantes do País, o que torna o leite, o produto mais importante para o sertão e o sertanejo, e para o desenvolvimento da região.

“É em função desse significado produtivo para o Estado que aumenta a responsabilidade do técnico, pois o nosso Semiárido está se expandindo, revelado pela estiagem que vivenciou também o litoral do Estado que teve necessidade de carros pipas para abastecimento de águia, algo que até então não se cogitava acontecer em Sergipe.Desta forma ratifico minhas homenagens a todos que tornaram possível esse evento que oportunizou promover um alerta chamando a atenção para a necessidade de somar esforço todos, em prol de Sergipe e de quem trabalha a aterra e produz, para que o nosso Estado possa superar essa apreensão sem permitir que se torne uma realidade cruel que venha a atingir a necessidade do Estado crescer e ampliar sua produção na proporção que se amplia a população que depende dos trabalhadores do campo que têm, na desertificação uma impactante ameaça na condução da produção e no aspecto social por solapar ganhos conseguidos a duras penas na busca da melhoria de vida e, consequentemente da dignidade”, concluiu Esmeraldo Leal.

Na sequência o Superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Ailton Rocha, fez apresentação do Programa “Água Doce de Sergipe”. Outros temas foram apresentados ainda durante o evento que objetivou reunir no mesmo espaço organismos ligados aos problemas ambientais e produtivos de Sergipe, para que em oportunidades outras as questões que envolvem as perspectivas de desertificação em Sergipe sejam convenientemente enfocadas e discutidas, para a busca de soluções conjuntas que não favoreçam incompatibilidades entre ações técnicas e a produção agropecuária sergipana no Semiárido de Sergipe.

Fonte: Ascom/Seagri
FOTOS: Paulo Costa (Ascom/Semarh

Olivier Ferreira das Chagas
Esmeraldo Leal

 

 

 

 

 

 

Cohidro superou sua avaliação de gestão orçamentária em 2014

Sede da Cohidro em Aracaju

Em 2014 a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) superou a pontuação do ano anterior no Índice de Qualidade de Gestão Orçamentária (IQGO), avaliado e apresentado pela Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) no último dia 10. São números que determinam parâmetros administrativos para as unidades orçamentárias do Governo. Nesta última avaliação a Empresa saltou de 5,70 pontos para 5,93, de um ano para outro, se destacando principalmente no indicador Acerto no Planejamento Orçamentário (APO).

Na avaliação do IQGO – que vem sendo feita pela Superintendência de Programação Econômica e Orçamento (SPEO) da Seplag desde o exercício do ano de 2013 – o APO da Cohidro obteve 0,93, dos 1,00 pontos máximos, 0,11 acima da média quando comparada aos demais órgãos do Governo do Estado. Índice também 0,02 acima do registrado pela Companhia no ano anterior, indicando uma progressão. Segundo Antônio Ferreira Alves, Assessor de Planejamento (Asplan) da Empresa, o indicador analisa o quanto foi executado em termos de remanejamento orçamentário dentro do que foi previsto pelo planejamento.

“No caso deste resultado do APO, foi um desempenho considerável e importante, já que é um Índice de ‘peso dois’ no somatório das notas, contribuindo muito com os 5,93 do IQGO da Cohidro. O resultado de 0,93 pontos deste indicador vem do fato de que, durante todo exercício de 2014, só foi remanejado 7% do orçamento”, explicou Ferreira, informando que a previsão orçamentária é elaborada no mês de agosto, do ano vigente, para entrar em execução no ano subsequente.

Com pontuações que variam entre zero e 1,00, são ao todo seis indicadores que, dados os devidos pesos e somados, determinam o IQGO de cada unidade orçamentária do Governo. Destes, em cinco a Cohidro superou os números que obteve em 2013. Já em quatro das notas, apresentou um resultado acima da média da maioria dos órgãos e que são, além do APO, o Foco Na Missão (FNM) com 0,61 pontos, a Execução Física Total (EFS) com 0,56 pontos e a Execução Financeira Total (EFN) com 0,96 pontos. Em Foco na Execução Orçamentária (FEO), a Cohidro melhorou seu resultado, obteve 0,30 em 2014 contra os 0,26 do ano anterior.

“O FNM está no eixo da ‘gestão’ do IQGO e estabelece o quanto a Empresa empregou do seu orçamento em ações finalísticas, caracterizadas pela sua missão, que no caso da Cohidro vem a ser a perfuração de poços, construção de aguadas, manutenção do fornecimento de irrigação, dentre outros. EFS também é referente à ‘gestão’ e determinou que a Companhia conseguiu atingir 56% de suas metas físicas, ou seja, a maioria numérica das ações propostas pelo planejamento anual foi executada. E ainda temos como destaque o EFN, do eixo de ‘execução’, que é a capacidade do órgão em executar seu orçamento, indicador em que a Cohidro teve 96% de êxito, superando a média comparada aos demais órgãos”, listou o assessor de Planejamento Antônio Ferreira.

Edson Santana Costa, economista da Asplan da Cohidro, explica que a Companhia está servindo de referência para outros órgãos e secretarias nos quatro indicadores em que se destacou. “Estamos com uma nota considerada regular no somatório de pontos do IQGO e somente em duas delas não estamos acima da média geral. Na Exequibilidade Orçamentária (EQO), por exemplo, os 0,39 pontos obtidos se devem ao fato de que a Empresa, ao longo dos seus 32 anos de existência, já atuou em diversas frentes de trabalho e estas ficam listadas em suas metas, montante que atualmente soma 33 ações, porém, no ano de 2014, focou suas atividades em 13 delas. Embora o resultado seja positivo, esperamos que no ano 2015 tenhamos uma melhor evolução na execução orçamentária”, considerou.

Para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, o quadro é de melhora e superação de desafios pela administração da Empresa. “Até no Foco na Execução Orçamentária (FEO), que é o índice das ações que tem 50% ou mais de sua execução financeira, a Companhia apresentou melhora em relação a 2013, embora tenha ficado abaixo da média dos órgãos do Governo do Estado e acaba por ser agora nossa meta melhorar ainda mais este número, para alcançarmos e até superarmos a média. No geral, estão de parabéns nossos diretores, assessores de planejamento, engenheiros e servidores, por fazerem com que a Empresa galgue, a cada ano, maiores degraus em sua eficiência e função social”.

Seplag
Conforme disse Guilherme Rebouças, superintendente do SPEO, o índice alcançado pelos órgãos tem melhorado a cada ano, demonstrando a preocupação que as pastas estão tendo com a execução do orçamento. “Até o ano passado, os gestores não sabiam do índice e não imaginavam que iniciaríamos um monitoramento de como o orçamento de cada pasta era utilizado. Agora, que eles já conhecem, eles estão tendo um maior cuidado na execução das ações e nos relatórios. Isso mostra que o indicador está bem construído e está sendo muito bem recebida por aqueles que fazem o Governo”, comemorou.

*com informações da Ascom/Seplag

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Última atualização: 22 de dezembro de 2017 10:28.

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