Orgânicos assistidos pela Cohidro se reúnem em Lagarto

Produtores e técnicos fazem do encontro uma oportunidade para aprender e trocar experiências

Terça-feira, 6, aconteceu mais um encontro dos produtores orgânicos instalados em Lagarto. No lote do agricultor Delfino Batista, os irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí – administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) – e outros membros do Organismo de Controle Social (OCS) se reuniram para aprender a fazer a Calda Bordalesa e para discutir a atuação do grupo, idealizando uma maior união para superar dificuldades.

Delfino, anfitrião do encontro, disse que já são cinco anos desde a criação da OCS que participa. Ele considera que se fossem mais unidos, seria mais fácil de conseguir os benefícios para o grupo. “Como por exemplo ir para Aracaju levar nossa produção orgânica. Seja dividindo os custos ou de ir buscar no Poder Público a ajuda para conseguir isso”, considera o produtor, se valendo do fato de ser a Capital Sergipana o mais promissor mercado para a produção orgânica.

Técnica da Gerência de Desenvolvimento Agrário da Cohidro (Gedea), Maria Terezinha Albuquerque também considera a união dos produtores essencial, pensando nos programas governamentais de compra da produção. “Ano que vêm passa a valer um Decreto do Plano Safra da Agricultura Familiar, que determina a todos os órgãos da Administração Federal que recebem recursos para a compra de alimentos, a aplicação mínima de 30% dos recursos na agricultura familiar,” alertou, reiterando que só se agrupando em associações regulamentadas, os produtores poderão fornecer para o poder público.

Josevan Lisboa Batista, embora não seja um agricultor irrigante com área produtiva dentro do Perímetro Piauí da Cohidro, tem se beneficiado da troca de experiências tratada nos encontros, onde produtores colaboram entre si sob a orientação dos técnicos da Empresa. Na sua opinião, é preciso buscar mercados onde o orgânico seja valorizado, para assim obter mais retorno da atividade. “Entrego a minha produção só a pessoas de Lagarto, todo sábado e vivo hoje exclusivamente da minha produção, daquilo que eu e a minha esposa produzimos, pois se for contratar não compensa”, expôs ele, que tem lote no povoado Colônia Treze e pertence a mesma OCS dos irrigantes do Piauí.

A Gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira, concorda que seja necessária a organização dos produtores para a conquista de novos mercados, disponibilizando os recursos do escritório da Cohidro para auxiliar sempre que possível. “Fazemos todo o possível para que estes produtores possam atuar em mercados maiores, em outras cidades e na Capital Aracaju. Toda e qualquer oferta que nos é oferecida de um espaço para a venda de produtos orgânicos, é sempre repassada aos produtores que, quando estão aptos ao fornecimento contínuo de alimentos, são sempre bem aceitos nesses locais de comércio”, destacou ela, incentivadora dos encontros dos orgânicos, que até já resultou em mutirões nos lotes irrigados.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, se orgulha em fazer parte deste processo de transformação dos pequenos produtores familiares em empreendedores da agricultura orgânica. “Ao contrário do que se pensa, ao ver o agronegócio e suas enormes máquinas ceifadeiras, estes pequenos estão a um passo à frente, pois trabalham com a alimentação saudável, em propriedades sustentáveis onde não há agressão ao meio ambiente, se comparada às grandes plantações empresariais. A Companhia presa por esta mudança de conceito produtivo e apoia sempre para que essas iniciativas se desenvolvam”.

Novos adeptos

Há um ano e três meses, Iolanda Farias Alves atua como agricultora familiar em uma área coletiva da Associação dos Futuros Produtores de Lagarto, instalada no Perímetro Piauí. São quatro produtores que cultivam em conjunto na área que pertence ao grupo. “Estou participando desta reunião pela primeira vez, após o convite que recebi de Delfino. Acho muito interessante a ideia de produzir sem agrotóxico, se for possível, gostaria de trabalhar com isso também e até fazer parte desta OCS”, disse.

Calda Bordalesa

Técnico agrícola da Cohidro, Marcos Emílio Almeida fez uma demonstração prática de como preparar a Calda Bordalesa aos produtores. Segundo ele, a descoberta da receita foi meio que por acaso, quando no Século XIX o botânico francês Pierre Marie Alexis Millardet notou que alguns vinhedos da região de Bordeaux – que dá o nome ao insumo – não apresentavam debilitações por fungos. Após indagar aos produtores de uvas, descobriu que estes aplicavam a calda, composta por sulfato de cobre e cal, com a intenção de amargar os frutos para que ninguém viesse furtar os parreirais.

“Além de combater os fungos, as pesquisas revelaram que se trata de um excelente inseticida e ainda combate algumas bactérias. Sendo pouco tóxico é um produto autorizado para uso na agricultura orgânica, basta fazer uma lavagem para consumir”, explicou Marcos. Ele revela que a receita é composta pela fração de 1% de cada um dos ingredientes, para um volume de água. “No caso aquide 20 litros de água, usamos 200 gramas do Sulfato e outros 200 gramas da cal virgem. Dilui-se estes sólidos separadamente, cada qual em um litro daquela água, até formar uma pasta homogenia”, acrescentou.

Após a dissolução dos produtos na água, eles são misturados entre si e depois ao restante da água a ser usada. Dai então, se for usado um pulverizador na aplicação, é importante coar em um pano ou peneira. Mas o agricultor tem que estar atento a outros detalhes, como explica Marcos Emílio. “Quando for misturar os dois produtos dissolvidos, sempre se deve acrescentar o Sulfato de Cobre na Cal, nunca o contrário, pois pode dar errado. Importante também alertar que a Calda não deve ser aplicada em sementeiras, em mudas de tomate só depois de elas terem mais de quatro folhas”, revelou.

Marcos ainda alerta que a aplicação deve ser feita nos horários de menor insolação, no começo ou no fim do dia, a fim de evitar que as folhas sejam queimadas pelo calor do sol. “Não menos importante, mas um fator que pode interferir na qualidade do produto é a acidez. Então, aconselha-se medir o PH da solução final, usando até um papel indicador de PH em água de piscina, fácil de encontrar no comercio. Se indicar um número abaixo de 7 ou 8, é recomendável diminuir a acides colocando mais Cal, em nosso exemplo de 20 litros de água, acrescentar então mais 10 ou 20 gramas do produto por vez, até dar um número aceitável”, concluiu.

 

12 de outubro – Dia do Engenheiro Agrônomo

12 de outubro – Dia do Engenheiro Agrônomo

O Dia da Criança, além de ser da Padroeira do Brasil, é também quando se comemora o dia do Profissional chave na atividade extensionista de assistência ao produtor rural, o ENGENHEIRO AGRÔNOMO. Na Cohidro, seja na tecnicização da irrigação, ou na orientação no modo certo de plantar ele tem papel fundamental.

Parabéns a todos os Agrônomos, que dedicaram suas vidas à profissionalização do campo.

Feira do Produtor Rural leva à Capital a agricultura irrigada pela Cohidro

30 produtores expuseram e venderam na Feira do Sebrae – apoio da Seidh que forneceu as bancas

Segunda-feira, 5, foi comemorado o Dia da Micro e Pequena Empresa. O Sebrae Sergipe, findando as atividades do Movimento Compre do Pequeno Empreendedor, realizou a Feira do Produtor Rural em Aracaju, na Praça Fausto Cardoso. Das 30 barracas que vendiam produtos agrícolas e seus derivados, três eram mantidas por agricultores irrigantes atendidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro). O evento reforçou a função de pequeno negócio que desempenha a agricultura familiar.

Dois agricultores são irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí da Cohidro em Lagarto, trazendo à Feira hortaliças orgânicas e derivados de mandioca produzidos em seus lotes no pólo de irrigação. Uma terceira banca era compartilhada por agricultores que constituem a Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5), formada por produtores orgânicos ou que têm produções com aptidão agroecológica, instalados no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. De lá vieram hortaliças, frango e ovos caipiras, além de doces caseiros.

Segundo Luciana Oliveira Gonçalves do Sebrae, uma das coordenadoras do Evento, são todos produtores já assistidos pela Instituição e justifica a atenção dada aos agricultores. “Os pequenos produtores também estão inclusos nos parâmetros de pequenos empresários. O Sebrae além organizar a estrutura, forneceu transporte para aquele que não tinham veículo próprio, disponibilizando três rotas de escoamento da produção: Alto Sertão, Sul e Agreste Sergipano”, informou, acrescentando que a Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) emprestou as bancas da Feira da Agricultura Familiar para o evento.

O presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, parabeniza o Sebrae pela iniciativa e fica feliz com o resultado da Cohidro ao atender esses irrigantes, fornecendo água e assistência técnica para a produção. “Eles precisam de acesso ao consumidor final, pois alimentos de qualidade eles têm para fornecer. Faltam-lhes tanto meios para trazer do campo para cidade esses produtos, quanto também locais apropriados para expor essa produção diferenciada e que não se encontra nos supermercados, por se tratar de alimento saudável e de procedência confiável, natural e sem agrotóxicos”, confirmou.

Lagarto

Joselita Maria da Silva garante que sua produção agrícola, no lote que mantêm com a família no perímetro Piauí, é livre do uso de agrotóxicos. Depois de participar da Semana de Capacitação Empresarial – Sebrae No Campo, que ocorreu de 21 a 26 em várias cidades do Estado, ela foi convidada pela Instituição à expor para venda a sua fabricação artesanal de derivados da mandioca. Foram 100 quilos de tapioca, 50 de farinha de puba, 30 de farinha e 20 quilos de tapioca seca, tudo feito no mesmo lote de onde é colhida a matéria prima.

“É a primeira vez que venho em uma feira pública na Capital. Hoje participo da feirinha da Praça Filomeno Hora, formada só por agricultores atendidos pela Cohidro todo sábado, pela manhã. Para lá não levo só tapioca e farinha como hoje aqui, também vendo verduras que produzo no meu lote no Perímetro. Viemos num carro fretado por nós e que o Sebrae vai custear o gasto com combustível”, contou Joselita. Antes, ela foi um dos 99 beneficiados por kits do PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), fornecidos pelo convênio entre a Companhia e novamente o Sebrae, em todo Estado.

Também convidado pelo Sebrae durante a Semana de Capacitação Empresarial, foi o irrigante Raimundo Carlos de Almeida. Ele trouxe 30 molhos de rúcula, 150 dos cinco tipos de alface que produz, 100 de pepino e cebolinha, 200 de couve e muito brócolis, salsa, coentro, repolho, chuchu, vagem, limão, coco e tomate cereja. Além da grande quantidade e variedade de itens que Raimundinho dispôs à venda na feira, sua produção é reconhecida como legitimamente orgânica, por ser registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), como um dos 10 integrantes do Organismo de Controle Social (OCS) que atua em Lagarto.

“Só tinha vindo aqui em Aracaju vender milho orgânico certa vez. A feira está boa, graças a Deus ta vendendo razoavelmente bem. Garanto que é tudo orgânico e tenho a certidão de registro para mostrar ao cliente, por isso tenho o retorno do comprador que pode confiar no produto sem agrotóxico que vendo”, analisou Raimundinho, que vendeu todo o enorme estoque de hortaliças que levou à Feira do Produtor Rural do Sebrae.

Maria Terezinha Albuquerque, Técnica Agrícola da Gerência de Desenvolvimento Agrícola (Gedea) da Cohidro, avaliou ter sido bastante compensatória a participação dos irrigantes pela Cohidro na Feira. “Fiquei muito contente em saber que eles puderam vender tudo que levaram. Essas poucas vezes que eles podem vir trazer à Aracaju a sua produção orgânica ou natural, eles têm alcançado o sucesso esperado para uma produção assistida pelo Governo do Estado, num evento organizado pelo Sebrae”, comentou, considerando ser a união de esforços destes agricultores irrigantes, a única forma de conquistarem os mercados além de seus municípios.

Bio5

União é o que acontece na Bio5 de Canindé, onde 10 agricultores irrigantes cooperam entre si, inclusive na realização de mutirões uns nos lotes dos outros. Seis deles constituíram um OCS reconhecida pelo MAPA e cada vez mais produtos são elencados à lista de itens produzidos sob a aptidão agroecológica. Na Feira do Sebrae, eles trouxeram vegetais como coentro, quatro tipos de alface, fava verde, couve, cebolinha e rúcula, tudo embalado para durar mais e garantir maior higiene. Além disso, teve frango e ovos caipira e doces caseiros, produzidos com as frutas colhidas no Perímetro Califórnia.

Quitéria da Silva Araújo é uma das agricultoras integrantes do OCS que esteve na Feira do Produtor Rural expondo seus produtos. “Estou achando muito boa, é primeira vez que venho vender em Aracaju, se tiver outra vez eu venho de novo”, avisou. Igualmente da OCS e integrante da Bio5 é Maria Aparecida Nascimento Santana. “Viemos com o carro fretado pelo Sebrae e ainda terá para nós a alimentação garantida. Muito bom poder contar com este apoio para vir vender”, comentou Cida. Os filhos das duas e de outros integrantes da Associação compõem outro grupo, o B5-Jovem.

Recentemente estes jovens participaram de um curso de 40 horas,oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), sobre empreendedorismo. Conforme explicou Tito Reis, técnico agrícola da Cohidro que acompanha o desenvolvimento destes dois grupos. A intenção é repassar aos filhos, a incumbência da comercialização dos produtos orgânicos gerados nas propriedades das famílias.“Inovar é preciso. Seja na capacitação, adoção de conceitos de higiene com os alimentos e no aumento da variedade de produtos a serem oferecidos. Esses produtores estão sempre abertos às novidades que diferenciem seus produtos dos demais”, completou.

Pra Sergipe Avançar: Distribuição de Sementes, Horas Trator e Irrigação

O governo está investindo R$ 6,5 milhões do Proinveste na recuperação dos perímetros irrigados da Cohidro: Piauí, Califórnia, Jabiberi e Ribeira. O Águas de Sergipe vai investir R$ 12 milhões na redução do consumo hídrico nos perímetros irrigados: Ribeira, Jacarecica I e II.

Em 2014 o Governo forneceu a água de irrigação e assistência técnica agrícola, para gerar 115 mil toneladas em alimentos, nos 6 perímetros irrigados administrados pela Cohidro, beneficiando 9.585 pessoas no campo.

Belivaldo discute ações integradas para enfrentar a seca em Sergipe

O governador em exercício, Belivaldo Chagas, reuniu os gestores de órgãos diretamente envolvidos com a segurança hídrica de Sergipe – Foto: Marcos Rodrigues/ASN

Na manhã desta terça-feira, 29, o governador em exercício, Belivaldo Chagas, reuniu os gestores de órgãos diretamente envolvidos com a segurança hídrica de Sergipe para discutir antecipadamente os possíveis problemas ligados à escassez da água no período de estiagem. Participaram as secretarias de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), de Comunicação Social (Secom), a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), o Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil de Sergipe e a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

“Atendendo a uma determinação do governador Jackson Barreto, que está muito preocupado com os problemas de falta d’água que já estão ocorrendo em algumas regiões do nosso estado e que pode se agravar com uma estiagem iminente, estamos promovendo essa reunião integrada de órgãos que cuidam das questões relacionadas à segurança hídrica de nosso estado para podermos nos adiantar neste processo e evitar maiores transtornos para nosso povo”, disse Belivaldo Chagas.

No caso da Cohidro, o diretor-presidente Mardoqueu Bodano esclarece que a atuação ocorre em três frentes distintas, com destaque para o ‘Água para Todos’, um programa do Governo Federal que a companhia executa no estado, na perfuração de poços com sistema de abastecimento.

“São 107 poços a serem perfurados. Já executamos 39 e estamos agora licitando a instalação dos equipamentos de bombeamento para a distribuição. Além dele, temos o programa de médias e pequenas barragens, para o qual encaminhamos nova proposta para retomá-lo, pois é de muita importância para o semiárido sergipano. A outra frente que nós vamos atuar é a questão da perfuração feita especificamente pela Cohidro com as máquinas que temos na empresa. Vamos pleitear novos materiais para ajudar no dia a dia na perfuração destes poços para que a gente possa atender essa demanda em Sergipe, especialmente onde existe o problema da falta de água”, destacou o presidente.

Também participaram da reunião o assessor especial do Governo, Carlos Cauê, o diretor de irrigação da Cohidro, João Fonseca e assessores.

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Micro-pecuaristas fazem acordo de cooperação com Sebrae em Perímetro da Cohidro

Esforço conjunto pretende ampliar produção de leite

Em 2010, o Perímetro Irrigado Jabiberi, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Tobias Barreto, passou a ter a aptidão produtiva para o gado de leite, quando lá foi inserido, pelo Governo do Estado, o Programa Balde Cheio. Hoje esses irrigantes produzem juntos uma média diária de 3,3 mil litros, ganho de 70,7% desde o período introdutório do projeto. Buscando melhorias na qualidade do leite e na sustentabilidade da propriedade, até dezembro eles vão contar com o atendimento zootécnico e veterinário, via convênio com o Sebrae Sergipe.

Segundo Gerente do Jabiberi, José dos Reis Coelho, se trata de um acordo de cooperação técnica entre a Associação dos Pequenos Criadores do Perímetro Irrigado Jabiberi (APCPIJ) e o Sebrae Sergipe, em que somente 20% dos custos de contratação dos profissionais serão a cargo dos produtores. “O Balde Cheio veio e deixou sua contribuição, ainda permeia o método de manejo, mas agora o trabalho de acompanhamento é fora do projeto original, que era possibilitado pela transferência de tecnologia realizada pela Embrapa São Carlos-SP, financiamento do Banco do Brasil e assistência técnica do Sebrae e da Cohidro, que também fornece a água para a irrigação”.

Rebeca Santos da Silva, Médica Veterinária e Thiago dos Santos Almeida, Zootecnista, irão fazer visitas periódicas aos produtores de leite do Jabiberi. O planejado é de que a dupla faça sete visitas para cada um dos 20 produtores inseridos no programa. “Pretendemos terminar todo trabalho até dezembro, sendo que a cada visita será tratado com o produtor um dos temas: gestão, tratando dos custos e receitas; produção, fazendo com que o produtor anote a quantidade de cios, a produção diária de cada animal; a nutrição, quanto à qualidade do pasto, suplementos e a situação sanitária das instalações”, ilustrou Thiago.

Na primeira visita, realizada no dia 22 de setembro ao irrigante Pedro Vidal da Silva, os profissionais coletaram amostra de solo para avaliar uma possível correção, necessária ao bom desenvolvimento do capim. “Vamos fazer uma análise laboratorial da amostra coletada, além disso, fizemos uma completa coleta de dados da propriedade, para avaliar e fazer as devidas orientações futuras, para então ver o que pode ser mudado”, colocou a Veterinária Rebeca Santos. Ela ainda informou que um “caderno de campo” foi deixado com o produtor, onde todos os dados diários da propriedade e de cada animal devem ser apontados, para avaliação na próxima visita dos técnicos.

Para o diretor de Irrigação da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, se faz necessário o convênio com o Sebrae para dar continuidade ao projeto de produção de leite. “O período de vigência do convênio que nos trouxe o Balde Cheio expirou, mas satisfatoriamente boa parte dos produtores continua produzindo o leite, inclusive com aumento da produção leiteira. O quadro funcional da nossa Companhia foi formado, na época de sua fundação, por profissionais das ciências agrárias, para atender à produção através da irrigação. Nossa carência por veterinários e zootécnicos era preenchida pelo Balde Cheio e agora volta a ser novamente suprida”, justificou.

O Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, considerou como muito produtiva a parceria estabelecida com o Sebrae. “Já são nossos parceiros de longa data e desta vez estão estendendo a mão para a APCPIJ, para que a iniciativa de aumentar a produção de leite em Tobias Barreto. Não podemos, de forma alguma, abandonar estes produtores, que hoje são pecuaristas consolidados e mesmo pequenos, utilizam de métodos tecnológicos avançados como a inseminação artificial e a ordenha mecanizada,” ponderou.

Já o presidente da APCPIJ, Acrisio Jesus Nascimento, reforçou que o principal motivo desta demanda é o aumento da produção de leite, a partir das melhorias técnicas sugeridas pela consultoria. “Queremos ampliar mais o projeto. O preço de leite está baixo, enquanto o milho, o farelo de soja, os insumos estão muito altos. A intenção é melhorar a produtividade na mesma área e com o mesmo rebanho que cada produtor já tem”, complementa. Ele ainda informa que os 20 produtores escolhidos para receber o atendimento são os que possuem a produção contínua e propriedade dedicada a criação do gado leiteiro.

Primeiro da lista
Pedro Vidal é criador de gado leiteiro no Jabiberi há cinco anos, começou junto com a introdução do Balde Cheio no Perímetro Irrigado. No momento, possui 12 vacas girolando em período de lactação, que produzem a média de 190 litros de leite por dia, vendidos a um laticínio da região ao preço de R$ 0,85. “Para mim vai ser muito bom. Por falta de veterinário, a vaca emprenha fora do tempo certo, por isso a minha dificuldade. Tem vaca que tem problema com a inseminação artificial e precisa de um acompanhamento”, retratou o produtor que conta que em janeiro seu rebanho leiteiro ganha outros cinco animais que agora estão fora do período reprodutivo e saem, para o descanso, somente duas das atuais produtoras.

A área de pastagem da propriedade de Pedro Vidal tem 1,3 hectares e é subdividida em 48 piquetes menores, onde é plantando o capim Mombaça, 24 deles medem 14 por 20 metros e o restante 18 por 14, de forma que as vacas utilizam dois piquetes a cada dia, no sistema de rotação, sendo que toda vez que retornam da segunda ordenha, encontram aberto um novo piquete. Aquela área que acabou de ser “pastada”, vai receber adubação e a irrigação diária e só volta a receber os animais depois de um mês de recuperação. Além do pasto, o rebanho também tem uma complementação alimentar de ração à base de milho e farelo de soja.

“O Balde Cheio determinava um piquete por dia, mas depois analisei que seria melhor dois”, esclareceu Pedro Vidal. Este tipo de alternativas, ao projeto original, que serão levadas em consideração pela assistência oferecida no convênio que agora se inicia, incluindo a necessidade de melhoramento do tipo das pastagens e da fertilidade do solo. “Fazendo a coleta da amostra de solo e a análise de laboratório, ai a gente vai saber a necessidade de correção”, complementou o produtor, se ferindo a necessidade de adubos, nas áreas dos piquetes.

Semana do Sebrae capacita irrigantes da Cohidro em Lagarto

A tenda montada pelo Sebrae na Praça Filomeno Hora, em Lagarto

A Semana de Capacitação Empresarial, dentro do Movimento Compre do Pequeno Negócio do Sebrae, aconteceu até sábado, 26, em Aracaju, Propriá, Tobias Barreto, Nossa Senhora do Socorro, Estância, Itabaiana, Nossa Senhora da Glória e Lagarto. Neste último, na terça-feira, 22, houve logo cedo um curso seguido de palestra pela tarde, direcionado exclusivamente aos agricultores, incluindo 15 irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no município.

O Sebrae No Campo, inserido na Semana de Capacitação Empresarial, teve uma programação com palestras e oficinas direcionadas ao produtor rural, realizadas nas tendas instaladas em Lagarto, Estância, Itabaiana e Glória. Os produtores tiveram tanto lições sobre custos, quanto as formas de escoar a produção por meio dos programas federais.

Com o tema “Custo para Produzir no Campo” a oficina, segundo o instrutor do Sebrae Sergipe Alex Mecenas, tem a intensão de inserir no modelo de negócio da Agricultura Familiar, noções administrativas e de contabilidade sobre as receitas e dividendos na atividade rural. “O objetivo do curso é principalmente capacitar o agricultor a calcular o seu custo para depois saber como comercializar a sua produção”, elucidou ele que, em sua capacitação, fornece calculadoras aos alunos, para realização de exercícios contábeis.

Gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira considerou válida a iniciativa de convidar os agricultores irrigantes para as capacitações. “Eles são agricultores familiares pequenos, mas por contarem com este apoio do Governo do Estado, fornecendo a irrigação pública, possuem a possibilidade de então produzirem o ano todo. Isso favorece muito para que progridam tendo um bom retorno financeiro na atividade rural. O que pode atrapalhar isso é justamente o tema que estas atividades do Sebrae trataram: saber fazer bons negócios e não perder dinheiro ao produzir”, alertou.

Mardoqueu Bodano, Presidente da Cohidro, agradeceu o convite feito, pelo Sebrae Sergipe, aos agricultores do Perímetro, avaliando como muito frutífera a parceria entre as duas instituições. “Não é só no Piauí que o Sebrae nos ajuda, eles são parceiros nosso em diversas iniciativas, como na produção de leite no Perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, e sempre colabora no tocante a capacitação do produtor rural, para que ele produza melhor e sem levar prejuízo”, avaliou.

Vender para o Governo no Campo

A palestra oferecida aos agricultores pela tarde tinha como tema “Vender para o Governo no Campo” e tratava da preparação que os produtores devem fazer para estarem aptos a participarem dos programas federais de compra de safra, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Como eles podem fazer para vender para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e também o mais recente, o ‘Compras Institucionais’, igualmente da Conab”, explicou o capacitador Alex Mecenas.

João Quintiliano da Fonseca Neto, Diretor de Irrigação da Cohidro, ressalta a importância da instrução ao produtor dos perímetros quanto aos programas federais, visando a ampliação do numero de participantes. “Os irrigantes já atuam fornecendo alimentos ao PAA desde 2008. Até o ano passado, contabilizamos mais de duas mil toneladas de alimentos entregues às entidades beneficiadas, que prepararam refeições para 80 mil pessoas em situação de insegurança alimentar. Cerca de 934 agricultores forneceram alimentos nesse período, número que ainda pode crescer”, considerou. Só em 2015, os projetos em andamento e acompanhados pela Empresa, pretendem superar a marca de R$ 1 milhão negociado.

Marcos Melo, agricultor irrigante do Piauí, acompanhou o dia todo as atividades oferecidas pelo Sebrae. Para ele, esta capacitação auxilia o produtor que ainda não conhece os programas governamentais de compra de produção agrícola. “Foi muito bom, tirei muitas dúvidas sobre como atuam as associações de produtores para a venda de produtos para as prefeituras e vou utilizar estas lições de administração para controlar a minha produção”, disse ele, convidando para conhecer a sua nova plantação de tomate irrigado, feita no sistema de lona “mulching” e com previsão de colher 2 mil caixas em dezembro próximo.

Por serem as entidades representativas as responsáveis por elaborar os projetos proponentes aos programas federais, o Presidente da Associação dos Produtores Rurais do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), Antônio Cirilo de Amorim, considerou proveitosa a palestra da tarde. “Foi ótimo, foi muito bom aprender mais e as dúvidas que eu tinha foram tiradas. Vai mudar muita coisa nesses projetos, como a abertura para a participação de mais agricultores em cada projeto, os valores e o número de projetos que podemos participar, temos que estar preparados”, concluiu.

Sobre estas mudanças, Maria Terezinha Albuquerque, técnica da Gerencia de Desenvolvimento Agrícola (Gedea) da Cohidro, elucidou as novas regras aplicadas. “Através da Política Pública de Comercialização da Produção, que entra em vigor a partir de Janeiro de 2016, o Governo Federal ampliou os mercados institucionais e será obrigatório comprar no mínimo 30% da agricultura familiar, através das chamadas públicas. Isso contribuirá cada vez mais com o fortalecimento do setor, na diversificação da produção e na melhoria da qualidade de vida das famílias rurais”, esclareceu ela que acompanhou os produtores rurais durante as capacitações de terça-feira.

 

Cohidro e UFS em Lagarto mantêm farmácia viva para estudos fitoterápicos

O encontro terminou com a realização de didáticas de grupo 1

A Semana de Capacitação Empresarial, dentro do Movimento Compre do Pequeno Negócio do Sebrae, aconteceu até sábado, 26, em Aracaju, Propriá, Tobias Barreto, Nossa Senhora do Socorro, Estância, Itabaiana, Nossa Senhora da Glória e Lagarto. Neste último, na terça-feira, 22, houve logo cedo um curso seguido de palestra pela tarde, direcionado exclusivamente aos agricultores, incluindo 15 irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no município.

O Sebrae No Campo, inserido na Semana de Capacitação Empresarial, teve uma programação com palestras e oficinas direcionadas ao produtor rural, realizadas nas tendas instaladas em Lagarto, Estância, Itabaiana e Glória. Os produtores tiveram tanto lições sobre custos, quanto as formas de escoar a produção por meio dos programas federais.

Com o tema “Custo para Produzir no Campo” a oficina, segundo o instrutor do Sebrae Sergipe Alex Mecenas, tem a intensão de inserir no modelo de negócio da Agricultura Familiar, noções administrativas e de contabilidade sobre as receitas e dividendos na atividade rural. “O objetivo do curso é principalmente capacitar o agricultor a calcular o seu custo para depois saber como comercializar a sua produção”, elucidou ele que, em sua capacitação, fornece calculadoras aos alunos, para realização de exercícios contábeis.

Gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira considerou válida a iniciativa de convidar os agricultores irrigantes para as capacitações. “Eles são agricultores familiares pequenos, mas por contarem com este apoio do Governo do Estado, fornecendo a irrigação pública, possuem a possibilidade de então produzirem o ano todo. Isso favorece muito para que progridam tendo um bom retorno financeiro na atividade rural. O que pode atrapalhar isso é justamente o tema que estas atividades do Sebrae trataram: saber fazer bons negócios e não perder dinheiro ao produzir”, alertou.

Mardoqueu Bodano, Presidente da Cohidro, agradeceu o convite feito, pelo Sebrae Sergipe, aos agricultores do Perímetro, avaliando como muito frutífera a parceria entre as duas instituições. “Não é só no Piauí que o Sebrae nos ajuda, eles são parceiros nosso em diversas iniciativas, como na produção de leite no Perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, e sempre colabora no tocante a capacitação do produtor rural, para que ele produza melhor e sem levar prejuízo”, avaliou.

Vender para o Governo no Campo
A palestra oferecida aos agricultores pela tarde tinha como tema “Vender para o Governo no Campo” e tratava da preparação que os produtores devem fazer para estarem aptos a participarem dos programas federais de compra de safra, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Como eles podem fazer para vender para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e também o mais recente, o ‘Compras Institucionais’, igualmente da Conab”, explicou o capacitador Alex Mecenas.

João Quintiliano da Fonseca Neto, Diretor de Irrigação da Cohidro, ressalta a importância da instrução ao produtor dos perímetros quanto aos programas federais, visando a ampliação do numero de participantes. “Os irrigantes já atuam fornecendo alimentos ao PAA desde 2008. Até o ano passado, contabilizamos mais de duas mil toneladas de alimentos entregues às entidades beneficiadas, que prepararam refeições para 80 mil pessoas em situação de insegurança alimentar. Cerca de 934 agricultores forneceram alimentos nesse período, número que ainda pode crescer”, considerou. Só em 2015, os projetos em andamento e acompanhados pela Empresa, pretendem superar a marca de R$ 1 milhão negociado.

Marcos Melo, agricultor irrigante do Piauí, acompanhou o dia todo as atividades oferecidas pelo Sebrae. Para ele, esta capacitação auxilia o produtor que ainda não conhece os programas governamentais de compra de produção agrícola. “Foi muito bom, tirei muitas dúvidas sobre como atuam as associações de produtores para a venda de produtos para as prefeituras e vou utilizar estas lições de administração para controlar a minha produção”, disse ele, convidando para conhecer a sua nova plantação de tomate irrigado, feita no sistema de lona “mulching” e com previsão de colher 2 mil caixas em dezembro próximo.

Por serem as entidades representativas as responsáveis por elaborar os projetos proponentes aos programas federais, o Presidente da Associação dos Produtores Rurais do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), Antônio Cirilo de Amorim, considerou proveitosa a palestra da tarde. “Foi ótimo, foi muito bom aprender mais e as dúvidas que eu tinha foram tiradas. Vai mudar muita coisa nesses projetos, como a abertura para a participação de mais agricultores em cada projeto, os valores e o número de projetos que podemos participar, temos que estar preparados”, concluiu.

Sobre estas mudanças, Maria Terezinha Albuquerque, técnica da Gerencia de Desenvolvimento Agrícola (Gedea) da Cohidro, elucidou as novas regras aplicadas. “Através da Política Pública de Comercialização da Produção, que entra em vigor a partir de Janeiro de 2016, o Governo Federal ampliou os mercados institucionais e será obrigatório comprar no mínimo 30% da agricultura familiar, através das chamadas públicas. Isso contribuirá cada vez mais com o fortalecimento do setor, na diversificação da produção e na melhoria da qualidade de vida das famílias rurais”, esclareceu ela que acompanhou os produtores rurais durante as capacitações de terça-feira.

Convênio entre Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Curso de Farmácia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Movimento Popular de Saúde (Mops), criou uma coleção viva de espécies vegetais com aplicação fitoterápica, junto ao escritório do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Empresa Pública em Lagarto. No último sábado, 19, aconteceu no local o segundo encontro das turmas do Curso de Extensão de Práticas Interativas, dos campi Lagarto e São Cristóvão, com a participação da pesquisadora Fátima Guedes, de Parintins-AM.

A Farmácia Viva serve como laboratório de estudo para os alunos do Curso de Farmácia e do Curso de Extensão da UFS em Lagarto. Para reunir cerca de 50 espécies de plantas, foi válido tanto o conhecimento dos pesquisadores ligados à Universidade e Mops, como também a contribuição das famílias de agricultores, alocadas no pólo de irrigação da Cohidro.

Rosimeire Barbosa, mais conhecida como Meirinha, é Coordenadora do Curso de Extensão no Campus de Lagarto e cuida do projeto de intercâmbio entre a Instituição de Ensino e a Cohidro, para produzir as plantas medicinais. Uma grande variedade de fitoterápicos são coletados e mantidos pela pesquisadora na área no Perímetro Piauí. Ela conta que, além disso, a farmácia viva que toma conta recebe sempre a visita de professores e alunos de outras instituições.

“Hoje são 160 alunos das Práticas Interativas envolvidos nesse projeto e que vêm aqui, onde promovemos as práticas de Fitoterapia, para plantar, cuidar e colher as plantas. Depois disso existem práticas que envolvem o preparo para o consumo e também esse projeto envolve o plantio de mudas para distribuição em outros municípios, onde as prefeituras desenvolvem projetos de farmácias vivas em suas secretarias de saúde, a exemplo de Capela e Poço Verde”, relatou Meirinha.

Explica ela que o grande incentivo ao projeto se deu com a criação da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus). Meirinha possui boa parte das 71 espécies que, segundo o Ministério da Saúde, apresentam potencial para gerar produtos farmacêuticos. 12 delas já fazem parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) desde 2014. “Dessas 12 tenho em nossa Farmácia Viva a Aroeira, a Babosa, o Guaco, o Hortelã, o Salgueiro e o Plantago, conhecida popularmente como ‘Transagem’”, relacionou.

O presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, conhece o projeto e se diz deslumbrado com a ação promovida no Perímetro Piauí. “É impressionante saber que este trabalho que nós fazemos, de fornecer irrigação e assistência técnica no campo, também cria espaço para este tipo de movimento. Este conhecimento da cura por meio das plantas precisa ser resguardado de alguma forma, para que não se perca diante de tantos avanços da indústria farmacêutica. Hoje criam, em laboratório, solução para tudo, mas que não garantem a mesma facilidade de acesso, que uma planta regada no quintal de casa dispõe”, afirmou.

Sabedoria popular
A Gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira, foi quem solicitou à direção da Companhia a autorização para acolher o projeto na área da Cohidro. Para ela, é importante promover este trabalho de resgate da sabedoria popular. “Colaboramos com esta ação da UFS e Mops, porque os produtores também contribuem, trazendo as plantas que tem em casa e conhecendo as demais aqui plantadas. Contribuímos assim para que eles tirem da terra a cura para muitas enfermidades, além do próprio alimento e sustento, garantido pela irrigação pública”, relata.

Cícero Alves dos Santos é agricultor irrigante no Perímetro Piauí e foi até a Farmácia Viva levar um pé de Abre Caminho. “Trouxe porque eu tive que arrancar o pé por falta de espaço, mas a maioria das plantas que preciso tenho lá em casa. Antes eu perdia muita coisa, o espaço é pequeno, agora tenho pra onde trazer”, elucidou. Conhecedor da aplicação das plantas, ele diz que está vendo no jardim criado pelo Convênio, uma maneira de expandir o que sabe e compartilhar com a comunidade essa informação que tem.

Meirinha explica que o Abre Caminho, embora seja bastante usado nos rituais da Umbanda, como o próprio nome popular sugere, tem mais de uma propriedade medicinal, sendo usado na América do Sul, África e Índia como analgésico e anti-inflamatório. “A população já sabe de tudo isso, a gente só precisa lapidar este conhecimento deles, conservar essa informação e oferecer essas alternativas de cura. É disso que nosso Curso de Extensão trata, preparando agentes de disseminação deste conhecimento”, informou.

Encontro dos cursos
Coordenadores, facilitadores e alunos do Curso Práticas Interativas se encontraram na unidade da Cohidro em Lagarto no sábado passado. As turmas do campus local e também de São Cristóvão puderam conhecer melhor o trabalho desenvolvido na Farmácia Viva que vem sendo constituída no Perímetro, além de poder adquirir o conhecimento passado pelos fitoterapeutas, como a amazonense Maria de Fátima Guedes de Araújo. Ela desenvolve trabalho junto do Movimento de Mulheres, Mops e atualmente faz a pesquisa acadêmica de especialização denominada “Vestígios do Curandeirismo”.

Na sua pesquisa, Fátima Guedes busca unir o conhecimento caboclo, do cultivo de ervas medicinais e o indígena, que é extrativista, tirando a cura da mata. Em ambos os casos, ela acredita numa cultura de não agressão aos “outros elementos naturais que constituem a mãe terra, além de nós. Principalmente os ‘engenheiros do solo’, que são as minhocas, formigas, os insetos que promovem a trituração dos nutrientes brutos, para facilitar a transformação feita pelos microrganismos, as bactérias e fungos, para então servirem de alimento às plantas”, considerou ela que no processo de disseminação fitoterápica valoriza o papel da mulher, precursora da agricultura nos primórdios da formação social.

Sergipano de Aquidabã, José Erivaldo de Oliveira passa o conhecimento familiar e de suas pesquisas em Fitoterapia, aos alunos dos cursos de Práticas Interativas, como facilitador. “Meu trabalho é mais focado na identificação de plantas com princípio ativo para uso medicinal”. Para ele, pode ter aplicação como remédio “desde o simples mato, sem valor, até os alimentos que utilizamos, incluindo suas folhas, talos e cascas que não consumimos”, esclareceu ele que também desenvolve atividades de alimentação alternativa. Exemplo dado por ele foi o de fazer um brigadeiro de feijão, para motivar a nutrição das crianças.

Simone Leite é coordenadora Estadual do Mops e do Curso de Extensão no campus São Cristóvão da UFS, que existe há mais tempo que em Lagarto. “Lá já é a sexta turma, aqui a segunda, porém nossa farmácia viva é menor”. Ela conta que participam dos cursos pessoas de diversas ocupações. “Tem gestores de saúde dos municípios, agentes de saúde, lideranças comunitárias, estudantes e professores universitários. Além de Fitoterapia, há cursos de Massagem Terapêutica, Reiki, Acupuntura Auricular e o Cone Chinês”, listou, convidando a todos para 6ª Conferência Estadual de Saúde, de hoje, 23, até amanhã, no Clube do Banese, no Bairro Atalaia em Aracaju. Na ocasião, o Grupo distribuirá mudas e sementes de plantas medicinais.

ExpoLagarto
Recentemente, a Coordenadora Meirinha participou como expositora da 52º Exposição Agropecuária de Lagarto (ExpoLagarto2015), no stand da Cohidro. Ela explicou que a intenção principal era a de mostrar o trabalho que vem realizando, assim como a potencialidade das plantas que estuda, a partir dos produtos feitos durante os cursos e com base nessas ervas, folhas frutos e flores.

“O mais importante foram os contatos que fiz na Exposição, muita gente quis ir conhecer o projeto lá no Perímetro Piauí. Também vendi alguns itens e recebi muitas encomendas. De medicamentos, levei lambedor de Hortelã com Guaco, pomadas cicatrizantes, tintura de Flor da Colônia para o coração e sistema nervoso central, vinagre de maçã com Manipueira e ainda o óleo de Arnica, para dores de pancadas. Teve ainda o sabão medicinal de Aroeira e sabonetes para micose”, completou Meirinha.

Convite – Instalação de fossa séptica piloto no Perímetro da Cohidro em Lagarto

Preparação da fossa séptica na Appip para instalação demonstrativa na sexta-feira

Acontece nesta sexta-feira, 25, a instalação da primeira fossa séptica do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela COHIDRO e contará com as presenças de produtores irrigantes, diretores e técnicos da Cohidro, a partir das 9 horas. No ato, o método de construção será apresentado de maneira demonstrativa aos agricultores interessados em replicar a ideia.

Com a participação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) e da Vigilância Sanitária de Lagarto, o projeto do Sindicato dos trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares (Sintraf) tem como objetivo principal instalar fossas biodigestoras nas áreas rurais para o tratamento do esgoto doméstico, evitando as contaminações do solo e das águas por meio de doenças de veiculação hídrica. Conforme pesquisas feitas pela Embrapa, os efluentes descontaminados por processos anaeróbicos de fermentação podem ser descartados seguramente na natureza ou ainda utilizados na adubação orgânica.

Conjunto de peças pré-fabricadas em concreto para a construção da fossa séptica

 

A primeira fossa ficará na área social da Associação dos Produtores Rurais do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), local escolhido por conter um bom fluxo de pessoas que utilizam o espaço nos finais de semana. É um método alternativo, de eficiência comprovada em outros lugares, mas os idealizadores querem testar in loco a sua eficácia, fazendo análises laboratoriais dos efluentes resultantes desta unidade piloto. Na sequência, o projeto do Sintraf pretende beneficiar 10 produtores orgânicos do Perímetro Irrigado da Cohidro, com a implementação da instalação em suas propriedades.

 

 

O que: Instalação da fossa séptica piloto do Perímetro Irrigado Piauí
Onde: APPIP – Rodovia SE-270, S/N – Povoado Moita Redonda – Lagarto-SE
Quando: Sexta, 25/09, a partir das 9h

Cohidro recebe nova retroescavadeira do Governo do Estado via Proinveste

 

retroescavadeira da Cohidro

Dentro do cronograma de investimentos do Governo do Estado via Proinveste, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), acaba de receber a retroescavadeira adquirida com recursos do financiamento federal, em que o projeto destinou R$ 11 milhões para o reaparelhamento da Empresa Sergipana. Em breve, a diretoria da Estatal aguarda a finalização do processo licitatório para aquisição de caminhão caçamba que associado à máquina, executarão obras nos perímetros irrigados, em locações e manutenção de poços e na reforma de aguadas.

Os investimentos ocorrem simultaneamente na reforma da infraestrutura dos perímetros irrigados Piauí em Lagarto, Califórnia em Canindé de São Francisco, Jabiberi em Tobias Barreto e Ribeira, em Itabaiana. Acrescido da compra de novos equipamentos para incrementar o trabalho destes pólos de irrigação e na atividade de perfuração e recuperação de poços artesianos, como a aquisição de bombas submersas e brocas para as perfuratrizes. Segundo o diretor de Infraestrutura (Dinfra) da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, a máquina recém adquirida terá uma função polivalente, pois contribuirá em diversas funções.

“Vai prestar apoio às equipes de perfuração, na limpeza do acesso da locação, ajuda as equipes responsáveis por recuperar antigos poços. Temos também, a cargo da Dinfra, o trabalho de combate a dessedentação animal nos períodos de estiagem, através da recuperação e ampliação de pequenas barragens rurais. Nos perímetros irrigados, a retroescavadeira poderá atuar arrumando estradas rurais, no conserto de adutoras subterrâneas, limpeza das barragens. Enfim, é um equipamento que estava fazendo falta para a Cohidro e agora vai fazer render mais o resultado de nosso trabalho”, colocou Paulo Sobral.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, agradece aos governos Estadual e Federal pelo empenho que propiciou o Proinveste à Sergipe. “Foi uma luta ganha em favor do povo sergipano e estamos fazendo por onde melhor aplicar estes recursos, para aperfeiçoar a qualidade do serviço que prestamos, de levar a presença do Estado até o homem do campo e suas famílias, suprindo as carências por recursos hídricos. Muito me orgulha fazer parte deste processo que, como muitas outras ações paralelas feito o Água Para Todos e o Águas de Sergipe, estão fazendo a Companhia ser cada vez mais atuante e presente”, concluiu.

A retroescavadeira

Adquirido em processo licitatório, ao valor de R$ 195 mil, o equipamento tem a multifunção de escavação, elevação de carga e abertura de valas. É um equipamento com tração nas quatro rodas e motor turboalimentado, que permite trafegar todo tipo de terreno e tem sistema hidráulico reforçado, com bomba dupla de engrenagens, o que oferece uma vazão hidráulica de até 152 litros por minuto, reduzindo o tempo dos ciclos para realizar as tarefas. Possui controles eletrônicos que diminuem o esforço no manuseio, acrescido de cabine refrigerada, para melhor condição de trabalho do operador.

Paulo Sobral
O equipamento tem a multifunção de escavação, elevação de carga e abertura de valas
Mardoqueu Bodano

Última atualização: 6 de maio de 2021 19:03.

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