Semarh e Cohidro propõe medidas de enfrentamento aos efeitos da seca ao Ministério da Integração

Foto: Divulgação/ Semarh

Visando identificar e propor medidas para o enfrentamento de restrições ao abastecimento de água nas sedes urbanas e nas comunidades rurais de Sergipe devido à estiagem, o secretário de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Olivier Chagas, participou na tarde desta terça-feira, 25, em Brasília, de uma reunião com o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), gerido pelos ministérios da Integração Nacional e do Meio Ambiente.

Na oportunidade, o secretário, que foi assessorado pelo superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Ailton Rocha, apresentou o diagnóstico do Estado e entregou uma Nota Técnica, que identifica e propõe medidas para o enfrentamento a estiagem nas sedes urbanas e nas comunidades rurais de Sergipe. Conforme a nota, a previsão climática indica a probabilidade do prolongamento do período de seca para o próximo ano. “As previsões climáticas para o Nordeste não são boas. O volume de nossas águas diminui cada vez mais. Precisamos planejar como enfrentar o problema”, afirma Olivier.

Essa previsão de dias mais quentes e secos, com chuvas irregulares e abaixo da média, foi atestada pelo Centro de Meteorologia da Semarh e já vem ocorrendo neste segundo semestre de 2016, estabelecendo o mesmo cenário de estiagem para os seis primeiros meses de 2017.

Medidas propostas
Diante do prognóstico nada favorável, a Semarh propôs ao MI e ao MMA algumas medidas para o fortalecimento da segurança hídrica das sedes municipais e grandes povoados, atendidos pela Deso, a exemplo do incondicional apoio aos planos de saneamento básico em todos os municípios; gestão municipal do saneamento básico, a ser implementada em conformidade com os Planos Municipais de Saneamento Básico; incrementação dos índices de micro e macromedição; além de ações que já vêm sendo executadas de forma exitosa, como a ampliação do abastecimento de água nas localidades rurais e reforço das adutoras existentes (sub-adutoras, redes de distribuição, reservatórios elevados, reservatórios apoiados e estações elevatórias).

Ao transcorrer da reunião, o secretário também evidenciou a realização do diagnóstico da população rural (inclusive a difusa) e das suas necessidades em termos de abastecimento hídrico, com a implantação de um banco de dados georreferenciado sobre esta população e uma estrutura organizacional que permite a atualização permanente dos dados.

O Programa Água Doce, uma iniciativa do Governo Federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, que visa o estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, também foi bastante elogiado e defendido por Olivier. Em Sergipe, cerca de 26 comunidades são beneficiadas com os sistemas de dessalinização.

Grupo de Trabalho
O Grupo de Trabalho Interministerial já realizou reuniões com os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco para diagnosticar rapidamente as áreas sob risco de colapsos e customizar as estratégias, sejam por intervenções de obras ou planos mais assistenciais, para que se possa atender à população com maior efetividade e no menor prazo possível.

Participação

Foto: Divulgação/ Semarh

Também participaram da reunião os presidentes da Deso, Carlos Melo, da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, e da Emdagro, Jeferson Feitosa; Rafael de Oliveira e Jonatas Assunção, do Ministério da Integração; Carlos perdigão e Sergio Ayrimoraes, da ANA; Andre Mavignier, do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – Dnocs; além de representantes da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), Secretaria de Infraestrutura Hídrica (SIH) e Codevasf .

Banco Mundial
Durante a manhã, o secretário Olivier Chagas esteve também na sede do Banco Mundial em Brasília. Acompanhado do superintendente Ailton Rocha e do presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, o gestor da Semarh foi recebido pelo representante do Banco responsável pelo Programa Águas de Sergipe, Tadeu Abicaliu. “Tratamos de diversas ações de preservação e recuperação da bacia do nosso Rio Sergipe”, explicou Olivier.

Fonte: Portal do Meio Ambiente

 

Câncer de Mama foi tema de mais uma palestra na Cohidro

O ciclo de palestras voltadas à saúde teve continuidade na última segunda-feira, 24, na Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Desta vez o tema discutido se engajou na campanha de prevenção ao Câncer de Mama, o chamado ‘Outubro Rosa’. Além disso, aplicações de vacina contra Hepatite B, Tétano e Gripe (Influenza), foram oferecidas aos servidores que não receberam a vacina no encontro do mês anterior, quando os temas tratados foram a Hipertensão e a Alimentação Saudável.

Na terceira edição do encontro mensal, a enfermeira da Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju (SMS), Marília Uchôa, ministrou uma palestra dirigida tanto às mulheres como também homens, já que a maioria possuem esposas e filhas. Ela falou um pouco mais sobre a iniciativa do ‘Outubro Rosa’. “O outubro rosa é um movimento que foi criado na década de 80 nos Estados Unidos, onde algumas mulheres com câncer de mama resolveram fazer uma corrida e chamar a sociedade para conhecer esse problema que acomete muitas mulheres. O movimento foi crescendo, e hoje graças a Deus, faz parte do calendário da saúde”, explicou.

Com o foco principal de conscientizar as mulheres na prevenção desta doença, a enfermeira ensinou o método para o autoexame na mama e explicou que é necessário faze-lo uma vez ao mês, de cinco a dez dias após a menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, fazer uma vez ao mês, em uma data fixa. “Ao notar qualquer coisa diferente, seja um nódulo na mama ou axila, irritação na pele ou com outra textura, dor na mama, inchaço, ou alguma secreção, procurem o posto médico. O passo seguinte será fazer uma ultrassonografia e para as mulheres acima dos 40 anos, uma mamografia. O profissional vai examinar para saber qual a necessidade de cada uma”.

A assistente social da Cohidro, Jaínne Oliveira, fala da importância do tema abordado neste mês, alertando os servidores. “A palestra é voltada as mulheres, mas é de grande importância para os homens que estão presentes aqui, porque eles podem repassar para suas esposas, filhas, companheiras e familiares também”. Ela acredita que a campanha adotada na Empresa, faz com que os servidores tenham consciência, adquirindo conhecimento sobre cada tema e assim trabalhando com a prevenção.

Diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jorge Kleber Soares Lima acredita que é função também da Empresa a preocupação com a saúde do servidor. “Além do que é de praxe, que é o que consta na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), sobre a prevenção de acidentes e doenças do trabalho, a atenção com a saúde geral da trabalhadora e do trabalhador, tem que ser uma constante. Até por que a instituição investe em seleção, em capacitação, em treinamento do funcionário e se ele adoece, ele se afasta, fazendo com que o órgão empregador arque com o desfalque de um posto de trabalho a menos e, nas pior das hipóteses, terá que substituí-lo por definitivo”, lamenta.

Glícia Maria dos Santos, assessora jurídica da Cohidro, assistiu à palestra e diz estar gostando da campanha, com o ciclo de palestras focado na conscientização da prevenção, com vários temas abordados mensalmente. “Achei a palestra muito boa, a palestrante é muito didática, informativa e esclarecedora. Foi excelente. Essas palestras são muito importante para esclarecer, as pessoas ainda têm um certo receio em fazer alguns exames”, considera.

José Carlos Felizola Filho, diretor-presidente da Cohidro, parabeniza os funcionários à frente do ciclo de palestras. “Elas e eles estão dando um show, a estagiária Simone Melo e a assistente social Jaínne Oliveira, do nosso Posto Médico; Genivalda Silveira da Didhu (Divisão de Desenvolvimento Humano), o Roberto Barros e a Jéssica Oliveira da Dissa (Divisão de Saúde Segurança no Trabalho) e a estagiária Bianca Vieira da Ascom (Assessoria de Comunicação). Fico honrado em perceber este desprendimento deles com a saúde dos colegas, que faz com que a Empresa dedique atenção ao trabalhador, além de suas obrigações”, avaliou.

Na oportunidade, Marília Uchôa faz um alerta também a outro tipo câncer que vitima somente as mulheres. “O Câncer de Mama e o Câncer do Colo do Útero, infelizmente ainda são duas doenças muito frequentes aqui no estado de Sergipe, mas são doenças que a gente pode prevenir. Então, nosso principal objetivo é esse: alertar sobre a importância da prevenção para essas duas doenças e comemorar o ‘Outubro Rosa’”, afirma a enfermeira, que fala ainda que além de se prevenir a partir da periodicidade nos exames, existe a prevenção com a alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.

Outros dois encontros ocorrerão até o fim do ano. No próximo mês, o tema do calendário da saúde é o ‘Novembro Azul’, quando a atenção então é voltada à saúde do homem, focando na prevenção do Câncer de Próstata e da mesma forma irá ocorrer na Cohidro, com palestras abordando e conscientizando o público masculino sobre o problema.

Comissão Interna de Prevenção De Acidentes se reúne na Cohidro

Na reunião são decididas as soluções e necessidades a serem propostas – foto: Ascom/Cohidro.

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), realiza mensalmente reuniões na sede da Empresa, na capital Aracaju, para expor e discutir as ações relacionadas à saúde e segurança do trabalho. Na última reunião realizada no dia 17, foram relatadas as soluções e necessidades a serem propostas aos demais colegas e à diretoria executiva, levando em conta a sede como também dos perímetros irrigados do interior.

A Comissão trabalha com a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, orientando os servidores e fiscalizando toda a Empresa, desde prédio, bombas e funcionários. “O objetivo das reuniões é passar para os membros da Cipa, que tenham mais atenção com os principais assuntos relacionados a saúde e segurança. Observar não só o que está acontecendo na sede, como também com o pessoal dos interiores, para que as pessoas se encarreguem de sempre usar o EPI (equipamento de proteção individual) de forma correta, orientando o funcionário dentro de qualquer situação”, relata o presidente do grupo, Pedro Américo.

É um grupo formado por 12 componentes, sendo presidente, vice-presidente, secretario e mais nove membros e suplentes, incluindo representantes do empregador e dos empregados. O presidente da Cipa seleciona membros que viajam para as unidades do interior, os perímetros irrigados da Empresa, com o propósito de fiscalizar e acompanhar, se existe alguma necessidade naquela região. Então é feito um trabalho com anotações e fotos dos locais, que estejam precisando de reforma ou manutenção e no caso dos funcionários, uniformes e EPI´s.

Diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jorge Kleber Soares Lima, expõe que a Empresa está atenta ao que a CIPA tem a dizer, tanto que incluiu as pautas do grupo no Programa Interno de Melhorias Administrativas. “As reformas feitas aqui nos forros e pinturas nos prédios administrativos e na EB (Estação de Bombeamento) do Perímetro Piauí (em Lagarto), compra de ar condicionados, novos fardamentos e EPI’s estão sendo feitas para suprir essas demandas observadas por esta Comissão de Segurança. Em outras etapas, vamos ampliar estas reformas prediais para as demais unidades da Companhia no interior e também priorizar a renovação da frota, outro item importante no quesito segurança”, avaliou.

Da reunião do dia 17, participaram o presidente da CIPA, Pedro Américo, a vice-presidente Acássia Gomes, o secretário Elierto Moura; os membros Edson Santana, Geraldo Miranda e Ofenisa Argolo. Além dos integrantes da Comissão, estiveram presentes também como convidados outros integrantes do quadro funcional da Empresa a assistente social Jaínne Oliveira e a estagiária de Serviço Social Eline Barros e o engenheiro de segurança do trabalho, Roberto Barros, eles que integram o Departamento de Segurança no Trabalho (Dissa).

Roberto Barros, desde que passou a integrar o quadro funcional da Empresa, em maio, tem acompanhado todas as reuniões da CIPA e relata o que acontece lá. “Tem um calendário com as datas das reuniões mensais, feito em uma reunião anual. Cada reunião tem sua pauta, com os principais assuntos relacionados com a saúde e segurança, tudo determinado por uma NR (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho). Abre a reunião e falam da pauta da reunião anterior – na ata tem tudo que já foi realizado – o que falta e se está precisando ainda fazer alguma coisa, então entra com os assuntos do dia”, detalhou o engenheiro.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho conta que desde que assumiu a função na Empresa, tem procurado dar voz aos servidores, inclusive dando espaço para os funcionários de carreira participarem das funções administrativas. “Crescemos o número de pessoas responsáveis pelo acompanhamento ao servidor, na Dissa. Outra ação, pensando na saúde dos trabalhadores, foi trabalhar com a Associação dos Servidores da Cohidro (ASC), a reativação do atendimento odontológico no Posto Médico da Cohidro, uma demanda que recebemos logo no início e que já foi atendida”, concluiu.

 

Proinveste é tema de reunião entre governador e secretariado

Governador reuniu secretários para tratar de investimentos do Proinveste / Fotos: Jorge Henrique/ASN

O governador Jackson Barreto reuniu parte do seu secretariado nesta sexta-feira, 21, para avaliação dos projetos e obras financiados com recursos do Proinveste. Até o momento, o Programa de Apoio ao Investimento dos Estados já soma R$ 319 milhões em obras contratadas ou que estão sendo executadas na capital e interior. O Proinveste realiza intervenções estruturantes nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e mobilidade em todo o estado. Em Aracaju, estão sendo executados o desmonte do Morro da Piçarreira (R$ 26.223.309,15), a urbanização da Avenida Euclides Figueiredo, do Residencial Santa Tereza e adjacências; drenagem e esgotamento sanitário do corredor viário da Avenida Tancredo Campos, no Residencial Santa Tereza (R$ 20.750.614,88), urbanização das Malvinas (R$ 5.330.359,68), implantação da Avenida Perimetral Oeste em Aracaju (R$ 50 milhões).

Para o governador, a avaliação é muito positiva. “Fizemos um levantamento para saber o andamento das obras. Foi uma avaliação muito importante para se ter uma definição dos rumos que vamos tomar quanto a conclusão de várias obras e a discussão das possíveis novas contratações. Foi liberada a primeira parcela do Proinveste no valor de R$ 250 milhões. Desse valor, R$ 150 milhões já foram pagos na execução de obras, compra de equipamentos de saúde, de bombas para os perímetros irrigados, entre outros. Ainda temos recursos para contratação de obras”, ressaltou.

Além de tomar conhecimento do andamento de cada empreendimento, Jackson cobrou agilidade na execução das obras. O secretário de Estado da Fazenda, Jeferson Passos, explicou que foi possível elencar os investimentos já executados e traçar as estratégias para a conclusão dos demais.

Presenças
Estiveram presentes na reunião o vice-governador e secretário da Casa Civil, Belivaldo Chagas; o secretário de Estado da Segurança Pública, João Batista; o presidente da Cohidro, Carlos Felizola; o presidente da Deso, Carlos Melo; o presidente da Cehop, Caetano Quaranta e o presidente do DER, José Vasconcelos.

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Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Cohidro implementa Programa Interno de Melhorias Administrativas

Estrutura do forro de salas da administração inviabilizavam o trabalho da Empresa – foto: Ascom/Cohidro.

Com o objetivo de compatibilizar o atendimento das necessidades operacionais das diretorias técnicas, com as observações das demandas funcionais feitas pela Diretoria Administrativa e Financeira (Diraf), da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), foram realizadas obras de reestruturação predial e a aquisição de equipamentos, tanto da sede da Empresa bem como nas instalações dos seus perímetros. No Programa Interno de Melhorias foram investidos quase R$ 300.000, na aquisição de equipamentos e reformas prediais.

Na Diraf foram elaborados estudos sobre a capacidade orçamentária e financeira, em função das prioridades elencadas nos levantamentos realizados pela Gerência de Logística (Gelog) da Cohidro. Na primeira fase do Programa, foram realizadas aquisições de ar condicionados, computadores, móveis; reforma do forro e pintura interna e externa do prédio administrativo, em Aracaju, como também das instalações da Estação de Bombeamento 01, do Perímetro Irrigado Piauí, de Lagarto.

A pintura das salas e corredores ocorre a partir da liberação das instalações, assim que é concluído o trabalho da empresa contratada para a reforma do forro. Já esta etapa abrange toda a área administrativa e também inclui, além da substituição das placas, a mudança das estruturas de sustentação do forro, serviço 70% concluído. Como a implementação do Programa de Melhorias vem para acarretar condições de trabalho mais adequadas para todos os funcionários da empresa, também está abrangendo a aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI’s), promoção de treinamentos técnicos, motivacionais e de saúde preventiva ao corpo funcional.

De acordo com o assessor da Diraf, Carlos Alberto Coutinho, a montagem dos cenários orçamentário-financeiros, a ampliação da captação da tarifa d’água junto aos irrigantes e Deso (Companhia de Saneamento de Sergipe) a definição destas prioridades, proporcionaram eficácia na execução das obras e agilidade na aquisição dos equipamentos previstos no Programa. ”Nós temos conseguido atender todas as demandas do corpo diretivo, mantendo o equilíbrio orçamentário e financeiro da Empresa. Estamos realizando um esforço continuo para honrar no prazo de vencimento, os compromissos firmados pela Cohidro, destacamos a parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), que tem sido de grande importância”, afirmou.

Diretor Administrativo da Cohidro, Jorge Kleber Soares Lima enfatizou que o sucesso alcançado pela sua equipe deve-se a coerência com que foi tratado o levantamento de custos. “Havia uma necessidade urgente na execução de obras prediais na Empresa, eram vários setores onde a continuidade do trabalho estava totalmente comprometida por limitações estruturais. Mas isso não foi motivo para desprezar a atual realidade financeira que o Estado atravessa e tudo foi feito com o mínimo possível de despesas”, considerou.

Na visão do diretor-presidente da Companhia, José Carlos Felizola Soares Filho, as transformações na área administrativa acompanham o ritmo de reestruturação que passa toda Empresa. “Completamos 05 meses retomando as obras estruturantes nos perímetros irrigados, através do Proinveste, com equipamentos adquiridos e reformas sendo realizadas. Também alavancamos a concretização da primeira fase do ‘Água para Todos’, com novos 40 sistemas de abastecimento de água fornecendo para 1.920 famílias no campo, tanto que o Ministério da Integração Nacional já nos autorizou fazer a segunda etapa do Programa, com mais 67 poços”, afirma.

O titular da Gelog, Erick Brasil, destacou que as obras são fundamentais para a redução dos custos e colabora com o bem estar dos funcionários. ”Essas reformas e as substituições de equipamentos com problemas são indispensáveis, porque permitem a melhoria nas contas, principalmente de energia. Aqui nós temos equipamentos com anos de uso e essa substituição proporciona uma diminuição significativa nos custos”, completou.

Capacitação Gerencial do Senar-SE atenderá perímetro da Cohidro em Lagarto

Na reunião foi explicado o que é a ATeG e foi aberta a inscrição dos produtores – foto: Ascom/Cohidro.

Gerenciamento rural passa pelo saber quanto se gasta para produzir e o quanto está rendendo a venda da produção. Embora seja uma simples conta de somar e subtrair, muitas vezes o agricultor não vê a necessidade de anotar tudo que acontece com a lavoura e acaba perdendo o controle da atividade que mantém a renda familiar. Em reunião realizada nesta terça-feira, dia 11, irrigantes orgânicos do Perímetro Irrigado Piauí de Lagarto, no centro-sul sergipano, conheceram e puderam se cadastrar no programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Sergipe (Senar-SE), uma capacitação para o homem do campo melhor administrar seu empreendimento.

Administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), ligada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), o Perímetro Piauí é dos projetos de irrigação pública, do Governo do Estado, onde melhor tem se difundido a prática da Agricultura Orgânica, contando com produtores com mais de 15 anos de experiência no cultivo de verduras e legumes, sem o uso de agrotóxicos. Com a ATeG vai contemplar, durante 2 anos, um grupo de 20 agricultores pertencentes a um polo agrícola voltado à Horticultura, esse diferencial fez ser Lagarto, o município escolhido pelo Senar-SE.

Gildo Almeida Lima, Gerente do Piauí, explica que reuniu 20 agricultores para conhecer as vantagens que podem trazer a ATeG. “Muitos produtores se queixam da dificuldade que é gerir os seus lotes produtivos. Afinal, com a irrigação sempre disponível e que só desligamos quando chove, eles podem produzir o ano todo sem parar. É grande a quantidade de plantios, de compras de insumos, de vezes que tem que aplicar tratos culturais, de colheitas, durante esse período. É muito fácil se atrapalhar e não é raro ver gente perder dinheiro na hora de pôr na ponta do lápis, para saber quanto gastou”, adverte, observando que a falta de mão de obra qualificada sobrecarrega o produtor, impondo mais dificuldade para o controle.

Coordenadora do programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar-SE, Luana Aragão, depois da visita feita em 11 de maio para avaliar o Perímetro, retornou a Lagarto para agora iniciar a seleção dos agricultores. Ela veio para “fazer a mobilização, apresentar como vai ser feito o projeto, falar sobre a importância do programa. Porque hoje, a maior dificuldade de todos os produtores é a questão de gerenciamento. Muitos produzem e não sabem quanto vale, quanto é o custo de produção do que ele produz. Então nossa assistência é isso: ajudar a gerenciar o produto dele para não sair perdendo”, completou.

Para o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, a oferta de capacitações do Serviço de Aprendizagem é sempre bem-vinda na visão da Empresa. “Não é a primeira vez que isso ocorre e o resultado sempre compensa. Antes eram cursos livres que ajudavam o agricultor a aprender a cuidar da terra e do seu negócio. Agora, com um programa inteiro para tanto ensinar a trabalhar com o dinheiro, como também avaliar e apontar o que pode ser mudado, o pessoal do Senar está ampliando muito as chances de suas atividades alcançarem êxito. Torço para que em Lagarto, e demais locais selecionados, o ATeG dê certo”, afirma.

Luana Aragão explica que além de capacitações periódicas, onde instrutores vão ensinar o grupo, haverá um acompanhamento individual. “Em cada município (contemplado) fica um técnico responsável, onde faz visitas mensalmente. Ou seja, no primeiro momento o técnico vai lá, passa um diagnóstico de todo propriedade, coleta todos os dados e já deixa agendada a próxima visita. Então, todo mês, o técnico vai passar por lá”, garante. Ela ainda acrescenta que haverão outros níveis de apoio. “Sem falar ainda que tem o papel do supervisor, que vai passar de três em três meses. Ele vai estar em cada propriedade, visitando, vendo se está tudo certo, se tem alguma dificuldade. Além disso eu, como coordenadora, vou estar dando um ‘pulinho’ eu todas as propriedades”.

Presidente da Associação de Produtores Orgânicos de Lagarto e agricultor do Colônia Treze, Josevan Lisboa Batista acredita que a ATeG vem para ajudar. “É louvável tudo que venha beneficiar o pequeno produtor. Nós somos trabalhadores que aprenderam a fazer fazendo, não tem qualificação, não sabe fazer uma contabilidade. Não adianta a gente dizer que faz. Não sabemos quanto gastamos e nem quanto ganhamos, vamos produzindo, vendendo e gastando o dinheiro sem ter noção”. Ele conta que existe assistência técnica para plantar e estão surgindo novos espaços próprios à comercialização desses alimentos, como a feira agroecológica em seu povoado, funcionando há 1,5 ano, toda terça. “A gente até agradece, que estamos muito bem assistidos com os técnicos, tanto pela Cohidro, quanto pela Emdagro (Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe)”.

Delfino Batista, irrigante no Perímetro Piauí, também é agricultor orgânico e faz parte da Organização de Controle Social (OCS) registrada no Ministério da Agricultura, dando ao grupo de 11 produtores a autorização para comercialização, dessa modalidade de alimento, de forma direta ao consumidor. “É bom, é mais um conhecimento, mais umas dicas que eles vão dar para produção e a renda”, considerou o produtor que quinzenalmente comercializa seus produtos na Feira da Agricultura Familiar na Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do Trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (SEIDH), toda semana na sede da Cohidro, ambos em Aracaju e participa ainda das feiras orgânicas de Lagarto.

Noutras praças aonde a Cohidro auxilia a produção de orgânicos, com a irrigação pública e assistência técnica, encontrar mercados e saber ‘emplacar’ os produtos sem ter prejuízo, também é das maiores dificuldades, como conta o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto. “Em Canindé de São Francisco, onde nós temos o Perímetro Califórnia, de uns 3 anos para cá tem crescido a participação desses produtores que aboliram o uso de agrotóxicos e até alguns já tem registro no Ministério. Por isso, outra etapa da ATeG do Senar-SE pretende ser inserida lá, preparando outros 20 produtores de frutícolas e hortaliças”, adiantou.

Doação Simultânea da Conab chega a Canindé via Cohidro

Os Produtores comparecem à reunião para se ater as regras e obrigações do PAA – foto: Ascom/Cohidro.

Agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, da Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe), aguardam ansiosos a liberação de recursos federais, na ordem de R$ 192.000, para dar início à entrega de produtos ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Conab. São 24 integrantes da Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (Assai) entregando 78 toneladas de alimentos durante um ano, para atender 2.300 pessoas em situação de insegurança alimentar, assistidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município. Em todo Estado, são quase 24 mil beneficiados em seis projetos.

É a primeira vez que um projeto proposto ao PAA, na modalidade de “doação simultânea”, está sendo deferido pela Conab, tanto no Califórnia, quanto em Canindé. Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, isso é motivo de comemoração. “Esse programa dá garantia de compra ao produtor, que passa a produzir certo de que a cada 15 dias, seu produto tem saída e pagamento seguro, com preço definido na assinatura do contrato. Não só em Canindé, mas nos nossos perímetros de Itabaiana, Lagarto e Malhador, esse benefício ao agricultor só tem sido possível por dois fatores: o total apoio de nossa Gerência de Agronegócios para formular os projetos das associações e ainda a segurança de que vai haver colheita, graças à irrigação pública fornecida durante todo ano”, garante.

Ao todo, o projeto da Assai envolve R$ 192.000 pagos aos produtores em parcelas, conforme explica o gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata. “Todo dinheiro fica depositado em uma conta em nome da associação, bloqueada e que só tem liberação por parte da Conab. Constatada a entrega, a partir da guia de recebimento emitida pela entidade receptora, a parcela referente àquela entrega cai na segunda conta, de livre acesso da Associação, para então repassar aos produtores. Se não houver confirmação de que a entrega foi feita, eles não recebem”, avisa. Ele ainda informa que R$ 1.839.445 é o valor dos seis projetos autorizados pelo PAA no Estado, cinco deles são de associações fazendo entregas, quatro desde abril.

Últimas orientações
No último dia 22, Sandro Prata acompanhou a equipe do PAA e o superintendente regional da Conab em Sergipe, José Resende dos Santos, em visita a Canindé, para uma reunião com os agricultores do Califórnia, proponentes do projeto e conhecer as instalações da Assai e do Cras. Esse encontro tinha por objetivo passar as últimas orientações aos produtores, antes deles começarem a entregar os alimentos à entidade receptora. Os técnicos da Companhia Federal reforçaram a importância do controle nas entregas de alimentos, seguindo sempre à risca o que foi proposto já que, durante o período de vigência do acordo haverá visitas de fiscalização, sem aviso prévio. Também foi momento de anunciar que, em mais tardar em uma semana, será a liberação dos recursos para pagamento das entregas.

“Falta o que? É só questão de aguardar a autorização da unidade Salvador, que é a operadora, para a gente passar para Associação e eles começarem a atender a demanda, fazer a entrega das mercadorias. Provavelmente segunda-feira, terça-feira já teremos uma posição”, disse José Resende. Ele está animado com este primeiro projeto atendendo produtores e pessoas carentes em Canindé. “É muito importante, porque vamos atender o povo e a população que necessita receber essas mercadorias, ação como a de Propriá, como Itabaiana, é do mesmo jeito”, comparou aos outros municípios onde o PAA já atua.

João Aureliano da Silva além de presidente da Assai, é produtor rural que vai entregar alimentos pelo projeto proposto ao PAA. Em seus mais de quatro hectares de área irrigada ele produz cana, milho, quiabo, cebolinha, acerola e macaxeira, estes dois últimos já estarão prontos para colher e logo incluir nas primeiras doações aos assistidos do Cras. Ele conta que, só do tempo participando na diretoria da Associação já se vão mais de 15 anos, antes tesoureiro e há oito anos, presidente. “Vale a pena, é um dinheiro que vai ajudar ao agricultor. Eu mesmo tenho interesse em trabalhar no beneficio de todos e estou animado, estamos provando que é uma Associação organizada e estamos finalizando os preparativos para a primeira entrega, graças a Deus”, agradece.

O presidente da Assai acredita que se o PAA desenvolver bem, mais irrigantes vão se interessar em participar. “Vamos nos reunir, porque somos 253 produtores (familiares) e na Associação só tem regularizado 24 pessoas. Dando certo esses, todo mundo vai se interessar, no outro contrato, todos vão estar, porque vão se animar”. Aureliano acha que o Perímetro, nos primórdios conhecido como “Projeto Califórnia”, não pode ficar sem participar do programa federal. “Um ‘Projeto’ desse é rico, tem um terreno maravilhoso, de tudo que o agricultor plantar vem e vem com força, é uma potência. Eu vejo ‘projeto’ menor que esse e as pessoas são tudo organizadas, e por que esse aqui não pode prosperar?”.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto lista os projetos que estão em pleno funcionamento nos outros perímetros administrados pela Empresa. “No Piauí (Lagarto) são 69 produtores doando para mais de seis mil pessoas atendidas por seis entidades assistenciais na cidade. Na Ribeira (Itabaiana e Areia Branca) são três associações, dos povoados São José, Lagoa do Forno e Mangueira, que juntas envolvem 104 produtores que vão assistir mais de 11.000 pessoas em entidades da Barra dos Coqueiros, Pedra Mole, Nossa Senhora das Dores e mesmo em Itabaiana. Já na Astrapicica (Associação dos Trabalhares Rurais do Perímetro Irrigado Jacarecica II), em Malhador, são 33 produtores que doam para 3,5 mil pessoas inscritas no Cras de Areia Branca”.

Um dos produtores que acreditaram no projeto da Assai, é Maria do Socorro Rodrigues dos Santos. Nos seus também quatro hectares, a goiaba e o quiabo estarão logo no ponto para colher e a área, para plantar o milho de entregar no PAA, já está sendo preparada. Para a agricultora, o Programa trás uma rentabilidade justa ao trabalho desenvolvido pelo irrigante. “Realmente, quando fala em projeto familiar, aí a gente pensa num resultados maior. Espero que dê tudo certo, pra melhorar a situação da gente. O melhor é o preço e a garantia, pois a gente sabe o que vai vender e por que valor”.

Cras de Canindé
Maria Leila dos Santos, Secretária de Bem-Estar Social de Canindé disse que o projeto aceito pelo PAA é de extrema importância para a Cidade e delegou equipes para ir até a Assai receber os alimentos e fazer a entrega à população assistida pela entidade. “A Prefeitura recebe esse projeto com muita alegria, porque a gente sabe da situação de muito beneficiário do Bolsa Família e disso a gente fez um dos critérios para que essas pessoas fossem escolhidas para ir receber o produto. Então, lá vamos nos preparar para fazer a logística e a entrega do produto, para que esse produto chegue da melhor forma possível nas mãos do beneficiários. Já está reservada a Assistência Social do Cras, que vai ficar à frente da tudo”.

Inaugurado primeiro sistema de abastecimento sergipano do Água para Todos em Japaratuba

Obra faz parte da 1º etapa do Água para Todos em Sergipe, que ao todo proverá 107 em todo estado – foto: Ascom/Cohidro.

Água potável para o consumo de 133 famílias é o feito da obra inaugurada nesta segunda-feira, 26, no Assentamento Caraíbas, em Japaratuba. O Sistema Simplificado de Abastecimento de Água surgiu a partir do programa federal Água para Todos, que no Estado é gerido pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), subsidiária da Secretaria de Estado de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). O investimento, entre recursos estaduais e da União, somado outros dois poços entregues esta semana no município, chegam a R$ 500 mil.

Criado em 2011, o Água para Todos tem como meta universalizar o acesso à água para 750 mil famílias em todo Brasil. Quem gere o programa é o Ministério da Integração Nacional e confia, ao Governo de Sergipe, a gestão do programa no Estado. Aqui serão 107 poços instalados em 29 municípios, a um investimento federal de R$ 14,4 milhões, somando à contrapartida estadual de R$ 720 mil. Serão mais de 5.000 famílias beneficiadas com água própria para o consumo humano, residentes em povoações rurais distantes das redes convencionais de distribuição de água e selecionadas a partir de levantamento socioeconômico independente, licitado pela Cohidro.

A partir do momento em que é determinada a localidade, geólogos da Cohidro fazem a locação do poço, para então outra empresa licitada faça a perfuração, deixando pronto para que uma construtora execute as obras de instalação, que contam com sistema de bombeamento, tubulações, reservatórios, cloradores e em alguns casos, filtro de ferro e dessalinizador. Em situações específicas, em convênio com a prefeitura municipal a população passa a receber a água em casa, como é o caso do Caraíbas. Eliene dos Santos, uma dos assentados do Caraíbas, considerou o acontecimento desta segunda-feira, comparável ao instante histórico em que conquistaram a posse dos lotes de reforma agrária.

“Pra mim é uma emoção muito grande, da gente está recebendo essa água aqui, porque só a dificuldade que a gente passava aqui, de não ter água de não continuar pegando de carroça. Então hoje a gente saber que pode abrir uma torneira e ter água, pra mim é uma satisfação muito grande, a mesma felicidade de quando a gente ganhou a terra”, relatou Eliane, que atua também na agroindústria Casa do Bolo – Doce Lar, projeto comunitário que funciona no Assentamento. Ela relembra quando o Assentamento Caraíbas foi criado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em abril de 2008, disponibilizando 2.150 hectares para a Agricultura Familiar.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho reforçou que embora seja um programa federal, é irrefutável a atuação do Governo do Estado para execução da obra. “Sem que, primeiramente, tivesse sido pleiteado pelo governador Jackson Barreto a vinda do Água para Todos para Sergipe, sem que esses valorosos técnicos da Cohidro tenham elaborado o planejamento acertado e a devida prestação de contas, não estaríamos vindo aqui no Caraíbas entregar essa obra, que fornece água de qualidade e que devido a este bom trabalho, o ministro da Integração (Hélder Barbalho) já sinalizou que a nossa Empresa vai poder fazer a segunda etapa, com mais 67 poços em municípios Sergipanos, em localidades aonde a nossa coirmã Deso (Companhia de Saneamento de Sergipe) ainda não pôde chegar”, defende.

Primeira etapa
A primeira etapa do Água para Todos no estado, que se conclui agora com a entrega de 40 sistemas de Abastecimento, atende um número ainda maior de povoações rurais nos municípios de Japaratuba, Frei Paulo, Japoatã, Muribeca, Ilha das Flores, Santana de São Francisco, São Francisco, Barra dos Coqueiros, Itaporanga D’Ajuda, São Cristóvão, Poço Verde, Riachão do Dantas, Divina Pastora, Siriri, Estância, Indiaroba, Salgado, Santa Luzia do Itanhy e Tomar do Geru. São 1.920 famílias atendidas pelos novos poços e investimento federal, até o momento, foi de R$ 5.280.000, sendo R$ 264.000 de contrapartida estadual. O presidente da Associação de Cooperação Agrícola do assentamento Caraíbas, Felix Ogino, agradece as instituições e pessoas envolvidas no processo que resultou nesse benefício para a sua comunidade.

“O ser humano, sem água dentro de sua casa, fica inviabilizado pra qualquer coisa. Com a gente vive no meio Rural, fica impossibilitado de produzir na sua totalidade, você tem que sair da roça, do seu trabalho, mais cedo para se deslocar até em casa, depois sair em procura de água até distante. Sem ela, é um transtorno tremendo na nossa vida. Então com a chegada dessa água melhorou em tudo, em todos os sentidos. Nós temos que agradecer ao nosso governador Jackson Barreto, também o seu Secretário Esmeraldo (Leal) e também a Cohidro, na pessoa do Sr. Paulo (Sobral), que a gente teve um imenso prazer de ter aqui conosco, nos orientando de como devemos se comportar com esse bem precioso. Também agradecer ao empenho da comunidade, a gente se juntou e fizemos nossas reivindicações”, externou Felix Ogino.

Segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, toda estrutura para fornecimento da água potável no Caraíbas foi possível graças ao investimento conjunto, entre união estado e município, que chegou a R$ 350 mil “Além desse, foram também entregues os poços dos povoados Araticum e Curral dos Bois, que custaram, respectivamente R$ 86 mil e R$ 64 mil, fazendo com que, em Japaratuba, o Água para Todos, até agora tenha proporcionado obras no valor de meio milhão de reais. Nesta mesma semana os povoados: Currais, em Japoatã; Chã do Cabral, em Salgado; Colônia do Sapé, Docelina Falador, Rio Fundo e Riachinho, em Itaporanga d’Ajuda, estão recebendo seus sistemas simplificados de abastecimento, completando os oito primeiro poços instalados pela Cohidro no programa”, informou.

Para Esmeraldo Leal, secretário de estado Agricultura, a obra dignifica a luta do povo hoje assentado no Caraíbas. “Quero dividir essa alegria com o povo, com toda a direção da Cohidro e com todos os funcionários, em especial com nosso Governador que não pode estar no evento, mas mandou sua mensagem de alegria, de gratidão a toda essa luta do povo do Caraíbas. Terra sem água é muito para quem é sem terra, mas não é o suficiente e com a chegada da água eles passam a ter além da terra, mais dignidade. Então um assentamento que já tem uma força muito grande, é muito produtivo. É símbolo inclusive, porque tem um grupo de mulheres aqui que produz de forma coletiva e agora com a chegada da água motiva ainda mais essas famílias e aumenta a capacidade de produção”, acredita.

Presenças
Presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares do Assentamento Caraíbas, Natalino da Silva; os secretários municipal de Japaratuba Antônio Carlos Mota (Administração), Saulo Britto (Comunicação Social) e José Alberto Menezes Mendonça (Agricultura). Da Cohidro, o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola João Quintiliano da Fonseca Neto; o gerente de Engenharia (Geng), Adnaldo de Santana Santos; o chefe da Divisão de Instalação e Manutenção de Poços (Dipoços), Roberto Wagner; as geólogas da Gerência de Perfuração (Geperf) Maria Auxiliadora e Samiramisthaís Linhares.

Cohidro adota medidas de racionamento de água no Jacarecica I

Gerente do Jacarecica I, Osvaldo Nunez, produtores e o Agrônomo Paulo Feitosa

Nesta quinta-feira, 22, estiveram reunidos em Itabaiana, a Diretoria de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola (Dirir) da Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe), assessor técnico da Dirir, gerente e técnicos agrícolas do Perímetro Irrigado Jacarecica I, presidente da Associação do Produtores do Perímetro e agricultores irrigantes. No encontro foram definidas as ações possíveis para manter apta, ao fornecimento de água para irrigação, a barragem do polo produtivo, que se encontra em nível abaixo do esperado para o período, devido à falta de chuvas, com redução do turno normal de fornecimento de água e de 20% da área irrigada, pretendendo-se com isso estender o volume útil do reservatório até 2017.

A Barragem Jacarecica I fornece água para irrigação de 252 hectares (ha) e a COHIDRO presta assistência técnica a 126 lotes familiares, que só em 2015 produziram 6.907 toneladas de alimentos que, em valores corrigidos (IGP-M/FGV), injetaram mais de R$ 11 milhões na economia itabaianense. Tendo como principal produto explorado a batata-doce (2.200 toneladas colhidas de janeiro a abril deste ano). Coma as medidas de racionamento de água adotadas na última semana, esta extensão de terra atendida pela irrigação cai para 200 ha. Segundo o Engenheiro Agrônomo da Dirir, Antônio Paulo Feitosa, esta ainda não foi a principal ação tomada para conter o desabastecimento do Perímetro.

“Jacarecica I tem tido um rebaixamento muito grande e mesmo considerando que a área irrigada em torno de 200 ha, hoje, com essa carência de água só tem condições de irrigar até dezembro. A partir disso praticamente a barragem não tem mais água suficiente para fazer a irrigação, caso não haja uma recarga da barragem, que só pode ocorrer com chuvas relevantes. Diante disso, estamos fazendo um trabalho de racionamento a partir dessa semana, diminuindo o turno de rega em mais uma hora/dia a menos de operação, de nove vai passar a operar oito horas por dia”, salientou Paulo Feitosa, informando ainda que a irrigação ocorre todos os dias, exceto aos domingos.

José Carlos Felizola Filho, diretor-presidente da Cohidro, adverte aos agricultores o uso consciente da água para irrigação, já que esta é a segunda vez, neste ano, que e faz necessária a redução do turno de irrigação. “No início do ano eram 11 horas e como já se anunciava um ano com poucas chances de recuperar o nível da barragem, de pouca chuva, foi reduzido para nove. Agora mais uma hora foi tirada do tempo de operação. O irrigante tem também que fazer a parte dele e evitar, a todo custo, o desperdício com vazamentos. Ao sinal de um cano quebrado, consertar imediatamente. Se presenciar o rompimento de uma adutora do próprio Perímetro, corra para avisar a gerencia do Jacarecica I. Essa água perdida pode fazer muita falta na sua lavoura”, aconselha.

Diretor de Irrigação, João Quintiliano da Fonseca Neto reforça que outra medida a se tomar cuidado com o uso da aspersão semi fixa, onde se faz necessária a movimentação do sistema de irrigação. “Ao desligar a água e desconectar os canos, para trocar de lugar na lavoura, se desperdiça em torno de 15% da água necessária para irrigar um lote. Estamos alertando o produtor para isso, que ele tem que investir em sistemas que não seja necessária a mudança de tubulação,ou seja, sistemas fixos. A microaspersão, além de ser um investimento mais econômico para cobrir toda área irrigada, se revela um método mais econômico com relação a otimização do uso da água, diminuição de mão de obra e redução de custos com insumos”, explicou.

A microaspersão faz parte do projeto de modernização dos perímetros irrigados Jacarecica I e da Ribeira, ambos da Cohidro e abrangendo tanto os municípios de Itabaiana e Areia Branca. Faz parte do programa Águas de Sergipe, de preservação e racionalização dos recursos hídricos da Bacia do Rio Sergipe. Financiado pelo Banco Mundial, todo sistema de irrigação dos lotes dos dois polos agrícolas será substituído pelo método mais eficiente e econômico. “Além disso, o sistema de bombeamento e irrigação dos lotes será automatizado e o turno de irrigação será fixado para funcionar de nove horas da noite até seis da amanhã do dia seguinte, período de menor tarifação elétrica e menor incidência de evaporação pelo sol. O Programa, que pretende injetar R$ 33 milhões na irrigação pública fornecida pelo Estado, está em fase final da licitação para compra de equipamentos e obras de adaptação de infraestrutura”, completou João Quintiliano.

Alimentação Escolar dispõe de R$ 1,8 milhão para comprar de Cooperativa de irrigantes pela Cohidro

Os produtos in natura são preparados na cantina das escolas – foto: Ascom/Cohidro.

Melhorar a qualidade nutricional da merenda distribuída nas escolas, a partir do uso de ingredientes in natura, na composição das refeições, com o tempo se tornou uma preocupação do poder público. Da mesma forma que se faziam necessários mecanismos governamentais que prestigiassem o pequeno agricultor, principal responsável pela produção de alimentos que não necessitam de processos de industriais para o consumo. Juntando uma coisa com a outra, foi sancionada a Lei Federal nº 11.947, de 16 de junho de 2009, que obriga estados e municípios gastarem 30% dos recursos obtidos no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) na compra de produtos oriundos da Agricultura Familiar.

A Cooperativa dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Cooperappip) de Lagarto, participou das chamadas públicas e atualmente fornece para cinco prefeituras sergipanas, assistindo mais de 29 mil alunos. Em uma semana,esses agricultores familiares colhem e entregam quase sete toneladas de hortaliças e frutas,cultivadas por meio da irrigação pública fornecida pelo Governo do Estado e administrada pela sua subsidiária, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Fundada em 2011, a Cooperappip possui 62 cooperados, todos irrigantes do Piauí e atuantes no cultivo e fornecimento gêneros alimentícios para compor a merenda escolar do próprio município de Lagarto e também Salgado, Itabaianinha, General Maynard e Carmópolis. Ao todo, esses agricultores dispõem de R$ 1,8 milhão via chamadas públicas em que foram selecionados e recebem conforme forem feitas as entregas durante os 10 meses de vigência. Segundo o presidente da Cooperativa, Fabiano Martins Fontes, a quantidade de alimentos é determinada pelas receitas elaboradas por nutricionistas de cada cidade e a periodicidade das entregas fica estabelecida pelos editais, podendo variar entre quinzenal ou semanal.

Fabiano Martins explica que já houve período onde o critério de escolha do grupo de agricultores fornecedores, se baseava no menor preço, mas isso mudou a partir da Resolução do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) número 26, de 17 de junho de 2013. “O preço agora é determinado em pesquisa de mercado e está fixado na chamada pública que a gente concorre. Hoje é pela proximidade o primeiro critério de seleção, de preferência do mesmo município, depois influi serem alimentos oriundos de comunidade quilombola ou indígenas”, disse.

O presidente informa que os cooperados chegam a faturam até de R$ 2,8 mil por mês cada,com as entregas nos cinco projetos. “Mas se o produtor atingir os R$ 20 mil, ele vai parar de colocar, pois sua meta foi atingida. Isso varia de produtor para produtor, uns fornecem mais e os outros menos e ainda há períodos que uns colhem e outros não”, relata Fabiano. Este valor é o único limite existente para a compra Agricultura Familiar pela PNAE e é regulado pela DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) que o produtor possui. Porém, isso não impede que ele participe de outros programas de fornecimento de alimentos públicos.

“A DAP é um documento que atesta de que se trata um produtor oriundo da Agricultura Familiar, então, apto a participar como fornecedor do PNAE do FNDE, do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) da Conab e para adquirir um financiamento agrícola pelo Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), em um banco público, o agricultor vai precisar estar com esta declaração regularizada. A emissão é feita no Estado pela nossa coirmã Emdagro (Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe). Em todas estas modalidades de programas, a Cohidro oferece suporte aos agricultores irrigantes na formulação de projetos, regularizando e fornecendo a outorga d’água”, expôs o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Companhia, João Quintiliano da Fonseca Neto.

Mas o que mais influencia para o sucesso dos projetos é a disponibilidade que esses agricultores têm para produzirem alimentos durante todo ano e contemplarem os requisitos das chamadas públicas. Nisso, segundo o gerente do Perímetro Piauí Gildo Almeida Lima, a Cohidro tem papel fundamental. “Eles só conseguem colher para entregar nas escolas, durante estes 10 meses, por que tem acesso a irrigação pública fornecida pela Cohidro, que permite plantar independente da incidência de chuvas. Isso sem falar que nossos técnicos em agropecuária auxiliam na produção, analisando todo processo de plantio e orientando qual a melhor forma de cuidar das plantações”, informou.

No caso de Fabiano Martins, que também é um dos agricultores irrigantes que entrega ao PNAE, ele cultiva uma área irrigada de cerca de um hectare. “Tenho um faturamento entre R$ 2.500 a R$ 2.800 por mês, entregando macaxeira e batata-doce. Participamos fazendo entregas duas vezes ao mês para quatro das prefeituras,só não à de Carmópolis, que é semanal”, explicou. Só o projeto de Lagarto, segundo ainda o presidente da Cooperappip, são R$ 934 mil o valor total para compra de alimentos dos produtores, durante os 10 meses. “Em Lagarto foram duas cooperativas selecionadas pela chamada pública. A Coopelagarto é a outra fornecedora, que entrega produtos que nós não oferecemos, a exemplo de frutas como a melancia e a laranja”.

José Arnaldo Carvalho é um dos produtores da Cooperappip que entrega, com o veículo próprio, os produtos que planta e também de outros cooperados. Ao todo, só em Lagarto, são 80 escolas municipais recebendo esses produtos. Na Escola Municipal de Primeiro Grau Brasil, no Povoado Fazenda Grande, o agricultor fez a entrega quinzenal de 36 quilos de hortaliças e frutas e mais 16 molhos de folhosos, dieta alimentar elaborada por nutricionistas da Prefeitura e voltada para a faixa etária atendida pela unidade educacional.

A diretora da Brasil, Silvânia Almeida Lima Oliveira, conta que a escola rural atendem 50 alunos que estudam pela manhã e tarde. “São duas refeições por dia e recebemos os alimentos a cada quinzena. Quanto eles chegam, a gente confere a pesagem dos alimentos conforme está na guia de entrega. Uma guia fica com o responsável pela entrega e a outra ficara com a gente, que então encaminhamos para Secretária Municipal de Educação”, detalha o processo a servidora do município, que considera a qualidade dos alimentos dos produtores muito boa.

Valorização do produto
Lauriano Rocha é um dos produtores irrigantes do Piauí que teve as cebolas que produz entregues na Escola Brasil. “Entreguei 15 sacos de 20 quilos para toda Lagarto, na semana passada foi para Carmópolis. Também, nesse ano, forneci maracujá, macaxeira e batata-doce. Por agora só tenho a cebola, mas se um não tem, o outro tendo fornece no lugar”, tranquiliza. Sobre a vantagem de participar da cooperativa e fazer parte do PNAE ele acredita que “compensa, hoje a cebola é paga no projeto por R$ 60 o saco, no atacado, no preço comercial sai por R$ 15. O preço da chamada pública é baseado no valor local, daqui, não o valor de outras regiões, como é em outros programas e com os atravessadores”, relata ele que tem recebido, em média, R$ 2,5 mil por mês da cooperativa.

Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, a valorização dada por estes programas, aos produtores dos perímetros irrigados, auxilia na melhora da renda da Agricultura Familiar. “Participando desses projetos, eles ganham bem mais do que se fossem vender para o atravessador, que só quer obter lucro sobre o trabalho de quem planta. Ganhando mais, a família melhora de vida e a economia do lugar cresce. Melhor ainda porque os programas, no caso do PAA e do PNAE, servem para melhorar a alimentação de crianças em idade escolar ou das famílias em situação de insegurança alimentar. Nossa missão é fornecer água e assistência técnica, para que eles possam colher todo ano e suprir essa demanda assumida nos projetos”, defende.

Lagarto
Só em uma semana de entregaspara a rede municipal de Lagarto foram 729 quilos de batata inglesa, 372 de cebola, 524 de cenoura, 469 de coentro, 718 de couve, 497 de chuchu, 1.827 de macaxeira, 1.143 de mamão havaí, 154 de pimentão, 495 de tomate e 14 de quiabo. Alimentos colhidos e entregues nas escolas pelos agricultores. Esse montante irá fazer parte da merenda escolar de 14,6 mil alunos, todos assistidos com ao menos uma refeição diária.Sendo que destes, 837 estudam em período integral e assim tem acesso à alimentação mais de uma vez por dia de aula.

Desses alimentos da entrega para Lagarto, 137 quilos entre hortaliças e frutas, mais outros 30 molhos de folhosos, foram entregues na Escola Municipal Eliezer Porto, no Povoado Brejo. Nela estudam 310 alunos do primeiro ao nono ano, pela manhã e pela tarde. O vice-diretor adjunto, José Loiola Prata Neto, explica que hoje em cada um dos turnos letivos é servida uma refeição, mas quando a escola passar a oferecer educação integral, como está previsto, também haverá o almoço e com isso, receberá uma quantidade maior de alimentos. “A verdura vem de qualidade boa, é satisfatória. Mas quando vem algo de errado, tipo uma fruta muito verde, a gente reclama à Cooperativa e eles vêm e trocam”, avaliou.

Última atualização: 24 de novembro de 2019 12:46.

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