Entrega simultânea de alimentos da irrigação pública em Lagarto tem incentivo do Governo do Estado

Irrigação e assistência técnica da Coderse contribui para o agricultor atender exigências dos programas

Em um só dia, agricultores irrigantes de Lagarto, centro sul sergipano, entregaram quase 2,5 toneladas de alimentos da Compra com Doação Simultânea (CDS) via Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entregas que, na mesma quinta-feira, 18, foram colhidas, pesadas, transportadas e distribuídas às pessoas assistidas pelo Centro de Referência de Assistência Social de General Maynard, no leste sergipano.

O Irrigante do perímetro Piauí Antônio de Carvalho Neto destacou a satisfação de vender a produção em um programa que ajuda as pessoas. Ele produziu em sua unidade irrigada e entregou nesta etapa do PAA 100kg de quiabo, 80kg de pimentão, 60kg de acerola e 90kg de laranja pera. “Ajuda bastante, pois produzimos fora de época e podemos vender num melhor preço, de acordo com o projeto. É gratificante poder produzir e ajudar o próximo de maneira sustentável e boa, com mercadorias de alta qualidade do perímetro, como tem que vir”, considerou.

O agricultor Valmir Barbosa cultiva abóbora, milho verde, amendoim e mandioca em sua unidade produtiva irrigada. Ele confirma a importância de ter destino certo com preço justo. “Hoje, fiz entrega de 150kg de abóbora. O que ajuda é que tenho alguém certo para entregar e também com preço bem melhor que o do comércio. Meu sentimento é de alegria por poder ajudar, o trabalho passa a ser mais significativo”, considerou.

Sem agrotóxico
Para o agricultor Raimundo Batista Nascimento, a modalidade de compra com doação simultânea é boa para os produtores. “Não tenho o que reclamar e cada dia que passa as coisas melhoram para nós. Quero que tenham mais outros anos para a gente produzir e já entregar a produção. Temos o acompanhamento da Coderse, os técnicos são maravilhosos e nos ajudam muito. A força do nosso trabalho vem da união”, contou.

O irrigante entregou ao PAA, no dia 18, alface, couve, cebolinha e coentro, cultivados no sistema de produção agroecológica que Raimundo adotou há cerca de 15 anos. “Aqui também tem a ajuda do Governo do Estado, que vem com esses projetos através do Governo Federal e nossa responsabilidade é colocar mercadoria de boa qualidade. Não pode trazer nada ruim. Isso é muito bom e eu trabalho sem usar agrotóxico, tipo orgânico, que é bom e saudável”, complementa.

Assistência do Estado
Das frentes de atuação que o Governo do Estado para beneficiar os produtores dos perímetros irrigados, três delas ficam bem evidentes quando eles optam por participar desses programas de compras governamentais. A primeira é a irrigação o ano todo, fornecida pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Para produzir continuamente durante a vigência dos contratos, em volume para atender a demanda e atendendo aos critérios de qualidade.

A segunda frente de atuação do governo é a assistência técnica agrícola no campo. Outra atuação é a assessoria da equipe ao produtor e associações para estarem quites com a documentação, na elaboração dos projetos-proposta de entrega de alimentos e na parte de prestação de contas com os órgãos contratantes.

“São 23 produtores e eles têm o limite de mais de R$ 340 mil para entregar alimentos durante 10 meses, em entregas quinzenais. Produtos que são destinados a pessoas em insegurança alimentar de General Maynard. A gente analisa se a documentação está correta e na elaboração das propostas. E isso é com todas as associações e cooperativas. Esta que está entregando e outra que aguarda a liberação de recursos da Conab”, explicou o gerente do Perímetro Irrigado Piauí, Gildo Almeida. Ele complementa que este projeto é para atender um montante de 60,8 toneladas de alimentos durante o período de vigência.

Mais de 5 mil sergipanos têm acesso à água potável por meio do programa Água Doce

São 29 comunidades, em nove municípios, atendidas pelo Governo de Sergipe, que garante água de qualidade

Garantir o acesso à água potável é um compromisso que o Governo de Sergipe tem ampliado à população sergipana com a implantação do Programa Água Doce (PAD). A iniciativa tem transformado a vida de milhares de sergipanos, especialmente nas áreas rurais do semiárido, onde o abastecimento convencional nem sempre consegue chegar.

O Programa Água Doce é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIRD), e, em Sergipe, é gerido pela Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A execução do programa conta com a colaboração da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), que presta assistência técnica, e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que capacita as comunidades para o uso sustentável da água. Outras parcerias incluem a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), a Defesa Civil estadual e municipal, além dos próprios moradores das regiões beneficiadas.

Somente neste ano o Governo de Sergipe investiu mais de R$ 380 mil no Programa Água Doce, abrangendo manutenção, monitoramento, apoio à gestão, capacitação de operadores e sustentabilidade ambiental. São mais de cinco mil sergipanos em 29 comunidades, distribuídas por nove municípios, que têm acesso a água potável de qualidade. Segundo o coordenador estadual do Programa Água Doce em Sergipe, Vanderson Carvalho, com um fornecimento diário de 17 mil litros de água potável, o programa é uma política pública permanente que visa a recuperação, implantação e gestão de sistemas de dessalinização, integrando cuidados técnicos, ambientais e sociais.

O gestor falou sobre a importância do programa devido à formação geológica do semiárido, onde a água é predominantemente salina. “Fazemos uma análise prévia para dimensionar o dessalinizador, tratamos a água e realizamos todos os testes necessários”, explicou Vanderson, ao garantir que a água dessalinizada atende a todos os parâmetros de qualidade.

Impacto

Em Nossa Senhora da Glória, alto sertão sergipano, o Programa Água Doce beneficia diretamente as comunidades dos povoados Aningas (122 famílias), Assentamento Fortaleza (90 famílias) e Periquito (30 famílias).

Iranilda Vieira de Andrade Freitas, moradora do Assentamento Fortaleza, destacou a melhoria na qualidade de vida após a instalação do sistema de dessalinização. “A água é muito boa e saudável”, afirmou, ao acrescentar que o problema de dores de barriga causado pela água da cisterna foi resolvido. Iranilda mencionou que a família usa a água dessalinizada para beber e cozinhar, e que a quantidade fornecida é suficiente para suas necessidades diárias.

Residente na mesma comunidade, Estrina Souza Neto compartilhou sua satisfação com a água dessalinizada. “A água tem uma qualidade muito boa e não queremos que falte de jeito nenhum”, disse. Ela explicou que, antes do sistema, as pessoas da localidade dependiam da água da chuva e do Estado, mas agora a nova água é usada para todas as necessidades domésticas, melhorando significativamente a qualidade de vida.

Qualidade da água

Em relação à tecnologia utilizada, o sistema de dessalinização funciona por osmose reversa, tratando a água salina do semiárido e tornando-a potável. A ação consiste num sistema mecânico-hidráulico e elétrico, com bombas e membranas que realizam a osmose. A água dessalinizada é coletada e enviada para o Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise, garantindo que todos os parâmetros de qualidade sejam atendidos.

Vanderson ressaltou a importância da qualidade da água fornecida pelo programa. “Sabemos que a água bruta tem toxinas, alta salinidade e é salobra. Por isso, fazemos uma análise prévia para dimensionar o dessalinizador. Depois, tratamos a água e realizamos todos os testes necessários”, explicou o coordenador. 

O agricultor Ariolando Feitosa de Souza destacou a transformação que o Programa Água Doce trouxe para sua comunidade. “Receber o sistema de abastecimento de água de qualidade foi uma verdadeira bênção”, comentou, ao lembrar dos tempos difíceis, quando dependiam dos caminhões-pipa. Ele disse que a nova água é boa, de qualidade e segura para consumo, eliminando os problemas de saúde que enfrentavam anteriormente.

A comunidade coleta 30 mil litros de água por mês. A ação conta com operadores que são responsáveis por tratar e distribuir a água. O sistema de abastecimento na localidade conta com a gestão compartilhada, envolvendo o Estado, o município, a comunidade e o Governo Federal.

Ampliação

A expectativa é que sejam instalados mais 23 sistemas dessalinizadores neste e no próximo ano. Três deles já foram licitados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe, com os demais em processo final de licitação. “Temos um sistema que é em Carira, no Assentamento Luiz Carlos Prestes, que está a 85% de sua fase de conclusão, e os outros em Porto da Folha e em Poço Verde, que vão abastecer mais de 500 famílias também nessas comunidades”, informou.

A expansão do Programa Água Doce vai trazer esperança e melhorias para as comunidades do semiárido sergipano. Vanderson Carvalho frisou que o programa traz uma nova perspectiva, diminui custos e oferece autonomia às pessoas. “É um compromisso do Governo de Sergipe fornecer recursos hídricos seguros e acessíveis para todos”.

Nova variedade de goiaba foi apresentada em dia de campo no perímetro Califórnia

Cultivo da goiaba é consolidado no perímetro irrigado da Coderse e produziu 1.567 toneladas em 2023

Produtores rurais, profissionais e acadêmicos do meio agrícola de Sergipe e Alagoas participaram do Dia de Campo sobre Manejo da Goiabeira, realizado na quinta-feira, 4, em um lote do Perímetro Irrigado Califórnia, mantido pelo Governo de Estado, em Canindé de São Francisco. Na oportunidade, pesquisadores da Embrapa Semiárido apresentaram a tecnologia de plantio da variedade BRS Guaraçá em Sergipe, mais resistente à praga do nematóide.

Administra o perímetro irrigado, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A empresa assiste, com água de irrigação e assistência técnica agrícola, o irrigante Valmir Matos do Nascimento. Foi em seu lote, no Setor 7 do ‘Califórnia’, que ocorreu o Dia de Campo. Em 2022, ele recebeu 200 mudas e insumos para a criação de pomar da BRS Guaraçá, através do Programa Lagos do São Francisco. No evento, o fruticultor contou sua experiência com a nova variedade.

“Plantei (as mudas) dia 12 de março de 2022. Já tive uma safra agora em fevereiro, fiz a poda e agora estamos aguardando a próxima safra. O rendimento foi bom, deu 160 caixas. Os tratos são os mesmos, ela é ainda mais resistente. Tive problemas com nematóides antes (com outras variedades). Eu acho importante o Dia de Campo, todos trocam experiências, todos são ouvidos e aprendem coisas novas, e repassamos os nossos aprendizados. Eu fui muito consultado também”, relata Valmir Matos, sobre sua experiência com a nova variedade fruteira.

Presidente da Coderse, Paulo Sobral, leva em conta o fortalecimento das parcerias da companhia estadual e a Embrapa. “Esta, da goiaba Guaraça é uma delas. Desta vez trazendo uma solução para uma dificuldade por vezes enfrentada por nossos irrigantes aqui de Canindé, que é o nematóide. A praga prejudica a produção de muitas espécies, mas na goiabeira pode matar as plantas ao ponto do agricultor perder o pomar inteiro”, lamenta.

A goiaba é uma cultura já consolidada no perímetro Califórnia. Em 2023, foram produzidas 1.567 toneladas do fruto, o que rendeu aos produtores irrigantes, R$ 2.674.239,50 a partir da comercialização das duas safras anuais. “Trazendo agora esta solução, já testada pelo irrigante Valmir Matos por dois anos, a Embrapa dá um fôlego a esta atividade fruteira no perímetro, com perspectiva de aumentar a produção. É um culto permanente e que, fazendo os tratos culturais corretos, irrigação da Coderse e o sol do sertão, provém duas colheitas anuais é uma renda garantida ao produtor”, complementa Paulo Sobral.

Pesquisadores da Embrapa Semiárido, de Petrolina/PE; José Egídio e Jony Yuri explicaram o manejo da cultura da goiaba, desde espaçamento, adubação e poda; Diógenes da Cruz, listou quais as pragas e doenças que afetam a BRS Guaraça; e Marcelo Calgaro falou do manejo que tem que ser feito com a água, utilizando a técnica de fertirrigação. Nesta, os fertilizantes chegam até as plantas diluídas na água de irrigação.

Introdução em Alagoas
O Dia de Campo é terreno fértil para o aprendizado dos futuros profissionais do meio agronômico. para Lisley Caetano, estudante de pós-graduação e bolsista do CNpQ no Campus Piranhas do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), essas experiências vão poder ser usadas quando ela atuar na Extensão Rural. “É uma satisfação muito grande, porque essa tecnologia que nós estamos vendo aqui, nós depois vamos poder levar para os produtores de Alagoas”.

O engenheiro agrônomo Saniel Carlos, atua como técnico agrícola no IFAL
Piranhas. Para ele, a prática de cultivo da BRS Guaraçá “é um tecnologia que
vem ajudar esses produtores dessas áreas irrigadas,  do sertão de Alagoas e
de Sergipe, que está se firmando no mercado e vai ajudar os produtores,
principalmente nessa área onde tem muita infestação dos nematóides”, considerou. 

Lagos do São Francisco
O Projeto Lagos do São Francisco é uma parceria que envolve Eletrobras; Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf); Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Embrapa e Seagri; e já beneficiou aproximadamente 100 agricultores de Canindé, com o fornecimento de insumos, sementes, matrizes e ração para criatórios da galinha Canela-Preta. Através deste esforço conjunto, o perímetro da Coderse recebeu as novas goiabeiras e foi realizado o dia de campo, como complementação da introdução das suas tecnologias.

Governo do Estado auxilia irrigantes de Canindé a acessar crédito rural

Equipe da assistência técnica orienta produtores a elaborar projetos contemplados com financiamento

Agricultores do Perímetro Irrigado Califórnia, localizado em Canindé de São Francisco, alto sertão sergipano, recorrem à assistência técnica oferecida pelo Governo do Estado para acessar crédito rural. Com a orientação dos técnicos, eles elaboraram projetos aprovados para obter crédito no Banco do Nordeste (BNB), que englobam financiamento para investimento ou custeio de empreendimentos, como sistemas de irrigação, aquisição de vacas leiteiras e criação de pequenos negócios no meio rural. Somente em 2023, a movimentação financeira a partir das safras do perímetro injetou cerca de R$ 46 milhões na economia de Canindé.

Esse trabalho é parte do extensionismo rural desenvolvido nos perímetros irrigados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que identifica quais irrigantes possuem condições de alavancar suas unidades produtivas a partir da aquisição de financiamentos.

Ao mesmo tempo, os técnicos agrícolas buscam, em conjunto com o Banco do Nordeste, as melhores linhas de crédito para cada situação. Segundo o técnico agrícola da Coderse Luiz Roberto Vieira, primeiro o extensionista analisa o potencial do lote e do agricultor,  depois assessora o produtor na formalização dos documentos necessários para contrair o financiamento. Caso o agricultor seja contemplado, a Coderse o orienta e o auxilia para que ele aplique o crédito corretamente no objeto financiado.

“Os grupos B e Variável do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) são determinantes para qualquer agricultor ou agricultora que atenda às exigências do programa ter acesso a crédito adequado e suficiente aos empreendimentos econômicos desejados. Fizemos uma parceria a nível institucional, para criar projetos de financiamento no perímetro e estudos de viabilidade das atividades”, detalhou Luiz Roberto.

Ele completa que o Pronaf B tem taxas de juros bem acessíveis e prazo para pagamento a depender da atividade, que pode ser de até três anos com parcelas semestrais ou anuais para quitar o financiamento. O empréstimo pode ser renovado e, a depender do perfil do agricultor familiar, o financiamento tem juros subsidiados. “A Coderse identifica os irrigantes habilitados e com interesse no financiamento, que são assessorados quanto a documentação necessária para formalizar os projetos”, completa o técnico agrícola da Coderse.

Inicialmente, existem 12 financiamentos a serem liberados pelo BNB no perímetro Califórnia, que contemplam a construção de reservatórios, aquisição de matrizes de bovinos e caprinos, custeio para iniciar novos plantios, pomares, modernizar sistemas de irrigação ou montar pequenos negócios no campo.

A produtora Luzanira dos Anjos Santos, do Setor 6 do perímetro Califórnia, aderiu a um financiamento de R$ 12 mil para a aquisição de uma vaca leiteira, ração e construção de uma cocheira. A família da agricultora usa a irrigação para manter pomar de goiabeiras. “Estamos satisfeitos com o atendimento da Coderse. Estou sendo beneficiada como pioneira”, comemorou a primeira agricultora contemplada com o Pronaf B no perímetro Califórnia, em 2024.

“O crédito rural é uma forma de evitar que o agricultor precise do auxílio dos atravessadores para custear as novas lavouras, que diminui a renda do agricultor, que fica à mercê dos preços determinados por esses negociantes,” complementa o gerente do Califórnia, Anderson Rodrigues.

Governo do Estado investe R$ 12 mil na manutenção de dois sistemas do ‘Água Doce’ no alto sertão

Com a implantação de mais três novas unidades de dessalinização, serão 32 sistemas funcionando em Sergipe

Somente no mês de junho, quase 140 famílias da zona rural do alto sertão sergipano já foram beneficiadas com a manutenção no fornecimento de água dessalinizada. A equipe do Núcleo Estadual do Programa Água Doce (PAD) trocou seis membranas do sistema de abastecimento no povoado Areias, em Poço Redondo, e no Assentamento Mandacaru I, em Canindé de São Francisco, consertou a bomba auxiliar e ajustou o dessalinizador. Só em peças, o investimento com recursos próprios do Governo do Estado foi de aproximadamente R$ 12 mil.

De acordo com a equipe técnica da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), devido ao desgaste em seu funcionamento, as membranas de osmose reversa são itens do grupo de máquinas e equipamentos do dessalinizador que têm que ser trocados quando deixam de fazer a filtragem. O sistema de abastecimento do povoado Areias beneficia 93 famílias. Participaram do serviço o coordenador estadual do programa, Vanderson Carvalho, e o componente de serviço em dessalinizador, Claudinier Rodrigues.

“Fizemos a troca utilizando as membranas fornecidas pela Coderse. As peças são o coração do sistema, fazem a filtragem da água salina, coletada dos poços tubulares profundos, separam o concentrado e fornecem água potável para o consumo humano. Mas a unidade de produção de água dessalinizada é formada de muitos itens, como reservatórios, tanques de contenção, tubulação, e o poço. Todos são componentes que carecem de manutenção e reparo feitos pelas comunidades, Coderse, prefeituras ou em parceria entre eles”, pontuou Vanderson Carvalho.

Presente nos nove estados do Nordeste e em Minas Gerais, o PAD é uma ação do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e, em Sergipe, é coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). As suas vinculadas, Coderse e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), são as executoras do programa. São 29 unidades em operação no estado, e também por meio da Coderse, outros três sistemas atualmente estão sendo implantados em Carira, Poço Verde e Porto da Folha.

Morador do povoado Areias, Cleiton Rodrigo Vieira dos Santos ficou feliz com o conserto no dessalinizador da comunidade, que agora voltou a filtrar a água salina corretamente. “Estou tão satisfeito que o programa vem atendendo a gente, a água está super maravilhosa. Eu só tenho que agradecer. Nunca deixam a gente sem ser acolhido. Água é muito importante para a gente. A água agora está 83% mineral. É uma benção de Deus e só temos a agradecer”, destaca o usuário, com base na leitura do grau de salinidade feita pela equipe do PAD ao concluir a troca das membranas.

Mandacaru I
Outra beneficiária, Maria Auxiliadora, moradora do Assentamento Mandacaru fala o quanto o sistema de dessalinização é importante. “São cerca de 40 famílias, e a gente depende muito dessa água. É uma água saudável, sadia, tratada, muito boa”, elogiou Maria Auxiliadora.

O serviço, também realizado pela equipe da Coderse inserida no ‘Água Doce’, consertou a bomba auxiliar, que potencializa a capacidade de processamento, da água salgada para a doce. “Essa bomba é para dar um reforço na bomba principal do dessalinizador. Também regulamos o dessalinizador, para melhor fazer a produção de água potável”, concluiu Vanderson Carvalho.

Feira Junina da Ceasa Aracaju acontece de 8 a 29 de junho

Aumento na oferta e na procura de produtos juninos motiva realização do evento

Tradicionalmente realizada durante o mês junino, este ano a Feira Junina da Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju, ocorrerá entre os dias 8 e 29 de junho, de segunda a sexta-feira, das 5h às 17h, e no sábado, de 5h às 16h. Aos sábados, também serão realizadas apresentações de trios pé de serra e de quadrilhas juninas, sempre de 9h às 13h. Uma estrutura de tendas, com mais de 100 bancas comercializando todo tipo de comida típica, música, quadrilha e decoração junina, será montada no espaço do estacionamento interno da Ceasa.

O volume de cargas de milho verde já tinha se intensificado no mês de maio, com uma média semanal de 20 caminhões carregados, com até seis toneladas do produto. Contudo, o mês de junho já iniciou a primeira semana ampliando o número de veículos carregados com espigas, agora com uma expectativa de 30 a 40 caminhões por semana. O volume só aumenta, ao ritmo em que também cresce a demanda dos consumidores, ao se aproximarem os dias festivos de São João, no dia 24, e de São Pedro, 29. A Feira Junina da Ceasa surgiu para facilitar o escoamento deste e de outros produtos da culinária junina, in natura, processados ou no preparo de quitutes prontos para o consumo.

Vai ter milho verde in natura ou descascado, ralado, canjica, pamonha, bolo, mingau e outros pratos feitos com milho. O amendoim, cozido ou na composição de outros pratos prontos para o consumo, a macaxeira (aipim ou mandioca), processada ou no preparo de receitas típicas, o coco seco e outras frutas reforçam a variedade de produtos. Já virou tradição, inclusive, o café da manhã na Feira Junina da Ceasa, com todos esses pratos típicos para consumir ainda fresquinhos.

Nova gestão
A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), administra a central de abastecimento desde 1º de maio de 2024. Uma conciliação judicial atendeu a demanda do Ministério Público Estadual de Sergipe e determinou que a companhia pública, proprietária do espaço comercial, deveria substituir a associação de usuários na gestão, que vinha sendo feita desde a década de 1990 pela entidade. Ficou acordado na Justiça e passou a ser o modelo de gestão do Governo do Estado, o mínimo possível de interferência no cotidiano da Ceasa. E isso passa pela manutenção da feira junina, realizada há muitos anos.

Governo do Estado instala dessalinizadores do ‘Água para Todos’ em povoados de Riachão e Poço Verde

Coderse completa sistemas em poços salinos com dessalinizador, reservatórios extra e tanque de contenção através do programa federal

Dois poços perfurados para atender sistemas de abastecimento do ‘Programa Água para Todos’ nos povoados Barragem, em Poço Verde e Lagoa da Canafístula, em Riachão do Dantas, foram equipados com dessalinizadores. Já em funcionamento, eles fornecem água potável para mais de 80 famílias. Nesta segunda etapa do programa federal, em Sergipe, o Governo do Estado concluiu oito, dos 20 sistemas que serão implantados, para beneficiar 740 famílias residentes nas localidades.

De acordo com o operador e usuário do sistema da Lagoa da Canafístula, José Adilson de Jesus, a quantidade de pessoas beneficiadas com a água potabilizada supera o número de famílias (46) que residem na comunidade. Segundo ele, moradores de povoados mais distantes vêm fazer a coleta da água para consumo humano. “Está ajudando muito no dia a dia do morador, porque aqui era muito sofrimento. Agora com a água, é só riqueza, todos estamos felizes e agradecidos à Coderse (Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe). A água é de primeira qualidade. Antes, quem tinha usava a água de cisterna, mas muitos, como eu, usava a dos tanques (escavados) no barro”, lembrou José Adilson.

O programa é executado através de convênio entre o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Esta executa o ‘Água para Todos’ em Sergipe, por meio de sua vinculada, a Coderse. O investimento federal é de R$ 2,5 milhões, mais a contrapartida do Estado.

Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena informa que são 20 sistemas nessa etapa do ‘Água para Todos’, beneficiando 740 famílias dos municípios de Itaporanga d’Ajuda, Santo Amaro das Brotas, Estância, Indiaroba, Cristianópolis, Neópolis, Riachuelo, Pirambu, Umbaúba, Pacatuba, Japaratuba, Poço verde, Santa Rosa de Lima, Aquidabã, Riachão do Dantas e Carmópolis. Sempre em localidades distantes e que não podem ser atendidas pelas redes de distribuição da Deso ou SAAEs.

“O trabalho inicia com nossos geólogos determinando o ponto onde devemos fazer a perfuração, que a Coderse licita e fiscaliza a obra do começo ao fim. Após, é feita a análise laboratorial da água. Existe um critério de qualidade que o comitê gestor do programa determina para que seja autorizado a instalação de um sistema de abastecimento. Quando há um nível de salinidade que pode ser corrigido, como nos casos dos povoados Barragem e Lagoa da Canafístula, o ‘Água para Todos’ contempla a instalação de dessalinizadores”, explicou Ernan Sena.

Os dessalinizadores usam a tecnologia de filtros de osmose reversa. Os seus sistemas de abastecimento têm bomba, reservatório de água coletada do poço e chafarizes — comuns aos 20 sistemas — e contam ainda com reservatório de água potável, resultantes da filtragem do primeiro. Cerca de 50% da água salina é potabilizada e por isso há também um terceiro reservatório e o tanque de contenção do concentrado. Ali, parte evapora e outra é levada à uma destinação ecologicamente correta.

Fábio Francisco Cirilo, usuário do sistema do Lagoa da Canafístula, fala que a importância da água aumenta no verão, quando acaba a água da chuva coletada nas cisternas. “No inverno não, que chove bastante. Para nossa comunidade foi muito importante. A água é boa, porque percebemos que quando sai do poço ela tem um sal, mas com o sistema ela ficou 100% separada. Dá para beber tranquilo. Antes usávamos o tanque, mas com o sistema melhorou tudo”, disse. 

Histórico 

A primeira fase do ‘Água para Todos’ foi concluída em 2018, também via Seagri e Coderse. Foram beneficiadas 37 localidades rurais, em 18 municípios sergipanos, com a distribuição de água de qualidade para mais de 6.300 pessoas, a partir de investimentos, à época, de mais de R$ 4,3 milhões. Diante do sucesso nas duas fases do programa, o MIDR já sinaliza com a possibilidade de continuidade do convênio para construir mais sistemas de abastecimento.

Governo do Estado autoriza licitação de equipamento para trabalhadores da mineração no ‘Sergipe é aqui’ em Tomar do Geru

Ampliação das atividades da nova Coderse incluí a aquisição de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas

Em solenidade realizada durante a 28ª edição do ‘Sergipe é aqui’, no município de Tomar do Geru, o governador Fábio Mitidieri assinou ordem de licitação para aquisição de compressor de ar sobre rodas. A ação visa beneficiar os geruenses da Associação dos Pequenos Produtores e Trabalhadores das Pedreiras (Aspeed), em incentivo à geração de renda por meio da exploração mineral no município. O equipamento será entregue pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 250 mil.

A máquina adquirida serve para equipar um martelo pneumático, usado na perfuração das rochas graníticas para fabricar paralelepípedos e outros subprodutos. A aquisição vai ocorrer via processo licitatório de Registro de Ata de Preços e será custeada por emenda parlamentar da gestão do deputado estadual, Jorginho Araújo.

“É uma satisfação muito grande que, enquanto eu fui parlamentar, pude indicar uma emenda para o Governo do Estado, através da Coderse, para que ela pudesse adquirir um compressor para a associação”, declarou o secretário de Estado-Chefe da Casa Civil, Jorginho Araujo. Ele informa que com o equipamento, o trabalho que demora 5 horas, passa a ser feito em 20 minutos. “Obviamente, está mais do que justificado a importância desse compressor para associação e a população que faz uso, para sua subsistência, para a geração de renda, aqui no município, através da associação”, completou.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral reforçou que este é mais um passo dado pelo Governo do Estado na ampliação do elenco de ações da companhia. “Justifica a estratégia do governador Fábio Mitidieri em transformar a Cohidro, da irrigação e poços, na Coderse. Hoje com as políticas públicas de fornecimento equipamentos; de obras de saneamento rural e de distribuição de água bruta de grande porte (Adutora do Leite); e administradora da maior Ceasa de Sergipe”.

A Aspeed teve sua função reconhecida como de Utilidade Pública pela Lei Estadual nº 6.499, de 26 de novembro de 2008. Deste modo, contribuir com a geração de renda e sustento das famílias de associados que trabalham de forma autônoma, por produção, em pedreiras particulares de Tomar do Geru.

“Esse compressor facilita o processo de perfuração, pelo tempo reduzido. Tinha a ocorrência de muitos acidentes, porque era um trabalho manual. E com o compressor fica um trabalho mais humanizado. Como é mais rápido, a gente acaba praticamente zerando o número de acidentes. Hoje a gente trabalha com perfurações de até 2,4m mas ele pode fazer até 3m. Fazemos a produção do paralelepípedo, material para alicerce e as sobras servem para britagem”, explicou o presidente da associação de trabalhadores, Tenisson Santos Nascimento.

Equipamento
O objeto a ser licitado para doação, é um compressor de ar sobre rodas com suspensão compatível com acoplamento a caminhões. Pressão de 7 BAR, vazão de 293 PCMs e motor com potência máxima de 81,5 kW movido a diesel. O equipamento serve para acionar o martelo pneumático usado para perfurar rochas graníticas e moderniza a atividade de extração mineral nas jazidas geruenses.

Sergipe é aqui
Na companhia da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), na qual é vinculada ao Governo do Estado; a Coderse está sempre no ‘Sergipe é aqui’ nos municípios. Em Tomar do Geru, trouxe a oferta das de serviços de perfuração, instalação e manutenção de poços. Também mostrando como trabalha como um dos executores do Programa Água Doce em Sergipe (PAD). No ‘Sergipe é aqui’, a companhia sempre traz a maquete de uma das 29 unidades de dessalinização de água do PAD instaladas no estado.

Irrigantes do perímetro de Lagarto vão colher mais de um milhão de espigas de milho no período junino

Perímetro Piauí atende 421 propriedades agrícolas com água de irrigação e assistência técnica durante todo ano

Com a irrigação fornecida pelo Governo do Estado, sempre é tempo de plantar milho no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, centro-sul sergipano. Contudo, quando chega o mês junho, os festejos de Santo Antônio, São João e São Pedro aumentam substancialmente a demanda por milho verde. Esses agricultores irrigantes se preparam com 33 hectares plantados com o grão, com a expectativa de colher 1.056.000 espigas. A área é 50% maior que a colhida em junho de 2023 (22 hectares), e 136% maior em relação ao mesmo mês de 2022 (14 hectares).

O agricultor Gilvan Lima é irrigante do perímetro Piauí. Ele se dedica a plantar milho para colher e comercializá-lo ainda verde no período junino e tem cerca de 0,3 hectares dedicados à cultura agrícola. “Aqui, a irrigação ajuda muito a gente. Eu planto para quebrar [a espiga], porque eu acho melhor do que ele seco. O milho verde, para mim, dá mais resultado”, reforçou.

O milho verde se apresenta como uma alternativa versátil de produção não só durante a época junina. O produtor vende as espigas e pode destinar as palhas, ainda verdes, para a composição da ração animal; mas se ainda assim o produtor não conseguir a comercialização das espigas, ele pode fazer uso de toda a planta do milho à colheita mecanizada na produção de silagem, ‘rolão’, ou o grão, também para a alimentação de animais.

“Muitos irrigantes têm criatório de gado leiteiro e usam o milho e o capim irrigado no perímetro para complementar a nutrição desses rebanhos. Tem muito leite sendo produzido no perímetro e abastecendo comércios e laticínios, ao mesmo tempo em que há produtores que tiram o material cultivado na irrigação, principalmente o milho e a ‘palhada’, para comercializar com fazendas de gado fora do perímetro”, informou o gerente do perímetro irrigado de Lagarto, Gildo Almeida.

Com 421 unidades produtivas assistidas, o Piauí é um dos seis perímetros administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Todos os perímetros trabalham com a produção de milho para a venda de espigas e a produção de ração animal e contam com água de irrigação e assistência técnica agrícola, que beneficiam os produtores do grão durante todo o ano.

Crescimento
Em 2023, a produção de milho verde cresceu 20% nesses perímetros irrigados pelo Governo do Estado. Vale pontuar que naquele ano, os agricultores irrigantes atendidos pela Coderse em todo o estado colheram 5.733 toneladas do cereal, resultado superior às 4.795 do ano anterior. Caso a expectativa de produção se mantenha nessa tendência, baseada no milharal irrigado reservado para colher no próximo mês de junho em Lagarto, 2024 será um ano ainda melhor de produção do grão.

Sementes do Futuro
Além da irrigação e da assistência técnica, a Coderse distribuiu 7,2 toneladas de sementes de milho do programa Sementes do Futuro. Por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), também vinculada à Seagri, foi feita a distribuição de 206 toneladas da semente em todo o estado. O investimento do Governo do Estado foi de R$ 3 milhões, possibilitando beneficiar 20.600 famílias de 50 municípios sergipanos.

“Do Dia de São José em diante, pode plantar, pois sempre dá ótimos resultados. Eu vendo ao pessoal da Ceasa [Central de Abastecimento de Aracaju] e para todo lugar. O atravessador me compra e leva para as feiras. Este ano vai ser bom, com certeza”, complementou o agricultor irrigante Gilvan Lima.

Governo do Estado passa a administrar a Ceasa, sem mudanças no funcionamento

Coderse assume gerência em atendimento à conciliação judicial motivada pelo Ministério Público estadual e não vai mudar organização do espaço ou vínculo com usuários e clientes

O Governo do Estado voltou a administrar a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) desde o dia 1º de maio. A mudança no gerenciamento do espaço não alterou o horário de funcionamento de comercialização de hortifrutigranjeiros. A Ceasa segue aberta à população de segunda a sexta-feira, das 3h às 17h, e ao sábado, das 3h às 16h. Os mesmos atacadistas e varejistas permanecerão exercendo as atividades na localização anterior à mudança, incluindo a feira livre realizada aos sábados. O efetivo de auxiliares foi mantido em número suficiente para a normalidade das atividades.

Quando a empresa Centrais de Abastecimento do Estado de Sergipe S/A (Ceasa/SE) foi incorporada à Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), em 1991, a administração do prédio foi concedida à Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), mantendo ativa a sua função social estratégica na segurança alimentar e nutricional à população do estado. Modelo de concessão pública anos depois contestado pelo Ministério Público de Sergipe (MPSE) e que culminou no Termo de Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento, firmado na 3ª Vara Cível de Aracaju. O acordo deu o prazo de um ano para a devolução da administração da Ceasa ao Governo do Estado.

A Coderse é vinculada ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). O diretor-presidente da companhia, Paulo Sobral, informa que a empresa pública atendeu ao prazo estabelecido e passa, agora, a organizar a movimentação de mercadorias e gerenciar diretamente o vínculo do Estado com os atacadistas e varejistas usuários dos 280 pontos de venda da Ceasa, ao incluir a feira livre.

“A Assuceaju continua a existir como entidade representativa, na defesa dos direitos e organização dos comerciantes usuários. E, sem dúvida, como a principal parceira do Governo do Estado nas ações administrativas da Ceasa”, disse Paulo Sobral.

O que é a Ceasa
O espaço público de comércio tem 34.085m² de área, sendo 6.908m² ocupados por 12 blocos de prédios. Repartições físicas onde também é feita a setorização dos produtos. São 109 lojas, 71 bancas em pavilhões cobertos e, aos sábados, a parte da área de estacionamento de caminhões acomoda as mais de 100 bancas móveis dos feirantes.

“A população da grande Aracaju vem à Ceasa para adquirir hortifrutigranjeiros, produtos in natura e frescos, recém-chegados das lavouras. Mas o maior volume de produtos vai para empresas da indústria, comércio e serviços de todo estado, que também vão à central de abastecimento adquirir produtos de reposição de estoques, no atacado e com diversidade de oferta”, complementou o presidente da Coderse.

Sem mudanças
Neste primeiro momento, ocorreu a transferência da administração da Assuceaju para a Coderse, que manteve o coeficiente de 35 funcionários de apoio, além de estabelecer um escritório de gerência com pessoal administrativo extra. Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena afirma que estão mantidos os serviços de limpeza e conservação, segurança e videomonitoramento, tarifação de entrada e comercialização de mercadorias, e do uso do espaço pelos usuários fixos e feirantes.

“A intenção da Coderse é, conforme estabelece o controle efetivo das atividades e serviços prestados aos comerciantes e clientes, iniciar uma reavaliação da relação entre espaços ocupados e o valor da tarifação, mas sem que ocorram reajustes ao que era vigente à época da Assuceaju. Ao mesmo tempo fará a gradual formalização desses usuários, com a adesão a um Termo de Permissão Remunerada de Uso (TPRU), sistema vigente na maioria das Ceasas de outros estados brasileiros”, detalhou Ernan Sena.

Histórico
A Ceasa Sergipe S/A foi fundada em 13 de setembro de 1972, pelo Governo Federal. Pela Lei estadual nº 2.780, de 2 de janeiro de 1990, o Governo do Estado recebeu da União a doação das ações da empresa. Com a incorporação da Ceasa à então Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro), formalizada na Lei Estadual nº 2.960, de 9 de abril de 1991, o local continuou a funcionar como centro de comércio atacadista e varejista de hortifrutigranjeiros por meio da concessão pública à Assuceaju.

Como o prédio pertencia ao patrimônio da hoje Coderse, a companhia tinha as funções de gerenciar e fiscalizar a relação entre associação e os usuários do espaço, a atenção às normas da vigilância sanitária e a conservação do prédio público. O início do processo de transmissão da administração da Ceasa à Coderse ocorreu quando o Termo de Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento foi firmado entre o MPSE, o Governo do Estado e Assuceaju. Acordo homologado pelo juiz de Direito Augusto José de Souza Carvalho, da 3ª Vara Cível de Aracaju, em 4 de abril de 2023.

Última atualização: 6 de junho de 2024 11:17.

Acessar o conteúdo