Integração aprova trabalho e recebe solicitações da Cohidro

Novo poço do povoado Encruzilhadas

Nos dias 15 e 16 de julho, diretores da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) estiveram no Ministério da Integração Nacional (MI), em Brasília-DF, para apresentar os resultados parciais do que o Governo do Estado vem executando no “Água para Todos”, coordenado nacionalmente pela pasta federal. O modo como a Empresa está operando na instalação de novos poços e sistemas de abastecimento, pelo Programa, foi aprovado pelo MI. Outras demandas, também entregues, foram consideradas pertinentes e incluem a recuperação de barragens públicas no Alto Sertão.

Primeiramente, o Diretor-presidente, Mardoqueu Bodano, o Diretor de Infraestrutura (Dinfra), Paulo Enrique Machado Sobral e o Gerente de Perfuração de Poços (Geperf), José Albuquerque Cunha, todos da Cohidro, foram recebidos pelo Coordenador nacional do Água para Todos no MI, Dr. Marcos Miranda, na sede do Ministério. O assunto principal era o Programa, que só em Sergipe e por meio da Empresa Sergipana, vai garantir a perfuração do poço e instalação de 107 Sistemas Simplificados de Abastecimento de água, em comunidades rurais de em todo Estado.

Mardoqueu explica que são recursos da União acrescidos também por investimentos do Estado. “O investimento federal, feito nesse empenho confiado à Cohidro, foi de R$ 13.680.000 e o Governo de Sergipe entrou com a contrapartida de R$ 720 mil. Tal liberação dependeu de um planejamento realizado por nossos técnicos, que incluiu a realização de um levantamento, uma pesquisa socioeconômica às populações dessas localidades propensas em receber o novo poço e sistema de abastecimento”, lembrou o Presidente.

O Diretor Paulo Sobral acrescentou que as 107 localidades, em 28 municípios, escolhidas a partir do um levantamento socioeconômico, tiveram origem numa lista de 144 pré-selecionados. “São pedidos realizados pelas prefeituras, associações comunitárias e outras entidades governamentais. Nosso trabalho consistiu em avaliar, in loco, a real necessidade destas comunidades, se continuam carentes de uma fonte de água ou se já foram atendidas por outros programas. Trabalho este que já foi feito e fiscalizado pelo nosso departamento de serviço social“, relatou.

Essas comunidades rurais estão localizadas em 28 municípios, de todas as regiões de Sergipe, que são: Aquidabã, Barra dos Coqueiros, Carmópolis, Cristinápolis, Divina Pastora, Estância, Frei Paulo, Ilha das Flores, Indiaroba, Itaporanga d’Ajuda, Japaratuba, Japoatã, Muribeca, Neópolis, Pacatuba, Pirambu, Poço Verde, Riachão do Dantas, Riachuelo, Salgado, Santa Luzia do Itanhy, Santana do São Francisco, Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão, São Francisco, Siriri, Tomar do Geru e Umbaúba.

José Albuquerque está diretamente responsável pelo setor de geologia, que determina a localização onde serão feitos os poços, em cada localidade e também, seu departamento fiscaliza o trabalho de perfuração realizado por empresa terceirizada. Depois de perfurado, na sequência, outra equipe trabalha na implantação dos “Sistemas Simplificados de Abastecimento de Água”, etapa em que a Companhia está tramitando os últimos detalhes para lançar edital de contratação.

“Na reunião, apresentei o modelo de relatório técnico de perfuração, elaborado pela Cohidro e que fará parte do as built para prestação de contas com o MI. Além disso, o Dr. Marcos Miranda nos solicitou a apresentação de um mapa com a situação atual dos 107 poços, selecionados pelo Estado de Sergipe. O que foi providenciado ainda durante nossa estada em Brasília, com o auxilio da equipe da Geperf em Aracaju”, relatou Albuquerque.

Barragens públicas

Não menos importante, outra pauta levada ao MI é a solicitação de recursos federais para obras de recuperação e reforma das barragens públicas de Barra da Onça e Bate-Lata, no município de Poço Redondo. Construídas pelo Governo do Estado na década de 1980, os reservatórios, de médio para grande porte, represam água da chuva e precisam passar por limpeza dos sedimentos depositados em seu leito e recuperação das barreiras de concreto, para assim voltar a contribuir, como antes, com a dessedentação dos rebanhos.

“Fomos muito bem recebidos no Ministério, que também acolheu nossa solicitação por recursos para a realização de reformas nos dois açudes no Alto Sertão, acenando com a possibilidade de, a partir de setembro, a Cohidro enviar o projeto – já pronto – para ser inscrito no programa que o MI vai lançar, com recursos específicos para este tipo de obra pública”, completou o Presidente Mardoqueu. Juntas, as represas Bate-Lata e Barra da Onça beneficiam mais de dois mil habitantes e 1,5 mil animais, a partir da oferta de água assegurada pelas estruturas.

Cohidro dá suporte à Perímetro da Codevasf em Canindé

Bombas do Jacaré-Curituba

As companhias de desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), estatal do Governo do Estado, e a dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), federal, tanto administram pólos de irrigação vizinhos, em Canindé de São Francisco e Poço Redondo, como também compartilham o uso da Estação de Bombeamento (EB) 100. Nela, os equipamentos, das duas empresas, elevam a água a uma altura de 170 metros, em relação ao nível do leito natural do Rio São Francisco, fazendo-a chegar às instalações de distribuição, para irrigação dos lotes agrícolas atendidos por ambas.

Mas os 3.105 hectares de área irrigada, nos dois municípios, contidos no Projeto de Irrigação Jacaré-Curituba da Codevasf, dependem exclusivamente das duas bombas da Empresa, instaladas na EB-100. Há cerca de um mês, uma delas deu defeito. Devido a Cohidro possuir uma estrutura de logística e quadro funcional de técnicos maiores, sempre auxilia a Companhia Federal, prestando manutenção e fazendo reparos nos equipamentos das instalações que compartilha, como informou Edmilson Cordeiro, gerente do Perímetro Irrigado Califórnia, este sendo o administrado Empresa Sergipana em Canindé.

“Embora o defeito tenha ocorrido em pleno inverno, período onde ocorrem as chuvas e geralmente as bombas estão desligadas, logo elas terão que estar novamente a todo vapor, quando novamente estiar no Alto Sertão. Por isso, um projeto desse porte, como o Jacaré-Curituba, não pode depender só de uma bomba. Mas o defeito apresentado no eixo da bomba dependia da compra de peças e de serviços de metalurgia que estavam além da capacidade da Cohidro e por isso, se fez necessária a intervenção do Governo Estadual, para prover estes recursos extras ao orçamento de nossa Empresa”, detalhou Edmilson.

A partir daí, segundo o Gerente do Califórnia, ele e o Gerente de Pré-Operação do Jacaré-Curituba, Eurípedes José Lourenço, procuraram às direções de suas Companhias, para que, desse modo, fosse feito o reparo da bomba. Quem explica o que se sucedeu – propiciando que a bomba da Codevasf voltasse a operar normalmente desde o último dia 11 de julho – é o Secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal.

“Foi um pedido do Governador, Jackson Barreto, que convidou a mim e ao Said Schoucair, superintendente regional da Codevasf. E nos pediu, em função do problema temporário em relação à indisponibilidade de recursos na Codevasf, que nós fizéssemos o conserto através da Cohidro. A Diretoria da Cohidro se colocou prontamente à disposição e essa intermediação possibilitou que nós concertássemos a bomba. A intervenção do Governador e nossa ação conjunta, Secretaria da Agricultura, Cohidro e Codevasf, resolveu o problema no Perímetro Irrigado onde são mais de 700 famílias beneficiadas”, elucidou o Secretário Esmeraldo.

Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano considera natural a relação entre as duas empresas e ratifica o apoio dado à Companhia Federal. “Primeiro a nossa Companhia abrange todo Estado, sem distinção, nosso compromisso é com o provento de água e com a agricultura em Sergipe, que é também o caso do Jacaré-Curituba. Em segundo lugar, assim como nós somos subsidiários à Seagri, a Codevasf é com o Ministério da Integração Nacional (MI), parceiro que sempre está contribuindo com nossas demandas”, argumentou, dando o exemplo do Programa Água Para Todos e das três perfuratrizes que a Companhia recebeu de 2013 a 2014 ,em convênio com o MI.

Parcerias para a gestão

Ontem, 28, secretários de estado, Codevasf, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Movimento Sem Terra (MST), estiveram reunidos com o Governador de Sergipe para tratar do processo de cessão da administração do Projeto Jacaré-Curituba, aos assentados de reforma agrária que ocupam, ao todo, 36 agrovilas com 20 famílias cada uma. Na oportunidade, Jackson Barreto citou a ação realizada pelo Estado em favor da recuperação da bomba da EB-100.

“Temos colaborado em todos os momentos. Este é um projeto muito grande e importante, o maior da América Latina de assentados da reforma agrária, e ainda essa semana estivemos lá para contribuir com a recuperação de bombas”, citou o Governador Jackson Barreto na reunião, acrescentando ainda que no início do Projeto Jacaré-Curituba, houve um convênio, entre União e Estado, para aquisição de terras que viriam beneficiar os assentados, assim como ajuda com despesas de energia elétrica, se referindo às tarifas sobre a EB-100, pagas hoje com verbas da Cohidro.

Ascom Cohidro com informações da ASN.

Projeto de irrigação Manoel Dionísio é apresentado para prefeitos e movimentos sociais

Secretário, prefeitos, diretores, técnicos e lideranças rurais. Foto: Ascom/Seagri

O Projeto de Irrigação Manoel Dionísio Cruz, que prevê a construção de 100 km de adutoras com capacidade para atender cinco mil agricultores familiares, foi apresentado nesta quarta-feira, 22 de julho, em evento realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

O Evento aconteceu na sala de convenções do Hotel Águas do Velho Chico, município de Canindé de São Francisco e contou com a presença do prefeito local, Heleno Silva e do prefeito de Poço Redondo, Roberto Araújo, além de vereadores, representantes dos movimentos sociais, colônias de agricultores, técnicos e diretores da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal falou da alegria de apresentar aquele estudo contratado pelo Governo de Sergipe e do significado da apresentação pública. “Não basta o governo contratar a elaboração de um projeto tão grandioso como este e fazer apenas uma discussão técnica de gabinete. Então promovemos uma mobilização com autoridades locais e movimentos sociais, com o sentimento de que esse não é apenas um desejo do governo, mas de toda a sociedade. Sabemos da luta e do compromisso do povo do sertão com este projeto e acredito em sua conquista”, destacou Esmeraldo.

O prefeito de Canindé, Heleno Silva, disse está muito esperançoso com mais um projeto de irrigação para a região. Ele explicou que “a irrigação muda o cenário da produção para melhor. Isso significa emprego, renda e melhoria da qualidade de vida para nosso povo. Quero parabenizar o Governo do Estado por dá mais um passo nesse projeto que é suma importância para nossa região”.

Roberto Araújo, prefeito de Poço Redondo, lembrou-se dos momentos de luta na área da antiga fazenda Quixabeira, local onde hoje estão as colônias de agricultores que serão contemplados com a irrigação. “Esse projeto é um sonho para nós. A partir dele, pode nasce futuros projetos que vão contemplar outros municípios da região”, disse o prefeito. Ele elogiou a bela homenagem de se colocar o nome de Manoel Dionísio Cruz no projeto que vai beneficiar agricultores familiares, visto que ele foi um grande defensor das causas populares.

Apresentação do Projeto
A apresentação do Projeto técnico de irrigação foi feito pelo engenheiro agrônomo da Empresa de Engenharia Projetec, Jailton Carvalho Sá. Participaram também da mesa técnica de apresentação o engenheiro agrônomo da Seagri, Claudio Menezes Lima, e o engenheiro agrônomo da Cohidro, Paulo Feitosa.

Pelos dados apresentados, o Projeto de Irrigação Manoel Dionísio está localizado no município de Canindé de São Francisco e sua execução exigirá um aporte de R$ 125 milhões. “A previsão é atender 1.156 famílias que desenvolverão atividades produtivas em lotes de cinco hectares voltados para fruticultura irrigada e lotes de 20 a 25 hectares para pecuária leiteira. Ao todo serão beneficiados 2.300 hectares irrigados com captação de água do Rio São Francisco”, explica Jailton Carvalho.

Na apresentação do estudo, o técnico da Projetec garante que o projeto é extremamente viável. “As atividades produtivas são a fruticultura irrigada e a pecuária leiteira sustentável. Os lotes da fruticultura receberão tecnologias modernas de irrigação e serão voltados principalmente para as culturas da goiaba, abacaxi, milho verde e abóbora”, destaca o técnico.

Segundo o engenheiro da Seagri, Cláudio Lima o estudo levou em consideração todos os assentamentos do INCRA e as Colônias já existentes na área do Projeto. Disse que “o projeto sai de uma característica empresária para atender ao pequeno agricultor familiar, gerando renda e melhoria da qualidade de vida”.

Já o técnico da Cohidro, Empresa que atua como colaboradora técnica no projeto, citou sua ida à Brasília, no dia 14 de maio, onde participou da reunião na Secretaria Nacional de Irrigação, do Ministério da Integração Nacional (MI), que viabilizou verba orçamentária de R$ 125 milhões para a construção do pólo de irrigação. “O Manoel Dionísio foi projetado para bombear água da Represa da Hidroelétrica de Xingó, mas muda a forma de abastecimento quando estiver pronto o Canal de Xingó, que pretende trazer água da Bahia até Nossa Senhora da Glória, passando por Poço Redondo, Porto da Folha e Monte Alegre”, relatou Paulo Feitosa.

Para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, o Perímetro Manoel Dionísio vai aumentar a área atendida pela irrigação pública no Alto Sertão. “Além do Califórnia, administrado pela Cohidro e do Jacaré-Curituba, da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), este novo perímetro amplia o acesso a uma agricultura familiar suprida pela irrigação. Com isso, serão mais de 6,5 mil hectares de terra em plena produção de alimentos, com o advento da água do Rio São Francisco, em Canindé e Poço Redondo”, concluiu.

Um dos que falou após a apresentação técnica foi Carlos Fontenelle, naquela oportunidade representando o mandato popular do deputado João Daniel. Ele fez uma retrospectiva dizendo que “esse projeto tem origem em 2004 e envolve a luta dos trabalhadores. Na concepção original, o projeto era para os empresários. Depois de muita luta, os trabalhadores conquistaram uma negociação e ficou definido que 80% dos lotes ficaria para os trabalhadores e 20% para os empresários. Hoje o projeto está voltado totalmente para a Agricultura Familiar. Portanto, não está caindo do céu, tem uma participação e mobilização forte dos trabalhadores, principalmente do Movimento Sem Terra (MST)”, detalhou.

O representante da Fetase, José Júlio, avalia o projeto como de grande importância para os irrigantes, para a região e para o Estado. Ele destacou a luta do MST como principal movimento que batalhou pela conquista do projeto e comentou da felicidade de ter o nome de Manoel Dionísio imortalizado nesse empreendimento.

Já o líder nacional do MST, Gileno Damasceno, disse que esse diálogo promovido pela Seagri é importante para se construir uma proposta que atenda verdadeiramente aos agricultores. Segundo ele, o projeto precisa apenas de alguns ajustes, mas que contempla as propostas do Movimento.

Fonte: Assessoria de Comunicação da SEAGRI

Sergipe mais justo: Barragens do Alto Sertão já foram reformadas pela Cohidro

Barragem do Povoado Serra do Brijinho, Poço Redondo

Obras realizadas na zona rural dos municípios do Alto e Médio Sertão Sergipano estão trazendo alento às regiões que mais carecem nos períodos de seca. Sete represas de uso coletivo, em povoados e mais 400 pequenas aguadas de micro-pecuaristas, estão sendo limpas e recuperadas na edição 2014 do “Programa de Recuperação de Barragens”. Em todo Estado serão 710 reservatórios reformados, a partir da cooperação entre as secretarias de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) e da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), representada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), órgão executor do Projeto.

Só em Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre, e Nossa Senhora da Glória, Gararu, Feira Nova, Graccho Cardoso, Itabi e Nossa Senhora de Lourdes, a iniciativa do “Programa Sergipe Mais Justo” vai investir R$ R$ 1.086.994,05, do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), para combater a falta d’água nos períodos mais secos, focando principalmente na dessedentação animal em pequenas criações de até 19 cabeças de gado. São municípios onde é geralmente decretado “estado de emergência” e com as barragens reformadas, aumenta a capacidade de armazenamento da água das chuvas nessas localidades.

Segundo o diretor de Infraestrutura da Cohidro, Paulo Henrique Sobral, as obras tiveram início no dia 25 de setembro e mais de 170 pequenas e outras 3 barragens públicas já estão prontas. “No povoado Fortaleza, em Nossa Senhora da Glória, no Assentamento Santa Rita, em Canindé de São Francisco e no Povoado Serra do Brijinho, em Poço Redondo as barragens públicas que atendem a população e os pequenos criadores gado já estão com a reforma concluída. Todas aumentaram a capacidade de armazenamento em até 300%, foram ampliadas e passaram pela limpeza da lama acumulada nos leitos”, confirmou.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, diz que a meta do Programa é superar as edições dos dois anos anteriores. “Agora a intenção é reformar mais barragens do que em 2012 e 2013, onde foram 510 e 517, respectivamente. Em todo Estado serão 710 barragens, sendo 10 delas comunitárias, maiores. Serão investidos pelo Governo de Sergipe, ao todo, R$ 1.890.492,53. São as políticas públicas oferecendo aos pequenos criadores, como alternativa ao êxodo rural, a opção de ficar em suas localidades de origem produzindo e tirando de sua terra o sustento da família”, reforçou.

Canindé
O Assentamento Santa Rita fica 25 km distante da sede municipal de Canindé. Localidade de difícil acesso e castigada pelo verão rigoroso, onde cerca de 40 famílias tem como principal atividade a criação de gado. Contavam com uma antiga barragem próxima do centro da povoação. Um barreiro que acumulava pouca água e por este motivo, limitava a quantidade de criadores que ou iam buscar água de carroça, ou levavam o gado até às margens do reservatório para beber. A obra que o Governo do Estado fez no local ampliou a barragem, a deixando cerca quatro vezes maior do que era.

Renato Silva Santos, todo dia, pega da água que resta no fundo da barragem para levar até as 10 cabeças de gado que cria no lote do pai, enchendo os tonéis que carrega em sua carroça puxada por dois jumentos. “Nunca vi secar, dos 10 anos que eu moro aqui, fica na lama, mas não seca. Agora vai melhorar, com a barragem maior, a água nunca vai faltar”, disse, contando que esta água é só para os animais, já que – para atendem as necessidades humanas dos moradores – tem o caminhão pipa que abastece as cisternas, água esta captada, pela Defesa Civil e Exército, do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Cohidro no município.

Poço Redondo
No Assentamento Queimada Grande, em Poço Redondo, 150 lotes serão atendidos pelas máquinas contratadas pela Cohidro para a reforma e limpeza de pequenas barragens. Segundo o coordenador do grupo de assentados, José Pereira (Zé de Lica), mais de 30 assentados já receberam o benefício em suas propriedades. “A maioria destes tanques foi feito com a criação do assentamento, mas os três maiores são de mais tempo, pertenciam às fazendas que deram origem ao assentamento. Quando as dos vizinhos secam, os outros produtores também usam estes maiores que agora foram reformados”, relatou ele, informando que o projeto de reforma agraria tem 20 anos de fundação.

Edmilson Pereira da Silva já teve a seu pequeno barreiro reformado. No Assentamento Queimada Grande desde 1996, ele cria hoje seis cabeças de gado, mas diz que já teve até 60 reses e teve que vender, por não ter água suficiente nos quatro anos de seca rigorosa que pegou. “Desde 2009 que não é limpa e precisava tirar a lama. Esse tanque junta água até quase na borda. Queira ou não queira, ajuda muito esta obra, pois se eu fosse pagar, me cobrariam uns R$ 600 pelo serviço”, explica o criador que conta que mesmo assim, quando seu reservatório seca, vai até a barragem maior do povoado “puxar água”, a qual também passou por reformas no ano passado, em convênio entre prefeitura de Poço Redondo e Governo do Estado.

Outras localidades
O engenheiro civil da Cohidro, Valdi Aragão Porto, é um dos responsáveis pela atuação da Empresa no Programa, ele coordena o que foi designado como “Lote II” que irá atender o Alto e Médio Sertão nesta edição de 2014. “Além das barragens públicas de Canindé, Glória e Poço Redondo, já prontas, estão sendo reformadas as do Povoado Serra dos Homens de Baixo, em Porto da Folha, Povoado Ouricuri, em Gararu e o Açude Público da sede municipal de Graccho Cardoso. Em breve será a vez da barragem de Lagoa das Areias, em Monte Alegre. São oito equipes de trabalho atuando simultaneamente: cinco retroescavadeiras atuam uma em cada município nas barragens menores e três grandes comboios de equipamentos, nas barragens públicas”, enumerou.

Lote II

O “Lote I” do “Programa de Recuperação de Barragens” é coordenado pelo engenheiro agrônomo da Cohidro, Luís Carlos Alves Oliveira Netto, que está atuando nos municípios de Tobias Barreto, Poço Verde, Tomar do Geru, Pinhão, Pedra Mole, Frei Paulo, Nossa Senhora Aparecida e São Miguel do Aleixo. Nessa frente de trabalho há a previsão de recuperação de 300 reservatórios de água rurais e mais três barragens públicas. “Além da Barragem do Amargosa, em Poço Verde, obra que já começou, serão atendidas as barragens comunitárias dos povoados Alagoinhas, em Tobias Barreto e Jaqueira, em Tomar do Geru”, completa.

Sergipe mais justo: Barragens do Alto Sertão já foram reformadas pela Cohidro

Obras realizadas na zona rural dos municípios do Alto e Médio Sertão Sergipano estão trazendo alento às regiões que mais carecem nos períodos de seca. Sete represas de uso coletivo, em povoados e mais 400 pequenas aguadas de micro-pecuaristas, estão sendo limpas e recuperadas na edição 2014 do “Programa de Recuperação de Barragens”. Em todo Estado serão 710 reservatórios reformados, a partir da cooperação entre as secretarias de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) e da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), representada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), órgão executor do Projeto.
Só em Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre, e Nossa Senhora da Glória, Gararu, Feira Nova, Graccho Cardoso, Itabi e Nossa Senhora de Lourdes, a iniciativa do “Programa Sergipe Mais Justo” vai investir R$ R$ 1.086.994,05, do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), para combater a falta d’água nos períodos mais secos, focando principalmente na dessedentação animal em pequenas criações de até 19 cabeças de gado. São municípios onde é geralmente decretado “estado de emergência” e com as barragens reformadas, aumenta a capacidade de armazenamento da água das chuvas nessas localidades.

Segundo o diretor de Infraestrutura da Cohidro, Paulo Henrique Sobral, as obras tiveram início no dia 25 de setembro e mais de 170 pequenas e outras 3 barragens públicas já estão prontas. “No povoado Fortaleza, em Nossa Senhora da Glória, no Assentamento Santa Rita, em Canindé de São Francisco e no Povoado Serra do Brijinho, em Poço Redondo as barragens públicas que atendem a população e os pequenos criadores gado já estão com a reforma concluída. Todas aumentaram a capacidade de armazenamento em até 300%, foram ampliadas e passaram pela limpeza da lama acumulada nos leitos”, confirmou.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, diz que a meta do Programa é superar as edições dos dois anos anteriores. “Agora a intenção é reformar mais barragens do que em 2012 e 2013, onde foram 510 e 517, respectivamente. Em todo Estado serão 710 barragens, sendo 10 delas comunitárias, maiores. Serão investidos pelo Governo de Sergipe, ao todo, R$ 1.890.492,53. São as políticas públicas oferecendo aos pequenos criadores, como alternativa ao êxodo rural, a opção de ficar em suas localidades de origem produzindo e tirando de sua terra o sustento da família”, reforçou.

Canindé
O Assentamento Santa Rita fica 25 km distante da sede municipal de Canindé. Localidade de difícil acesso e castigada pelo verão rigoroso, onde cerca de 40 famílias tem como principal atividade a criação de gado. Contavam com uma antiga barragem próxima do centro da povoação. Um barreiro que acumulava pouca água e por este motivo, limitava a quantidade de criadores que ou iam buscar água de carroça, ou levavam o gado até às margens do reservatório para beber. A obra que o Governo do Estado fez no local ampliou a barragem, a deixando cerca quatro vezes maior do que era.
Renato Silva Santos, todo dia, pega da água que resta no fundo da barragem para levar até as 10 cabeças de gado que cria no lote do pai, enchendo os tonéis que carrega em sua carroça puxada por dois jumentos. “Nunca vi secar, dos 10 anos que eu moro aqui, fica na lama, mas não seca. Agora vai melhorar, com a barragem maior, a água nunca vai faltar”, disse, contando que esta água é só para os animais, já que – para atendem as necessidades humanas dos moradores – tem o caminhão pipa que abastece as cisternas, água esta captada, pela Defesa Civil e Exército, do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Cohidro no município.

Poço Redondo
No Assentamento Queimada Grande, em Poço Redondo, 150 lotes serão atendidos pelas máquinas contratadas pela Cohidro para a reforma e limpeza de pequenas barragens. Segundo o coordenador do grupo de assentados, José Pereira (Zé de Lica), mais de 30 assentados já receberam o benefício em suas propriedades. “A maioria destes tanques foi feito com a criação do assentamento, mas os três maiores são de mais tempo, pertenciam às fazendas que deram origem ao assentamento. Quando as dos vizinhos secam, os outros produtores também usam estes maiores que agora foram reformados”, relatou ele, informando que o projeto de reforma agraria tem 20 anos de fundação.
Edmilson Pereira da Silva já teve a seu pequeno barreiro reformado. No Assentamento Queimada Grande desde 1996, ele cria hoje seis cabeças de gado, mas diz que já teve até 60 reses e teve que vender, por não ter água suficiente nos quatro anos de seca rigorosa que pegou. “Desde 2009 que não é limpa e precisava tirar a lama. Esse tanque junta água até quase na borda. Queira ou não queira, ajuda muito esta obra, pois se eu fosse pagar, me cobrariam uns R$ 600 pelo serviço”, explica o criador que conta que mesmo assim, quando seu reservatório seca, vai até a barragem maior do povoado “puxar água”, a qual também passou por reformas no ano passado, em convênio entre prefeitura de Poço Redondo e Governo do Estado.

Outras localidades
O engenheiro civil da Cohidro, Valdi Aragão Porto, é um dos responsáveis pela atuação da Empresa no Programa, ele coordena o que foi designado como “Lote II” que irá atender o Alto e Médio Sertão nesta edição de 2014. “Além das barragens públicas de Canindé, Glória e Poço Redondo, já prontas, estão sendo reformadas as do Povoado Serra dos Homens de Baixo, em Porto da Folha, Povoado Ouricuri, em Gararu e o Açude Público da sede municipal de Graccho Cardoso. Em breve será a vez da barragem de Lagoa das Areias, em Monte Alegre. São oito equipes de trabalho atuando simultaneamente: cinco retroescavadeiras atuam uma em cada município nas barragens menores e três grandes comboios de equipamentos, nas barragens públicas”, enumerou.

Lote II

O “Lote I” do “Programa de Recuperação de Barragens” é coordenado pelo engenheiro agrônomo da Cohidro, Luís Carlos Alves Oliveira Netto, que está atuando nos municípios de Tobias Barreto, Poço Verde, Tomar do Geru, Pinhão, Pedra Mole, Frei Paulo, Nossa Senhora Aparecida e São Miguel do Aleixo. Nessa frente de trabalho há a previsão de recuperação de 300 reservatórios de água rurais e mais três barragens públicas. “Além da Barragem do Amargosa, em Poço Verde, obra que já começou, serão atendidas as barragens comunitárias dos povoados Alagoinhas, em Tobias Barreto e Jaqueira, em Tomar do Geru”, completa.]

Última atualização: 15 de janeiro de 2018 08:56.

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