[vídeo] Não houve rompimento da barragem Jacarecica II

O gerente e o técnico agrícola do Perímetro Irrigado Jacarecica II, Osvaldo Andrade e Jenaldo Oliveira, gravaram estes vídeos para esclarecer a população. Assim, a Cohidro esclarece que não houve rompimento da barragem que abastece os lotes agrícolas entre os municípios de Riachuelo, Areia Branca e Malhador. A barragem não sofreu nenhum dano estrutural com as chuvas, apenas encheu e a água extravasou pelo vertedor, cumprindo sua função normal de acumular água e reter os grandes volumes que poderiam causar prejuízo a jusante.

Para se ter uma ideia, no complexo de barragens dos perímetros Jacarecica I e II, são 35.100.000 m³ de água represada e que deixa de correr o curso normal do rio. A água que extravasou do Jacarecica II, naturalmente, se somou às águas do rio Jacarecica, cujo nível já estava elevado pelas chuvas, assim como o Rio Sergipe, onde deságua mais adiante e que sofre ainda a influência das marés altas.

Da mesma forma o Painel de Segurança de Barragens, corpo de especialistas independentes convocado pelo Programa Águas de Sergipe do Governo do Estado, classificou a barragem do Jacarecica II como de baixo risco, “quanto à capacidade de descarga de seu vertedouro e à consequente possibilidade de galgamento”.

Governo do Estado reúne gabinete de situação para monitoramento de barragens e chuvas

Desde que foi dado o alerta de alto índice de precipitação, o Estado tem monitorado a situação e mantém prontidão para atender as emergências 
Diretores Paulo Sobral (presidente) e João Fonseca (Irrigação) representaram a Empresa

O Governo de Sergipe reuniu nesta quinta-feira(11), um gabinete de situação para monitoramento de barragens e chuvas. A reunião ocorreu na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade(Sedurbs), a fim de tratar da situação das barragens no estado. Já choveu nos dez primeiros dias do mês de julho, 307 milímetros, ultrapassando a média histórica para a Grande Aracaju em todo o mês, que é de 215 mm. Desde que foi dado o alerta de alto índice precipitação, o Estado tem monitorado a situação e mantém de prontidão para atender as emergências.

De acordo o secretário da Sedurbs, Ubirajara Barreto, o governo do Estado monitora a situação de todas as oito barragens e não há riscos. Porém, cinco já verteram água e a população que mora nas proximidades dessas áreas deve ficar atenta. “Todos os órgãos do governo estão empenhados neste trabalho de monitoramento das barragens e atendimento da população. Só em dez dias deste mês choveu 92mm a mais do que a média histórica para os 30 dias de julho. É importante ressaltar que no tocante a segurança da estrutura das barragens, todas estão dentro da normalidade, sem riscos”, explica o secretário.

A Companhia de Saneamento de Sergipe, Deso, esclarece que a Barragem do Poxim Açu não está vertendo água e vem cumprindo seu papel de retenção e minimização de impacto de cheias.  Segundo o diretor-presidente da Companhia, Carlos Melo, a barragem armazenou todo o acúmulo de chuvas até o momento. “As chuvas dos últimos dias surpreenderam a todos pelo alto índice e a barragem já atingiu 95,2% da sua capacidade de volume útil, sendo que a qualquer momento ela pode verter água. A Deso está com uma equipe de monitoramento constante na barragem do Rio Poxim Açu para avaliar o aumento do volume de água”, explica.

O diretor-presidente disse ainda ser importante esclarecer que a inundação que ocorre em Aracaju, no bairro Jabotiana ( Largo da Aparecida, conjuntos Santa Lúcia, JK e Sol Nascente), em Nossa Senhora do Socorro (Parque dos Faróis) e no município de São Cristóvão (Jardim Universitário) ocorreu pelas cheias do Rio Poxim Mirim e não da barragem do Poxim Açu, além da influência da amplitude da maré.

A Defesa Civil do Estado está em alerta constante para os casos de emergência e monitora as áreas de risco de inundação. Na reunião, além do coordenador estadual, Ten. Cel. Alexandre José Alves Silva, estiveram presentes os coordenadores dos municípios de Aracaju, São Cristóvão e Socorro.

“Os órgãos emergenciais estão de prontidão para atender as necessidades dos sergipanos e a Defesa Civil recomenda à população que se o nível de água dentro das residências se elevar, é importante deixar o local e procurar abrigo em lugar seguro, além de ligar para os órgãos de segurança”, disse o coordenador estadual da Defesa Civil.

Barragens do interior
Barragem João Alves, a da Ribeira, entre os municípios de Campo do Brito e Itabaiana – a população dos municípios de Itaporanga, São Cristóvão e localidades próximas à barragem deve ficar atenta ao nível da água; Jacarecica II, entre os municípios de Malhador e Riachuelo –  Municípios em situação de alerta – Laranjeiras e Riachuelo; Dionísio Machado, em Lagarto e Piauitinga, Salgado – municípios em atenção Salgado e Estância; Jabiberi, em Tobias Barreto, risco mínimo de vertimento que pode afetar a população.

Participaram da reunião, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade – Sedurbs, Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente – Serhma, Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, Defesa Civil do Estado e dos municípios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão e a Empresa Municipal de Obras e Urbanização – Emurb.

Para onde ligar em caso de emergência
Na capital, o telefone é o 199. Em Nossa Senhora do Socorro, 0800-2845367 e (79) 98834 8626. Os moradores de São Cristóvão devem ligar para o (79) 99975-4412. Em situações de emergência em qualquer lugar do estado, o contatar é 193.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Perímetros irrigados produziram mais de dois milhões de espigas de milho verde no período junino

Ozéias Beserra e espigas para uso do milho em grão [foto: arquivo pessoal]
Cozido, assado, na canjica, na pamonha, no bolo ou no cuscuz, o milho verde é bastante requisitado nas noites festivas para comemorar os santos católicos do mês de junho. Mas as mudanças climáticas que afetam o globo influenciam cada vez mais no planejamento do plantio no mês de abril, dependendo da chuva para a boa colheita no período junino. Assim, com o uso de irrigação é possível garantir a colheita e os lucros da época de consumo maior. Nos perímetros irrigados em que o governo do Estado fornece água para agricultores, a produção ocupou 124 hectares [ha] e gerou uma média de 2.480.000 espigas.

A versatilidade do milho oferece a possibilidade do seu aproveitamento para a ração animal; em forma de forragem, o pé inteiro e as espigas verdes, ou o grão seco. “Eu vendo a espiga, e o que eu não consigo vender, deixo na secagem e tiro para alimentar as galinhas e algumas ovelhas que eu tenho. A outra parte eu faço silagem, para três vacas que temos aqui”, explicou Ozéias Bezerra, irrigante do Setor 05 do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) em Canindé de São Francisco.

Neste ano, Ozeias plantou em torno de 0,75ha em três datas diferentes, para colher dia 17 e 28 junho e neste dia 5 julho que passou. “Eu planto todo ano no ‘período da fogueira’ e a irrigação é fundamental, porque quando a gente faz o plantio não está chovendo aqui ainda, ai nós irrigamos praticamente o ciclo todo do milho. Eu mesmo só fui parar de irrigar o milho de umas três semanas para cá. Do plantio até 60 dias, a irrigação no milho é primordial. E isso varia muito, tem vezes que a chuva vem mais cedo e outras que é mais tarde”, acrescentou.

A gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes, identifica que a demanda por milho é constante e garante a viabilidade dos plantios. Fator que, segundo ela, só é possível pela oferta de água distribuída pela companhia nos 333 lotes dos irrigantes. “Aqui se colhe milho todos os meses do ano.Mas geralmente uma média de 15ha são plantados ao todo, ao mesmo tempo em que se colhe outros 15ha plantados anteriormente. Já no plantio feito em abril, com previsão de colheita no período junino, foram 46ha”, informou.

Outros perímetros
No Perímetro Irrigado Piauí, outra unidade da Cohidro que leva irrigação para 421 lotes agrícolas familiares em Lagarto, o milho verde para colher no São João ocupou 38ha e, levando em conta a média de produtividade de 20 mil espigas por hectare, chegou a cerca de 760 mil unidades. Na região Agreste, os perímetros irrigados Jacarecica I e II tiveram, respectivamente, 25 e 15ha ocupados com o milho verde para colher em junho, com a produção de 500 mil e 300 mil espigas vendidas em Itabaiana, Malhador, Riachuelo e Areia Branca.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento agrícola da Cohidro, João Fonseca, explica como é realizado o processo de adubação desses locais. “Em todos os perímetros, mas principalmente em Lagarto, os agricultores estão buscando maiores produtividades para o milho utilizando a fertirrigação, que é o uso de fertilizantes diluídos na água de irrigação que leva esses nutrientes até a planta, rapidamente absorvidos pela raiz e dispensando a mão de obra da adubação manual”, detalha, acrescentando que essa mudança está sendo facilitada pela troca dos sistemas para os modelos de irrigação localizada, que consomem menos água que os aspersores convencionais.

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a troca dos aspersores e tubulações, válvulas de controle de vazão e implantação de novo sistema de controle automatizado, está sendo subsidiada pelo governo do Estado, nos perímetros de Itabaiana. “Nos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, via Programa Águas de Sergipe, investimos mais de R$ 14 milhões nessa substituição de tecnologia, que deve gerar uma economia de 50% aos cofres públicos, em comparação ao consumo em energia elétrica para bombear a água até os lotes, e deixou de consumir 60% da água que antes era empregada nesta mesma irrigação”, finaliza.

Março chuvoso e recarga hídrica de barragens aliviam serviço de irrigação pública

Barragem do Jabiberi – arquivo pessoal
Em Canindé, foram registrados 68,6 mm a mais de chuva que em março do ano anterior, tornando dispensável o uso da irrigação por alguns dias

As chuvas registradas em março tiveram efeito positivo em metade dos perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), e mantiveram estável o nível da água nas demais barragens. Em Lagarto e Tobias Barreto, ficaram completamente cheios os reservatórios que abastecem os perímetros Piauí e Jabiberi; e em Canindé de São Francisco, o levantamento pluviométrico na estação meteorológica do Califórnia mostrou um acumulado do mês 96% superior ao mesmo período do ano passado, registrando 71,40 mm e reduzindo a necessidade de uso da irrigação pelos agricultores.

Durante seis dias do mês, as bombas não precisaram ser ligadas para tocar a irrigação no Perímetro Irrigado Califórnia, localizado no Alto Sertão sergipano, onde o clima semiárido normalmente torna a irrigação indispensável para o plantio. Com isso, a Cohidro calcula uma economia de aproximadamente R$ 40 mil nos custos com energia elétrica no perímetro. “Esse avanço pluviométrico significou uma grande redução da necessidade de irrigação. Parece pouco, mas é muita coisa nesse período, pois no mesmo mês do ano passado, a gente não parou em dia nenhum”, conta a gerente local da Cohidro, Eliane Moraes.

O perímetro de Canindé não possui barragem própria, faz captação na represa da Hidrelétrica de Xingó e segue as orientações da Agência Nacional de Águas [ANA], que desde julho de 2018, não impõe restrição ao uso da água. Já em Lagarto, o perímetro irrigado da Cohidro possui barragem própria no rio Piauí, que é interestadual e sofre a influência das chuvas do Centro-Sul Sergipano e da Bahia. Segundo o diretor-presidente da companhia, Paulo Henrique Machado Sobral, talvez por isso, não tenha havido maiores preocupações com o nível da barragem durante o período de estiagem no Verão.

“Não houve risco de desabastecimento para a irrigação fornecida pela Cohidro ou para a captação da Deso [Companhia de Saneamento de Sergipe]. O Piauí foi um dos perímetros em que não precisamos fazer qualquer racionamento na distribuição de água ou suspensão, para priorizar o abastecimento de água humano, como ocorreu nos perímetros da Ribeira e no Jabiberi (Itabaiana e Tobias Barreto). No Perímetro Irrigado Jacarecica II [entre Malhador, Riachuelo e Areia Branca], também não houve prejuízos para a irrigação ou o fornecimento de água potável”, pontuou Paulo Sobral.

Na barragem do perímetro Jabiberi, a água armazenada não era suficiente para fazer verter desde setembro de 2017, até que no último domingo, 31 de março, ela voltou a ‘sangrar’. Tanto tempo sem recarga hídrica, fez com que a irrigação fornecida aos lotes fosse suspensa ainda em 2018, para priorizar a captação para consumo humano feita pela Deso. Até a distribuição de água nas zonas urbanas ficou comprometida, no início deste ano, levando o Governo do Estado e Prefeitura Municipal a buscar alternativas emergenciais de fornecimento de água para a população.

“Por enquanto não é preciso irrigar, devido à chuva que ainda tem caído na região. Assim que estiar, a gente retoma a normalidade do fornecimento de água no perímetro Jabiberi, em paralelo ao abastecimento de água potável para a cidade, agora regularizado com a barragem totalmente cheia”, afirmou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano. Ainda segundo ele, as barragens da Ribeira, Jacarecica I e I, que integram a Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, tiveram as reservas hídricas prejudicas pela pouca pluviosidade registrada em 2018. Foram 659,6mm registrados na estação do perímetro da Ribeira, contra a média anual de 1.143 mm.

Para evitar que situações como essa voltem a acontecer, o diretor afirma que o governo do Estado vem fazendo investimentos em ambas as regiões. “Nos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, em setembro de 2018, o Programa Águas de Sergipe começou a trocar todo o sistema para a irrigação localizada – modelo que economiza 60% da água [e 50% da energia elétrica]. Isso vai influenciar, a partir desse ano, na redução do consumo das reservas dessas barragens, deixando de comprometer a irrigação, como aconteceu no início de 2019. O mesmo programa também projeta a automatização das nossas estações de bombeamento, com economia de água e energia; e está reflorestando as matas ciliares da bacia hidrográfica, preservando nascentes e diminuindo o nível de assoreamento nos rios e barragens”, concluiu João Quintiliano.

Técnicos avaliam processo de capacitação do Programa Águas de Sergipe

Técnicos da Cohidro participaram do Seminário realizado pelo Águas de Sergipe (Foto: Ascom/Emdagro)

Avaliar as ações realizadas pela Emdagro no processo de capacitação em gestão de recursos naturais de agricultores familiares dentro do Programa Águas de Sergipe, esse foi objetivo do encontro, ocorrido na última terça feira (26), no Real Praia Hotel, na Orla de Atalaia, a qual contou com a participação de 48 técnicos da empresa e 02 da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos de Sergipe (Cohidro).

O presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, fez a abertura do encontro destacando todos os esforços que a empresa empregou para a consecução do que lhe coube dentro do Programa Águas de Sergipe. “Todas as metas foram superadas. Inicialmente, estava prevista a capacitação de 1000 agricultores nas áreas de agroecologia, manejo de água e solo e irrigação, e nós ultrapassamos essa meta”, comemorou ele.

“Várias ações como cursos, oficinas, dia de campo, intercâmbios, campanhas e seminários tiveram suas metas superadas, não só na questão numérica, mas, principalmente, na qualidade dos conhecimentos que foram passados a todos os agricultores beneficiados pelo programa. Além disso, nós abrimos espaço não só para agricultores e técnicos da região que se propõe o projeto, mas, também, para outras regiões”, destacou Jefferson em seu pronunciamento.

Durante o encontro, foram avaliados o desempenho das ações quanto a participação de agricultores, assimilação de conteúdo, feedback, comprometimento com os temas propostos e mudança de consciência, assim como, o engajamento dos técnicos envolvidos que, reunidos em grupos, apresentaram propostas sobre agroecologia, manejo de água e solo, irrigação, organização rural e assistência técnica e extensão rural que deverão ser incluídas no planejamento da Emdagro.

Para o coordenador da empresa contratada para o programa de capacitações, Lauro Bassi, o processo de capacitação de técnicos e agricultores familiares superou suas expectativas. “De fato estamos muito satisfeitos, porque superou nossas expectativas. Os técnicos estão muito engajados e a empresa internalizou essa questão da agroecologia, com a preocupação de dar andamento às ações trazidas pelas capacitações aqui em Sergipe de forma a efetivá-las”, comentou ele.

 

Fonte: Ascom/Emdagro

Curso de capacitação para uso adequado de agrotóxicos é realizado em Aracaju

O curso visa capacitar técnicos para o uso correto desses materiais com o objetivo de garantir a integridade tanto de quem usa, quanto da natureza
Presentes, nove profissionais da companhia, alocados na sede em Aracaju e nos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana, Jacarecica II , em Malhador; Piauí, em Lagarto; Jabiberi, em Tobias Barreto e Califórnia, em Canindé de São Francisco (Foto: Arquivo Pessoal)

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), através da Superintendência dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, realizou um curso com técnicos da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro); da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro); e de secretarias estaduais e municipais de Educação e Saúde, visando a capacitação para o uso adequado de agrotóxicos. A atividade reuniu profissionais que lidam diariamente com esses produtos para que fossem capacitados sobre o uso consciente dessas substâncias.

No curso, foi trabalhada a problemática do uso indiscriminado dos agrotóxicos, com o intuito de incentivar políticas públicas de educação ambiental que possam alertar a sociedade para novas práticas comprometidas com a questão ambiental. O Programa Águas de Sergipe está investindo quase R$ 1 milhão em ações de treinamento e capacitação para o uso adequado dos defensivos agrícolas.

“Se forem utilizados de maneira inadequada, podem gerar grandes prejuízos à natureza e ao ser humano. Então, estamos realizando uma capacitação maciça de agentes que poderão multiplicar isso para o futuro. A previsão é que essa ação permita que tenhamos menores riscos na utilização desses produtos que devem ser utilizados estritamente de forma regulamentada e dentro de normas técnicas, porque, caso não seja, ele termina contaminando os alimentos, além de refletir diretamente na saúde das pessoas que manipulam este veneno”, explica o superintendente Especial do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Olivier Chagas, ao fazer a abertura do curso.

O superintendente reforça que, além de técnicos, essa questão será debatida dentro de todas as zonas territoriais que compõem a bacia hidrográfica do rio Sergipe. “A Cohidro terá como foco treinar os irrigantes por ela assistidos. E ação também tem como prioridade os trabalhadores rurais e os seus familiares. São 1.040 famílias de trabalhadores rurais atendidas”, destaca.

O diretor técnico da Emdagro, Esmeraldo Leal, que participou do curso, ressaltou que essa gama de cursos proporcionados pelo programa Água de Sergipe vem oferecendo capacitação técnica importante para a agricultura sergipana. “Estamos vivendo um debate muito intenso em relação a como o Brasil e, nesse caso em especifico, o estado de Sergipe deve continuar produzindo muito, mas com qualidade e, para isso, é preciso discutir essa matriz produtiva das técnicas que utilizamos que é muito comum o uso de agroquímicos no campo brasileiro”, pontua.

Além disso, o diretor ressalta que a discussão deve ser algo continuado, com o objetivo de melhor informar a todos àqueles que dependem deste tipo de atividade. “O que nós discutimos no seminário é que é possível continuar produzindo muito e avançar cada vez mais na qualidade, porque isso traz impacto ao consumidor, ao próprio agricultor que aplica o agrotóxico e, ainda, reflete diretamente na natureza que acaba sendo menos contaminada. Ainda dentro desse tipo de ação, entendemos que traz também impacto econômico, pois já sabemos que podemos utilizar outras técnicas menos poluentes. O nosso debate priorizou essa questão”, acrescenta.

Ainda segundo Esmeraldo, “ficou muito claro que isso é uma transição, que temos que avançar nessa questão agroecológica e é um processo lento, mas até chegar a esse ponto de técnicas cada vez mais sustentáveis, vamos trabalhando em prol de minimizar os danos, com equipamentos específicos, com impacto cada vez menor a natureza e ao ser humano”.

O superintendente Olivier ressaltou que as atividades com cunho instrutivo, como essa, terão continuidade. “Sabemos da necessidade de instruir a todos sobre o alinhamento das questões ambientais em toda e qualquer atividade, por isso, vamos seguir com essas ações em diversos setores do estado”, finaliza.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Técnicos participam de aula prática em capacitação em agroecologia

Os profissionais foram ao campo testar metodologias aplicadas à produção agroecológica, manejo de água e solo e irrigação
Um total de 10 técnicos da Cohidro participaram da capacitação (Foto: Arquivo pessoa)

Para desenvolver na prática os conhecimentos adquiridos ao longo de uma semana de curso, 28 técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), 10 da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro) e dois da prefeitura de Itabaiana participaram de aula prática sobre conservação de solo, manejo de solo e água e agroecologia. Realizada na última sexta feira (15), no Centro de Desenvolvimento em Tecnologias Agroecológica da Emdagro, em Itabaiana, a aula faz parte da capacitação permanente prevista pelo Programa Águas de Sergipe, fruto de um contrato de financiamento entre o governo de Sergipe e o Banco Mundial.

Os profissionais foram ao campo testar metodologias aplicadas à produção agroecológica, manejo de água e solo e irrigação. A programação possibilitou o acesso a conhecimentos na descrição de perfis de solo e formas de manejo conservacionista predominantes na região, a partir da abordagem conduzida pelos instrutores Élvio Giasson e Lauro Bassi, da empresa Água e Solo. Durante a aula, também foram discutidas estratégias de orientação dos agricultores sobre a transição para a produção agroecológica, com vistas à implantação da Certificação Participativa – tema abordado Ana Paula Pogorer, consultora contratada.

Para a engenheira agrônoma Suzy Alves, da prefeitura de Itabaiana, que participou como convidada, o curso foi importante por apresentar alternativas para a agricultura. “A gente está vendo que é possível fazer uma agricultura que não degrade o meio ambiente, que não faça tanto mal à nossa saúde e que, sobretudo, ofereça aos agricultores uma mudança de postura quanto ao uso de agrotóxicos”, frisou. Ainda segundo Suzy, o município onde trabalha é popularmente conhecido pela grande utilização de agrotóxicos. “Diante disso, a gente está tentando encontrar no curso maneiras de reduzir esse uso indiscriminado para fazer com que a agricultura funcione sem degradar tanto o meio ambiente”, ressaltou.

Também na avaliação de Adailton Santos, engenheiro agrônomo e chefe do Escritório Regional da Emdagro em Lagarto, os cursos oferecidos pelo Águas de Sergipe são muito importantes pela oportunidade de capacitar os técnicos. “Os instrutores são muito preparados, e nos darão condições de estabelecer um melhor diálogo com os agricultores quando formos para o campo. As temáticas abordadas também foram muito importantes, como a agroecologia, manejo de solo e irrigação, que são temas que a gente precisa trabalhar por oportunizar a melhoria do nosso trabalho junto ao homem do campo”, opinou.

O engenheiro agrônomo do Escritório Regional de Propriá, José Vieira Lins Filho, destaca que o curso forneceu subsídio para uma abordagem mais eficaz dos agricultores para uma mudança de consciência em relação ao uso dos agrotóxicos na lavoura. “O curso foi muito importante porque tratou de questões que a gente já tem conhecimento, mas que tem dificuldades em levar para o homem do campo. Várias mudanças já foram realizadas com esses produtores e hoje a gente está tentando fazer com que eles diminuam o uso de agrotóxicos, levando para eles uma maneira de produzir pensando na conservação do solo. A resistência deles é muito grande, porque estão acostumados a plantar hoje e colher amanhã. O problema é que eles estão pegando esses produtos contaminados com um nível muito alto de agrotóxicos, para eles mesmos consumirem”, alertou.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Águas de Sergipe capacita técnicos em gestão dos recursos naturais e certificação agroecológica

O curso está sendo realizado no município de Itabaiana, dentro do processo de capacitação permanente previsto pelo Programa Águas de Sergipe
Técnicos dos perímetros irrigados da Ribeira, Piauí, Jacarecica I e II estão sendo capacitados curso – Foto: Carlos Mariz

Manejo de irrigação, conservação de solo e água, e agroecologia com ênfase em certificação orgânica foram alguns dos temas abordados no curso em Gestão de Recursos Naturais iniciado na última segunda-feira (11), pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe. Voltado para a capacitação de 28 técnicos da Emdagro e 12 convidados, sendo 10 da Cohidro e dois da prefeitura de Itabaiana, o curso está sendo realizado no município de Itabaiana, dentro do processo de capacitação permanente previsto pelo Programa Águas de Sergipe, fruto de um contrato de financiamento entre o governo de Sergipe e o Banco Mundial.

Dando as boas vindas aos participantes na abertura do curso, o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza, falou sobre a importância da produção sustentável e do consumo de produtos saudáveis. “Esta é uma grande oportunidade de atualizar conhecimentos sobre temas tão importantes quanto urgentes. A sociedade cada vez mais demanda alimentos produzidos de forma sustentável. Capacitar técnicos e agricultores familiares trará não só melhorias para o manejo do solo e dos recursos naturais, mas também o aprimoramento das técnicas de cultivo em sistemas de base agroecológica, a organização do público em relação ao comércio de produtos locais e o incremento da renda dessas famílias”, pontuou Jefferson.

Consultor da Empresa Água e Solo, Lauro Bassi foi um dos ministrantes da capacitação. De acordo com ele, o Programa Águas de Sergipe terá capacitado mais de 1.000 agricultores familiares em gestão de recursos naturais até o final de abril e, ao longo dessa semana, está capacitando 40 técnicos. “Esses sistemas de manejo de irrigação, conservação de solo e água e agroecologia já foram tratados com os agricultores, e agora estão sendo tratados de uma forma diferenciada com os técnicos. Nesse caso, a gente põe em foco a estratégia de como fazer todas essas tecnologias chegarem ao agricultor através da extensão rural”, explicou.

Ainda segundo o consultor, a capacitação dos técnicos traz a proposta de um sistema participativo de garantia, que irá assegurar que determinado produto, processo ou serviço obedeça às normas e práticas da produção orgânica. “Esse sistema é o que funciona em outros estados por causa do baixo custo, já que as certificadoras são muito caras; e é o que estamos propondo aqui. Iremos apresentar toda a metodologia de como implantar um sistema participativo de garantia para a certificação agroecológica, através do qual é possível ter a certeza de que aquele produto está dentro dos padrões exigidos pelos órgãos certificadores nacionais e internacionais”, destacou Lauro.

Para o técnico agrícola da Cohidro, Marcos Emílio de Almeida, que participa da capacitação, o curso tem a função de atualizar as formas de auxílio aos pequenos produtores, na ponta. “Um curso desses é de suma importância porque a gente trabalha no campo com vários produtores, inclusive produtores orgânicos, e temos que nos atualizar para passar esses conhecimentos para eles da melhor forma, a fim de agregar melhorias à produção e à vida desses produtores e suas famílias”, afirmou.

O chefe do escritório local da Emdagro de Itabaiana, técnico agrícola Waltenis Braga, também ressaltou a relevância dos processos de capacitação. “Muito importante poder passar por essa capacitação, porque é através de cursos como esse que ampliamos nossos conhecimentos, adquirindo outro olhar sobre a forma de fazer nosso trabalho, e levando uma Ater [assistência técnica e extensão rural] de qualidade para os nossos agricultores assistidos. Estou muito entusiasmado com a possibilidade de auxiliar na certificação dos produtos dos agricultores que adotaram a agroecologia como meio de produção”, concluiu Waltenis.

Fonte Agência Sergipe de Notícias

Batata-doce gera renda também no perímetro Jacarecica II

“Meu ganha-pão é dela, criei minha família toda com ela. Meu sustento é ela, a batata. Já tem destino, tem comprador certo para onde vai. Tem tudo certinho aqui já. Saiu, recebe”, garante o senhor Antônio dos Santos, agricultor irrigante do Perímetro Irrigado Jacarecica II. Ele e mais cerca de 80 produtores, que utilizam da irrigação pública do Governo do Estado através da Cohidro, tem como principal atividade a produção da batata-doce neste polo agrícola situado entre os municípios de Malhador, Riachuelo e Areia Branca.

Esta história de sucesso foi contada no programa Sergipe Rural, da Aperipê TV na edição do sábado passado, 02. Do alto de seus 40 anos lidando com a batata-doce, o seu Antônio tem autoridade ao eleger a variedade preferida para plantar e de encontrar mercado. “Essa roxa ai é mais ligeira, mais rápida para plantar, colher, lavar, ensacar, para tudo ela é mais rápida que a branca”, avalizou. Além do Jacarecica II, nos perímetros da Cohidro em Itabaiana e Lagarto, o tubérculo tem conquistado um espaço cada vez maior nas lavouras, pela versatilidade e demanda no mercado.

O programa, que sempre vai ao ar pelo canal 6 [da TV digital] aos sábados, 7h30; reprisa no domingo, 8h30 e na quarta-feira, 9h. E já pode ser conferido na integra em: https://youtu.be/QNun_87YB70

Acerola verde amplia renda de irrigantes em perímetro mantido pelo governo do Estado

Fruto é vendido pelo dobro do preço antes de amadurecer, por conter de três a quatro vezes mais vitamina C
Valmir: “Com a água que chega no perímetro irrigado do governo, conseguimos produzir de forma satisfatória” (foto: Stefânia Leal)

Produtor rural em Malhador, município do agreste sergipano localizado a 49 km da capital, seu Walmir de Oliveira Silva cultiva acerola há 12 anos para vender a feirantes e à indústria de polpas. Agora, ele comemora a opção de comercializar o fruto ainda verde, ampliando a rentabilidade da plantação e abrindo mais postos de trabalho em seu lote. Profundo conhecedor do cultivo, ele avalia a acerola como uma lavoura que tem um mercado franco e rentabilidade boa. “Com a água que chega no perímetro irrigado do governo, conseguimos produzir de forma satisfatória”, comenta o agricultor, satisfeito.

O perímetro é uma unidade de irrigação pública mantida pelo governo do Estado, que fornece água para irrigação nos municípios Malhador, Riachuelo e Areia Branca, sem onerar os produtores. Quem administra a infraestrutura e fornece assistência técnica agrícola no Jacarecica II, desde a sua implantação, é a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, estimulando a escolha de novos modelos produtivos que se diferenciam do que habitualmente é praticado nessas localidades, com o objetivo de criar novos mercados e evitar superproduções com dificuldade de escoamento.

“Temos um reservatório de 31 milhões de m³, que abrange todo o perímetro, mais 25 km de rede para conduzir a água por gravidade para todos os lotes. Se não fosse esse reservatório, não tinha toda essa produção. É a água que gera renda para os produtores”, diz o gerente do Jacarecica II, Osvaldo Andrade. A produção agrícola de cerca de 3.000 pessoas são diretamente beneficiadas pela irrigação de 829 hectares no perímetro, onde há 12 lotes empresariais, três em comodato e 609 famílias em assentamentos de reforma agrária.

A acerola já era vendida in natura nas feiras e para fábricas beneficiadoras de polpa. Mas, agora, a possibilidade de a indústria transformar o fruto verde em pó criou um novo produto para os plantadores ofertarem, podendo alçar um preço de venda duas vezes maior que o valor da acerola madura. Isso porque a concentração de Vitamina C na fruta antes de amadurecer pode ser de três a quatro vezes maior. Com ela, a indústria fabrica essências que dão sabor e fortificam outros alimentos, como sucos, sorvetes e bolos.

João Quintiliano, diretor de Irrigação da Cohidro, acrescenta que mais produtores irrigantes poderão passar a fornecer acerola verde em Sergipe. “Cerca de 30 produtores de acerola do perímetro Jacarecica II estão fornecendo acerola verde para uma indústria de alimentos localizada em Estância. O melhor é que a demanda pela acerola verde ainda tem espaço para crescer, visto que já foram iniciadas as tratativas para que os irrigantes que atendemos lá em Canindé [de São Francisco], no perímetro Califórnia, também passem a fornecer o produto para a mesma indústria, integrando a cadeia produtiva”, informa.

No período de colheitas, mais frequentes no verão, seu Walmir conta que contrata de 15 a 20 trabalhadores. Para ele, a escolha pela cultura da acerola vai além da demanda que a indústria da Vitamina C abriu. “A acerola tem uma vantagem muito grande, por se tratar de uma planta adaptável ao nosso clima tropical, uma planta rústica. Existem pragas, (tratadas) principalmente com adubação química; e quando a gente irriga, faz o controle natural”. O produtor reforça que a irrigação fornecida pelo governo do Estado tem sido fundamental para a continuidade da produção. “O gerente aqui do perímetro tem acompanhado todos os produtores. Só tenho a agradecer a Cohidro e pedir a continuidade desse apoio que eles já vêm dando”, concluiu.

Última atualização: 6 de maio de 2021 19:06.

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