[vídeo] Produção de uva em Canindé chega a nível comercial em 8ª colheita

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Dois irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, foram beneficiados com campos piloto de uva, via cooperação de transferência de tecnologia entre o Governo de Sergipe, através da Cohidro que administra o polo irrigado, e a Embrapa Semiárido, de Petrolina (PE). Na ação, agricultores receberam mudas, todo equipamento necessário para sustentar e irrigar os parreirais e insumos para as plantas pelo período de dois anos. A Cohidro entrou dando continuidade à assistência técnica inicialmente dada pela Embrapa e no fornecimento da água de irrigação desde o início do projeto.

O Programa Sergipe Rural?, da Aperipê TV, mostrou no sábado (6) que os campos, que eram experimentais, já passaram a produzir em nível comercial, em passando pela sua oitava colheita. Ouvindo o viticultor José Leidison, a reportagem de Patrícia Dantas com imagens de Jorge Henrique relembrou que no lote do agricultor aconteceu, há um ano, um Dia de Campo sobre Uva e Suco, para disseminar a ideia de produzir uva e trazer um método de beneficiamento que agrega ainda mais valor ao produto. Evento organizado também pela Embrapa, Cohidro e Codevasf, que também dá suporte a campo de uva implantado em Poço Redondo na mesma cooperação.

Perímetro Califórnia: Irrigante de Canindé opta pela acerola, evita agrotóxicos e garante melhoria na renda

Cohidro incentivou a mudança e a alternância de culturas, pelo aspecto técnico, econômico e de saúde
Josival Pinto [Reprodução de imagem de Jorge Henrique]

Cerca de 450 pés de acerola são cultivados no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, no lote do agricultor Josival Pinto, atendido com irrigação pública e assistência técnica pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). O fruto apresenta produção constante durante boa parte do ano, mas se concentra no verão. Com um ciclo de apenas 21 dias, da flor ao fruto maduro, as colheitas são feitas em dias alternados. O produtor costumava cultivar quiabo, mas além do uso de agrotóxicos na produção, a rentabilidade estava sendo baixa devido aos preços conseguidos na comercialização.

Também vinculada à Seagri, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) é quem faz a fiscalização do uso irregular de agrotóxicos no estado. Através de sua Coordenadoria de Insumos Agropecuários (Codia), somente no ano passado, atípico pelas medidas de restrição por conta da pandemia, foram realizadas 1.354 ações efetivas de combate ao uso abusivo desses produtos em estabelecimentos comerciais, prestadoras de serviços e, também, em propriedades rurais. Foi numa destas abordagens que Josival Pinto mudou a ideia sobre como manter suas lavouras. “Antes eu achava que só produzia bem com bastante agrotóxico. Hoje, graças a Deus é sem. Deixei de passar veneno, por causa da multa e por saber que é errado. Agora entendo como a fiscalização me fez bem. A limpeza hoje quem faz são as aves, que catam o besouro, eliminando tudo”, conta o agricultor irrigante.

Com o incentivo da Cohidro, foi possível realizar a alternância de culturas há mais de cinco anos e, hoje, Josival Pinto reduziu o uso de agrotóxicos. Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da companhia estadual, João Fonseca, isso é parte da assistência técnica dada ao irrigante dos perímetros. “A importância da alternância de culturas para a produção agrícola é que ele previne e diminui a propagação de doenças e pragas nas culturas que estão sendo produzidas naquele lote. Então, é importante os agricultores estarem alternando culturas para diminuir o uso de defensivos agrícolas. A pessoa planta o quiabo, depois planta o milho, depois pode plantar acerola, como foi o caso. Isso melhora a condição do solo e da planta no suporte a qualquer doença ou praga”, argumenta.

Com pés da aceroleira de até 5m de altura, o agricultor afirma que foi a melhor escolha desde que largou o plantio do quiabo. “Eu consigo colher todos os dias, mas três vezes por semana eu tenho contrato certo. Às vezes chega de R$ 30, R$ 35, R$ 40, a caixa [de 20 kgs]. Depende muito da colheita”, revela Josival, que explica que a demanda e preço variam de acordo com a produção: quanto mais frutos produzidos na região, mais o preço tende a cair e a procura a diminuir. Mas ele mantém uma clientela certa para vender sua acerola. Foi para chegar a esta segurança econômica que a Cohidro sugeriu ao produtor irrigante mudar a cultura agrícola. Além da questão sanidade das lavouras, a troca de culturas é incentivada devido ao aspecto econômico, como defende a gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes.

“É uma tentativa que temos feito junto com os técnicos e o produtor, para que diversifique o produto que pratica no seu lote, e os que têm aderido estão tendo um resultado muito bom. A acerola foi uma das alternativas mais aceitas, tem um preço mais ou menos estável, nunca baixa a determinado patamar e eles têm uma colheita de duas a três vezes por semana. O Josival é um produtor que realmente aderiu ao sistema mais natural e está satisfeito com isso. Ele diz que acha bom porque cuida da saúde dele e das pessoas que ele fornece, e é importante essa conscientização”, conclui Eliane.

[vídeo] Cohidro apoia produção comercial de manga Palmer em Canindé

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No último sábado (20), o programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, exibiu a matéria da repórter Patrícia Dantas e imagens de Jorge Henrique, sobre a produção de manga Palmer em escala empresarial, no Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Cohidro em Canindé de São Francisco.

O lote em que quase toda área esta ocupada por mangueiras, recebe a irrigação pública contínua fornecida pela pelo Governo de Sergipe? através da Cohidro em seu perímetro, e só assim tem capacidade de produzir as frutas em pleno clima Semiárido do Alto Sertão Sergipano.

[vídeo] Sergipe Rural mostra produtor de Canindé bem-sucedido em optar pela acerola

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No último sábado (13), o Programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, apresentou história do agricultor irrigante Josival Pinto, assistido pela Cohidro com irrigação e assistência técnica agrícola no Perímetro Irrigado Califórnia, do Governo de Sergipe, em Canindé de São Francisco. Para fugir dos baixos preços praticados pela comercialização das safras do quiabo e pelo excessivo uso de agrotóxicos na cultura, o agricultor familiar optou por produzir a acerola, a qual tem conseguido encontrar demanda e escoado a produção sem maiores dificuldades.

Em Sergipe, a acerola tem mercado diversificado, é vendida para o mercado varejista – feirantes e mercearias, às indústrias de produção de polpa para sucos e ainda tem a demanda das fábricas de essências que dão sabor e fortificam outros alimentos, como sucos, sorvetes e bolos. Neste último caso, a acerola colhida verde também tem mercado, por ela conter de três a quatro vezes mais vitamina C do que quando a fruta está madura.

PERÍMETRO CALIFÓRNIA | Peras cultivadas com irrigação em Canindé chegam a pesar mais de meio quilo

Ozeias Beserra [Foto – Fernando Augusto]
Entre dezembro e março é realizada a colheita de pera, que tem uma importante demanda identificada no período de verão. Em Canindé de São Francisco, a pera é cultivada no Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Ao todo, 400 pés do fruto se dividem entre a variedade Triunfo e as variedades Princesinha e Santa Maria, melhoradas e adaptadas para o clima do sertão sergipano.

Para Ozeias Beserra, produtor irrigante do Perímetro Califórnia, o ano já começou com uma grande surpresa – literalmente. Nas primeiras colheitas de 2021, as peras em seu lote apresentaram uma média de 600 gramas cada. O irrigante segue em busca de compradores para a sua produção, e demonstra animação com o resultado do cultivo. “Por enquanto, ainda estou buscando mais compradores certos. Estou correndo atrás, mas ainda está tranquilo. Quando a florada aumentar, vou repassar para mais compradores e também entregar nas feiras”, planeja Ozeias.

Para o agricultor, trabalhar com a pereira é fácil, pois seu fruto tem boa aceitação no mercado e, por ser adaptada, tem um ótimo manejo. No ano passado, a colheita foi significativa e a produção ficou em torno de 12 caixas do fruto, que chegavam a pesar até 30 kgs. A expectativa esse ano é um pouco maior, considerando o tamanho e o peso das peras. O agricultor irrigante do Período Califórnia espera que sejam retiradas ao menos 50 caixas.

A inserção da cultura da pera no Perímetro Irrigado Califórnia vem acontecendo desde o ano de 2016, a partir de convênio firmado entre a Cohidro e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido – Petrolina), que viabilizou a transferência da tecnologia necessária ao início da produção, além do fornecimento das mudas, sistema de irrigação e fertirrigação por gotejo, defensivos e fertilizantes, como também a assistência técnica.

Para João Fonseca, diretor de irrigação da Cohidro, a vantagem de ter o cultivo no Califórnia é o seu valor agregado, em relação às culturas tradicionalmente produzidas no perímetro de Canindé. “Com isso, nós passamos a oferecer novas opções de produção e de geração de renda para os nossos agricultores irrigantes, a partir da introdução de duas culturas que até então não eram produzidas: além da pera, também a uva”, disse o diretor.

Case de sucesso na manutenção em bomba de irrigação da Cohidro vira artigo em Congresso Internacional

  • Procedimento técnico devolveu capacidade total de irrigação ao perímetro de Canindé e servirá de base para manutenção de outros perímetros

 

[foto: arquivo pessoal]
A experiência profissional adquirida durante a manutenção concluída no fim de outubro, em uma das bombas da Estação de Bombeamento (EB) 100 do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, rendeu a produção de um artigo científico elaborado por quatro engenheiros mecânicos sergipanos, dois deles do quadro funcional da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) – administradora do perímetro estadual. O trabalho foi aprovado no XX Congresso Internacional de Engenharia Mecânica e Industrial – Conemi, realizado anualmente pela Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial (FENEMI), neste ano todo feito em ambiente virtual, de 11 a 13 de novembro. Projeto do grupo para novo artigo vai avaliar desempenho da bomba recuperada para repetir procedimento na manutenção preventiva nas demais.

O foco principal do trabalho consistiu em analisar informações relacionadas à falha da bomba centrífuga em serviço na EB-100, durante o procedimento de inspeção e manutenção corretiva, em que foram adotadas medidas com o objetivo de evitar danos à máquina, com a finalidade de aumentar a sua disponibilidade para o perímetro de irrigação. A partir da técnica não destrutiva de inspeção visual, foi levantado um checklist das não conformidades da bomba e a elaboração de um plano de ação corretivo, que incluiu aplicação de uma resina epóxi na ‘voluta’ e no rotor da bomba, para reconstituir as superfícies metálicas internas desgastadas. Para o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a produção do artigo científico demonstrou iniciativa, dedicação e capacidade dos funcionários das empresas.

“Satisfação em tê-los na nossa equipe e na de parceiros da Cohidro. Atitude que prioriza a qualidade dos equipamentos que fornecem água para os agricultores irrigantes produzirem o alimento que vai para a mesa dos sergipanos. Para o Estado, essa dedicação extra corresponde a economia, diminuindo quebras e ampliando a vida útil dessas bombas. Além do mais, o trabalho realizado na EB-100 de Canindé foi bastante complexo. Para ser bem sucedido, exigiu muito profissionalismo nosso e contou com o apoio essencial do pessoal da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), que atua na Hidrelétrica de Xingó, para acionar as comportas na barragem do Rio São Francisco. Um procedimento delicado e que exigia celeridade, para não deixar sem água os irrigantes dos perímetros irrigados Califórnia [Cohidro], Jacaré-Curituba [Codevasf] e a população da área urbana”, analisou Paulo Sobral.

O grupo é formado pelos engenheiros Caio Santana e Lucas Azevedo, ambos da Divisão de Manutenção de Perímetros da Cohidro (Dimap); Carlos Bizerra, da Gerência de Educação Profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Sergipe; e Fernanda Andrade, da empresa de engenharia industrial licitada para a execução de serviços de metalurgia e mecânica de máquinas para Cohidro. A equipe do estudo, realizado durante todo procedimento de manutenção, seguido de pesquisa bibliográfica, constatou que a ação executada no perímetro de Canindé mostrou-se satisfatória, garantindo o melhor custo-benefício no processo de manutenção e retorno em resultados de confiabilidade e disponibilidade do equipamento.

“A experiência agregou muito valor, dentro de nossa área profissional, devido à importância do perímetro e do desafio de recuperar esse equipamento, o que nos rendeu o artigo apresentado e aprovado em um congresso de nível internacional”, destacou Caio Santana. “Estamos com o intuito de fazer um segundo trabalho, vislumbrando a manutenção nas outras três unidades. Vamos fazer um estudo de caso do retorno, devido ao ganho de vazão e menor consumo de energia elétrica. Queremos ver em quanto tempo vai ser o retorno do investimento e o quanto se ganhou em confiabilidade do equipamento, bem como quanto tempo ele vai levar para apresentar outro defeito. E com esse estudo, justificar a manutenção nos outros três conjuntos de bomba, que vão precisar de manutenção”, conclui o engenheiro mecânico da Cohidro.

[vídeo] Balanço Geral Manhã entrevista diretor da Cohidro sobre uva e pera irrigada no Alto Sertão

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O programa Balanço Geral Manhã, da TV Atalaia, na sexta-feira (30) entrevistou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, para falar sobre os campos experimentais de uva e pera inseridos nos perímetros irrigados do Alto Sertão Sergipano, em convênio com a Embrapa Semiárido, de Petrolina (PE).

Após três anos seguidos do cultivo de uva e dois de pera em Canindé, produtores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia fazem balanço positivo. A produção abriu novos mercados, como o fornecimento do produto para a produção de vinho e suco. A tendência é, hoje, de aumento das áreas cultivadas.

A Cohidro, subsidiária da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e administradora do Califórnia, vem contribuindo com a produção fornecimento de água para irrigação aos 272 lotes totalmente irrigáveis do perímetro, com os dos três irrigantes que abrigam os campos experimentais em seus lotes. Desde o início, a empresa do Governo de Sergipe também selecionou seus técnicos para acompanhar os técnicos da Embrapa na implantação e orientação que estavam sendo dadas a estes fruticultores.

Leia mais em: https://coderse.se.gov.br/?p=19580

[vídeo] Estação Agrícola destaca produção de uva e pera em perímetro da Cohidro em Canindé

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Após três anos seguidos do cultivo de uva e dois de pera em Canindé, produtores fazem balanço positivo. Conforme a reportagem do programa Estação Agrícola, da TV Sergipe, a produção abriu novos mercados, como o fornecimento do produto para a produção de vinho e suco. A tendência é, hoje, de aumento das áreas cultivadas. A implantação das duas culturas agrícolas foi possível através da parceria firmada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), de Petrolina-PE, e os perímetros irrigados Jacaré-Curituba (Codevasf) e Califórnia (Cohidro), em Sergipe.

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Canindé passa a produzir uva e pera a partir de parceria entre Embrapa e Cohidro

Após inverno chuvoso e mercado desaquecido na pandemia, produtores reiniciam produção com poda dos pomares

[Foto: Fernando Augusto]
Após três anos seguidos do cultivo de uva e dois de pera em Canindé, produtores fazem balanço positivo. A produção abriu novos mercados, como o fornecimento do produto para a produção de vinho e suco. A tendência é, hoje, de aumento das áreas cultivadas. A implantação das duas culturas agrícolas foi possível através da parceria firmada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), de Petrolina-PE, e os perímetros irrigados Jacaré-Curituba (Codevasf) e Califórnia (Cohidro), em Sergipe. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe, inicialmente, quatro produtores irrigantes foram selecionados, sendo três no Califórnia, que reservaram meio hectare em seus lotes para receber campos experimentais.

O projeto teve início em 2016, através de uma proposta da Embrapa de introdução dessas duas novas culturas, que já possuíam um resultado positivo em Pernambuco. Clima e baixa demanda por produtos agrícolas, provocada pelo isolamento social na pandemia, desaceleraram produção no último inverno. “Eu fui um dos produtores escolhidos para plantar uva. A produção ainda é um pouco baixa, estamos no terceiro ano de produção. Paramos por um período grande de chuva, com muito frio, mas estamos dando a retomada com a poda de produção. Temos uma média de 7,5 a 8 toneladas por hectare e a tendência é aumentar a produção, até porque há uma boa aceitação nos mercados locais”, destacou o irrigante do Califórnia, Levi Ribeiro. Ele explica que o convênio com a Embrapa era de dois anos, mas após este período continuou a receber a assistência da Cohidro.

“Durante o convênio, nós tivemos acompanhamento feito pela própria Embrapa. Eles Fizeram toda a instrução e acompanhamento junto com os técnicos da Cohidro e, assim que se encerrou o convênio, os técnicos da Cohidro passaram a nos acompanhar e instruir. É importante a produção de uva, porque estamos com mais uma alternativa, além da goiaba e acerola, que também produzo”, acrescentou Levi. Os três irrigantes do perímetro Califórnia, além dessa orientação, receberam da Embrapa mudas frutíferas, todo material para montar os campos e os nutrientes utilizados na adubação durante a vigência do convênio. A Cohidro, subsidiária da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), vem contribuindo com o fornecimento de água para irrigação, distribuída a Levi e outros 272 lotes como o dele.

Diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca reforça que a uva e a pera oferecem valor agregado, dando maior compensação financeira no investimento de tempo, recursos e na ocupação do lote que recebe irrigação subsidiada pelo Governo do Estado. “A vantagem da introdução dessas culturas é que elas são novas no Califórnia, e entendemos que estamos dando mais opções de renda e de produção aos agricultores, não só com a venda do cultivo do produto in natura, mas também do produto processado, a exemplo da uva, que já vem sendo utilizada para a produção de vinhos aqui em Sergipe. E a Cohidro, como parceira desse projeto junto com a Embrapa, desde o início, selecionou seus técnicos para acompanhar os técnicos da Embrapa na implantação e orientação que estavam sendo dadas aos agricultores”, completou o diretor.

Ozeias Bezerra é o produtor do perímetro Califórnia selecionado para produzir a pera. Ele conta que o fato de ser um produto inédito na região o ajudou a aceitar o desafio. “Eu aceitei cultivar a pereira porque é uma cultura viável e é rara por aqui. Também, por ser numa área experimental, vou poder aprender como se trabalha com a pera, a fim de, no futuro, ampliar essa área. É um fruto muito bom, o mercado aceita muito bem e o preço é praticamente estável, quando aumenta ou diminui, a diferença é pouca. Requer um certo cuidado na sua formação, foram dois anos conduzindo a planta para que ela ficasse com o porte ideal para a produção, e isso não foi desvantagem, visto que toda planta requer cuidados. Para mim, só tem vantagens trabalhar com a pereira”, concluiu.

CANINDÉ | Agricultores irrigantes escoam produção a preço fixo para o Programa de Aquisição de Alimentos

Cohidro acompanha entregas em três perímetros, que devem ultrapassar 100 T até 2021

Ozeias Beserra recebe Cohidro e CREAS em sua associação [Foto: Fernando Augusto]
Para o agricultor familiar, que produz em pequena escala e não tem facilidade logística para chegar aos mercados consumidores, o grande gargalo é escoar a produção e, com isso, gerar renda para a família. Com o uso de irrigação, que demanda maior investimento para produzir, o retorno financeiro costuma ser menor, se depender somente dos preços ofertados pelos atravessadores. Para 14 membros da Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (ASSAI), irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, desde julho essa dificuldade vem sendo superada. Eles passaram a entregar alimentos através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade ‘compra com doação simultânea’, por um preço fixo e considerado justo, sem a variação de mercado. O projeto-proposta do grupo foi escolhido depois de disputar, em um sistema ranqueamento feito pela Conab [Companhia Nacional de Abastecimento], com propostas de todo o estado.

“Nós estamos na quarta entrega e o pessoal está satisfeito, porque entregamos os produtos por um preço justo. A outra linha que temos de vendas (as feiras livres) parou um pouco por conta da pandemia e alguns produtores estavam perdendo seus cultivos”, conta o presidente da ASSAI, Ozeias Beserra. Nesta quinta-feira (15), foram entregues mais 2.246 quilos de alimentos pelos produtores do perímetro irrigado administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Ao longo de nove meses, as entregas somarão 39.429 kg, posteriormente doados a 1.580 pessoas em situação de vulnerabilidade social e risco alimentar cadastradas pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Canindé. “O CREAS tem recebido bem os alimentos, por estarem atendendo um público que realmente precisa. Muitos perderam o emprego ou não conseguem trabalhar, e o alimento chega em uma boa hora”, considera Ozeias. Os agricultores da ASSAI serão remunerados, até o final do projeto, em R$ 111.997,60.

A Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), fornece a irrigação para estes produtores, ao mesmo tempo em que presta assistência técnica agrícola e assessoramento para participação nos programas de compra da produção rural, como o PAA. Segundo o diretor-presidente da empresa pública, Paulo Sobral, esse incentivo a mais, dado pelo Governo do Estado, está disponível para todo grupo de irrigante disposto a organizar a sua produção para uma entrega contínua de alimentos. “Contamos com um especialista na área de Agronegócios, o Sandro Prata, que desde 2008, acompanha esses irrigantes que conseguem se mobilizar, organizar suas documentações e participar destes projetos. Esses agroempreendedores já produziram e comercializaram, em nossos perímetros irrigados, 4 mil toneladas de alimentos doados, sendo remunerados em mais de R$ 13 milhões e beneficiando mais de 145 mil pessoas”, informou.

Diretor de Irrigação da Cohidro, João Fonseca revela que, na edição 2020 do PAA, três perímetros administrados pela Companhia fornecem alimentos para doação. “Além da ASSAI de Canindé, temos o Movimento Associativista (do Povoado Brejo) no perímetro Piauí, em Lagarto; e a Associação (dos Produtores Rurais da Comunidade) Lagoa do Forno, no perímetro da Ribeira, em Itabaiana. Até 2021, mais de 100 toneladas de alimentos serão entregues por 41 irrigantes, remunerados em quase R$ 330 mil, para mais de 5 mil beneficiários”, listou o diretor. Pedro Feitosa produz há 12 anos no perímetro irrigado, e entrega pela primeira vez abóbora, acerola e pimentão para o PAA. Ele considera o programa de fundamental importância, por fomentar a geração de renda do agricultor familiar e ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade.

“O produtor consegue agregar um preço melhor à sua mercadoria, em virtude do valor ser mais acessível comparado ao que repassamos aos atravessadores. Por outro lado, vejo também o grande alcance social em relação às pessoas que estão recebendo esses produtos a custo zero, através do poder público, programas e associações”, analisa o agricultor Pedro Feitosa. O também irrigante do Califórnia, João Aureliano, hoje participa como fornecedor do PAA e afirma que o projeto beneficia a todos da região. “Estávamos precisando. Ficamos um tempo parados por conta da pandemia e, agora, começou para ajudar tanto o pessoal mais necessitado da cidade, quanto o produtor. Hoje foi só acerola, mas vou fornecer também macaxeira, abobrinha e abóbora”, explica. Irrigantes também vinculados à Cooperativa de Fomento e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal) têm fornecido alimentos ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), em Canindé.

Última atualização: 16 de novembro de 2020 20:17.

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