Instituto de Identificação faz nova carteira de identidade nacional na Coderse

Segunda-feira é dia das equipes de campo da Coderse partirem — muitas vezes durante toda a semana — para os trabalhos de perfuração, bombeamento e instalação de poços. Antes disso, quase todos os funcionários da sede da empresa, em Aracaju, aderiram ao convite para confeccionar a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN).

A parceria entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e a Coderse promoveu o cadastramento dos colaboradores da empresa e a entrega das identidades vai ocorrer em até 30 dias. A equipe do Instituto de Identificação, da Polícia Civil de Sergipe, veio até a Coderse por intermédio da Divisão de Bem-estar Social (Dibem), ligada à Diretoria Administrativa e Financeira da companhia.

Além de substituir o antigo Registro Geral pelo mesmo número do CPF, a CIN agrega a possibilidade de incluir diversos outros dados do portador em um só documento, tem versão digital e é válida em todo território nacional.

Governo do Estado promove ações de fortalecimento da agricultura familiar em Sergipe

Atividade fundamental na economia de Sergipe, agricultura tem se desenvolvido ainda mais por meio das políticas públicas de assistência do Estado; nos últimos dois anos, já foram emitidos mais de 43 mil novos cadastros da agricultura familiar e quase três mil títulos definitivo de terra
Foto: Thiago Santos

Em Sergipe, a agricultura familiar não é apenas um meio de subsistência, mas um motor do desenvolvimento econômico e social. Representando 79% dos 95 mil domicílios rurais do estado, segundo o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), essa atividade tem ganhado ainda mais força com os investimentos do Governo do Estado. Por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), ações estratégicas estão garantindo assistência técnica, regularização fundiária, acesso a insumos e melhorias na infraestrutura, ampliando as oportunidades para os pequenos produtores e fortalecendo o setor no estado.

Esses incentivos impactam diretamente a vida dos produtores, como o agricultor Jadson dos Santos, 51 anos, morador do povoado Mangabeira, em Itabaiana. Ele cultiva, em um terreno de pouco mais de cinco tarefas, batata-doce, hortaliças e amendoim e destaca a importância das políticas públicas para o fortalecimento da agricultura familiar. “Os programas ajudam muito os pequenos produtores. Com a assistência técnica e o suporte oferecido, conseguimos melhorar a qualidade da produção e levar alimentos frescos e orgânicos para mais famílias”, afirma.

A agricultora Nivalda Santos Silva, que há 13 anos cultiva hortaliças, no povoado Mangabeira, em Itabaiana, abastecido pelo perímetro irrigado Poção da Ribeira, administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), também ressalta os benefícios das iniciativas governamentais. Ela vende sua produção em diversas localidades, incluindo Aracaju, Feira de Santana e outros municípios da Bahia.

Participante do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) há oito meses, Nivalda explica que o programa tem sido importante para sua estabilidade financeira. “O PAA facilita muito nosso trabalho, pois já sabemos para onde nossa colheita será destinada. Isso dá segurança para continuar investindo na produção”, relata.

Filha de agricultores, Nivalda aprendeu a gostar de roça ainda na infância e, hoje, conta com o apoio da família para manter a plantação. “Trabalho com hortaliças há anos e sei como um solo bem preparado faz diferença. A assistência da Emdagro me ajudou a melhorar minha produção e a entender mais sobre pragas e adubação”, ressalta.

Além do suporte técnico, o fornecimento de água pelo governo tem sido essencial para os produtores, como é do agricultor Gilmar da Cruz Alves, 46 anos, morador da Serra Comprida, entre Itabaiana e Areia Branca. Há 30 anos, ele cultiva hortaliças, quiabo e batata-doce em um terreno de duas tarefas, enquanto seu pai possui outras sete tarefas de terra na mesma região. Ele destaca que o acesso à irrigação fornecido pela Coderse, no perímetro Poção da Ribeira, tem garantido a produtividade. “Trabalho desde cedo e tiro daqui o sustento da minha família. É gratificante saber que o que a gente planta chega à mesa de outras famílias”, afirma o agricultor, que também participa do PAA.

Acesso a políticas públicas
Outro ponto de destaque nas ações de fortalecimento da agricultura familiar pelo Governo do Estado é o Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), essencial para que os agricultores tenham acesso às políticas públicas do setor. “O CAF funciona como um passaporte para o produtor rural, permitindo que ele obtenha financiamentos bancários isentos de taxas e seja reconhecido pelo INSS para fins de aposentadoria”, detalha o gestor do escritório da Emdagro em Itabaiana, técnico extensionista Agenor Antônio Nascimento.

A Emdagro realizou a emissão de 19.915 Cadastros de Agricultor Familiar, somente em 2024. Ao todo, nos últimos dois anos, já foram mais de 43 mil novos documentos emitidos.  Além do suporte técnico, a empresa auxilia os agricultores na comercialização da produção, garantindo que os produtos tenham mercado garantido.

O agricultor Gilmar da Cruz Alves reforça a importância desse documento. “Com o CAF, conseguimos participar de programas como o PAA, o que nos dá mais segurança porque já sabemos para onde nossa produção vai”, pontua.

Apoio à agricultura familiar
O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, destaca que o Governo do Estado busca dialogar com pequenos, médios e grandes produtores, mas o atendimento preferencial é aos que mais precisam, que são os agricultores familiares. “A agricultura familiar é o carro-chefe das nossas ações. Eles são a maioria e os que realmente fazem os produtos chegarem às nossas mesas com alimentos que vêm dos perímetros irrigados atendidos pelo governo, dos assentamentos e das pequenas propriedades que têm recebido nosso apoio e receberão”, frisa.

O gestor do escritório da Emdagro ressalta que o investimento em assistência técnica tem permitido um atendimento mais eficiente aos produtores. “Com mais profissionais no campo e escritórios reestruturados, conseguimos atender melhor os agricultores. Agora, há mais agilidade para resolver questões técnicas, como controle de pragas, irrigação e melhoramento do solo”, explica Agenor. 

O município de Itabaiana possui cerca de 6.200 propriedades rurais, das quais 80% pertencem a famílias que vivem exclusivamente da agricultura. As hortaliças são a principal produção da região, abastecendo mercados dentro e fora do estado, incluindo Salvador, Pernambuco, Maranhão e até o Rio Grande do Sul. 

Outras ações
Em 2024, o Governo de Sergipe reforçou a equipe técnica da Emdagro com a nomeação de 55 novos servidores concursados, entre engenheiros agrônomos, médicos veterinários e técnicos agrícolas, distribuídos nos escritórios regionais do estado. Além disso, foram realizadas reformas e melhorias em diversas unidades, como os escritórios de Simão Dias e Porto da Folha, além da construção de um novo espaço em Canindé de São Francisco.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca juntamente com suas vinculadas (Emdagro, Coderse e Pronese), atua na assistência técnica e extensão rural, na pesquisa agropecuária, na regularização fundiária e ainda na defesa sanitária animal e vegetal.

Com o objetivo de garantir melhores condições para a produção agrícola, o Programa Sementes do Futuro mais que dobrou os investimentos na distribuição de sementes de milho e arroz, totalizando R$ 5,2 milhões. Além disso, a distribuição de 362 mil raquetes de palma forrageira beneficiou 259 produtores, garantindo alimento para o rebanho em períodos de estiagem.

Segurança
Nos últimos dois anos, o Governo de Sergipe, por meio da Emdagro, entregou quase três mil títulos definitivos de propriedade a pequenos produtores que há décadas ocupavam a terra sem a devida documentação. Na área pecuária, Sergipe conquistou o status de estado livre da febre aftosa sem vacinação, após 23 anos de imunização obrigatória.

A campanha de vacinação promovida pela Emdagro atingiu mais de 90% do rebanho bovino e bubalino do estado. Outro destaque é o Programa Pecuária Mais Brasil, que tem investido na melhoria genética do gado leiteiro. Em 2024, foram inseminadas 510 matrizes bovinas, além de 60 ovinos e 84 caprinos, contribuindo para o aumento da produtividade.

“Nos últimos dois anos e meio, praticamente, já entregamos quase três mil títulos definitivos de propriedade a pequenos produtores rurais e agricultores familiares. No ano passado Sergipe mais que dobrou os investimentos para a compra e a distribuição de sementes de milho e arroz, a fim de promover o fortalecimento da agricultura familiar. Agora em 2025, o Governo do Estado já investiu R$ 3 milhões na aquisição de 206 toneladas de sementes certificadas de milho, para atender mais de 20,6 mil famílias de pequenos produtores”, informa Zeca da Silva.

Já por meio do Programa Citricultura Sustentável, foram entregues 210 mil borbulhas aos pequenos produtores de mudas cítricas, a fim de estimular a produção e elevar a previsão de safra. “Podemos citar muitos mas ações, a exemplo da regularização e melhoramento genético do rebanho com inseminação e vacinação gratuita, investimento no garantia-safra que agora em março começou pagar R$ 17 milhões para os pequenos agricultores que perderam a safra passada, como também a política de certificação dos laticínios e outras agroindústrias”, detalhou o secretário.

Feira da Agricultura Familiar Itinerante impulsiona pequenos produtores em Sergipe

Desta vez realizado na Codese, evento fortalece a comercialização de produtos frescos e a geração de renda para agricultores familiares

A Feira da Agricultura Familiar Itinerante, realizada pelo Governo de Sergipe por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), ocorreu nesta quinta-feira, 27, na sede da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Codese). O evento reuniu agricultores familiares de diversas regiões do estado, proporcionando a comercialização de produtos frescos e de qualidade diretamente para os consumidores.

A secretária de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania, Érica Mitidieri, destacou a importância da feira para o fortalecimento da economia local e para a valorização do trabalho dos pequenos produtores. “Essa feira é mais do que uma oportunidade de comercialização; é um espaço de fortalecimento da agricultura familiar, de aproximação entre produtores e consumidores e de incentivo à geração de renda. Seguimos trabalhando para expandir essa iniciativa e garantir que mais agricultores tenham a oportunidade de vender seus produtos diretamente ao público”, afirmou.

Entre as feirantes, a vendedora de pamonha e milho cozido Fabiana Jordão ressaltou a importância da feira para seu sustento. “Aqui, a gente tem a chance de vender nossos produtos com um preço justo, e garantir um retorno melhor para nossa família. É muito gratificante ver as pessoas valorizando o que a gente produz”, declarou.

A cozinheira Edilene Santos, por sua vez, destacou o apoio recebido e como seus sucos são um sucesso. “Essa iniciativa tem sido muito positiva para nós. Além de vendermos mais, estamos tendo visibilidade e criando uma rede de clientes que nos acompanham em cada edição da feira. Os sucos e salgados saem muito, consigo com isso fazer uma renda boa”, contou.

Com uma grande variedade de produtos, como frutas, verduras, hortaliças, mel, doces e artesanatos, a Feira da Agricultura Familiar Itinerante tem se consolidado como um espaço essencial para o escoamento da produção dos pequenos agricultores e para a oferta de alimentos saudáveis à população sergipana. A iniciativa reforça o compromisso da secretaria com o fortalecimento da agricultura familiar e com o desenvolvimento econômico dessas pessoas.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Governo do Estado propõe acordo de gestão para nova unidade do água doce em Poço Verde

Mais 300 famílias terão acesso a água potabilizada por dessalinizador no povoado Saco do Camisa

Além da parte física, é necessário construir uma boa relação entre os beneficiários de um sistema de abastecimento de água dessalinizada comunitário. No povoado Saco do Camisa, em Poço Verde, centro-sul sergipano, foi firmado nesta segunda-feira, 24, o primeiro alicerce com a reunião para iniciar o Acordo de Gestão Compartilhada e Participativa para esta que é uma das três novas unidades do Programa Água Doce (PAD) em Sergipe. Em breve, serão entregues pelo Governo do Estado dessalinizadores no Saco do Camisa, no assentamento Carlos Prestes, em Carira, e no povoado Bela Aurora, em Porto da Folha. Ampliando de 29 para 32 o número de sistemas em Sergipe.

No estado, o PAD é coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio das suas empresas vinculadas. Uma delas, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), está à frente da construção desta que é a sétima unidade do programa em Poço Verde. Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena quantifica a importância do início do acordo de gestão para a comunidade viabilizar o funcionamento do sistema de dessalinização em benefício das 300 famílias do Saco da Camisa.

“Eu acho que hoje é o dia mais importante, desde que conseguimos trazer para cá esse sistema novo de Água Doce. Vamos firmar um acordo para conseguir dar manutenção e ter água para sempre. Mas se não cuidarmos dessa água, ela acaba. Todo poço se não for cuidado seca. Se não tiver a devida manutenção, vai secar. O investimento será em vão, se não tomarmos cuidado. Hoje estamos aqui para construir isso, para que todos tenham consciência do que tem que fazer para ter água para toda vida”, destacou Ernan Sena.

Josefa Santana Santos, que nasceu no povoado Saco do Camisa, vive na comunidade com o marido e dois filhos. Ela conta que a chegada do Programa Água Doce em sua comunidade está sendo a concretização de um sonho. “É uma água muito limpa, maravilhosa, 100% tratada. E as águas que temos aqui das cisternas não são limpas, por conta das fezes e urina de animais, com gatos e lagartixa. Sempre foi meu sonho ter uma água de melhor qualidade. Ajuda muito, é de grande importância para todos nós”.

Conhecendo o PAD

O coordenador estadual do Programa em Sergipe, Vandesson Carvalho, expôs como funciona o sistema de dessalinização e tudo que ele pode proporcionar de benefício à comunidade. “Apresentamos o funcionamento do sistema de dessalinização e também construindo e debatendo um acordo de gestão compartilhada. A gestão vai envolver os governos Federal, Estadual e Municipal. Falamos das atribuições do gestor, do operador, para depois construir esse acordo. Não tem embasamento jurídico, mas é uma lei interna nossa que é usada em todos os estados, todas as comunidades têm esse acordo”, ressaltou. Ele informou que nas outras duas comunidades em que o PAD está sendo implantado ocorrerão as mesmas reuniões.

Secretária Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Poço Verde, Imperatriz Rosário, afirmou ser grata pela oportunidade de participar do início do Acordo de Gestão Compartilhada e Participativa. “É uma alegria termos mais um poço do Programa Água Doce funcionando em nosso município. A comunidade é muito carente de água e todos os programas voltados à água são de grande importância para a população. Receber a equipe da Coderse é uma grande satisfação para a comunidade ter ciência da importância desse programa, organizar toda distribuição de água para que seja feita de maneira coletiva. É um marco importante para a Secretaria de Agricultura e para Poço Verde”.

Secretaria de Agricultura leva sustentabilidade e qualidade de vida no campo para o ‘Sergipe é aqui’

Serviços incluíram abastecimento de água por poços, dessalinização de água potável, irrigação e meliponicultura

O município de Malhador, no agreste sergipano, foi contemplado pela 42ª edição do programa ‘Sergipe é aqui’, nesta sexta-feira, 21. Lá, no Perímetro Irrigado Jacarecica II, a ‘Terra do Inhame’, como o município é conhecido, é capaz de produzir muitas outras hortaliças, frutas, matriz energética e até mel. No evento, houve a exposição de equipamentos e colmeias de abelha, 14 irrigantes familiares receberam mangueiras de irrigação localizada e outros 112, sementes de milho do Governo do Estado. Na tenda da Agricultura, a população também teve acesso a serviços de perfuração e instalação de poços tubulares profundos, e aprendeu como funciona o Programa Água Doce.

Essas são atividades desenvolvidas pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A empresa tem um escritório em Malhador, de onde administra o Jacarecica II. O perímetro irrigado distribui água de sua barragem para manter produtivo, durante todo ano, 820 hectares, gerando renda para cerca de 600 famílias de Malhador, Areia Branca e Riachuelo. 

Prestação de contas com a sociedade
Em Sergipe, funcionam sete polos de irrigação por meio da Coderse, onde foram produzidas 600,8 mil toneladas de produtos agrícolas durante o ano de 2024. Seis são perímetros irrigados administrados diretamente pela companhia pública e onde 14 mil pessoas vivem da agricultura irrigada. Na área de infraestrutura hídrica a partir de poços, as ações da Coderse beneficiaram mais de 90 mil sergipanos no mesmo ano.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, reforça a importância do ‘Sergipe é aqui’ para a prestação de contas com a sociedade dos serviços executados pela empresa. “No ‘Sergipe é aqui’, atendemos a população com as demandas por perfuração e manutenção de poços e seus sistemas de abastecimento. Para os agricultores do Jacarecica II, foi possível trazer a sede da Coderse para Malhador, de portas abertas às carências e em um momento para sanar as dúvidas dos irrigantes. Mas também tem igual importância mostrar para o malhadorense que ele pode se orgulhar do Jacarecica II, onde a irrigação permite arranjos produtivos como o cultivo e o beneficiamento de macaxeira, batata-doce e amendoim, ainda na roça; a produção do mel, que vem da floração que ocorre nestes 820 hectares, e o abastecimento da indústria, com a cana e a acerola”, avaliou Paulo Sobral.

Meliponicultura 
A planta troca com as abelhas o seu néctar pelo serviço especializado desses animais, na distribuição do seu pólen para a fecundação das flores. O agricultor do Jacarecica II Eloi Francisco de Menezes teve a ideia de criar abelhas para que elas pudessem aproveitar de tudo que floresce no perímetro, durante todo ano, para produzir mel. Ele levou para o ‘Sergipe aqui’ a experiência, as próprias abelhas, os vários tipos de mel e os equipamentos, como forma de incentivar a meliponicultura entre a comunidade agrícola de Malhador como um meio de gerar renda e ajudar na produção das plantas.

“Estamos com uma caixa de vidro com a abelha europeia com ferrão, com uruçu e mandassaia. É com muita alegria, porque o povo está vendo e a gente está conscientizando para que as pessoas não matem as abelhas, para que preservem e chamem a gente para capturar. Uma experiência inédita. Eu fico satisfeito com a repercussão que está tendo e com a maravilha que é. E temos o mel ali para quem quiser provar”, comemorou Eloi Francisco.

Mangueiras de irrigação localizada
Distribuídas pela Coderse, as mangueiras de irrigação localizadas servem para a modernização da irrigação nos perímetros irrigados. O modelo é mais eficiente, econômico e se adequa às tecnologias de microaspersão, gotejamento e fertirrigação. De menor custo, as mangueiras permitem distribuir a irrigação por toda plantação, de forma fixa. Estima-se que era perdido 15% da água de irrigação com a conexão e desconexão dos antigos tubos rígidos e móveis ligados à aspersores convencionais, modelo usado no início dos perímetros irrigados sergipanos, na década de 1980.

“A produção inteira depende da irrigação, e com o sol que está fazendo, ela é fundamental. Tem que ter esse apoio para o agricultor. A gente fica focado na roça, e ter uma parceria que nos ajude, que fale: ‘nós estamos aqui para ajudar’, é excelente”, agradeceu Kelly Cristina Lopes Cardoso dos Santos, irrigante do Jacarecica II que recebeu 500 metros da mangueira multiuso. A ferramenta vai permitir que ela logo também use fertirrigação com os microaspersores.

Sementes do Futuro
Desde 19 de março, dia de São José, mais de 20 mil agricultores familiares de 60 municípios sergipanos passaram a ter acesso às 206 toneladas de sementes de milho selecionadas, via Programa Sementes do Futuro, do Governo do Estado. Por meio da Seagri e da Emdagro, foi realizada a escolha, fiscalização e aquisição das sementes, um investimento de R$ 3 milhões.

A Coderse, já em seu terceiro ano atuando no ‘Sementes do Futuro’, sempre fica encarregada de distribuir a sementes para a agricultura familiar dos perímetros irrigados. Só no Jacarecica II, são 164 produtores irrigantes recebendo dez quilos da semente da variedade potiguar. 

Gente como Clenildes dos Santos, que planta milho no Perímetro Irrigado Jacarecica II. “Vamos plantar agora, aproveitar a chuva e plantar. Usamos irrigação, plantamos duas vezes no ano. Ajuda muito, porque o milho é a base de tudo. Vou vender, comer e distribuir para família. A gente cozinha, assa, faz cuscuz, dá para os bichos, aproveitamos o máximo do milho”, listou Clenildes dos Santos.

Água Doce
Um modo de exemplificar como acontece o trabalho da Coderse em poços tubulares para captação de água subterrânea é o Programa Água Doce. No ‘Sergipe é aqui’ de Malhador, a empresa levou uma maquete que mostra como é um sistema de abastecimento de água dessalinizada para a população conhecer a tecnologia social. 

“No semiárido sergipano temos 29 unidades do programa implantadas e o Governo do Estado está construindo, por meio da Seagri e da Coderse, mais três. Ao mesmo tempo em que o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional veio a Sergipe no ano passado, para anunciar recursos para a construção de 11 novos sistemas de dessalinização em Sergipe”, completou o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral.

Produtor de Malhador promove a integração entre criação de abelhas e plantações com auxílio do Governo

Animais coletam matéria-prima de espécies da flora nativa e exótica, enquanto polinizam as plantas, incrementando produção

As abelhas são responsáveis pela polinização das plantas, promovendo a fecundação das flores para a produção de frutos. Em troca desta importante tarefa, elas coletam o néctar e o pólen para sua alimentação. Experiência exitosa de um produtor rural em Malhador, no agreste sergipano, fez a integração da produção de mel com a agricultura familiar irrigada e a silvicultura. Nos 344 lotes do perímetro irrigado do Governo do Estado, se produz o ano inteiro e isso aumenta o tempo de floração e a oferta de mel nas colmeias, por mais de nove meses.

No assentamento Marcelo Déda, já faz 13 anos que Eloi Francisco de Menezes é irrigante do Perímetro Irrigado Jacarecica II, administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Por meio da infraestrutura hídrica da empresa pública, o agricultor e seus vizinhos recebem água bruta para irrigar suas plantações.
 
O Senhor Eloi produz banana, milho, coco, cana, árvores nativas ou exóticas que oferecem néctar, pólen e outros elementos que as abelhas usam para produzir a própolis. Contando com essa rica flora — encontrada no seu e nos demais lotes do Jacarecica II — ele cria as abelhas das espécies uruçu, nativa do Brasil e sem ferrão; e as do gênero Apis, a africana e a europeia.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Coderse, Júlio Leite, os ramos escolhidos por Eloi Francisco, aumenta o potencial produtivo dos perímetros irrigados do Governo do Estado. “O senhor Eloi trabalha sozinho em seu lote, mas as suas abelhas, por si só, criam uma espécie de parceria com os lotes vizinhos, ao extrair sua matéria-prima das plantações e contribuírem com a polinização dessas mesmas plantas, favorecendo a produção. Ele aproveita esse potencial de todas as floradas da irrigação para produzir mel, iniciativa que deve ser incentivada entre os outros irrigantes, naquele e demais perímetros”, pontua. 

“Temos o mel original da uruçu, o nosso tem ótima qualidade. E outros são méis silvestres. Tem muitas plantas que as abelhas são responsáveis pela polinização aqui: milho, amendoim, acerola, todo tipo de plantação. O coqueiro é um grande fornecedor de pólen para as abelhas, para a composição da geleia real, que alimenta a rainha. O Jacarecica II é muito rico! Com a polinização das abelhas, não tem fruto xoxo nem ‘pêca’, é completinho. Quando o milharal está alto, as abelhas vão polinizando”, relata Eloi Francisco. Sua produção anual de mel varia entre 400 e 600 litros.

Silvicultor

As abelhas de Eloi Francisco interagem com as flores de todas as cultivares agrícolas exploradas nos lotes do Jacarecica II, da rica diversidade de espécies nativas encontradas nas reservas legais do assentamento — zona de transição entre os biomas da Mata Atlântica e da Caatinga — e de árvores exóticas plantadas pelo aqui silvicultor, que também é meliponicultor (criação de abelhas sem ferrão), apicultor e agricultor. São espécies como as dos gêneros Eucalyptus, Acacia e Moringa.  Ele conta que a produção comercial de mel, em geral, é feita contando, em média, com as floradas de três espécies de plantas.

“Temos mais de 50 espécies, produzindo o pólen e o néctar, produzindo o mel completo. As abelhas têm acesso a várias coisas diferentes, como jurema, que dá a ‘própolis verde’, e diversas outras plantas. Sou pioneiro em plantar árvores, aqui”, complementa Eloi Francisco, ao acrescentar que, em breve, quer ampliar o seu plantel de abelhas criando colmeias das espécies mandassaia e jataí.

Primavera mais longa

O produtor rural explica que as abelhas só coletam néctar para a produção de mel durante a primavera que, em um ambiente em que a produção agrícola se torna possível o ano inteiro, a partir da irrigação, a estação do ano se torna mais longa. “Isso vai do meio do mês de agosto até abril. Até abril a gente consegue tirar mel ainda. Durante a primavera, se a florada for boa, a gente tira entre três e quatro coletas de mel durante esse período. Depois, tem o período da entressafra, da escassez, que a florada é pouca. Mas chovendo e tudo, onde tiver amendoim, inhame, batata, acerola, tudo que der flor, elas vão em cima, retira o néctar, o pólen e poliniza”, conclui. 
 

[galeria de fotos] Roda de Conversa “Café com Elas”

A sexualidade foi principal o tema da Roda de Conversa ‘Café com Elas’, promovida pela Coderse, como parte das ações do Governo de Sergipe no Mês da Mulher – Juntas somos transformação’, nesta quarta-feira, 12. O bate-papo ocorreu entre as servidoras da companhia e teve como facilitadora a terapeuta sexual Alyclene Cardoso, especialista convidada pela Diretoria Administrativa e Financeira (Diraf) da empresa.

Elas falaram de sexo na maturidade, menopausa e dos tabus envolvendo o tema. Fizeram dinâmicas em grupo que ajudaram no autoconhecimento, do corpo e mente. Quem organizou a atividade foi a Divisão de Bem-estar Social (Dibem), ligada à Diraf da Coderse.

Platô de Neópolis se destaca pela grande produção e impacto socioeconômico na região

Infraestrutura do Estado emprega milhares de pessoas e exporta o nome de Sergipe para o país com sua produção de qualidade e variedade de fruticulturas, que no ano passado chegou a 161 toneladas produzidas

Área administrada pelo Estado emprega milhares de pessoas e exporta o nome de Sergipe para o país – Foto Igor Matias

Conhecida como ‘a capital sergipana do frevo’, a cidade de Neópolis, na região do baixo São Francisco, também tem a agricultura como ponto forte. O Platô de Neópolis, que fica a 9km da sede do município, é dividido em 41 lotes de 40 concessionários, fiscalizados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A área, além de gerar milhares de empregos, exporta o nome de Sergipe para o país com produtos de qualidade.

Fundado em 1993, o Platô engloba, majoritariamente, Neópolis, mas, também, abrange os municípios de Santana do São Francisco, Japoatã e Pacatuba. Inicialmente, a ocupação se dava por seleção e, hoje, acontece via licitação pública. Os concessionários possuem a responsabilidade sobre a infraestrutura do lote e precisam oferecer uma contrapartida ao Governo do Estado, podendo ter o contrato rescindido, caso não cumpram. Além disso, pagam ao Estado, anualmente, uma taxa com base no valor da terra. Com isso, além dos investimentos para lucro, eles também trabalham pelo desenvolvimento da região. 

O engenheiro agrônomo Paulo Feitosa está no Platô desde o início e, atualmente, é gerente de contratos da Coderse. Ele explica como se dá parte do funcionamento estrutural. “É um projeto destinado para fruticulturas diversas, ao longo do tempo, que vão se adaptando. Existe a infraestrutura hidráulica, de fornecimento de água para os produtores, e a parte interna. Cada lote tem, no mínimo, um reservatório compatível com a área a ser irrigada. Aqui, você tem áreas subdivididas de diversos tamanhos, entre 30 e 500 hectares. O concessionário é responsável por implantar toda a infraestrutura e nós acompanhamos o desenvolvimento do lote, além de fiscalizar questões de área de reserva legal, entre outras questões”, pontua.

Exportação e qualidade
A alta variedade de produtos é um destaque do Platô, que exporta culturas de qualidade para todo o país. Apenas em 2024, foram produzidas quase 160 mil toneladas de frutas, mais de 51 milhões de cocos e 1.900.000 m² de grama ornamental e esportiva. Há produções de frutas como manga, banana, limão, tangerina, goiaba e mamão, além de um dos carros chefes: o coco verde. Neste último, a produção está em torno de 80 milhões de frutos por ano – seriam necessários 8.320 caminhões para transportar tal carga.

“Hoje, fornecemos frutas para o mercado interno, toda a região Nordeste, e estados do Sudeste. Não apenas fazemos a venda da fruta e o fornecimento, mas também temos a mão de obra. Na safra, chegamos a triplicar o número de funcionários para atender a demanda”, ressalta o gerente de dois lotes do Platô com diversas culturas, Thawan Ferreira.

Toda a estrutura é pensada para que a produção seja constante, mantendo-se durante todo o ano. A regularidade é fundamental, independentemente da época e do contexto climático. Também por isso, a parceria com o Governo do Estado, por meio da Coderse, é essencial para que esse mercado se desenvolva.

“Enviamos coco para São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, mamão para o Maranhão e Distrito Federal. Onde a gente consegue, de fato, comercializar, temos frutos para atender. Essa parceria entre o governo, na concepção e organização, e os empresários, trazendo investimentos e gerando empregos, vem desenvolvendo bastante a nossa região”, destaca o gerente da Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis (Ascondir), Ricardo Barroso. 

O projeto
A complexa estrutura dá uma dimensão do tamanho do Platô de Neópolis. E para ajudar a gerir um projeto de tamanha envergadura foi criada a Ascondir. Para se ter uma noção, apenas na distribuição de água, há uma estação de bombeamento com uma adutora de, aproximadamente, 6 km de tubulação, junto a uma rede de canais com cerca de 53 km, que faz a distribuição de água para os reservatórios dentro dos lotes, que possuem entre 30 e 500 hectares.

O atual gerente da Ascondir, Ricardo Barroso, também ressalta o tamanho do trabalho. “É uma estrutura muito complexa. Desde a sua criação, ele já teve um valor muito alto para instalação desses canais, estações de bomba, rede elétrica, entre outros. Algumas culturas são implantadas hoje para terem receitas depois de um ano, no mínimo. Atualmente, para implantar um hectare, você tem com sistema de irrigação um custo de R$ 20 a 30 mil. O Governo do Estado, em nome da Coderse, fiscaliza e dá todo o apoio necessário”, relata. 

Valor socioeconômico
Mas a importância do Platô de Neópolis vai além do contexto econômico. Ao todo, são cerca de três mil empregos diretos gerados na região, além dos postos indiretos. Milhares de famílias dos municípios que compõem o Platô são beneficiadas, comprovando o grande impacto social do mesmo.

É o caso de Aloísio Santos, montador de irrigação em um dos lotes. São 26 anos trabalhando nesta área, com um grande impacto gerado pelo Platô. “Desde quando surgiu o Platô, para mim, melhorou 100%. E para todos os envolvidos, melhorou bastante, em todos os sentidos. Moro aqui, sou da região, e a vida da minha família também melhorou. Alguns associados possuem os mesmos funcionários aqui desde o início”, conta.

Após tantos anos estabelecido no local, Aloísio já começou a estabelecer uma nova geração. Um de seus ajudantes na função é o sobrinho, Edson Brandão, que trabalha no lote há um ano. “Trabalho com meu tio e vim por conta dele, trabalhando junto. Estou aprendendo bastante. Isso mudou a nossa vida para melhor”, exalta.

Há, ainda, um claro objetivo em fornecer segurança e oportunidades aos funcionários. Além de 98% deles serem de carteira assinada, a maioria é formada por trabalhadores locais, incentivando o desenvolvimento da região. Como ressalta o engenheiro agrônomo Paulo Feitosa. “Esse é um patrimônio da Coderse e do Estado, um empreendimento de valor socioeconômico muito elevado. Considero um dos melhores projetos de desenvolvimento para a região, pela produção de alimentos e pela mão de obra direta e indireta, gerando emprego dentro dessas cidades, trazendo trabalhadores daqui”, reforça. 

Thawan Ferreira vai ainda além e afirma que “a região basicamente é sustentada, hoje, pelos lotes do platô, contribuindo bastante para o sustento de muitas famílias”.

Em uma região onde a agricultura é tão presente, o Platô de Neópolis transforma a vida de milhares de famílias e eleva o nome de Sergipe a um patamar nacional com segurança, qualidade e um trabalho reconhecido.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Poço instalado no Santuário de Nossa Senhora Divina Pastora vai atender milhares de peregrinos

Com investimento do Governo do Estado no valor de R$ 53,4 mil, poço tubular de 104 metros de profundidade que vai atender mais de 200 mil fiéis durante a peregrinação
Equipe técnica da Coderse fez a instalação do poço para atender o Complexo de Evangelização Nossa Senhora Divina Pastora // Foto: Fernando Augusto (Ascom Coderse)

Perfurado em novembro de 2024, o novo poço do Santuário de Nossa Senhora Divina Pastora só aguardava a ligação com a rede elétrica, para que na sexta-feira, 7, fosse instalado por uma equipe da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), em parceria com a congregação religiosa. Agora, a água está disponível para uso dos milhares de fiéis, nas mais de 15 peregrinações ao município de Divina Pastora, leste sergipano, programadas para este ano de 2025. 

A instalação foi uma demanda levada até o governador Fábio Mitidieri durante a edição do governo itinerante ‘Sergipe é aqui’, realizada no município no último mês de dezembro. A água do poço vai abastecer o Complexo de Evangelização Nossa Senhora Divina Pastora, infraestrutura criada pelo santuário para receber os devotos, disponibilizando banheiros comunitários para um público que, nos dois principais dias de peregrinação, no segundo domingo de outubro, ultrapassa as 200 mil pessoas.

O santuário acaba de divulgar seu calendário anual de peregrinações. São 15 datas com presença confirmada de romeiros na cidade e que vão começar neste sábado, 8, e a agenda está aberta para que outros grupos de religiosos marquem outras datas de peregrinação ao santuário, o que eleva a demanda pela água do poço.

Padre Jhonatan Michael, pároco do santuário, agradeceu ao governador, ao secretário de Estado da Casa Civil, Jorginho Araújo, à ex-prefeita Clara Rollemberg, aos diretores e ao gerente da Coderse pelo poço. “Graças a Deus, o poço artesiano aqui do santuário está pronto. Ele é muito importante porque os peregrinos que vêm a Divina Pastora têm uma necessidade muito grande de banheiro. Então, ano passado, o santuário, com contribuições, se esforçou em construir os banheiros, mas precisava de água. Então, o Governo do Estado atendeu o nosso pedido e fez a perfuração e a instalação do poço. A água é muito boa, e os peregrinos que vêm admirar a Divina Pastora, agora vão poder utilizar dessa bênção de Deus”, relatou o padre Jhonatan.

A Coderse é uma empresa pública vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). O diretor de Infraestrutura Hídrica, Ernan Sena, reforça a importância do poço no acolhimento dos devotos da Divina Pastora. “É um investimento do Governo do Estado, a partir da sensibilidade do governador Fábio Mitidieri, no social e na tradição do povo sergipano. Ao mesmo tempo, favorece a economia local, por conta do turismo religioso de peregrinos das várias partes do estado e de fora dele, que se dirigem à cidade todo ano”, frisou.

Fornecendo tubulação, conexões e cabos elétricos, a instalação foi realizada pelos técnicos da Divisão de Instalação de Poços (Dipoços) da Coderse. “O santuário, em forma de parceria, forneceu a bomba submersa elétrica para equipar o poço. Nós contribuímos com o restante do material necessário para interligar a bomba submersa à rede elétrica e fazer chegar a água até à superfície. Além da expertise do nosso pessoal técnico que atuou no serviço”, informou Roberto Wagner, gerente da Dipoços. 

Somando a perfuração, bombeamento com limpeza e teste de vazão — realizados por outras equipes de campo da Coderse — e a instalação, o investimento total de recursos do Governo do Estado foi de R$ 53,4 mil. O poço tem 104 metros de profundidade e conta com vazão de 1.886 litros por hora.

Rita de Fátima dos Santos, 61 anos, nascida e criada em Divina Pastora, abriu restaurante na cidade faz um ano. Por conta da procura na peregrinação, construiu o prédio do comércio com seis banheiros. Ela acredita que o poço tubular para abastecer os novos banheiros comunitários do santuário veio para melhorar a situação. “Ajuda a comunidade, porque a comunidade que cedia os banheiros. Cobrava para o pessoal tomar banho e usar o banheiro da casa. Meu banheiro ficava até o portão de saída, cheio de gente para usar o banheiro. Além dos banheiros químicos, que não davam conta. Mas agora, não”, completou.

Irrigantes retomam produção de batata-doce em perímetro estadual de Lagarto

Cinco perímetros irrigados estaduais produziram quase 19 mil toneladas da raiz em 2024

Agricultores irrigantes de Lagarto aumentam a cada ano a produção de batata-doce feita no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado no município do centro-sul sergipano. Em 2024, a alta foi de quase 30%, alcançando 648 toneladas da raiz. O perímetro é administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Este resultado mostra que os bataticultores superaram as dificuldades com pragas e doenças, as quais praticamente suspenderam a produção em 2019. Naquele ano, a incidência dos insetos pulgão e mosca branca transmitiam aos pés de batata-doce os vírus do Mosqueado Plumoso e Suave, que causam clorose irregular em forma de mosaico nas folhas. Isso provoca o atrofiamento da planta, que diminui o seu tamanho e o número de raízes. A assistência técnica oferecida pela Coderse reverteu a situação.

Segundo o técnico agrícola da Coderse, Marcos Emílio Almeida, a ocorrência da doença foi contornada de forma simples, apenas trocando as ‘sementes’. Como os produtores usavam as ramas dos pés de batata-doce colhidas na lavoura anterior, esta propagação passava o vírus de uma lavoura ou safra para outra. “Os produtores estavam com dificuldade de plantar por conta do material genético, muito propagado e com baixa produtividade. Conseguimos outro material genético e agora eles retornaram o plantio”, explicou.

O produtor irrigante Fabiano Martins planta batata-doce há cerca de oito anos. No fim do mês de fevereiro, ele tem um hectare plantado com da variedade roxa, divididos em três parcelas de idades diferentes. A mais próxima de colher tem 36 dias desde que foi plantada. O agricultor está confiante de ter bom rendimento e renda com essas três lavouras.

“A expectativa é que dê uma produção que nós consigamos vender, no mínimo, a R$ 2 o quilo. A gente costuma vender para atravessadores da região. Escolhemos a batata-doce roxa, porque ela colhe mais rápido que a ourinho branca, que não estava dando tão boa quanto o esperado. Muitos agricultores, como meu pai, plantaram a ourinho há uns anos e praticamente perderam por inteiro. A batata-roxa até para lavar é melhor, e tem boa aceitação”, pontuou.

Marcos Emílio relatou que a adubação de fundação, feita pelo produtor Fabiano Martins, ainda aproveitou os restos culturais de outras lavouras para baratear mais os custos. “A batata-doce não requer muito custo inicial para plantação, é mais resistente. Além disso, tem um mercado certo no município. Ele fez a plantação em covas, ficou mais espaçado, mas a produtividade mantém-se boa”, finalizou o técnico agrícola da Coderse.

Última atualização: 25 de março de 2025 13:34.

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