Belivaldo se reuniu com agricultores de perímetros irrigados em Canindé

Belivaldo também entrega ambulâncias e leva Ceac Itinerante para a cidade

Foto: Marcelle Cristinne/ASN

O vice-governador Belivaldo Chagas reservou a terça-feira, 28, para ir ao município de Canindé do São Francisco, Alto Sertão Sergipano, entregar ambulâncias e levar uma série de serviços à população através do Ceac Itinerante. Na oportunidade, Belivaldo se reuniu com agricultores de perímetros irrigados e assentados do MST, no intuito de discutir  melhorias para região.

“A gente veio aqui, atendendo a um pedido das lideranças, do prefeito do município, dos vereadores, enfim, é uma ação de Estado em benefício da população. Portanto, foi um dia extremamente proveitoso em que pudemos trazer para a população de Canindé diversos serviços, entregamos ambulâncias e discutimos assuntos de interesse, principalmente, as questões relacionadas aos perímetros irrigados, em especial, o Califórnia. Assim como, ouvimos também as reivindicações e sugestões dos representantes dos assentamentos da região para melhorar cada vez mais as condições de vida dessas pessoas”, explicou o vice-governador.

 

Assentamentos

Em Canindé, o vice-governador Belivaldo discutiu com representantes de assentamentos da região e agricultores do perímetro irrigado Califórnia, soluções para algumas dificuldades enfrentadas pelos agricultores da localidade. Na pauta, a ampliação do abastecimento de água pelos carros-pipas, regularização fundiária, entre outros.

De acordo o secretário estadual da Agricultura, Esmeraldo Leal, o governo do Estado estar atento as demandas da localidade.  “Já há um esforço do governador para ajudar no problema que afeta os moradores, principalmente, do semiárido, que sofre com a estiagem. Nesse sentido, o governo já sinalizou com a Defesa Civil para que de forma isso possa ser ampliado. Desta forma, vamos seguindo no esforço grande para tentar amenizar o sofrimento desses moradores”.

Já o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, explicou que no encontro foram discutidas algumas reivindicações relativas a algumas obras que estavam paradas e que serão retomadas.  “Nós ouvimos algumas reivindicações dos nossos irrigantes, é bom frisar que em Canindé, nós temos mais de 500 lotes irrigados com ação da Cohidro, do governo do Estado, levando riqueza, desenvolvimento, gerando emprego. Uma dessas reivindicações diz respeito à conclusão de uma das obras que estão sendo retomadas em pouquíssimo tempo, e com isso a gente pode dar uma melhor condição a nossa infraestrutura. Além disso, Belivaldo Chagas determinou que nos fizéssemos um estudo junto com os produtores e com a chefia do perímetro aqui em Canindé, no sentido de atender as reivindicações dos produtores e com isso, chegar a um denominador comum, tanto no que diz respeito ao interesse do Estado que é manter o perímetro funcionando muito bem, também com a realidade socioeconômica dos nossos produtores. Vamos fazer esses ajustes, e fazer cada vez mais forte nesse perímetro”, informou.

Segundo Belivaldo, será realizada uma reunião em Aracaju, envolvendo diversos órgãos para discutir as diversas questões que foram levantas durante o encontro. “Vamos procurar o Exército para ver a possibilidade de ampliar o fornecimento de mais carros-pipa, porque há tanto a reclamação de água para consumo humano como também para consumo animal. O exército insiste em só distribuir água para consumo humano, mas quem tem seu animal em casa quer ter seu problema resolvido também. O município sozinho não tem condições de resolver isso, nem o estado sozinho. Portanto, estamos em uma ação conjunta, Governo Federal, governo do Estado e município, juntos, de mãos dadas para que a gente possa amenizar esse sofrimento”.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

 

Leia a matéria completa em: http://agencia.se.gov.br/noticias/governo/belivaldo-entrega-ambulancias-e-leva-ceac-itinerante-para-caninde-de-sao-francisco

Governador inaugura sistemas de abastecimento do Água para Todos em Indiaroba

Jackson Barreto fez a entrega de sistemas simplificados de abastecimento implantados pela Cohidro e um posto da PMSE em Indiaroba e visitou as escolas profissionalizantes que o Estado constrói em Indiaroba e Umbaúba – Foto: ASN

O governador Jackson Barreto dedicou esta sexta-feira, 17, ao Sul sergipano, com a entrega de Sistemas Simplificados de Abastecimento e um Posto da Polícia Militar de Sergipe (PMSE) em Indiaroba e visita das escolas profissionalizantes que o Estado constrói em Indiaroba e Umbaúba. Só em Indiaroba, os investimentos entregues hoje somam quase R$ 600 mil. Já em Arauá, o governador inaugurou a Unidade de Beneficiamento de Macaxeira do Grupo de Jovens Cooperativistas da Colônia Sucupira e entregou diplomas de qualificação do curso de Gestão e Negócios para os associados.

Em Indiaroba, foram implantados quatro Sistemas Simplificados de Abastecimento Água no âmbito do Programa Água para Todos em comunidades do município. Os sistemas simplificados de abastecimento do Assentamento 05 de Janeiro e do Assentamento 27 de Outubro foram entregues pessoalmente pelo governador. Mas foram contemplados também o Povoado Sítio Novo e Assentamento Sepé Tiaraju, um investimento total de R$582.474,41 para os quatro povoados. O valor investido no município de Indiaroba representa 14,82% do valor total contratual do Programa Água para Todos da 1ª etapa para implantação de 40 Sistemas no Estado de Sergipe.

“Antigamente governadores não visitavam povoados, mas esse governo é diferente, porque nascemos da luta do povo. Nós estamos trazendo qualidade de vida para os assentamentos de Sergipe, que são os mais organizados do país. Participei, como intermediário, das negociações entre o antigo proprietário dessas terras, o Incra e o MST para regularizar este assentamento. Fico feliz porque dei minha contribuição para que o 5 de Janeiro acontecesse. E hoje, está aqui em todos esses povoados contribuindo para que esse povo trabalhador tenha uma vida melhor me deixa muito mais feliz”, declarou o Governador.

No Assentamento 05 de Janeiro, o sistema beneficiará 128 famílias, ou seja, cerca de 700 pessoas, e correspondeu a um investimento de R$ 298.518,82. No Assentamento 27 de Outubro, o beneficiará 23 famílias, ou seja, 138 pessoas, e corresponde a um investimento de R$ 135.365,31. Os sistemas foram implantados pela Cohidro.

“Essa é uma obra social, o que nos traz muita felicidade pois não existe obra mais importante do que a que realizamos para melhorar a vida do povo. O acesso à água é fundamental para qualidade de vida da população, leva dignidade e saúde para população. O governador já autorizou a perfuração de mais dois poços artesianos aqui na região, para garantir o acesso a água para mais famílias”, garantiu o presidente da Cohidro, Carlos Felizola Filho.

O sistema do 5 de Janeiro possui vazão do poço de 5.245 litros/hora, a tubulação assentada se estende 6.126 metros, com 14 chafarizes e quatro reservatórios de 10 mil litros. Além de um reservatório com capacidade para 5.000.litros de água. O sistema do 27 de Outubro possui vazão do poço de 2.235 litros/hora, a tubulação assentada se estende por 2.235 metros, com dois chafarizes e um reservatório com capacidade para 10 mil litros de água. Em ambos, a água é tratada com clorador de pastilha.

“É uma obra social de grande alcance e nossa maior felicidade é ver os sorrisos dessas pessoas que não precisarão mais carregar baldes por longas distâncias ou precisar de carroças para ajudar a pegar água nos tanques ou rios da região”, defendeu o vice-governador Belivaldo Chagas.

Para as moradoras do 27 de Outubro, as agricultoras Maria Beatriz Santos Dória, 68, e Hélia Cardoso, 51, o acesso à água traz facilidades para o dia a dia. “Estou muito feliz e agradeço a Deus por essa água. Antes, precisávamos pegar água no rio ou no Assentamento vizinho, mas são mais de 3 km de distâncias tínhamos que usar as carroças para ir pegar a água, era difícil”, disse Maria Beatriz. “Agora vai facilitar o dia a dia, a limpeza da casa e até para gente beber”, completou Hélia.

O presidente da Associação Comunitária do 27 de Outubro, José Lourenço, fez questão de agradecer o benefício proporcionado pelo Estado. “Agradeço muito ao governador, porque a gente sofria muito com a falta de água e vai ficar muito bom agora”.

Dois outros sistemas simplificados de abastecimento do Programa Águas para Todos foram implantados ainda em Indiaroba. No Sítio Novo beneficiará 162 pessoas de 27 famílias e correspondeu a um investimento de R$ 75.603,19. Sua vazão é de 3.568 litros/hora – a tubulação assentada se estende por 600 metros, com dois chafarizes e dois reservatórios com capacidade para 5 mil litros de água. Já no Sepé Tiaraju (Agrovila Cajá) beneficiará 25 famílias, cerca de 150 pessoas e correspondeu a um investimento de R$ 72.987,09. Sua vazão é de 910 litros/hora – a tubulação assentada se estende por 866 metros, com um chafariz e um reservatório com capacidade para 5 mil litros.

Representante do MST no município e morador do Agrovila I, que será beneficiado com o poço artesiano citado por Felizola, João Batista falou da importância da ação. “O governador nos informou que mais 150 famílias serão contempladas no Agrovila I, com o poço que será perfurado. Estamos muito felizes e agradecidos ao governador Jackson Barreto. É um grande salto de qualidade nas vidas das famílias, principalmente das mulheres e crianças. Agradecemos por trazer qualidade de vida para nosso povo”.

O Programa Água para Todos é uma iniciativa do Ministério da Integração Nacional, executada em Sergipe em conjunto com o governo do Estado via Seagri/Cohidro, e que destina R$ 14.400.000,00 (contrapartida estadual de R$ 700.000,00) para Sergipe, contemplando 107 comunidades com sistemas de abastecimento simplificado de água. Na primeira fase serão 40 sistemas, no total R$ 5.280.000,00. Trinta sistemas já estão em funcionamento. Na segunda etapa serão 67 sistemas, no valor de R$ 9.120.000,00.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Convênio entre Cohidro e Seidh soluciona falta d’água em comunidade de Simão Dias

Sistema de abasteciento fornece água para 69 famílias e é mantido por poço perfurado pela Cohidro, com 12.100 litros-hora – Foto Fernando Augusto-Ascom Cohidro

Novo sistema de abastecimento passa a levar água até as casas das 69 famílias residentes no Assentamento Maria Bonita, em Simão Dias. O reservatório elevado é abastecido por poço perfurado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e toda infraestrutura, projetada pelos engenheiros da empresa, se deu via convênio com a Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), que só nessa obra investiu R$ 100.000. Em um prazo de 10 dias, outro sistema idêntico será inaugurado no mesmo município, no povoado Sítio Alto e mais dois em Lagarto, nos povoados Piabas e Saco Grande da Tapera.

Ao todo, a Cohidro dispôs de R$ 2 milhões oriundos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), na parceria com a Seidh. R$ 759.658,36 custearam a matéria prima para a empresa perfurar 20 poços tubulares profundos e a instalação destes sistemas de abastecimento em Simão Dias, há 100km da Capital, e em Lagarto, distante 75km de Aracaju. Outros R$ 1.240.341,64 custearam a reforma de 12, dos 13 reservatórios públicos e de médio porte atendidos pelo Programa de Recuperação de Barragens do Governo do Estado, na edição de 2017.

O governador Jackson Barreto fez a entrega do sistema no Maria Bonita dia 31 de outubro, junto de outros investimentos.No primeiro dos quatro a serem entregues, foi instalado o poço com eletrobomba que proporciona a vazão de 12.100 litros por hora, a construção de base elevada de concreto armado com 6m de altura, a instalação de uma caixa de PVC de 10.000 litros e colocação de 1.276m de rede subterrânea de água, além das ligações domiciliares, como informam os engenheiros civis da Cohidro responsáveis pela obra, Clayton Araújo e Valdir Pinto Santos.

“O governo do Estado está fazendo um investimento de quase R$ 6 milhões em Simão Dias. Desses, R$2 milhões são para calçamento, R$ 400 mil em asfalto, além do programa Dom Távora com mais de R$2,5 milhões para arranjos produtivos, no intuito de melhorar a vida do homem do campo, da mulher do campo, dos pequenos produtores rurais. É um investimento jamais visto na história de Simão Dias. Nosso sentimento é de muita alegria, de dever cumprido, em poder atender a população de Simão Dias, o seu prefeito, o nosso vice-governador Belivaldo Chagas, que é um homem apaixonado pela sua terra. É uma somação de esforços de todas as áreas para melhorar a qualidade de vida do povo de Simão Dias. Como governador de Estado, nunca tivemos tantos investimentos anunciados de uma só vez nesse município”, declarou Jackson Barreto.

O investimento feito no sistema entregue tem a importância reconhecida pela população residente, como transparece a alegria de Edésio Rabelo Leal, morador e presidente da Associação de Cooperação Agrícola do Assentamento Maria Bonita. “Ah, hoje aqui estão todas as famílias animadas e felizes, porque essa implantação da água vai amenizar o sofrimento que as famílias passaram durante esse período de 2016 até março de 2017. Só mesmo nós, para sabe dizer o sofrimento que a gente passou nessa estiagem de sete meses. Então hoje, para nós, é um dia histórico, de muita alegria. Tem gente se reunindo, se aglomerando aqui na frente do poço, com o sistema de água, com essa implantação de água. Só temos a agradecer ao governador, a Esmeraldo (Leal, secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca), a (José Carlos) Felizola (diretor-presidente da Cohidro), por ter desempenhado essa obra nessa comunidade”, considera.

Para o vice-governador Belivaldo Chagas, as ações entregues comprovam o compromisso do governo com o desenvolvimento do interior. “Como filho da terra, fico muito feliz e satisfeito. Isso mostra que o governo tem compromisso com Simão Dias e com o povo, através da entrega de galpão, equipamentos e insumos para famílias de agricultores, do sistema de abastecimento para o povoado de Maria Bonita, além do Planos de investimentos do programa Dom Távora. É o governo cuidando da população e melhorando a qualidade de vida de todos os sergipanos. A prova disso, é o compromisso em resolver os problemas nas estradas. Serão mais de 200 quilômetros de estrada que serão reconstruídos e mais de 100 quilômetros serão recuperados”, afirmou.

Maria de Lourdes Rodrigues do Santos, aposentada e moradora do Maria Bonita, comemora a chegada da água na torneira de casa. “A gente ter água aqui pertinho, abrir torneira de graça, diga: não é uma benção, não? Deus mesmo, que maravilhoso é ele. Graças a Deus, fizeram uma coisa boa aqui no nosso assentamento e vem muito mais, com fé em Deus”, roga. Ela explica que, por conta da estiagem prolongada do último verão, a falta de um sistema de abastamento se fez mais latente à povoação. “Agora foi que choveu muito né? Nós temos tanque, cisterna, está tudo ‘cheiinho’. Agora para trás, nós sofremos um bocado, viu? Nós íamos para o rio buscar ‘de litro’, aquele sufoco. Agora quando Deus mandou chuva, aí veio essa água, aí que é melhor ainda”.

Água no campo
José Carlos Felizola esclarece que além deste, no Assentamento Maria bonita, de um ano para cá a Cohidro fez a entrega de 53 sistemas de abastecimento de água que atendem mais 7.500 pessoas na zona rural. “Depois que estive lá em Japaratuba, no final de setembro do ano passado, entregando o primeiro sistema de abastecimento de água residencial do ‘Água para Todos’ para as 133 famílias assentadas no Caraíbas, já são 27 sistemas do programa federal que a empresa instalou em todo estado. Somando a este aqui, de Simão Dias, são outros 25 que instalamos com recursos do Estado e equipes próprias, para levar água nessas localidades, aonde as redes convencionais não chegam. Tudo isso é para assistir pessoas que vivem e dependem da agricultura e que precisam desse nosso auxílio, garantindo qualidade de vida no campo”, externou o presidente da Companhia.

Milho e feijão para a comercialização, capim e palma para abastecer o próprio rebanho, é o que planta Felizardo Vital dos Santos, outro morador do Assentamento Maria Bonita. Como os outros, ele reconhece a carência que a comunidade tinha por um sistema de abastecimento de água. “Foi bom demais, estava precisando mesmo, porque água aqui não tinha”. Para o pequeno agropecuarista, a benfeitoria reduz muito a dificuldade de viver e executar as atividades no campo, por diminuir a distância que tinha para pegar a água de todas as necessidades. “Buscava no rio, ou no tanque que tem ali, que quando secava ia no rio. Para dar água ao gado, para tudo. E agora está bom, tem água para tudo, graças a Deus”.

Barragens
A recuperação de barragens realizadas pela Cohidro., nesta edição de 2017, atuou nos reservatórios públicos dos povoados Poço dos Bois, em Cedro de São João; Alagadiço, em Frei Paulo; Serra da Guia e Queimadas, em Poço Redondo; Mancinha, em Carira; Montes Coelho, em Tobias Barreto; Aningas, em Nossa Senhora da Glória; Lagoa de Dentro, em Gararu. E também nos assentamentos Paulo Freire, em Porto da Folha; Francisco José dos Santos, em Poço Verde; João Pedro Teixeira, em Canindé do São Francisco e na sede do município de Nossa Senhora de Lourdes, via os recursos do convênio com a Seidh.

Segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, outros R$ 230.000 foram ainda investidos para complementar as ações do programa de recuperação, somando as obras na barragem do povoado João Ferreira, em Ribeirópolis. “Atendemos os municípios sergipanos aonde foi reconhecido, em 2016, a situação de emergência devido à seca e isso contemplou 100% do Alto Sertão Sergipano e outras regiões, que também necessitaram de auxílio depois da estiagem. Eram 13 barragens que secaram e precisavam ser limpas, para poder aumentar a capacidade de acúmulo da água nas próximas chuvas e abastecer, principalmente, à dessedentação animal. O que ocorreu satisfatoriamente no último inverno, com quase a totalidade desses reservatórios ficando cheios ”, conclui.

 

Convênio com a Embrapa introduz pera no perímetro da Cohidro em Canindé

O plantio envolveu a participação dos técnicos da Embrapa e Cohidro, além dos estudantes do curso técnico em Agropecuária do Centro Estadual de Educação Profissional Dom José Brandão de Castro, estagiando no Perímetro Irrigado Califórnia (Foto acervo Califórnia/Cohidro)

Ontem e hoje, 1 e 2, no Perímetro Irrigado Califórnia teve início o primeiro plantio de mudas de pera em Canindé do São Francisco. A novidade se deu a partir do convênio entre a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa) Semiárido, que antes já trouxe mudas de Petrolina-PE e introduziu outros dois campos experimentais de uva. São variedades dos frutos melhorados e adaptados ao clima do sertão nordestino, a partir da fertirrigação por gotejo, que leva nutrientes e influi nas fases da planta, favorecendo a produção mesmo longe do seu habitat natural de clima temperado.

O técnico agrícola Guy Rodrigues de Santana, da Embrapa de Petrolina, foi quem trouxe e orientou o pessoal de campo do Califórnia deste novo campo de pera, no lote 4 NE-20, no setor 5 do perímetro, do irrigante Ozeas Beserra. Acompanhou tudo de perto o técnico da Cohidro Roberto Ramos (Beto), que ficará responsável pelo manejo da pera, orientar o produtor, demais técnicos e estagiários, quando não estiverem presentes os técnicos ou engenheiros agrônomos da Embrapa em Canindé.

No convênio, a Embrapa presta assistência técnica ao agricultor beneficiado e fornece os insumos necessários à adubação e manutenção das plantas pelo período de dois anos. No início, também incluí o fornecimento de estacas, sistemas de irrigação e as próprias mudas, vindas de viveiros do Sul do País. Em todos os três campos experimentais da Embrapa no perímetro da Cohidro em Canindé, o produtor só está, por enquanto contribuindo com a própria mão de obra, ou arcando o custo na contratação de terceiros.

Com 13 barragens recuperadas, Estado ampliou área de atuação do programa

Com mais de 75 anos de existência, barragem do Algodão em Cedro, nunca tinha secado antes de 2016 – Foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

O último período de estiagem em Sergipe alcançou regiões anteriormente menos prejudicadas pela seca. Tal agravante levou à exaustão, mais reservatórios de água do que nos anos anteriores. O Programa de Recuperação de Barragens do Governo do Estado, que desde 2012 executou ações em quase 2 mil dessas aguadas rurais em regiões sertanejas, desta vez teve que agir em novos municípios, a exemplo de Cedro de São João e Ribeirópolis. Ao todo, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), investiu R$ 1.470.341,64 na reforma de 13 barragens rurais de médio porte e que fomentam a vida no campo e sustento de 12.438 pessoas.

São barragens de terra, construídas há bastante tempo e que, por ação das enxurradas e da erosão, foram sofrendo assoreamento. Com o passar dos anos, a capacidade de acúmulo de água diminui e, com a seca que se abateu em Sergipe em 2016, os reservatórios secaram totalmente. Segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, foi ocasião propícia para evitar novas crises de desabastecimento. “Os serviços de recuperação e ampliação das barragens só são possíveis quando estas estão secas, possibilitando assim o aumento da capacidade de acumulação”, estabeleceu.

Para as ações foram destinados R$ 1.240.341,64, dos R$ 2 milhões em recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), que a Cohidro recebeu via convênio com a Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (SEIDH), desempenhando também ações de perfuração de poços e instalação de sistemas de abastecimento de água. O investimento em recuperação de barragens foi aplicado em municípios sergipanos que, em 2016, tiveram decretado pela União o estado de emergência devido à seca.

E o resultado foi positivo antes mesmo de uma nova seca começar, comemora o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola. “Uma seca das mais severas da história foi, graças a Deus, suprida por um inverno bastante generoso em quantidade de chuva. Isso garantiu que a maioria das barragens que nós recuperamos no período de estiagem, enchesse em sua totalidade. Garantindo assim, uma maior autonomia e chance de persistência do sertanejo no campo, tendo um tempo maior de uso daquela água. Como sempre digo, a água existe no sertão, em forma de chuva. O que é preciso fazer é investir em meios de guardá-la para usar durante a seca. Isso se faz, principalmente com as barragens e as cisternas, outra atuação que a nossa empresa, em breve, vai voltar a ter também no Estado”, argumentou.

Um dos municípios que só passaram a ser atendidos a partir da última seca pelo programa foi Cedro de São João. No Povoado Poço dos Bois, com cerca de 1.100 habitantes, a Barragem do Algodão secou pela primeira vez desde que foi construída, há mais de 75 anos. Mas, depois de recuperada, nas primeiras chuvas de 2017 recuperou sua carga total, ampliada pelas obras que retiraram muita lama de seu leito. Um reservatório de múltiplos usos, atendendo a dessedentação dos rebanhos criados em seu entorno, à pesca artesanal e ao laser, atraindo banhistas das cidades vizinhas e também gerando renda ao comércio local.

Manoel Vieira Alves, 74 anos, aposentado, morador do Poço dos Bois, na época lamentou o açude ter secado, mas tinha esperança de que a obra e as próximas chuvas poderiam reverter esse quadro. “Aqui era o lazer da gente, para dar água ao animal, para tomar banho, pescar, pegar um peixinho. Tudo aqui servia para gente, servia e serve, quando tiver de novo, né? Aqui nasci e me criei, nunca vi uma seca dessa não. Nasci e já tinha a barragem e nunca vi secar. Tem que fazer uma benfeitoria dessa, né? Mas aí agora com essa benfeitoria que tão fazendo, os nossos netos é que vão morrer e ela ainda não vai secar, com o poder de Deus”, suplicou.

Além da Barragem do Algodão, nesta edição do programa e com os recursos do convênio com a SEIDH, foi possível a realização de obras nas barragens públicas nos povoados Alagadiço, em Frei Paulo; Serra da Guia e Queimadas, em Poço Redondo; Mancinha, em Carira; Montes Coelho, em Tobias Barreto; Aningas, em Nossa Senhora da Glória; Lagoa de Dentro, em Gararu. E também nos assentamentos Paulo Freire, em Porto da Folha; Francisco José dos Santos, em Poço Verde; João Pedro Teixeira, em Canindé do São Francisco e na sede do município de Nossa Senhora de Lourdes.

Ribeirópolis
Município do Agreste Central Sergipano, Ribeirópolis resistiu à seca o quanto pode, entretanto sucumbiu à crise hídrica e decretou estado de emergência em fevereiro deste ano. Nessa época, o Programa de Recuperação de Barragens já estava em operação e, para tal, já tinha verbas destinadas às 12 barragens selecionadas. “Dessa forma, para atender a demanda da barragem do Povoado João Pereira, que secou, tivemos que arcar, com recursos próprios, as obras de limpeza da barragem, ampliando em mais R$ 230.000 os recursos investidos pelo Governo do Estado, nesse ano, em barragens”, completou o presidente Felizola.

Agricultor às margens da barragem, Gidelmo Barreto Menezes disse que não é comum a barragem secar, mas acredita que vá ser mais difícil disso se repetir, com a obra que melhorou sua capacidade de acúmulo. “Vai sim, com a água que rendeu, deve durar mais. Chegou a secar, porque o verão veio puxado”, considera. Ele planta, dentre outras cultivares, a batata-doce e é no período do verão que a maior utilidade da barragem se faz presente, quando todas as roças ao seu redor bombeiam da água para irrigação. Mas a orla, lá construída pela Prefeitura Municipal, sugere que se trata de um frequentado espaço de lazer. “A limpeza foi uma maravilha, rendeu mais água, tirou a lama e rendeu água”, completa o morador do Povoado João Pereira, onde vive uma média de 1.400 habitantes.

 

Com sistema instalado em São Cristóvão, ‘Água para Todos’ chega em 28 localidades

Sistema com poço, bomba, encanamentos, reservatório e chafariz. Casos à parte, população faz a ligação nas casas – Foto Michaelle Santiago (Ascom-Cohidro)

A instalação do sistema de abastecimento de água no Povoado Camboatá, em São Cristóvão, totaliza 28 comunidades atendidas na primeira fase do Programa ‘Água para Todos’ em Sergipe. A nova unidade promove o atendimento de 88 moradores, de um total de 4.885 já assistidos em todo Estado. Ainda em 2017, outras 1.454 pessoas terão acesso à água em mais 9 instalações, via o convênio entre União e Governo do Estado, onde a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) é o órgão executor.

O valor investido, até o momento, é de R$ 4.351.181,16. Recursos oriundos do Ministério da Integração Nacional e do Governo de Sergipe, para implantação de sistemas de abastecimento de água em 37 localidades rurais. Com a segunda fase concluída, serão ao todo 107 localidades, em 29 municípios sergipanos, recebendo água para consumo humano. Um investimento federal total de R$ 14,4 milhões, somado à contrapartida estadual de R$ 720 mil. “Serão mais de 5.000 famílias sergipanas beneficiadas com água própria para o consumo humano, residentes em povoações rurais distantes das redes convencionais de distribuição de água e selecionadas a partir de levantamento socioeconômico independente, licitado pela Cohidro”, argumenta o diretor-presidente da Companhia, José Carlos Felizola.

Segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, o número de localidades atendidas vai aumentando conforme os sistemas de abastecimento recebem a ligação da energia elétrica. “Hoje, a suma maioria das unidades estão prontas, faltando apenas a instalação elétrica, que é feita pelas concessionárias responsáveis. Feita a ligação, a empresa licitada para a instalação vai pôr os equipamentos, fazer testes e passar a fornecer água para a localidade”, explicou, informando que, além do Camboatá, os povoados onde a instalação se fez mais recentemente são no Assentamento Sepé Tiaraju, em Indiaroba e no Povoado Siribas, em Siriri, municípios a 100 e 34,4 km da capital, respectivamente.

Além do Camboatá, do Siribas e do Sepé Tiaraju, estão instalados e fornecendo água à população, os sistemas dos assentamentos 27 de outubro, 5 de Janeiro e Povoado Sítio Novo, ainda em Indiaroba; nos povoados Colônia do Sapé, Minante, Rio Fundo/ Riachinho, Araticum e Assentamento Dorcelina Folador, em Itaporanga D’ajuda; Assentamento Caraíbas, povoados Curral dos Bois, Encruzilhada e Araticum, em Japaratuba; Povoado Currais, em Japoatã; povoados Quebradas III e Chã do Cabral, em Salgado; povoados Cambui, Bom Viver, Bonfim e no Assentamento Cleonice Alves, em Santa Luzia do Itanhy; Assentamento Caio Prado, em Estância; Povoado Rocinha, em São Francisco; povoados Touro e Canal, na Barra dos Coqueiros, Povoado Canavieira, em Tomar do Geru e no Povoado Flor do Mucuri, em Divina Pastora.

Crise hídrica
No início do ano, São Cristóvão, situado na Grande Aracaju, sofreu dificuldades com a crise hídrica em muitas das suas localidades, inclusive na zona urbana. Para tanto, nos primeiros dias de janeiro, a Cohidro perfurou três poços para dar suporte ao abastecimento de água potável do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), na sede municipal. Antes disso, em 2016, perfurou outro no Povoado Timbó, também para a SAAE. Desta vez é o Povoado Camboatá que passa a ter água para consumo humano. “O ‘Água para Todos’ custeia o poço e a instalação do sistema de abastecimento, com reservatórios e chafarizes em número suficiente para atender a população. Mas, como tem ocorrido em outras localidades; moradores, associações, ou então as prefeituras, estão se mobilizando para fazer o encanamento até as casas. O mesmo está acontecendo no Camboatá”, externou Paulo Sobral.

João da Conceição vive com a mulher, filha, genro e dois netos, no Camboatá. Ele é um dos que fez a ligação de água do sistema até a residência e comemora a melhoria. “Acho que melhorou muito. A gente pegava água para beber do poço do vizinho ali embaixo, trazia na carroça e quando ele não estava, não tinha como pegar. E para casa, a gente pegava no rio, para lavar prato, lavar roupa. Mas aquela água do rio está muito preta, não presta para lavar roupa, está contaminada, não tinha qualidade. Essa agora, a gente usa para beber, tomar banho, lavar roupa. Usa essa água para tudo, agora nós temos água boa, água de qualidade”, descreveu o morador há 2 anos no povoado.

Semana da Alimentação consolida produção e consumo de orgânicos em Lagarto

Palestras do segundo dia de evento foram no Cepard, antigo Colégio Polivalente de Lagarto – foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

Três dias de atividades marcaram a ‘Semana da Alimentação da Cohidro’ em Lagarto, alusiva ao Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro. Terça, quarta e quinta-feira, respectivamente, no Campus Lagarto da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas (Cepard) e no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Lagarto, houve palestras educativas, depoimento dos agricultores e exibição de alimentos orgânicos produzidos no Perímetro Irrigado Piauí. Além da entrega de cartilhas agroecológicas editadas pela Companhia Estatal e impressas em convênio com o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Evento organizado pela Diretoria de Irrigação (Dirir), da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), através das suas gerências de Desenvolvimento Agropecuário (Gedea) e do Perímetro Irrigado Piauí. Este último, polo agrícola administrado pela empresa em Lagarto, onde hoje 10 agricultores irrigantes estão convertidos e autorizados à produção de alimentos orgânicos. Pertencem a uma Organização de Controle Social (OCS), reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O objetivo principal da ‘Semana de Alimentação’, segundo o diretor-chefe da Dirir, João Quintiliano da Fonseca Neto foi o de divulgar o trabalho dos agricultores e a própria agricultura orgânica. “Se faz necessário procurar novos mercados aos agricultores que aderiram à produção sem o uso de agrotóxicos. E nada melhor que esses novos clientes estejam na cidade mais próxima ao nosso perímetro, que é Lagarto. Da mesma forma que na agricultura familiar, de pequeno porte, é bem mais aceitável o método de produção que se atente a produzir sem os riscos que os agroquímicos oferecem ao agricultor e à sua família, que quase sempre vive junto das lavouras,” defende.

Cartilhas educativas
Nessa visão de propor ao agricultor e aos técnicos agrícolas, de dentro e de fora dos seus perímetros irrigados, optarem por não correr os riscos que oferece o uso do agrotóxico no seu trabalho, é que a Cohidro editou a cartilha ‘Produtos Alternativos para o Controle de Pragas e Doenças na Agricultura’. Um trabalho elaborado pela engenheira agrônoma Sonia Maria Souza Loureiro há seis anos, e que em 2016 passou por uma revisão. Para a produção de 4.000 exemplares dessa segunda edição, a companhia contou com a parceria do MPT, que em uma de suas ações de fiscalização trabalhista, converteu o pagamento de multa na impressão gráfica do material educativo.

Quarta, no Cepard, o procurador do trabalho Manoel Adroaldo Bispo compareceu à ‘Semana da Alimentação’, para fazer a entrega oficial da publicação à Cohidro. “A importância para o MPT, é disseminar cada vez mais a consciência de que é possível produzir sem contaminar o ambiente. Então, essa cartilha vem em boa hora, porque contribuirá para que tenhamos produtos alimentares cada vez mais saudáveis”, considerou. Ele estabeleceu que 3.000 unidades seriam entregues à empresa e outras mil, serão destinadas à instituições de Sergipe que, da mesma forma, tem atuação junto aos agricultores familiares do estado.

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, agradeceu o apoio dado pelo MPT à continuidade deste projeto que defende uma atividade agrícola mais compensatória e benéfica à saúde da população em geral. “Dou meus parabéns ao Dr. Adroaldo Bispo, que pela segunda vez estendeu a mão à empresa para viabilizar este projeto, e para Drª Sônia Loureiro, pela perspicácia em encontrar tempo de elaborar esse compêndio de informações muito importantes para quem planta. É algo inovador, combater pragas e doenças das plantas com substâncias que não prejudicam nossa saúde. Saem ganhando todos: o produtor, que não adoece e ainda lucra mais ao vender um produto diferenciado e o consumidor, que se alimenta sem correr riscos de contaminação por defensivos químicos”, justifica.

Palestras
O foco das palestras foram os estudantes das próprias instituições de ensino que gentilmente cederam espaço para realização do evento e também os agricultores e familiares, convidados a participar. O Técnico agrícola da Cohidro em Lagarto, Marcos Emílio Almeida, foi um dos organizadores e também palestrante nos três dias, falando da produção orgânica realizada no Perímetro Piauí. “O objetivo é favorecer o consumo desses alimentos orgânicos, que já vêm sendo produzidos aqui e criar uma condição de que esse grupo aumente, que traga mais pessoas envolvidas nesse processo de agricultura orgânica. Trazendo essa informação, a pessoa já vai comprar diretamente e valoriza o produto orgânico, porque é mais trabalhoso para você produzir”, disse ele.

Isaura Virginia Reis Menezes Valença é nutricionista formada no Campus Lagarto da UFS, atualmente fazendo pós-graduação com ênfase em Obesidade e Emagrecimento, mas também é aluna especial no curso de pós em Educação Física do Campus UFS de São Cristóvão. No dia do evento em sua universidade, ela proferiu palestra focada na bandeira da alimentação saudável. “A gente sabe que é fundamental alertar a população quanto aos hábitos alimentares saudáveis e principalmente ao consumo de alimentos orgânicos, visando evitar o aparecimento e a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis”, analisou.

A nutricionista do Programa Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio (SESC) em Sergipe, Aline Rezende Alves, palestrou na “Semana da Alimentação”, na UFS e também no Cepard. “O objetivo da minha palestra foi falar o que é um alimento seguro, o que é uma alimentação de qualidade. Hoje, nós só temos um alimento seguro se esse alimento for orgânico, livre em agrotóxicos. Não tem como eu ter uma alimentação saudável, comendo frutas e verduras que sejam ricos nesses aditivos químicos. Precisamos também incentivar os nossos jovens, que eles fiquem no campo, mesmo que busquem cursos na cidade, voltem para o campo, produzam e consumam alimentos de forma saudável e consigam também, alimentar a sociedade”, esclareceu.

Outra organizadora do evento, Maria Terezinha Albuquerque, da Gedea, agradeceu ao Mesa Brasil do Sesc, pela indicação da palestrante. Da mesma forma ao Campus UFS de Lagarto, que indicou palestrante e cedeu o espaço ao evento, e a direção do Cepard, que também disponibilizou o espaço e mobilizou os alunos. “O evento foi um sucesso. As palestrantes Aline, do SESC e Izaura Valença, da UFS, foram excelentes na apresentação dos temas abordados, dando ênfase à importância de consumir produtos orgânicos. A metodologia aplicada foi de fácil compreensão, todos elogiaram. Excelentes profissionais e pessoa, parabéns. Esperamos poder contar com todo este apoio novamente. Obrigada!”.

Depoimento dado no evento
Delfino Batista, agricultor orgânico no perímetro irrigado, consolidado na OCS há mais de sete anos, fornece alimentos diretamente aos seus clientes nas feiras de Lagarto, na Cohidro e nas Feiras da Agricultura Familiar realizadas em Aracaju. Ele incentiva quem quer entrar no orgânico, avaliando que assim, a pequena propriedade rural tem mais chances de obter lucratividade. “Para mim foi a melhor coisa e não pretendo sair. A pessoa trabalhando direito, da certo, mas se trabalhou enganando, já viu, só bota uma vez. Mas graças a Deus, a Cohidro me deu grande apoio, até hoje. Se, não é eles, eu não estava aqui não. Eu sozinho, sem o apoio da Cohidro, eu não ia para frente de jeito nenhum. Vocês que são produtor e tem vontade de ficar no campo, trabalhar com o orgânico é a melhor coisa que vocês vão ter. Se você tiver vontade, querer, não é difícil não. Quando tiver começando, pode procurar um produtor que nem eu, que pode ajudar você. Podem me procurar”, se dispôs Delfino.

A aluna do 3º período no Cepard, Valesca Ferreira da Costa resumiu bem o que viu das palestras e depoimentos dados no dia em que o evento ocorreu em seu colégio. “Eu achei muito interessante, porque mostrou pra os jovens que o uso abusivo de agrotóxicos prejudica, não só a nossa saúde, mas a do nosso familiar também. E achei importante a palestra, que a nutricionista está dando sobre alimentação, que dá mais um desempenho, até nas atividades escolares”, considerou.

“Maravilhosa, especialmente, porque essa juventude é um disseminador de informação, essa juventude terá, uma vez esclarecida e consciente, de que o veneno mata, o veneno adoece. Ela ajudará muito seus pais, seus vizinhos, todos os seus familiares, no sentido de que há uma alternativa de produção saudável e não necessariamente o uso desse pacote tecnológico, que só interessa a indústria química, a indústria de adoecimento e mortes”, complementou o procurador Adroaldo Bispo, pelo que presenciou ao participar da ‘Semana da Alimentação’, no Cepard.

Novo poço da Cohidro vai fornecer água ao Copemcan

Novo poço vai solucionar a instabilidade no fornecimento de água no Copemcan – Foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

Convênio entre Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa ao Consumidor (Sejuc) e a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), está pondo fim às limitações no fornecimento de água ao Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão, na grande Aracaju. Um novo poço, perfurado pela empresa estatal no interior do presídio, vai substituir os antigos, distantes e vulneráveis às tentativas de desvio de água, nas tubulações.

O secretario de Justiça, Cristiano Barreto, que visitou o Copemcan na manhã desta sexta-feira, 22, afirmou que “a perfuração desse poço vai acabar de vez com o problema de falta de água na unidade” e elogiou a parceria com a Cohidro. “A equipe da Cohidro tem realizado um trabalho extremamente competente em todo o estado”, completa Cristiano.

A cooperação entre a empresa pública e a pasta estadual está em uma segunda ação. Ano passado foi perfurado e instalado um novo poço via este convênio, na Cadeia Pública Territorial de Estância Tabelião Filadelfo Luiz da Costa antes de sua inauguração, ocorrida em novembro de 2016. Segundo Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, a intenção é de que outros poços sejam perfurados e instalados em unidades prisionais do Governo do Estado, conforme forem as prioridades de cada uma e das demais demandas requisitadas à Companha, por outros setores da sociedade.

“A vazão desse novo poço é mais do que o suficiente, para prover água aos 2.500 detentos do Copemcan e seus cerca de 100 funcionários por turno. Para nós, é uma grande satisfação atender a solicitação da Sejuc. Dentro de nossas possibilidades e pensando na celeridade para regularizar o fornecimento de água para o presídio, agora, o nosso trabalho segue com a instalação do poço, colocando bomba, parte elétrica e tubulações, para o sistema ser acoplado à estação de tratamento de água existente do no presídio”, expôs o diretor Paulo Sobral.

O poço do Copemcan, que terminou de ser perfurado no dia 15, na terça-feira, 19, recebeu o bombeamento para limpeza e aferição. O resultado do trabalho da Cohidro foi considerado excelente, já que o poço de 70 m e com nível de água aos 26m, tem potencial de fornecer água em uma vazão de 11.000 l/h. Trabalho comemorado pelas equipes, de perfuração, formada por Geraldo Miranda Santos, Rudnei José da Silva, Carlos Alberto dos Santos, Gilmar Andrade Prata; de bombeamento, Girlan da Silva, Paulo César dos Santos e Valcimar Tavares Farias.

Para o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, o atendimento às demandas do Governo do Estado “é necessariamente o cumprimento do dever da Empresa em servir ao povo sergipano. São nossos cidadãos, sentenciados ou não, que estão lá detidos e necessitam de água para consumo e necessidades de higiene dentro do presídio. Da mesma forma com que temos parcerias com a nossa coirmã Deso (Companhia de Saneamento de Sergipe) para novos poços, temos com a Sejuc e, recentemente, fizemos uma perfuração no 7º Batalhão da Polícia Militar em Lagarto, para atender ao consumo do efetivo policial que serve na unidade”, avaliou.

Fernando Freire da Silva, diretor do complexo penitenciário, expõe que a estabilidade no fornecimento de água no presídio não só reflete em bem-estar aos detentos, mas a falta dela pode pôr em risco a segurança da unidade. “Esse poço cavado aqui dentro do Copemcam, vai suprir uma demanda, que já estava nos causando um prejuízo administrativo terrível. Ela vai alimentar a caixa d’água, que fornece água para todo presídio, aos 2.500 internos, fazendo com que essa situação não nos traga mais problemas administrativos. Quando falta água no presídio, os internos começam a bater nas grades, começam a querer fazer movimentos rebelatórios”, explicou.

O diretor reforça que a deficiência no atual modelo de fornecimento de água, está na localização remota dos poços e estações de bombeamento. “Esse poço é de suma importância devido a problemática que nós temos passado no fornecimento de água ao presídio, já que as outras bombas, os outros poços, foram cavados em lugares muito distantes. Havia uma perda de água, devido a moradores utilizarem a tubulação para desviarem água, fora as situações relacionadas a bomba, que a gente tinha que se deslocar até lá para regularizar o serviço. A gente gostaria de agradecer a Cohidro pela disponibilidade, por ter nos atendido de forma primorosa”, finalizou Fernando Freire.

Irrigantes de Lagarto investem no mamão havaí

Intervalo entre linhas de mamoeiros ainda permite o plantio de outras culturas de ciclos curtos e pequeno porte, como a batata-doce - Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)
Intervalo entre linhas de mamoeiros ainda permite o plantio de outras culturas de ciclos curtos e pequeno porte, como a batata-doce – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Para dinamizar as culturas exploradas em seus lotes irrigados e incentivados pela demanda criada por novos pontos de comercialização para frutas frescas, como o novo Mercado Municipal de Lagarto, agricultores inseridos no Perímetro Irrigado Piauí investem no plantio do mamão havaí. A variedade precoce começa a produzir em menos de um ano de plantio e pode chegar há dois de colheita contínua. Para tanto, eles recebem o incentivo do governo do Estado, ao serem assistidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), no fornecimento de irrigação e assistência técnica agrícola.

Edilma Leal Fontes cuida da plantação de 0,5 hectare (ha) de mamão havaí em seu lote. Nele, ela conta que tem a ajuda da nora que faz a colheita, já que a iniciativa e investimento no plantio foi feito pelo filho, Adjan Leal Fontes. “As mudas foram plantadas em maio do ano passado e começamos a colher, agora (início de junho). Estamos entregando ao comprador à R$ 35 a caixa (30 quilos) do mamão. Foi meu filho que tinha vontade de plantar, eu só ajudo, pois ele trabalha fora”, explicou a agricultora de Lagarto, há 75 km de Aracaju.

A plantação no lote de Adilma é feita usando a microaspersão, que o filho dela tem intenção de melhorar, quando investir futuramente na fertirrigação. “Nesse sistema de irrigação, todo adubo, os nutrientes que a planta precisa, chega diluído na água, aumentando o nível de absorção e eliminando o desperdício da adubação de lance”, argumentou o técnico agrícola Willian Domingos da Cohidro, que assiste o setor do Perímetro Piauí onde está o lote.

A produtora, porém, relata que a maior dificuldade enfrentada no plantio, até a gora, é na classificação do produto, já que os compradores só aceitam aquela peça de mamão havaí de formação uniforme e simétrica, sem deformações e no tamanho padrão de mercado. “Você abre e o mamão é o mesmo. Só é diferente por fora mesmo, mas não querem levar. Do outro tipo de mamão, o redondo, eles pagam só R$ 20 a caixa, nesse, nem isso”, lamenta Edilma.

Willian explica que o manejo indicado aos produtores é de colocar, em cada cova, duas mudas de variedades diferentes, para não haver perda e que por isso pode haver diferenciação no formato dos frutos. “A intenção é de sempre priorizar o mamão havaí, só deixar o do tipo ‘redondo’ se não desenvolver a muda principal”, explica. O técnico ainda conta que o manejo indicado para a plantação de mamão é sempre usar a Calda Bordalesa para cicatrizar os pontos onde há ‘ferimentos’ no caule, seja no desbaste das primeiras folhas ou depois que arrancados os frutos. “Assim evita a proliferação de fungos, que podem até matar a planta”, completa.

Programas de aquisição de alimentos
Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, uma forma de diminuir as perdas por conta do rigor da classificação de mercado aplicado às frutas, é fazer parte de projetos governamentais de compra da produção. Nesse aspecto, a Companhia é parceira dos produtores irrigantes dos perímetros estaduais, fornecendo irrigação e a assistência técnica necessária para quem vai precisar produzir o ano inteiro, mas também auxilia as entidades – associações e cooperativas de produtores – na regularização da documentação necessária e formulação de projetos, principalmente na proposta à ‘Doação Simultânea’ que é feita à Conab.

“No PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) da Conab, via ‘Doação Simultânea’ às entidades de assistência a grupos vulneráveis, e no Pnae (Programa Nacional Alimentação Escolar), gerido pelas prefeituras; o produto atende a uma classificação feita a partir de seu valor nutricional, em dietas estipuladas por nutricionistas. Como vai servir geralmente para o preparo direto de refeições não é, por obrigação, avaliado por padrões meramente estéticos e ainda mais de tamanho, já que tudo é comercializado a partir do seu peso. Claro, seja na feira ou nessas entregas, o produto sempre vai ter que atender às exigências sanitárias, tem que estar em estado de conservação apropriado ao consumo humano”, exemplifica João Fonseca.

Diversificação
Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola considera válido que os agricultores diversifiquem suas produções, avaliando tanto o surgimento de novos pontos de venda quanto à alternância na atividade rural para competir melhor no mercado. Para ele, ainda existe a importância de alternar o status de Sergipe de consumidor para produtor da fruta, deixando de contribuir só com 0,63% da produção nacional, mesmo o Brasil sendo o segundo maior produtor mundial de mamão.

“Não tem como todo mundo produzir a mesma coisa sempre, simplesmente por ser menos complicado ou uma tradição herdada de família. Assim chega a um ponto de ter que baixar o preço de venda para competir com tanto produto igual no mercado. O Governo do Estado, por um lado dá incentivo na irrigação, na assistência, mas contribui criando pontos de comercialização. Foi assim com o novo Mercado Municipal de Lagarto e em breve teremos duas novas ‘Ceasas’: em Itabaiana, obra do Proinveste, e em Canindé de São Francisco, construída em área da Cohidro. Então, vai aumentar a demanda por mamão e demais gêneros que hoje boa parte vêm de fora. Mais um motivo para investir nesse tipo de produção e gerar renda aqui dentro”, acredita Felizola.

Ampliando o plantio
Josenaldo Da Silva Leal também tem 0,5 ha plantados da variedade havaí no Perímetro Piauí, aonde já começou a colher há 6 meses. Incentivado pelos resultados obtidos, já iniciou nova área. “Acabei de fazer uma colheita desse lote que plantei há 12 meses e tem mais duas plantadas: uma parte iniciada faz 2 meses e a outra há 15 dias, totalizando mais 1 tarefa (0,33 ha) plantada de mamão. Ouvi dizer que era bom e decidi experimentar. Gostei e vou continuar plantando”, comemora o produtor que consegue vender sua produção por até R$ 40 a caixa, utilizando a fertirrigação por microaspersão.

Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima informa que gradativamente a produção de mamão só tem aumentado e que os técnicos da Cohidro incentivam a adoção da cultura. “Hoje temos seis produtores irrigantes no Perímetro que aderiram a produção da fruta. Juntando cada uma destas plantações, totalizamos 2 ha plantados com mamão. A tendência é aumentar, conforme for o sucesso de cada produtor que já plantou”, analisa.

Cohidro adere ao ‘Dia do Rio’ em seus polos irrigados

Foto: Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Passando a valer a partir de ontem, 21, via a Resolução Nº 1.043 da Agência Nacional de Águas (ANA), o ‘Dia do Rio’ impõe a paralisação, todas às quartas-feiras e até 30 de novembro, em todas as captações feitas no Rio São Francisco, em barragens e principais afluentes, desde Minas Gerais até a foz, na divisa entre Alagoas e Sergipe.Salvo quando se trata de uso de água para consumo humano e dessedentação animal. O Governo do Estado de Sergipe, através de sua Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), atendendo a resolução já determinou esta suspensão no bombeamento do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco e no Platô de Neópolis.

A medida, tomada na 660ª Reunião Ordinária da Diretoria Colegiada da ANA, se vale da “grave situação de escassez hídrica ocorrente na bacia do rio São Francisco desde 2013, caracterizada pelas baixas precipitações (pluviométricas) com prejuízo para a reposição do estoque de água dos reservatórios”, e em seu artigo primeiro, estabelece que, “tendo em vista a situação de escassez hídrica na bacia, o Dia do Rio como medida de restrição de uso para captações em corpos d’água superficiais perenes de domínio da União na bacia hidrográfica do rio São Francisco que ainda não estejam submetidas a outras regras de restrição de uso mais restritivas”. A regra, que vai até o dia 30 de novembro, poderá ser prorrogada, “caso se observe atraso no início do período de chuvas na bacia do rio São Francisco”, acrescenta o documento publicado no Diário Oficial da União em 20 de junho.

No Perímetro Califórnia, há 213Km de Aracaju, segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, a determinação já está sendo adotada e não vai afetar a os beneficiados pela Empresa e nem das suas conveniadas, que utilizam do sistema de irrigação. “Em Canindé, diferente do dispositivo proibitivo a nós e que lá vale também para o Perímetro Jacaré-Curituba da Codevasf, a Deso pode utilizar-se de sua captação própria, sem prejudicar o abastecimento da cidade. Muito mais do que uma regra, punível com multas, será uma forma de nós, que utilizamos do ‘Velho Chico’ para desenvolver a Agricultura, contribuirmos com a reversão da situação de escassez de água em seu leito ou represas”, avalia.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Dirir), João Quintiliano da Fonseca Neto, o impacto que possa ocorrer na irrigação dos dois polos irrigados da Empresa, passará a ser sentido só depois do fim do período de chuvas. “Por agora e desde abril, quando se iniciou um dos melhores períodos de chuva registrados em Sergipe, nossos perímetros têm permanecido praticamente todo tempo inoperantes quanto ao serviço de bombeamento de água até os lotes irrigados. A boa precipitação registrada elimina quase por completo a necessidade de irrigação em todo Estado”, observa.

Porém, ainda segundo João Fonseca, a estiagem vai chegar e com ela, a necessidade de religar as bombas. Para isso, o diretor considera que o manejo hídrico das lavouras, orientado pelos técnicos agrícolas da empresa e de parceiros, vai saber superar a suspensão de água das quartas-feiras. “Depois de agosto, provavelmente, quanto chegar ao fim o período de chuvas, é que esta paralisação da Resolução da ANA vá de fato interromper o fornecimento de água para a agricultura. Porém, nesses perímetros que utilizam do São Francisco dificilmente haverá prejuízos na produtividade, pois predominam as culturas de ciclo longo, como a fruticultura, que suportam mais de um dia sem irrigação. Já para as olerícolas, como a alface e o coentro, um dia sem água ainda é suportável. De toda forma, estaremos atentos para identificar qualquer necessidade orientar mudanças na forma de irrigar essas plantações, no decorrer dos outros seis dias da semana”, completou.

Platô de Neópolis
Distante 107km da capital, área e sistema de distribuição de água do Platô de Neópolis pertencem ao Governo do Estado através da Cohidro. Estrutura administrada pela Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação de Neópolis (Ascondir), que possuem a concessão pública para cultivar a terra e operar o sistema. Lá, predominam a fruticultura e a plantação de cana de açúcar, cultivos de ciclos longos e até resistentes a períodos maiores de que um dia por semana.

Antônio Paulo Feitosa, Engenheiro Agrônomo da Dirir, é responsável por gerenciar e fiscalizar a operação do polo irrigado e ontem esteve com os concessionários para oficializar a decisão que foi tomada no dia 19, pela ANA. “Fomos até lá só para dar certeza de que a Resolução estava em vigor, pois todos concessionários já estavam cientes da paralisação semanal. A paralisação da quarta nem precisou ocorrer ontem, pois como está chovendo bem, também na região de Neópolis, não houve necessidade de irrigação nesta semana”, informou.

 

Última atualização: 18 de junho de 2018 21:03.

Acessar o conteúdo