Governo de Sergipe publica edital para projeto da Adutora do Leite

Com aumento na oferta de água, produtores reduzem o custo de produção, podendo investir na qualidade da alimentação, genética e crescimento dos rebanhos
O governador do Estado, Fábio Mitidieri, assinou o aviso de licitação para os estudos e projeto da Adutora do Leite durante o Sealba Show – foto: Fernando Augusto (Ascom Coderse)

Prevista para percorrer mais de 100 quilômetros de extensão, a construção da Adutora do Leite vai levar água do Rio São Francisco até Nossa Senhora da Glória. O edital do processo licitatório para a elaboração dos estudos e projetos foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira, 2, e viabiliza o início da obra. A adutora vai desenvolver principalmente a pecuária leiteira, com a meta de dobrar a produção anual para mais de 460 milhões de litros. Além de Glória, a nova adutora vai atender os municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo e Monte Alegre de Sergipe, onde são criadas 140 mil cabeças de gado.

Serão aproximadamente R$ 250 milhões em investimentos públicos para assistir, com a dessedentação, um rebanho de mais de 204 mil animais de médio e grande porte, em quase 9,5 mil estabelecimentos agropecuários. Com a produção de leite sendo a principal atividade econômica da região do alto sertão sergipano, a expectativa do Governo do Estado é de que a Adutora do Leite melhore a qualidade de vida das 23 mil famílias dos municípios assistidos, com o aumento da geração de renda e abertura de novos postos de trabalho. Ainda de acordo com o governo, haverá uma nova rede de tubulações, composta por estações elevatórias e reservatórios, para o abastecimento de localidades rurais, em seu percurso.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca Ramos da Silva, a expectativa de dobrar a produção de leite tem como base o aumento da oferta hídrica, que automaticamente vai fazer crescer o tamanho dos rebanhos. “A racionalização dos custos que o pecuarista hoje tem para ter acesso à água também vai repercutir em mais capacidade de investimento na qualidade da alimentação do gado de leite e na genética desses animais”, acrescenta o secretário. 

Licitação
O Aviso de Licitação da Concorrência Pública 01, publicado no DOE, é realizado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Seagri, que vai contratar empresa especializada em engenharia para elaboração dos estudos e projeto da Adutora do Leite. O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, explica que a obra será dividida em três etapas de construção.

“O primeiro trecho a ser construído vai da Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB) 100, que atende o Perímetro Irrigado Califórnia da Coderse, até Poço Redondo. Percurso em que é prevista a construção de uma segunda EEAB. No segundo trecho está prevista a construção da terceira EEAB e fará a água do São Francisco chegar ao povoado Santa Rosa do Ermírio, ainda em Poço Redondo. Terminando toda obra com o trecho que chega à sede municipal de Glória, com previsão da implantação de mais uma EEAB”, lista o presidente Paulo Sobral.

Reservatórios
O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da companhia estadual, Júlio Leite, acrescenta que o abastecimento dos criadores será feito por reservatórios estrategicamente construídos no percurso da Adutora do Leite. Segundo ele, os serviços de ‘estudos e projetos’, contratados em licitação iniciada pela Coderse, são para determinar qual o sistema é mais eficiente em levar e disponibilizar essa água bruta ao usuário final, em pontos de abastecimento acessíveis aos criadores.

“No primeiro trecho da Adutora do Leite, já em Poço Redondo, o Termo de Referência da licitação pública tem por estimativa a necessidade da construção de um grande reservatório e outros dois de médio porte. No segundo trecho, são previstos cinco reservatórios médios e um segundo grande. Já no terceiro e maior trecho da adutora, entre Monte Alegre e Glória, a previsão é de que sejam necessários dez reservatórios médios e novamente um de grande porte”, informou o diretor Júlio Leite.

Governo entrega sementes, mudas e realiza serviços para agricultores familiares no ‘Sergipe é aqui’ de Indiaroba

Seagri, Coderse, Emdagro e Pronese compareceram a todas as edições do governo itinerante, levando políticas públicas e insumos à mulheres e homens do campo
Coordenador estadual do Água Doce, Vandesson Carvalho; engenheira civil da Coderse, Emilly Firmiano; diretores da Coderse Ernan Sena (Infraestrutura Hídrica) e Paulo Sobral (presidente) e o gerente do Setor Comercial, Ricardo Pereira / foto: Fernando Augusto (Ascom Coderse)

O município de Indiaroba recebeu a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) para, dentre muitas outras ações, a entrega das primeiras sacas de sementes de milho do programa ‘Sementes do Futuro’. A ação ocorreu nesta quinta-feira, 21, durante a 24ª edição do ‘Sergipe é aqui’, quando 150 agricultores familiares receberam 1,5 toneladas de sementes prontas para plantio. Ao longo de 2024, outras 206 toneladas serão distribuídas em 46 municípios, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agrário de Sergipe (Emdagro), a partir de um investimento total de R$ 3 milhões.

“Para a Secretaria de Agricultura, hoje é um dia muito especial, muito feliz. Por determinação do nosso governador Fábio Mitidieri, desde o ano passado, fazemos as entregas de sementes de milho e, neste ano, pela primeira vez na história, trouxemos as sementes no tempo certo, próximo ao dia de São José. Não choveu ainda, mas São Pedro vai dar essa graça e vai chover já já, para podermos plantar a nossa semente. A partir desta semana, vamos fazer a logística de distribuição. Os escritórios da Emdagro já estão a postos para fazer a distribuição”, revelou o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva.

Um dos contemplados foi o agricultor Esteves Matos dos Santos, que recebeu dez quilos de sementes de milho e ressaltou que, com a ação, poderá destinar os recursos que utilizaria com as sementes para investir em adubação. “As sementes chegaram numa boa hora. Agradeço ao governador e à Emdagro por atender ao apelo dos agricultores de terem as sementes no período certo de plantio”, considerou.

Quem também aprovou a iniciativa do Governo do Estado foi a agricultora Veraldina Mendes dos Santos, que recebeu dez quilos de sementes de milho. “Eu vou dividir as sementes com minhas duas filhas para que elas também produzam milho”, contou. Segundo a agricultura, a produção será utilizada para a alimentação animal, venda entre os agricultores vizinhos e consumo próprio.

Ainda no ‘Sergipe é aqui’ em Indiaroba, a Seagri realizou o atendimento de agricultores interessados na inscrição ou inscritos no programa federal Garantia Safra. Já a Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), subsidiada à Seagri, deu auxílio à população rural sobre o Programa Crédito Fundiário.

Coderse 
A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), também vinculada à Seagri, compareceu à tenda da Agricultura para disponibilizar seus serviços à população de Indiaroba. No município, ao longo de sua história, a empresa pública perfurou 48 poços, cinco deles do Programa Água para Todos, executado em Sergipe pela Coderse. Esses vão se somar a mais dois sistemas de abastecimento da segunda etapa do programa, que vão ser instalados nos povoados Pardinho e Gaiofa, em Indiaroba.

“Recentemente, ampliamos seis sistemas de abastecimento (a partir de poços) em comunidades de Indiaroba. Por meio da Coderse, o Governo de Sergipe instalou rede de distribuição residencial, dotadas de novos equipamentos que permitiram chegar mais água até os reservatórios. No ‘Sergipe é aqui’, além de atender demandas de poços e sistemas, trouxemos a maquete do ‘Programa Água Doce’, mostrando o importante trabalho que a Seagri e suas vinculadas fazem no seminário, em 29 localidades e com cinco mil pessoas beneficiadas”, pontuou o presidente da Coderse, Paulo Sobral.

Palestra sobre Violência Doméstica contra a Mulher marcou Dia da Mulher na Coderse

Governo de Sergipe utilizou o tema: ‘Sergipana: força que inspira’, para celebrar e conscientizar sobre os direitos e atenção à mulher.

O ponto alto da celebração ao Dia Internacional da Mulher, na Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), ocorreu na quarta-feira (13). Funcionárias, funcionários e a Diretoria Executiva, participaram de Palestra sobre Violência Doméstica contra a Mulher, no auditório da sede da companhia em Aracaju. Ação organizada pela Diretoria Administrativa e Financeira (Diraf), através da Divisão de Bem-Estar Social (Dibem).

Para a diretora Administrativa e Financeira da Coderse, Patrícia Moura, a prevenção da violência contra a mulher vem desde a criação, passando para a fase adulta, com atividades como a realizada na empresa. “Essa conscientização, sobre esse tema que abordado hoje, começa dentro de casa. Nós, que somos mães, educando nossos filhos e vocês, que são pais, também, dando o exemplo de como é que a mulher deve ser tratada, de como o próximo deve ser tratado. Independente de gênero. Parabéns, um feliz Dia das Mulheres”.

Paulo Sobral, diretor-presidente da Coderse, agradeceu às palestrantes e considerou importante a celebração do Dia Internacional da Mulher. Neste ano, o tema utilizado em todos os órgãos e instituições do Governo do Estado, para celebração e conscientização aos direitos e atenção à mulher, foi ‘Sergipana: força que inspira’. “São interessantes as conquistas. É importante perceber as mudanças que aconteceram. Tudo aquilo que vocês, mulheres e nós, seres humanos, conquistamos no decorrer da história. Parabéns a todas as mulheres. Obrigado, Edna e Sheila, por estarem aqui hoje, dispondo do seu tempo para nos mostrar situações que de fato acontecem e de que forma se deve lidar com elas”.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) gentilmente cedeu, para profissional facilitadora da palestra, a policial civil e assistente social do Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV), Edna Lima Cavalcante de Souza. Primeiro a gente fala um pouquinho sobre o DEAGV. Como se dão os atendimentos, como se dá o procedimento que acontece lá. Além da gente trazer algumas informações sobre a tipificação de violência, como ocorre, quais são as estatísticas sobre o ciclo de violência. Mas principalmente a gente vai uvir aqui algumas demandas. É um assunto bastante delicado. É um assunto que todo mundo se depara e muitas vezes se identificam”, pontuou a palestrante.

Na sequência, a master coach, psicóloga, pastora e empresária, Sheila Zoe, realizou uma Dinâmica de Grupo com todos os presentes. “A intenção é fazer com que as mulheres possam curar as suas emoções, para que elas possam se posicionar, de uma maneira assertiva, que elas possam, assim, ter grandes resultados de todas as áreas da sua vida. No momento que elas olham para si e ela decide se perdoar, trabalhando essas emoções daí, buscando as emoções inteligentes elas começam a ter um posicionamento de vida, de amor, de paz, de alegria e essa é a intenção da dinâmica”, concluiu a especialista.

Dia da Mulher
Na sexta-feira (8), o servidor da divisão de compras, Clovis (O Sonhador) Aragão, com a ajuda e colaboração de colegas da empresa, fez a distribuição de brindes e bilhetes numerados de sala em sala. Ao final, sorteou presentes às colegas de empresa no Dia Internacional da Mulher.

Fotos: Mirely Rodrigues e Fernando Augusto

Técnicos do Governo do Estado combatem doença provocada por fungos em pomares irrigados em Lagarto

Fusariose atinge principalmente espécies frutíferas

A assistência técnica aos agricultores nos perímetros irrigados do Governo do Estado complementa o fornecimento da irrigação. Em Lagarto, centro-sul sergipano, os técnicos agrícolas do perímetro Piauí têm dado toda orientação para combater a incidência da fusariose em pomares irrigados, principalmente de maracujá. A doença fúngica mata as plantas infectadas e tem alta capacidade de contaminação do solo e até de outras plantações.

A fusariose, ou murcha do maracujazeiro, é uma doença causada pelo fungo Fusarium oxysporum que impede o crescimento e atrofia as plantas, culminando até na sua morte súbita. Conforme explica o engenheiro agrônomo da Coderse, Fernando Andrade, a contaminação ocorre com o plantio de mudas contaminadas e também entre as plantas, por meio do contato entre as raízes.

“É uma das principais patogenicidades que acometem o maracujá, constituindo-se em uma doença de grande expressividade econômica que, caso não seja adequadamente combatida, poderá ser transmitida de um pomar para o outro. A fusariose ataca as raízes, com o micélio do fungo atuando nos vasos da planta, bloqueando o xilema e impedindo o fluxo normal de água, provocando a murcha e, posteriormente, a morte das plantas”, advertiu Fernando Andrade.

Produtor irrigante do perímetro Piauí, Weverton da Silva disse que, por conta da fusariose, perdeu cerca de 50, dos 700 pés de maracujá que plantou com a irrigação da Coderse. “A orientação dos meninos foi boa, graças a Deus. Eles vieram para verificar tudo certinho e me orientaram que arrancasse a planta que foi infectada e as outras próximas dela. Abri uma valinha onde tem os pés, joguei a cal e fiz a aplicação do fungicida”, disse.

Gerente do Piauí, Gildo Almeida informa que os técnicos agrícolas têm dado bastante atenção à fusariose, pela sua gravidade. A recomendação geral é de que ao fazer o tratamento sejam eliminadas as plantas infectadas e mais as cinco plantas sadias em volta da doente. “O técnico tem que indicar o defensivo para o produtor usar, como prevenção das plantas sadias e não deve ser feito um novo plantio na área em que foi identificada a doença”, observou.

O técnico da Coderse em Lagarto, Jackson Ribeiro, reforça que a doença se dissemina de uma planta para outra. “De urgência, tem que evitar a gradagem, arrancar a planta que está doente pela raiz e queimar, abrir um buraco de 20 cm, onde estava a planta e jogar cal dentro. Depois disso, usar um fungicida sistêmico para pulverizar, diluído em água, na planta toda [na parte sadia da lavoura]. Devem ser feitas três aplicações no intervalo de sete dias”, ensinou, observando ainda sobre a necessidade de limpar bem as ferramentas usadas com as plantas doentes, a fim de não infectar as sadias.

“Quanto mais a gente divulgar, melhor. Porque só assim os outros produtores vão começar a se prevenir. Já vão saber quando começar a atacar as plantinhas, para a gente conseguir frear essa doença e não dar tanto prejuízo para os produtores também. Sempre quando aparece algum problema, eu já procuro William e o Gildo, que dão uma assistência muito boa para a gente”, considerou o agricultor Weverton da Silva, se referindo à equipe da Coderse.

Ainda segundo Fernando Andrade, a doença não tem controle curativo, sendo recomendadas medidas preventivas para que ela não se dissemine e possa comprometer toda a plantação. “Para o caso de a doença já estar instalada, recomenda-se evitar o novo plantio na área infectada, mantendo-se a mesma em ‘pousio’”, acrescentou o agrônomo.

[galeria de fotos] Retrospectiva da Coderse no Sealba Show 2024

Galeria de fotos faz uma retrospectiva da participação da Coderse, junto da Seagri, Emdagro e Pronese no Sealba Show 2024. Os números prévios de público e movimentação de negócios acima dos R$ 300 milhões nos revelam a força do agronegócio de nossa região.

Parabéns a todos os expositores e investidores que colaboraram para o sucesso deste grandioso evento.

O agro não para de crescer!

Fotos: Ascons Seagri e Coderse

Governador assina Aviso de Licitação da ‘Adutora do Leite’ no Sealba Show

Evento inicia calendário nacional de feiras agrícolas e reúne produtores, expositores e comerciantes do setor agropecuário
Conheça o projeto da ‘Adutora do Leite’

A edição 2024 do Sealba Show iniciou o calendário nacional de feiras agrícolas e o governador Fábio Mitidieri esteve no local para acompanhar o que vem sendo discutido no setor agropecuário. O evento, que começou na última quarta-feira, 31, segue até o dia 3 de fevereiro, no Parque Cunha Menezes, em Itabaiana, região agreste de Sergipe.

Durante a realização do evento, o governador realizou alguns atos. Entre eles, a assinatura de admissão de três aprovados no concurso da Emdagro, representando os 55 contratados.

Além disso, Fábio Mitidieri assinou o Aviso de Licitação da Concorrência Pública realizada pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) com objetivo de contratar empresa especializada em engenharia para elaboração dos estudos e projeto do sistema de adução de água para o alto sertão sergipano, conhecido como a ‘Adutora do Leite’, localizado entre os municípios de Nossa Senhora da Glória e Canindé de São Francisco.

Sealba Show

A feira destaca a potência do agronegócio na região, além de apresentar soluções para o aumento da lucratividade e da produtividade no campo. Ao visitar o espaço, Fábio destacou que a feira é propícia para os produtores rurais e visitantes fazerem negócios. “Pelo visível crescimento da feira, não tenho dúvidas que este ano o Sealba bate recordes de negócios. Expositores, comerciantes e produtores estão muito animados”, observou.

Sergipe, mais uma vez, apoia e patrocina o evento. “Sabemos da importância do agronegócio, pois realmente movimenta a nossa economia, gera emprego, gera renda e faz com que a gente consiga melhorar, cada vez mais, a nossa economia”, ressaltou.

A agenda envolve fornecedores de insumos, prestadores de serviços, indústria transformadora de alimentos, energia, tecnologia digital, máquinas e equipamentos, sistemas de armazenagem e transporte, turismo, distribuição e escoamento produtivo, bem como todo o complexo de operações e serviços que giram em torno da atividade agropecuária principal.

O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva, destacou a relevância da realização do Sealba Show em Sergipe. “Essa é a terceira edição de um evento grandioso que serve de referência hoje não só para o estado, mas para o Nordeste, para o Brasil. Uma feira organizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese) e o Governo do Estado como parceiro, incentivando e patrocinando a feira para poder gerar negócios”, destacou.

No mesmo sentido, o presidente do Sistema Faese/Senar, Ivan Sobral, destacou a consolidação do Sealba Show como um evento de negócios. “Este é o terceiro maior evento agro do Nordeste brasileiro. Então, sem dúvidas é um evento muito importante para a economia do nosso estado, já que a gente movimenta não só o agronegócio, mas também outros setores, como a rede hoteleira, o comércio de forma geral, o turismo, muita gente vem para participar do Sealba e acaba ficando para aproveitar as belezas naturais do nosso estado, o que acaba impactando diretamente toda economia do estado”, ressaltou.

Fonte: Notícias do Governo de Sergipe

Seagri se reúne com empresas de insumos agrícolas durante Sealba Show

Encontro inédito visa desenvolvimento do agronegócio em Sergipe

Na programação do primeiro dia do Sealba Show, nesta quarta-feira, 31, a Secretaria de Estado da Agricultura realizou encontro com as empresas que comercializam insumos agrícolas e fazem parte da Associação de Revendedores de Defensivos Agrícolas de Sergipe (Ardase). O presidente da associação, Ronald Schoenherr, destaca que este diálogo e alinhamento com o Estado visa o desenvolvimento do agronegócio em Sergipe.

De acordo com a diretora executiva da associação das empresas, Marcivânia Félix, após mais de duas décadas de criação da Ardase, é a primeira ver que o Governo de Sergipe se disponibiliza para um debate ampliado com os associados. “Este encontro é um feito inédito. Nós estamos falando de uma associação que representa mais de 80 empresas revendedoras de defensivos agrícolas que se reúne pela primeira vez com todo o staf da Seagri, Emdagro e Coderse, para ouvir nossas demandas”, disse a diretora.

O secretário de estado da Agricultura, Zeca da Silva, apresentou a equipe e pontuou que a filosofia deste Governo é promover o diálogo com o setor produtivo. “Digo sempre, para toda a equipe, que temos que ter bom senso e competência, ou seja, fazer um diálogo franco e aberto, sem descumprir a legislação e sem inviabilizar as empresas que geram emprego e renda para o estado. Estamos aqui com os presidentes da Emdagro e Coderse, que têm como principal função amparar, cuidar do pequeno agricultor, mas também estão de portas abertas para ouvir as demandas e dialogar com todos os setores, porque todos estão interligados e podem se ajudar, desde o pequeno ao grande produtor”, pontuou.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, ressaltou o papel orientador da empresa pública de assistência técnica e o novo perfil de diálogo. “Quem procurar o Estado hoje vai perceber uma facilidade no diálogo com  Emdagro e Coderse. Nosso objetivo é ver o crescimento do produtor, dinheiro circulando no estado, gerando renda, empregos. Contem com a Emdagro, a empresa é de vocês”. Pensamento reforçado pelo presidente da Coderse, Paulo Sobral. De acordo com ele, “a interação ocorrida hoje entre as empresas e o governo é fundamental para melhorar a vida do produtor rural, do homem do campo”.

Para facilitar os encaminhamentos, o secretário da Agricultura sugeriu que as empresas apresentassem por escrito as demandas, por meio da Ardase, para que fossem tratadas e resolvidas ponto a ponto. O gerente da empresa Sodagro, Rogério Andrade, parabenizou a nova postura de aproximação do Estado. “Essa abertura de diálogo reforça ainda mais o compromisso das empresas com a sustentabilidade. Não vamos esmorecer no nosso compromisso com a política ambiental”, enfatizou Rogério.

O encontro contou também com as presenças do superintendente do Sistema Faese/Senar, Dênio Leite, e do superintendente regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Sergipe, Thomas Jefferson.

Fonte: Notícia do Governo de Sergipe

https://www.se.gov.br/noticias/agricultura/seagri_se_reune_com_empresas_de_insumos_agricolas_durante_sealba_show

Sementes produzidas na irrigação pública de Canindé começam a ser beneficiadas

No perímetro Califórnia, pimenta habanero tem sementes extraídas para indústria de insumos. No perímetro Piauí, fruto é cultivado para fábrica de molhos picantes
Processo mecanizado de extração das sementes da pimenta habanero – Foto Perímetro Irrigado Califórnia Coderse

Agricultores de Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano, estão beneficiando vegetais cultivados com a água de irrigação e assistência técnica fornecidas pelo Perímetro Irrigado Califórnia, para a produção de sementes. São 15 hectares de lavouras que passaram por um alto padrão de correção de solo e de controle da sanidade das plantas. Tudo para satisfazer o padrão de qualidade que a indústria de sementes exige.

A Cooperativa de Fomento Rural e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal) tem contrato para fornecer sementes à Agristar do Brasil e conta com a parceria da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que administra o perímetro Califórnia. Contribuem com a qualidade da produção de sementes, o corpo de técnicos agrícolas da empresa pública em Canindé, como reforça o presidente da Coofrucal, Levi Ribeiro.

“No Califórnia, tem quiabo, berinjela, pimentas, abóbora e pepino. Na última semana, iniciamos o processo de extração de pimenta [habanero orange] e nesta semana, iremos continuar esse processo de extração de pimenta, berinjela, e já também dando início à extração de semente de abóbora. Queremos agradecer muito o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura e da Coderse”, destacou o presidente Levi Ribeiro.

Gerente do Califórnia, Anderson Rodrigues lembra que o contato entre cooperados do perímetro e a indústria foi firmado em setembro. “A partir do final daquele mês, teve início a plantação mecanizada das áreas de quiabo para extração da semente. Tudo acompanhado de perto por nossos técnicos agrícolas e com a garantia de fornecimento de água de irrigação, através da estrutura da Coderse”, observou.

O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, considera a produção de sementes como um avanço no agronegócio praticado pelos irrigantes de Canindé. “Os irrigantes têm a liberdade de praticar a venda da produção irrigada, da forma que for mais vantajosa para eles, sem interferência da Coderse. Mas quando surge uma oportunidade como essa, de melhorar a rentabilidade em cada hectare plantado, a gente apoia, orienta o plantio diferenciado e dá o respaldo com a irrigação. Sem dúvida, um grande negócio para esses produtores”, pontuou.

Pimenta habanero
Essa variedade de pimenta é uma das que mais apresenta nível de ardência. Depois de cultivados na irrigação do perímetro Califórnia, os frutos da habanero já passaram pelo processo de extração de sementes, feito pela cooperativa de Canindé. As sementes do vegetal têm mercado em outro perímetro irrigado da Coderse, o Piauí, em Lagarto, no centro-sul sergipano. Lá, essa pimenta é cultivada e colhida pelos produtores irrigantes, e fornecida à indústria local de molhos picantes.

Projeção de crescimento
Levi Ribeiro anuncia que a parceria com a indústria e Coderse, ainda tem potencial de crescer mais em 2024. “Nós temos uma projeção maior, que é plantarmos 52 hectares. Então, o projeto está consolidado, os produtores estão muito animados e confiantes que vai dar certo. Já deu certo”, comemora o presidente da cooperativa.

Produção de tomate irrigado aumentou 160% em perímetros de Sergipe

Nos perímetros irrigados de Canindé do São Francisco e Lagarto, os agricultores atendidos com o fornecimento de água de irrigação e assistência técnica agrícola produziram, em 2023, mais de 894 toneladas (t) de tomate

Balanço realizado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) revela boa produção de tomates nos perímetros públicos assistidos pelo Governo do Estado. A produção dá lucro ao agricultor e aumenta a oferta no mercado, beneficiando o consumidor. Nos perímetros irrigados de Canindé do São Francisco e Lagarto, os agricultores atendidos com o fornecimento de água de irrigação e assistência técnica agrícola produziram, em 2023, mais de 894 toneladas (t) de tomate. Superando em 160% a produção de 2022 (344t).

A área irrigada colhida nos municípios de Canindé de São Francisco e Lagarto foi de pouco mais de 20 hectares (ha) no último ano. Porém, a atividade agrícola dos irrigantes dos perímetros Califórnia e Piauí, realizada naquele período, deixou um saldo de quase nove hectares para ser colhida agora, em 2024.

Um desses agricultores que estão colhendo em janeiro, o tomate plantado no último ano, é Renilson Araújo. Ele tem uma propriedade rural que faz parte do perímetro Piauí, em Lagarto. O polo irrigado da Coderse, no centro-sul, produziu quase 130t de tomate em 2023, safra que rendeu aos agricultores o total acumulado de R$ 165.750,00 durante aquele ano. Em 0,33ha Renilson estima que vá colher, até o fim do mês de janeiro, aproximadamente 220 caixas (de 30kg) de tomate.

“A produção deu boa e rende um pouco também, para a gente que é agricultor. Temos o pessoal da Coderse, o Gildo Almeida [gerente do Piauí], que quando a gente precisa, vem aqui dar uma palavra ou ver a necessidade que precisa. Tivemos a expectativa de ser melhor, mas em questão do preço”, avalia Renilson Araújo, na torcida que o preço melhore nas semanas seguintes em que vai continuar colhendo.

Renilson obteve lucro, mesmo tendo iniciado a colheita do tomate na semana que o preço da caixa caiu de R$ 90,00, para R$ 40,00. Nesta realidade, ganha o produtor e o consumidor, com a tendência de encontrar o fruto mais barato no comércio varejista. Tem influência nisso o fato do fruto ter voltado a ser produzido pelos irrigantes do perímetro Piauí em 2023. No ano de 2022, os técnicos da Coderse não registraram colheitas de tomate.

“No perímetro Piauí, o custo de produção aumenta em relação ao alto sertão, por utilizar a tecnologia do mulching”, disse o gerente Gildo Almeida. “É uma lona plástica especial que protege o tomateiro e os frutos, do contato com o solo. Aqui tem mais umidade e por isso, se faz necessário o uso do mulching ou o estaqueamento. A lona tem a vantagem de concentrar a água de irrigação e os nutrientes junto à raiz das plantas; e evitar o nascimento de ervas daninhas que prejudicam o plantio”, ensina.

Por baixo dessa lona mulching, passam as mangueiras de gotejamento em que ainda funciona o sistema de fertirrigação, onde os fertilizantes são diluídos na água e chegam às plantas, com a pressão do sistema de irrigação. No perímetro Califórnia, em Canindé, a baixa umidade dos períodos sem chuva permite que os agricultores plantem os tomateiros direto no solo, sem a proteção de lonas ou do estaqueamento, que é uma forma de fazer a planta crescer na direção vertical, amarrada em varas de madeira.

Canindé
No perímetro Califórnia, em Canindé, a produção dos irrigantes em todo ano de 2023 alcançou quase 765t. Colheita que superou em 122% o ano anterior (2022). A safra foi calculada em um valor superior a R$ 1,5 milhão, repercutindo em renda para esses produtores rurais atendidos pela irrigação da Coderse.

Irrigação
Mesmo em Lagarto, que sofre menos influência da falta de umidade que Canindé, é indispensável dispor de água para o tomate. “A irrigação é tudo, sem a irrigação do perímetro não dava para plantar. Usamos a tecnologia do mulching, que ajuda muito, não precisa colocar vara. A gente faz a adubação, bota o mulching, planta e pronto. Daí, é só colocar a água e o adubo já vai direto. Utilizando vara fica mais difícil a mão de obra”, concluiu Renilson Araujo.

Governo do Estado retoma administração da Ceasa de Aracaju

Prédio pertence ao patrimônio da Coderse, vinculada à Secretaria da Agricultura, que gerenciava a concessão do espaço para a associação de usuários

Ceasa Aracaju | Foto: Fernando Augusto / Ascom Coderse

O prédio da antiga Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju, vai ter sua administração retomada pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), que passará a administrar o espaço. Após a extinção da empresa pública Ceasa, em 1991, o local continuou a funcionar como centro de comércio atacadista e varejista de hortifrutigranjeiros, por meio da concessão pública à Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju). A expectativa é de que, até o fim do mês de abril, seja concluída a transição.

Segundo o diretor de Infraestrutura da Coderse, Ernan Sena, atualmente, estão sendo avaliadas as opções para definir qual será o modelo de regularização de uso do espaço. “Realizamos o levantamento cadastral dos usuários da Ceasa, a análise estrutural e o levantamento das informações necessárias para realizar uma proposta de Plano de Orçamento Anual para o empreendimento, equiparando a Ceasa às outras unidades e departamentos da própria Coderse”, pontuou.

O diretor de Infraestrutura informou, ainda, que, a partir desses estudos do grupo de trabalho, a Coderse também iniciou os processos licitatórios para contratação de empresas terceirizadas de vigilância e de limpeza, aos moldes da administração pública, de forma que estes serviços contratados venham a substituir a incumbência hoje sob responsabilidade da Assuceaju.

De acordo com o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Paulo Sobral, sobre o modelo de regularização de uso do espaço e com base no levantamento cadastral dos ocupantes, a prerrogativa é de que sejam criados instrumentos que priorizem a permanência dos atuais usuários. “A maioria desses ocupantes têm empreendimentos formalizados, contratos comerciais a cumprir e o quadro de funcionários, assim como suas próprias famílias, que dependem dessa fonte de renda”, disse o presidente.

Conciliação

A transferência gradativa da administração do espaço, da Assuceaju para a Coderse, atende à Ação Civil Pública do MPSE. Cumprindo o ‘Termo de Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento’ firmado entre o Ministério Público, o Governo do Estado, Coderse e Assuceaju. 

Última atualização: 7 de março de 2024 08:31.

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