Governo do Estado autoriza licitação de equipamento para trabalhadores da mineração no ‘Sergipe é aqui’ em Tomar do Geru

Ampliação das atividades da nova Coderse incluí a aquisição de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas

Em solenidade realizada durante a 28ª edição do ‘Sergipe é aqui’, no município de Tomar do Geru, o governador Fábio Mitidieri assinou ordem de licitação para aquisição de compressor de ar sobre rodas. A ação visa beneficiar os geruenses da Associação dos Pequenos Produtores e Trabalhadores das Pedreiras (Aspeed), em incentivo à geração de renda por meio da exploração mineral no município. O equipamento será entregue pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 250 mil.

A máquina adquirida serve para equipar um martelo pneumático, usado na perfuração das rochas graníticas para fabricar paralelepípedos e outros subprodutos. A aquisição vai ocorrer via processo licitatório de Registro de Ata de Preços e será custeada por emenda parlamentar da gestão do deputado estadual, Jorginho Araújo.

“É uma satisfação muito grande que, enquanto eu fui parlamentar, pude indicar uma emenda para o Governo do Estado, através da Coderse, para que ela pudesse adquirir um compressor para a associação”, declarou o secretário de Estado-Chefe da Casa Civil, Jorginho Araujo. Ele informa que com o equipamento, o trabalho que demora 5 horas, passa a ser feito em 20 minutos. “Obviamente, está mais do que justificado a importância desse compressor para associação e a população que faz uso, para sua subsistência, para a geração de renda, aqui no município, através da associação”, completou.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral reforçou que este é mais um passo dado pelo Governo do Estado na ampliação do elenco de ações da companhia. “Justifica a estratégia do governador Fábio Mitidieri em transformar a Cohidro, da irrigação e poços, na Coderse. Hoje com as políticas públicas de fornecimento equipamentos; de obras de saneamento rural e de distribuição de água bruta de grande porte (Adutora do Leite); e administradora da maior Ceasa de Sergipe”.

A Aspeed teve sua função reconhecida como de Utilidade Pública pela Lei Estadual nº 6.499, de 26 de novembro de 2008. Deste modo, contribuir com a geração de renda e sustento das famílias de associados que trabalham de forma autônoma, por produção, em pedreiras particulares de Tomar do Geru.

“Esse compressor facilita o processo de perfuração, pelo tempo reduzido. Tinha a ocorrência de muitos acidentes, porque era um trabalho manual. E com o compressor fica um trabalho mais humanizado. Como é mais rápido, a gente acaba praticamente zerando o número de acidentes. Hoje a gente trabalha com perfurações de até 2,4m mas ele pode fazer até 3m. Fazemos a produção do paralelepípedo, material para alicerce e as sobras servem para britagem”, explicou o presidente da associação de trabalhadores, Tenisson Santos Nascimento.

Equipamento
O objeto a ser licitado para doação, é um compressor de ar sobre rodas com suspensão compatível com acoplamento a caminhões. Pressão de 7 BAR, vazão de 293 PCMs e motor com potência máxima de 81,5 kW movido a diesel. O equipamento serve para acionar o martelo pneumático usado para perfurar rochas graníticas e moderniza a atividade de extração mineral nas jazidas geruenses.

Sergipe é aqui
Na companhia da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), na qual é vinculada ao Governo do Estado; a Coderse está sempre no ‘Sergipe é aqui’ nos municípios. Em Tomar do Geru, trouxe a oferta das de serviços de perfuração, instalação e manutenção de poços. Também mostrando como trabalha como um dos executores do Programa Água Doce em Sergipe (PAD). No ‘Sergipe é aqui’, a companhia sempre traz a maquete de uma das 29 unidades de dessalinização de água do PAD instaladas no estado.

Safra de quase duas mil toneladas de milho verde abastecerá festejos juninos em Sergipe

Para junho de 2024, produção nos perímetros irrigados do estado terá um aumento médio de 600 toneladas de milho comparado ao mesmo período do ano passado; Governo de Sergipe garante assistência técnica aos produtores
Foto: Igor Matias

As primeiras espigas das lavouras do perímetros irrigados de Sergipe começaram a ser colhidas esta semana e há ainda muita produção, em vários estágios de maturação, para abastecer o mercado sergipano durante os festejos juninos. A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) informa que este ano Sergipe terá a maior safra registrada nos últimos 12 anos, somente no mês de junho. Com uma estimativa de produção média de 5,7 milhões de espigas de milho, resultando em uma colheita prevista de 1.914 toneladas. Comparado a 2023, quando foram colhidas 1.311 toneladas, a safra deste ano deve registrar 603 toneladas a mais que no ano passado, o que representa um aumento de 46% na produção.

O milho verde é ingrediente base para diversas comidas típicas juninas em Sergipe, sendo um dos protagonistas da época. Diante dos números, haverá fartura de bolos, canjicas, pamonha, milho cozido e assado para abastecer famílias e eventos do mês de junho. Além de movimentar a cadeia econômica e gerar renda para os produtores do estado.

Eduardo Santana Barbosa produz milho verde há cinco anos e é um dos beneficiários da irrigação. Ele ressaltou que a orientação e suporte oferecidos pelo Governo do Estado têm sido cruciais para a qualidade e produtividade da lavoura. “Aqui a gente recebe assistência da Coderse [Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe] quanto à adubação, solo, melhor tipo de semente e irrigação. Eu nunca paro de plantar milho, de inverno a verão, porque tenho irrigação”, destacou.

De acordo com o agricultor, em sua roça terá mais milho do que no ano passado. “Por causa também da ajuda técnica, a plantação tem melhorado ao final de cada safra de milho”, enfatizou. Do milho que Eduardo produz, nada se desperdiça. Na propriedade, o agricultor tem algumas cabeças de gado de corte e fornece alimento para os animais por meio da silagem de milho, produto da conservação via fermentação anaeróbica da planta inteira do milho, sendo um alimento bastante importante na nutrição de ruminantes. “As espigas que são descartadas porque não servem para vender, a gente utiliza na ração e faz silagem com a palha, sabugo e o milho”, explicou.

O produtor de milho Nielson de Oliveira Miranda cresceu inserido na agricultura. Os pais dele sempre lidaram com a terra e nela encontraram um meio de sobrevivência. Ao longo dos anos a cultura do milho e da macaxeira se tornaram seu foco principal e devido ao suporte do Governo do Estado, por intermédio de orientações e irrigação, também conseguiu melhorar a produção. “A cada dia, a gente vai aprendendo e ganhando experiência para melhorar nossa plantação. Além disso, recebemos bastante suporte da Coderse, o que acaba interferindo positivamente na qualidade do que a gente produz aqui”, destacou.

Assistência técnica
Graças ao incentivo do Governo do Estado, os produtores de milho estão colhendo esses bons resultados. De acordo com Gildo Almeida, gerente do Perímetro Irrigado Piauí, no município de Lagarto, na região centro sul, a Coderse, vinculada à Seagri, presta acompanhamento técnico durante todo o ano. “Os nossos técnicos agrícolas vão até as propriedades para fazer análise e correção de solo, orientar quanto ao melhor milho para ser plantado, como também com relação a irrigação”, informou.

Gildo explicou ainda que a irrigação permite o cultivo de milho durante todo o ano. Para garantir o alimento no São João e no São Pedro, os agricultores começaram o plantio no início de abril. “Os produtores de milho do perímetro irrigado plantaram no período de estiagem porque são beneficiados pela irrigação. Eles apostaram para vender e ter mais lucro”, disse.

O técnico agrícola, William Domingos, explicou como funciona o suporte do Governo de Estado aos beneficiários dos perímetros irrigados do estado. “A Coderse orienta com relação a irrigação e o uso correto da água. E, hoje, já modificamos o nosso sistema de irrigação, o que gera economia de água e já faz a adubação direto também com a fertirrigação e mangueiras de gotejo. Além disso, explicamos com relação a melhor semente a ser usada, essa por exemplo consumida nos festejos juninos é um milho de colheita precoce e que tem uma espiga maior”, informou.

Perímetros Irrigados em Sergipe
Além do Perímetro Irrigado do Piauí, em Lagarto, Sergipe conta ainda com o Jabiberi, em Tobias Barreto; o Jacarecica I, em Itabaiana; o Jacarecica II, que abrange os municípios de Areia Branca, Malhador e Riachuelo; e o Perímetro Irrigado Poção da Ribeira, que engloba Areia Branca e Itabaiana.

O milho produzido pelos agricultores do Perímetro Irrigado Piauí, por exemplo, abastece a população de Lagarto, municípios do entorno e a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju, que distribui para todo Sergipe e até estados vizinhos.

Barragens dos perímetros públicos irrigados de Sergipe estão cheias

As chuvas trazem garantia de verão farto em produção e geração de renda na irrigação administrada pelo Governo do Estado
Barragem do Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, quando verteu – Foto: Coderse

O mês de maio iniciou com muitas chuvas e com saldo positivo para a irrigação pública. Cinco barragens do Governo do Estado atingiram a capacidade máxima e verteram água. Esse resultado faz com que o agricultor irrigante se encha de expectativa de um verão melhor, com água em quantidade necessária para produzirem na estação em que as chuvas cessam e o sol ajuda no crescimento dos cultivos.

Essa produção da  irrigação pública, que em 2023 alcançou 110 mil toneladas de hortaliças, frutas e grãos, e mais 2,3 milhões de litros de leite, é escoada para todo Sergipe e fora dele, contribuindo com a segurança alimentar da população. A produção beneficia principalmente as famílias que trabalham a terra, para a geração de renda, nos perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

O Governo do Estado mantém, por meio da Coderse, seis perímetros irrigados. Cinco deles possuem barragens próprias e que hoje estão cheias: Jabiberi, em Tobias Barreto; Jacarecica I, em Itabaiana; Jacarecica II, entre os municípios de Areia Branca, Malhador e Riachuelo; Piauí, em Lagarto; e Poção da Ribeira, com uma parte da área irrigada em Itabaiana e outra em Areia Branca.

De acordo com a equipe técnica da Coderse, exceto as barragens dos perímetros Piauí e Jacarecica II, as outras têm histórico de anos anteriores em que as chuvas anuais não foram suficientes para que os reservatórios vertessem. A última estação do verão, por exemplo, forçou a realização de racionamento de água e até a paralisação do fornecimento, quando a prioridade das reservas hídricas eram o abastecimento humano feito pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).

Isaías Costa Passos é irrigante no perímetro Jacarecica I. Para ele, a barragem cheia significa que o ano vai ser muito produtivo. “É um sinal de que o próximo verão vai ser garantido. Está garantida a água, que é o que a gente precisa, então está garantido tudo, praticamente. A gente já se programou agora no inverno, para no período de verão engrenar, porque a água já tem”, pontuou.

O produtor irrigante produz batata-doce, quiabo e amendoim. O milho, Isaías Costa produz no final da safra, no verão. “Eu prefiro plantar o milho fora da época de São João, para aproveitar um preço melhor. Outro motivo é a facilidade de lidar com a terra, pragas e doenças no tempo de estiagem. Muito embora seja o inverno chuvoso que favoreça a fartura de água, aqui a gente gosta mais quando a chuva se afasta mais cedo. A gente precisa do inverno, mas quer mais o período de verão”, constatou.

O gerente do perímetro Jacarecica I, Osvaldo Nunes, considera que a chuva é o principal fator para registrar o quadro positivo das barragens cheias, como está acontecendo agora em 2024. “Isso significa segurança, porque sabendo que tem água ele vai plantar, ter renda e gerar empregos”, argumenta, ao ressaltar que, além disso, a conservação ambiental e a conscientização do produtor são fatores importantes. “Nós conscientizamos o produtor, quanto à cota de uso que ele precisa respeitar no perímetro. É uma forma de fazer um uso racional. Agora, com as chuvas de inverno, praticamente não usamos irrigação. A partir do final de julho, o pessoal volta a usar a irrigação nos lotes e volta ser importante o uso consciente”, concluiu Osvaldo Nunes.

[galeria de fotos] Palestra Maio Amarelo – A paz no transito começa por você

Palestra realizada na manhã desta segunda-feira (27), na sede da Coderse em Aracaju, levou aos funcionários da empresa a conscientização da campanha do Maio Amarelo, de Segurança no Trânsito. Foi momento para os participantes aprenderem e tirarem dúvidas sobre como o motorista, motociclista, ciclista e pedestre — cada qual com seus direitos e deveres — devem se comportar no trânsito.

As informações passadas pelo palestrante Jackson Alves, serviram para os motoristas e motociclistas profissionais, que operam veículos leves e pesados na Coderse. Mas ao mesmo tempo passou o conhecimento geral de trânsito útil a todo cidadão. A atividade foi organizada pelas divisões de Saúde e Segurança do Trabalho (Dissa) e de Bem-estar Social (Dibem), ligadas à Diretoria Administrativa e Financeira (Diraf).

Jackson Alves é formado em Logística e Gestão em Trânsito, pós-graduado em Direito de Trânsito e Direito Público. No Serviço Social do Transporte (SEST) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT), é instrutor de trânsito e de cursos especializados da resolução do CONTRAN; de operação de guindauto e empilhadeiras.

Irrigantes do perímetro de Lagarto vão colher mais de um milhão de espigas de milho no período junino

Perímetro Piauí atende 421 propriedades agrícolas com água de irrigação e assistência técnica durante todo ano

Com a irrigação fornecida pelo Governo do Estado, sempre é tempo de plantar milho no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, centro-sul sergipano. Contudo, quando chega o mês junho, os festejos de Santo Antônio, São João e São Pedro aumentam substancialmente a demanda por milho verde. Esses agricultores irrigantes se preparam com 33 hectares plantados com o grão, com a expectativa de colher 1.056.000 espigas. A área é 50% maior que a colhida em junho de 2023 (22 hectares), e 136% maior em relação ao mesmo mês de 2022 (14 hectares).

O agricultor Gilvan Lima é irrigante do perímetro Piauí. Ele se dedica a plantar milho para colher e comercializá-lo ainda verde no período junino e tem cerca de 0,3 hectares dedicados à cultura agrícola. “Aqui, a irrigação ajuda muito a gente. Eu planto para quebrar [a espiga], porque eu acho melhor do que ele seco. O milho verde, para mim, dá mais resultado”, reforçou.

O milho verde se apresenta como uma alternativa versátil de produção não só durante a época junina. O produtor vende as espigas e pode destinar as palhas, ainda verdes, para a composição da ração animal; mas se ainda assim o produtor não conseguir a comercialização das espigas, ele pode fazer uso de toda a planta do milho à colheita mecanizada na produção de silagem, ‘rolão’, ou o grão, também para a alimentação de animais.

“Muitos irrigantes têm criatório de gado leiteiro e usam o milho e o capim irrigado no perímetro para complementar a nutrição desses rebanhos. Tem muito leite sendo produzido no perímetro e abastecendo comércios e laticínios, ao mesmo tempo em que há produtores que tiram o material cultivado na irrigação, principalmente o milho e a ‘palhada’, para comercializar com fazendas de gado fora do perímetro”, informou o gerente do perímetro irrigado de Lagarto, Gildo Almeida.

Com 421 unidades produtivas assistidas, o Piauí é um dos seis perímetros administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Todos os perímetros trabalham com a produção de milho para a venda de espigas e a produção de ração animal e contam com água de irrigação e assistência técnica agrícola, que beneficiam os produtores do grão durante todo o ano.

Crescimento
Em 2023, a produção de milho verde cresceu 20% nesses perímetros irrigados pelo Governo do Estado. Vale pontuar que naquele ano, os agricultores irrigantes atendidos pela Coderse em todo o estado colheram 5.733 toneladas do cereal, resultado superior às 4.795 do ano anterior. Caso a expectativa de produção se mantenha nessa tendência, baseada no milharal irrigado reservado para colher no próximo mês de junho em Lagarto, 2024 será um ano ainda melhor de produção do grão.

Sementes do Futuro
Além da irrigação e da assistência técnica, a Coderse distribuiu 7,2 toneladas de sementes de milho do programa Sementes do Futuro. Por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), também vinculada à Seagri, foi feita a distribuição de 206 toneladas da semente em todo o estado. O investimento do Governo do Estado foi de R$ 3 milhões, possibilitando beneficiar 20.600 famílias de 50 municípios sergipanos.

“Do Dia de São José em diante, pode plantar, pois sempre dá ótimos resultados. Eu vendo ao pessoal da Ceasa [Central de Abastecimento de Aracaju] e para todo lugar. O atravessador me compra e leva para as feiras. Este ano vai ser bom, com certeza”, complementou o agricultor irrigante Gilvan Lima.

Governo do Estado passa a administrar a Ceasa, sem mudanças no funcionamento

Coderse assume gerência em atendimento à conciliação judicial motivada pelo Ministério Público estadual e não vai mudar organização do espaço ou vínculo com usuários e clientes

O Governo do Estado voltou a administrar a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) desde o dia 1º de maio. A mudança no gerenciamento do espaço não alterou o horário de funcionamento de comercialização de hortifrutigranjeiros. A Ceasa segue aberta à população de segunda a sexta-feira, das 3h às 17h, e ao sábado, das 3h às 16h. Os mesmos atacadistas e varejistas permanecerão exercendo as atividades na localização anterior à mudança, incluindo a feira livre realizada aos sábados. O efetivo de auxiliares foi mantido em número suficiente para a normalidade das atividades.

Quando a empresa Centrais de Abastecimento do Estado de Sergipe S/A (Ceasa/SE) foi incorporada à Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), em 1991, a administração do prédio foi concedida à Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), mantendo ativa a sua função social estratégica na segurança alimentar e nutricional à população do estado. Modelo de concessão pública anos depois contestado pelo Ministério Público de Sergipe (MPSE) e que culminou no Termo de Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento, firmado na 3ª Vara Cível de Aracaju. O acordo deu o prazo de um ano para a devolução da administração da Ceasa ao Governo do Estado.

A Coderse é vinculada ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). O diretor-presidente da companhia, Paulo Sobral, informa que a empresa pública atendeu ao prazo estabelecido e passa, agora, a organizar a movimentação de mercadorias e gerenciar diretamente o vínculo do Estado com os atacadistas e varejistas usuários dos 280 pontos de venda da Ceasa, ao incluir a feira livre.

“A Assuceaju continua a existir como entidade representativa, na defesa dos direitos e organização dos comerciantes usuários. E, sem dúvida, como a principal parceira do Governo do Estado nas ações administrativas da Ceasa”, disse Paulo Sobral.

O que é a Ceasa
O espaço público de comércio tem 34.085m² de área, sendo 6.908m² ocupados por 12 blocos de prédios. Repartições físicas onde também é feita a setorização dos produtos. São 109 lojas, 71 bancas em pavilhões cobertos e, aos sábados, a parte da área de estacionamento de caminhões acomoda as mais de 100 bancas móveis dos feirantes.

“A população da grande Aracaju vem à Ceasa para adquirir hortifrutigranjeiros, produtos in natura e frescos, recém-chegados das lavouras. Mas o maior volume de produtos vai para empresas da indústria, comércio e serviços de todo estado, que também vão à central de abastecimento adquirir produtos de reposição de estoques, no atacado e com diversidade de oferta”, complementou o presidente da Coderse.

Sem mudanças
Neste primeiro momento, ocorreu a transferência da administração da Assuceaju para a Coderse, que manteve o coeficiente de 35 funcionários de apoio, além de estabelecer um escritório de gerência com pessoal administrativo extra. Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena afirma que estão mantidos os serviços de limpeza e conservação, segurança e videomonitoramento, tarifação de entrada e comercialização de mercadorias, e do uso do espaço pelos usuários fixos e feirantes.

“A intenção da Coderse é, conforme estabelece o controle efetivo das atividades e serviços prestados aos comerciantes e clientes, iniciar uma reavaliação da relação entre espaços ocupados e o valor da tarifação, mas sem que ocorram reajustes ao que era vigente à época da Assuceaju. Ao mesmo tempo fará a gradual formalização desses usuários, com a adesão a um Termo de Permissão Remunerada de Uso (TPRU), sistema vigente na maioria das Ceasas de outros estados brasileiros”, detalhou Ernan Sena.

Histórico
A Ceasa Sergipe S/A foi fundada em 13 de setembro de 1972, pelo Governo Federal. Pela Lei estadual nº 2.780, de 2 de janeiro de 1990, o Governo do Estado recebeu da União a doação das ações da empresa. Com a incorporação da Ceasa à então Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro), formalizada na Lei Estadual nº 2.960, de 9 de abril de 1991, o local continuou a funcionar como centro de comércio atacadista e varejista de hortifrutigranjeiros por meio da concessão pública à Assuceaju.

Como o prédio pertencia ao patrimônio da hoje Coderse, a companhia tinha as funções de gerenciar e fiscalizar a relação entre associação e os usuários do espaço, a atenção às normas da vigilância sanitária e a conservação do prédio público. O início do processo de transmissão da administração da Ceasa à Coderse ocorreu quando o Termo de Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento foi firmado entre o MPSE, o Governo do Estado e Assuceaju. Acordo homologado pelo juiz de Direito Augusto José de Souza Carvalho, da 3ª Vara Cível de Aracaju, em 4 de abril de 2023.

Sementes do Futuro incentiva produção de milho em todos perímetros irrigados estaduais

Irrigante tem que ser da agricultura familiar e usa a semente até sem a chuva, contando com a irrigação pública.
Distribuição de sementes beneficiou irrigantes do Perímetro Irrigado Jacarecica II – Foto Fernando Augusto (Ascom Coderse)

Nos perímetros irrigados do Governo do Estado, as sementes de milho do Programa Sementes do Futuro estão chegando no momento de atender à grande demanda da colheita no período de festas juninas. A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) está distribuindo 206 toneladas de sementes. Sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), está encarregada de entregar 7,2 toneladas de sementes para beneficiar os agricultores e pequenos criadores em sua área de atuação na irrigação pública.

As sementes distribuídas nos seis perímetros irrigados administrados pela Coderse, nessas últimas duas semanas, estão chegando para quem vai fazer o plantio do milho verde comercializando nas festas de Santo Antônio, São João e São Pedro. Segundo o diretor de Irrigação da empresa pública, Júlio Leite, o benefício ajuda o produtor por um tempo mais prolongado.

“Com a água de irrigação que fornecemos, o produtor pode usar essa semente tratada e selecionada a qualquer tempo. Para além da demanda do milho verde, com o comércio das espigas durante todo ano, tem muito uso do milho, espigas e palhadas na ração animal. O irrigante pode comercializar esse milho com os criadores de gado de leite e de corte. Atividades presentes em todo o estado e que demandam material forrageiro aos perímetros irrigados”, confirma Júlio Leite.

Os pequenos pecuaristas do município de Tobias Barreto, no centro-sul sergipano, que fazem parte do Perímetro Irrigado Jabiberi, vão usar sementes de milho do programa Sementes do Futuro para compor suas reservas em grãos, silagem e rolão para alimentação do gado de leite no período de estiagem. Um reforço à alimentação dos animais, que têm o pasto e outras plantas forrageiras cultivados a partir da irrigação e assistência técnica agrícola do Governo do Estado. Em 2023, esses irrigantes do Jabiberi produziram 2.295.500 de litros de leite, que é a vocação do perímetro estadual.

Sementes do Futuro
As sementes das variedades de milho Cruzeta e Potiguar foram adquiridas pelo Governo do Estado por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Seagri, que também se encarrega da maior parte da distribuição. O investimento público estadual  é de R$ 3 milhões para beneficiar 20.600 famílias de 50 municípios sergipanos. O enquadramento do produtor na condição de agricultor familiar é condição para receber as sementes. A Coderse se encarregou de entregar as sementes nos seus perímetros irrigados.

Jacarecica II
No Perímetro Irrigado Jacarecica II, que compreende comunidades agrícolas de três municípios, também está ocorrendo a distribuição das sementes de milho do programa para a agricultura familiar. Marinete de Santos é agricultora em lote irrigado no Assentamento Santa Maria, em Riachuelo, na região da Grande Aracaju. Ela conta que o milho verde que vai plantar, junto da couve, macaxeira, batata-doce e feijão, é para o consumo da família e comercialização. Ao mesmo tempo, deixa claro que, com irrigação, pode plantar em qualquer época do ano.

“Esse milho ajuda muito, porque a gente planta, leva para a feira, vende para outras pessoas. É para vender e para comer. Já pensando no São João e São Pedro. Pode plantar agora ou mais para frente, pois mesmo não tendo chuva, tem a irrigação para ajudar”, garantiu a irrigante do Jacarecica II. O perímetro também compreende povoados de Areia Branca e Malhador, no agreste sergipano.

O irrigante José dos Santos, também do Assentamento Santa Maria, estava preparado para plantar o milho do Sementes do Futuro, já pensando até no mercado em que vai oferecer o seu produto na colheita. Ele parabenizou a Coderse e o Governo do Estado por estenderem o programa ao Jacarecica II.

“Chegou na hora certa. Esse milho eu vou plantar e adubar para vender em Riachuelo. Mas se precisar, eu vendo para Itabaiana”, finalizou José dos Santos, destacando que o milho é as espigas vão para o consumo humano, mas as palhas têm destino certo para a ração animal.

Novo sistema do Programa Água Doce é destaque na 26ª edição do ‘Sergipe é aqui’ em Carira

Equipamento público está 80% construído e será a 5ª unidade do programa no município e a 30ª do estado

Quando a mais nova obra do Programa Água Doce (PAD) for entregue à população do Assentamento Luís Carlos Prestes, em Carira, no agreste sergipano, 340 famílias terão acesso a água potável, a partir de cinco sistemas de dessalinização do Programa Água Doce (PAD) no município que se tornou, de maneira simbólica, a capital do estado nesta sexta-feira, 19, na 26ª edição do ‘Sergipe é aqui’. Na ocasião, o novo PAD foi destaque da participação da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) no governo itinerante, por meio de uma maquete ilustrativa que apresentou a unidade de abastecimento à população.

Em Sergipe, o PAD é coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por intermédio da Coderse e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), executoras do programa. Nas 29 unidades de dessalinização em operação em Sergipe, são produzidos 17.400 litros de água potável por dia, atendendo uma população total de cinco mil sergipanos.  

Pela condição de dificuldade para obtenção de água doce, superficial ou subterrânea, Carira já possui quatro unidades do PAD nos povoados Bezerras, atendendo 50 famílias; Lagoa dos Porcos, com 80 famílias; Macacos, 100 famílias;  e Três Tanques, 60 famílias. Segundo o presidente da Associação dos Agricultores do Assento Luis Carlos Prestes, Jadiel Santos Bispo, por ser uma comunidade carente de abastecimento e longe das redes de distribuição de água da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), a unidade do PAD se mostra necessária.

“Quero agradecer ao Governo do Estado, que está implantando esse sistema lá junto com o pessoal do ‘Água Doce’. Vai beneficiar muitas famílias que não têm água potável. A comunidade é carente e precisava muito desse sistema. Hoje, o  abastecimento que tem lá é o carro-pipa, e agora teremos uma água de qualidade, na hora que a gente quiser”, comemorou Jadiel Santos Bispo, em visita ao estande da Agricultura, no ‘Sergipe é aqui’.

Execução do programa 

A Emdagro capacita, mobiliza e faz a extensão rural nas comunidades atendidas pelo PAD. A Coderse, além de fazer a capacitação técnica dos operadores, faz a manutenção e reposição dos equipamentos de dessalinização, dos poços tubulares que abastecem os sistemas e está à frente da licitação de construção das três novas unidades do ‘Água Doce’ no estado, totalizando 32 em Sergipe. No Assentamento Carlos Prestes, a companhia também perfurou um novo poço para suprir a demanda por água que o dessalinizador exige. Um investimento total – estadual e federal – de R$ 315.901,35.

“Estamos em Carira, trazendo as ações da Secretaria de Estado da Agricultura, em mais um ‘Sergipe é aqui’, no município em que temos quatro unidades do PAD, atendendo 290 famílias, e agora estamos trazendo o quinto, no Assentamento Carlos Prestes, com mais 50 famílias sendo abastecidas com água de qualidade. A obra está em cerca de 80% de sua execução completa e, em breve, estaremos entregando o novo sistema à comunidade”, afirmou o coordenador estadual do Núcleo do PAD em Sergipe, Vandesson Carvalho.

Maquete do Água Doce 

A unidade de produção de água dessalinizada do PAD possui vários módulos de processamento da água, reuso, contenção de resíduos e pode ser bem ilustrada por meio da maquete que a Coderse tem exibido em todas as suas participações no ‘Sergipe é aqui’. O módulo do dessalinizador tem três reservatórios, um de água bruta e salina, da forma como vem do poço tubular; outro com a água potabilizada e que abastece um chafariz público; e um terceiro, que contém a água resultante do processo de filtragem e com teor de salinidade superior à água bruta captada no subsolo. 

Cerca de 50% da água que passa pela filtragem no dessalinizador, feito por  membranas de osmose reversa, não pode ser aproveitada no processo de dessalinização. Anexo ao módulo de dessalinização, existe outro com o tanque de contenção onde este concentrado salino é depositado para evaporação e descarte apropriado do sal resultante. Há experiências exitosas de usuários dos sistemas, no uso do mesmo tanque para criação de espécies de peixes resistentes à água salgada, uma atividade que serve de complemento na renda das comunidades assistidas. 

Outro incentivo produtivo do sistema do PAD é a existência de chafarizes e cochos para uso da dessedentação animal, a partir da água bruta do poço tubular. Há pesquisas da Empresa Brasileira De Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para uso da forrageira Atriplex no PAD. A planta resistente à água salinizada, também conhecida como erva sal, encabeça o projeto futuro para construção de um terceiro módulo nestas unidades do PAD, que vão abrigar um campo irrigado com água salgada e produção de material forrageiro. Anexo, no mesmo módulo e ainda aproveitando a água bruta do poço, também se pretende implantar tanques em concreto com a tecnologia necessária para piscicultura ou carcinicultura, modelo detalhado que também consta na maquete do programa exibida pela Coderse.

Coderse comemora 41 anos de serviços e desenvolvimento do meio rural sergipano

Equipes, infraestrutura e equipamentos levam políticas públicas e fixam famílias no campo com qualidade de vida, emprego e renda

Irrigação pública da Coderse beneficia 14 mil pessoas com emprego e renda no campo – Foto Fernando Augusto (Ascom Coderse)


A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) completa 41 anos de fundação neste sábado, 13 de abril. Durante todo esse período, a empresa perfurou 4.065 poços tubulares e administrou a infraestrutura para a irrigação pública de quase quatro mil hectares que beneficiam, com emprego e renda, 14 mil pessoas no campo. Atualmente, a companhia executa a implantação da Adutora do Leite, com 108 quilômetros de extensão; a expansão do Programa Água Doce, com mais três unidades de dessalinização; e a segunda fase do Programa Água para Todos, com 20 novos sistemas de abastecimento.

Na percepção do secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, a Coderse desempenha um papel importante na produção de alimentos e fornecimento de água para a população do campo, para o abastecimento dos animais e para a produção agrícola. “O Governo do Estado ampliou a atuação da Coderse para trabalhar ações de desenvolvimento, como é o caso do projeto Adutora do Leite, que está em fase de licitação dos estudos. Por todo esse trabalho, em nome do presidente da empresa, Paulo Sobral, e toda a diretoria, apresento minha saudação de gratidão a todos os servidores”, considera.

A Adutora do Leite é uma iniciativa do Governo do Estado, intermediada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que tem como finalidade beneficiar, principalmente, a bacia leiteira do alto sertão sergipano. O edital para a contratação dos estudos e projetos foi lançado no dia 2 deste mês. O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, frisa que a obra vai permitir que o produtor diminua custos com a dessedentação animal e reinvista na alimentação, qualidade e tamanho do próprio rebanho.

“Estamos comemorando, além dos 41 anos da Coderse, o primeiro passo dessa obra tão importante para os sergipanos, que vai encurtar distâncias ao acesso à água para produzir em Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre e Nossa Senhora da Glória. Com isso, a intenção é dobrar a produção de leite para 460 milhões de litros nesses municípios”, disse o presidente da companhia vinculada à Seagri.

Paulo Sobral acrescenta que, neste 41º ano, o acesso da população rural à água potável também aumenta. “São mais três que vão somar, ao serem concluídas, 32 unidades de dessalinização e produção de água potável no semiárido sergipano. A unidade do Programa Água Doce no Assentamento Carlos Prestes, em Carira, está perto da conclusão, com as dos povoados Saco da Camisa (Poço Verde) e Bela Aurora (Porto da Folha), em andamento”, informou.

Produção de alimentos
O presidente da companhia também lembrou que a Coderse, nos seis perímetros irrigados que administra, levou irrigação para a produção de mais de 110 mil toneladas de alimentos e outros 2.295.500 litros de leite em 2023, gerando uma renda superior a R$ 210 milhões, em benefício de 14 mil pessoas envolvidas na produção. “Esse resultado, repetido anualmente, contribui para consolidar a cesta básica de Aracaju como a mais barata do país já por vários anos”, pontuou Paulo Sobral. Ele acrescenta que, além da irrigação, existe o investimento em assistência técnica ao agricultor e a manutenção periódica de toda a infraestrutura de bombeamento e barragens.

Recursos humanos
Nos 41 anos, comemoram os beneficiários de suas políticas públicas; a população, que tem mais acesso à alimentos que antes da irrigação vinham de outros estados; e os cerca de 400 funcionários envolvidos em todo esse processo.  “A gente testemunha a satisfação que eles têm em fazer parte de todo esse processo de desenvolvimento e de qualidade de vida levado à população rural. São servidores de todas áreas; desde a de projetos, licitação, execução, extensão rural e de fiscalização. Trabalham na sede, nos perímetros irrigados, ou vão a todos os interiores do estado, construindo ou recuperando a infraestrutura hídrica. Dedico os meus parabéns, pelos 41 anos, a esses importantes parceiros que a mulher e o homem do campo têm aqui nesta empresa”, coloca a diretora Administrativa e Financeira da Coderse, Patrícia Moura.

Presidente da Associação de Servidores da Coderse, Luiz Roberto Moura destaca o momento em que a Coderse completa 41 anos como um período em que a responsabilidade da empresa e funcionários aumenta, com a ampliação da gama de atuação. “A antiga Cohidro se transformou na Coderse, para abraçar novos desafios, com grandes obras de construção de adutoras, dessalinizadores e de saneamento rural, como o calçamento de estradas. Do ponto de vista do servidor, cresce a responsabilidade, mas também o orgulho que sempre existiu no peito de cada um que faz parte desta grande família”, finalizou.

Mais de 60 toneladas de alimentos produzidos no perímetro irrigado de Lagarto serão doados

O Governo do Estado motiva agricultores a participar, pela venda por período fixo e preço tabelado. Mais 12 irrigantes de Malhador também vão participar do PAA municipal.

Por meio da doação simultânea, 60,8 toneladas de alimentos produzidos no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado em Lagarto, centro-sul sergipano, começaram a beneficiar 3.600 pessoas em insegurança alimentar de General Maynard, no leste do estado. Na quinta-feira, 4, foram distribuídas à população mais de 3 mil quilos de alimentos, na primeira das entregas quinzenais que vão ocorrer por 10 meses, via Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab.

Os 23 agricultores fornecedores, do perímetro Piauí, serão remunerados por um montante total de R$ 344.991,61 durante a vigência das entregas do grupo de produtos in natura composto por abóbora, acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, laranja, mamão, maracujá, milho verde, pimentão, quiabo e macaxeira. Esta é a primeira das cinco propostas emitidas por associações de irrigantes dos perímetros estaduais, ainda em 2023, que começou a ser paga. Projetos que devem totalizar mais de 356 toneladas de alimentos doados para 19.800 pessoas em Sergipe, caso todas as propostas sejam contempladas pelo Governo Federal.

Josecleide Ferreira é uma das agricultoras irrigantes do perímetro Piauí que participa pela primeira vez da entrega ao PAA, fornecendo quiabo e macaxeira. Para ela, a irrigação fornecida pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) é essencial.  “É a primeira vez que estou participando do projeto, estou gostando muito, não tenho o que reclamar. Incentiva a plantar mais, produzir mais, por causa do preço. A gente já planta, só que o valor era menor e isso aqui é bom. Aumenta a rentabilidade do lote. Sem a irrigação não teria como plantar, só no inverno. Irrigado, conseguimos produzir o ano todo”, justifica.

A Coderse, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), presta assessoria na organização, credenciamento, formalização e composição das propostas enviadas à Conab. Complementando a assistência já dada a esses produtores que recebem água de irrigação e assistência técnica agrícola através dos perímetros irrigados da empresa sergipana. Segundo o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, este incentivo melhora a rentabilidade dos agricultores assistidos, já que ele vende a um preço melhor que o do mercado e por um período fixo.

“Esta missão da Coderse vem desde 2008, quando começou a operar o PAA da Conab nos perímetros estaduais. Nesse período, já são mais de 150 mil benefícios, remunerando o produtor para produzir alimentos de qualidade ou beneficiando pessoas atendidas por instituições socioassistenciais. Os agricultores irrigantes foram remunerados em cerca de R$ 13 milhões pelo cultivo desses produtos, na soma de todas as propostas aceitas e com entregas concretizadas. Desse modo, foram entregues mais de 4 mil toneladas de alimentos produzidos na irrigação pública fornecida pelo Governo do Estado”, explica o diretor Júlio Leite sobre os resultados dos últimos 16 anos de programa.

General Maynard
Coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de General Maynard, Márcia Nascimento expõe que a parceria com os produtores do perímetro de Lagarto, garante uma alimentação de qualidade, com produtos agrícolas com boa procedência, às famílias assistidas pela instituição. “O objetivo maior é levar uma qualidade de vida e de alimentos para nossa comunidade, principalmente aos que estão em situação de vulnerabilidade e muitas vezes não tem acesso, pela situação financeira, de alimentos de boa qualidade e no quantitativo que dê para suprir a necessidade da família. O objetivo inicial é que sejam atendidas 800 famílias e a gente quer fazer um rodízio, para que todos tenham a mesma oportunidade”.

A dona de casa Ivaneide dos Santos vive com a filha em General Maynard. Ela elogiou a qualidade e diversidade dos produtos cultivados e entregues pelos irrigantes de Lagarto. “Ajuda em muitas coisas, porque para quem não trabalha, é uma ajuda boa. Achei ótimo [O PAA], porque ajuda a comunidade a ter uma dieta saudável”.

Ruthi Raquel dos Santos também é dona de casa em General Maynard e toma conta dos dois filhos, de um e dois anos. Sempre cultivando hábitos alimentares saudáveis em casa, comemorou a diversidade de produtos in natura oferecidos pelos irrigantes ao PAA. “Eu amei os produtos, são muito bons. Vai servir muito para mim e para os meus filhos, é bem saudável. Eu já não vou comprar esse mês. É costume meu, eu sempre gostei de comer bastante verdura, suco, frutas, o que é mais saudável. Meu pai é agricultor, daí ela me ensinou a comer verduras. Eu amei esse projeto, que serve para gente por vários anos”.

PAA Municipal
O município de General Maynard também realizou um Programa de Aquisição de Alimentos municipal, na modalidade ‘compra com doação simultânea’, que credenciou mais 12 produtores irrigantes atendidos pelo Governo do Estado em Malhador. Eles vão receber mais de R$ 130 mil, durante o período de seis meses, para produzir e entregar quinzenalmente um quantitativo de alimentos saudáveis que supram a dieta alimentar de mais 100 famílias em vulnerabilidade social atendidas pelo Cras.

“Junto com o pessoal da Coderse, fizemos um contato com o pessoal do Perímetro Irrigado Jacarecica II, para que eles fossem os fornecedores dos produtos agrícolas. Até porque, dentro do município, do território, a gente não tem essa facilidade. E a parceria com a Coderse foi importante, exatamente para ter acesso a esses produtores”, complementou a coordenadora Márcia Nascimento.

Última atualização: 3 de maio de 2024 08:35.

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