Governo oferece orientação a agricultores do perímetro irrigado de Lagarto sobre análise de solo

Produtores buscam orientação sobre como utilizar resultado da análise de solo em benefício da eficiência das lavouras irrigadas
[Foto: Fernando Augusto / Ascom Coderse]

No perímetro irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado, em Lagarto, os técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) auxiliam o entendimento dos resultados das análises de solo. Eles orientam os agricultores irrigantes assistidos em como proceder para fazer a adubação de correção de solo, quando ela se faz necessária para o aumento da produtividade das áreas de plantio.

Quando recebe o resultado da análise do laboratório, o agricultor pode encontrar dificuldade de interpretar as informações técnicas, que enumeram os níveis, elementos e compostos presentes na amostragem da área de plantação. Outro detalhe importante que o técnico leva em consideração é o desperdício de adubo, que vai impactar na renda do agricultor, com a atividade agrícola.

“Ele não vai estar jogando dinheiro fora. Às vezes o solo não está carente naquele tipo de adubação e jogando no solo é custo, é dinheiro. Na adubação tem que gastar no que está sendo exigido pelo ITPS (Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe) na análise do solo. Melhora a produção e economiza o dinheiro, porque está usando o que é necessário”, explicou o técnico Jackson Ribeiro.

A Coderse é vinculada à Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Seu diretor de Irrigação, Júlio Leite, avalia essa orientação como mais um item do grupo de políticas públicas destinadas à agricultura de Lagarto. “São 421 propriedades recebendo irrigação diariamente, assim como assistência técnica sobre a correção do solo. O recurso investido pelo Governo do Estado, para fazer a água chegar ao produtor, vai dar mais retorno à atividade agrícola, em produção e renda, para essas famílias do campo”, considerou.

Irrigante do perímetro Piauí, Gival Souza acredita na eficiência da análise e correção do solo para aumentar a produtividade da lavoura e não dispensa a ajuda dada pelos técnicos da Coderse, tanto no procedimento de envio das amostras, como na interpretação das amostras. “Pelo menos uma vez por ano eu faço essa coleta e envio para eles o procedimento todo. Aí eu tento aplicar ao máximo para poder dar certo. Há muito tempo eu sou acompanhado por eles e eu sempre trabalhei assim”, disse.

O técnico da Coderse, Jackson Ribeiro, aponta que depois de realizar os cálculos sobre o resultado da análise de solo, repassa o resultado ao produtor, acompanhando a aplicação. Inclusive quando a plantação necessita de adubação específica para a fertirrigação. “Só a gente fornecer a água não adianta. Às vezes o solo está carente não só de água, tem que ter o acompanhamento técnico e uma análise de solo para suprir as necessidades que o solo está precisando”, complementa o técnico, garantindo que o procedimento aumenta a produtividade das lavouras.

Gival Souza já tinha feito um plantio de milho quando chegou o resultado da análise do laboratório, mas tem uma boa expectativa. “Através dos outros nutrientes que eu vou colocar, que os técnicos já me deram a dica, acredito que ainda dê tempo. Mas no próximo plantio a gente vai trabalhar tudo corretamente, para ver se melhora mais ainda a produtividade”, confiou o agricultor, que tem uma roça de milho recém plantada, onde vai aplicar a adubação por fertirrigação. Com essa tecnologia o fertilizante chega à planta diluído na água da irrigação.

[vídeo] Batata-doce no perímetro irrigado estadual de Lagarto no Balanço Geral

A retomada na produção de batata-doce no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, foi destaque no programa Balanço Geral Manhã, da   Tv Atalaia. A produção do alimento está presente nos cinco perímetros irrigados do governo do Estado com aptidão agrícola.

Em Lagarto, depois de quase cessar a produção da batata-doce, a assistência técnica agrícola da Coderse, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) que administra os perímetros estaduais, orientou a opção pelo uso de novas ‘sementes’. A partir de uma variedade criada pela Embrapa, a produção foi retomada e já produziu, no primeiro trimestre, 25% a mais que no mesmo período de 2022.

[vídeo] Coderse auxilia irrigantes do perímetro de Lagarto na interpretação das análises de solo

No Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, os técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe auxiliam o agricultor irrigante na hora da coleta de amostras, do envio para o laboratório e quando tem que aplicar aquilo que a análise de solos diz.

Tudo isso para fazer a melhor correção do solo, a partir da adubação. Obtendo o máximo de produtividade que a terra e a água de irrigação, também fornecida pelo Governo do Estado de Sergipe, possam proporcionar.

E o programa Sergipe Rural, da TV Aperipê afiliada TV Brasil, foi até lá mostrar essa última etapa. Quando os profissionais da empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Des. Agrário e da Pesca de Sergipe (Seagri), avaliam o laudo, determinam quais produtos estão disponíveis no mercado e até formulações alternativas que barateiem o investimento do agricultor.

Batata-doce é o cultivo preferido dos produtores do perímetro irrigado em Lagarto

Assistência técnica da Coderse orientou sobre doença que quase dizimou produção de variedade mais procurada. Primeiro trimestre produziu 124,5T de batata-doce

Foto: Arquivo pessoal

Produtores irrigantes voltaram a investir forte na produção de batata-doce em Lagarto, agora que contam com uma variedade livre de doenças, a ourinho roxa. A produção é fruto de ‘sementes’ com origem nas pesquisas da Embrapa Clima Temperado, que se adaptaram bem às unidades produtivas do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado naquele município. Lá, são cerca de 50 produtores produzindo  batata-doce durante o ano, ocupando continuamente uma área de 30 hectares (ha).

Em 2019, muitos desses agricultores atendidos pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), com água de irrigação de assistência técnica, abandonaram a bataticultura por conta da doença causada pela mosca branca na batata ourinho, a mais cultivada e lucrativa na época. As plantas doentes não produziam as raízes que usamos para alimentação, fazendo com que os irrigantes perdessem as safras inteiras. Já neste ano, no primeiro trimestre a produção de batata-doce foi de 124,5 toneladas,  25% maior que no mesmo período de 2022. Colheita que rendeu aos irrigantes R$ 138,6 mil.

Conforme conta o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, a praga tinha infestado as ramas da lavoura anterior e que eram usadas para replantio das lavouras seguintes. “Desde o início, a orientação dos técnicos da nossa empresa foi a de buscar ‘sementes’ novas e que não tivessem origem nas lavouras já contaminadas. A dica foi certeira e esses bataticultores voltaram a plantar, colher, beneficiar e comercializar a batata-doce com todo estado e fora dele. Produto bastante requisitado pela alta qualidade da ourinho roxa”, pontuou.

Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida, relembra o problema com o carro-chefe da produção de batata-doce, a variedade ourinho tradicional. Mesmo ela tendo um ciclo de produção maior. “A batata-doce ainda é uma das principais culturas aqui. Agora que surgiu esse melhoramento através da Embrapa de Pelotas (RS), a ourinho roxa, é ela que está no auge aqui. Embora precise de 90 dias para colher, ela tem boa qualidade e está a todo vapor a produção aqui. O preço na lavoura agora é R$ 1,50/Kg”, informou.

Luciano Oliveira está plantando a nova variedade de batata-doce e está animado, mesmo tendo tido azar com ourinho branca no passado.”A ourinho roxa é a que o pessoal está mais plantando agora. Quando comecei a plantar batata, fui plantar a branca e não produzi nada. Isso foi há uns 4 anos atrás. Comecei a plantar batata-doce novamente agora recentemente, há uns dois meses e ainda vou colher daqui a 1 mês e já tem comprador. Mas eu acompanho os colegas que estão colhendo, ela é excelente, é boa de lidar”, revelou o produtor que tem 0,33 ha plantados com a ourinho roxa.

Já Helenilson Santos conta que naturalmente está voltando a obter a rentabilidade semelhante à que possuía antes da doença, quando todos lucravam com a ourinho tradicional. “Com a Ourinho roxa não, porém com a ourinho tradicional tivemos problemas demais! Eu parei um bom tempo e voltei ano passado, já com a roxa. Até o momento, graças a Deus, tem produção e saída em grande escala. Está tudo bem aqui agora e chovendo bem, ajuda muito também no controle da mosca branca”, completa o irrigante do perímetro Piauí.

Tomaticultores de Lagarto investem na plasticultura e fertirrigação com gotejamento

As tecnologias aplicadas no perímetro público de Lagarto reduzem a mão de obra, economizam água, fertilizantes e produzem frutos de melhor qualidade

A fertirrigação é feita com mangueras de gotejamento que passam debaixo da lona ‘mulching’ [foto: Fernando Augusto]
Faça chuva ou faça sol, contando com a irrigação pública dos perímetros irrigados estaduais, dá para plantar tomate durante todo ano. E mais, no município de Lagarto, Centro-Sul sergipano, tem agricultor irrigante que aproveita a água fornecida pelo Governo do Estado para trabalhar com tecnologias de cultivo que aumentam a produtividade e diminuem custos. E ainda, faz crescer a renda líquida com a venda das colheitas.

No Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), que é vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), os produtores lançam mão à plasticultura e a fertirrigação para cultivar o tomate. Gildeon Reis é um deles. Experiente no cultivo de milho, pimentas e quiabo, também usando fertirrigação, ele explica que cada etapa da lavoura exige um tipo de adubação.

“Primeiro fiz um transplante das mudas e depois de uns três dias já entrei com o primeiro adubo na fertirrigação”. Nesta primeira etapa, Gildeon usa um fertilizante sólido, solúvel na água de irrigação e que contém uma alta concentração de fósforo, estimulando o crescimento vegetativo, das raízes e floração. “Com 20 dias eu entro com o fertilizante 18/18/18 NPK (nitrogênio, fósforo e potássio). E depois de 45 dias, já é outro produto’”.

Na fertirrigação, um mecanismo injeta os fertilizantes necessários para o desenvolvimento da planta diretamente no sistema de irrigação do lote, feito por mangueiras de gotejamento. A tecnologia hoje é amplamente usada em diversos tipos de cultivos agrícolas nos perímetros irrigados de vocação agrícola da Coderse.

Os produtores dos perímetros irrigados têm também a assistência técnica fornecida pelo Estado. Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Coderse, Júlio Leite, esse auxílio vem para complementar o que é investido, em recursos públicos, para que chegue água no lote dos irrigantes, gerando renda, empregos e alimentos com preços justos para a população.

“Irrigação, assistência técnica e ainda tem um assessoramento feito para que esses irrigantes participem de programas de ‘compras institucionais’, como o Alimenta Brasil e PNAE. São serviços públicos complementares entre si e que, no conjunto, incentivam o agricultor que está sendo beneficiado em um perímetro da Coderse. Eliminando chances de perda de safras; baixa produtividade e a desvalorização dos produtos, quando a comercialização é feita só com os atravessadores”, avalia Júlio Leite.

Técnico agrícola da Coderse, Williams Domingos atua na assistência à produção agrícola a partir da irrigação. “A gente orienta o produtor no manejo de irrigação adequado, introduzindo certos equipamentos novos, como a fertirrigação, como a irrigação por gotejamento. Que antigamente era a aspersão convencional. Orientando o uso de agrotóxicos na época e na forma adequada, sem o uso indiscriminado, respeitando os períodos de carência da cultura quando ele for colher”.

A fertirrigação traz praticidade, diminuindo a necessidade de contratar mão de obra ou máquinas para fazer a adubação diretamente na planta. “O adubo é misturado na água (da irrigação) e vai para a planta. Em dez minutos eu já adubei uma área de mil pés. Depois que plantar, eu sozinho resolvo. Só tem um rapaz que vai aplicar na planta (o defensivo químico) com a bomba costal”, expôs o produtor Gildeon, que mesmo sendo pessoa com deficiência, sem parte de uma das pernas, não tem dificuldade para operar o sistema de fertirrigação.

Plasticultura
Os agricultores irrigantes, incluindo Gildeon Reis, investem no uso de lonas ‘mulching’. O plástico especial retém a água de irrigação no solo, diminuindo a evaporação; cobre o solo de tal forma, que elimina o nascimento de ervas daninhas e ainda protege os frutos do contato e contaminação do solo. Isso aumenta a qualidade e o valor agregado da produção colhida, repercutindo em maior renda ao irrigante. A plasticultura substitui o método de estaquia, em que as plantas crescem verticalmente amarradas em uma vara.

As vantagens de usar a tecnologia de cultivo protegido, dão segurança até para o agricultor arriscar a plantar em épocas em que o clima não favorece. “Ninguém planta mais na vara com cordão, porque é muito trabalho. E o pessoal faz o plantio sempre em setembro, outubro, novembro. Eu estou plantando em uma época já de final. É meio perigoso, porque pode chegar o inverno cedo e eu estou fazendo a colheita. O que não é bom”, apontou o irrigante Gildeon.

“Faz a leira antes de colocar o ‘mulching’; com uma adubação de fundação e o sistema de irrigação, que é o gotejo. É uma tecnologia que deu certo. Tanto para o pessoal do tomate, como o da pimenta e hoje tem plantação de quiabo usando o ‘mulching’, porque reduz a mão de obra. Você não tem problema de capinar aqui em cima, não tem mato em cima dele. Ele garante também que o tomate cresça aqui em cima e não apodreça, porque ele não tem contato com o solo”, completou o técnico Williams.

 

Feijão-de-corda irrigado gera renda e adubo nitrogenado em perímetro estadual

Irrigação fornecida pela Coderse permite colheitas fora da estação chuvosa
Feijão-de-corda tem boa aceitação na mesa do sergipano e em estados vizinhos [foto: arquivo pessoal]
Mais do que atender a preferência que o nordestino tem por esta variedade, o feijão-de-corda é usado como cultura de rotação no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no centro-sul sergipano. Depois de colhidas, as plantas servem de adubação verde, rica em nitrogênio, e que diminui o custo de produção dos próximos cultivos agrícolas. Lá foram colhidas 10,4T do alimento em 2022.

No perímetro administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), esse feijão, também conhecido como fradinho ou caupi, é cultivado fora de época, no verão. “A produção de alimentos no período de estiagem se torna possível graças ao sistema de irrigação interligado, pelo Governo do Estado, às 421 propriedades agrícolas de Lagarto”, destacou o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite.

Helenilson Santos, 35 anos, produtor irrigante do perímetro Piauí, atende a demanda de mercados e feiras de Lagarto, nesse período em que não se encontra o produto cultivado em sistema de sequeiro. Ele usa o feijão no auxílio a outras culturas agrícolas com maior custo-benefício ao produtor irrigante, como a batata-doce, o milho e o quiabo.

“Eu sempre planto (feijão-de-corda) com o intuito de fazer rotação de cultura, e também porque minha mãe vende na feira. A própria semente sou eu mesmo que produzo. Já deixo reservada e tenho colheita para o ano todo. Quando chega no inverno eu planto na parte não irrigada e no verão eu planto na irrigada, mas eu sempre tenho”, apontou o agricultor que mantém a família, com três filhos e esposa, a partir da renda das plantações.

O feijão-de-corda é uma leguminosa de família botânica que tem como característica a fixação biológica de nitrogênio, para o uso da própria planta. Mas esse nutriente permanece nos restos do feijoeiro depois de colhido e serve para o desenvolvimento da próxima lavoura que vier a ocupar aquela roça. “Ao ser misturado ao solo, os restos da cultura agem como adubo orgânico”, justifica Helenilson.

Gerente do perímetro de Lagarto, Gildo Almeida destaca que o uso de uma leguminosa como rotação de cultura tem boa adesão entre os irrigantes. “Outro cultivo muito usado para esta finalidade é o amendoim. No perímetro Piauí temos irrigantes que plantam e cozinham, atendendo compradores dentro e fora do estado. Mas ele também tem essa mesma utilidade que o feijão, de servir de adubação verde”, confirmou.

Segundo o gerente do perímetro, neste verão são cerca de 10 produtores que usam a irrigação do perímetro para produzir o feijão-de-corda. “Além da irrigação que a Coderse oferece, em cada propriedade, para eles produzirem o ano inteiro, também tem a assistência técnica agrícola, que faz a orientação para eles produzirem mais e melhor, incluindo a adoção de culturas de rotação. Em 2022, foram 10,4 T de feijão-de-corda produzidas no perímetro, rendendo R$ 42 mil aos irrigantes”, informou Gildo Almeida.

A família de Helenilson Santos já tinha a propriedade quando surgiu o perímetro Piauí, que tem a mesma idade do agricultor. “Não acompanhei a implantação. Mas todo o conhecimento vem do pessoal que trabalha aqui. Os técnicos agrícolas sempre dão suporte à gente e à irrigação, para você ter o produto de inverno a verão, desde as formas de plantio, até os estudos para poder ter sempre a melhor produção. Porque hoje a gente consegue sobreviver do próprio plantio”, revelou.

Feijão o tempo inteiro
Para não deixar de ter feijão-de-corda para vender, Helenilson mantém mais de uma área com o cultivo. “Eu planto aqui mais ou menos um hectare. Para ter a colheita sempre farta e suprir a feira, eu estou colhendo agora a metade e tem outra metade já começando a colocar flor”. Na feira, ele comercializa o feijão por R$ 8 a lata (de 1L de óleo de soja), valor que varia conforme a oferta e a demanda.

Colhido ainda verde, o feijão-de-corda tem melhor preço de venda, acelera o ciclo da lavoura e a entrada da cultura seguinte, onde os feijoeiros servirão de adubo. Mas é do grão seco, também comercializado por Helenilson, que ele tira a semente e garante a continuidade das novas safras. “Do plantio até a colheita são de 80 a 90 dias, e a gente passa entre 30 a 40 dias colhendo. A colheita é rápida”, completou.

Vantagens e aplicação
O mais nordestino entre os feijões está no acarajé, no abará, no baião de dois e no feijão tropeiro; pode ser consumido cozido, em caldo, ou nas saladas frias. Mas em relação ao feijão carioca, o mais consumido no país, o feijão-de-corda tem três vezes menos carboidratos, que são os açúcares. Assim, o corda é mais indicado para o consumo dos diabéticos e nas dietas de emagrecimento, já que também tem menos da metade das gorduras totais encontradas do que o carioca.

[vídeo] Com capim capiaçu irrigado e outros restos culturais, irrigante mantem rebanhos de leite e corte

O programa Sergipe Rural, da Aperipe TV, foi até o Perímetro Irrigado Piauí, mantido pela Cohidro em Lagarto, Centro-Sul Sergipano; para mostrar a propriedade agrícola de Gival Souza. Ele experimenta um certo grau de autossuficiência na criação de bovinos, caprinos e ovinos. Em um ciclo virtuoso, o pequeno agropecuarista utiliza a variedade de capim BRS Capiaçu e restos culturais como ração para a criação de animais que, por sua vez, geram esterco para a adubação destas plantações. O sistema funciona durante todo ano, a partir da água fornecida pelo serviço de distribuição pública estadual do Perímetro Irrigado Piauí.

[vídeo] Inverno facilita plantio e gera lucro para quem cultiva repolho em Lagarto

No mês de julho, quando Lagarto, no Centro-Sul Sergipano, estava em plena colheita do repolho. O programa Sergipe Rural da Aperipê TV , foi até lá para mostrar que os produtores aproveitam o bom preço de mercado e o clima frio, que diminui custos com irrigação e defensivos, para gerar mais renda na colheita e comercialização da hortaliça. Produção que coloca no mercado um produto cultivado aqui mesmo em Sergipe e que varia a dieta alimentar da população com uma opção saudável, por ser um ítem do grupo das verduras e legumes. No Perímetro Irrigado Piauí da Cohidro, são cerca de oito agricultores irrigantes colhendo repolho na primeira quinzena de julho.

As lavouras iniciadas no outono, a partir da irrigação, têm nas chuvas de inverno uma aliada, que ajuda a molhar os pés de repolho e reduz a temperatura. O frio diminui a incidência de pragas e torna o clima mais parecido ao do Mediterrâneo. Naquela região, há quase 2 mil anos, o homem fez a seleção de plantas silvestres até chegar ao repolho.

Inverno facilita plantio e gera lucro para quem cultiva repolho em Lagarto

Rico em fibras que ajudam na digestão, a hortaliça é um alimento versátil, consumido cozido ou cru.

Lagarto, no Centro-Sul Sergipano, está em plena colheita do repolho. Produtores aproveitam o bom preço de mercado e o clima frio, que diminui custos com irrigação e defensivos, para gerar mais renda na colheita e comercialização da hortaliça. Produção que coloca no mercado um produto cultivado aqui mesmo em Sergipe e que varia a dieta alimentar da população com uma opção saudável, por ser um ítem do grupo das verduras e legumes. No perímetro irrigado estadual Piauí, que distribui a água captada na barragem pública Dionísio Machado, naquele município, são cerca de oito agricultores irrigantes colhendo repolho na primeira quinzena de julho.

As lavouras iniciadas no outono, a partir da irrigação, têm nas chuvas de inverno uma aliada, que ajuda a molhar os pés de repolho e reduz a temperatura. O frio diminui a incidência de pragas e torna o clima mais parecido ao do Mediterrâneo. Naquela região, há quase 2 mil anos, o homem fez a seleção de plantas silvestres até chegar ao repolho.

Há 10 anos plantando repolho a partir da água do perímetro de Lagarto, Renilson de Jesus Araújo conta que ainda vai colher das hortaliças, mas que o ciclo termina logo, antes que o período de chuvas termine. “Na primeira etapa, colhi em torno de 4 a 5 mil ‘cabeças’ e ainda estou colhendo. Foi de 1,5 tarefa (0,45 hectare), a área do repolho que eu plantei, em torno de 10 mil plantas. O plantio de repolho no inverno, aqui para nós sempre é melhor, porque você não usa muito agrotóxico e molha pouco, graças a Deus está sendo uma colheita boa. Já colhi desde a semana passada, mas nesta semana eu acabo”.

Gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida informa que são cerca de oito produtores colhendo no mesmo período que Renilson, de olho nos benefícios do clima frio e no bom preço do mercado. “A expectativa é que a produção neste ano aumente em relação ao ano passado, quando a gente ainda sentia os efeitos da pandemia. Embora o ciclo rápido do repolho, em torno de 60 dias, ocorra a maior parte na época em que em Lagarto está chovendo, existe um período em que a irrigação é necessária. Por outro lado, a Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe) fornece a irrigação, mas também presta a assistência técnica agrícola aos agricultores de todo perímetro irrigado”, conclui.

Renilson Araújo vende parte da sua produção para feirantes de Lagarto e a outra, entrega para comerciantes atravessadores. Ele explica que, embora tenha conseguido vender o seu repolho por R$ 2,5 a unidade, esta ainda não é a época de melhor preço para pôr o produto no mercado. O que mais compensa é o baixo investimento na lavoura. “Em questão de preço, é porque é menos praga neste período. É um preço razoável, mas no verão ele sobe. Quem planta logo no começo (do ano) pega um preço bom, aí de agora em diante o preço é mais barato, mas dá menos praga, você usa menos veneno. Daí o gasto também é menor, mas é bom porque não dá prejuízo. Se a gente for plantar de agora em diante, não tira ele bom, mais. Só tira bichado e com excesso de agrotóxico”, justifica.
Cultivo do repolho
Segundo o produtor, salvo às recomendações fitossanitárias e de adubação para correção de solo feitas por um técnico agrícola ou engenheiro agrônomo, o cultivo do repolho é rápido e simples. “Planta em sementeira e depois de 30 dias vai pra área de plantio”, acrescenta Renilson. Ao todo, serão por volta de 60 dias, desde a semeadura das mudas, o tempo que leva para colher o repolho. Quando não há chuva suficiente, em torno de 4 milímetros diários, é usada a irrigação por aspersão simples, de forma que molhe por cima da planta. “O espaçamento é de 40 cm de um pé para outro de 1m, de uma carreira para outra”, complementa o produtor irrigante.

Cooperativas de Lagarto e Salgado têm apoio da Cohidro para atuar na compra com doação simultânea de alimentos

Em 14 anos, 4,2 mil ton. de alimentos foram doados a 155.701 pessoas em insegurança nutricional. 1.693 participações de irrigantes dos perímetros estaduais pagaram mais de R$ 10,6 mi

[foto: Fernando Augusto]
O cooperativismo foi pauta de reunião ocorrida na última semana em Lagarto, com a participação das cooperativas dos Produtores Agrícolas do Território Sul De Sergipe (Coopatsul), dos Agricultores Rurais Banco da Terra (Coopebant); das gerências do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado naquele município, e de Agronegócios da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). O setor da empresa assessora os agricultores irrigantes dos perímetros irrigados do Governo do Estado a participar do Programa Alimenta Brasil (PAB), incentivando os produtores a participar de associações e cooperativas agrícolas para facilitar a comercialização e compra de insumos coletivos. De outro modo, também faz a intermediação e apoia grupos com atuação fora dos perímetros.

Quem motivou a reunião foi a Coopebant. A presidente, Isabel Cristina, entende como essencial o apoio da Cohidro para conquistar novos cooperados entre irrigantes do perímetro Piauí. “O interesse é convidar esses agricultores, para que eles participem de um plano produtivo, um calendário produtivo nas necessidades ociosas de cada produtor que já está sendo acompanhado pela Cohidro e outros, que queiram também participar do projeto da Coopebant”, explicou. Para Isabel Cristina, a participação no PAB e as vendas coletivas para compradores fora do estado são um incentivo para a cooperativa se estruturar. “Uma proposta que vai ser encaminhada à Conab, e quando tiver outro estado que tenha uma cotação melhor, que venha agregar à cooperativa valores melhores para aquele produtor”.

Em 14 anos, o saldo do PAB nos perímetros estaduais é de 4,2 mil toneladas de alimentos doados para alimentar, pelo período médio de um ano, 155.701 pessoas em insegurança nutricional, movimentando mais de R$ 10,6 milhões, pagos nas 1.693 participações de agricultores irrigantes dos perímetros. Gerente de Agronegócios na Companhia, Sandro Prata considera que a Coopebant está no caminho certo. “A proposta é boa, porém, a longo prazo. Mesmo porque a cooperativa está em um processo de renovação. A retomada requer muitas parcerias. Para participar do PAB, vamos aguardar os próximos passos; que são a regularização de DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf), de pessoas físicas e jurídica; o comprometimento dos produtores; e a quantidade necessária de cooperados que queiram participar”.

Técnico da Cohidro que também participou da reunião, Valério Lafaiete avaliou positivamente o interesse das cooperativas ao expor suas demandas à equipe da empresa pública. “A parceria da Cohidro com as cooperativas dos municípios de Salgado e Lagarto, será importante no que tange a possibilidade da assistência técnica ‘in loco’, visando uma maior produtividade e diversidade de hortifrutis. Além de um melhor direcionamento aos canais de comercialização, através da orientação aos programas de aquisição de alimentos”, considerou o engenheiro agrônomo. Também funcionário da Cohidro, ainda participou da reunião o gerente do Piauí, Gildo Almeida.

Sueli Rodrigues é presidente da Coopatsul, que tem 74 cooperados; tem participação no PAB do Governo do Estado, Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e no Mesa Brasil, do SESC; e tem sede em Salgado. Na reunião, ela tanto visualizou a possibilidade de parceria entre a sua cooperativa e a Coopebant, que tem um projeto de construção de um condomínio rural em seu município; quanto reiterou a importância do apoio que recebe da Cohidro, companhia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

“Essa comunicação da Cohidro para nossa cooperativa já tem uns 5 a 6 anos. Não para fazer projetos, mas para tirar dúvidas. Em questão de projetos da Conab, a gente sempre teve apoio do pessoal da Cohidro para nos ajudar. Hoje tem esse apoio em um novo projeto, não feito por nós, mas sim por outra cooperativa, mas com a nossa pretensão de participar também, junto com essa outra cooperativa. Eu creio que o apoio da Cohidro é essencial, pelo perímetro irrigado daqui de Lagarto e a nossa parceria junto com os projetos”, concluiu a presidente Sueli Rodrigues.

Última atualização: 28 de junho de 2022 12:32.

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