Irrigantes da Cohidro vão doar 648 toneladas via Conab

Evento reuniu agricultores, representantes das entidades beneficentes e técnicos da Cohidro e Conab

Representantes de associações de produtores rurais dos perímetros irrigados e de entidades beneficentes estiveram reunidos quarta-feira, 13, com os diretores das companhias de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e Nacional de Abastecimento (Conab). Na sede da Estatal Sergipana, houve a assinatura de dois contratos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) federal, que consolidou a doação de quase 240 toneladas de alimentos, beneficiando mais de sete mil pessoas em insegurança alimentar durante um ano.

Esse montante é só parte dos contratos que em 2015 foram liberados, pela Conab, para execução. Ao todo foi autorizada a compra 648.265 quilos de alimentos, de 171 produtores irrigantes, sob a remuneração total de R$ 1.367.445 e que beneficiarão, pelos 12 meses de vigência de contrato, 18.260 pessoas. São agricultores que cultivam nos perímetros irrigados Piauí em Lagarto, Ribeira em Itabaiana e Jacarecica II, estes de Malhador. Serão beneficiados com cestas de alimentos in natura ou na preparação de refeições, os assistidos por entidades beneficentes de Barra dos Coqueiros, Pedra Mole, Lagarto, Itabaiana e Areia Branca.

Emanuel Carneiro, Superintendente Estadual da Conab, ressaltou a longa parceria entre as duas Companhias, onde a Cohidro assessora os agricultores a formalizarem os seus projetos para o PAA, na modalidade de “doação simultânea”. “Fizemos hoje a assinatura da ata que autoriza o inicio da doação dos produtos. Então, a partir de agora, essas instituições já estão aptas a entregar os produtos. À medida que eles prestam conta, é feito o faturamento na nossa unidade e automaticamente a gente já autoriza o banco a desvincular e liberar o valor relativo aquela prestação”, disse.

Astrapicica

A Associação dos Trabalhares Rurais do Perímetro Irrigado Jacarecica II (Astrapicica), de Malhador é a proponente do projeto de PAA no valor de R$ 263.995, correspondente a compra de 135,7 toneladas de alimentos de 35 agricultores, para a doação simultânea beneficiando 3,5 mil pessoas. Luiz Alves de Oliveira, presidente da entidade, conta que ele os produtores envolvidos no projeto conseguem melhores preços para o Inhame, Aipim, Quiabo, Maxixe, Batata-doce, Folhosos, Acerola, Abobora e Abobrinha, na as entregas.

“Para nós, é muito benéfico, porque conseguimos nos livrar do atravessador, que não vai mais em nossa porta. Compensa muito, já tem ano que o atravessador está comprando o saco de Batata-doce por R$ 10, e a Conab comprar por R$ 32. A vigência do contrato é de um ano e assim o preço que fica assegurado para este período”, contou Luiz Alves, que explica que a Empresa Sergipana atua em toda elaboração do projeto. “O que mais ajuda a gente é a credibilidade da Cohidro, esse projeto feito por Sandro tem muita facilidade de ser aceito, a Conab acredita no projeto”, completou.

Chefe da Divisão de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata informa que a Astrapicica é uma associação que está ativa no PAA desde 2009. “A entidade participou do PAA propondo cinco projetos, totalizando R$ 873.510 pagos aos 207 produtores, correspondente a mais de 500 toneladas de alimentos doados a quase 20 mil pessoas”, confirmou o Técnico que na Empresa. Ele atua indo até cada uma das associações para reunir produtores, assessorando na formalização dos seus projetos e orientando de que forma deverão se comportar, depois das propostas aceitas.

Neste projeto a entidade que receberá os alimentos é o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Areia Branca. O Secretário Municipal de Agricultura, Irrigação e Meio Ambiente, José Agnaldo dos Santos, na reunião representou a beneficiaria. “A gente vai entregar a três povoados bem necessitados. A prefeita esta maravilhada e com urgência para entregar, porque são muitas pessoas para receber na comunidade. Vai ser uma distribuição feita anotando no documento, pra depois a gente prestar conta tanto à Cohidro quanto a Conab”, advertiu, comunicando ser a quarta doação simultânea do PAA que participam em menos de um ano, antes recebendo suco de uva, leite em pó e feijão.

Até 2013, Sergipe era atendido pela Conab na Bahia e o Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, considerou que a vinda de uma unidade da Companhia para o Estado só contribuiu com as equipes da Cohidro e as entidades proponentes e beneficiadas. “O Governador Jackson Barreto foi excelente ao cobrar do Governo Federal e assim viabilizar a vinda de uma Superintendência para nosso Estado. Isso facilitou muitíssimo o acesso aos programas e para nós, foi um voto de confiança em nossa capacidade de gerir os projetos para receber os recursos. O que retribuímos com o trabalho, instruindo e auxiliando cada vez mais agricultores para serem proponentes”.

Povoado São José

Paulo Souza Melo é o presidente da Associação dos Moradores de Amigos do Povoado São José, que é a outra entidade proponente ao PAA que possui recursos já liberados para a comercialização dos alimentos. Para o produtor e líder do grupo participante pela terceira vez com um projeto, é um benéfico que compensa para o agricultor. “A estabilização dos preços seria uma das vantagens. Em poucas oportunidades o preço de mercado está maior que o pago pela Conab. E a Cohidro tem um papel primordial, na elaboração dos projetos, no acompanhamento, na distribuição, inclusive na arrecadação dos produtos. Sem a Cohidro dificilmente se realizaria esse trabalho”, revelou.

“Formada por agricultores irrigantes do Perímetro da Ribeira, em Itabaiana os 34 produtores da Associação vão fornecer 103.175 quilos de alimentos, sub uma remuneração de R$ 272.000 que vai beneficiar 3,6 mil pessoas atendidas pelo Centro Comunitário Socio-cultural de Barra dos Coqueiros e a Associação de Moradores e Amigos de Pedra Mole”, informou Sandro Prata da Cohidro.

Sandro assinala que também já possuem projetos, liberados para execução, a Associação dos Moradores e Amigos do Povoado Mangueira, também do Perímetro da Ribeira e a Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip), esta de Lagarto. “Ambos projetos somam mais de R$ 800 mil em recursos para adquirir alimentos em quantidade superior a 400 toneladas. Estão somente aguardando a liberação da verba federal, o que pode ocorrer à qualquer momento”, acrescentou.

Lania Ribeiro é assistente social e gestora de projetos sociais da Entidade da Barra dos Coqueiros, que prepara refeições para as crianças da creche e aos jovens que participam de oficinas culturais ou da programação da Rádio Comunitária que fica na sede do Centro, ou então o alimento que recebem das doações é distribuído às famílias de baixa renda da mesma comunidade. Esta será a segunda vez que a ONG participa como beneficiária de um projeto de “doação simultânea” oriundo de um perímetro irrigado da Cohidro.

“O que a gente sempre conta, é que tem uma grande diferença de quando a gente passou a receber os alimentos e antes. A qualidade da alimentação na comunidade que a gente atende mudou muito, dos idosos e principalmente das crianças, que chegam lá de manhã sem ainda terem feito uma refeição e a gente tem alimentação para oferecer. Da nossa parte, é um trabalho sério de preparo, de distribuição e principalmente de conservação, para não haver desperdício ou qualquer perda”, relatou Lania Ribeiro.

Balanço do PAA

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto lista que desde 2008, quando a Empresa passou a prestar assessoria aos produtores proponentes ao PAA, os perímetros irrigados comercializaram mais de 3 mil toneladas de alimentos, que foram doados para 114.977 pessoas e que remuneraram 1.284 agricultores em quase R$ 6 milhões. “Quero agradecer a minha equipe que cuida destes projetos: o Sandro, a Gerente de Desenvolvimento Agrícola Sônia Loureiro e os gerentes dos perímetros irrigados, pelo excelente trabalho que têm feito. Aqui o programa sempre foi muito bem-vindo, porque é fantástico, tanto beneficia o produtor como às entidades”.

Programa Sergipe Rural da TV Aperipê Destaca Farmácia Viva no Perímetro Piauí

Veja a reportagem feita pela TV Aperipê, no Programa Sergipe Rural e exibida dia 14 de novembro, sobre o cultivo de Plantas Medicinais, na Farmácia Viva instalada dentro do Perímetro Irrigado Piauí da Cohidro. Em Convênio com a UFS.

A Empesa, além da área, fornece a irrigação, estrutura de canteiros e assistência técnica para as plantas. No local ocorrem aulas da Universidade, dias de campo e eventos acadêmicos.

 

 

Infraestrutura hídrica da Cohidro beneficia 50 mil pessoas no campo em 2015

A Cohidro recuperou 28 poços que voltaram a funcionar durante o ano.

Nas ações voltadas ao fornecimento de água na área rural, os relatórios finais de 2015 contabilizam 50.662 pessoas beneficiadas pelo Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Durante o ano, a Empresa perfurou de 68 poços tubulares, oito novos foram instalados, recebendo casa de bombas, adutoras e reservatórios e outros 28 recuperados para voltar a funcionar. Da mesma forma que 102 desses sistemas receberam manutenção preventiva. No mesmo ano também foi concluída a recuperação de 837 barragens rurais de pequeno e médio porte, para armazenar a chuva do mesmo pleito.

Em recursos oriundos do Governo Estadual, foram investidos R$ 2.474.726,69 do orçamento próprio da Cohidro, em relação à perfuração, instalação, recuperação e manutenção de poços e ainda do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep) quando se refere ao custeio da recuperação de aguadas. Quanto aos 16 poços perfurados pelo programa “Água para Todos”, do Governo Federal e que é operacionalizado pela Empresa Sergipana, foram outros R$ 365.415,46 provenientes da União e Estado.

Durante os quase 33 anos de existência da Cohidro, a Empresa Já perfurou e pôs em operação em torno de 3.650 poços tubulares de media e grande profundidade, com uma disponibilidade de vazão média de 12,5 mil litros por hora. Foram também construídas aproximadamente cinco mil cisternas e duas mil aguadas, além da recuperação de outras 1.865 destas pequenas barragens. Nesse tempo, as ações voltadas à captação e armazenamento de água no campo, beneficiaram cerca de 250 mil pessoas em Sergipe.

Diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola (Dinfra) da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral,informa que a Empresa dedica sua estrutura física e pessoal para o fornecimento de água, executando diferenciadas funções. “Temos geólogos que determinam o melhor lugar para a locação de um novo poço.Técnicos e perfuratrizes modernas para perfuração e equipes,que viabilizam a instalação, manutenção e recuperação, dos que deixam de funcionar. Engenheiros civis determinam como deve ser feita a construção ou a recuperação das barragens. E no ‘Água para Todos’, nossos especialistas fiscalizam os procedimentos de empresas licitadas”.

Mardoqueu Bodano, Diretor-presidente da Cohidro, estabelece que as ações desenvolvidas são motivadas pelas reivindicações feitas pelas comunidades rurais, priorizando os municípios onde os efeitos da estiagem são maiores. “Temos como missão levar ou restabelecer o fornecimento de água aonde as redes de distribuição urbanas de água não chegam, no caso do abastecimento humano.E também aonde os rebanhos sofrem com a seca, recuperamos os açudes coletivos das comunidades rurais e as barragens daqueles pequenos criadores que não têm condições financeiras para contratar máquinas”, disse.

Perfuração de poços

Novos 52 poços foram feitos diretamente pelas equipes da Cohidro, atendendo as demandas populares em Campo do Brito, Carira, Itabaiana, Pinhão, Canindé de S. Francisco, Gararu, N. Srª da Glória, Poço Redondo, Porto da Folha, Canhoba, Lagarto, Simão Dias, Capela, Aquidabã, Graccho Cardoso, N. Srª das Dores, Boquim, Itabaianinha, Frei Paulo, Poço Verde, Estância e Tomar do Geru. Nestes quatro últimos e também nos municípios de Santana do S. Francisco, Muribeca, São Francisco, Ilha das Flores, Japaratuba, Siriri, Barra dos Coqueiros, Itaporanga D’Ajuda, São Cristóvão e Salgado, foi onde atuou o “Água para Todos”, viabilizando outros 16 poços selecionados, locados pela Companhia Estadual e perfurados por empresa licitada.

“Com estes 16 poços terminados, encerra-se a fase das perfurações nos 40 poços da primeira etapa do ‘Água para Todos’. No momento estamos analisando as cartas-propostas do processo licitatório para contratar empresa que vai instalar bombas, adutoras e reservatórios, nesses sistemas de abastecimento”, destacou Paulo Sobral sobre a atual fase do Programa Federal que, como ele acrescenta, “beneficiarão 107 localidades rurais em 28 municípios”. Além dos já citados, também serão atendidos Aquidabã, Carmópolis, Cristinápolis, Divina Pastora, Indiaroba, Japoatã, Neópolis, Pacatuba, Pirambu, Riachão do Dantas, Riachuelo, Stª L. do Itanhy, Stº A. das Brotas e Umbaúba, na segunda fase.

Já Mardoqueu explica que são recursos do Ministério da Integração Nacional acrescidos também por investimentos do Estado, na viabilização do “Água para Todos”. “O investimento federal, feito nesse empenho confiado à Cohidro, foi de R$ 13,7 milhões e o Governo de Sergipe entrou com a contrapartida de R$ 720 mil. Tal liberação dependeu de um planejamento realizado por nossos técnicos, que incluiu a realização de um levantamento, uma pesquisa socioeconômica nas populações dessas localidades propensas em receber o novo poço e sistema de abastecimento”, lembrou o Presidente.

Instalação, recuperação e manutenção de poços

Depois de perfurados e passarem por testes de vazão, os novos poços recebem a estrutura de bombeamento, tubulações, reservatórios e em alguns casos um chafariz público. Oito destes novos sistemas de abastecimento foram postos em funcionamento. O poço do Povoado Pilambi, em Campo do Brito em 2015 foi perfurado, instalado e depois do investimento total de R$ 11.564,61, está fornecendo água para 70 pessoas. O mesmo ocorreu no poço do Povoado Pau D’Arco em Capela, investimento de R$ 14.445,88 e água para 100 pessoas. Mesmo número de atendidos no poço instalado no Povoado Bastião, em Tomar do Geru, que custou à Companhia R$ 10.518,78, como informou o Chefe da Divisão de Manutenção de Poços da Cohidro (Dipoços), Roberto Wagner.

“Com o tempo, os poços perfurados pelo Governo do Estado ou por outras empresas param de funcionar, se não passarem por uma manutenção constante. Dentre os pedidos que chegam a nós, recuperamos 28 poços comunitários que estavam parados este ano, atendendo cerca de 1.700 famílias”, acrescentou o Chefe da Dipoços da Cohidro. Ele exemplifica o trabalho realizado em quatro poços no Município de Areia Branca, que atendem 1.400, como também as 2.300 pessoas atendidas por outros três poços em Japoatã, 1.400 em Boquim e outras 1.150 em São Domingos.

Entre instalação, recuperação e incluindo o trabalho de manutenção preventiva de poços tubulares, bombas, casas de bomba, adutoras e reservatórios, o Diretor informa que entre o investimento total da Cohidro foi de R$ 250.927,37 no ano, atendendo um total de 21775 pessoas. “São exemplo das 102 manutenções de poços, as três mil pessoas atendidas por dois poços em São Miguel do Aleixo. Atendendo à demanda da dessedentação animal, 32 famílias foram beneficiadas em dois povoados de Porto da Folha e outras 66, em outros dois de Gararu”, enumerou Roberto Wagner.

Recuperação de barragens

Iniciado em 2014, o processo de recuperação das 837 aguadas seguiu até o início do ano seguinte e foi justamente neste período em que esses reservatórios de terra, reformados e ampliados, tiveram a oportunidade de voltar a acumular a água da chuva. Segundo o Engenheiro Civil da Cohidro, Valdi Aragão Porto, as obras foram possíveis a partir do convênio entre as secretarias de estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) e da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), atendendo em regiões onde foi declarado estado de emergência devido à estiagem.

“Dentre as barragens recuperadas, 14 delas eram de uso coletivo, de maior porte. Trabalho principalmente focado na região semiárida, como nas barragens do Assentamento Santa Rita em Canindé, Povoado Ouricuri e Lorenda em Gararu, Monte Santo em Monte Alegre, Fortaleza em Glória, Serra do Brijinho e Assentamento Che Guevara em Poço Redondo, na sede municipal e Povoado Quintas em Graccho Cardoso e povoados Pé de Serra e Querobinha em Porto da Folha”, listou Valdi Aragão, informando que com um investimento de R$ 1,9 milhões, ao todo a edição 2014/2015 do Programa de Recuperação de Barragens atendeu 21.970 pessoas que dependem dessas aguadas também para o uso doméstico, mas principalmente para a dessedentação dos rebanhos.

Paulo Sobral acrescenta que o Programa já atendeu 57,5 mil pessoas e com um investimento total de R$ 3,6 milhões reformou 1.869 barragens. “Agora nosso projeto, que está em fase de análise, pretende recuperar mais 1000 destas pequenas aguadas rurais e outras 20 barragens maiores, pensando no abastecimento coletivo em comunidades, Isso é mais do que já fizemos até hoje, superando as 15 dessas barragens públicas recuperadas pela Cohidro desde 2012”, avaliou.

Novo recorde: Irrigação Pública Estadual colheu 119 mil ton/ano em Sergipe

Aumento na produção de tomate foi destaque nos perímetros da Cohidro em 2015. Foto: Bruno Noz

Levantamento feito nos seis perímetros irrigados mantidos pelo Governo do Estado e administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), mostrou uma produção anual na ordem de 119.049 toneladas de alimentos em 2015, novo recorde que supera em quase 4 mil toneladas a do ano passado, uma alta de 3,28%. O Perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco, continua sendo o que mais produz: 40.419 toneladas, mas o maior aumento percentual foi registrado no Perímetro Piauí, de Lagarto, 11,5% a mais de alimentos gerados. Neste último, a alta que mais se destacou foi na produção de quiabo: 1.116 toneladas, 216 a mais em um ano.

Embora 2015 tenha sido um ano de crise econômica, a produção dos seis perímetros irrigados foi avaliada como positiva, com um valor aproximado de R$ 112 milhões, R$ 7 milhões acima do registrado em 2014. Se este valor fosse igualmente dividido entre os 14.355 trabalhadores rurais, empregados e familiares, ou seja, toda população diretamente envolvida, seria extraída a rentabilidade de R$ 7.810 per capita/ano, sem considerar os custos de produção. Mas analisando que o maior dos custos, para estes produtores, é a contratação de mão de obra complementar à familiar, é possível prever que quase a totalidade desta riqueza gerada se converta em renda direta.

O sistema de irrigação pública possibilita uma produção agrícola que tanto é continuada, onde se planta durante todo ano, quanto de baixo custo para o agricultor irrigante. Isso reduz o preço final dos alimentos e reflete diretamente no bolso da população sergipana, conforme o último estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), publicado em dezembro. Segundo o informe, em Aracaju se adquire a cesta básica mais barata (R$ 291,80) dentre as 18 capitais pesquisadas pela instituição no Brasil, posição que a cidade ocupa desde 2009.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto explica que, para o agricultor irrigante, o risco para plantar nos perímetros irrigados é mínimo, diante de toda estrutura disponibilizada para tal. “Mesmo que ele passe a custear os 50% dos gastos de energia elétrica para o bombeamento de água para irrigação, o que estamos propondo aos produtores para 2016. Ainda assim existe toda uma estrutura física e de pessoal para atendê-lo, seja na parte da engenharia hídrica, seja na assistência técnica rural. E isso quem mantêm é o Governo do Estado, como forma de incentivo à agricultura irrigada”.

Assistência técnica

Além do acompanhamento técnico de todos os irrigantes, a Empresa beneficia produtores por meio de convênios, com campos experimentais para introduzir frutas exóticas ao nosso clima como a Pera, o Caqui e a Maçã em Lagarto, ou ainda Banana-Prata Anão, no Alto Sertão. Mas no Centro-Sul a Cohidro também tem incentivado a rentável atividade da produção Pimenta-do-Reino, a Hidroponia, métodos de cultivos protegidos e cedeu espaço físico, irrigação e assistência técnica para projeto de Farmácia Viva de plantas medicinais, junto da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no Perímetro Irrigado Piauí.

Estima-se ainda que das 119 mil toneladas geradas em 2015, ao menos mil sejam certificadas como alimentos produzidos sem o uso de agrotóxicos por 24 agricultores orgânicos organizados e regularizados pela Cohidro. Segundo a Gerente de Desenvolvimento Agrário da Companhia, Sonia Maria Souza Loureiro, são metas e prioridades estabelecidas, pelo Governo do Estado, fundamentar a atividade humana coletiva através de associação, cooperativas e parcerias dentro destes perímetros.

“Nesse sentido, é necessário orientar e executar ações solidárias destinadas a promover o desenvolvimento das comunidades rurais, envolvendo todos os segmentos do poder público e irrigantes. Tal medida oferecerá às populações rurais melhores condições de atuarem no processo de produção, objetivando aumentar a renda dos agricultores familiares e dar reais condições de inclusão e competição no mercado sergipano”, estabeleceu Sônia Loureiro, também Engenheira Agrônoma da Cohidro. Ela informa ainda que nas quase 1,2 mil visitas técnicas realizadas aos lotes irrigados no ano, foram emitidos 553 Receituários Agronômicos e 48 Boletins Agrometeorológicos, via às estações de medição nos perímetros.

Para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, os resultados alcançados na produção dos perímetros irrigados são mais do que números positivos. “É a prova de que é possível gerar riqueza apesar da economia em crise para todos os setores e ainda, no caso do agricultor Sergipano, da estiagem que já interfere na produção em todo Nordeste. Isso nos faz perceber que estamos no rumo correto e a partir destas informações, fica mais fácil irmos atrás da captação recursos para a agricultura familiar, parcerias e convênios para beneficiar o homem do campo. Muito obrigado, aos nossos técnicos e colaboradores, diretamente responsáveis por este atendimento a estas pessoas, estão fazendo um ótimo trabalho”.

Lagarto

A posição de sétimo produtor nacional de Mandioca, auferido ao município de Lagarto pelo IBGE, também repercute na produtividade do Perímetro Piauí. Em 70 hectares foram colhidos 1,4 mil toneladas da raiz e a produção é praticamente toda beneficiada nas mais de 20 casas de farinha instaladas na área do pólo agrícola irrigado. Embora a produtividade do Quiabo tenha crescido quase 20% em um ano, foi o Tomate o responsável pelo maior volume produzido no Perímetro: 1.595 toneladas em 29 hectares de plantio, 18% das 8,8 mil toneladas de alimentos geradas com a irrigação da Cohidro nesta das suas unidades.

Para a Gerente Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira, é o investimento em tecnologia que está contribuindo com o alto rendimento de culturas como o Tomate. “São alimentos de difícil manejo de produção, por não resistir ao ataque de diversas doenças, pragas e frágil para muita chuva ou sol. Mas o que é dificuldade para alguns, acaba sendo um diferencial para outros, que aproveitam a demanda do mercado para investir em métodos que vão desde lavouras forradas de lonas plásticas que impedem o contato do fruto com o solo, até plantações inteiras cercadas de telas de proteção que barram os insetos, raios UV e diminuem o impacto da chuva nas plantas”.

Alto Sertão

No Perímetro Irrigado da Cohidro em Canindé a produção anual, que superou as 40 mil toneladas em 2015, ainda tem como maiores responsáveis o Quiabo e a Goiaba, juntos os vegetais correspondem a 61,7% do total, ocupando 1.154 hectares de plantio irrigado. Porém, ganhou destaque no mesmo período o cultivo de Feijão de Corda, com uma área 165 hectares maior teve colheita de 2.140 toneladas, 30% acima do registrado em 2014. Outros produtos bastante cultivados no Califórnia, como o Aipim e o Milho em espiga, continuam tendo aumento na produtividade, chegando as 7.100 e 2.930 toneladas respectivamente, 5,4% a mais em um ano.

Itabaiana

Jacarecica I e Poção da Ribeira são os dois perímetros irrigados administrados pela Cohidro no município. Em ambos, existe grande atividade na produção de hortaliças que abastecem boa parte do mercado interno e diariamente chega à capital baiana Salvador. Principalmente a Alface e o Coentro, que tiveram 10.812 e 4.644 toneladas colhidas respectivamente durante o ano em ambos. A Batata-doce é outro alimento produzido em larga escala nos dois pólos de irrigação, somando 7.740 toneladas produzidas, 3,5% a mais que em 2015. No somatório de todas as culturas, a irrigação pública propiciou uma colheita superior a 29 mil toneladas de alimentos em Itabaiana.

Na busca de manter o potencial produtivo destas unidades sem que elas sejam afetadas pela gradativa redução da água disponível para a agricultura, uma completa reestruturação dos dois perímetros irrigados está sendo possibilitada pelo Programa Águas de Sergipe (PAS). Todo sistema de irrigação será trocado para um modelo mais eficiente e econômico: a Microaspersão e serão instaladas válvulas 100% automatizadas, que restringem o uso abusivo de água na irrigação. Sem esse controle o problema ocorre com frequência, segundo o Engenheiro Agrônomo e mestre em Irrigação e Drenagem da Cohidro, Luiz Gonzaga Luna Reis.

“Hoje, com o uso da Aspersão Convencional, o consumo mensal de água no Perímetro da Ribeira, por exemplo, é de 3.200 metros cúbicos por hectare. Com a implantação da Irrigação Localizada (Sistema de Microaspersão), esse consumo diminui para 1.200. Todo processo vai promover uma folga de vazão nos sistemas de bombeamento, da ordem de 44,35% na Ribeira, e de 27,71% em Jacarecica I”, conta Luiz Gonzaga sobre o PAS, que investirá R$ 12 milhões, financiados pelo Banco Mundial, nas ações que envolvem a Cohidro.

Leite

Em Tobias Barreto o Perímetro Jabibieri focou sua aptidão à criação de gado leiteiro, quando, em 2010, a assistência técnica e irrigação pública da Cohidro, consultoria do Sebrae e financiamento do Bando do Brasil, inseriram no Pólo De Irrigação o modelo de produção de leite do “Programa Balde Cheio”, criado pela Embrapa. Após os dois anos introdutórios do programa, o resultado do Balde Cheio foi de 40 produtores que aderiram ao sistema, segundo o Gerente do Perímetro, Jose Reis Coelho.

“Hoje eles produzem juntos uma média diária de 3,7 mil litros de leite, 73% a mais do que era gerado no início do programa”, contabilizou Coelho. A produtividade, ano a ano, só tem crescido e em 2015 foram gerados 1.342.795 litros de leite, 8,7% a mais que no ano anterior. Ainda segundo o Técnico da Cohidro, o investimento em melhoramento genético do rebanho e a qualificação das práticas adotadas pelos criadores têm influenciado nessa melhoria.

Diferente do Poção da Ribeira, Jacarecica I, Piauí e Califórnia, no Perímetro de Tobias Barreto a irrigação pública vai da Barragem no Rio Jabiberi até os lotes por meio da gravidade, sem consumir eletricidade. De canais de concreto os produtores, por contra própria, bobeiam a água que irriga o capim do gado leiteiro.

Jacarecica II
Outro perímetro irrigado da Cohidro em que não há custos com o bombeamento da água para o Estado é o Jacarecica II, onde seus 25 quilômetros adutoras atendem produtores dos municípios de Riachuelo e Malhador. É a segunda unidade mais produtiva da Companhia, alcançando as 39.238 toneladas colhidas em 2015. Destas, 34.720 foram provenientes do cultivo de cana-de-açúcar, em seus 12 lotes empresariais. No restante das áreas atendidas, 609 famílias assentadas em projetos de reforma agrária produziram principalmente o Inhame, o Aipim e a Batata-doce, 1.240, 660 e 450 toneladas no ano, respectivamente.

Perímetro da Cohidro recebe Caravana Agroecológica do Sertão Ocidental

Participantes da Caravana visitam lotes irrigados do Perímetro Piauí – Foto AFPNCL

Quinta-feira, 26, a Caravana Agroecológica do Território do Sertão Ocidental chegou até o Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), em Lagarto. O evento itinerante, organizado pelo Território da Cidadania do Sertão Ocidental, nos dias anteriores promoveu encontros em Tobias Barreto, Simão Dias e Poço Verde e terminou na sede da Associação dos Futuros Produtores do Nordeste da Cidade de Lagarto (AFPNCL), situada no Povoado Tapera do Saco, abrangida pelo Pólo de Irrigação.

Segundo o presidente da AFPNCL, Fábio Santos Souza, o encontro serviu para reafirmar as intenções dos cerca de 100 associados com o grupo. “Nossa Associação é formada por jovens, de até 29 anos, que estão se preparando para iniciar em suas próprias hortas nos lotes da família. E a nossa intenção é de sermos produtores orgânicos, trabalhando para conseguir o cadastrono Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), para autorizar a venda desses produtos”, revelou.

A entidade que Fábio preside surgiu em 1988. Até o período atual, não vinham realizando atividades com frequência, mas seus sócios sempre estão acompanhando outros eventos e reuniões. Agora, segundo ele, “estamos querendo expandir ainda mais a visão. É um trabalho simples, mas enriquecedor nos objetivos”, disse o líder titular da AFPNCL, que recebeu a Caravana Agroecológica, reunindo cerca de 50 pessoas. Para os integrantes do grupo, um meio de adquirir mais conhecimento sobre o assunto.

Gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira, participou do evento e considera válidas as iniciativas de organização dos integrantes das agro-famílias irrigantes. “Esses grupos, entidades, associações vêm para complementar o apoio dado por nós, do Governo do Estado, a estes produtores. Muitas vezes o que lhes faltam é tão somente a motivação correta, como é o caso dos que atendemos fornecendo água para irrigação e assistência técnica”, comentou.

Para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, soma-se mais uma iniciativa de produção orgânica, aos grupos que já desenvolvem a atividade há algum tempo nos perímetros. “Sempre estamos incentivando a criação e regularização de associações que propõe esta agricultura sem uso de agrotóxicos. É bom para quem come um alimento mais saudável. É bom para saúde de quem trabalha, despreocupado com o risco de uma contaminação. E é bom para as famílias, quase sempre vivendo muito próximo das áreas de plantio, e ficam livres do risco que os defensivos oferecem à água, ao ar e alimentos”.

Território da Cidadania do Sertão Ocidental

O Território da Cidadania do Sertão Ocidental abrange 19 municípios: Nossa Senhora Aparecida, Carira, Macambira, Moita Bonita, Pinhão, Riachão do Dantas, Ribeirópolis, Simão Dias, Tobias Barreto, Areia Branca, Campo do Brito, Frei Paulo, Itabaiana, Lagarto, Malhador, Pedra Mole, Poço Verde, São Domingos e São Miguel do Aleixo. Segundo Arlinda Oliveira, Técnica Agropecuária do Centro de Formação em Agropecuária Dom José Brandão de Castro (CFAC), o grupo é gerido por um colegiado, formado por 119 representantes da sociedade civil e do poder público.

“Estou na assessoria de políticas publicas do Território do Sertão Ocidental, que se reúnem para discutir o desenvolvimento territorial. O grupo tem um núcleo diretivo, várias câmaras temáticas e tem os assessores, que dão o suporte ao colegiado”, relatou Arlinda. Sobre a função da organização do Território, ela esclareceu que “o foco principal é o desenvolvimento territorial no campo: agricultores familiares, assentados e quilombolas”. Ela esclareceu que o Governo do Estado tem representatividade nos Territórios, em Sergipe, a partir da participação da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) nos colegiados.

Caravana Agroecológica

As caravanas agroecológicas são realizadas objetivando pautar a Agroecologia como uma estratégia de desenvolvimento que valorize a diversidade socioambiental e cultural e dar visibilidade para algumas experiências existentes no Território. Arlinda Oliveira conta que quem participou desta visita, são os outros agricultores e técnicos que atuam no Sertão Ocidental. “Vieram pra cá conhecer os membros desta Associação que estão no Perímetro. A gente faz um trabalho no Território, experiências que fomos visitar durante a Caravana”, concluiu, se referindo a AFPNCL e a preparação visando a produção orgânica.

Orgânicos no Perímetro

No Perímetro Piauí já atuam 10 produtores inseridos na Organização de Controle Social do Centro-Sul Sergipano (OCS-CSS), grupo em que os membros são cadastrados junto ao MAPA, dando permissão para que possam comercializar seus produtos orgânicos diretamente ao consumidor, em feiras livres ou na própria lavoura. São produções livres de uso de agrotóxicos que tiveram sua regulamentação realizada pelo Órgão Federal. Assim, munidos de documentos de registro, vendem duas produções agroecológicas em feiras especializadas em Lagarto e Aracaju, principalmente nas Feiras da Agricultura Familiar promovidas pelo Governo do Estado.

Sistemas de cultivo protegido são viáveis na Cohidro em Lagarto

Telas de proteção podem cobrir grandes áreas de plantio

O aumento do interesse pela alimentação natural tem elevado também a incidência de cultivos de vegetais onde não haja o uso de agrotóxicos. Por isso, a agricultura feita em sistemas de cultivo protegido tem sido uma alternativa implementada com sucesso por alguns agricultores alocados no Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Lagarto. Sejam os produtores orgânicos ou convencionais, eles estão aderindo à Hidroponia em estufas, ou então ao uso de telas de proteção contra insetos e raios ultravioletas (UV).

A prática da Hidroponia é baseada no cultivo de vegetais em meio líquido, através de calhas e sem contato com o solo. A planta passa todo seu ciclo de vida na água de irrigação enriquecida os com nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Já as telas têm o objeto de evitar que insetos e suas larvas tenham contato com a plantação, eliminando o risco de contaminações parasitárias que se alimentam, arruínam e muitas vezes até matam o vegetal infectado. Essa trama pode também ser dotada de proteção contra raios UV, provenientes do sol, que igualmente impõem restrições a qualidade dos produtos, notadamente das folhosas, nos horários de maior incidência.

Na propriedade do irrigante Gidelson Gonçalves, as duas tecnologias vêm sendo aplicadas com resultados positivos. Há o cultivo hidropônico com o uso de telas de proteção laterais, além de cobertura plástica de estufa contra a ação da chuva e quem toma conta da instalação é o filho do agricultor, Denisson Rosendo dos Santos. Mas o agricultor possui uma grande área onde há telas de nylon que protegem a plantação e permitem cultivar diversos tipos de legumes e verduras, sem o uso de agrotóxicos.

Gidelson explica que nos seus seis mil metros quadrados de cultivo, protegido pelas telas, planta uma variedade frutífera peculiar e bastante saborosa, chama de “Tomate-uva”, o Repolho, Alface de vários tipos, a Cebolinha e a Couve flor, sem usar agrotóxicos. “No começo o cultivo era convencional, pois o consumidor, o atravessador, pouco ligavam para a procedência dessas hortaliças. Hoje estou mudando, arriscando num cultivo sem uso de veneno, confiando na potencialidade da tela”. Instalada há mais de três anos, a trama plástica importada de Israel, na época, levou cerca de uma semana para ser montada.

“Quando eu comecei, esse telado foi uma saída que encontrei para defender a plantação da mariposa, que gera a broca do tomate e faz uma miséria no fruto. Como eu não tinha esterilizado o solo antes do plantio, alguns focos da praga permaneceram. Por isso ainda precisei utilizar o agrotóxico, mesmo assim 80% menos do que antes da tela”, ressalta Gidelson, garantindo que hoje estes problemas iniciais foram superados e que o uso de inseticidas é zero e o controle das pragas fica garantido pela tela plástica.

Hidroponia

Denisson Rosendo, que também é acadêmico em Agroecologia pelo Instituto Federal de Sergipe (IFS), produz em sua estufa hidropônica cinco variedades alface: Crespa, Lisa, Roxa, Cacheadinha e Americana. Segundo o jovem empreendedor rural, qualquer cultivo pode ser feito no processo de plantio hidropônico. “Desde uma árvore até uma cebola, hoje em dia pode se usar qualquer tipo de semente. O que nós fazemos aqui é o mesmo trabalho que uma planta faz para receber nutrientes, porém, nós não utilizamos a terra,” relatou Denisson, que na sua pequena estufa hidropônica de oito metros por 10, já colhe 950 pés de alface a cada 45 dias.

Para o diretor de Irrigação da Cohidro, o Engenheiro Agrônomo João Quintiliano da Fonseca Neto, a hidroponia é um procedimento de vanguarda, que elimina o uso em excesso de agroquímicos. “A água que, no processo convencional, se perde infiltrada no solo ou evaporada pela exposição ao sol, nesse sistema é aproveitada inúmeras vezes, até ser consumida pela planta, o que corresponde a um aproveitamento quase que de 100%. Longe do solo, muitos patógenos – principalmente os fúngicos – não vão infectar e adoecer a planta e com isso evita-se o uso de agrotóxicos”, considerou.

Denisson ainda revela que não pretende parar por aí com seu cultivo hidropônico e que já pensa no plantio de outras variedades olerícolas. “Estou pensando em começar também a plantar outras verduras, como a Salsa, o Agrião, a Rúcula e a Mostarda. Nós temos aqui por enquanto a alface de vários tipos, mas nossa meta é crescer e variar aos poucos a nossa produção,” comenta ele que além do conhecimento adquirido em sua faculdade, conta com o apoio prestado pela assistência técnica e de logística oferecida pela Cohidro, como sugere Gilvanete Teixeira, gerente do Perímetro Irrigado Piauí.

“Nossos técnicos levam até esse cultivo de Denisson, o conhecimento que têm no tratamento das plantas no modo convencional e no orgânico, novas alternativas e novos métodos, para serem aplicados também ao experimento da Hidroponia aqui feito com sucesso. Tanto está dando certo, que conseguimos para o jovem empreendedor, um espaço na feira agroecológica que realizamos semanalmente em Lagarto, tendo lá uma barraca para comercializar seus produtos de qualidade visível e sem uso de agrotóxicos”, avalizou Gilvante.

Cultivo orgânico

O Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano considerou de imensa importância tais iniciativas dos produtores. “Eles economizam em defensivos, podendo investir esse dinheiro poupado no aumento dos viveiros e assim produzir mais. Economizam água e também em espaço, como no caso da Hidroponia, empilhando as calhas-viveiros, multiplicando a quantidade de plantas no mesmo espaço de um canteiro normal. Mas o melhor de tudo é saber que são alternativas eficazes para usar menos ou nenhum agrotóxico, produtos que a nossa Empresa vem sempre insistindo em incentivar o desuso e apostando num final feliz, que resulte na conversão total ao cultivo orgânico”, complementa.

Dos mais experientes produtores orgânicos do Piauí, João Pacheco garante a procedência dos seus produtos livres de agrotóxicos. Ele e outros 10 produtores formam um Organismo de Controle Social (OCS), que é autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para a venda direta ao consumidor de produtos orgânicos. “Quem oferece na feira um produto orgânico sem ser, logo será descoberto. Eu não vejo problema nenhum em vir visitar minha horta, porque sei que estou trabalhando correto”, destacou.

A importância que João Pacheco dá em não usar defensivos químicos é tamanha que agora ele decidiu inovar. Investiu R$ 14 mil também em enorme telado vermelho, anti-insetos e raios UV, que também retem o impacto da chuva sobre os canteiros. Medindo 70 por 30 metros, a grande área coberta abriga as culturas que são mais vulneráveis à ação das pragas, como as variedades de Tomate Cereja e Tomate Francês, o Pimentão, o Jiló, a Berinjela, a Alface, a Cenoura, o Repolho e também o Coentro. “Se conseguir ter uma boa produção, sem ser estragado por nenhum inseto como promete fazer o produto, consigo compensar o investimento, economizando principalmente no custo da mão de obra, que teria aplicando os defensivos orgânicos que uso fora da estufa”, justifica.

Orgânicos assistidos pela Cohidro se reúnem em Lagarto

Produtores e técnicos fazem do encontro uma oportunidade para aprender e trocar experiências

Terça-feira, 6, aconteceu mais um encontro dos produtores orgânicos instalados em Lagarto. No lote do agricultor Delfino Batista, os irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí – administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) – e outros membros do Organismo de Controle Social (OCS) se reuniram para aprender a fazer a Calda Bordalesa e para discutir a atuação do grupo, idealizando uma maior união para superar dificuldades.

Delfino, anfitrião do encontro, disse que já são cinco anos desde a criação da OCS que participa. Ele considera que se fossem mais unidos, seria mais fácil de conseguir os benefícios para o grupo. “Como por exemplo ir para Aracaju levar nossa produção orgânica. Seja dividindo os custos ou de ir buscar no Poder Público a ajuda para conseguir isso”, considera o produtor, se valendo do fato de ser a Capital Sergipana o mais promissor mercado para a produção orgânica.

Técnica da Gerência de Desenvolvimento Agrário da Cohidro (Gedea), Maria Terezinha Albuquerque também considera a união dos produtores essencial, pensando nos programas governamentais de compra da produção. “Ano que vêm passa a valer um Decreto do Plano Safra da Agricultura Familiar, que determina a todos os órgãos da Administração Federal que recebem recursos para a compra de alimentos, a aplicação mínima de 30% dos recursos na agricultura familiar,” alertou, reiterando que só se agrupando em associações regulamentadas, os produtores poderão fornecer para o poder público.

Josevan Lisboa Batista, embora não seja um agricultor irrigante com área produtiva dentro do Perímetro Piauí da Cohidro, tem se beneficiado da troca de experiências tratada nos encontros, onde produtores colaboram entre si sob a orientação dos técnicos da Empresa. Na sua opinião, é preciso buscar mercados onde o orgânico seja valorizado, para assim obter mais retorno da atividade. “Entrego a minha produção só a pessoas de Lagarto, todo sábado e vivo hoje exclusivamente da minha produção, daquilo que eu e a minha esposa produzimos, pois se for contratar não compensa”, expôs ele, que tem lote no povoado Colônia Treze e pertence a mesma OCS dos irrigantes do Piauí.

A Gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira, concorda que seja necessária a organização dos produtores para a conquista de novos mercados, disponibilizando os recursos do escritório da Cohidro para auxiliar sempre que possível. “Fazemos todo o possível para que estes produtores possam atuar em mercados maiores, em outras cidades e na Capital Aracaju. Toda e qualquer oferta que nos é oferecida de um espaço para a venda de produtos orgânicos, é sempre repassada aos produtores que, quando estão aptos ao fornecimento contínuo de alimentos, são sempre bem aceitos nesses locais de comércio”, destacou ela, incentivadora dos encontros dos orgânicos, que até já resultou em mutirões nos lotes irrigados.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, se orgulha em fazer parte deste processo de transformação dos pequenos produtores familiares em empreendedores da agricultura orgânica. “Ao contrário do que se pensa, ao ver o agronegócio e suas enormes máquinas ceifadeiras, estes pequenos estão a um passo à frente, pois trabalham com a alimentação saudável, em propriedades sustentáveis onde não há agressão ao meio ambiente, se comparada às grandes plantações empresariais. A Companhia presa por esta mudança de conceito produtivo e apoia sempre para que essas iniciativas se desenvolvam”.

Novos adeptos

Há um ano e três meses, Iolanda Farias Alves atua como agricultora familiar em uma área coletiva da Associação dos Futuros Produtores de Lagarto, instalada no Perímetro Piauí. São quatro produtores que cultivam em conjunto na área que pertence ao grupo. “Estou participando desta reunião pela primeira vez, após o convite que recebi de Delfino. Acho muito interessante a ideia de produzir sem agrotóxico, se for possível, gostaria de trabalhar com isso também e até fazer parte desta OCS”, disse.

Calda Bordalesa

Técnico agrícola da Cohidro, Marcos Emílio Almeida fez uma demonstração prática de como preparar a Calda Bordalesa aos produtores. Segundo ele, a descoberta da receita foi meio que por acaso, quando no Século XIX o botânico francês Pierre Marie Alexis Millardet notou que alguns vinhedos da região de Bordeaux – que dá o nome ao insumo – não apresentavam debilitações por fungos. Após indagar aos produtores de uvas, descobriu que estes aplicavam a calda, composta por sulfato de cobre e cal, com a intenção de amargar os frutos para que ninguém viesse furtar os parreirais.

“Além de combater os fungos, as pesquisas revelaram que se trata de um excelente inseticida e ainda combate algumas bactérias. Sendo pouco tóxico é um produto autorizado para uso na agricultura orgânica, basta fazer uma lavagem para consumir”, explicou Marcos. Ele revela que a receita é composta pela fração de 1% de cada um dos ingredientes, para um volume de água. “No caso aquide 20 litros de água, usamos 200 gramas do Sulfato e outros 200 gramas da cal virgem. Dilui-se estes sólidos separadamente, cada qual em um litro daquela água, até formar uma pasta homogenia”, acrescentou.

Após a dissolução dos produtos na água, eles são misturados entre si e depois ao restante da água a ser usada. Dai então, se for usado um pulverizador na aplicação, é importante coar em um pano ou peneira. Mas o agricultor tem que estar atento a outros detalhes, como explica Marcos Emílio. “Quando for misturar os dois produtos dissolvidos, sempre se deve acrescentar o Sulfato de Cobre na Cal, nunca o contrário, pois pode dar errado. Importante também alertar que a Calda não deve ser aplicada em sementeiras, em mudas de tomate só depois de elas terem mais de quatro folhas”, revelou.

Marcos ainda alerta que a aplicação deve ser feita nos horários de menor insolação, no começo ou no fim do dia, a fim de evitar que as folhas sejam queimadas pelo calor do sol. “Não menos importante, mas um fator que pode interferir na qualidade do produto é a acidez. Então, aconselha-se medir o PH da solução final, usando até um papel indicador de PH em água de piscina, fácil de encontrar no comercio. Se indicar um número abaixo de 7 ou 8, é recomendável diminuir a acides colocando mais Cal, em nosso exemplo de 20 litros de água, acrescentar então mais 10 ou 20 gramas do produto por vez, até dar um número aceitável”, concluiu.

 

Feira do Produtor Rural leva à Capital a agricultura irrigada pela Cohidro

30 produtores expuseram e venderam na Feira do Sebrae – apoio da Seidh que forneceu as bancas

Segunda-feira, 5, foi comemorado o Dia da Micro e Pequena Empresa. O Sebrae Sergipe, findando as atividades do Movimento Compre do Pequeno Empreendedor, realizou a Feira do Produtor Rural em Aracaju, na Praça Fausto Cardoso. Das 30 barracas que vendiam produtos agrícolas e seus derivados, três eram mantidas por agricultores irrigantes atendidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro). O evento reforçou a função de pequeno negócio que desempenha a agricultura familiar.

Dois agricultores são irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí da Cohidro em Lagarto, trazendo à Feira hortaliças orgânicas e derivados de mandioca produzidos em seus lotes no pólo de irrigação. Uma terceira banca era compartilhada por agricultores que constituem a Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5), formada por produtores orgânicos ou que têm produções com aptidão agroecológica, instalados no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. De lá vieram hortaliças, frango e ovos caipiras, além de doces caseiros.

Segundo Luciana Oliveira Gonçalves do Sebrae, uma das coordenadoras do Evento, são todos produtores já assistidos pela Instituição e justifica a atenção dada aos agricultores. “Os pequenos produtores também estão inclusos nos parâmetros de pequenos empresários. O Sebrae além organizar a estrutura, forneceu transporte para aquele que não tinham veículo próprio, disponibilizando três rotas de escoamento da produção: Alto Sertão, Sul e Agreste Sergipano”, informou, acrescentando que a Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) emprestou as bancas da Feira da Agricultura Familiar para o evento.

O presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, parabeniza o Sebrae pela iniciativa e fica feliz com o resultado da Cohidro ao atender esses irrigantes, fornecendo água e assistência técnica para a produção. “Eles precisam de acesso ao consumidor final, pois alimentos de qualidade eles têm para fornecer. Faltam-lhes tanto meios para trazer do campo para cidade esses produtos, quanto também locais apropriados para expor essa produção diferenciada e que não se encontra nos supermercados, por se tratar de alimento saudável e de procedência confiável, natural e sem agrotóxicos”, confirmou.

Lagarto

Joselita Maria da Silva garante que sua produção agrícola, no lote que mantêm com a família no perímetro Piauí, é livre do uso de agrotóxicos. Depois de participar da Semana de Capacitação Empresarial – Sebrae No Campo, que ocorreu de 21 a 26 em várias cidades do Estado, ela foi convidada pela Instituição à expor para venda a sua fabricação artesanal de derivados da mandioca. Foram 100 quilos de tapioca, 50 de farinha de puba, 30 de farinha e 20 quilos de tapioca seca, tudo feito no mesmo lote de onde é colhida a matéria prima.

“É a primeira vez que venho em uma feira pública na Capital. Hoje participo da feirinha da Praça Filomeno Hora, formada só por agricultores atendidos pela Cohidro todo sábado, pela manhã. Para lá não levo só tapioca e farinha como hoje aqui, também vendo verduras que produzo no meu lote no Perímetro. Viemos num carro fretado por nós e que o Sebrae vai custear o gasto com combustível”, contou Joselita. Antes, ela foi um dos 99 beneficiados por kits do PAIS (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), fornecidos pelo convênio entre a Companhia e novamente o Sebrae, em todo Estado.

Também convidado pelo Sebrae durante a Semana de Capacitação Empresarial, foi o irrigante Raimundo Carlos de Almeida. Ele trouxe 30 molhos de rúcula, 150 dos cinco tipos de alface que produz, 100 de pepino e cebolinha, 200 de couve e muito brócolis, salsa, coentro, repolho, chuchu, vagem, limão, coco e tomate cereja. Além da grande quantidade e variedade de itens que Raimundinho dispôs à venda na feira, sua produção é reconhecida como legitimamente orgânica, por ser registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), como um dos 10 integrantes do Organismo de Controle Social (OCS) que atua em Lagarto.

“Só tinha vindo aqui em Aracaju vender milho orgânico certa vez. A feira está boa, graças a Deus ta vendendo razoavelmente bem. Garanto que é tudo orgânico e tenho a certidão de registro para mostrar ao cliente, por isso tenho o retorno do comprador que pode confiar no produto sem agrotóxico que vendo”, analisou Raimundinho, que vendeu todo o enorme estoque de hortaliças que levou à Feira do Produtor Rural do Sebrae.

Maria Terezinha Albuquerque, Técnica Agrícola da Gerência de Desenvolvimento Agrícola (Gedea) da Cohidro, avaliou ter sido bastante compensatória a participação dos irrigantes pela Cohidro na Feira. “Fiquei muito contente em saber que eles puderam vender tudo que levaram. Essas poucas vezes que eles podem vir trazer à Aracaju a sua produção orgânica ou natural, eles têm alcançado o sucesso esperado para uma produção assistida pelo Governo do Estado, num evento organizado pelo Sebrae”, comentou, considerando ser a união de esforços destes agricultores irrigantes, a única forma de conquistarem os mercados além de seus municípios.

Bio5

União é o que acontece na Bio5 de Canindé, onde 10 agricultores irrigantes cooperam entre si, inclusive na realização de mutirões uns nos lotes dos outros. Seis deles constituíram um OCS reconhecida pelo MAPA e cada vez mais produtos são elencados à lista de itens produzidos sob a aptidão agroecológica. Na Feira do Sebrae, eles trouxeram vegetais como coentro, quatro tipos de alface, fava verde, couve, cebolinha e rúcula, tudo embalado para durar mais e garantir maior higiene. Além disso, teve frango e ovos caipira e doces caseiros, produzidos com as frutas colhidas no Perímetro Califórnia.

Quitéria da Silva Araújo é uma das agricultoras integrantes do OCS que esteve na Feira do Produtor Rural expondo seus produtos. “Estou achando muito boa, é primeira vez que venho vender em Aracaju, se tiver outra vez eu venho de novo”, avisou. Igualmente da OCS e integrante da Bio5 é Maria Aparecida Nascimento Santana. “Viemos com o carro fretado pelo Sebrae e ainda terá para nós a alimentação garantida. Muito bom poder contar com este apoio para vir vender”, comentou Cida. Os filhos das duas e de outros integrantes da Associação compõem outro grupo, o B5-Jovem.

Recentemente estes jovens participaram de um curso de 40 horas,oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), sobre empreendedorismo. Conforme explicou Tito Reis, técnico agrícola da Cohidro que acompanha o desenvolvimento destes dois grupos. A intenção é repassar aos filhos, a incumbência da comercialização dos produtos orgânicos gerados nas propriedades das famílias.“Inovar é preciso. Seja na capacitação, adoção de conceitos de higiene com os alimentos e no aumento da variedade de produtos a serem oferecidos. Esses produtores estão sempre abertos às novidades que diferenciem seus produtos dos demais”, completou.

Semana do Sebrae capacita irrigantes da Cohidro em Lagarto

A tenda montada pelo Sebrae na Praça Filomeno Hora, em Lagarto

A Semana de Capacitação Empresarial, dentro do Movimento Compre do Pequeno Negócio do Sebrae, aconteceu até sábado, 26, em Aracaju, Propriá, Tobias Barreto, Nossa Senhora do Socorro, Estância, Itabaiana, Nossa Senhora da Glória e Lagarto. Neste último, na terça-feira, 22, houve logo cedo um curso seguido de palestra pela tarde, direcionado exclusivamente aos agricultores, incluindo 15 irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no município.

O Sebrae No Campo, inserido na Semana de Capacitação Empresarial, teve uma programação com palestras e oficinas direcionadas ao produtor rural, realizadas nas tendas instaladas em Lagarto, Estância, Itabaiana e Glória. Os produtores tiveram tanto lições sobre custos, quanto as formas de escoar a produção por meio dos programas federais.

Com o tema “Custo para Produzir no Campo” a oficina, segundo o instrutor do Sebrae Sergipe Alex Mecenas, tem a intensão de inserir no modelo de negócio da Agricultura Familiar, noções administrativas e de contabilidade sobre as receitas e dividendos na atividade rural. “O objetivo do curso é principalmente capacitar o agricultor a calcular o seu custo para depois saber como comercializar a sua produção”, elucidou ele que, em sua capacitação, fornece calculadoras aos alunos, para realização de exercícios contábeis.

Gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira considerou válida a iniciativa de convidar os agricultores irrigantes para as capacitações. “Eles são agricultores familiares pequenos, mas por contarem com este apoio do Governo do Estado, fornecendo a irrigação pública, possuem a possibilidade de então produzirem o ano todo. Isso favorece muito para que progridam tendo um bom retorno financeiro na atividade rural. O que pode atrapalhar isso é justamente o tema que estas atividades do Sebrae trataram: saber fazer bons negócios e não perder dinheiro ao produzir”, alertou.

Mardoqueu Bodano, Presidente da Cohidro, agradeceu o convite feito, pelo Sebrae Sergipe, aos agricultores do Perímetro, avaliando como muito frutífera a parceria entre as duas instituições. “Não é só no Piauí que o Sebrae nos ajuda, eles são parceiros nosso em diversas iniciativas, como na produção de leite no Perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, e sempre colabora no tocante a capacitação do produtor rural, para que ele produza melhor e sem levar prejuízo”, avaliou.

Vender para o Governo no Campo

A palestra oferecida aos agricultores pela tarde tinha como tema “Vender para o Governo no Campo” e tratava da preparação que os produtores devem fazer para estarem aptos a participarem dos programas federais de compra de safra, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Como eles podem fazer para vender para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e também o mais recente, o ‘Compras Institucionais’, igualmente da Conab”, explicou o capacitador Alex Mecenas.

João Quintiliano da Fonseca Neto, Diretor de Irrigação da Cohidro, ressalta a importância da instrução ao produtor dos perímetros quanto aos programas federais, visando a ampliação do numero de participantes. “Os irrigantes já atuam fornecendo alimentos ao PAA desde 2008. Até o ano passado, contabilizamos mais de duas mil toneladas de alimentos entregues às entidades beneficiadas, que prepararam refeições para 80 mil pessoas em situação de insegurança alimentar. Cerca de 934 agricultores forneceram alimentos nesse período, número que ainda pode crescer”, considerou. Só em 2015, os projetos em andamento e acompanhados pela Empresa, pretendem superar a marca de R$ 1 milhão negociado.

Marcos Melo, agricultor irrigante do Piauí, acompanhou o dia todo as atividades oferecidas pelo Sebrae. Para ele, esta capacitação auxilia o produtor que ainda não conhece os programas governamentais de compra de produção agrícola. “Foi muito bom, tirei muitas dúvidas sobre como atuam as associações de produtores para a venda de produtos para as prefeituras e vou utilizar estas lições de administração para controlar a minha produção”, disse ele, convidando para conhecer a sua nova plantação de tomate irrigado, feita no sistema de lona “mulching” e com previsão de colher 2 mil caixas em dezembro próximo.

Por serem as entidades representativas as responsáveis por elaborar os projetos proponentes aos programas federais, o Presidente da Associação dos Produtores Rurais do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), Antônio Cirilo de Amorim, considerou proveitosa a palestra da tarde. “Foi ótimo, foi muito bom aprender mais e as dúvidas que eu tinha foram tiradas. Vai mudar muita coisa nesses projetos, como a abertura para a participação de mais agricultores em cada projeto, os valores e o número de projetos que podemos participar, temos que estar preparados”, concluiu.

Sobre estas mudanças, Maria Terezinha Albuquerque, técnica da Gerencia de Desenvolvimento Agrícola (Gedea) da Cohidro, elucidou as novas regras aplicadas. “Através da Política Pública de Comercialização da Produção, que entra em vigor a partir de Janeiro de 2016, o Governo Federal ampliou os mercados institucionais e será obrigatório comprar no mínimo 30% da agricultura familiar, através das chamadas públicas. Isso contribuirá cada vez mais com o fortalecimento do setor, na diversificação da produção e na melhoria da qualidade de vida das famílias rurais”, esclareceu ela que acompanhou os produtores rurais durante as capacitações de terça-feira.

 

Cohidro e UFS em Lagarto mantêm farmácia viva para estudos fitoterápicos

O encontro terminou com a realização de didáticas de grupo 1

A Semana de Capacitação Empresarial, dentro do Movimento Compre do Pequeno Negócio do Sebrae, aconteceu até sábado, 26, em Aracaju, Propriá, Tobias Barreto, Nossa Senhora do Socorro, Estância, Itabaiana, Nossa Senhora da Glória e Lagarto. Neste último, na terça-feira, 22, houve logo cedo um curso seguido de palestra pela tarde, direcionado exclusivamente aos agricultores, incluindo 15 irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no município.

O Sebrae No Campo, inserido na Semana de Capacitação Empresarial, teve uma programação com palestras e oficinas direcionadas ao produtor rural, realizadas nas tendas instaladas em Lagarto, Estância, Itabaiana e Glória. Os produtores tiveram tanto lições sobre custos, quanto as formas de escoar a produção por meio dos programas federais.

Com o tema “Custo para Produzir no Campo” a oficina, segundo o instrutor do Sebrae Sergipe Alex Mecenas, tem a intensão de inserir no modelo de negócio da Agricultura Familiar, noções administrativas e de contabilidade sobre as receitas e dividendos na atividade rural. “O objetivo do curso é principalmente capacitar o agricultor a calcular o seu custo para depois saber como comercializar a sua produção”, elucidou ele que, em sua capacitação, fornece calculadoras aos alunos, para realização de exercícios contábeis.

Gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira considerou válida a iniciativa de convidar os agricultores irrigantes para as capacitações. “Eles são agricultores familiares pequenos, mas por contarem com este apoio do Governo do Estado, fornecendo a irrigação pública, possuem a possibilidade de então produzirem o ano todo. Isso favorece muito para que progridam tendo um bom retorno financeiro na atividade rural. O que pode atrapalhar isso é justamente o tema que estas atividades do Sebrae trataram: saber fazer bons negócios e não perder dinheiro ao produzir”, alertou.

Mardoqueu Bodano, Presidente da Cohidro, agradeceu o convite feito, pelo Sebrae Sergipe, aos agricultores do Perímetro, avaliando como muito frutífera a parceria entre as duas instituições. “Não é só no Piauí que o Sebrae nos ajuda, eles são parceiros nosso em diversas iniciativas, como na produção de leite no Perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, e sempre colabora no tocante a capacitação do produtor rural, para que ele produza melhor e sem levar prejuízo”, avaliou.

Vender para o Governo no Campo
A palestra oferecida aos agricultores pela tarde tinha como tema “Vender para o Governo no Campo” e tratava da preparação que os produtores devem fazer para estarem aptos a participarem dos programas federais de compra de safra, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Como eles podem fazer para vender para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e também o mais recente, o ‘Compras Institucionais’, igualmente da Conab”, explicou o capacitador Alex Mecenas.

João Quintiliano da Fonseca Neto, Diretor de Irrigação da Cohidro, ressalta a importância da instrução ao produtor dos perímetros quanto aos programas federais, visando a ampliação do numero de participantes. “Os irrigantes já atuam fornecendo alimentos ao PAA desde 2008. Até o ano passado, contabilizamos mais de duas mil toneladas de alimentos entregues às entidades beneficiadas, que prepararam refeições para 80 mil pessoas em situação de insegurança alimentar. Cerca de 934 agricultores forneceram alimentos nesse período, número que ainda pode crescer”, considerou. Só em 2015, os projetos em andamento e acompanhados pela Empresa, pretendem superar a marca de R$ 1 milhão negociado.

Marcos Melo, agricultor irrigante do Piauí, acompanhou o dia todo as atividades oferecidas pelo Sebrae. Para ele, esta capacitação auxilia o produtor que ainda não conhece os programas governamentais de compra de produção agrícola. “Foi muito bom, tirei muitas dúvidas sobre como atuam as associações de produtores para a venda de produtos para as prefeituras e vou utilizar estas lições de administração para controlar a minha produção”, disse ele, convidando para conhecer a sua nova plantação de tomate irrigado, feita no sistema de lona “mulching” e com previsão de colher 2 mil caixas em dezembro próximo.

Por serem as entidades representativas as responsáveis por elaborar os projetos proponentes aos programas federais, o Presidente da Associação dos Produtores Rurais do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), Antônio Cirilo de Amorim, considerou proveitosa a palestra da tarde. “Foi ótimo, foi muito bom aprender mais e as dúvidas que eu tinha foram tiradas. Vai mudar muita coisa nesses projetos, como a abertura para a participação de mais agricultores em cada projeto, os valores e o número de projetos que podemos participar, temos que estar preparados”, concluiu.

Sobre estas mudanças, Maria Terezinha Albuquerque, técnica da Gerencia de Desenvolvimento Agrícola (Gedea) da Cohidro, elucidou as novas regras aplicadas. “Através da Política Pública de Comercialização da Produção, que entra em vigor a partir de Janeiro de 2016, o Governo Federal ampliou os mercados institucionais e será obrigatório comprar no mínimo 30% da agricultura familiar, através das chamadas públicas. Isso contribuirá cada vez mais com o fortalecimento do setor, na diversificação da produção e na melhoria da qualidade de vida das famílias rurais”, esclareceu ela que acompanhou os produtores rurais durante as capacitações de terça-feira.

Convênio entre Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Curso de Farmácia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Movimento Popular de Saúde (Mops), criou uma coleção viva de espécies vegetais com aplicação fitoterápica, junto ao escritório do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Empresa Pública em Lagarto. No último sábado, 19, aconteceu no local o segundo encontro das turmas do Curso de Extensão de Práticas Interativas, dos campi Lagarto e São Cristóvão, com a participação da pesquisadora Fátima Guedes, de Parintins-AM.

A Farmácia Viva serve como laboratório de estudo para os alunos do Curso de Farmácia e do Curso de Extensão da UFS em Lagarto. Para reunir cerca de 50 espécies de plantas, foi válido tanto o conhecimento dos pesquisadores ligados à Universidade e Mops, como também a contribuição das famílias de agricultores, alocadas no pólo de irrigação da Cohidro.

Rosimeire Barbosa, mais conhecida como Meirinha, é Coordenadora do Curso de Extensão no Campus de Lagarto e cuida do projeto de intercâmbio entre a Instituição de Ensino e a Cohidro, para produzir as plantas medicinais. Uma grande variedade de fitoterápicos são coletados e mantidos pela pesquisadora na área no Perímetro Piauí. Ela conta que, além disso, a farmácia viva que toma conta recebe sempre a visita de professores e alunos de outras instituições.

“Hoje são 160 alunos das Práticas Interativas envolvidos nesse projeto e que vêm aqui, onde promovemos as práticas de Fitoterapia, para plantar, cuidar e colher as plantas. Depois disso existem práticas que envolvem o preparo para o consumo e também esse projeto envolve o plantio de mudas para distribuição em outros municípios, onde as prefeituras desenvolvem projetos de farmácias vivas em suas secretarias de saúde, a exemplo de Capela e Poço Verde”, relatou Meirinha.

Explica ela que o grande incentivo ao projeto se deu com a criação da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus). Meirinha possui boa parte das 71 espécies que, segundo o Ministério da Saúde, apresentam potencial para gerar produtos farmacêuticos. 12 delas já fazem parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) desde 2014. “Dessas 12 tenho em nossa Farmácia Viva a Aroeira, a Babosa, o Guaco, o Hortelã, o Salgueiro e o Plantago, conhecida popularmente como ‘Transagem’”, relacionou.

O presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, conhece o projeto e se diz deslumbrado com a ação promovida no Perímetro Piauí. “É impressionante saber que este trabalho que nós fazemos, de fornecer irrigação e assistência técnica no campo, também cria espaço para este tipo de movimento. Este conhecimento da cura por meio das plantas precisa ser resguardado de alguma forma, para que não se perca diante de tantos avanços da indústria farmacêutica. Hoje criam, em laboratório, solução para tudo, mas que não garantem a mesma facilidade de acesso, que uma planta regada no quintal de casa dispõe”, afirmou.

Sabedoria popular
A Gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira, foi quem solicitou à direção da Companhia a autorização para acolher o projeto na área da Cohidro. Para ela, é importante promover este trabalho de resgate da sabedoria popular. “Colaboramos com esta ação da UFS e Mops, porque os produtores também contribuem, trazendo as plantas que tem em casa e conhecendo as demais aqui plantadas. Contribuímos assim para que eles tirem da terra a cura para muitas enfermidades, além do próprio alimento e sustento, garantido pela irrigação pública”, relata.

Cícero Alves dos Santos é agricultor irrigante no Perímetro Piauí e foi até a Farmácia Viva levar um pé de Abre Caminho. “Trouxe porque eu tive que arrancar o pé por falta de espaço, mas a maioria das plantas que preciso tenho lá em casa. Antes eu perdia muita coisa, o espaço é pequeno, agora tenho pra onde trazer”, elucidou. Conhecedor da aplicação das plantas, ele diz que está vendo no jardim criado pelo Convênio, uma maneira de expandir o que sabe e compartilhar com a comunidade essa informação que tem.

Meirinha explica que o Abre Caminho, embora seja bastante usado nos rituais da Umbanda, como o próprio nome popular sugere, tem mais de uma propriedade medicinal, sendo usado na América do Sul, África e Índia como analgésico e anti-inflamatório. “A população já sabe de tudo isso, a gente só precisa lapidar este conhecimento deles, conservar essa informação e oferecer essas alternativas de cura. É disso que nosso Curso de Extensão trata, preparando agentes de disseminação deste conhecimento”, informou.

Encontro dos cursos
Coordenadores, facilitadores e alunos do Curso Práticas Interativas se encontraram na unidade da Cohidro em Lagarto no sábado passado. As turmas do campus local e também de São Cristóvão puderam conhecer melhor o trabalho desenvolvido na Farmácia Viva que vem sendo constituída no Perímetro, além de poder adquirir o conhecimento passado pelos fitoterapeutas, como a amazonense Maria de Fátima Guedes de Araújo. Ela desenvolve trabalho junto do Movimento de Mulheres, Mops e atualmente faz a pesquisa acadêmica de especialização denominada “Vestígios do Curandeirismo”.

Na sua pesquisa, Fátima Guedes busca unir o conhecimento caboclo, do cultivo de ervas medicinais e o indígena, que é extrativista, tirando a cura da mata. Em ambos os casos, ela acredita numa cultura de não agressão aos “outros elementos naturais que constituem a mãe terra, além de nós. Principalmente os ‘engenheiros do solo’, que são as minhocas, formigas, os insetos que promovem a trituração dos nutrientes brutos, para facilitar a transformação feita pelos microrganismos, as bactérias e fungos, para então servirem de alimento às plantas”, considerou ela que no processo de disseminação fitoterápica valoriza o papel da mulher, precursora da agricultura nos primórdios da formação social.

Sergipano de Aquidabã, José Erivaldo de Oliveira passa o conhecimento familiar e de suas pesquisas em Fitoterapia, aos alunos dos cursos de Práticas Interativas, como facilitador. “Meu trabalho é mais focado na identificação de plantas com princípio ativo para uso medicinal”. Para ele, pode ter aplicação como remédio “desde o simples mato, sem valor, até os alimentos que utilizamos, incluindo suas folhas, talos e cascas que não consumimos”, esclareceu ele que também desenvolve atividades de alimentação alternativa. Exemplo dado por ele foi o de fazer um brigadeiro de feijão, para motivar a nutrição das crianças.

Simone Leite é coordenadora Estadual do Mops e do Curso de Extensão no campus São Cristóvão da UFS, que existe há mais tempo que em Lagarto. “Lá já é a sexta turma, aqui a segunda, porém nossa farmácia viva é menor”. Ela conta que participam dos cursos pessoas de diversas ocupações. “Tem gestores de saúde dos municípios, agentes de saúde, lideranças comunitárias, estudantes e professores universitários. Além de Fitoterapia, há cursos de Massagem Terapêutica, Reiki, Acupuntura Auricular e o Cone Chinês”, listou, convidando a todos para 6ª Conferência Estadual de Saúde, de hoje, 23, até amanhã, no Clube do Banese, no Bairro Atalaia em Aracaju. Na ocasião, o Grupo distribuirá mudas e sementes de plantas medicinais.

ExpoLagarto
Recentemente, a Coordenadora Meirinha participou como expositora da 52º Exposição Agropecuária de Lagarto (ExpoLagarto2015), no stand da Cohidro. Ela explicou que a intenção principal era a de mostrar o trabalho que vem realizando, assim como a potencialidade das plantas que estuda, a partir dos produtos feitos durante os cursos e com base nessas ervas, folhas frutos e flores.

“O mais importante foram os contatos que fiz na Exposição, muita gente quis ir conhecer o projeto lá no Perímetro Piauí. Também vendi alguns itens e recebi muitas encomendas. De medicamentos, levei lambedor de Hortelã com Guaco, pomadas cicatrizantes, tintura de Flor da Colônia para o coração e sistema nervoso central, vinagre de maçã com Manipueira e ainda o óleo de Arnica, para dores de pancadas. Teve ainda o sabão medicinal de Aroeira e sabonetes para micose”, completou Meirinha.

Última atualização: 24 de novembro de 2019 12:32.

Acessar o conteúdo