Perímetro irrigado estadual que atende três municípios recebe obras no inverno

Riachuelo, Malhador e Areia Branca têm áreas irrigadas pelo Jacarecica II. Inverno chuvoso foi propício à paralisação da irrigação e realização de serviços estruturais
Com o final das chuvas de inverno, a irrigação volta a ser necessária no Jacarecica II – Foto: Fernando Augusto – Ascom/Coderse

Para de chover e volta a ser necessário o fornecimento de água no Perímetro Irrigado Jacarecica II, situado na tríplice divisa entre os municípios de Riachuelo, Malhador e Areia Branca, na grande Aracaju e agreste sergipano. Mas no longo período em que o clima foi generoso com as plantações, o polo agrícola mantido pelo Governo do Estado recebeu manutenções e reparos da infraestrutura que leva água da barragem, por gravidade, até os 344 lotes.

Essas unidades produtivas também receberam benfeitorias no período em que a irrigação deixou de funcionar. Como é o caso do lote de Marcílio Rezende, no assentamento Mário Lago. A chuva foi tanta que até atrapalhou a plantação. E ele precisou da ajuda da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) — empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) — para abrir drenos em seu lote e diminuir o encharcamento do solo. “Foi necessário, para fazer o escoamento de água, porque com a chuva do inverno formou-se uma lagoa dentro do terreno e com isso, acabou o problema do acúmulo de água”.

Pela pouca diferença de temperatura, na passagem de uma das quatro estações para outra no Nordeste, na observação prática do agricultor, só existem duas e o ‘verão’ é todo aquele período em que não há chuva que traga frio e solos encharcados. “No inverno é o tempo que a gente menos trabalha aqui, por causa do solo. A produção mesmo forte aqui é no ‘verão’, com a água do perímetro Jacarecica II”, completou Marcilio Rezende, que produz milho, batata-doce, amendoim, maracujá, mamão, banana, coentro e couve na irrigação pública.

O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, explica que o Jacarecica II se difere da maioria dos perímetros irrigados estaduais, por não ter custos com energia elétrica para bombeamento. “Esse encargo não é revertido ao agricultor e ele tem um custo reduzido para produzir. Por outro lado, tem certos tipos de culturas que não vão se dar bem no inverno. Ainda mais em um ano atípico como o de 2023, com chuvas acima da média. Por isso, a gente sabia que era possível aproveitar esse período em que o perímetro estava inoperante, para realizar algumas obras que os produtores esperavam há muito tempo”, pontuou.

Com o sistema interrompido, sem irrigar, foi possível realizar a recomposição de uma comporta de metal na barragem do perímetro Jacarecica II. A obra evitará danos estruturais futuros à rede de distribuição e foram consertados vazamentos na tubulação de 1.200 mm que faz a adução da barragem. “Mas também fizemos o reparo em adutora de 600mm no Assentamento Dandara; a solda da tubulação da caixa de registro do Assentamento Santa Maria, onde foi aberta e cascalhada uma estrada para ter acesso a esse local da obra; e teve a recuperação da tubulação que fornece água ao Assentamento Mário Lago”,completou o diretor Júlio Leite.

Irrigante no Assentamento Marcelo Déda, José Luiz Correia é um produtor que se dedica à agricultura irrigada no período de estiagem, quando planta feijão-de-corda, pimenta de cheiro, quiabo, banana, batata-doce e macaxeira. “Esse serviço é muito importante. A Coderse fez isso e a gente ficou muito alegre, o povo daqui ficou muito satisfeito. E no ‘verão’ nós estamos sabendo que teremos água, graças a Deus, para nós produzirmos. Porque sabe que não tem vazamento. Quando tem vazamento a água fica fraca. Um usa hoje e o outro usa amanhã, e agora não. Feito o serviço, a gente está mais tranquilo”, considerou.

“Nós todos dependemos da água e essa revisão é necessária. Esse ‘manejo’ que a Coderse está fazendo, está de parabéns. Oferecendo até retroescavadeira para a gente fazer o escoamento da água do lote e tirando os vazamentos que existiam na saída da barragem”, concluiu o irrigante Marcilio Rezende.

Equipe técnica do Governo de Sergipe participa do Semiárido Show

Visita à agroindústria Argo – Foto Ascom/Seagri

Com objetivo possibilitar e facilitar o acesso aos conhecimentos, informações e tecnologias desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e instituições parceiras, uma comitiva de técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) participou, no período de 1° a 4 deste mês, do Semiárido Show, que ocorreu em Petrolina, no estado de Pernambuco. O evento é considerado a maior feira de inovação tecnológica voltada para a agricultura familiar do semiárido brasileiro.

A programação contou com cerca de 50 palestras, dez seminários e atividades gratuitas, além de dia de campo, oficinas, workshop, encontros e cursos. No primeiro dia, a comitiva sergipana participou da abertura com uma palestra sobre reuso de água e sobre o projeto Dom Távora, de apoio aos pequenos produtores rurais. Ao longo da semana, houve a feira de agricultores familiares, com exposição de produtos e serviços voltados para agricultura familiar. Ainda foram abordados temas como o sistema de produção da palma forrageira; as alternativas forrageiras para o rebanho do semiárido; o reuso de águas cinzas para produção de alimentos; as potencialidades e limitações de solos da caatinga; e as estratégias para o melhoramento genético de caprinos e ovinos de corte no semiárido.

Na ocasião, o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Ferreira, em articulação com técnicos da Embrapa, viabilizou variedades e cultivares de batata doce e outros produtos para realizar uma demonstração de métodos e observação, buscando a multiplicação para repasse aos agricultores familiares. “Também visitamos a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), onde conhecemos toda história e formas de extrativismo sustentável, o que culturalmente proporciona uma estabilidade a todos os seus cooperados dentro do bioma caatinga”, detalhou o diretor.

A comitiva também visitou a agroindústria multinacional Argo, que produz uvas e exporta 85% de sua produção para Europa e Estados Unidos. A visita teve o objetivo de conhecer todo o processo de produção e comercialização da fruta em uma região com poucas chuvas.

Participaram da comitiva o diretor Administrativo e Financeiro, Fernando André; o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Jean Carlos Ferreira; os técnicos e assessores Izildinha Dantas, Ary Osvaldo Bomfim, Eduardo Cabral, Godofredo Albuquerque, Sérgio Valtemberg; o engenheiro civil, Hugo Monteiro Rocha; o coordenador da Asplan da Secretaria de Estado da Agricultura, Arlindo Nery; a zootecnista da Seagri, Annelise Aragão; o presidente da Coderse, Paulo Sobral; e o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite.

Fonte: Notícias do Governo

Irrigantes dos perímetros estaduais apresentam propostas ao programa de ‘Compra com doação simultânea’

Se aceitas as propostas, alimentos atenderão mais de 20 mil pessoas; produção com irrigação da Coderse combate insegurança alimentar e nutricional

Escolha dos alimentos a serem propostos nos projetos ao PAA supre as necessidades alimentares diárias de cada de cada pessoa beneficiada com a doação [foto Fernando Augusto – Ascom Coderse]

Agricultores de quatro perímetros irrigados estaduais apresentaram cinco propostas de fornecimento de alimentos à edição 2023 do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se as propostas forem aceitas, esses irrigantes vão entregar à “Compra com doação simultânea” 378,8 toneladas de alimentos, que serão remunerados em mais de R$ 2 milhões e atenderão 20,2 mil pessoas em situação de insegurança alimentar, pelo período médio de 12 meses.

Ao todo, 137 agricultores são atendidos com água de irrigação, assistência técnica agrícola e assessoria para a formalização e preenchimento dos formulários on-line para transmissão desses projetos ao Governo Federal. Os alimentos frutos da irrigação beneficiam famílias na melhora da qualidade nutricional e incentivo aos hábitos saudáveis de alimentação.

O diretor de Irrigação da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Júlio Leite, informou que fizeram propostas para o PAA irrigantes dos perímetros irrigados de Canindé de São Francisco (22), Itabaiana (30), Lagarto (48) e Malhador (37).  

“As mais de duas mil unidades produtivas dos perímetros recebem água de irrigação e assistência técnica para produzir durante todo ano. Por isso, podem fazer a entrega de alimentos com qualidade e em quantidade que atendam às demandas do PAA e de outros programas de compra institucional. Desde 2008 os perímetros do Governo do Estado participam do programa e nele já foram entregues mais de quatro mil toneladas de alimentos”, expôs Júlio Leite.

No histórico, dos 14 anos de participação no PAA, promovido pela Conab, as entregas de alimentos gerados nos perímetros da Coderse promoveram mais de 150 mil benefícios. Por um lado, pessoas em vulnerabilidade social receberam os alimentos pelo período médio de um ano e em quantidades que atendem uma dieta alimentar diária. Do outro, os agricultores irrigantes foram remunerados em cerca de R$ 13 milhões pelo cultivo desses produtos, na soma de todas as propostas aceitas e com entregas concretizadas.

O técnico da Diretoria de Irrigação da Coderse, Sandro Prata, informou que o prazo para a entrega das propostas à Conab terminou no dia 30 de junho. Para ele, a edição 2023 do PAA tem uma tabela de preços pagos pelos produtos bastante atrativa para o produtor. Sandro afirmou ainda que tem expectativa de que a Conab vá aceitar um número de propostas de associações maior do que já ocorreu em qualquer um dos anos anteriores.

“Estão sendo pesquisados os preços praticados na capital de cada estado. É uma remuneração com preços de mercado que melhora o escoamento dos produtores, garantindo preços justos, inibindo desta forma a ação dos atravessadores. Por ser uma comercialização periódica, geralmente quinzenal, e por um período fixo de meses, o agricultor pode planejar os plantios e colheitas, tendo ainda mais retorno ao investimento e trabalho na lavoura”, considerou Sandro Prata.

Canindé
Produtor irrigante do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé, Ozeias Beserra participa da Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (Assai). O grupo de 22 agricultores é autor de uma das propostas originadas nos perímetros e propôs a entrega de 78 toneladas de alimentos, a partir de remuneração total de R$ 555 mil. A ideia é fornecer alimentos pelo período de um ano e atender cinco mil pessoas assistidas pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município de Canindé. Segundo ele, a proposta contemplou alimentos que possam ser entregues do início ao fim do projeto.

“Colocamos justamente as culturas que a gente consegue produzir em qualquer época do ano, que é o quiabo, o milho, a alface, a berinjela. Daí também entram as frutas: acerola, goiaba, maracujá”, listou Ozeias Beserra. A preocupação do PAA é a oferta de produtos frescos, in natura, e com valor nutritivo agregado, possibilitando a adoção de hábitos alimentares saudáveis às famílias em situação de vulnerabilidade social atendidas.

Além da irrigação e a assistência técnica para produzir, os lotes recebem apoio para participar do PAA. “A Coderse nos ajuda com o projeto. O técnico Sandro Prata é quem faz o projeto. Se não fosse ele, a gente não conseguiria entregar a proposta, porque para fazer um projeto desse é complicado. E a empresa também disponibiliza um técnico para acompanhar e nos ajudar nas entregas”, completou Ozeias Beserra.

Batata-doce é alternativa de renda para agricultores atendidos por irrigação do Governo do Estado

Perímetro em Canindé tem potencial para expandir produção. Irrigação e assistência técnica fazem irrigantes superarem dificuldades do clima e solo

Produção de batata-doce gera renda ao irrigante e oportunidades de trabalho em Canindé [foto arquivo pessoal | Coderse]

“Minha batata-doce tem qualidade e o comércio dela aqui é procurado demais. Aqui não existe batata desse tipo. Eu tenho água boa, a manutenção está 100% e o solo é de primeira. Dessa batata aqui ninguém produz”, afirma o agricultor irrigante Gilson de Jesus . Em Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano, ele é atendido pelo Governo do Estado no perímetro irrigado Califórnia, onde tem água de irrigação e assistência técnica agrícola o ano todo.

Vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) tem cinco perímetros irrigados com vocação agrícola. O Califórnia é o que mais depende da irrigação e apresenta mais dificuldade no plantio da batata-doce, em razão do clima semiárido e solos argilosos e rochosos. Mas com o mercado crescente do produto e o incentivo público dos perímetros, os agricultores que investem no cultivo não se arrependem.

“O produtor de batata tem moral. A batata tem valor, não é um tipo de plantação qualquer. Se eu disser que custa tanto, é tanto. E o freguês corre atrás. Não sou eu que corro atrás, não. A importância do perímetro Califórnia é ter água de sobra para a gente trabalhar. O que é importantíssimo. É a melhor coisa do mundo que eu acho aqui, pois água tem”, acrescenta Gilson de Jesus, que produz a batata-doce ourinho roxa, variedade com maior valor de venda. 

De janeiro a abril, o perímetro irrigado de Canindé produziu 172,2 toneladas da raiz. Enquanto nos outros perímetros do agreste e centro-sul, onde se produz há mais tempo, foram 5.783,2 t. O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, observa que a batata-doce é, hoje, o produto que mais é produzido na soma da produção dos perímetros (10,8 t em 2022) e a tendência é que este ano o saldo ainda seja superado. 

“Os irrigantes contam com o trabalho da empresa para oferecer água e assistência. Com isso, apostam seu trabalho e recursos nos produtos que mais geram retorno. A produção de batata-doce no Califórnia, se comparada a outros perímetros,  ainda é pequena e tem espaço para mais produtores aderirem ao cultivo. O alimento recomendado por nutricionistas para emagrecimento e preparo físico, tem um mercado bastante promissor”, considerou Júlio Leite.  

Gerente do Califórnia, Jonathan da Mota aponta que o perímetro irrigado é de grande importância para a região do alto sertão, pelo incentivo que o Governo do Estado proporciona para os produtores. “Garantindo o fornecimento de água, eles têm a confiança de fazer novos plantios, como no exemplo da batata-doce. A batata ourinho roxa é uma coisa nova aqui e que está dando certo. Uma batata de boa qualidade, escoada aqui para Sergipe e para os estados vizinhos, como Pernambuco, Bahia e Alagoas”, pontuou.

Passo a passo
Gilson de Jesus diz a receita para vencer as dificuldades que o solo e o clima apresentam para acomodar o plantio de batata-doce. “Eu passo o arado na terra, gradeio, o trator faz a leira, a gente remonta na enxada, e depois vem o plantio. A rama tem que ser de qualidade. Daí vem a adubação, com 20 dias, depois eu passo um inseticida para a praga não comer a batata e o processo é esse”, explica.

Todo conhecimento do agricultor com o produto vem de sua origem na capital sergipana da batata-doce. “Eu sou de Moita Bonita e trabalhei muito com batata. Vim para cá tentar a vida com ela e está dando certo. O solo é meio duro, mas com trabalho o cara consegue. A plantação está boa. Graças a Deus está de primeira qualidade. O cara tem que mudar a cultura para batata-doce, inhame, estar pronto para tudo”, reforça Gilson de Jesus.

Convênio entre governos federal e estadual leva incentivo e inovação ao perímetro irrigado de Canindé

Até agora, 93 irrigantes da Coderse receberam doações de produtos de inovação agrícola e pecuária pelo ‘Lagos do São Francisco’. Programa tem vigência até 2024.
O gerente do Califórnia, Jonathan da Mota e o técnico agrícola da Coderse no ‘Lagos do São Francisco’, Joaquim Ribeiro, entregam sementes de milho e sorgo à irrigantes do perímetro irrigado [Foto: Coderse]

Com o objetivo de ofertar alternativas tecnológicas e incentivar o aparecimento de novos empreendedores em áreas de influência das represas do rio São Francisco, o projeto ‘Lagos do São Francisco’ reúne os esforços da Embrapa, Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), em convênio com a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Sergipe tem como beneficiários produtores rurais dos municípios de Canindé de São Francisco, Nossa Senhora da Glória e Poço Redondo.

Perímetro Irrigado que se estende por 333 lotes agrícolas em Canindé, o potencial produtivo do Califórnia está sendo levado em conta para que os agricultores irrigantes recebam incentivos e tenham acesso às inovações agrícolas e ambientais do projeto ‘Lagos do São Francisco’. Em 2023, os produtores do perímetro estadual já receberam sementes de milho; sorgo; tomate e seus insumos; mudas de goiaba resistentes à doença do nematoide; ração e pintos da raça rústica de galinha Canela Preta.

Pesquisador da Embrapa Semiárido (Petrolina/PE) e coordenador do ‘Lagos’, o engenheiro agrônomo Rebert Coelho informou que o projeto continuará a ser executado em Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco até janeiro de 2024. Ele explicou também que para a escolha dos produtores rurais participantes, são consideradas a aptidão, experiência e a estrutura disponível para levar adiante os sistemas de produção incentivados com as inovações.

“Em Canindé temos um agricultor com experiência na produção de goiaba (no perímetro Califórnia) para introduzir a variedade BRS Guaraçá, que mistura características da goiaba com araçá, é resistente à praga do nematoide e foi desenvolvida pela Embrapa Semiárido. Para distribuição dos pintos da raça Canela Preta, em Canindé, raça rústica difundida pela Embrapa Meio-Norte (Teresina/PI), foi necessário selecionar produtores rurais que tenham cercado de tela. Criadas soltas, não trariam o resultado esperado”, justificou Rebert Coelho.

Produtor irrigante do Califórnia, Jair da Silva recebeu do ‘Lagos do São Francisco’, 100 mudas da BRS Guaraçá e da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada da Seagri, que administra o perímetro irrigado de Canindé e ganhou 500 metros de mangueira de irrigação localizada, para implantar o novo pomar. “Eu já tenho uma área de goiaba produzindo e estou aumentando o plantio. Já que eu ganhei essas mudas, creio que em torno de uns oito meses elas já vão estar produzindo, essa é a expectativa. Eu vendo aqui para os feirantes e para Itabaiana. É uma plantação boa”, afirmou.

No perímetro Califórnia, além de Jair da Silva, o também irrigante Valmir Matos recebeu outras 200 mudas de goiabeiras. Lá ainda foram distribuídos pelo projeto 420 kg de sementes de milho BRS Gorutuba (Embrapa Milho e Sorgo), beneficiando 42 famílias de irrigantes; 480 kg de sementes de sorgo BRS Ponta Negra (Embrapa Milho e Sorgo), para 48 produtores; 160 pintos Canela Preta e oito sacos de ração inicial, beneficiando oito famílias, com produção de ovos e carne. Três mil sementes de tomate e 150 kg de adubo foram doados para o também irrigante Ozeias Bezerra. Em agosto, quando chegarem as lonas mulching, cedidas pelo ‘Lagos do São Francisco’, ele vai iniciar a lavoura de tomate.

“Eu já plantei tomate umas três vezes. A gente não semeou ainda por conta do período chuvoso. Vou fazer as mudas em julho e em agosto estaremos plantando no campo. Tomate nessa quantidade aqui em Canindé tem saída, porque é para o PAA, tem o PNAE, tem os feirantes. As três mil sementes vão dar, aproximadamente, 600 caixas. É um bom incentivo para o produtor mudar um pouco de cultura, deixar de plantar só quiabo”, contou o irrigante Ozeias. Ele está sendo orientado pelo técnico agrícola da Coderse, Joaquim Ribeiro, indicado pela Seagri para atuar no ‘Lagos do São Francisco’, em Canindé.

Diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite comemora o incentivo garantido pelo projeto, que já atendeu 93 irrigantes. “É muito gratificante saber que os nossos produtores estão tendo acesso a essas sementes e insumos, que são fruto das pesquisas de vários polos da Embrapa, às vezes até antes deles chegarem ao comércio. Não é por menos, os irrigantes têm toda a condição técnica para prosperar com essas inovações. Recebem a irrigação fornecida pelo Governo do Estado, a assistência agrícola e a assessoria em agronegócio dos técnicos da Coderse”, pontuou.

Irrigação localizada
Gerente do perímetro Califórnia, Jonathan da Mota, reforça a importância dos 35 kits de irrigação distribuídos para os irrigantes. Eles são para a adoção da irrigação localizada (gotejamento ou microaspersão), que é mais econômica do que a aspersão convencional. “Os kits de irrigação foram doados não só para esse produtor de goiaba, mas para diversos produtores aqui do perímetro. Essa ação serve para renovar o plantio dos agricultores e também dá uma assistência melhor. A Coderse vem desenvolvendo esse serviço na parte de doação, justamente para que eles tenham um incentivo para a produção. Tanto da parte de frutíferas, quanto da parte de hortaliças”, concluiu.

Irrigantes do perímetro estadual em Canindé poderão produzir sementes para marca de insumos agrícolas nacional

Indústria tem mais de 200 itens no catálogo para produzir vários tipos de hortaliças. Sementes de quiabo seriam primeiro produto fornecido por produtores do perímetro Califórnia

Visitas da cooperativa, técnicos da Coderse e representante da Agristar, feitas aos produtores irrigantes [foto arquivo pessoal – Coderse]

Empresa de porte nacional e com ampla linha de sementes está em tratativas para implantar unidade de produção em parceria com os agricultores do Perímetro Irrigado Califórnia. O polo agrícola que é mantido pelo Governo do Estado fica em Canindé de São Francisco, alto sertão sergipano. A possibilidade dos produtores rurais cultivarem e comercializarem esses insumos com a indústria, agrega valor sobre a produção convencional, que hoje foca na produção de alimentos.

Solo rico, sol abundante e a água do rio São Francisco bombeada pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), são os elementos que tornam a Agricultura no Califórnia uma aposta certa para o rendimento, de boas colheitas e durante todo ano. De olho em todo este potencial produtivo, a Agristar do Brasil foi até Canindé para entendimento comercial com os produtores.

“Viemos conhecer todo o sistema de irrigação e de produção que nos atraiu, para a  possibilidade de produzir sementes. Estamos com o apoio da Coofrucal (Cooperativa de Fomento Rural e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia) e estamos conversando. Para garantir a compra da produção com um preço fixado, tem que atender uma série de detalhes. Mas é bom que aqui também tenha uma assistência técnica”, apontou o representante da indústria, Everton Morales, que já esteve duas vezes no Califórnia.

O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, expõe que além do fornecimento de água para irrigar os 333 lotes do Califórnia, a Coderse fornece assistência técnica agrícola e uma assessoria em Agronegócio. “Essa gama de serviços ao irrigante dá garantia de retorno ao investimento público que o governo do Estado faz no perímetro irrigado desde 1985, quando iniciou a sua construção”, pontuou.

“Empresas fora do nosso estado se interessam pela nossa produção, pelo nosso desenvolvimento aqui no perímetro Califórnia. A excelente produtividade no perímetro vem chamando atenção de pessoas que queiram investir no nosso perímetro. A parceria com a indústria será de grande ajuda para os produtores, uma renda extra, uma nova característica que pode ser implantada aqui”, avaliou Jonathan da Mota, gerente do Califórnia.

Levi Ribeiro é produtor irrigante no Califórnia e presidente Coofrucal. Para ele, trazer a empresa ao perímetro é importante para a geração de renda para os produtores, desenvolvimento da cooperativa e para o estado. “Eles estiveram aqui em março e viram um grande potencial. Até mesmo porque nós temos aqui água do rio São Francisco, solos férteis e um potencial que a gente pode explorar para a instalação de um projeto de produção de semente”, listou o agricultor. O produtor conta que desde o começo, a companhia estadual foi parceira na negociação com os representantes da indústria.

“Nós fomos até a Coderse, solicitamos ao gerente Jonathan e a equipe técnica, para estudarmos o projeto. Vendo a viabilidade. Na primeira visita, estivemos em alguns produtores fazendo foto, vendo in loco a produção do quiabo, e eles ficaram muito animados, otimistas com a capacidade de produção nossa região. Então a partir daí começou uma conversa com o pessoal da Coderse, que tem dado todo o apoio para a possível implantação desse projeto de produção de sementes, não só de quiabo como diversas outras hortaliças e frutas”, completou Levi Ribeiro.

[vídeo] Produção do quiabo cresce no Perímetro Irrigado Califórnia

Teve alta na produção de quiabo no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco e o Jornal da Aperipê registrou em reportagem. No primeiro trimestre, foram colhidos 20% a mais de quiabo que no mesmo período do ano anterior. Fruto do investimento  do Governo do Estado  no polo irrigado do alto sertão sergipano. O diretor de Irrigação da  Coderse,  Júlio Leite, explica que a produção é maior a partir do momento em que o agricultor irrigante vê mais garantias para investir na lavoura. Levando em conta que a empresa pública faz a recuperação de canais de reservatórios de irrigação, manutenção constante de estações de bombeamento e a resposta rápida para interrupções no fornecimento de água. Dentre outras ações que beneficiam o produtor rural.

Agricultores familiares dos perímetros irrigados recebem sementes de milho do Governo do Estado

Programa Sementes do Futuro chega para assentados das áreas irrigadas
[Foto Fernando Augusto – Coderse]

Mais de 300 irrigantes da agricultura familiar, dos perímetros estaduais de Itabaiana, Lagarto, Areia Branca, Malhador e Riachuelo, são beneficiados com o Programa de Distribuição de Sementes Certificadas de milho. Com abrangência em Areia Branca, Malhador e Riachuelo, fica o Perímetro Irrigado Jacarecica II, onde a distribuição foi iniciada nesta quinta-feira,11.

O  Programa Sementes do Futuro, do Governo do Estado, está distribuindo três toneladas  de sementes em quatro perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Alexandre dos Santos, do assentamento Santa Maria, em Riachuelo, é irrigante do Jacarecica II. A doação do Governo do Estado veio ajudar o assentado a economizar na compra de sementes. Para o agricultor familiar, a irrigação pública é outro benefício para produção, que permite plantar milho em qualquer época. “A diferença é grande, com a  irrigação você tem o seu controle. Tem comércio o ano todo, milho verde o ano todo. Vendo assado, no meio da feira”.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Coderse, Júlio Leite, vê o Programa Sementes do Futuro como mais um dos benefícios que o Estado disponibiliza aos agricultores familiares nos perímetros irrigados. “Não podemos esquecer que o retorno desse benefício que o Governo de Sergipe está dando é imediato nos perímetros Irrigados. O nosso fornecimento diário de água e a assistência técnica permite que o irrigante plante até no mesmo dia que recebeu o saco de semente do programa” considerou.

Para Maria Estela dos Santos, agricultora irrigante do assentamento Colônia Penha, ter milho verde no lote é garantia de produção para gerar renda, mas também para a alimentação da própria família. “Ajuda em muitas coisas, né? Às vezes a gente vende, outras vezes come. (Com a semente doada) muda muita coisa, pois a semente custa muito”, analisou.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, diz que o período escolhido para as entregas é pensando no agricultor de sequeiro, principalmente nas regiões de sertão. “Veio na hora certa, é um programa reativado este ano pelo governador Fábio Mitidieri. São um total de 115 toneladas, um investimento de R$ 1,5 milhão, beneficiando 31 municípios. É para o pequeno agricultor, é a Agricultura Familiar recebendo um olhar diferenciado e o governo mais próximo das pessoas. Quando estão começando as chuvas. Vamos ver se para o ano a gente consegue antecipar mais ainda, mas está em um prazo tranquilo, o que é muito bom para o agricultor familiar”.

São sementes selecionadas e certificadas de milho,  para atender 11.500 famílias sergipanas. Famílias como a de Jaci dos Santos Reis,  irrigante do assentamento Marcelo Déda, em Malhador. “Ajuda na questão financeira, que nós estamos com a terra pronta e a semente está cara demais para comprar. Daí, recebendo esse, já dá uma ajuda boa. Vai vender verde, guardar o grão seco para semente, para as criações e a palha vai servir também de ração”.

Também do assentamento Marcelo Déda, Roberto Nunes considera acertada a decisão do Governo do Estado em escolher o milho, para subsidiar a produção com a doação de sementes. “Eu planto sempre e vendo bem o milho. Na verdade, a gente consegue vender quase tudo, tudo que se planta, tem boa saída. Mas principalmente o milho. É a fonte principal de renda que a gente tem. Para todos os agricultores. É mais rápido e mais prático” concluiu.

Governo oferece orientação a agricultores do perímetro irrigado de Lagarto sobre análise de solo

Produtores buscam orientação sobre como utilizar resultado da análise de solo em benefício da eficiência das lavouras irrigadas
[Foto: Fernando Augusto / Ascom Coderse]

No perímetro irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado, em Lagarto, os técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) auxiliam o entendimento dos resultados das análises de solo. Eles orientam os agricultores irrigantes assistidos em como proceder para fazer a adubação de correção de solo, quando ela se faz necessária para o aumento da produtividade das áreas de plantio.

Quando recebe o resultado da análise do laboratório, o agricultor pode encontrar dificuldade de interpretar as informações técnicas, que enumeram os níveis, elementos e compostos presentes na amostragem da área de plantação. Outro detalhe importante que o técnico leva em consideração é o desperdício de adubo, que vai impactar na renda do agricultor, com a atividade agrícola.

“Ele não vai estar jogando dinheiro fora. Às vezes o solo não está carente naquele tipo de adubação e jogando no solo é custo, é dinheiro. Na adubação tem que gastar no que está sendo exigido pelo ITPS (Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe) na análise do solo. Melhora a produção e economiza o dinheiro, porque está usando o que é necessário”, explicou o técnico Jackson Ribeiro.

A Coderse é vinculada à Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Seu diretor de Irrigação, Júlio Leite, avalia essa orientação como mais um item do grupo de políticas públicas destinadas à agricultura de Lagarto. “São 421 propriedades recebendo irrigação diariamente, assim como assistência técnica sobre a correção do solo. O recurso investido pelo Governo do Estado, para fazer a água chegar ao produtor, vai dar mais retorno à atividade agrícola, em produção e renda, para essas famílias do campo”, considerou.

Irrigante do perímetro Piauí, Gival Souza acredita na eficiência da análise e correção do solo para aumentar a produtividade da lavoura e não dispensa a ajuda dada pelos técnicos da Coderse, tanto no procedimento de envio das amostras, como na interpretação das amostras. “Pelo menos uma vez por ano eu faço essa coleta e envio para eles o procedimento todo. Aí eu tento aplicar ao máximo para poder dar certo. Há muito tempo eu sou acompanhado por eles e eu sempre trabalhei assim”, disse.

O técnico da Coderse, Jackson Ribeiro, aponta que depois de realizar os cálculos sobre o resultado da análise de solo, repassa o resultado ao produtor, acompanhando a aplicação. Inclusive quando a plantação necessita de adubação específica para a fertirrigação. “Só a gente fornecer a água não adianta. Às vezes o solo está carente não só de água, tem que ter o acompanhamento técnico e uma análise de solo para suprir as necessidades que o solo está precisando”, complementa o técnico, garantindo que o procedimento aumenta a produtividade das lavouras.

Gival Souza já tinha feito um plantio de milho quando chegou o resultado da análise do laboratório, mas tem uma boa expectativa. “Através dos outros nutrientes que eu vou colocar, que os técnicos já me deram a dica, acredito que ainda dê tempo. Mas no próximo plantio a gente vai trabalhar tudo corretamente, para ver se melhora mais ainda a produtividade”, confiou o agricultor, que tem uma roça de milho recém plantada, onde vai aplicar a adubação por fertirrigação. Com essa tecnologia o fertilizante chega à planta diluído na água da irrigação.

Produção de quiabo em Canindé cresce 20% no 1º trimestre do ano alavancada pela irrigação estadual

Água fornecida pelo Perímetro Califórnia permite produção do alimento o ano todo
[foto: Fernando Augusto – Ascom/Coderse]

No Perímetro Irrigado Califórnia, mantido pelo Governo do Estado, em Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano, a produção de quiabo cresceu 450 toneladas no primeiro trimestre de 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior. Alcançando as 2.250 toneladas nos três primeiros meses deste ano, a produção teve o valor médio de R$ 2,12 milhões.

A produção anual é maior no primeiro trimestre, por conta da grande demanda da Semana Santa. Mas, a água fornecida pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), no Perímetro Califórnia, permite produção o ano todo.

O agricultor irrigante Geraldo de Lima se dedica mais à produção do quiabo no inverno, entre o segundo e o terceiro trimestre, quando há pouca oferta do produto no mercado.

“Geralmente no verão eu planto pouco. Daí, quando está se aproximando do inverno, eu planto uma quantidade maior, que é quando geram os preços melhores”, expôs Geraldo de Lima. Segundo ele, o frio do inverno faz a produtividade do quiabo cair até pela metade, diminuindo a produção e elevando o preço de compra. “Porque o quiabo gosta do calor, no verão ele produz muito e o valor cai”,completou.

O produtor que tem 2,3 hectares com quiabo para colher a partir de maio, observou que alguns produtores abandonaram os pomares de ciclo longo, como a goiaba e a acerola, para investir no quiabo, que produz já a partir dos 60 dias após o plantio. Outro fator que incentivou o aumento da produção no primeiro trimestre é a qualidade do serviço oferecido ao irrigante. “Mas a irrigação desses últimos dias, com essa nova direção, está de parabéns. A irrigação está boa”, informou Geraldo de Lima.

Revitalização do perímetro
Na Coderse, companhia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), o diretor de Irrigação, Júlio Leite, destaca o aumento da atenção dada à revitalização dos perímetros irrigados estaduais. Isso, segundo ele, já é reflexo da mudança que a empresa passou. “Deixamos de ser Cohidro, para ser algo maior. No caso da Diretoria de Irrigação, passamos a fazer obras e serviços para corrigir antigos problemas, aliado a um cronograma de manutenção mais efetivo”, revelou.

No perímetro Califórnia foi onde as mudanças mais foram notadas. “Fizemos a limpeza e a recuperação de canais de irrigação, reservatórios, estradas e pontes. Corrigimos a drenagem na estação de bombeamento principal, e abrimos drenos em lotes, para eliminar excesso de água e o risco da salinização. Distribuímos mangueiras para o produtor adotar a irrigação localizada e diminuir o consumo de água. A partir de projetos feitos pelos agrônomos da Coderse”, listou o gerente do Califórnia, Jonathan da Mota.

O investimento público feito no perímetro traz segurança para produtores que, como José Matos, investiram também na produção do quiabo o ano inteiro. “Eu me programo para colher o ano todo. Mas o meu foco maior de produção é a Semana Santa, o mês de Abril. Mas eu sempre tenho, não gosto de deixar faltar porque os clientes compram da gente três vezes por semana. Lá em Salvador, eu mesmo comercializo a minha produção”, disse o agricultor irrigante que calcula que cerca de 90% da produção de Canindé vá para a capital baiana.

Última atualização: 23 de maio de 2023 11:53.

Acessar o conteúdo