[galeria de fotos] Dezembro Vermelho na Cohidro ocorre com distribuição de kit da prevenção

Mais uma mobilização do Dezembro Vermelho – campanha nacional de prevenção e cuidados contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) – na Cohidro, ocorreu na última semana, com o kit do Dezembro Vermelho sendo distribuído entre os funcionários. O kit contém preservativos femininos e masculinos, fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), materiais educativos gentilmente cedidos pelo Serviço Social da Industria (SESI) e o laço de fita vermelho, oferecido pela Cohidro. Adereço que simboliza a adesão à campanha. Quem usa, transmite adiante a mensagem da prevenção contra o HIV e ISTs. Conscientizando os colegas e visitantes da Cohidro.

 

Fotos: Paulo Ricardo

Chuvas fazem recarga das barragens de Itabaiana ajustada às obras de desassoreamento do Governo do Estado

Obras do Pró-Campo continuarão ampliando leito da barragem do Ribeira até que o nível do reservatório permita o trabalho das máquinas

[foto: Fernando Augusto]
A água voltou a reabastecer os dois reservatórios do Governo do Estado em Itabaiana, com as chuvas ocorridas no final do mês de maio e início de junho. Depois de meses de racionamento severo e até interrupção do fornecimento de água para a irrigação, os níveis das barragens públicas voltaram a se normalizar. A barragem do perímetro Jacarecica I alcançou sua capacidade máxima e verteu, ainda em maio. E agora, faltam poucos centímetros para o mesmo ocorrer na barragem do perímetro da Ribeira, onde as obras de desassoreamento executadas pelo Programa Pró-Campo, farão com que os próximos anos sejam de maior oferta de água. Assim que as chuvas cessarem e as plantações precisarem de irrigação, os agricultores vão poder contar com o fornecimento de água executado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

A barragem do perímetro Ribeira, está com 69,2% do seu volume útil e subindo, segundo leitura da Serhma da manhã do dia 02 de junho. “As chuvas mais recentes mostraram o quanto foi importante fazer esse trabalho de desassoreamento, fizemos no tempo correto. O Governo tem visto essa situação com bons olhos e viabilizou os recursos através do Pro-Campo para essa ação”, comemorou Zeca da Silva, secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento e da Pesca.

Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral fala que esta era a notícia que todos estavam esperando. “Com as barragens voltando a encher, fica bem distante o risco dos agricultores atendidos pela Cohidro voltarem a sofrer com racionamentos ou paralização. Ainda mais com as obras do Pró-Campo, que estão retirando muito do material acumulado ao longo dos 35 anos de funcionamento do perímetro da Ribeira. Recuperando a capacidade de acúmulo de água original da barragem”, analisa. A barragem da Ribeira tem seu uso compartilhado com o abastecimento humano em quatro municípios. Com o volume da água chegando a níveis críticos no final do mês de março, uma portaria da Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma) tinha proibido o uso daquela água para agricultura.

“A chuva não acertou ainda, e estamos aí esperando só encher agora, com fé em Deus, e melhorar a situação para todo mundo. Deus ajude que continue irrigando como vinha antes, porque quando ela estava cheia, não faltava água para o produtor. E com essa estiagem que deu que não encheu esse ano, só ‘meiada’, aí é prejuízo para todo mundo. É de grande importância essas máquinas trabalhando aí, esse investimento. Deus ajude que continue”, pediu o agricultor irrigante do perímetro do Ribeira, João Domingos. Ele está só aguardando, agora há qualquer momento, a chuva certeira que vai fazer o reservatório do seu perímetro verter água. Com a capacidade de armazenamento completa e maior, por conta das obras de desassoreamento.

Pelo Pró-Campo, São R$ 4.910.772,90 em recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), investidos pela Cohidro em recuperação de barragens. Incluindo na soma o grande reservatório do perímetro da Ribeira, a companhia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e Da Pesca (Seagri), pretende recuperar 20 barragens de médio porte e 1.000 pequenas barragens. Diretora de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Elayne de Araújo expõe que o foco do programa, além do atendimento emergencial ao perímetro de Itabaiana, são os pequenos criadores. “São aguadas, comunitárias ou particulares, que são usadas principalmente para a dessedentação animal. Em municípios onde foi decretado o Estado de Emergência Devido à Seca”, informa.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca reforça que a preocupação do Governo do Estado com as reservas de água dos perímetros não vem de agora e muito está sendo feito. “De 2015 a 2020, somente em segurança e recuperação de barragens e na modernização de perímetros irrigados de Itabaiana, foram aplicados via Programa ‘Águas de Sergipe’ (PAS), quase R$ 23 milhões. E o que mais veio provocar impacto no volume de água utilizado pelos perímetros, foi a completa modernização do sistema de irrigação. Saíram os ultrapassados aspersores e entrou a irrigação localizada por microaspersão”.

Irrigação Pública Estadual influencia maioria dos itens da cesta básica de Aracaju

Itens da cesta básica da capital sergipana foram considerados os mais baratos dentre as 17 capitais avaliadas em todo país. Batata inglesa não é pesquisada no Norte e Nordeste; macaxeira, batata-doce e inhame são substitutos produzidos nos perímetros da Cohidro

 

José Francisco [foto: Paulo Ricardo]
Cotados em dezembro de 2021 no valor de R$ 478,05, os itens da cesta básica que tem seus preços pesquisados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em Aracaju, foram considerados os mais baratos dentre as 17 capitais avaliadas em todo país. Essa avaliação positiva ocorre desde agosto, sendo que de janeiro a março do último ano, a capital sergipana também foi a que teve o custo de alimentação mais baixo. A irrigação pública, fornecida pelo Governo do Estado em seus seis perímetros irrigados, influencia nos preços de sete, dos 12 itens pesquisados no Norte e Nordeste: banana, tomate, leite, farinha de mandioca, açúcar, manteiga e carne bovina. Isso sem contar com os produtos, colhidos nos perímetros, que servem como substitutos aos que são pesquisados.

Os lotes atendidos com irrigação e assistência técnica agrícola pela subsidiária da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe), produzem diretamente o tomate e a banana; colhem a mandioca e a cana, que são matérias primas para a farinha e o açúcar; e também fornecem uma grande variedade de grãos, folhas e restos culturais que servem de ração animal para produzir leite, seu subproduto manteiga e a carne bovina. “Temos o Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, que é praticamente todo voltado à produção de proteína animal, a partir da produção irrigada de material forrageiro. Tem lote com tanques de piscicultura, criatórios de ovinos de corte, mas a maioria investe em gado de leite”, destacou o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral.

José Francisco planta a banana em seu lote em Riachuelo, irrigado pelo perímetro Jacarecica II. Sem agrotóxico, garante ele. “Tenho a banana pão, a maçã e tenho a prata. A produção é boa, eu tiro por semana, da prata, 40 caixas. Agora no verão eu chego a tirar 50 a 60 caixas por semana. Vai tudo para o mercado do [bairro] Augusto Franco, em Aracaju. Eu vendo na minha banca e um pouco eu boto para a Coopersus (Cooperativa de Produtores Orgânicos de Sergipe). A irrigação é a parte fundamental, sem a água não vai para frente”, esclarece.

Para colher o tomate, que está na pesquisa da cesta básica, é necessário ter boa irrigação e pouca chuva, conforme explica o produtor irrigante Gilvan Fontes. “A irrigação é na mangueira no gotejo, porque se colocar a água por cima, já entra a lagarta-minadora, que anda na folha. Daí tem que combater, porque se não ela risca o fruto e para o comércio, não é bom mais. Na minha área, sempre tem algum que morre, mas foram plantados 3.500 pés. Sem irrigação não tem cria, tem que ter irrigação”, avalia o agricultor com lote irrigado pelo perímetro Piauí, em Lagarto.

Segundo João Fonseca, diretor de Irrigação da Cohidro, os perímetros irrigados produzem também substitutos dos alimentos pesquisados na avaliação mensal do custo da cesta básica. “Em todas as capitais é pesquisado o preço dos feijões carioquinha ou preto, mas nos perímetros irrigados tem produção do feijão-de-corda e de feijão de arranca, que adequadamente servem como substitutos na dieta do sergipano. Por outro lado, há uma infinidade de variedades de batatas-doces, inhames e de macaxeiras sendo produzidas nos lotes assistidos e irrigados pela Cohidro. Estes, não são itens pesquisados na cesta básica, mas são os principais substitutos da batata inglesa, que tem produção irrelevante no Norte e Nordeste e por isso, acaba não sendo pesquisada pelo DIEESE nestas regiões. Portanto, se forem levados em conta a utilização destes produtos, a influência da irrigação pública é ainda maior”, conclui.

Produção da irrigação pública estadual cresce 60% e recebe investimentos do Pró-Campo

Programa estadual vai investir R$ 981.515,83 na recuperação da EB 02, do perímetro Piauí, e 05 e 07 do Califórnia.
[foto: Fernando Augusto]
Os seis perímetros irrigados do Governo do Estado produziram 90.658 toneladas (ton.) de alimentos em 2021, incluindo os 1.632.535 litros de leite gerados no Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto. O aumento, em relação à produção do ano passado, foi de quase 60%. A maior produção se concentrou no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, que em seus 373 lotes colheu mais de 40 mil ton. A batata-doce, presente em todos os cinco perímetros de vocação agrícola, é o cultivo mais colhido, 21,8 ton., tendo como campeão o perímetro Poção da Ribeira, em Itabaiana, produzido mais de 14 mil ton. do tubérculo. O programa estadual, Pró-Campo, lançado no último dia 13, vai investir R$ 981.515,83 na revitalização da estrutura física e manutenção elétrica e mecânica das estações de bombeamento (EBs) 02, do perímetro Piauí, em Lagarto, e 05 e 07, do Califórnia.
“A tendência é que nestes perímetros, que receberão o incentivo do Pró-Campo, a produção aumente junto das melhorias que as EBs vão receber. O governador Belivaldo Chagas reconheceu o nosso esforço em recuperar estas EBs e destinou, pelo programa, este incremento em recursos para concluirmos o trabalho. A EB-01 do Piauí e as 03, 04 e 06 do Califórnia já passaram por esta manutenção, onde investimos R$ 200 mil em recursos próprios. Em Canindé, houve a restauração da estrutura civil e tubulações, nova pintura, calçamento, cobertura para as bombas; novas portas, telhado, revestimento e louças sanitárias para a casa de força e o alojamento. Junto disso, ocorreram as manutenções corretivas das partes mecânicas e elétricas, facilitando o manuseio de operadores e diminuindo os riscos de falhas e panes nestas EBs”, listou o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Paulo Sobral.

No setor atendido pela EB-06 do Califórnia, recuperada em 2020, acabou de colher cerca de 50 ton. de abóbora, o agricultor irrigante Marcos Mota. Ele é novo no perímetro irrigado de Canindé e sua opção, em adquirir um lote, veio do potencial de geração de renda a partir da produção irrigada no Alto Sertão e o apreço pelo meio rural. “Gosto de trabalhar com a terra. A abóbora foi minha primeira roça e a produção foi boa. Depois da abóbora, vou plantar quiabo”, disse o produtor. Quiabo é o produto que mais foi colhido no perímetro de Canindé, 5,5 mil ton. em 2021. O vegetal tem grande demanda no estado da Bahia, para onde foi parte considerável das 8,1 mil ton. de quiabo produzidas também nos cinco perímetros irrigados agrícolas administrados pela Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

São aproximadamente 14 mil pessoas beneficiadas diretamente com a irrigação fornecida pelo estado nos seis perímetros irrigados. Gera renda e postos de trabalho que desenvolvem a economia de Areia Branca, Canindé, Itabaiana, Lagarto, Malhador, Riachuelo e Tobias Barreto. Mais do que riqueza – R$ 137.126.624,15 durante o ano, movimentando campo e a cidade – os perímetros contribuem com a alimentação do sergipano. Irrigação pública que produz dentro do estado e influi, direta e indiretamente, no preço de sete dos 12 alimentos mensalmente pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese): banana; tomate; mandioca para fazer farinha; cana para fazer açúcar; material forrageiro para fazer ração animal, produzindo leite, manteiga e carne bovina. Produção esta que, graças à oferta de água para irrigação o ano inteiro, contribui para Aracaju ser a capital com a cesta básica mais barata do país há quatro meses consecutivos, pela segunda vez no ano.

“Os perímetros, através das estações de bombeamento ou por meio da gravidade, fazem chegar aos lotes agrícolas a água represada em barragens estaduais e no lago da hidroelétrica de Xingó, no Rio São Francisco. A empresa subsidia parte dos custos da energia elétrica, nos quatro perímetros que possuem bombas e disponibiliza materiais, peças, ferramentas e funcionários para a manutenção e operação de toda esta estrutura. Além disso, fornece assistência técnica agrícola aos 1.730 lotes produtivos dos perímetros, auxiliando, incentivando e orientando o que o agricultor deve plantar. Neste último caso, muito pelo trabalho de assessoria em agronegócio feito para que o produtor participe dos programas de compra institucional da produção agrícola”, complementou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca.

[vídeo] Programa Estadual de Melhoramento Genético atende perímetro irrigado da Cohidro

Destinado à melhoria da produtividade de leite nos pequenos rebanhos da bacia leiteira sergipana, o Programa Estadual de Melhoramento Genético por Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) do Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), planeja inseminar, até o final de 2021, 885 animais de 186 pequenos criadores, investindo R$ 200 mil, em parceria firmada com a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS)

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, no último sábado (16) mostrou a realização do diagnóstico gestacional de cerca de 50 vacas de pequenos criadores que são irrigantes do Perímetro Irrigado Jabiberi, administrado pela Cohidro em Tobias Barreto. A companhia estadual, vinculada à Seagri, no próximo ano pretende ampliar o número de animais atendidos naquele e no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco.

Perímetro Califórnia: Irrigante de Canindé opta pela acerola, evita agrotóxicos e garante melhoria na renda

Cohidro incentivou a mudança e a alternância de culturas, pelo aspecto técnico, econômico e de saúde
Josival Pinto [Reprodução de imagem de Jorge Henrique]

Cerca de 450 pés de acerola são cultivados no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, no lote do agricultor Josival Pinto, atendido com irrigação pública e assistência técnica pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). O fruto apresenta produção constante durante boa parte do ano, mas se concentra no verão. Com um ciclo de apenas 21 dias, da flor ao fruto maduro, as colheitas são feitas em dias alternados. O produtor costumava cultivar quiabo, mas além do uso de agrotóxicos na produção, a rentabilidade estava sendo baixa devido aos preços conseguidos na comercialização.

Também vinculada à Seagri, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) é quem faz a fiscalização do uso irregular de agrotóxicos no estado. Através de sua Coordenadoria de Insumos Agropecuários (Codia), somente no ano passado, atípico pelas medidas de restrição por conta da pandemia, foram realizadas 1.354 ações efetivas de combate ao uso abusivo desses produtos em estabelecimentos comerciais, prestadoras de serviços e, também, em propriedades rurais. Foi numa destas abordagens que Josival Pinto mudou a ideia sobre como manter suas lavouras. “Antes eu achava que só produzia bem com bastante agrotóxico. Hoje, graças a Deus é sem. Deixei de passar veneno, por causa da multa e por saber que é errado. Agora entendo como a fiscalização me fez bem. A limpeza hoje quem faz são as aves, que catam o besouro, eliminando tudo”, conta o agricultor irrigante.

Com o incentivo da Cohidro, foi possível realizar a alternância de culturas há mais de cinco anos e, hoje, Josival Pinto reduziu o uso de agrotóxicos. Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da companhia estadual, João Fonseca, isso é parte da assistência técnica dada ao irrigante dos perímetros. “A importância da alternância de culturas para a produção agrícola é que ele previne e diminui a propagação de doenças e pragas nas culturas que estão sendo produzidas naquele lote. Então, é importante os agricultores estarem alternando culturas para diminuir o uso de defensivos agrícolas. A pessoa planta o quiabo, depois planta o milho, depois pode plantar acerola, como foi o caso. Isso melhora a condição do solo e da planta no suporte a qualquer doença ou praga”, argumenta.

Com pés da aceroleira de até 5m de altura, o agricultor afirma que foi a melhor escolha desde que largou o plantio do quiabo. “Eu consigo colher todos os dias, mas três vezes por semana eu tenho contrato certo. Às vezes chega de R$ 30, R$ 35, R$ 40, a caixa [de 20 kgs]. Depende muito da colheita”, revela Josival, que explica que a demanda e preço variam de acordo com a produção: quanto mais frutos produzidos na região, mais o preço tende a cair e a procura a diminuir. Mas ele mantém uma clientela certa para vender sua acerola. Foi para chegar a esta segurança econômica que a Cohidro sugeriu ao produtor irrigante mudar a cultura agrícola. Além da questão sanidade das lavouras, a troca de culturas é incentivada devido ao aspecto econômico, como defende a gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes.

“É uma tentativa que temos feito junto com os técnicos e o produtor, para que diversifique o produto que pratica no seu lote, e os que têm aderido estão tendo um resultado muito bom. A acerola foi uma das alternativas mais aceitas, tem um preço mais ou menos estável, nunca baixa a determinado patamar e eles têm uma colheita de duas a três vezes por semana. O Josival é um produtor que realmente aderiu ao sistema mais natural e está satisfeito com isso. Ele diz que acha bom porque cuida da saúde dele e das pessoas que ele fornece, e é importante essa conscientização”, conclui Eliane.

Canindé passa a produzir uva e pera a partir de parceria entre Embrapa e Cohidro

Após inverno chuvoso e mercado desaquecido na pandemia, produtores reiniciam produção com poda dos pomares

[Foto: Fernando Augusto]
Após três anos seguidos do cultivo de uva e dois de pera em Canindé, produtores fazem balanço positivo. A produção abriu novos mercados, como o fornecimento do produto para a produção de vinho e suco. A tendência é, hoje, de aumento das áreas cultivadas. A implantação das duas culturas agrícolas foi possível através da parceria firmada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), de Petrolina-PE, e os perímetros irrigados Jacaré-Curituba (Codevasf) e Califórnia (Cohidro), em Sergipe. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe, inicialmente, quatro produtores irrigantes foram selecionados, sendo três no Califórnia, que reservaram meio hectare em seus lotes para receber campos experimentais.

O projeto teve início em 2016, através de uma proposta da Embrapa de introdução dessas duas novas culturas, que já possuíam um resultado positivo em Pernambuco. Clima e baixa demanda por produtos agrícolas, provocada pelo isolamento social na pandemia, desaceleraram produção no último inverno. “Eu fui um dos produtores escolhidos para plantar uva. A produção ainda é um pouco baixa, estamos no terceiro ano de produção. Paramos por um período grande de chuva, com muito frio, mas estamos dando a retomada com a poda de produção. Temos uma média de 7,5 a 8 toneladas por hectare e a tendência é aumentar a produção, até porque há uma boa aceitação nos mercados locais”, destacou o irrigante do Califórnia, Levi Ribeiro. Ele explica que o convênio com a Embrapa era de dois anos, mas após este período continuou a receber a assistência da Cohidro.

“Durante o convênio, nós tivemos acompanhamento feito pela própria Embrapa. Eles Fizeram toda a instrução e acompanhamento junto com os técnicos da Cohidro e, assim que se encerrou o convênio, os técnicos da Cohidro passaram a nos acompanhar e instruir. É importante a produção de uva, porque estamos com mais uma alternativa, além da goiaba e acerola, que também produzo”, acrescentou Levi. Os três irrigantes do perímetro Califórnia, além dessa orientação, receberam da Embrapa mudas frutíferas, todo material para montar os campos e os nutrientes utilizados na adubação durante a vigência do convênio. A Cohidro, subsidiária da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), vem contribuindo com o fornecimento de água para irrigação, distribuída a Levi e outros 272 lotes como o dele.

Diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca reforça que a uva e a pera oferecem valor agregado, dando maior compensação financeira no investimento de tempo, recursos e na ocupação do lote que recebe irrigação subsidiada pelo Governo do Estado. “A vantagem da introdução dessas culturas é que elas são novas no Califórnia, e entendemos que estamos dando mais opções de renda e de produção aos agricultores, não só com a venda do cultivo do produto in natura, mas também do produto processado, a exemplo da uva, que já vem sendo utilizada para a produção de vinhos aqui em Sergipe. E a Cohidro, como parceira desse projeto junto com a Embrapa, desde o início, selecionou seus técnicos para acompanhar os técnicos da Embrapa na implantação e orientação que estavam sendo dadas aos agricultores”, completou o diretor.

Ozeias Bezerra é o produtor do perímetro Califórnia selecionado para produzir a pera. Ele conta que o fato de ser um produto inédito na região o ajudou a aceitar o desafio. “Eu aceitei cultivar a pereira porque é uma cultura viável e é rara por aqui. Também, por ser numa área experimental, vou poder aprender como se trabalha com a pera, a fim de, no futuro, ampliar essa área. É um fruto muito bom, o mercado aceita muito bem e o preço é praticamente estável, quando aumenta ou diminui, a diferença é pouca. Requer um certo cuidado na sua formação, foram dois anos conduzindo a planta para que ela ficasse com o porte ideal para a produção, e isso não foi desvantagem, visto que toda planta requer cuidados. Para mim, só tem vantagens trabalhar com a pereira”, concluiu.

Agricultores de Lagarto esperam boas vendas de amendoim no verão pós-isolamento

Cohidro identifica cerca de dez novas plantações do cultivo no Perímetro Irrigado Piauí

[Foto: Fernando Augusto]
No município de Lagarto, a perspectiva do verão pós-isolamento social deu ao plantio do amendoim novos adeptos. No Perímetro Irrigado Piauí, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) contabilizou, ao menos, 10 novas plantações de amendoim, que de tão popular, virou Patrimônio Imaterial Sergipano, e cuja colheita acontece após 80 dias de plantio. Produtores beneficiados com irrigação e assistência técnica rural da Companhia apostam no aumento do preço, em relação ao verão passado – o que vem para compensar o último inverno, quando a pandemia frustrou os tradicionais festejos juninos, em que o amendoim cozido é petisco de presença obrigatória.

Jackson Simões é produtor irrigante há 20 anos e cultiva o amendoim há oito no perímetro irrigado da Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). Ele repassa o produto in natura para os beneficiadores do amendoim cozido, que o revendem nas feiras. Para o agricultor, é bastante compensatório produzir no período de férias e de presença de turistas nas praias sergipanas. “Na época do verão, costumo plantar três roças e colher 250 ‘terças’, 250 baldes [de 12 litros] bem cheios, em cada uma”, afirma. A primeira roça de amendoim de Jackson foi plantada há quase 60 dias e ele vai aguardar mais 20 para colher, no início de novembro. Até lá, ele pretende plantar as outras duas roças, na perspectiva de escoar o produto em três datas diferentes, facilitando a venda e o atendimento à demanda.

De acordo com o gerente do Perímetro Irrigado Piauí, Gildo Almeida, o aumento da produção para atender o verão está sendo significativo. “Os produtores costumam aumentar a produção no verão. Algumas áreas da região já estão plantadas, outras estão começando agora. No ano passado, alguns produtores chegaram a vender por R$ 30,00 a ‘terça’; no inverno geralmente esse valor cai para R$ 20,00. Esperamos que esse ano haja uma melhora no preço, puxado pela alta nos preços dos alimentos e também pela expectativa de verão mais movimentado que o inverno”, aponta o gerente. Em 2018, só no perímetro de Lagarto, a produção anual de amendoim registrada foi de 173 toneladas. Em todos os quatro perímetros públicos de irrigação do Governo do Estado, a safra foi superior aos 900 mil quilos.

Diretor de irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca avalia que o plantio do amendoim já era bastante vantajoso nos perímetros irrigados, antes de se tornar, em 2013, Patrimônio Imaterial de Sergipe. Além da demanda ser grande – seja no São João, São Pedro ou nas praias – na agricultura, o amendoim é uma planta com finalidades que vão além da produção de para a venda, sendo muito empregada na rotatividade de cultivos. “É uma cultura pouco exigente. Atua na fixação biológica do nitrogênio ao solo [favorecendo os plantios de outras espécies no futuro] e fornece uma grande quantidade de restos culturais, ajudando o agricultor a economizar em adubação. Por essas vantagens, em nossos perímetros, ele acaba por substituir outros cultivos mais duradouros ou exigentes durante as entressafras, como a batata-doce e o coentro”, revelou.

Isidoro dos Santos, mais conhecido como Araponga, é proprietário de lote irrigado no perímetro Piauí há oito anos. Ele, que planta amendoim e outros cultivos, como inhame, macaxeira e batata, é um dos produtores que conseguiram vendas no período de inverno, mesmo com a pandemia, mas que guardam grandes expectativas para o verão. “O amendoim sempre dá lucro; vendo bem. No ano, planto uma tarefa, duas vezes amendoim e duas vezes rama (batata-doce) e assim vou levando. Espero que essa safra seja ainda melhor”, afirma Isidoro.

Chuvas garantem normalidade nos perímetros de irrigação do Estado

2 dias de chuva elevaram substancialmente o nível do Jacarecica I – Foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

Chuvas que caíram em Sergipe a partir do dia 22 mudaram a situação crítica dos reservatórios dos perímetros de irrigação pública do Governo do Estado. Administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), a barragem do Perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, nesse período encheu e verteu. No Jacarecica I e Ribeira, em Itabaiana, reservatórios elevaram o nível da água significativamente, faltando pouco mais de um metro para dar a vazante.

Nos três casos haviam o risco de continuação de racionamento e da paralisação do serviço de abastecimento aos produtores rurais assistidos, caso os índices pluviométricos nessas duas regiões não mudassem. Já em Lagarto (distante 69km de Aracaju), no Perímetro Irrigado Piauí o reservatório começou a captar boa quantidade água já nas primeiras chuvas do ano, atingindo seu ápice em 15 de abril, quando verteu. A barragem do Perímetro Jacarecica II, na região limítrofe entre Malhador, Areia Branca, Riachuelo e distante 50 km da capital, a baixa no nível da reserva hídrica chegou a preocupar, mas os estudos técnicos da Cohidro não chegaram a determinar a necessidade de racionamento.

Jabiberi
A barragem do Perímetro Irrigado Jabiberi verteu na terça-feira, 23. As chuvas que caíram na bacia hidrográfica da Barragem foi significativa para o enchimento do lago. Assim, teve fim o regime de racionamento que vinha sendo aplicado aos irrigantes desde o início do ano, para poupar o baixo nível da água na barragem que ainda é compartilhada com o abastecimento da sede municipal e povoados, feito pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).

O Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, pondera que o Perímetro volta a funcionar somente quando houver necessidade de irrigar os cultivos. “A barragem já está totalmente cheia, inclusive já está vertendo. E também temos condição já, se houver necessidade, de iniciarmos o processo de irrigação das culturas que lá existem. Mas só em caso de necessidade, procurando sempre manter a barragem com volume de água que dê segurança no verão, para irrigação como também para abastecimento humano, no município de Tobias Barreto”.

Quando às chuvas terminarem no fim deste inverno, a água acumulada voltará a prover a irrigação normalmente no Jabiberi. Neste polo agrícola de Tobias Barreto, que fica há 123 km de Aracaju, foi aplicado o Programa Balde Cheio de produção de leite em 2010. Convênio entre Cohidro e Embrapa de São Carlos-SP, que funciona a partir do uso de sistema rotativo de pastagem irrigadas pelo Perímetro do Governo do Estado. Hoje, a produção normal chega a 3,7 mil litros de leite por dia.

Ribeira
O Perímetro Irrigado da Ribeira, há 50 km da capital, obteve uma significativa elevação no nível de sua barragem depois das últimas chuvas e também afasta o risco da continuidade do racionamento de água para a agricultura, que ocorria desde setembro de 2016 e fez as reservas durarem por mais tempo. Agora, o fornecimento regular aos lotes irrigados deve retornar assim que as chuvas cessarem e for necessário irrigar novamente às plantações. Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, comemora o resultado das chuvas e adianta a retomada da prestação de serviços feitos pela Empresa.

“Essa chuva só trouxe bênçãos. Porque nós estávamos com todas essas barragens, com a capacidade hídrica daquela região, completamente comprometida. Só para você ter uma ideia, a barragem da Ribeira tem uma capacidade, um volume de 16.500.000 m³, ela abastece o Perímetro Irrigado da Ribeira e também serve para dessedentação humana, abastecendo a cidade de Itabaiana, que a Deso capta água nessa barragem. E ela já estava em um volume morto, íamos encerrar as atividades dela essa semana e graças a Deus, com essa chuva, a barragem está completamente cheia e falta 1,5 m, praticamente, para ela verter, ou seja, transbordar. E com isso a gente garante o abastecimento tanto para cidade de Itabaiana, a continuidade aliás, e também para os perímetros irrigados, que lá quase 500 produtores rurais vivem daquilo ali, gerando riqueza para o município de Itabaiana. A mesma coisa Lagarto”, disse o Presidente.

Jacarecica I
No Perímetro Jacarecica I, ainda em Itabaiana e há 65 km de Aracaju, a irrigação que tinha sido suspensa desde 17 e janeiro, pelo baixíssimo nível da barragem, hoje retorna sua capacidade operacional. Em um intervalo de dois dias, devido à chuva que caiu na sua bacia hidrográfica e principalmente na região Agreste, a barragem subiu bastante, estando agora há 1,3 m de atingir o ápice do reservatório e verter.

“A barragem do Jacarecica I,que estava praticamente seca, hoje em torno de um 1,30 m, está faltando para ela verter. Nessa condição atual, se houver necessidade de voltar a irrigação, já há condição de se iniciar a irrigação novamente. Mas em função das chuvas, a gente vai segurar o máximo possível até que ela encha totalmente, para que tenhamos condição de operar com tranquilidade e segurança no período do verão, que se inicia num segundo semestre”, acrescentou João Fonseca.

No Jacarecica I são cultivados diversos tipos de hortaliças, com destaque para a batata-doce, o coentro e o amendoim. No momento, a incidência de chuvas dispensa o uso da irrigação para às plantações, mas assim que ela for embora, o polo de irrigação pública estará apto a voltar a funcionar. Apesar de que a paralisação do Perímetro tenha prejudicado às plantações, a baixa no nível do reservatório deu acesso às tomas d’água e, desta vez, possibilitou a instalação das comportas de segurança da captação e da descarga de fundo. Equipamentos que não foram adicionados à época da construção, 30 anos atrás.

 

 

Perímetro da Cohidro faz Dia da Água voltado à conscientização das crianças em Lagarto

Uma manhã descontraída por atividades lúdicas e muita informação, para uma garotada consciente da importância da preservação dos recursos hídricos. Assim aconteceu na quarta-feira, 22, no Perímetro Irrigado Piauí em Lagarto, quando foi comemorado o Dia Mundial da Água. Alunos das escolas participantes fizeram apresentações de poesia, música, teatro,dança, show de palhaço e mágica. Mas o momento mais aguardado foi o da palestra do meteorologista Overland Amaral Costa, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Sergipe (Semarh).

O projeto de irrigação pública, situado no município do Centro Sul Sergipano e distante 69 km de Aracaju, é administrado pelo Governo do Estado através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e nele, 421 lotes agrícolas recebem água para a agricultura e assistência técnica rural. Como é a disponibilidade de recursos hídricos que mantem ativa toda produção agrícola, gerando uma média de 8.000 toneladas anuais de alimentos, nada mais justo que no Dia Mundial da Água, os servidores do escritório local chamem à sociedade para confraternizar e passar a mensagem da preservação da mais vital das nossas riquezas naturais.

Gerente do Piauí, Gildo Almeida Lima considera importante criar nos mais pequenos, a consciência do uso racional de água.”É uma maneira de incentivar as crianças a economizar água. É muito bom, porque eles vão passar para a família, aquilo que eles aprenderam aqui”, argumenta. E para ele, a lição se adéqua à situação que a irrigação enfrenta em todo Nordeste, onde a falta de chuvas tem deixado os reservatórios a níveis alarmantes. “Aprender a dar valor à água, preciosa para todos. Principalmente aqui, com a situação que está. Isso faz a gente dar mais valor ao que tem”.

João Quintiliano da Fonseca Neto, diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, reforça que a Empresa vem informando aos produtores, desde setembro passado, quanto ao risco de faltar água para irrigação. “Os balanços hídricos, realizados pelos nossos engenheiros, avaliam semanalmente o volume de água existente e o possível risco de um desabastecimento. A importância desse evento é conscientizar os jovens e irrigantes sobre a necessidade de economizar água.”

Overland Amaral, perguntado durante a sua palestra, disse que a previsão pluviométrica na região de Lagarto no período mais chuvoso do ano, de abril a agosto, é de uma incidência de chuvas dentro da média para baixa, onde não haverá regularidade nesses cinco meses, mas podendo um mês compensar o outro com maior precipitação. Sobre o evento, o coordenador do Centro de Meteorologia da Semarh, considerou válida a inciativa de trazer as crianças, nesta data em que reafirmamos nosso compromisso com a preservação da água.

“Porque água é vida e criança é um ser humano em evolução. Eles têm que entender que a água é vital para a vida, para todas as formas de vida e para o bem estar do ser humano, saneamento e tudo mais.Como as atividades do homem para agricultura, especialmente para irrigação, ou mesmo, para o desenvolvimento das plantas”, considerou Overland.

Representando o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares de Lagarto (SINTRAF), o agricultor José da Costa, admite que haja muito por mudar na mentalidade de quem lida com a terra no campo. “O Agricultor não tem a consciência da importância de preservar a água, fazer o uso consciente da água. É tanto que estamos tentando desenvolver projetos para revitalização das áreas de minantes, córregos e rios. Encima disso, tentar conscientizar também sobre o uso da água. Se não existisse a água, e água de qualidade, não vai existir vida”, avalia.

Escolas
Três escolas de Lagarto participaram do evento com alunos: Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho ,Escolinha Sossego da Mamãe e Educandário Arco-íris. Os estudantes – e hora ou outra os professores – se revezavam no palco improvisado para cantar paródias, declamar cordel e poesia, representar papeis de teatro e até dançar balé, sempre sobre o mesmo tema: água. Já para eles, os pequenos, a descontração foi garantida pelos palhaços Histeria e Pilambeta, este último fez show de mágica, sempre utilizando a água em seus truques.

Maria Eduarda de Carvalho Santos tem 9 anos e estuda no 4º ano, na Sossego da Mamãe. Ela participou com seus colegas de um teatro, onde fazia o papel principal: o da ‘Água’. Ela acredita que sim, que as pessoas que assistiram à apresentação, entenderam a mensagem que a peça quis passar:”Economizar muita água, não desperdiçar água.Porque a água é muito importante para o planeta”, pediu.

José Carlos Felizola, presidente da Cohidro, considerou muito bem sucedido o evento realizado no Perímetro Piauí, relembrando que na segunda, 20, houve palestra do geólogo João Carlos Rocha da Semarh, voltada aos servidores de Aracaju. “Em Lagarto e em Aracaju, estão de parabéns os nossos colegas que organizaram essas duas atividades.É importante que quem trabalhe com recursos hídricos, saiba da relevância desse trabalho para a população. Conscientiza e faz bem, nos enobrece. Por outro lado, as crianças precisam crescer aprendendo sempre a importância de preservar a água que é vital para continuidade da vida em nosso mundo”, argumenta.

Coordenadora pedagógica do Arco-íris, Gilvânia de Jesus Rodrigues disse que durante todo mês de março a instituição de ensino vem desenvolvendo trabalho voltado a questão da conscientização do uso da água e foi de suma importância terem participado do evento da Cohidro. “É um problema mundial o da água. A gente tem que conscientizar nossos alunos quanto a esse problema. As escolas devem trabalhar o tema água, em todas as disciplinas e tem que ter sim, esses momentos para conscientizar nossas crianças, de que a água é um bem precioso e se a gente não cuidar, vai acabar”, refletiu.

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Última atualização: 4 de dezembro de 2017 12:03.

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