Belivaldo assina ordem de serviço de R$ 14,8 milhões para ações de preservação de mananciais

Foto Marcelle Cristine (ASN)

O vice-governador Belivaldo Chagas assinou, nesta quinta-feira, 09, uma ordem de serviço no valor de R$ 14.888.322,00 para a realização de ações de preservação e recuperação de mananciais da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe. A assinatura ocorreu durante a programação do XIX Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, que prossegue até o dia 10. A ordem de serviço compreende medidas de mobilização, sensibilização, cercamento, reflorestamento, revegetação e manutenção dos rios.

Com a intervenção, serão recuperados, através de recomposição florestal, aproximadamente 220 hectares, além do plantio de 400 mil mudas. As ações tem como objetivo atender a demanda crescente por água, garantindo o aumento da quantidade e da qualidade das águas da Bacia e provendo o abastecimento hídrico para consumo humano nos municípios de Areia Branca, Itabaiana, Malhador, Campo do Brito, São Cristóvão, Itaporanga D’Ajuda e Riachuelo. O investimento conta com recursos oriundos do Programa Águas de Sergipe, resultado de financiamento com o Banco Mundial.

“Estamos vivendo um momento verde em homenagem ao planeta, pois a agenda verde tem que estar sempre em pauta. Pensando nisso, o Governo do Estado, através do programa Águas de Sergipe, disponibiliza US$ 117 milhões aplicados em ações ambientais como um todo. Quero dizer da importância que a gente dá ao tema e assinar uma ordem de serviço de quase R$ 15 milhões, uma ação tão importante em um estado tão pequeno como o nosso, em um momento de crise. Serão 400 mil mudas plantadas, para que a gente faça a recomposição florestal. Portanto, mostramos nossa preocupação com nossos mananciais”, afirmou o vice-governador Belivaldo Chagas após a assinatura da ordem de serviço.

O secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Olivier Chagas, ressaltou os esforços do Governo do Estado em prol das bacias hidrográficas de Sergipe. “O fato de estarmos aqui hoje é um símbolo do nosso respeito por este evento. O governo hoje está dando uma ordem de serviço no valor de R$ 14,8 milhões. Não é pouco para um estado pequeno como Sergipe. Se as dificuldades são grandes, a nossa coragem e disposição de enfrentar o desafio é inversamente proporcional. Fazer um investimento dessa natureza na área da bacia do Rio Sergipe é uma demonstração de desprendimento do nosso governo. É compreender a importância de tratarmos os recursos hídricos pensando no presente e no futuro”, disse.

Olivier destacou outras ações que vem sendo empreendidas dentro do programa Águas de Sergipe, como a implantação de uma política de tratamento do esgotos, o desenvolvimento do Plano Estadual de Resíduos Sólidos com quatro consórcios intermunicipais e a recuperação dos perímetros irrigados situados na Bacia do Rio Sergipe.

O coordenador do Fórum Nacional dos Comitês de Bacia Hidrográfica, Luiz Carlos Silva, falou sobre o significado da assinatura da ordem de serviço para Sergipe. “Conheço de perto a Bacia do Rio Sergipe. Esmiucei os quatro cantos dessa bacia conhecendo os 26 municípios que a compõem e vi o quanto ela está degradada. Temos um leque enorme de necessidades na Bacia, e o governo do Estado, tendo uma visão futura em relação à preservação desses mananciais tão importantes, está investindo agora um valor considerável de R$ 14,8 milhões para que a gente possa revitalizar e reflorestar as margens dos rios. Então, a gente só tem a agradecer”, pontuou.

Intervenções

Entre as ações compreendidas pela ordem de serviço está a adequação das propriedades rurais ao novo código florestal no que diz respeito às Áreas de Preservação Permanente (APPs). As barragens Jacarecica I e II, Governador João Alves Filho (Poção da Ribeira) e Jaime Umbelino (Poxim Açu), do Açude da Marcela, do rio Poxim-Açú e do riacho Cajueiro dos Veados estão previstas no projeto.

Está prevista ainda a aplicação de técnicas efetivas de manejo do solo e da água, assegurando os projetos de irrigação nos perímetros irrigados de Jacarecica I e II, Ribeira e Açude da Marcela. Essas localidades tem importância fundamental para a economia local, sobretudo em se tratando dos pequenos produtores hortifrutigranjeiros.

O Programa Águas de Sergipe tem como finalidade a melhoria da qualidade das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe. Sob coordenação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), o programa conta com a interveniência de órgãos como a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). O investimento total do Águas de Sergipe é de US$ 117,125,000.00, sendo US$ 70,275,000.00 financiados pelo Banco Mundial e US$ 46.850.000,00 de contrapartida do Estado.

Presenças

A assinatura contou com a presença do governador do Conselho Mundial da Água, Lupércio Ziroldo Antônio; do superintendente da Agência Nacional das Águas, Humberto Gonçalves; do ex-deputado Federal e ex-secretário de Estado do Meio Ambiente, Márcio Macêdo; do coordenador do Fórum Nacional dos Comitês de Bacia Hidrográfica, Afonso Henrique de Albuquerque Júnior; do presidente da Cohidro, José Carlos Felizola e do representante da empresa STCP Engenharia de Projetos, Aguimar Ferreira.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Kits de primeiros socorros são entregues em perímetros irrigados

Em Lagarto são 22 servidores, dentre operadores de bomba, técnicos agrícolas e auxiliares de serviços gerais – Foto Michaelle Santiago (Ascom-Cohidro)

Com o objetivo de zelar pela saúde dos funcionários durante o exercício de suas funções, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), por meio das suas divisões de Saúde e Segurança do Trabalho (Dissa) e de Bem-estar Social (Dibem), nesta terça-feira, 3, realizou a entrega da terceira maleta de primeiros socorros, destinadas às equipes de servidores alocadas nas unidades do interior do Estado. Desta vez foi no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. O objetivo é prevenir o agravamento do estado de saúde em casos de acidentes, fazendo com que os cuidados sejam tomados inicialmente dentro da empresa.

Participaram da ação em Lagarto, 69km de Aracaju, a enfermeira do trabalho Catharina Correia Costa, e as assistentes sociais Jainne Oliveira e Daniele Lino. Além da entrega, as profissionais de saúde ministraram um minicurso de primeiros socorros, que contou com a presença de 22 funcionários. No dia 26 de setembro tal atividade já tinha ocorrido em Itabaiana, 54km da capital, atendendo aos servidores alocados nos perímetros irrigado da Ribeira e Jacarecica I, onde também estiveram, abrindo os trabalhos, o chefe e a assistente da Dissa, o engenheiro de segurança do trabalho Roberto Barros, a técnica de saúde do trabalho Jéssica Oliveira. Participou ainda o presidente da Associação dos Servidores da Cohidro, Alberto Santos Melo o diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jorge Kleber Soares Lima.

“Até o fim do mês de outubro, todos os nossos seis perímetros irrigados vão receber suas respectivas maletas com itens necessários para um primeiro atendimento, como por exemplo, esparadrapo, curativo, gaze, tesoura, luva, máscara, entre outros. Quando forem utilizados, que Deus os livre aconteça, os itens serão abastecidos pela equipe da Dissa. Uma iniciativa das duas divisões de saúde da Empresa, que nós, da diretoria executiva, dêmos o aval administrativo e apoiamos”, revelou Jorge Kleber.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola considera essencial a ação das divisões de saúde, que já não acontecia há alguns anos. “Está de parabéns a equipe da Dissa e da Dibem. Identificaram esta deficiência nos nossos perímetros irrigados e arregaçaram as mangas para suprir. Esse é um material importante, que tem que estar sempre sendo reposto, quando é usado ou quando perde a validade dos produtos. Vamos dar total apoio para que isso tenha continuidade. Cabe agora também aos gerentes ficarem de olho na atualização desse ‘kit’ de primeiros socorros, para que nunca falte nada aos nossos valorosos colaboradores”, alertou.

Para o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima, a atividade foi esclarecedora e vai evitar a agravamento dos casos. “Foi bom porque ficou claro pra todo mundo, para evitar o risco com acidentes e assim, reuniu todos os funcionários e ficou tudo esclarecido, da melhor maneira possível. São 22 funcionários. Sim, acidentes acontecem, ás vezes, uma besteira, acha que não é nada, não cuida e com a maleta, a gente já vai agir e vai evitar outros danos”, afirmou.

A Dissa cuida das adaptações do ambiente de trabalho para inibir os riscos à integridade física do funcionário, assim como cobra destes o uso dos EPIs (equipamentos de proteção individual). Já a Dibem é responsável pelo orientação motivacional, acolhimento e conscientização quanto à saúde física e mental do trabalhador dentro e fora da empresa.

Paralelo a este trabalho de atenção aos trabalhadores do interior, a enfermeira Catharina e a Dibem, vêm aplicando, a nível de empresa, as campanhas preventivas do ‘Setembro Amarelo’, neste mês o ‘Outubro Rosa’ e já estão se programando para o ‘Novembro Azul’ e o ‘Dezembro Vermelho’. “Pensando na saúde e segurança dos colaboradores, nós da Dissa e os diretores da Cohidro, estamos planejando diversas ações para a sede em Aracaju e perímetros. Uma dessas ações está sendo a entrega das maletas com manual de instrução e breve curso de como utilizar, da melhor forma, os itens de primeiros socorros. É importante salientar que as ações corretas nos primeiros momentos logo após um acidente podem ser determinantes para uma recuperação satisfatória do acidentado ou mesmo para o salvamento de uma vida”.

 

Jackson entrega R$ 54 milhões em obras no município de Itabaiana

 

A primeira etapa da obra de esgotamento sanitário de Itabaiana compreendeu a interligação das redes coletoras existentes, a montagem de uma Estação Elevatória, a implantação de Emissários por Recalque e a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Um investimento total de R$ 23,5 milhões

Foto: Marcelle Cristinne/ASN

Na manhã desta sexta-feira, 06, o governador Jackson Barreto, o vice-governador Belivaldo Chagas e diversas autoridades visitaram Itabaiana, no Agreste sergipano, para chancelar as diversas ações do governo de Sergipe no município. Foram entregues R$ 54,635 milhões em esgotamento sanitário, escritório da Deso, convênio do Banese com a Filarmônica Nossa Senhora da Conceição e assinatura de ordem de serviço para construção da Central de Abastecimento (Ceasa).

A primeira etapa da obra de esgotamento sanitário de Itabaiana compreendeu a interligação das redes coletoras existentes, a montagem de uma Estação Elevatória, a implantação de Emissários por Recalque e a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Um investimento total de R$ 23,5 milhões. A segunda etapa consistirá na ampliação e interligação da rede de esgoto existente e integração à ETE. Com o projeto, 70% do esgoto de Itabaiana será tratado.

A obra é fruto de um convênio com o Banco Mundial, resultante no programa Águas de Sergipe, coordenado pela secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e executado pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). Ao fim da intervenção, após a conclusão da segunda etapa, o problema histórico de inundações em épocas de chuvas na região central de Itabaiana será sanado. Além disso, a intervenção ajudará a despoluir o Açude da Marcela, já que o esgoto da cidade será tratado antes de desaguar na represa.

“Pela importância que tem Itabaiana para o nosso desenvolvimento, para a nossa economia, fico feliz em trazer investimentos. Estamos entregando a primeira etapa do esgotamento sanitário aqui do município. Quando se trata de esgoto, que está debaixo do chão, as pessoas não veem e não dão o devido valor a uma obra cuja a primeira etapa nós estamos investindo R$ 23,5 milhões e vamos investir mais 46 milhões na segunda etapa. É um investimento em saúde pública, em qualidade de vida. Quero aproveitar e pedir a compreensão da população porque precisaremos abrir o centro comercial de Itabaiana para executar a segunda etapa, que acabará com as enchentes. Além do esgotamento, estamos fazendo o ginásio de esportes, a rodovia que liga o município à Itaporanga; reformamos o Murilo Braga”, declarou Jackson, ressaltando que o governo fomenta o desenvolvimento estadual em todos os territórios sergipanos.

“As pessoas falam ‘mas você perdeu as eleições em Itabaiana’. Não se governa pensando onde você perdeu ou ganhou. Se governa para o bem maior. Você governa pensando no que o povo precisa. Eu quero ver uma Itabaiana forte e gigante como ela é Itabaiana. Quero concluir minhas palavras dizendo que contem sempre com esse governador. Eu sei que na história de Sergipe isso vai ficar registrado, todos os governadores fizeram por Itabaiana, mas, me perdoem a minha falta de modéstia, se nenhum outro governo investiu tanto em Itabaiana quanto o nosso”, afirmou.

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Olivier Chagas, lembrou que o investimento beneficia, também, a economia local, já que abrange dois perímetros irrigados da região. “Quero dizer, governador, o quanto me orgulho de estar aqui neste momento. A importância dessa obra as pessoas vão perceber com o tempo. Essa é a maior estação de tratamento que nós vemos no interior de Sergipe. Com essa ação, o governo está trazendo um benefício que tem uma influência ambiental, como porte econômico, porque está beneficiando dois perímetros irrigados e tem outra benfeitoria, que eu diria que é a mais importante, que é mais saúde para as pessoas, devido à água tratada”.

Deputado estadual e presidente da Assembleia, Luciano Bispo enumerou o investimentos do Estado em Itabaiana. “O senhor reformou o hospital, implantou leitos de UTI. Trouxe para Itabaiana grandes obras. Obras que eu sonhei que comecei em Itabaiana, a exemplo da rede de esgoto. O senhor vem à Itabaiana para inaugurar a primeira etapa e já anuncia a segunda. O senhor está entregando outro sonho, que é a obra do Ceasa, que vai ajudar todos os empresários de hortifrutigranjeiro de Itabaiana. Outra obra é a do Ginásio Poliesportivo, que será o melhor de Sergipe e um dos melhores do Nordeste”.

“São ações para o bem do estado e para o bem das pessoas. Afinal de contas, este é um governo que trabalha para o bem das pessoas. A rede de esgoto é uma obra que mexe com a saúde da população. Uma obra que muitas pessoas não têm condições de ver. Porque são tubulações que ficam debaixo da terra, mas que garantirá uma qualidade de vida especial para a população de Itabaiana”, disse o vice-governador Belivaldo Chagas.

Águas de Sergipe
O Programa Águas de Sergipe objetiva a melhoria da qualidade da água e práticas de gestão da bacia hidrográfica do rio Sergipe, coordenado pela Semarh, com a interveniência de outros órgãos como a Deso, a Companhia de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro) e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro).

O conjunto total de financiamento é da ordem de US$ 117 milhões, os quais US$ 70,275 milhões financiados pelo Banco Mundial e US$ 46,850 milhões de contrapartida do Estado relativos a obras de esgotamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), já honrados. Ao todo, os investimentos do Programa Águas de Sergipe em Itabaiana estão orçados em R$ 70 milhões. Com os recursos assegurados pelo banco, estão sendo realizadas intervenções especialmente em tratamento de esgoto, irrigação, drenagem e resíduos sólidos, com cerca de 80 ações em diversos municípios interligados à bacia.

Ceasa
A manhã foi preenchida ainda pela solenidade de assinatura da ordem de serviço para construção da Central de Abastecimento (Ceasa). A Central deverá atender todo o Agreste e parte do Sertão sergipano. A nova Ceasa será localizada às margens da BR-235, na estrada para a Mata da Raposa, com uma área construída total de 10.652,58m². O investimento na obra corresponde a R$ 30.689.968,93, com recursos do Proinveste.

“A Central de Abastecimento de Itabaiana é o sonho do povo de Itabaiana, onde a atividade econômica maior é o comércio. Essa Central se coloca como uma grande obra e uma grande referência para o município. Todos sabemos que o município é um grande produtor de alimento, a Ceasa criará a perspectiva de uma ampliação ainda maior desse centro comercial, que já é um dos maiores do nosso estado. Esse espaço era o que estava faltando para cuidar do abastecimento regional”, disse Jackson.

O comerciante José Valmir da Paixão, de 72 anos, comemora a assinatura da ordem de serviço. “Vai ficar mais organizado. Há 30 anos trabalho aqui, vendo cebola e batatinha. Para nós, é bom fazer, fica melhor. Vai caber mais feirante e a gente vai poder ter nossa banca direitinho”, afirmou.

O popular Vicente da Batatinha trabalha há 40 anos como feirante. Para ele, a nova Ceasa trará grandes benefícios para comerciantes e clientes. “Vai ser muito bom, precisa demais. É bom porque vai ter um espaço para a gente descarregar direito, porque aqui não tem espaço e o pessoal fica reclamando se a gente para o caminhão para tirar a mercadoria. Vai ter mais espaço, ficar mais organizado. E é bom porque o cliente se interessa mais e aí vem mais dinheiro para a gente”, disse.

O futuro Centro de Abastecimento contará com três blocos, uma praça de alimentação, estacionamento para carga e descarga, guaritas, casas de lixo e gás, reservatório e castelo d’água. Serão 145 lojas no setor de varejo e 110 no setor de atacado, além de sete salas, 12 boxes e dois espaços para unidades bancárias no setor administrativo. A praça de alimentação terá área para sete restaurantes e lanchonetes e para um restaurante popular com cozinha industrial, enquanto o estacionamento contará com 452 vagas variadas. Todas as instalações serão dotadas de acessibilidade com rampas, sanitários adaptados e piso táctil e direcional.

O terreno onde será construída a Ceasa foi doado pela família Patola. Em nome da família, o ex-vereador João Patola discursou e pontuou a força econômica do município. “Essa Ceasa reúne três coisas: comercialização, produção e transporte, gerando emprego”.

Presenças
Acompanhou a solenidade os secretários de Estado de Infraestrutura, Valmor Barbosa; de Comunicação, Sales Neto; de Governo, Benedito Figueiredo; o presidente da Cohidro, José Felizola; o presidente do Banese, Fernando Mota; o deputado federal João Daniel; os ex-deputados Márcio Macedo e Rogério Carvalho.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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PAA nos perímetros irrigados estaduais já beneficiou mais de 273 mil pessoas

Doação de alimentos in natura então são distribuídas para as famílias cadastradas pelo Cras – (Povoado Curituba – Canindé) Foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Desde 2008, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) incentiva e orienta os produtores irrigantes, assistidos nos perímetros irrigados do Governo do Estado, a participarem do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab, na modalidade ‘Doação Simultânea’. O resultado disso é que até agora foram 2.860 famílias de agricultores participando de projetos que geraram 7.230.627 quilos de alimentos doados in natura ou que serviram para o preparo de refeições, atendendo 259.552 pessoas em situação de insegurança alimentar. Cada projeto tem vigência de um ano de entregas periódicas e no total foram R$ 6.499.737,69 pagos a estes produtores.

Neste ano, quatro grupos de produtores de Lagarto, Itabaiana e Canindé de São Francisco, que ao todo somariam 207 agro-famílias, estavam mobilizados pela Cohidro e suas associações para apresentar propostas ao PAA, onde se comprometeriam em produzir mais 492.983 quilos de alimentos, que a partir das doações iriam chegar há 18.400 beneficiados e geraram a renda, a estes agricultores, de um total de R$ 1.567.000. Mas os cortes do Governo Federal sobre os programas sociais determinaram que em 2017 só fossem gastos com este Programa R$ 38.500.000 em todo Brasil e que Sergipe teria 1,98% deste montante, ou seja, R$ 762.300. Além disso, a Conab implantou nova metodologia de ‘ranqueamento’, em que projetos de valores e número de participantes menores, teriam mais chance de serem aceitos.

Assim, em um total redimensionamento das propostas à serem apresentadas, levando em conta tanto o teto aplicado ao Estado quando ao valor de cada proposta, todos projetos foram refeitos, conforme explica o gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata. “Tivemos que diminuir todos fatores do que as associações e agricultores iria apresentar. Agora são três propostas onde 50 beneficiários fornecedores serão remunerados por um montante de R$ 375.000, para produzir quase 100 toneladas de alimentos à serem doados 5.700 pessoas carentes”, listou. Sobre o fato do valor ser praticamente 50% o teto de recursos para Sergipe, o técnico explica. “A Conab recebe propostas de outras associações além das que atendemos nos perímetros. Não havendo procura de outras associações, no futuro podemos replanejar as propostas dos nossos irrigantes”.

Para o diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, o PAA estava passando por um momento ímpar e se não houvessem os cortes no orçamento, este ano seria quando os produtores teriam melhor retorno financeiro. “A tabela da Conab para a compra dos produtos a serem doados nunca esteve tão a favor do agricultor. Por exemplo, pelo quilo da batata-doce e da macaxeira, que são a base da dieta sugerida nas refeições preparadas, está sendo pago R$ 2 e R$ 1,75, respectivamente. Infelizmente as doações serão menores e menos pessoas vão poder participar, mas o que for entregue, será bem pago. Isso representa no campo, maior poder de barganha ao produtor, que deixa de ficar totalmente dependente do preço dos atravessadores, com mais esta opção de escoamento de produção de forma mais justa”, avalia.

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, reforça esta opinião de que o PAA favorece a renda do agricultor, mas considera importante que os recursos do Governo do Estado, para gerar produção agrícola via irrigação e assistência técnica, sirvam para doar alimentos para pessoas necessitadas. “É gratificante para nós, é bom para o Sergipe, que o dinheiro investido para manter nossa Empresa colabore, somado aos recursos da Conab, para o combate à fome no Estado. Em 9 anos, foram quase 260 mil pessoas assistidas só com as doações que saem de nossos perímetros. Por isso e também, para melhor remunerar os produtores que assistimos, damos total apoio à mobilização dos projetos nos perímetros”, afirma.

No PAA, a Cohidro orienta a confecção dos projetos propostos pelos agricultores que assiste nos seus perímetros irrigados e depois auxilia no processo de produção (via irrigação), colheita, controle de qualidade e conferência desses alimentos ao serem doados. Mas quem aceita as propostas e remunera os agricultores é a Conab. Como regra, a Companhia Federal tem nos conselhos de segurança alimentar-nutricional municipais e nos centros de referência de assistência social (Cras) das prefeituras, os órgãos de conferência da quantidade e da qualidade dos alimentos doados, para então fazer o pagamento diretamente ao grupo de agricultores que propôs o projeto, a cada vez que houver uma entrega.

Lagarto
Instalada no município e há 69km de Aracaju, a Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), sob o novo teto e metodologia, propôs estregar à ‘Doação Simultânea’ 37.647 quilos de Alimentos. 18 agricultores irrigantes associados à APPIP, por um ano produzirão abobrinha, acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, milho verde, pimentão, quiabo e macaxeira, para entregar, a cada 15 dias, as doações que vão chegar a 1.900 pessoas carentes. Para tal, até o fim do projeto serão pagos R$ 125.000 ao grupo associado, em média R$ 6.944,44 por agricultor, distribuídos em parcelas menores, pagas após a conferência de cada entrega do produtor. A proposta sendo aceita pela Conab, será a sétima vez que a entidade fornece alimentos ao PAA.

Também do Perímetro Piauí, o Movimento Associativista do Brejo participa com proposta em que 16 produtores vão gerar 30.975 quilos de acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, pimentão, quiabo e macaxeira. Da mesma forma, outras 1.900 pessoas em situação de insegurança alimentar serão atendidas com as doações e os agricultores, remunerados, no total, também em R$ 125.000, uma média de R$ 7.812,50 por produtor. Esta será a terceira vez que a entidade representativa participa do PAA, se o projeto for aceito.

Itabaiana
Sendo composta por produtores irrigantes do Perímetro Irrigado da Ribeira, há 50km da capital, a Associação dos Produtores Rurais da Comunidade Lagoa do Forno já participou de outros três projetos com sucesso. Nessa nova proposta, 16 agricultores produzirão 30.270 quilos de alface, batata-doce, cebolinha, cenoura, coentro, couve, inhame, pepino, pimentão verde, quiabo, macaxeira, salsa, tomate e vagem. R$ 125.000 (R$ 7.812,50 por produtor) serão pagos para que sejam gerados os alimentos que servirão de doação para 1.900 pessoas.

Missão do Banco Mundial para o PAS se reúne com Governador e órgãos estaduais

Fotos: Jorge Henrique/ASN

Em reunião entre o governador Jackson Barreto e o Banco Mundial nesta terça-feira, 09, foi informado que o município de Itabaiana iniciará, em breve, os trabalhos da segunda etapa da obra de saneamento básico, que compreende intervenções de esgotamento sanitário e macrodrenagem no centro da cidade. A novidade foi anunciada em meio a conversa do governador com membros da missão do Banco, que veio ao estado para realizar um balanço das últimas ações implementadas pelo programa Águas de Sergipe. A segunda etapa da obra de Itabaiana é um investimento de R$ 45 milhões e, dentre outros objetivos, vai possibilitar que a população deixe de sofrer com as consequências das enchentes, acabando, assim, com prejuízos de ordem financeira e de saúde pública.

Em reunião entre o governador Jackson Barreto e o Banco Mundial nesta terça-feira, 09, foi informado que o município de Itabaiana iniciará, em breve, os trabalhos da segunda etapa da obra de saneamento básico, que compreende intervenções de esgotamento sanitário e macrodrenagem no centro da cidade. A novidade foi anunciada em meio a conversa do governador com membros da missão do Banco, que veio ao estado para realizar um balanço das últimas ações implementadas pelo programa Águas de Sergipe. A segunda etapa da obra de Itabaiana é um investimento de R$ 45 milhões e, dentre outros objetivos, vai possibilitar que a população deixe de sofrer com as consequências das enchentes, acabando, assim, com prejuízos de ordem financeira e de saúde pública.

Em reunião entre o governador Jackson Barreto e o Banco Mundial nesta terça-feira, 09, foi informado que o município de Itabaiana iniciará, em breve, os trabalhos da segunda etapa da obra de saneamento básico, que compreende intervenções de esgotamento sanitário e macrodrenagem no centro da cidade. A novidade foi anunciada em meio a conversa do governador com membros da missão do Banco, que veio ao estado para realizar um balanço das últimas ações implementadas pelo programa Águas de Sergipe. A segunda etapa da obra de Itabaiana é um investimento de R$ 45 milhões e, dentre outros objetivos, vai possibilitar que a população deixe de sofrer com as consequências das enchentes, acabando, assim, com prejuízos de ordem financeira e de saúde pública.

De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Olivier Chagas, que também acompanhou a reunião, nos próximos dias começará o processo licitatório da última etapa da intervenção de saneamento básico de Itabaiana. “Já recebemos autorização do banco para que possamos lançar o edital e, através dele, possamos contratar a empresa que vai executar essa obra, que é muito importante a aguardada pelo povo da cidade”, complementou.

O governador Jackson Barreto destacou que as obras de saneamento vão proporcionar um grande benefício para os moradores. “Vai começar a obra de macrodrenagem de Itabaiana e as pessoas muitas vezes se sentem chateadas com o desconforto que uma intervenção dessas ocasiona, pois vai abrir 7 km de ruas no centro de Itabaiana. Uma obra, quando é enterrada, as pessoas não valorizam. Mas essa é uma intervenção de maior importância para a vida da população e para melhorar a qualidade de vida de quem mora no município, pois todo os anos as enchentes causam um desconforto na vida dos moradores. Além dessa obra, estamos fazendo obra de esgotamento junto ao Açude da Marcela, que é um investimento da ordem de R$ 25 milhões. Com isso, Itabaiana também passará a ter um sistema de esgotamento sanitário mais perfeito”, ressaltou Jackson, acrescentando que essa última intervenção vai proporcionar que o Açude seja despoluído.

A obra de saneamento de Nossa Senhora das Dores também foi citada na reunião com o Banco Mundial. Segundo a especialista sênior em recursos hídricos do Banco Mundial, Paula Freitas, o sistema de esgoto deve ser concluído nos próximos quatro ou cinco meses.

Para o governador, o destaque dessa obra em Dores é a preservação da nascente do rio Sergipe. “Além de Itabaiana, temos o caso de Nossa Senhora das Dores, que está servindo como projeto piloto/modelo para o estado, pois estamos fazendo ali uma estação de tratamento e esgotamento sanitário e ligações em seis mil residências. Isso significa uma revolução dentro do município. Essa obra é um investimento de R$ 23 milhões”, pontuou o governador.

O secretário Olivier Chagas explica que o governador está preocupado que as obras de saneamento causem o menor impacto possível na vida da população. “Jackson quer que a gente esclareça à população sobre as obras e a deixe a par do que será feito, pois, dessa maneira, teremos a sociedade esclarecida e como nossa parceira. Ela vai saber que a obra é um incômodo, mas que trará um benefício bem maior no futuro”.

Para além das obras de saneamento, a reunião desta segunda também foi importante para anunciar outra novidade: a chegada de recursos em Sergipe, via Banco Mundial, para serem empregados na área da saúde. Olivier Chagas conta que são R$ 25 milhões para investir principalmente na área de combate às questões do vírus da Zika. “Estamos estruturando nossos hospitais para que possam oferecer um atendimento especial àquelas pessoas que tiveram problemas com a Microcefalia. O Estado, dessa forma, está demonstrando sua sensibilidade”, comentou.

Missão do Banco
Para a representante do Banco Mundial, Paula Freitas, a vinda da missão para Sergipe e a reunião com o governador foram proveitosas. “Ficamos muito satisfeitos. O governador é muito consciente das obras. Ele tem um conhecimento bem próximo de tudo o que está sendo feito e tem uma lembrança muito grande de outros momentos em que ele esteve envolvido nessas discussões. Ou seja, o apoio do Governo do Estado ao projeto é muito grande e relevante para que consigamos, de fato, ter bons resultados”, relatou.

Paula conta que o programa Águas de Sergipe está avançando bem e que de tempos em tempos o banco vem ao estado para realizar um acompanhamento das obras. “E hoje tratamos sobre vários assuntos com o governador, principalmente, dando a ele ciência do andamento e da proximidade de conclusão de algumas obras. Conversamos também sobre outras ações relacionadas à gestão de recursos hídricos do estado, a importância de te rum planejamento de recursos hídricos adequado para lidar com situações de escassez, e outras iniciativas que estão envolvidas dentro do projeto, como um apoio a alguns perímetros irrigados que estão sob responsabilidade da Cohidro”, esclareceu.

O governador Jackson Barreto falou sobre a satisfação do Banco Mundial com relação ao andamento das ações em Sergipe e registrou que acredita que as intervenções no estado tiveram um impulso muito grande a partir da presença de Olivier como secretário de Meio Ambiente.

Sobre as ações do Águas de Sergipe, Olivier Chagas afirmou que são 80 intervenções dentro da bacia do rio Sergipe, dentre elas estão as obras de revitalização dos perímetros irrigados Jacarecica I e II e o da Ribeira. “Temos ainda obras de reflorestamento em toda a bacia do rio, além de ações de Educação Ambiental e parcerias com a Emdagro e Cohidro para buscar reestruturar esses órgãos que são fundamentais para poder prestar uma boa assistência em nossa Agricultura e Pecuária”, concluiu.

Águas de Sergipe
O Banco Mundial investe em Sergipe US$ 70 milhões, o equivalente a R$ 220 milhões, e o Estado já cumpriu sua contrapartida de R$ 112 milhões. O programa resulta de contrato firmado entre Governo do Estado e Banco Mundial e a iniciativa tem como finalidade a melhoria da qualidade da água da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe. A coordenação é da Semarh e fazem parte Deso, Cohidro e Emdagro.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

 

Salvaguardas do PAS

A Companhia de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) reuniu-se na manhã do mesmo dia, na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), juntamente com a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a missão do Banco Mundial, para tratar da “revisão das salvaguardas” do Programa Águas de Sergipe (PAS).

Representaram a Cohidro, o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola, João Quintiliano da Fonseca Neto e a Gerente Geral dos Perímetros Irrigados, Maria Lúcia Ferraz. Representavam o Banco, os consultores Agnes Veloso, da área ambiental e Alberto Costa, da área social.

Cohidro desenvolve convênio com o Banco Mundial no PAS, que no Estado é gerido pela SEMARH e a Companhia contará com recursos na ordem de R$ 43 milhões para investir nos seus polos irrigados. “São R$ 33 milhões para modernização da irrigação nos perímetros da Ribeira e do Jacarecica I (Itabaiana e Areia Branca), onde o sistema vai ser todo automatizado e de funcionamento noturno, economizando tanto água quanto energia elétrica. Nesses, e também no Perímetro Jacarecica II (Riachuelo, Malhador e Areia Branca), haverá ainda investimentos na segurança e adequações ambientais nas barragens. Os outros R$ 10 milhões compreendem investimentos em conjunto com os outros órgãos e secretarias de Estado”, adianta João Fonseca.

Fonte: Ascom/Cohidro

 

Seca interrompe irrigação no Jacarecica I mas permite obras na barragem

Desde que foi inaugurada, há 30 anos, nunca a falta de chuvas deixou tão baixo o nível da água – Foto Ascom/Cohidro

Há uma semana, desde o dia 17, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), interrompeu o fornecimento de água em um dos seus perímetros irrigados de Itabaiana, 65 km de Aracaju. O Jacarecica I parou de funcionar devido ao baixo nível em sua barragem. Diante da estiagem prolongada desde o ano passado, o reservatório não teve condições de se recuperar. Enquanto as chuvas não devolvem a condição hídrica que possibilite o bombeamento para irrigação, a Empresa executa obras de manutenção, limpeza e instalação de mecanismos de segurança e qualidade da água.

Desde setembro de 2016, a Diretoria de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Dirir) e a gerência do Perímetro Jacarecica I se viram forçadas a adotar medidas de restrição no uso da água, para dispor a irrigação até o final daquele ano. A redução de 20% na área irrigada foi proposta aos produtores, além da diminuição do tempo diário de acesso à água, de 11 para 9 horas diárias. À época, as mudanças foram bem aceitas pelos agricultores e isso lhes permitiu um planejamento de médio prazo, em que seria possível contar com água até o fim de dezembro, se adotadas as ações de racionamento.

Segundo o Engenheiro Civil e gerente de Engenharia da Cohidro, Adnaldo de Santana Santos, o racionamento foi suficiente para manter a irrigação até o último dia 16 de janeiro. “A partir de agora vai depender da incidência de chuvas para que o reservatório se recupere. A qualidade da água que ainda sobrou, no chamado ‘volume morto’, está ruim e se faz necessária uma limpeza, aproveitando este período em que não tem enchimento, sem chuvas”, considerou.Informando que nesse tempo de barragem parada, também será propício realizar outras atividades.

“Vamos dar início em serviços para melhorar a qualidade da água, capacidade de reservação e segurança estrutural da barragem. Instalando equipamentos que desde a sua inauguração, há 30 anos, encontram-se sem operar, como as comportas de segurança, tomada d’água e descarga de fundo”, completa Adnaldo. De acordo com o Engenheiro, ativar este último mecanismo no reservatório vai permitir escoar as impurezas que se depositam no leito da barragem, sem necessitar esvaziá-la.

José Carlos Felizola manteve a imprensa local informada dos fatos e ações da Cohidro no Jacarecica I – Foto Ascom/Cohidro

José Carlos Felizola Soares Filho, diretor-presidente da Cohidro, se solidariza com os agricultores que estão deixando de produzir pela falta d’água. “Sabemos o tamanho do problema que estão passando. Eles têm no trabalho da terra irrigada, o sustento de suas famílias. Entramos em contato com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a quem somos subordinados, para buscar algum tipo de seguridade temporária a esses produtores inviabilizados de produzir. A única coisa boa nisso é que o esvaziamento propiciou essas obras, para nas próximas secas estarmos mais bem preparados para enfrenta-las”, avaliou.

Titular da Dirir, João Quinliano da Fonseca Neto reforça que, no entanto, os agricultores foram advertidos de que não seria seguro plantar para colher depois do dia 31 de dezembro de 2016. “Os irrigantes foram informados, através da Associação de Produtores e da imprensa de que iríamos fazer o possível para fechar o ano com irrigação. Depois disso, não seria garantido o fornecimento de água e que só a retomada das chuvas poderia mudar este quadro. Infelizmente a meteorologia não ajudou, mas ainda estendemos esse prazo além do dia 31 de dezembro, mas desde o dia 13 estávamos operando de forma parcial e condicionado à capacidade das bombas conseguirem captar água na barragem. No dia 17 isso não foi mais possível e foi inevitável a paralisação”, reforçou.

Cohidro adota medidas de racionamento de água no Jacarecica I

Gerente do Jacarecica I, Osvaldo Nunez, produtores e o Agrônomo Paulo Feitosa

Nesta quinta-feira, 22, estiveram reunidos em Itabaiana, a Diretoria de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola (Dirir) da Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe), assessor técnico da Dirir, gerente e técnicos agrícolas do Perímetro Irrigado Jacarecica I, presidente da Associação do Produtores do Perímetro e agricultores irrigantes. No encontro foram definidas as ações possíveis para manter apta, ao fornecimento de água para irrigação, a barragem do polo produtivo, que se encontra em nível abaixo do esperado para o período, devido à falta de chuvas, com redução do turno normal de fornecimento de água e de 20% da área irrigada, pretendendo-se com isso estender o volume útil do reservatório até 2017.

A Barragem Jacarecica I fornece água para irrigação de 252 hectares (ha) e a COHIDRO presta assistência técnica a 126 lotes familiares, que só em 2015 produziram 6.907 toneladas de alimentos que, em valores corrigidos (IGP-M/FGV), injetaram mais de R$ 11 milhões na economia itabaianense. Tendo como principal produto explorado a batata-doce (2.200 toneladas colhidas de janeiro a abril deste ano). Coma as medidas de racionamento de água adotadas na última semana, esta extensão de terra atendida pela irrigação cai para 200 ha. Segundo o Engenheiro Agrônomo da Dirir, Antônio Paulo Feitosa, esta ainda não foi a principal ação tomada para conter o desabastecimento do Perímetro.

“Jacarecica I tem tido um rebaixamento muito grande e mesmo considerando que a área irrigada em torno de 200 ha, hoje, com essa carência de água só tem condições de irrigar até dezembro. A partir disso praticamente a barragem não tem mais água suficiente para fazer a irrigação, caso não haja uma recarga da barragem, que só pode ocorrer com chuvas relevantes. Diante disso, estamos fazendo um trabalho de racionamento a partir dessa semana, diminuindo o turno de rega em mais uma hora/dia a menos de operação, de nove vai passar a operar oito horas por dia”, salientou Paulo Feitosa, informando ainda que a irrigação ocorre todos os dias, exceto aos domingos.

José Carlos Felizola Filho, diretor-presidente da Cohidro, adverte aos agricultores o uso consciente da água para irrigação, já que esta é a segunda vez, neste ano, que e faz necessária a redução do turno de irrigação. “No início do ano eram 11 horas e como já se anunciava um ano com poucas chances de recuperar o nível da barragem, de pouca chuva, foi reduzido para nove. Agora mais uma hora foi tirada do tempo de operação. O irrigante tem também que fazer a parte dele e evitar, a todo custo, o desperdício com vazamentos. Ao sinal de um cano quebrado, consertar imediatamente. Se presenciar o rompimento de uma adutora do próprio Perímetro, corra para avisar a gerencia do Jacarecica I. Essa água perdida pode fazer muita falta na sua lavoura”, aconselha.

Diretor de Irrigação, João Quintiliano da Fonseca Neto reforça que outra medida a se tomar cuidado com o uso da aspersão semi fixa, onde se faz necessária a movimentação do sistema de irrigação. “Ao desligar a água e desconectar os canos, para trocar de lugar na lavoura, se desperdiça em torno de 15% da água necessária para irrigar um lote. Estamos alertando o produtor para isso, que ele tem que investir em sistemas que não seja necessária a mudança de tubulação,ou seja, sistemas fixos. A microaspersão, além de ser um investimento mais econômico para cobrir toda área irrigada, se revela um método mais econômico com relação a otimização do uso da água, diminuição de mão de obra e redução de custos com insumos”, explicou.

A microaspersão faz parte do projeto de modernização dos perímetros irrigados Jacarecica I e da Ribeira, ambos da Cohidro e abrangendo tanto os municípios de Itabaiana e Areia Branca. Faz parte do programa Águas de Sergipe, de preservação e racionalização dos recursos hídricos da Bacia do Rio Sergipe. Financiado pelo Banco Mundial, todo sistema de irrigação dos lotes dos dois polos agrícolas será substituído pelo método mais eficiente e econômico. “Além disso, o sistema de bombeamento e irrigação dos lotes será automatizado e o turno de irrigação será fixado para funcionar de nove horas da noite até seis da amanhã do dia seguinte, período de menor tarifação elétrica e menor incidência de evaporação pelo sol. O Programa, que pretende injetar R$ 33 milhões na irrigação pública fornecida pelo Estado, está em fase final da licitação para compra de equipamentos e obras de adaptação de infraestrutura”, completou João Quintiliano.

Perímetro Jacarecida I da Cohidro é líder na produção de Batata-doce

A Roxa-branca é das variedades mais comuns no Jacarecica I

De janeiro até maio, tem produtor colhendo Batata-doce no Jacarecica I, que é o perímetro irrigado que mais produz dentre os administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Em 2015, foram quase quatro mil toneladas (ton) do alimento, ocupando 198 hectares (ha) dos 251 da área total irrigada. Localizado no município de Itabaiana, no Pólo Irrigado os agricultores agora se aproveitam da alta no preço para produzir mais o tubérculo, incrementando os tratos culturais e atingindo produtividades de até 34ton/ha.

Os tratos culturais da Batata-doce são mais simples do que em outras culturas e a ausência de doenças, que prejudiquem seu desenvolvimento, facilitam ainda mais o manejo do produto. Esses fatores incidem na redução do custo de produção, incluindo o de mão de obra, o que incentiva a preferencia de praticamente todos os 126 agricultores irrigantes do Jacarecica I pelo cultivo. Luiz Joaquim de Oliveira é um deles. Nascido na região, há 30 anos trabalha no seu lote de 2ha no Perímetro, onde cultiva as variedades Roxa-branca, a Branca e a Paulistinha.

“É uma plantação isenta de pragas e doenças, o preço que agora está em alta e ela não é exigente em mão de obra, como em outras cultas. Nos tratos culturais, duas pessoas dão conta de minha área, só contrato mais quando é para a colheita. Não tem que pelejar com tóxico, como em outras culturas e isso ninguém quer mais fazer não”, justificou Luiz Joaquim. Sua plantação do tubérculo constantemente ocupa 1ha do seu lote. Quanto não está plantada a Batata-doce, tem Coentro, outra das preferências do Jacarecica I, Milho ou quiabo, todas como cultura de rotação.

Gerente do Perímetro, Osvaldo Nunez da Cruz considera Joaquim de Oliveira um dos mais bem-sucedidos produtores da Batata-doce no Jacarecica I. “Ele colhe entre 50 e 60 sacos, o que equivale a 2ton porcada tira de 0,08ha, alcançando uma produtividade de 24ton/ha. Ele, como os demais produtores, tanto escolheram essa planta pela maior facilidade para cultivar, mas também pelo mercado promissor. Tem bastante procura pelos feirantes e intermediários que chegam a pagar para o agricultor o preço de R$ 1,25 por quilo do produto”, considerou.

Alta produtividade

No lote do produtor irrigante José Benício de Mendonça são 1,5ha dedicados à Batata-doce, a produtividade da variedade Roxa-branca atingiu um patamar considerado acima da média, com a marca de 34ton/ha. Para o Técnico em Agropecuária da Cohidro, José Givaldo Oliveira, este resultado não poderia vir em momento melhor para o agricultor. Para ele, responsável pela assistência técnica nesta área do Jacarecia I, o momento é propício com a melhora no valor de venda e isso anima, aumenta a dedicação de quem cultiva a Batata-doce.

“O resultado da produção de José Benício superou as expectativas da região. O ótimo preço da Batata-doce no comércio faz com que as áreas dedicadas para o produto aumentem e os produtores passem a investir mais em insumos de melhor qualidade, com melhor adubação, melhores equipamentos de irrigação e mão de obra mais constante e qualificada”, comemorou o técnico José Givaldo. Ele explica ainda que as variedades mais comuns são a Roxa-branca e a Branca, justamente pela produtividade e pela precocidade, propiciando a colheita em três meses depois de plantada.

Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, acompanha o cultivo da Batata-doce e informa que outros perímetros irrigados da Companhia como a Ribeira em Itabaiana, o Jacarecica II, em Malhador e Riachuelo e ainda o Piauí, em Lagarto, são grandes produtores do tubérculo e só têm aumentando sua produção, motivados pelo bom preço e oferta da irrigação. “É um produto considerado altamente nutritivo e podendo ser alimento para todo tipo de pessoa. É fonte de energia, minerais e vitaminas, por isso ultimamente está sendo muito requerido nas dietas para perda de peso e para quem frequenta academias de ginástica”, disse.

Batata-doce Ourinho

Catalogada por pesquisadores como uma variedade legitimamente sergipana, a Barata-doce Ourinho ocupa um patamar de destaque e é considerada de qualidade superior em comparação aos outros tipos cultivados. A Ourinho é preferida para aplicação em receitas culinárias em diversas partes do Brasil e até internacionais, devido sua coloração mais amarelada que as demais. Mas por ser de colheita mais tardia, quatro meses, ela acaba por ser preterida pelos agricultores. O que não é o caso do agricultor irrigante do Jacarecica I, José Hunaldo Oliveira de Goes, que na colheita, feita neste início do ano, teve boa rentabilidade com a cultivar.

Para o técnico José Givaldo a produção da Ourinho, por não ser comercial na região, superou as expectativas de produção na área de José Hunaldo. “Com um produto de ótima qualidade, o resultado foi ótimo para o Produtor, ainda mais com o ótimo preço praticado na hora de vender esta variedade. A produtividade de 25ton/ha, teve fruto no fato do Agricultor seguir corretamente as orientações técnicas, assim como adubação, manejo de irrigação e tratos culturais”, revelou o Servidor da Cohidro.

Diretor de irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto explica que foram colhidas, ato todo, 9.108 quilos de Batata-doce nos perímetros da Companhia em 2015. “As maiores produtividades do tubérculo são encontradas aonde existe irrigação e por isso é um dos cultivos mais escolhidos para utilizar da irrigação oferecida pelo Governo de Estado. Pela facilidade de plantio, pela reduzida utilização de insumos comerciais e de mão de obra, se torna um ótimo investimento, de baixo custo e de retorno rápido para o irrigante”, concluiu.

PAA: irrigação pública estadual produzirá alimentos para doar a 24 mil pessoas carentes em 2016

Na APPIP os agricultores entregam os produtos que são pesados, registrados e no mesmo dia são recolhidos pelas entidades beneficentes – Foto Ascom-Cohidro

A Superintendência da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Sergipe visitou associações de agricultores em Lagarto e Malhador. Eles tanto são irrigantes atendidos pela Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe), quanto vendem sua produção para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade “doação simultânea”. Em reuniões e entrevistas, o Órgão Federal visou orientar fornecedores e receptores nesses dois projetos que permitem a doação de alimentos para mais de três mil famílias carentes.

Dentro dos perímetros irrigados da Cohidro atualmente estão em andamento, na etapa de entrega de alimentos, quatro projetos do PAA e existem outros dois analisados e em fase de homologação e pagamento pela Conab, na Superintendência Regional de Sergipe. Nestes já aprovados, são 18.260 pessoas em situação de insegurança alimentar recebendo, até o final do ano, um total de 648 toneladas (ton) de alimentos fornecidos por 171 produtores, remunerados com recursos federais em R$ 1.367.445,00 de forma parcelada, uma parte a cada entrega. Para tanto, 13 órgãos públicos ou entidades sem fins lucrativos intermediarão as doações nas comunidades que atendem em Lagarto, Areia Branca, Barra dos Coqueiros, Pedra Mole e Itabaiana.

Em Lagarto, o superintendente Estadual da Conab, Emanuel Carneiro, explicou que é função da Companhia fazer visitas aos projetos em andamento ou que ainda serão implantados. “Nós solicitamos essa reunião para que fosse discutido o PAA, na sua essência. Se funciona, quais são as atribuições dos produtores, quais são as obrigações do recebedor, toda a normativa para que o projeto possa transcorrer da melhor forma possível e atender os objetivos, que é justamente atender a comunidade carente que necessita de uma complementação da alimentação”, considerou.

Emanuel tem avaliado como muito boa a atuação dos agricultores dos perímetros irrigados no PAA. “O presidente (da Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí – APPIP) é um parceiro nosso já há alguns anos, mas também a Cohidro é fundamental nesses projetos dos perímetros irrigados. Em Canindé do São Francisco, inclusive, nós já estamos analisando o projeto e vamos visitá-los ainda neste ano”, disse o superintendente, se referindo a proposta ao Programa feita por 24 irrigantes do Perímetro Califórnia, para fornecer 77 ton de alimentos. ”Eu acredito que nos próximos 30 dias esse projeto esteja já funcionando”.

O gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata, expõe que nos dois projetos, propostos pelas associações dos Agricultores de Canindé de São Francisco (ASSAI) e dos Produtores Rurais da Comunidade Lagoa Do Forno, eles assumem fornecer quase 160 ton de alimentos para 5,8 mil pessoas em insegurança alimentar, assistidas pelos centros de referência de Assistência Social (CRAS) de Canindé, de Nossa Senhora das Dores e no Hospital e Maternidade São José, em Itabaiana. Neste último caso, as doações serão para o preparo de refeições aos pacientes.

“São 59 produtores irrigantes dos perímetros Califórnia e Ribeira inscritos em dois projetos aguardando homologação e o pagamento de R$ 472 mil (R$ 8 mil para cada), pela venda garantida de produção durante um ano. Dos aprovados, além da APPIP, temos outras duas associações de Itabaiana, no perímetro da Ribeira e mais a Astrapicica (Associação dos Trabalhares Rurais do Perímetro Irrigado Jacarecica II), em Malhador. Todos fazendo entrega para o PAA”, assinalou Sandro Prata.

Lagarto
“Esse projeto da APPIP, se comparado aos que nós temos em funcionamento, é o maior que a Conab tem hoje no Estado de Sergipe. Atendendo 69 produtores e várias entidades. A Cohidro é um parceiro importantíssimo nesse contexto, se não fosse a Cohidro aqui, não teríamos este êxito. Nós sabemos das dificuldades que o produtor tem, o agricultor não é comerciante, ele é agricultor, então ele necessita de apoio técnico e a Cohidro tem feito isso de uma forma excelente em todos os perímetros que ela atua”, relatou o superintendente Emanuel Carneiro. A Conab investe nesses agricultores do Perímetro Piauí R$ 551.450,00, para que produzam 296 ton de alimentos, doados para 6.860 pessoas assistidas por seis instituições socioassistenciais de Lagarto.

Participou da reunião, realizada na sede recreativa da APPIP no dia 12, a coordenadora do CRAS 1 de Lagarto, Marta Catarina Dantas de Almeida. Ela foi convidada pela Associação para divulgar aos produtores o trabalho que a entidade faz, falando “sobre o que é o papel do CRAS, de estar distribuindo os alimentos para as famílias. Vim passar para os agricultores mais uma força, um incentivo”, relata, confirmando a função social no PAA, ao justificar que as doações chegam sim até as pessoas. ”Falei da importância dos alimentos para essas famílias, do quanto está sendo bom para elas”.

O diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrário da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, estabelece que além das pessoas que recebem o alimento, o produtor também se beneficia no PAA. “É um preço fixo por cada produto e que não varia com o mercado. Se um preço cair, o que é bastante recorrente, o produtor não leva prejuízo como acontece quando ele vende para os atravessadores. Isso facilita muito o planejamento das suas plantações, ele pode programar sua produção durante toda vigência do contrato com a Conab sabendo que receberá seu repasse, toda vez que fizer uma entrega à doação simultânea”, argumentou.

Josileide Martins de Carvalho Nascimento (Dona Dicuri) reconhece essa vantagem no PAA. Ela é agricultora irrigante no Perímetro Piauí e entrega coentro, couve e alface e diz que já contabilizou mais de 300 quilos de alimentos à doação, cerca de 40 por semana. “Essa é a primeira vez que participo e digo que compensa, vale apena”, contou. Na reunião com a Conab, considerou importante ter esse tipo de encontro. “É bom porque a gente fica sabendo mais ainda, ficou por dentro do assunto. Eu sei que está tudo certo, guardo os documentos numa pastinha, é bom ter o controle. O pagamento está indo bem, entrego numa semana e recebo na outra”, completou.

Para o presidente da APPIP, Antônio Cirilo Amorim (Toinho), a reunião serviu para melhorar o conhecimento que tinham do PAA e reforçar a importância do Programa. “A partir de agora todo mundo vai se organizar mais, vai procurar colocar mais produtos, produzir mais. É uma alegria muito grande receber o superintendente da Conab do Estado aqui na nossa Associação, pela primeira vez. Ele veio esclarecer nossas duvidas e nós ficamos agora tranquilos, todo mundo está consciente do seu papel”, avaliou, reforçando estarem recebendo os pagamentos corretamente, após cada entrega.

José Carlos Felizola Filho, diretor-presidente da Cohidro, considera que a cooperação dada pela Empresa, ao PAA, vá além do auxílio técnico para a elaboração dos projetos. “Para produzir com a variedade e quantidade de alimentos que esses agricultores se propõe à Conab e durante um ano, em Sergipe não há como plantar sem irrigação. A irrigação pública, oferecida pelo Governo do Estado, propicia essa garantia para esses pequenos produtores, de que eles podem assumir o compromisso com o Conab e com as entidades beneficentes que, por sua vez, poderão se comprometer com as pessoas que atendem, de que esse alimento vai chegar nas suas mesas”, relevou.

De Malhador para Areia Branca
Cerca de 750 famílias em situação de insegurança alimentar em Areia Branca estão recebendo alimentos doados pelo PAA. Doações que são produzidas por agricultores da Astrapicica, de Malhador. Eles são todos irrigantes do Perímetro Irrigado Jacarecica II e repassam os produtos para coleta realizada pelo CRAS do município vizinho. Raine Costa é coordenadora da entidade beneficente e acompanhou a Conab na visita feita à a Associação, no dia 15.

“O projeto é bastante organizado e vem beneficiando famílias carentes. Ele contribui bastante para essas pessoas que estão numa situação nutricional delicada. A gente que trabalha na Secretaria de Assistência Social conhece de perto a realidade dos habitantes de Areia Branca”, destacou, acrescentando que a doação é feita priorizando os mais necessitados. “Nós procuramos primeiro ir aos povoados, que tem uma maior necessidade. A gente entrega praticamente na porta de cada um e como a Associação nos repassa produtos de ótima qualidade, a população dá um bom retorno, eles estão bastante satisfeitos com o projeto”, reforçou Raine Costa.

Jackson Barreto visita obras de novo frigorífico em Itabaiana

Fotos: Marcos Rodrigues/ASN

O município de Itabaiana recebeu nesta sexta-feira, 20, a visita do governador Jackson Barreto, que verificou o andamento das obras do sistema de drenagem e esgotamento sanitário da cidade, sendo construído por meio do programa Águas de Sergipe e ainda foi ao canteiro de construção do frigorífico Serrano, situado no povoado da Ribeira.

Por estar sendo erguido em área de influência do Perímetro Irrigado da Ribeira, administrado pela Cohidro, a instalação contará com quatro pontos de água, equivalente ao número de lotes que ocupa e obedecerá ao mesmo regime de fornecimento que os demais agricultores irrigantes, também atendidos pelo sistema de distribuição de água bruto.

Após visitar as obras de Acompanhando do presidente da Assembleia Legislativa, Luciano Bispo, Jackson Barreto se dirigiu ao povoado da Ribeira, onde está sendo construído o frigorífico Serrano. A obra, de iniciativa privada, recebe apoio do Governo do Estado e vai proporcionar que desde pequenos criadores a prefeituras sejam beneficiados. Com investimento de R$ 22 milhões, o empreendimento do grupo Souza irá atender a todas as exigências sanitárias, de modo a acabar com funcionamento de abatedouros clandestinos. Serão gerados 150 empregos diretos e 600 indiretos.

“Aqui se trata do que existe de mais moderno em termos de frigorífico, e que vai atender a demanda de 34 municípios que não têm local adequado para abater o boi, livrando a população de qualquer problema de saúde. É evidente que o Governo do Estado, graças a Secretaria de Agricultura e seus órgãos, tem dado contribuição, mas temos que louvar essa iniciativa pioneira do grupo Souza. Você abater 600 bois por dia, significa dizer que vai trazer qualidade de vida para quase metade da população de Sergipe”, afirmou Jackson Barreto.

O governador também disse que essa obra se classifica como de inclusão social, pois oportuniza que marchantes [negociantes de gado] e outros pequenos profissionais da área possam vender seu produto limpo e preparado em um local moderno. “Esse é o casamento do empreendedorismo com a capacidade de trabalho. É uma experiência pioneira. Estou entusiasmado com isso, e tenho certeza que a saúde do povo agradece”.

O novo complexo frigorífico tem capacidade para abater 600 bois por dia, e ocupa uma área de 82 mil m². O projeto, segundo Mairton Souza, um dos sócios, prevê tratamento ambiental, que garante preservar a área com utilização de apenas produtos biológicos.

“Vamos ajudar às prefeituras e ao pequeno magarefe, que abate o boi no mato, corre o risco de perder a carne e sofrer com as fiscalizações do Ministério Público e da Emdagro. Então esse é um empreendimento de cunho social muito forte, pois o magarefe pode continuar comprando o boi, trazer para o frigorífico, onde o veterinário vai inspecionar e se estiver apto para ser abatido, vamos cuidar para poder comercializar a carne sem risco. Seremos uma ferramenta para que o estado tenha segurança alimentar”, relatou Mairton.

O secretário de Estado de Agricultura, Esmeraldo Leal, comemorou abertura do empreendimento do grupo Souza, que, apesar de sergipano, começou atuando no estado da Bahia, onde também possui frigoríficos. “Felizmente tivemos a satisfação em recebê-los com essa força que o grupo já tem no estado vizinho. Agradeço pelo que estão fazendo, pois tínhamos preocupação com o fim do trabalho do marchante e as pessoas que trabalham com isso, e percebemos, ao dialogar com os empreendedores, que existe esse serviço de prestação de serviço que não vai excluir esses personagens importantes, inclusive, culturalmente”.

O frigorífico Serrano apresenta em seu projeto a realização de abate dentro dos padrões de higiene exigidos pelos órgãos da vigilância sanitária e inspeção animal, embalagem e transporte em caminhões frigoríficos até o ponto de venda.

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Fonte: Agência Sergipe de Notícias

 

Última atualização: 6 de maio de 2021 18:13.

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