Semana da Alimentação em Lagarto terá palestras e divulgação dos alimentos orgânicos

Programação da Semana da ALimentação

Promover a produção orgânica realizada no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, será o objetivo dos três dias consecutivos de eventos, que a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) está organizando no município sul-sergipano. Na terça-feira, 17, no campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), na quarta, no Colégio Estadual Professor Abelardo Romero Dantas e quinta, no Sindicato de Trabalhadores Rurais de Lagarto. Nesses locais, a partir das 9h, ocorrerão palestras, depoimento dos agricultores e exposição dos alimentos cultivados por eles. Aproveitando o mote do Dia Mundial da Alimentação, celebrando no dia 16.

Maria Terezinha Albuquerque, Técnica da Gerência de Desenvolvimento Agrário da Cohidro (Gedea), está coordenando o evento e explica que a intenção é mostrar que no município, há 75km de Aracaju, existe produção orgânica acessível à população local. “Vamos primeiro ao ambiente universitário, que tem conhecimento das alternativas de alimentação saudável, via o consumo de alimentos naturais. Queremos dizer e demostrar, na prática, que eles podem ter acesso a esses alimentos sem precisar procurar a capital do Estado, ali mesmo em Lagarto, em feiras até direito na área produtiva do agricultor orgânico, já que nosso perímetro irrigado fica muito próximo à zona urbana”, justifica sobre o dia de evento no campus Lagarto da UFS.

Terezinha considera ainda que o segundo dia será tão especial quanto o primeiro, já que terá por função a conscientização. “Por meio dos jovens, que são estudantes do nível médio, é possível alertar dos benefícios de uma alimentação saudável e livre de qualquer risco de contaminação por agrotóxicos. Convencidos disso, eles levam essa informação para dentro de casa, mostrando aos familiares que existe essa maneira mais sadia de se alimentar e que é sim possível fazer isso mesmo no interior, em Lagarto”, completa ela.

Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, o evento inova, por quebrar dois grandes paradigmas. “Por parte dos produtores rurais orgânicos, que o Governo do Estado atende, existe aquela reivindicação constante por uma logística que os permita levar seus produtos para vender na capital. Por outro lado, é muito comum o pessoal do interior, que quer optar por uma alimentação saudável, com alimentos orgânicos, achar que só em Aracaju vai encontrar os produtos para isso. Importantíssimo a realização destas ações que informam ao mercado consumidor que já existe no interior, produtores desses alimentos. Que ao lado da sua cidade, tem gente produzindo de maneira agroecológica e responsável, a partir da orientação dos técnicos da empresa”, considera, parabenizando a equipe da Diretoria de Irrigação e do Perímetro Piauí pela iniciativa.

Palestras
Abre o evento, em ambos os dias, o Técnico Agrícola da Cohidro e Lagarto, Marcos Emilio de Almeida, que vai falar, aos estudantes, dos processos que permitem a ‘produção orgânica’. O servidor tem a função, no Perímetro Irrigado Piauí, de acompanhar, de perto, os agricultores com a produção agroecológica já consolidada, mas também atua no processo de ‘conversão’, das áreas de plantio, em lotes livres do uso de agrotóxicos. Esta atividade é a única que ocorrerá nos três dias de evento.

Gildo Almeida Lima, gerente do Perímetro Piauí, explica que quando foi a campo divulgar o evento em Lagarto, acabou recebendo o convite para estender a programação ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais. “Eu, junto do nosso técnico agrícola e palestrante Marcos Emílio Almeida, fomos nas entidades locais, rádios e órgãos públicos, para fazer o convite do ciclo de palestras da terça e da quarta. Foi quando surgiu a oportunidade de encaixamos a mesma palestra sobre ‘Produção Orgânica’, dada por Marcos, ao evento que o Sindicato estará promovendo na quinta (19), o ‘1º Encontro de Conscientização sobre o Outubro Rosa’, focado na prevenção do Câncer de Mama e voltado ao público de jovens agricultores”, relatou.

Nos dois primeiros dias, o evento terá sequência na palestra da professora da UFS em Lagarto, Izaura Virginia Reis Menezes Valença, sob o tema da ‘Alimentação Saudável’. O ponto de partida na conscientização das pessoas em optarem consumir alimentos orgânicos, vem da mudança de seus hábitos alimentares. Os alimentos cultivados sem o uso de agroquímicos dão mais segurança para o consumo de vegetais in natura ou crus, base de toda dieta alimentar que priorize a saúde.

Outro aspecto importante e amplamente permitido a quem consome alimentos livres agrotóxicos, é o ‘aproveitamento integral dos alimentos’. Sobre o tema, também vai palestrar, na terça e quarta-feira, Aline Rezende Alves, nutricionista do Programa Mesa Brasil, do SESC em Sergipe. Segundo essa tendência gastronômica, muito do que é jogado fora no preparo dos alimentos que consumimos, como cascas, sementes, pode ser processado e reaproveitado em outras receitas, surpreendendo em sabor e até apresentando teor nutritivo superior àquela parte do vegetal que nós, culturalmente, aceitamos ser a consumível.

“Faz parte do nosso trabalho, de acompanhamento do produtor irrigante, em nossos perímetros, oferecer e até criar mercados consumidores para que eles possam escoar suas colheitas. No caso do orgânico, isso é mais necessário ainda, já que se trata de um consumidor especializado, que se predispõe em pagar um preço diferenciado, para obter um produto de qualidade. Será muito importante, promover o encontro entre consumidor e o produtor orgânico em Lagarto. Estamos confiantes de que o resultado será positivo”, avalia o diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto.

Depoimentos de vida
Ninguém melhor para vender um produto, onde a dedicação e esmero estejam tão presentes, do que próprio produtor orgânico. Essa oportunidade deles se expressarem, de mostrar toda a experiência vivenciada na missão de não mais lançar mão à praticidade do agrotóxico, para produzir, vai ser possível no encerramento dos dois primeiros dias de eventos. Logo depois, eles fazem exposição dos alimentos que produzem no Perímetro Irrigado.

Os agricultores vão dar o depoimento do que fazem para garantir esses alimentos naturais, livres de qualquer contaminante para quem consome e para as famílias que produzem.Também, nada menos importante, produzir por vias agroecológicas eliminam os riscos ao ambiente que vivemos: reservas hídricas, solo e a biodiversidade, que temos o dever de preservar às gerações futuras.

Dia Mundial da Alimentação
Celebrado em 16 de outubro, marca a data de fundação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em 1945. Tem por objetivo desenvolver uma reflexão a respeito do quadro atual da alimentação mundial e principalmente sobre a fome no planeta. Na data, a própria entidade realiza diversas atividades artísticas, esportivas e acadêmicas ao redor do mundo.

 

Kits de primeiros socorros são entregues em perímetros irrigados

Em Lagarto são 22 servidores, dentre operadores de bomba, técnicos agrícolas e auxiliares de serviços gerais – Foto Michaelle Santiago (Ascom-Cohidro)

Com o objetivo de zelar pela saúde dos funcionários durante o exercício de suas funções, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), por meio das suas divisões de Saúde e Segurança do Trabalho (Dissa) e de Bem-estar Social (Dibem), nesta terça-feira, 3, realizou a entrega da terceira maleta de primeiros socorros, destinadas às equipes de servidores alocadas nas unidades do interior do Estado. Desta vez foi no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. O objetivo é prevenir o agravamento do estado de saúde em casos de acidentes, fazendo com que os cuidados sejam tomados inicialmente dentro da empresa.

Participaram da ação em Lagarto, 69km de Aracaju, a enfermeira do trabalho Catharina Correia Costa, e as assistentes sociais Jainne Oliveira e Daniele Lino. Além da entrega, as profissionais de saúde ministraram um minicurso de primeiros socorros, que contou com a presença de 22 funcionários. No dia 26 de setembro tal atividade já tinha ocorrido em Itabaiana, 54km da capital, atendendo aos servidores alocados nos perímetros irrigado da Ribeira e Jacarecica I, onde também estiveram, abrindo os trabalhos, o chefe e a assistente da Dissa, o engenheiro de segurança do trabalho Roberto Barros, a técnica de saúde do trabalho Jéssica Oliveira. Participou ainda o presidente da Associação dos Servidores da Cohidro, Alberto Santos Melo o diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jorge Kleber Soares Lima.

“Até o fim do mês de outubro, todos os nossos seis perímetros irrigados vão receber suas respectivas maletas com itens necessários para um primeiro atendimento, como por exemplo, esparadrapo, curativo, gaze, tesoura, luva, máscara, entre outros. Quando forem utilizados, que Deus os livre aconteça, os itens serão abastecidos pela equipe da Dissa. Uma iniciativa das duas divisões de saúde da Empresa, que nós, da diretoria executiva, dêmos o aval administrativo e apoiamos”, revelou Jorge Kleber.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola considera essencial a ação das divisões de saúde, que já não acontecia há alguns anos. “Está de parabéns a equipe da Dissa e da Dibem. Identificaram esta deficiência nos nossos perímetros irrigados e arregaçaram as mangas para suprir. Esse é um material importante, que tem que estar sempre sendo reposto, quando é usado ou quando perde a validade dos produtos. Vamos dar total apoio para que isso tenha continuidade. Cabe agora também aos gerentes ficarem de olho na atualização desse ‘kit’ de primeiros socorros, para que nunca falte nada aos nossos valorosos colaboradores”, alertou.

Para o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima, a atividade foi esclarecedora e vai evitar a agravamento dos casos. “Foi bom porque ficou claro pra todo mundo, para evitar o risco com acidentes e assim, reuniu todos os funcionários e ficou tudo esclarecido, da melhor maneira possível. São 22 funcionários. Sim, acidentes acontecem, ás vezes, uma besteira, acha que não é nada, não cuida e com a maleta, a gente já vai agir e vai evitar outros danos”, afirmou.

A Dissa cuida das adaptações do ambiente de trabalho para inibir os riscos à integridade física do funcionário, assim como cobra destes o uso dos EPIs (equipamentos de proteção individual). Já a Dibem é responsável pelo orientação motivacional, acolhimento e conscientização quanto à saúde física e mental do trabalhador dentro e fora da empresa.

Paralelo a este trabalho de atenção aos trabalhadores do interior, a enfermeira Catharina e a Dibem, vêm aplicando, a nível de empresa, as campanhas preventivas do ‘Setembro Amarelo’, neste mês o ‘Outubro Rosa’ e já estão se programando para o ‘Novembro Azul’ e o ‘Dezembro Vermelho’. “Pensando na saúde e segurança dos colaboradores, nós da Dissa e os diretores da Cohidro, estamos planejando diversas ações para a sede em Aracaju e perímetros. Uma dessas ações está sendo a entrega das maletas com manual de instrução e breve curso de como utilizar, da melhor forma, os itens de primeiros socorros. É importante salientar que as ações corretas nos primeiros momentos logo após um acidente podem ser determinantes para uma recuperação satisfatória do acidentado ou mesmo para o salvamento de uma vida”.

 

Técnico da Cohidro em Lagarto eleito presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente

Fotos Secom Prefeitura de Lagarto

Nesta quinta-feira, 21, estiveram reunidos, na sede da Emdagro, os membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente para a escolha do novo presidente e da comissão gestora do Fundo Municipal.

O Presidente eleito do Conselho de Meio Ambiente de Lagarto foi Marcos Emílio de Almeida (Cohidro) e o vice Héricles Ancilon Barbosa de Lima (UNICOOPES).

‘Os indicados da Sociedade Civil para comporem a comissão gestora do Fundo Municipal de Meio Ambiente foram: Jonielton Oliveira Dantas (Faculdade Dom Pedro II) e Adiranilton Matias dos Santos (Associação Ambientalista Tabocas).

presença do gerente do Perímetro Irrigado Piauí, Gildo Almeida Lima – Fotos Secom Prefeitura de Lagarto

O presidente da comissão gestora é o secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, Flamarion Déda, e o indicado pelo chefe do Poder Executivo, Valmir Monteiro é o secretário de Finanças Anderson Souza.

O Conselho Municipal de Meio Ambiente é um órgão colegiado permanente consultivo, deliberativo, normativo e de assessoramento ao Poder Executivo quanto à gestão, preservação do meio ambiente, bem como no tocante à formulação das políticas públicas municipais do meio ambiente e do saneamento básico.

A secretária do Conselho de Meio Ambiente é a servidora municipal Gabriela Silva.

Presença do gerente do Perímetro Irrigado Piauí, Gildo Almeida LimAlmeida.

Fonte: Secom Prefeitura de Lagarto

Milho verde dos festejos juninos está garantido pela irrigação pública do Estado

Irrigação do milho e outras culturas ainda está sendo possível na maioria dos perimetros irrigados da Cohidro

Sergipe, no campo, correu para plantar e suprir a demanda do milho verde para os festejos juninos, quando é tradicionalmente consumido cozido in natura, ou como base para diversos pratos típicos. O produto só pôde ser plantando na maioria das lavouras a partir de meados de março, quando se deram as primeiras chuvas de 2017. O mesmo não ocorreu nos perímetros de irrigação pública do Governo do Estado, onde é possível colher antes ou depois do São João, independente do que ‘manda’ São Pedro.

Embora as chuvas tenham faltado no ano passado, e isso esteja hoje prejudicando a irrigação em alguns desses polos irrigados, essa possibilidade de cultivo do milho, independente do que permite a meteorologia, ainda está sendo possível na maioria dos perímetros estaduais administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Só na unidade de Lagarto, a 69km de Aracaju, quando as chuvas chegaram em março, já eram 25,63 hectares (ha) plantados, o que vão gerar, passando 80 dias, 387.525 espigas de milho verde, para entrar junho com o alimento na mesa dos sergipanos.

Gildo Almeida Lima, gerente do Perímetro Piauí da Cohidro em Lagarto, acompanha os produtores de milho e fala do que muda na produção quando é possível contar com irrigação no lote. “Totalmente diferente né? A gente cultiva, fora de época, vários tipos de produção, de produto. Como o milho verde agora. Esse aqui foi plantado na época de estiagem e já está na fase de colheita”, assinalou visitando a área plantada pelo agricultor irrigante José Roberto de Jesus.

No lote de 4ha de José Roberto, 2,64 estão ocupados com o milho plantado há 70 dias, já bem perto da colheita, que acontece depois dos 80. Embora tenha água para plantar o ano todo, prefere seguir a tradição. “Porque a gente planta no dia de São José. É que quando em São João, ele está maduro, ‘tá’ pronto para comer. Garante a festa com pamonha e canjica. A produção está boa e as vendas, pelos preços, acreditamos que estejam melhor de que o ano passado”, disse o produtor, que tem oferta de compra, para toda a lavoura, de R$ 0,50 a espiga no pé.

Técnico Agrícola da Cohidro no Perímetro Piauí, José Américo explica que o preço praticado na maioria das plantações irrigadas é feito com o milho no pé, ou seja, é pago o valor pelo número de espigas arrancadas na lavoura, mas quem arca com o custo de colheita é o comprador. Segundo ele, os fatores climáticos influenciaram uma grande alta de preços do produto. “Subiu mais de 10% e a tomada de preço, no ano passado era de R$ 0,40 e hoje é R$ 0,50, por cada espiga”, afirmou.

Fatores climáticos
Embora a irrigação pública pela Cohidro, transponha a necessidade de chuvas para plantar, os perímetros irrigados ‘guardam a água da chuva’ em barragens para então ser usada o ano inteiro. Água que vem de rios e tirando o São Francisco, responsável por abastecer o Perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco (213Km de Aracaju) e o Platô de Neópolis (121km de capital), todos os outros cinco têm sua perenidade dependente da pluviosidade que ocorrer em Sergipe. Deste modo, 2016 foi um ano atípico, de baixíssima precipitação em todo estado e fez com que a irrigação tivesse que ser racionada e em certos casos, já em 2017, interrompida. Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Rural da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, isso prejudicou a produção tanto do milho como de outras culturas.

“O ano de 2016 foi um ano com dificuldade de chuva e com isso, nós sofremos com o armazenamento de água nas barragens, principalmente em Jacarecica I (em Itabaiana, 54km da capital) quando a partir de janeiro de 2017 nós tivemos que paralisar totalmente a operação. A Ribeira (Itabaiana), que é uma barragem importantíssima para produção de alimentos para o estado de Sergipe já estamos fazendo racionamento e torcendo para que as chuvas aconteçam e volte a reabastecer a sua bacia hidráulica e com isso possamos continuar irrigando. E Jacarecica II (abrangendo Malhador, Riachuelo, Areia Branca e distante 49km de Aracaju), que é a nossa maior barragem, por enquanto não temos racionamento mas sofreu uma grande redução do seu volume hídrico e a princípio, não exige risco de paralisação”, esclareceu João Fonseca.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola ainda exalta o fato de os irrigantes tenham maiores chances de continuar garantindo sua renda no campo, mesmo com a estiagem prolongada. “Com a seca que se abateu em nosso Estado, só pôde plantar o milho, antes da chuva, quem faz parte de projetos irrigados. Isso põe nossos irrigantes à frente na comercialização, faz com que o seu produto chegue mais cedo no mercado, melhorando a condição de venda. Além de que, quando plantam perto do São João, têm a certeza de que haverá água para fazer crescer as plantas, a colheita é certa”, avaliou.

Otimismo
José Raimundo Simão e Fontes e outro produtor irrigante do Perímetro Piauí. Ele plantou seu milho há 50 dias, em uma área de 0,82ha. Ele aproveitou da irrigação pública para também investir na produtividade e diminuição de custos com mão de obra, eliminando o processo manual de adubação pós-plantio. Para tal, utiliza mangueiras de gotejo alimentadas por um sistema de ‘fertirrigação’, onde os nutrientes necessários ao desenvolvimento da planta vão diluídos na água de irrigação. Para o agricultor, dispor de milho para vender antes dos produtores convencionais, que plantam no sequeiro, ajuda muito na rentabilidade do cultivo. “Tem quadro que em São João é melhor e antes de São João é melhor ainda”, justifica.

José Roberto já plantava antes de adquirir um lote no Perímetro Piauí e para ele, a mudança é grande. “Antes era mais complicado, porque não tinha irrigação, a gente esperava o período da chuva. Hoje, com a irrigação, a gente já pode plantar antes de São José, já vai molhando, tem água o suficiente, já facilita a colheita, mais”. No calendário popular do nordestino, o 19 de março é a data mais propícia para ocorrer a primeira chuva de inverno, molhar a terra e então iniciar o plantio do milho colhido para o São João. Para o produtor, a irrigação cria autonomia e gera mais produtividade. “É, exatamente, não necessita tanto da chuva. Fica mais independente para o agricultor. Sempre melhora a produção, sempre dá espiga melhor. Fica bonito, não é?”.

“Com relação ao plantio de milho, a época é propicia nesses perímetros que ainda temos água para fornecer para a irrigação, a exemplo de Lagarto, a exemplo da própria Itabaiana, na Ribeira e em Canindé de São Francisco. Nós temos uma produção de milho que irá atender na época junina à população do Estado de Sergipe”, conclui o diretor João Fonseca. Ele ainda expõe que no ano passado foram 765ha cultivados com o milho verde em todos os polos irrigados administrados ou gerenciados pela Cohidro, incluindo o Platô de Neópolis, o que gerou uma produção de 3.888 toneladas.

Orgânicos e meteorologia são foco de visita acadêmica na Cohidro em Lagarto

Alunos do sexto ano do Colégio Mundial, visitam o Perímetro Irrigado Piauí

Estudantes visitaram o Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Lagarto, no dia 19. O objetivo era conhecer o processo de cultivo de alimentos orgânicos dos agricultores irrigantes, e a estação meteorológica que auxilia nos trabalhos do pólo de irrigação. São alunos do sexto ano do Colégio Mundial, situado na sede mesmo Município, que foram presenciar na prática muito da teoria aprendida na sala de aula.

Acompanhados por duas professoras e coordenação, os alunos puderam conhecer como é a vida no campo e como alguns alimentos são produzidos. A ideia da visita partiu da professora de Geografia, Débora Rabelo. “Nós juntamos duas matérias, geografia e ciência e escolhemos a Cohidro porque sabemos do seu trabalho importante para a região de Lagarto e também por possuir uma estação meteorológica. Nossas crianças estão aprendendo sobre o clima, e com essa visita eles aprenderam como se usa o termômetro e outros tipos de ferramentas”, explicou a professora.

Hoje responsável pela aferição dos instrumentos da estação meteorológica, o Técnico em Agropecuária da Cohidro, Willian Domingos Silva, guiou a visita dos estudantes, explicando a finalidade de cada equipamento. “Aqui podemos medir a quantidade de chuva que caiu e determinar quando vai voltar a ser necessário irrigar as lavouras. Medindo a insolação, a radiação solar, podemos determinar a quantidade de água e o tempo em que ela deverá ser irrigada nas plantas. Assim como é medida também a taxa de evaporação, para determinar o quanto que será evaporado dessa água aplicada e vai precisar ser compensada, com mais tempo de irrigação ligada”, detalhou.

Segundo o aluno Marcos Wendell, a visita foi muito interessante. “Eu nunca tinha visto algo parecido, agora eu consigo saber como eles medem o clima”, conta o estudante. Pelo fato da maioria da turma ser da cidade urbana, muitos nunca tiveram um grande contato com a aérea rural, a aula alimentou o conhecimento dos alunos apresentando-lhes uma nova realidade, de que elementos compõe a sociedade.

Gilvanete Teixeira, gerente do Perímetro Piauí, comenta que são várias as solicitações de professores e instituições de ensino, para visitações à unidade da Cohidro em Lagarto. “O volume da produção agrícola, que aumenta a cada ano, e a grande variedade de culturas agrícolas que são inseridas nas lavouras dos irrigantes – principalmente quando é um plantio de tratos culturais usando métodos orgânicos – têm chamado muito a atenção da mídia e, consequentemente, da comunidade acadêmica”, defendeu.

Agricultura orgânica

Os estudantes visitaram também o lote irrigado orgânico de João Pacheco, lá eles tiveram contato com o cultivo de hortaliças e puderam conhecer todo o processo de produção agroecológica de alimentos, onde as crianças puderam entender as diferenças entre um produto cultivado com e sem defensivos agrícolas. “Elas nunca tiveram esse contato que estamos tendo agora nessa visita, então, muitos levarão o que aprenderam hoje pra sala de aula, por meio de debates e conversas do dia a dia.É importante mostrar para as crianças de hoje, novos lugares e diferentes formas de se trabalhar” conta a professora Debora.

Dos mais experientes produtores orgânicos do Piauí, João Pacheco garante a procedência dos seus produtos livres de agrotóxicos. Ele e outros 10 produtores formam um Organismo de Controle Social (OCS), que é autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para a venda direta ao consumidor de produtos orgânicos. “Quem oferece na feira um produto orgânico sem ser, logo será descoberto. Eu não vejo problema nenhum em virem visitar minha horta, porque sei que estou trabalhando correto”, destacou.

Essa dedicação à produção orgânica de João Pacheco está rendendo frutos, tanto que recentemente ele investiu R$ 14 mil em enorme telado vermelho, anti-insetos e raios UV, que também retém o impacto da chuva sobre os canteiros, para implementar em sua horta. Outro empreendimento gerado pelo trabalho do produtor irrigante é a construção de um armazém, voltado à comercialização desses produtos orgânicos que cultiva em seu lote. Quem vai tomar conta do “comércio” são os filhos, segundo ele, pensando no futuro dos jovens, trabalhando junto da família.

Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano diz conhecer várias estórias de sucesso através do trabalho nos perímetros irrigados, como a de Pacheco. Para ele, são exemplos que servem para estimular o trabalho dos servidores e gestores da Empresa. “Significa a ‘grande colheita’ do fruto de nosso trabalho, saber que surte resultado nosso empenho dentro da Companhia e que as políticas públicas, por nós aplicadas, têm resultado”, comentou, agradecendo também a visita dos alunos e professores, “reconhecimento que é outra prova de que estamos no caminho certo”, afirmou.

Mas o que orgulha João Pacheco é mostrar, às visitas, a área coberta por tela, medindo 70 por 30 metros. A grande estufa abriga as culturas que são mais vulneráveis à ação das pragas, como as variedades de Tomate Cereja e Tomate Francês, o Pimentão, o Jiló, a Berinjela, a Alface, a Cenoura, o Repolho e também o Coentro. “Se conseguir ter uma boa produção, sem ser estragado por nenhum inseto como promete fazer o produto, consigo compensar o investimento, economizando principalmente no custo da mão de obra”, justifica o produtor.

PAA: irrigação pública estadual produzirá alimentos para doar a 24 mil pessoas carentes em 2016

Na APPIP os agricultores entregam os produtos que são pesados, registrados e no mesmo dia são recolhidos pelas entidades beneficentes – Foto Ascom-Cohidro

A Superintendência da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Sergipe visitou associações de agricultores em Lagarto e Malhador. Eles tanto são irrigantes atendidos pela Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe), quanto vendem sua produção para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade “doação simultânea”. Em reuniões e entrevistas, o Órgão Federal visou orientar fornecedores e receptores nesses dois projetos que permitem a doação de alimentos para mais de três mil famílias carentes.

Dentro dos perímetros irrigados da Cohidro atualmente estão em andamento, na etapa de entrega de alimentos, quatro projetos do PAA e existem outros dois analisados e em fase de homologação e pagamento pela Conab, na Superintendência Regional de Sergipe. Nestes já aprovados, são 18.260 pessoas em situação de insegurança alimentar recebendo, até o final do ano, um total de 648 toneladas (ton) de alimentos fornecidos por 171 produtores, remunerados com recursos federais em R$ 1.367.445,00 de forma parcelada, uma parte a cada entrega. Para tanto, 13 órgãos públicos ou entidades sem fins lucrativos intermediarão as doações nas comunidades que atendem em Lagarto, Areia Branca, Barra dos Coqueiros, Pedra Mole e Itabaiana.

Em Lagarto, o superintendente Estadual da Conab, Emanuel Carneiro, explicou que é função da Companhia fazer visitas aos projetos em andamento ou que ainda serão implantados. “Nós solicitamos essa reunião para que fosse discutido o PAA, na sua essência. Se funciona, quais são as atribuições dos produtores, quais são as obrigações do recebedor, toda a normativa para que o projeto possa transcorrer da melhor forma possível e atender os objetivos, que é justamente atender a comunidade carente que necessita de uma complementação da alimentação”, considerou.

Emanuel tem avaliado como muito boa a atuação dos agricultores dos perímetros irrigados no PAA. “O presidente (da Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí – APPIP) é um parceiro nosso já há alguns anos, mas também a Cohidro é fundamental nesses projetos dos perímetros irrigados. Em Canindé do São Francisco, inclusive, nós já estamos analisando o projeto e vamos visitá-los ainda neste ano”, disse o superintendente, se referindo a proposta ao Programa feita por 24 irrigantes do Perímetro Califórnia, para fornecer 77 ton de alimentos. ”Eu acredito que nos próximos 30 dias esse projeto esteja já funcionando”.

O gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata, expõe que nos dois projetos, propostos pelas associações dos Agricultores de Canindé de São Francisco (ASSAI) e dos Produtores Rurais da Comunidade Lagoa Do Forno, eles assumem fornecer quase 160 ton de alimentos para 5,8 mil pessoas em insegurança alimentar, assistidas pelos centros de referência de Assistência Social (CRAS) de Canindé, de Nossa Senhora das Dores e no Hospital e Maternidade São José, em Itabaiana. Neste último caso, as doações serão para o preparo de refeições aos pacientes.

“São 59 produtores irrigantes dos perímetros Califórnia e Ribeira inscritos em dois projetos aguardando homologação e o pagamento de R$ 472 mil (R$ 8 mil para cada), pela venda garantida de produção durante um ano. Dos aprovados, além da APPIP, temos outras duas associações de Itabaiana, no perímetro da Ribeira e mais a Astrapicica (Associação dos Trabalhares Rurais do Perímetro Irrigado Jacarecica II), em Malhador. Todos fazendo entrega para o PAA”, assinalou Sandro Prata.

Lagarto
“Esse projeto da APPIP, se comparado aos que nós temos em funcionamento, é o maior que a Conab tem hoje no Estado de Sergipe. Atendendo 69 produtores e várias entidades. A Cohidro é um parceiro importantíssimo nesse contexto, se não fosse a Cohidro aqui, não teríamos este êxito. Nós sabemos das dificuldades que o produtor tem, o agricultor não é comerciante, ele é agricultor, então ele necessita de apoio técnico e a Cohidro tem feito isso de uma forma excelente em todos os perímetros que ela atua”, relatou o superintendente Emanuel Carneiro. A Conab investe nesses agricultores do Perímetro Piauí R$ 551.450,00, para que produzam 296 ton de alimentos, doados para 6.860 pessoas assistidas por seis instituições socioassistenciais de Lagarto.

Participou da reunião, realizada na sede recreativa da APPIP no dia 12, a coordenadora do CRAS 1 de Lagarto, Marta Catarina Dantas de Almeida. Ela foi convidada pela Associação para divulgar aos produtores o trabalho que a entidade faz, falando “sobre o que é o papel do CRAS, de estar distribuindo os alimentos para as famílias. Vim passar para os agricultores mais uma força, um incentivo”, relata, confirmando a função social no PAA, ao justificar que as doações chegam sim até as pessoas. ”Falei da importância dos alimentos para essas famílias, do quanto está sendo bom para elas”.

O diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrário da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, estabelece que além das pessoas que recebem o alimento, o produtor também se beneficia no PAA. “É um preço fixo por cada produto e que não varia com o mercado. Se um preço cair, o que é bastante recorrente, o produtor não leva prejuízo como acontece quando ele vende para os atravessadores. Isso facilita muito o planejamento das suas plantações, ele pode programar sua produção durante toda vigência do contrato com a Conab sabendo que receberá seu repasse, toda vez que fizer uma entrega à doação simultânea”, argumentou.

Josileide Martins de Carvalho Nascimento (Dona Dicuri) reconhece essa vantagem no PAA. Ela é agricultora irrigante no Perímetro Piauí e entrega coentro, couve e alface e diz que já contabilizou mais de 300 quilos de alimentos à doação, cerca de 40 por semana. “Essa é a primeira vez que participo e digo que compensa, vale apena”, contou. Na reunião com a Conab, considerou importante ter esse tipo de encontro. “É bom porque a gente fica sabendo mais ainda, ficou por dentro do assunto. Eu sei que está tudo certo, guardo os documentos numa pastinha, é bom ter o controle. O pagamento está indo bem, entrego numa semana e recebo na outra”, completou.

Para o presidente da APPIP, Antônio Cirilo Amorim (Toinho), a reunião serviu para melhorar o conhecimento que tinham do PAA e reforçar a importância do Programa. “A partir de agora todo mundo vai se organizar mais, vai procurar colocar mais produtos, produzir mais. É uma alegria muito grande receber o superintendente da Conab do Estado aqui na nossa Associação, pela primeira vez. Ele veio esclarecer nossas duvidas e nós ficamos agora tranquilos, todo mundo está consciente do seu papel”, avaliou, reforçando estarem recebendo os pagamentos corretamente, após cada entrega.

José Carlos Felizola Filho, diretor-presidente da Cohidro, considera que a cooperação dada pela Empresa, ao PAA, vá além do auxílio técnico para a elaboração dos projetos. “Para produzir com a variedade e quantidade de alimentos que esses agricultores se propõe à Conab e durante um ano, em Sergipe não há como plantar sem irrigação. A irrigação pública, oferecida pelo Governo do Estado, propicia essa garantia para esses pequenos produtores, de que eles podem assumir o compromisso com o Conab e com as entidades beneficentes que, por sua vez, poderão se comprometer com as pessoas que atendem, de que esse alimento vai chegar nas suas mesas”, relevou.

De Malhador para Areia Branca
Cerca de 750 famílias em situação de insegurança alimentar em Areia Branca estão recebendo alimentos doados pelo PAA. Doações que são produzidas por agricultores da Astrapicica, de Malhador. Eles são todos irrigantes do Perímetro Irrigado Jacarecica II e repassam os produtos para coleta realizada pelo CRAS do município vizinho. Raine Costa é coordenadora da entidade beneficente e acompanhou a Conab na visita feita à a Associação, no dia 15.

“O projeto é bastante organizado e vem beneficiando famílias carentes. Ele contribui bastante para essas pessoas que estão numa situação nutricional delicada. A gente que trabalha na Secretaria de Assistência Social conhece de perto a realidade dos habitantes de Areia Branca”, destacou, acrescentando que a doação é feita priorizando os mais necessitados. “Nós procuramos primeiro ir aos povoados, que tem uma maior necessidade. A gente entrega praticamente na porta de cada um e como a Associação nos repassa produtos de ótima qualidade, a população dá um bom retorno, eles estão bastante satisfeitos com o projeto”, reforçou Raine Costa.

Felizola visita perímetro de Lagarto e dá posse ao novo gerente local

João,Felizola, o Técnico Agrícola do perímetro Marcos Emílio e Gildo

Dando sequência a sua programação de visitas no interior o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), José Carlos Felizola Filho, esteve hoje no Perímetro Irrigado Piauí, unidade da Empresa Em Lagarto. O Diretor foi conhecer a estrutura do polo agrícola e também dar posse ao novo gerente administrativo local, Gildo Almeida Lima.

Agricultor irrigante do Perímetro, Gildo conhece o funcionamento do Piauí, sabe das carências e anseios dos seus colegas produtores rurais. Já em sua primeira recepção aos diretores da Cohidro, João Quinliano da Fonseca Neto (Irrigação e Desenvolvimento Agrário) e o presidente Felizola, comunicou o resultado de seu levantamento preliminar estrutural do escritório que passou a administrar desde terça-feira, 31. Na ocasião da visita, também fez as solicitações mais urgentes, que exigem o bom andamento do trabalho de técnicos agrícolas e demais servidores.

“Solicitamos um veículo maior do que temos hoje aqui, que usamos para levar os agricultores nas feiras orgânicas de Aracaju e demais serviços de manutenção do Perímetro. De pronto o presidente Felizola deferiu nossa requisição. Já, para a semana, está vindo para cá uma caminhonete de cabine dupla que pode levar mais carga do que a outra, o motorista e mais cinco pessoas”, comemorou Gildo Almeida, animado com o novo desafio de administrar o perímetro irrigado onde também é um dos beneficiários.

Este é o segundo perímetro irrigado em que Felizola faz uma visita. Na sexta-feira, 27 de maio, esteve em Canindé de São Francisco, onde ouviu os irrigantes do Perímetro Califórnia em reunião. Na próxima quarta-feira, 7, pretende voltar a Lagarto para um encontro do mesmo porte, onde quer ouvir e saber o que esperam, os agricultores do Piauí, de sua administração na Cohidro. Quinta e sexta-feira planeja ainda conhecer os perímetros irrigados que atendem Itabaiana, Areia Branca, Malhador e Riachuelo.

“É mais do que importante ir conhecer de perto cada perímetro irrigado, quero e vou fazer isso agora no comecinho do mês. Não só saber como funciona e receber o parecer técnico dos administradores. Mas também vou ouvir o que têm a dizer os servidores e principalmente aqueles a quem a Empresa serve: os agricultores irrigantes. O motivo principal, para que o Governo do Estado forneça irrigação pública em nossos seis perímetros, é dar meio de sustento a essas famílias do campo, por isso temos a obrigação de toda nossa atenção”, considerou o presidente Felizola.

IBGE prevê 770 mil toneladas de milho em Sergipe

Presidente da Cohidro, Felizola/ Foto: Ascom/Cohidro

Atualmente, a área plantada com milho destinado à colheita verde nos perímetros públicos atendidos pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), é de 137 hectares e tem média de produtividade de 20 mil espigas por hectare. Sob o auxílio da irrigação pública, é esperada uma produção de 2,7 milhões unidades colhidas em junho. O presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, comemora essa safra junina. “Com auxílio público, o risco do produtor não ter boa colheita é mínimo. A água e assistência de nossos técnicos vão garantir milho para as festas dos Santos Antônio, João e Pedro”, defendeu.
Segundo dados da Emdagro, no ano passado Sergipe colheu 1.308 hectares de milho verde, equivalente à produção de 8.591 toneladas, e o rendimento foi de 6.568kg por hectare, superando os números de 2014.

“Sempre pensamos o milho como grão, mas Sergipe é destaque também na produção de milho in natura, utilizado principalmente no São João. E aí o destaque especial vai para os perímetros irrigados. Temos seis do Estado e mais dois, o Jacaré-Curituba e Platô de Neópolis, que têm recurso público envolvido. Se somarmos esses perímetros públicos, temos excelente produção de milho em espiga, e isso pouca gente nota”, expôs o secretário de Agricultura.

Destaque na produção de milho verde e em pleno Alto Sertão, é o perímetro irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. Foram 65 hectares plantados visando à demanda do mês de junho. Um dos produtores é José Ivanio Almeida. “Plantei duas tarefas dia 02 de abril e vou colher no dia 23. Tenho 12 anos aqui, sempre fazendo a mesma coisa. Depois de tirar o quiabo, planto o milho verde”.

No Perímetro, as plantações de milho verde alcançam a produtividade de 5,5 toneladas por hectare e, segundo José Ivanio, a espiga na região está sendo comercializada à R$ 0,50. “No verão, planto também, mas é para fazer silagem”, completou o agricultor que tem um total de dois hectares de terra irrigada.

Agricultores do perímetro irrigado do Piauí, município de Lagarto, também garantem milho para o período junino e pretendem evitar o atravessador. O agricultor Genivaldo Azevedo de Jesus, por exemplo, pretende se encarregar de todo processo de plantio, colheita e investe para fornecer o produto diretamente ao consumidor final, alcançando, assim, maior lucro com sua lavoura.

Genivaldo e seu pai, João Benigno de Jesus, plantaram dois hectares de milho, sendo parte cultivado na última semana de março, e o restante uma semana depois, intervalo de tempo para poder conciliar as atividades da colheita e da comercialização. “Quero vender nas feiras livres em Lagarto, Boquim e Simão Dias, colocando funcionários para me ajudar a colher e vender nas feiras”, anunciou o agricultor, que espera produzir 60 mil espigas nesta safra e pretende vender entre R$ 0,75 e R$ 1 cada uma delas.

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Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Fertirrigação e cultivo em lona contribui com Tomate em Perímetro da Cohidro

Estima-se uma colheita de 2 mil caixas de tomate fertirrigado no Perímetro Piauí

Sistema com uso de lona viabiliza o cultivo de tomate irrigado para os agricultores atendidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), no Perímetro Irrigado Piauí, que a Empresa Pública administra no Município de Lagarto. Neste primeiro semestre do ano, perto de duas mil caixas de Tomate (30 quilos) serão colhidas no método aonde a água que chega até a planta, via gotejamento, é fertilizada. A lavoura não requer estaqueamento, porém a proteção plástica não deixa o fruto tocar o solo, evitando doenças.

O Tomate Ty 600, híbrido cultivado pelos agricultores irrigantes do Perímetro Piauí é do tipo salada, com frutos grandes e rijos e tem peso médio de 180 a 210 gramas, tamanho que se mantem uniforme em todo ciclo de colheita. A coleta é feita geralmente após os 75 dias de plantio, com 70 a 80% dos frutos maduros, repetindo o processo duas vezes, num intervalo médio de uma semana. Embora a variedade utilizada seja resistente a muitas doenças, a safra dos dois produtores em Lagarto foi atacada pela Broca-pequena do Tomateiro, provocada pela mariposa Neoleucinodes elegantalis.

Devido ao ataque da praga, a expectativa era de uma safra 60% maior, conforme comentou o agricultor irrigante José Edmilson dos Santos. “Colhi 600 caixas, eram para ser 1.500. A chuva atrasou a colheita e como essa foi a primeira vez, só arranquei uma vez o mato”, justifica o produtor. As plantas invasoras, que servem de hospedeiro para pragas e o maior tempo de exposição do fruto aos insetos, prejudicou a colheita dele, mas isso não o desanima. “Eu sempre quis plantar o Tomate, pois é um plantio arriscado, tanto pode ganhar muito, como pode perder. Vou cuidar melhor na próxima, fazer mais de uma dessas limpezas de mato”.

O rendimento médio da colheita do Tomate de José Edmilson foi de 786 caixas por hectares (ha). Ele plantou quatro mil plantas em uma área de 0,76 ha, no sistema Mulching, onde uma lona cobre o canteiro e as mangueiras do sistema de gotejamento. A irrigação, desse tipo, molha somente o solo onde são transplantadas as mudas, após os 25 dias de semeadura, que crescem pelos pequenos furos na cobertura plástica.

A lona plástica evita o contato do fruto com o solo e tem a face externa branca, o que tem função tripla ao refletir a luz do sol, pois a planta recebe mais luminosidade, aumentando seu metabolismo na fotossíntese, mesmo motivo que diminui a incidência de fungos, por não reter umidade e pela baixa absorção de calor da coloração, a temperatura do solo diminui. O agricultor utilizou, em sua plantação de Tomate, quase três mil metros do produto, a um custo aproximado, incluindo as mangueiras, de R$ 3,5 mil. Mas a isso ainda se soma os custos com sementes, mão de obra e os nutrientes da fertirrigação, que é a adubação feita constantemente via a irrigação.

“Tenho muito que agradecer a Cohidro, pois mesmo na época de chuva a Empresa ligava as bombas, para irrigar e distribuir a adubação nos tomateiros. O técnico agrícola Willian Domingos prestou assistência técnica e sempre estava aqui me acompanhando”, referenciou Edmilson, sobre o apoio dado pela Companhia. Agora, depois de colhido o Tomate, ele pretende introduzir imediatamente, como cultura rotacional, o Milho e o Quiabo, que lhe renderá colheitas até setembro e outubro. Depois, retorna o plantio do fruto como fez desta vez, em dezembro.

Gilvante Teixeira, gerente do Perímetro Piauí, conta que orgulha ao Perímetro ter agricultores preocupados em tornar a produção mais eficiente, investindo em tecnologia. “As áreas irrigadas são pequenas, 1,5 ha em média, mas pelo fato de receberem irrigação contínua, esses pequenos lotes se transformam em grandes unidades produtoras que geram alimento o ano todo. Mas em casos como de José Edmilson e ainda de Gildeon Dias, que experimentam novas técnicas de plantio com base na irrigação, eles superam esta realidade já positiva. Quem investe mais, acaba por lucrar mais”, avaliou.

Já o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, analisa que além do aumento na renda e competitividade do produto gerado no Perímetro Irrigado, ganha o mercado e o cidadão, com mais oferta de produtos. “Os alimentos se tornam mais acessíveis e todos ganham. O produtor gera mais renda, pois produz melhor e pode também arriscar plantar diferentes tipos de alimentos usando essas tecnologias, dinamizando sua oferta, fazendo novos negócios. É mais produção, maior variedade para o povo sergipano, que acaba por pagar menos, já que não precisa arcar com o custo de importar tudo do Sul do País, nesses casos”, disse.

Gildeon Dias dos Reis plantou, no mesmo sistema Mulching, o Tomate fertirrigado, em três áreas que somadas correspondem a 1,2 ha. Começou a colher em 4 de março em uma área de uma tarefa, onde obteve 222 caixas, rendimento médio de 727 caixas/ha. Na segunda área, com coleta iniciada dia 10 e de 1,5 tarefas, o rendimento quase dobrou, colheu 560, média de 1.223 caixas/ha. Agora, dia 30, ele começou a colheita da terceira área, de tamanho igual ao da primeira.

Se neste último plantio, Gildeon seguir no mesmo ritmo da sua segunda área e se a produtividade ainda não melhorar, o produtor irá colher, ao todo, em torno de 40 toneladas de tomate. “Vendo a caixa do Tomate no valor de R$ 30 a R$ 35, pois entrego direto ao feirante”, relatou. O investimento anterior que ele fez, na compra de caixas plásticas para o transporte, lhe garante a vantagem de não precisar de atravessadores intermediários, que diminuem o valor pago pelo produto.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Rural da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, o agricultor tem que se sentir privilegiado por ter a irrigação pública em seu lote. “Se ele não tem os custos que um agricultor normal teria para implantar o sistema de irrigação na sua lavoura, a exemplo da compra de bombas, tubos e etc, ele deve então investir em tecnologia de produção e ferramentas que o ajudem a produzir e vender melhor”, finalizou.

Cohidro e parceiros exaltam importância da Água em seu Dia Internacional

Evento reuniu estudantes de duas escolas locais para aprender mais sobre a água

No Dia Mundial da Água a gerência do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, chamou alunos de escolas e produtores rurais para uma programação que incluía a exposição dos trabalhos de instituições parceiras através de estandes temáticos, peça teatral e um concurso escolar de maquetes. O evento ocorreu nesta terça-feira, 22, no escritório local da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), empresa que administra o Pólo de Irrigação e organiza, todo ano, o evento.

Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Banco do Nordeste (BNB), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Lagarto (Semader), Associação de Produtores Orgânicos de Lagarto e Curso de Farmácia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) montaram estandes onde os visitantes recebiam explicação de como é a atuação destas organizações no município e seu envolvimento com uso da água. Estudantes da Fundação Escola Nossa Senhora das Graças e a Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho puderam conhecer este trabalho e também como funciona o Perímetro da Cohidro.

Esses estudantes ainda participaram de uma competição entre turmas, para a escolha da melhor maquete com a temática do uso consciente da água. A maquete feita pelos 4º e 5º anos da Fundação Escola trabalhou o reaproveitamento da água. Esta ideia, desenvolvida pelos alunos das professoras Talita Santana Viana e Ana Clara Andrade, ganhou o primeiro lugar e o troféu, oferecido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagarto, outro expositor no evento.

“Estamos trabalhando, em sala de aula, os recursos naturais. E pensando no Dia da Água, fizemos uma maquete no reaproveitamento da água. Uma para a escola e outra para uma residência. Como é o assunto dado nas aulas, ficou mais fácil”, contou a professora Talita Santana, sobre o projeto que ilustra o reuso da água dos bebedouros para irrigação de uma horta.

Para o Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, esse interesse dos pequenos pelo tema da água tem que ser muito exercitado na época escolar. “Com os adultos nem sempre souberam dar a devida importância à conservação dos recursos hídricos, é bom saber que no futuro, quando for a vez deles, exista uma conscientização maior. Mas para sobrar água para eles, depende hoje de nós o uso responsável, tanto de quem compartilha, como é o caso da Cohidro e da Deso, como também dos cidadãos e os agricultores, que recebem. Não podemos desperdiçar este bem natural tão precioso”.

Deso

Hoje, para abastecer a cidade de Lagarto, a Deso faz a capitação de 600 metros cúbicos por hora (m³/h) de água no Rio Piauitinga e outros 400, na Barragem Dionísio Machado, alimentada pelo Rio Piauí. Esse reservatório acumula 15 milhões de m³ e a Empresa Estadual faz o uso compartilhado com a coirmã Cohidro, a qual fornece água para a irrigação em 421 lotes irrigados, a uma vasão de 2.960 m³/h. Como explica o superintendente de produção regional da Companhia de Saneamento, Sérgio Dias, para a agricultura a água pode ser distribuída em estado bruto, mas para ser potável ao consumo humano, ela precisa passar por um complexo tratamento.

“Em nosso estande trouxemos hoje uma maquete funcional, para mostrar o tratamento de água potável, que é feito com a água captada na barragem”, contou Sergio Dias. Na apresentação aos alunos, ele faz outro alerta preocupante aos estudantes e visitantes. “A falta de fossas sépticas e falta de cuidado com a lavagem de carros, acabam contaminando os mananciais com metais pesados e resíduos de combustíveis. Devido a isso, a Deso não tem muitas alternativas de captação de água”, informou ele, sobre a restrição à somente duas fontes de água potável em Lagarto.

Organizadora do evento, a gerente do Perímetro Piauí, Gilvanete Teixeira, comentou que, a cada ano, mais instituições, assim como a Deso, estão se interessando em atuar no Dia da Água da Cohidro. “Assumimos, para nós, esse trabalho de conscientização do uso responsável dos recursos hídricos. Buscamos parceiros para nos ajudar a montar esta atividade, neste dia do ano e agradecemos, de coração, esse apoio. Mas o nosso trabalho na Empresa, de técnicos e gestores, é de todo dia insistir com os agricultores para economizar água na irrigação. Para usar sem desperdícios porque senão, amanhã ela pode faltar”.

A peça teatral do Grupo Geração Eleita, da Igreja Batista Betel de Lagarto, abordava também o preocupante tema do desperdício da água em seu uso corriqueiro, como no exemplo do simples ato de tomar banho. “Hoje, o banho é só para tirar o suor e a sujeira do corpo. Não dá mais para prolongar esse momento, debaixo do chuveiro, meditando sobre a vida”, lembra o texto proferido, com humor, pelas jovens atrizes: Amenaide de São Paulo Nascimento, Camilla Caroline dos Santos Fontes e Franciele de Almeida Santos.

Farmácia Viva

Em um espaço cedido pela Cohidro e usando a água de irrigação do Perímetro Piauí, o Curso de Extensão em Fitoterapia, da UFS em Lagarto, montou uma rica coleção de espécies vegetais de uso medicinal, batizada de “Farmácia Viva”. Rosimeire Barbosa coordena o espaço e montou estande, junto ao herbário, para explicar aos visitantes o trabalho que ali é realizado. Para ela, a exposição foi bastante produtiva. “A criançada gostou, muitos deles disseram que as mães já usavam algumas das plantas mostradas, pois já conheciam pelo nome”, revelou.

Última atualização: 18 de outubro de 2017 09:53.

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