Prefeituras assinam termo de Cooperação Técnica com a Cohidro

Equipes da Cohidro trabalham em todo local, em Sergipe, onde é possível tirar água do subsolo, para servir populações urbanas e rurais, no consumo humano ou na dessedentação animal

Aos 45 dias das novas gestões municipais sergipanas. Para alguns, ainda é época de arrumar a casa e contabilizar o que foi deixado de bom e de ruim da gestão passada, para outros, já é hora de buscar na Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) uma parceira. Diante disso, diversas prefeituras têm selado um Termo de Cooperação Técnica e Responsabilidade com Empresa.

O documento garante aos administradores municipais um apoio quando a perfuração e instalação de poços tubulares, tendo acesso a solicitar os serviços prestados pelo corpo técnico da Empresa e maquinário. Enquanto que para o Governo do Estado, é uma segurança de que a Cohidro – vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário da Pesca (Seagri) – terá um suporte nos locais dos poços, de máquinas extras ao serviço da perfuratriz e de pessoal de apoio. Além disso, os acordos garantem que serão benfeitorias somente destinadas à comunidade e que após o término da obra, terão a sua operacionalidade mantida pela prefeitura, conforme também firmado no compromisso.

Segundo o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, o acordo estabelece regras a serem seguidas, pela prefeitura, depois da entrega dos poços. “Na maioria das vezes, o que faz um poço deixar de dar água para as comunidades não é o tempo de uso, equipamentos ruins ou quedas de energia, por exemplo. O problema que mais acontece é o abandono, e o ‘cabo de guerra’ entre comunidade e prefeitura, em designar quem cuida e cobre os custos do poço. No documento assinado, são as prefeituras que assumem esse compromisso de cuidar e arcam com as suas despesas. Em troca, terão a continuidade da assistência da nossa Empresa nesse e para futuros poços que sejam necessários perfurar”, assegurou.

Já para Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Companhia, o Termo de Cooperação possibilita com que o trabalho seja feito mais rápido e com menores custos para ambas as partes. “A Cohidro hoje tem déficit de equipamentos que fazem serviços extras à perfuração, como abertura de estradas, limpeza de terrenos, terraplanagem, serviço de escavadeiras, transporte e caminhão pipa. Se as prefeituras fossem arcar com todo custo da perfuração dos poços que precisa, ficaria muito oneroso. Pois teriam que contratar desde os geólogos para locar o poço, até o serviço de perfuração e teste de vazão. Sem falar na instalação, que é sempre uma equipe à parte das anteriores. Da mesma forma que as prefeituras teriam dificuldade de montar equipe técnica capacitada, munida de equipamentos específicos para perfurar e instalar os próprios poços. Isso seria inviável. Por isso que poder contar com a Cohidro, para eles, facilita muito”, justifica.

Irrigação é racionada em Itabaiana e Tobias Barreto para garantir abastecimento humano

Para Felizola, ações são para evitar desabastecimento humano nas cidades

Ausência de chuvas volta a preocupar os agricultores lotados em projetos de irrigação pública e, mais uma vez, lavouras do município de Itabaiana passam por racionamento. A exemplo do já ocorrido no Perímetro Jacarecica I, na Ribeira o balanço hídrico da barragem que lhe abastece, aponta ter água suficiente para irrigar até o mês de Março. No Perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, a distribuição de água foi reduzida a dois dias por semana. Ambos polos irrigados são administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que tomou as medidas como forma de prevenir um propenso desabastecimento para o consumo humano, caso as chuvas não venham recuperar o nível desses reservatórios.

Embora essas barragens tenham sido construídas, há 30 anos, com a função de acumular e fornecer água para irrigação nos lotes agrícolas atendidos pela Empresa – ligada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) – a demanda crescente da população urbana, contrastando com a diminuição de outras fontes para captação de água potabilizável, obrigou a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), lançar mão à reserva hídrica destes dois perímetros irrigados da Cohidro e também na do Piauí, em Lagarto, 75km a da capital.

Por agora, segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Dirir), João Quintiliano da Fonseca Neto, a prioridade do Perímetro de Tobias Barreto, há 105km de Aracaju, é apenas com a dessedentação animal. “No Jabiberi, praticamente todos os 74 irrigantes são pequenos pecuaristas que aderiram à produção de leite, via programa Balde Cheio. Antes que não seja possível nem matar a sede do gado, foi decidido poupar a água antes usada também para irrigar a pastagem rotacionada, mantendo o fornecimento somente duas vezes por semana. Pelo menos até o fim do mês de Fevereiro”, considerou.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, explica que as medidas de contenção no uso da água são para prevenir um problema maior, que é o desabastecimento das cidades. “A Companhia está sendo ainda mais restritiva nesses três perímetros (Jabiberi, Ribeira e Piauí), porque compartilhamos a água com a Deso. Não vamos poder fazer como no Jacarecica I, em que disponibilizamos água aos agricultores até o fim, ao ponto da EB (estação de bombeamento) não ter mais condição de bombear. Nesses outros, fomos obrigados a diminuir drasticamente o consumo pela irrigação e até impor uma data limite para dispor a água, caso as chuvas não reponham os níveis das barragens. Isso por causa do consumo humano, que depende também destas reservas e é, por lei, prioridade”, avaliou.

Gerente da Ribeira, situado no município 54km da capital, Augusto Cesar Rocha Barros explicou que o racionamento da irrigação já ocorre há 5 meses e que em reunião no dia 31 de janeiro deste ano, entre a Dirir e representantes dos produtores, foi informado que a barragem do Perímetro, conhecida por Cajaíba, se encontrava só com 45% de sua reserva hídrica e reduzindo mais, a cada dia. “Foi nessa data que informamos que só vamos poder garantir irrigação até o mês de março e que depois disso, caso a chuva não mudasse o quadro, iria parar, sem ainda uma data definida”, alertou. Nesse encontro, os agricultores foram orientados a não investir mais em culturas de ciclo longo, para evitar prejuízos com o alto risco de interrupção no fornecimento de água.

“Das antes 12 horas de fornecimento de água diárias, desde setembro do ano passado, passaram a ser 10. Em novembro, foram outras 4 horas a menos e, desde então, estamos fornecendo 8 horas de irrigação, sete dias por semana”, completou Augusto Cesar, sobre o gradativo racionamento. O alto e ininterrupto consumo de água na Ribeira se deve ao fato de a maioria dos irrigantes produzir hortaliças de forma contínua. Isso confere, ao polo irrigado de Itabaiana, a capacidade de fornecer alimentos frescos diariamente aos mercados de Salvador e Aracaju.

Lagarto
João Fonseca também adianta que no Perímetro Irrigado Piauí, “embora o balanço hídrico feito na barragem não forneça risco de falta de água imediata, para a irrigação e consumo da Deso, este quadro pode mudar, caso a incidência de chuvas não ocorra satisfatoriamente”, avisa.

Prefeitura de Aquidabã e Cohidro vão recuperar e perfurar poços em ação conjunta

Zona rural de Aquidabã será assistida na recuperação e perfuração de poços (Foto Google Street View)

Nesta segunda-feira (13), esteve na Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) o prefeito municipal de Aquidabã, Francisco Francimario Rodrigues de Lucena (Dr. Mario), trazendo demandas de recuperação de antigos poços situados em localidades rurais e a perfuração de novos.

Com sua equipe de governo, Dr. Mario foi recebido pelo diretor-presidente da Empresa, José Carlos Felizola Filho e Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro.

Segundo Paulo Sobral a ação conjunta, entre a Empresa e Prefeitura, vai reativar antigos poços (perfurados pela Cohidro ou não) e também abrir novos poços, em vista de complementar o abastecimento humano na zona rural de Aquidabã onde, como em quase todo município sergipano, existe carência por recursos hídricos”, afirmou.

Para o presidente Felizola, o Governo de Sergipe está sendo bastante receptivo às demandas por água em todo Estado, que passa por uma das piores crises hídricas da história recente. “A falta de chuva está sacrificando nossos irmãos sergipanos em todas as regiões. Até aonde nunca faltou água, ela está escassa. Por isso a Cohidro se põe disponível para aqueles municípios dispostos à cooperar com o nosso trabalho, colaborando com materiais e logística para abrigar nossas equipes no campo, já que o problema da seca veio, dessa vez, acompanhado com uma grande dificuldade orçamentária para o Governo”, avaliou.

 

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Obra do Proinveste iniciada em Canindé fará interrupções na irrigação

Etapa da obra que pode ser feita com o canal cheio foi concluída – (Foto Edmilson Cordeiro)

Reiniciada a cobertura e reforma do canal de irrigação C-01, que atravessa a sede municipal de Canindé de São Francisco, 213 km da capital, e é parte da estrutura do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). A obra, que começou dia 19 de janeiro, tem prazo de término em 150 dias e prevê suspensão no fornecimento de água para irrigação por dois dias, quinzenalmente, para o serviço de reparação das placas que revestem o canal, sendo que a primeira parada ocorre amanhã (11) e retorna no domingo.

A circulação de água no canal ficará inoperante das 16h de hoje (10), até as 21h30 do domingo (12). Mas a irrigação levada até os lotes agrícolas servidos pelo Perímetro, por contar com a água dos reservatórios nas Estações de Bombeamento (EBs), só será suspensa durante dois dias, nesta vez e nas demais interrupções que ocorrerão até o fim da obra. Por utilizar do mesmo canal para fazer a captação hídrica, tratamento e distribuição de água potável à cidade, a Coordenadoria de Canindé da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) informou que irá proceder com rodízio na distribuição de água residencial, neste fim de semana.

A intervenção, licitada pela Genesis Construções e Empreendimentos Ltda. em R$ 1.554.192,22, dos recursos do Proinveste, vai recuperar a estrutura que reveste todo canal e irá fazer a cobertura em placas de concreto de 1.500, dos 1.700 m do trajeto do curso d’água que transpõe a área urbana de Canindé, dando continuidade ao pleito iniciado em 2014. Será utilizado um total de 6.381 m² de lajes pré-moldadas, que correspondem a 69% do custo da obra.

Engenheiro Civil da Cohidro, Clayton Araújo fiscaliza as obras realizadas pela empresa terceirizada e explica o procedimento que será feito. “Na recuperação do canal, serão retiradas as rachaduras e vazamentos no revestimento de placas de concreto existente e será feita a cobertura em laje pré-moldada, cobrindo toda área do canal que atravessa a cidade. Como a obra é feita por etapas, deverá ser interrompida o bombeamento e passagem da água em todo percurso do canal a cada 15 dias. Ocorre uma agora e no outro fim de semana (24), sem ser o próximo, novamente a água será retirada”, informou.

Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, reitera a importância da cobertura e recuperação do C1, para irrigação e para a população de Canindé. “Concertadas as rachaduras que promovem vazamentos, automaticamente não haverá mais essa perda de água. O mesmo acontecerá a partir da cobertura do canal, que não vai mais sofrer a perda com a evaporação, feita pelo sol forte do Sertão, e nas captações clandestinas. Logo, a oferta aos agricultores irrigantes e Deso, será maior. Isso representa também, para nossa Companhia, economia em eletricidade para o bombeamento da água retirada do Rio São Francisco, já que a quantidade de água necessária às funções do canal será menor, por eliminar bastante o desperdício”, justifica.

Mas, segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola também da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, o benefício da cobertura do canal, é ainda maior. “Quando o Califórnia foi construído, há 30 anos atrás, essa área que percorre o canal era totalmente desabitada. Hoje a cidade cresceu muito e se avizinha às margens do canal em praticamente todo seu trajeto. A poluição urbana e outros desvios feitos, irão se cessar com a cobertura. Melhorando a qualidade da água que vai ser usada na irrigação. Como também nosso maquinário de bombeamento de água para irrigação sofrerá bem menos desgaste, com a ausência muito maior de impurezas”, avalia.

Proinveste

Dos R$ 11 milhões do Proinveste, que o Governo do Estado destinou à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) para investir na sua subsidiária, a Cohidro, R$ 4 milhões são para a reestruturação do Perímetro Califórnia. Além da obra no C-01, outros cerca de 6km de canais secundários serão reformados, pontilhões reconstruídos, EBs e escritórios reformados. Já concluída a aquisição e em fase de instalação e testes, esses recursos permitiram a compra de 37 novas bombas para ampliar a capacidade da irrigação.

Presidente Felizola (Foto Ascom Seagri)

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho considera as intervenções feitas no Perímetro, uma revolução na qualidade do serviço prestado á população rural do município. “Estamos praticamente reinaugurando o Califórnia. Semana que vem, assinaremos a ordem de serviço para a reforma estrutural dos nossos escritórios e a recuperação do canal de irrigação N1, dando continuidade a reforma dos 1,5 km dos pontos críticos, concluída e viabilizada via com o convênio feito com a Semarh (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), de R$ 199.000 do Funcep (Fundo Estadual de Recursos Hídricos)”, completou.

Rodízio da Deso
A Coordenadoria de Canindé da Deso informou que irá proceder com rodízio na distribuição de água da seguinte forma:

A Avenida Ananias Fernandes, os bairros: Adelson Gomes, Agrovila, parte alta da Olaria e Trevo, vão ter água no período das 18h do dia 10 até às 18h do dia 11. Já os Bairros: Centro, parte baixa da Olaria e Torre vão ficar sem água nesse mesmo período.

A partir das 18h do sábado (11) os bairros Centro, parte baixa da Olaria e Torre passarão a ter água e os demais bairros passam a ficar sem abastecimento de água das 18h do domingo dia (12). A previsão é que a Cohidro reinicie o bombeamento as 21h30 do domingo (12).

Projeto do Ceasa de Canindé é apresentado à SEAGRI

Foto: Ascom/Seagri

Começa a sair do papel a construção da Central de Abastecimento do Município de Canindé do São Francisco, o “Ceasa de Canindé” como está sendo popularmente chamado. Um prospecto do projeto arquitetônico e detalhes dos trabalhos iniciais foram apresentados pelo secretário municipal da Agricultura, Rildo Joaquim, e pelo empresário Raimundo Filho, ao secretário de Estado da Agricultura Esmeraldo Leal. A obra está sendo construído pela iniciativa privada e conta com a parceria do Governo Estadual que já disponibilizou uma área da Cohidro para a concretização do empreendimento que promete potencializar ainda mais a agricultura e o comércio hortifrúti na região.

O secretário da Agricultura de Canindé, e idealizador do projeto, disse que a estimativa para os investimentos iniciais é de R$ 3,5 milhões. Ele detalhou que o Ceasa de Canindé será construído às margens da rodovia SE 230, na saída do centro da cidade, lado esquerdo em direção a Paulo Afonso, numa área de 20 mil metros quadrados. O projeto contempla a construção de 164 boxes de 3×5 metros para os comerciantes de frutas, verduras e legumes, mais outras 10 lojas onde serão comercializados produtos como laticínios, carnes e cereais. Terá também lanchonetes e churrascarias para os comerciantes e compradores a qualquer hora do dia.

“Esse Ceasa representa um desenvolvimento muito grande para a Cidade de Canindé. Nossa expectativa é gerar 400 empregos diretos e desenvolver, regular e dinamizar o comércio de frutas, hortaliças e legumes da região. Estamos correndo atrás desse sonho que agora está prestes a se tornar uma realidade para gerar muitos empregos e dar uma melhor condição aos comerciantes, estimular os produtores a diversificar o plantio com outras culturas”, argumentou Rildo.

Ele finalizou dizendo que foi fundamental a contrapartida imediata do governo permitindo a cessão de uso do terreno da Cohidro de 20 mil metros. A área foi cedida por meio contrato de comodato por 10 anos, podendo ser renovado por mais 10 somente com a finalidade de funcionamento da Central de Abastecimento.

O secretário de estado da Agricultura disse que a Central de Comercialização tem todas as condições para dar certo e ser um grande empreendimento. “O município tem dois grandes perímetros irrigados – Califórnia e Jacaré Curituba, com potencial produtivo grande e que, inclusive, já fornece para grande mercados de nosso estado e da Bahia. “Acredito muito nesse projeto e o Estado já deu uma importante contribuição inicial cedendo o terreno. Parabenizo os empresários que estão apoiando esta iniciativa e, na medida das condições que temos, iremos continuar mantendo e fortalecendo a parceria para que este projeto torne-se realidade”, manifestou Esmeraldo.

Passo seguinte
O empresário Raimundo Filho, que participou da explanação do projeto e disse ser um dos investidores, explicou o andamento das providências: “o projeto arquitetônico já está pronto e o orçamentário em andamento. Estamos agora buscando a licença ambiental. Tudo está sendo feito rigorosamente dentro da legislação ambiental e com inovações importantes, a exemplo do reaproveitamento da água do sistema de esgoto sanitário nas áreas verdes que tem ao redor do Ceasa, com certeza iremos conseguir. É um projeto de esgotamento sanitário muito bom”, concluiu.

Fonte: Ascom/Seagri
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Seagri e Cohidro vão ativar poços e barragens em assentamentos de Poço Redondo

 

Grupo visita as antigas barragens que precisam de reformas – Foto Ascom/Cohidro

Secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal e o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), José Carlos Felizola Soares Filho estiveram, na segunda-feira (6), no povoado Queimadas e no assentamento Serra da Guia, em Poço Redondo. Foram atender demandas pela instalação de dois poços e recuperação também de duas barragens comunitárias e de médio porte, que farão parte da edição 2017 do Programa de Recuperação de Pequenas e Médias Barragens. Iniciativa do Governo de Sergipe que contará com R$ 1.200.000 do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep).

Nessas localidades do semiárido município distante 140 km de Aracaju, a ação do Governo do Estado é presente na perfuração e instalação de poços dotados de dessalinizadores, através do ‘Água Doce’. O programa federal em Sergipe é gerido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e coopera na manutenção de poços e sistemas de bombeamento a Cohidro, ligada à Seagri. A função desses sistemas de abastecimento de água é o abastecimento humano, atendendo 233 famílias. Agora se pretende suprir, para os próximos verões, a carência que os pequenos criadores têm quando a água para dar de beber aos rebanhos, instalando poços e recuperando antigas barragens.

Segundo Felizola, desde 2008 a Cohidro já recuperou mais de 2.000 barragens do tipo encontrado nos assentamentos e dará início ao seu Programa de Recuperação agora, em fase de seleção das mais prioritárias. “Estão sendo estudadas as 12 médias barragens no Estado que reúnem tanto a urgência por obras, quanto a quantidade de famílias atendidas e a viabilidade do projeto que pode ser feito. A intenção é de fazer o mesmo que nas outras localidades atendidas no passado, essas duas populações estejam mais bem preparadas para as próximas secas. Reformando essas aguadas, ampliando a capacidade que elas têm de acumular a água da chuva e assim, resistir por períodos mais longos de estiagem”, disse o presidente.

Felizola: barragens serão inseridas na edição 2017 do Programa de Recuperação – Foto Ascom/Seagri

José Sandro, mais conhecido por Sandro da Guia, presidente da Associação Quilombola Manoel Rosendo da Guia, considerou a visita bastante produtiva, por dar sinal verde para a realização da obra no Serra da Guia. “Para a gente é gratificante, é muito bom essa limpeza da barragem. Foi uma surpresa porque a gente cobrou, mas não tinha uma data. Quero agradecer também a Belivaldo (Chagas, vice-governador), que é uma pessoa que sempre que a gente fala, ele está ativo e recebe a gente no gabinete dele. O Governador (Jackson Barreto) também recebeu a gente, ouviu nossas demandas e está atendendo. Graças a Deus está acontecendo e nós, da comunidade, estamos muito felizes com essa notícia boa, surpresa boa”, externou.

Poços
Diretor de Infraestrutura da Empresa, Paulo Henrique Machado Sobral, explicou que quanto aos poços, o trabalho é de continuidade ao serviço já iniciado pela Empresa. “Os poços foram perfurados pela Cohidro e carecem agora só da instalação do sistema de bombeamento e armazenamento de água. Em convênio com a Prefeitura de Poço Redondo, serão duas demandas inseridas no nosso cronograma da Dipoços (Divisão de Instalação e Manutenção de Poços da Cohidro) e vão ser atendidas com prioridade, já que se trata do Alto Sertão, onde a seca é ainda mais severa”, argumenta.

Esmeraldo reitera que a presença de ações do Estado é grande nas comunidades e defende que, além do consumo humano, os poços devem ser aproveitados para a dessedentação do gado. “Na Serra da Guia têm três poços perfurados pela Cohidro, um deles com a vazão muito boa e tem outro, com a ação da Secretaria de Meio Ambiente, que é o ‘Água Doce’. O que a gente percebeu é que, além do grau de satisfação que a comunidade tem com relação à água doce, tem necessidade também de ter água para consumo animal. E com isso é importante que a gente reforce a parceria com a Prefeitura, para que possa instalar o poço de água salgada que tem a vazão boa”, avalia.

O secretário, depois de visitar a barragem a ser recuperada no Queimadas, ainda seguiu viagem até o Assentamento Gualté, em Canindé de São Francisco. Movidos à energia elétrica ou eólica, lá 14 poços perfurados e instalados pela Cohidro servem ao consumo humano, animal e irrigação, principalmente das pastagens que alimentam o gado. “Uma visita com a dupla intenção de conversar com a comunidade e ver um empreendimento com relação à industrialização de leite e também acompanhar os cata-ventos instalados vinculados a poços”, completou Esmeraldo.

Presenças
Participaram da visita dos gestores estaduais, o ouvidor Geral do Estado, Luiz Eduardo Costa; o assessor da Seagri, José Dias; o vereador Luís Alberto e o ex-prefeito de Poço Redondo, Roberto Araújo.

Barra da Onça
Há duas semanas, Esmeraldo e Felizola estiveram no assentamento Barra da Onça, também em Poço Redondo. Depois de se reunirem com os moradores, ficou definida a perfuração de três novos poços e a construção de três barragens de terra atendendo, respectivamente, ao consumo humano e a dessedentação animal. Na semana seguinte, estiveram na localidade os técnicos da Cohidro: a Geóloga Samiramisthais Linhares, para fazer a locação dos poços e o Engenheiro Civil Valdi Aragão Porto, demarcando a localização mais propícia para a escavação das barragens.

Governo do Estado vai construir 3 barragens e perfurar 3 poços no Barra da Onça

Equipes da Cohidro voltam ao Barra da Onça para locar poços e barragens (Foto Cohidro)

Cumprindo agenda firmada com a comunidade do Barra da Onça, ontem (30), equipes da Diretoria de Infraestrutura e Mecanização Agrícola (Dinfra), da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), voltaram ao Assentamento em Poço Redondo, para fazer a locação dos três poços que a Empresa irá perfurar, nas localidades que integram o território do projeto de reforma agrária. Também determinaram o local do projeto e construção de três barragens de terra destinadas ao acúmulo de água das chuvas, para dessedentação animal na comunidade, grande produtora de leite do município.

Em uma assembleia da Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Barra da Onça, no último dia 25, a comunidade recebeu os diretores da Cohidro e o secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal. Após determinação do próprio governador Jackson Barreto, os gestores do Governo Estadual foram constatar quais são as necessidades da comunidade por fontes de reservamento e captação de água. Da reunião, ficou determinada a construção das barragens coletivas e a perfuração dos poços tubulares, a fim de beneficiar as 200 agro-famílias assentadas.

São ações, viabilizando água para o abastecimento humano e animal, que se somam à inciativas já sendo feitas pela Cohidro na comunidade, onde fez projeto para a recuperação estrutural de uma grande barragem de concreto situada também dentro do Barra da Onça. Planos de engenharia para reformar tanto esta como a Bate-Lata – reservatório semelhante e no mesmo município distante 140 km da capital sergipana – que a Companhia entregou para o Ministério da Integração Nacional, para obter recursos federais necessários a viabilizar a obra. Procedimento igual a Empresa ainda irá fazer para com a represa do Assentamento Cuiabá, no vizinho Canindé de São Francisco, 213 km de Aracaju.

Força-tarefa

Presidente Felizola (Foto Ascom Cohidro – Michaelle Santiago)

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, esta é uma missão dada pelo próprio governador do Estado à Força-Tarefa do Semiárido, a qual faz parte a Empresa junto da Seagri, secretarias de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), além da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e Defesa Civil Estadual (Seidh). O grupo se reúne periodicamente e percorre o Sertão Sergipano para avaliar os pontos críticos e mais castigados pela estiagem prolongada.

“Os assentados se reuniram pessoalmente com Jackson Barreto e solicitaram essa ajuda emergencial nesta grande comunidade, onde vivem mais de 200 famílias em que a principal atividade é a pecuária, fazendo parte da maior bacia leiteira de Sergipe. Fomos ver o problema da falta d’água in loco, saber dos próprios afetados por esta seca prolongada, aonde se faz necessária a interferência governamental para diminuir a dificuldade deste povo. De lá saímos decididos de que vamos providenciar, junto ao Governo do Estado, recursos para contratação do maquinário necessário para abrir estas três barragens de terra e para custear nossas equipes para perfurar os três poços”, adiantou Felizola, após o encontro.

A Cohidro é uma estatal subsidiaria à Seagri, fator que determinou a presença do secretário Esmeraldo Leal. Ele reforça que o Barra da Onça é um dos assentamentos mais antigos de Sergipe. Criado em 1986, é considerado exemplo de produtividade e de geração de renda para os trabalhadores rurais integrantes do projeto. “Então, a reunião teve uma importância muito grande, por ter uma representação de todos os grupos. São três grupos muito bem organizados, uma pauta muito bem organizada. E como eles próprios disseram, estavam ali para que o Estado os apoiasse não com cesta básica, não com esmola, mas apoiasse com uma infraestrutura de uso comum, principalmente nesse momento de seca”, avaliou, destacando ainda a presença dos ex-prefeitos de Poço Redondo, Roberto Araújo e Frei Enoque, na assembleia.

Produtor rural e líder comunitário no Barra da Onça, José Lenilson da Costa, ao mesmo tempo em que lamenta os efeitos da estiagem prologada no Sertão, se anima com a possibilidade de ter a carência de seu grupo sanada pela Cohidro. “Realmente, a gente está muito satisfeito com o atendimento deles, que foi feito. E eles já começaram a fazer o planejamento dos projetos, com a oportunidade de fazer a barragem e os poços. Eu acho que seria muito importante, porque o sofrimento que se passa aqui com a falta de água e a seca, os animais sofrem muito junto com a gente. Uma coisa que pode melhorar muito a comunidade aqui”, considera.

Poços

Paulo Sobral (Foto Ascom Cohidro – Michaelle Santiago)

Também presente, Paulo Sobral estabeleceu que as equipes da Empresa iriam atuar no Assentamento nesta semana, compromisso cumprido ontem. “A Companhia vai elaborar o projeto de construção das barragens, mas prontamente já foi feita a locação dos poços. Nossa geóloga, Samiramisthais Linhares, determinou o local exato em que deve ser perfurado o poço, conforme o estudo do solo da localidade”. O dirigente ainda esclarece que serão três poços para suprir cada uma das três seções em que se subdivide o Barra da Onça. “Será um poço e um barragem em cada setor, grupos aos quais eles denominam de ‘Poço Redondo’, ‘Porto da folha’ e ‘Nossa Senhora da Glória’”, resumiu.

Barragens
Valdi Aragão Porto, Engenheiro Civil da Cohidro, esteve no Barra da Onça para determinar os locais de melhor topografia para abrigar as três barragens de terra. “Escolhemos os terrenos com a possibilidade de comportar a escavação e terraplanagem de reservatórios com a capacidade média de 30 mil metros cúbicos de água. Para tal, é necessário que estes terrenos também tenham capacidade de escoar a água das chuvas, que vai ser o único modo de enchimento que elas terão”, completou.

Fórum estadual de secretários municipais de agricultura debate sobre desafios e políticas públicas para o campo sergipano

Fotos: Ascom/Emdagro

Com o objetivo de articular e fortalecer as políticas públicas estaduais e municipais voltadas para o campo, aconteceu nesta quinta-feira, 26, o Fórum Estadual de Secretários Municipais da Agricultura. O evento foi realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) em parceria com suas empresas vinculadas: Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro). Esta última sediou o evento durante toda a manhã.

Nos últimos dois anos a Seagri vem apoiando e participando da realização de fóruns regionais da Agricultura, por territórios sergipanos, mas essa é a primeira vez, em Sergipe, que se realiza um encontro estadual com secretários municipais da Agricultura. Com o início da gestão em vários municípios, a secretaria sentiu a necessidade de passar para os novos gestores informações sobre os programas e projetos realizados pelo Estado por meio da Seagri e de suas empresas de assistência técnica e recursos hídricos.

Fotos: Ascom/Emdagro

Das 74 cidades do interior sergipano, 37 enviaram titulares da pasta, outras estiveram representadas por assessores ou técnicos. “Essa é uma representação significativa, visto que muitos municípios, com os prefeitos recém-empossados, ainda não nomearam seus secretários e outros sequer têm uma secretaria específica para agricultura e pesca”, disse o secretário de Estado, Esmeraldo Leal dos Santos.

“Estamos dando o peso ou o valor que a agricultura merece, pois grande parte da riqueza gerada em nosso estado vem da agropecuária. Um setor que sustenta a economia de muitos municípios sergipanos e regiões, a exemplo das cidades que vivem da produção do arroz no Baixo São Francisco, do milho e do leite no Alto-Sertão, da laranja e outros citros no Sul sergipano, este inclusive é o principal produto de exportação na balança comercial do estado. Ou seja, temos uma agropecuária forte e que merece respeito”, assegurou Esmeraldo. Ele garantiu ainda que o encontro serve também para demonstrar este potencial, melhorar a autoestima dos gestores municipais e compartilhar responsabilidades.

O grande potencial da agropecuária foi enfatizado também pelo presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Sergipe (AEASE), Fernando Andrade. Segundo ele “a agricultura é responsável por 33% do PIB nacional e 40% de todos os empregos gerados no país e em Sergipe não é diferente. A agricultura é uma atividade estratégica porque não só gera divisas e renda, emprego, mas acima de tudo fixa o produtor no campo produzindo para a população das cidades. Afinal, o que seria das cidades sem o produtor do campo?” Andrade acrescenta que o fórum serve para tirar lições, uma delas é fazer planejamento das ações para minimizar os problemas.

Desafios
Os desafios mais comuns apresentados pelos secretários municipais estão voltados para a falta de orçamento para agricultura e o longo período de seca que passa o estado e seus desdobramentos. “Todos os esforços do Estado e dos municípios parecem ser insuficientes diante da crise hídrica, 90% das ligações que recebo é pedindo água, disse o secretário Dejalci, de Nossa Senhora da Glória. Muitos demonstraram preocupação e até impotência diante dos problemas. “Visitei um assentamento no último domingo e vi sete vaquinhas morrendo de fome e o produtor desesperado sem saber o que fazer”, relatou o secretário José Brito da cidade de Gararu demonstrando o cenário de dificuldade. Outros temas que desafiam as gestões municipais estão voltados para a praga da mosca negra, o fortalecimento da cadeia produtiva da pesca e contratação de concurso público para as empresas estatais de assistência ao campo.

Ações do Estado
O secretário Esmeraldo Leal relacionou mais de vinte ações que atualmente estão sendo levadas ao campo pelo Governo do Estado, por meio da Seagri, Emdagro e Cohidro. Ações que minimizam os efeitos da seca como perfuração de poços, limpeza de barragens, modernização dos perímetros, Garantia Safra; ações de desenvolvimento como regularização fundiária, acesso à terra, assistência técnica, defesa animal e vegetal, investimentos em atividades produtivas ou negócios rurais pelo Projeto Dom Távora, distribuição de sementes e mecanização agrícola, entre outros. “Temos todas estas ações e estamos empenhados em buscar mais. O próprio governador Jackson Barreto tem ido ao Governo Federal pleitear mais recursos para abastecimento e alimentação animal porque sabe da realidade, disse.

“Devemos aprofunda as relações e manter um diálogo permanente entre o Estado e os municípios para encontrarmos saídas conjuntas” acrescentou Esmeraldo. Para isso ele colocou à disposição dos gestores municipais uma relação com nomes e contatos dos principais setores, programas e projetos da secretaria e das empresas estatais.

Emdagro

Fotos: Ascom/Emdagro

O presidente da Emdagro, Jefferson Feitosa, destacou o quanto é importante e estratégica a ação do órgão para o setor agropecuário sergipano. A empresa pública atua há 55 anos nas áreas de assistência técnica, extensão rural, pesquisa, defesa agropecuária e ações fundiárias. São 130 mil agricultores familiares assistidos em uma estrutura espalhada polo interior com 34 escritórios municipais, 4 regionais, 3 unidades móveis de fiscalização, 2 Parques de Exposição, 2 Centros de Formação e Tecnologia, 2 Estações Experimentais, 1 Laboratório de Zoosanidade Animal, 1 Laboratório de classificação de produtos de origem vegetal e 1 Campo de produção de mudas.

“A Emdagro carrega com orgulho conquistas como a certificação estadual com área livre de febre aftosa, certificação Internacional de livre de Peste Suína Clássica sem vacinação”, disse Jeferson, acrescentando que, além disso, a empresa dá um importante suporte no desenvolvimento do programa de governo Mão Amiga, sob a coordenação da Secretaria de Estado da Inclusão e do Desenvolvimento Social, e do Projeto Dom Távora, sob a coordenação da Seagri.

Na oportunidade, Jefferson se comprometeu em visitar todas as secretarias municipais de agricultura, juntamente com a equipe dos escritórios locais dos respectivos municípios, a fim de traçarem com os gestores das pastas as estratégias necessárias para o desenvolvimento da agricultura local.

Cohidro

Fotos: Ascom/Emdagro

“Muitos conhecem a Cohidro apenas como empresa de perfuração de poços artesianos, mas essa é apenas uma das atividades importantes que vem desenvolvendo ao longo dos 35 anos de existência e serviços prestados ao estado. O órgão administra seis perímetros irrigados. Mesmo nesse momento de seca é responsável por manter Sergipe com uma das cestas básicas mais baratas do Nordeste por conta do trabalho subsidiado aos pequenos e médios produtores rurais fornecendo água dos perímetros para os agricultores de forma sustentável”, expressou o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Soares Filho.

Felizola exemplificou que a maior parte da produção do Perímetro Irrigado Califórnia, de Canindé de São Francisco, vai para a Ceasa da Salvador-BA. Outros polos irrigados da Cohidro, como os situados em Itabaiana e Lagarto, abastecem diversas feiras nos municípios e mercados nas capitais baiana e sergipana.

“Trabalhamos com tudo que diz respeito aos recursos hídricos em Sergipe. A maioria das obras em barragens, nos últimos 10 anos, foram feitas com a supervisão da Cohidro, parcerias com os municípios para limpeza e recuperação de açudes e barragens que servem, principalmente, para a dessedentação animal. Ontem mesmo estávamos na Barra da Onça (Poço Redondo), onde serão construídas três barragens de terra, por solicitação do governador Jackson Barreto, a partir de recursos do próprio Estado. Estamos conseguindo também, via Ministérios da Integração Nacional e do Desenvolvimento Agrário, R$ 20 milhões para ampliar ainda mais as ações de limpeza de tanques, construção de cisternas. Enfim, são muitos os desafios que temos pela frente no sentido de execução de benefícios para a população do campo”, expôs o presidente da Cohidro.

Avaliação
O secretário da Agricultura de Glória, Dijalci Aragão disse que o fórum foi positivo. “Está de parabéns o secretário Esmeraldo Leal, por essa iniciativa de reunir secretários novos e os que vêm da gestão anterior em um momento tão difícil para os municípios. Esse é um momento de fortalecimento uma união dos secretários. Sabemos das limitações, mas ninguém se furtou frente aos desafios, pelo contrário, estamos somando forças para vencer as dificuldades para fazer com que o homem do campo possa vencer a crise e a economia volte a fluir”.

Josefa Menezes de Carvalho, secretária de Agricultura de Malhador disse que “foi enriquecedor para todos. Importante para perceber que estamos passando pelo mesmo dilema. Trouxemos muito nossos dilemas e pudemos discutir com oportunidade de ouvir e falar”.

“Gostei da qualidade dos gestores que os prefeitos escolheram, conheço muitos secretários e fiquei entusiasmado com a qualidade técnica e política, digo assim porque as vezem são bons técnicos, mas desarticulados com as ações estaduais e federais. Vi uma vontade muito grande de construir esse momento de articulação que chamamos de fórum estadual, saio otimista, tendo a certeza de que teremos um bom grupo de gestores públicos para melhorar o potencial do estado”, avaliou Esmeraldo Leal.

Participaram ainda os prefeitos Aroaldo Chagas (Negão) de Carira, Manoel Oliveira de Itabi, Major Queiroz da Defesa Civil e Manoel Mendonça da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário.

Fonte: Ascom/Seagri

Seca interrompe irrigação no Jacarecica I mas permite obras na barragem

Desde que foi inaugurada, há 30 anos, nunca a falta de chuvas deixou tão baixo o nível da água – Foto Ascom/Cohidro

Há uma semana, desde o dia 17, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), interrompeu o fornecimento de água em um dos seus perímetros irrigados de Itabaiana, 65 km de Aracaju. O Jacarecica I parou de funcionar devido ao baixo nível em sua barragem. Diante da estiagem prolongada desde o ano passado, o reservatório não teve condições de se recuperar. Enquanto as chuvas não devolvem a condição hídrica que possibilite o bombeamento para irrigação, a Empresa executa obras de manutenção, limpeza e instalação de mecanismos de segurança e qualidade da água.

Desde setembro de 2016, a Diretoria de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Dirir) e a gerência do Perímetro Jacarecica I se viram forçadas a adotar medidas de restrição no uso da água, para dispor a irrigação até o final daquele ano. A redução de 20% na área irrigada foi proposta aos produtores, além da diminuição do tempo diário de acesso à água, de 11 para 9 horas diárias. À época, as mudanças foram bem aceitas pelos agricultores e isso lhes permitiu um planejamento de médio prazo, em que seria possível contar com água até o fim de dezembro, se adotadas as ações de racionamento.

Segundo o Engenheiro Civil e gerente de Engenharia da Cohidro, Adnaldo de Santana Santos, o racionamento foi suficiente para manter a irrigação até o último dia 16 de janeiro. “A partir de agora vai depender da incidência de chuvas para que o reservatório se recupere. A qualidade da água que ainda sobrou, no chamado ‘volume morto’, está ruim e se faz necessária uma limpeza, aproveitando este período em que não tem enchimento, sem chuvas”, considerou.Informando que nesse tempo de barragem parada, também será propício realizar outras atividades.

“Vamos dar início em serviços para melhorar a qualidade da água, capacidade de reservação e segurança estrutural da barragem. Instalando equipamentos que desde a sua inauguração, há 30 anos, encontram-se sem operar, como as comportas de segurança, tomada d’água e descarga de fundo”, completa Adnaldo. De acordo com o Engenheiro, ativar este último mecanismo no reservatório vai permitir escoar as impurezas que se depositam no leito da barragem, sem necessitar esvaziá-la.

José Carlos Felizola manteve a imprensa local informada dos fatos e ações da Cohidro no Jacarecica I – Foto Ascom/Cohidro

José Carlos Felizola Soares Filho, diretor-presidente da Cohidro, se solidariza com os agricultores que estão deixando de produzir pela falta d’água. “Sabemos o tamanho do problema que estão passando. Eles têm no trabalho da terra irrigada, o sustento de suas famílias. Entramos em contato com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a quem somos subordinados, para buscar algum tipo de seguridade temporária a esses produtores inviabilizados de produzir. A única coisa boa nisso é que o esvaziamento propiciou essas obras, para nas próximas secas estarmos mais bem preparados para enfrenta-las”, avaliou.

Titular da Dirir, João Quinliano da Fonseca Neto reforça que, no entanto, os agricultores foram advertidos de que não seria seguro plantar para colher depois do dia 31 de dezembro de 2016. “Os irrigantes foram informados, através da Associação de Produtores e da imprensa de que iríamos fazer o possível para fechar o ano com irrigação. Depois disso, não seria garantido o fornecimento de água e que só a retomada das chuvas poderia mudar este quadro. Infelizmente a meteorologia não ajudou, mas ainda estendemos esse prazo além do dia 31 de dezembro, mas desde o dia 13 estávamos operando de forma parcial e condicionado à capacidade das bombas conseguirem captar água na barragem. No dia 17 isso não foi mais possível e foi inevitável a paralisação”, reforçou.

Prefeito de São Cristóvão e presidente da Cohidro realizam visita técnica ao novo poço tubular

O serviço de perfuração e revestimento do primeiro poço tubular, que vai aumentar a oferta de água na região da Cidade Alta, em São Cristóvão, foi concluído. (Foto: Márcio Garcez/PMSC)

O prefeito Marcos Santana, acompanhado de Carlos Melo, diretor-presidente do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de São Cristóvão e de José Carlos Felizola diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), realizaram na tarde de quinta-feira, 19, a segunda visita técnica ao local que foi perfurado o primeiro dos três novos poços tubulares.

O novo poço tem uma profundidade 60 metros e a perfuração foi executada através do serviço de rotação. O serviço de perfuração foi iniciado no último dia 03 e a previsão é que ele seja interligado ao sistema de abastecimento do SAAE nos próximos dias, para suprir a deficiência de água da cidade.

Segundo explicou Carlos Melo, agora falta apenas o teste de vazão que apontará a viabilidade técnica em utilizar o poço tubular. “O teste está previsto para iniciar na próxima segunda-feira (23), mas a probabilidade de que o poço atenda a nossa expectativa é grande”, disse Melo.

Fonte: Ascom/PMSC

Última atualização: 4 de outubro de 2019 11:25.

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