Em Brasília, Jackson busca recursos para finalizar obra do Terminal Pesqueiro

O governador de Sergipe, Jackson Barreto, reuniu-se nesta quarta-feira, 09, com o secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge de Lima, em Brasília, para tratar da obtenção de recursos para finalização das obras do Terminal Pesqueiro de Aracaju / Fotos: Roque Sá

O governador de Sergipe, Jackson Barreto, reuniu-se nesta quarta-feira, 09, com o secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge de Lima, em Brasília, para tratar da obtenção de recursos para finalização das obras do Terminal Pesqueiro de Aracaju. Na companhia do deputado federal Jony Marcos e do superintendente do escritório de Sergipe em Brasília, Heleno Silva, Jackson cobrou ao secretário-executivo a regularização do convênio responsável pelo financiamento da obra, firmado com o antigo Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento e hoje de responsabilidade do MDIC. O convênio para construção do novo Terminal, no valor de R$ 14.376.700,10, sendo R$ 12.894.062,49 do governo federal e R$ 1.482.637,61 correspondentes à contrapartida do governo do Estado, prevê não só a construção do Terminal, mas também a aquisição de equipamentos para beneficiamento de pescado e a elaboração de um Plano de Desenvolvimento Sustentável da Pesca no estado.

O governador voltou a cobrar liberação de recursos para recuperação da barragem da Barra da Onça, em Poço Redondo, no Ministério da Integração. Nesta quarta, o chefe do Executivo foi recebido pelo secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração, Marlon Cambraia, e destacou que a obra, orçada em R$ 989.924,59, beneficiará comunidades do Alto Sertão, cuja atividade econômica é a pecuária leiteira.

Não é a primeira vez que o governador pleiteia, junto ao Ministério da Integração, a recuperação da barragem. Em junho, ele esteve com o ministro da pasta, Helder Barbalho para tratar a questão. No mês de maio, durante visita ao município de Poço Redondo para entregar material forrageiro e o Centro de Educação Profissional Dom José Brandão de Castro, o governador conversou por telefone com o ministro, que solicitou o envio de um projeto sobre a utilização dos recursos.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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Programa de Recuperação de Barragens tem êxito no Alto Sertão

Barragem na Serra da Guia em obras -Foto Fernando Augusto(Ascom/Cohidro)

No Alto Sertão Sergipano, foram sete barragens públicas que passaram este ano por obras do Programa de Recuperação de Barragens do Governo do Estado, executado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Todas captaram água, graças às chuvas que caíram a partir de abril e, na maioria dos casos, atingiram a capacidade total de armazenamento e até verteram. Em outros municípios fora dessa microrregião e que, de igual forma, decretaram situação de emergência devido à seca em 2016, a Empresa reformou seis reservatórios de médio porte.

Segundo o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, o Programa vem sendo possível a partir de convênio com a Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (Seidh). “Neste ano, a Empresa contou com R$ 2 milhões do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep). Isso permitiu recuperar 12 barragens públicas em todo Estado, a perfuração de 20 poços comunitários e a instalação de quatro sistemas de abastecimento de água em povoações rurais de Lagarto e Simão Dias”. Mas o diretor completa que essas obras também ocorreram em anos anteriores. “A parceria vem desde 2012 e já reformou quase 2 mil aguadas rurais, 33 delas públicas e de médio porte”.

Diretor de Infraestrutura da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral explica que as barragens recuperadas têm como função principal a dessedentação animal. “ São pequenas aguadas em propriedades de pequenos criadores, ou reservatórios maiores de acesso coletivo, como é o caso de todas as que foram limpas e ampliadas agora, neste ano. Em todos casos, usamos máquinas para retirar o excesso de sedimentos, aumentar sua a extensão e reforçar as barreiras de contenção”, disse, reforçando que sempre que a benfeitoria for em terreno particular, o proprietário da área assina um termo de concessão pública da água, para atender os demais moradores.

No Assentamento Paulo Freire, em Porto da Folha, a obra de recuperação já alcançou o seu objetivo por completo. A chuva, com maior intensidade neste município sertanejo do que em outros, fez a barragem chegar ao ápice e até verteu. Assentados, como Eronildes Antônio da Silva, levam o gado para beber no reservatório ou carregam a água até os criatórios. “Crio duas vacas, uso para levar água, para botar aqui, a gente bebe daqui, para botar no tanque, no terreno, que diga”, contou.

Os assentados do Paulo Freire comemoram, acreditam que agora, com a barragem ampliada e cheia, a reserva vá durar por mais de um ano. “Foi boa, foi um projeto bom para nós, porque tem muita água para nós, para os bichos beber. Estava aterrada com muita lama, quando ‘os cabras’ vieram não tinha mais água não, agora tem muita água graças a Deus”, agradece Eronildes.

Poço Redondo
Na Comunidade Serra da Guia o Programa recuperou o reservatório que estava completamente vazio e que depois das chuvas deste inverno, está agora inteiramente cheio. A localidade existe como território quilombola oficializado desde a sua demarcação, em 2004. Em seus 2.310 hectares de terra produzem, de forma coletiva, 200 agro-famílias e a principal atividade é a criação de gado leiteiro.

José Sandro dos Santos é presidente da Associação Quilombola Manoel Rozendo da Guia. Produtor agrícola local, ele relata que agora que está cheia, a á água acumulada pode durar até 2 anos, principalmente por que ali não é permitido a captação da água que não seja para o uso da própria comunidade. “Essa obra da barragem chegou em uma boa ora, graças a Deus! A barragem existe há mais de 30 anos e usamos a água tanto para dar ao gado como para a lavagem de roupas”, relata.

Mesmo sendo no mesmo município, no Povoado Queimadas a chuva foi em menor intensidade do que na Serra da Guia, resultando em uma barragem recuperada que não encheu em sua totalidade, alcançando cerca de 50% da capacidade. Engenheiro Civil da Cohidro responsável pela obra, Valdi Aragão Porto explica que do reservatório foi retirada muita lama, sedimentos depositados no fundo. O que aumentou bastante a sua capacidade de reservamento de água.

Osman Vieira Aragão, pequeno criador de gado vizinho à Barragem, contou o seu uso da água da barragem é para o consumo residencial e para o gado, principalmente. “Mais gente usa, a redondeza aqui usa. A esperança é ver ela cheia, que é para todo mundo ficar alegre”. Ele ficou satisfeito com a reforma, comparando com a sua situação anterior. “Rapaz, já tem muito tempo, nós morávamos aqui já, tem mais de 10 anos que vieram fazer essa barragem e agora tem mais volume de água. Estamos satisfeitos, ficou melhor, muito maior e ela demora mais tempo para secar”, completa.

Canindé de São Francisco
O acúmulo de água na obra do Programa de Recuperação de Barragens em Canindé ainda é tímido. As chuvas não caíram em volume suficiente para encher o reservatório reformado na localidade. Mas o morador da Agrovila Serra Azul, no Assentamento João Pedro Teixeira, João Vieira de Lima (mais conhecido por Gaspar) acredita que sem a intervenção da Cohidro na barragem, que secou há bastante tempo, nem estaria apresentando a atual reserva. Também é expectativa deles, que a água alcance um volume bem maior quando chegarem as chuvas de trovoadas, no final para o início do novo ano. Mais ou menos quando secarem os pequenos tanques que cada pequeno criador assentado tem em seu lote, e daí se fará necessário o uso desta maior.

“Satisfeitos nós estamos né? Porque se não tivesse feito a limpeza, ela não estaria apresentando a água que tem hoje, porque ali todinha tinha lama. Então, provavelmente a água ia ficar por baixo da lama. Ruim é como ela estava, mas hoje graças a Deus! Há uns três ou quatro anos ela estava seca, sem água nenhuma. Com essa chuva que teve é um pouco, mas um pouco que está agradando todo mundo com essa água. Nós estamos tendo água para os animais, tanto na barragem grande comunitária que foi limpa, como nas barragens pequenas, que não estamos mais dependendo do carro pipa, para estar abastecendo as comunidades”, comemora Gaspar.

Canindé de São Francisco
Rildo Joaquim Carvalho, secretário Municipal de Agricultura em Canindé, considera de grande importância o Programa e espera que ação se repita, nos próximos anos, aproveitando o grande volume de chuva que ocorre no inverno. “A importância das obras que a Cohidro vem realizando, a nível de Estado, é exatamente você aproveitar as águas da chuva e reter elas. E a gente ficar com um volume de água, não jogado fora e sim, para que seja servido as comunidades. A comunidade estava necessitando, todo Sertão, não só da Serra Azul. Esperamos que esse programa venha cada vez mais crescendo e o Governador se sensibilize com as ‘chuvadas’ que estão acontecendo”, direcionou.

Outros municípios sertanejos
O Governador inaugurou a barragem no Povoado Aningas, em Nossa Senhora da Glória, no dia 22 de maio. Esta foi recuperada também nessa edição do Programa e na época já estava cheia, pela ação das chuvas ainda do comecinho do inverno. “São benefícios importantes para o homem do campo e o produtor rural neste momento em que levamos medidas ao Sertão para enfrentar a estiagem”, afirmou Jackson Barreto.

Da mesma forma ocorreu em Nossa Senhora de Lourdes, com o reservatório próximo à sede municipal completamente cheio. Em Gararu, no Povoado Lagoa de Dentro, a reforma obteve êxito por ter acúmulo da água na barragem que, mesmo não chegando à sua capacidade total, já serve de alento à comunidade que depende da reserva hídrica para dar de beber ao gado.

Governo investe US$117 milhões em esgotamento e melhorias de recursos hídricos em Sergipe

O estado de Sergipe desponta no cenário nacional como um dos poucos a inserir na pauta do governo projetos relacionados à preservação dos recursos hídricos, a fim de aperfeiçoar as práticas de manejo do solo e da qualidade do sistema fluvial. Apesar de ações como essa passarem despercebidas pela opinião pública, elas impactam diretamente na vida dos cidadãos.

E foi pensando na melhoria da qualidade da água e práticas de gestão da bacia hidrográfica do rio Sergipe, que o governo do Estado criou o programa “Águas de Sergipe”, coordenado pela secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), com a interveniência de outros órgãos como as Companhias de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro) e de Saneamento (Deso), além da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro). Com as metas fixadas em 2012, o governo firmou uma parceria com o Banco Mundial para financiar o projeto.

O conjunto total de financiamento gira em torno de US$117 milhões, os quais US$70 milhões financiados pela instituição bancária global e US$46 milhões de contrapartida do Estado, já honrados. Com esses recursos, estão sendo realizadas intervenções, especialmente em tratamento de esgoto, irrigação, drenagem e resíduos sólidos, com cerca de 80 ações em diversos municípios interligados à bacia do rio Sergipe, fazendo do programa um dos mais importantes em execução dos últimos tempos no estado.

Três componentes
O programa foi desenvolvido em três grandes frentes ou componentes de trabalho, como explica o coordenador da Unidade de Administração do Programa Águas de Sergipe, Everton Teixeira. No Componente 1, o foco é a estruturação da estratégia de cuidados dos recursos hídricos do Estado, coordenado pela Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) da Semarh, com previsão global de US$9,2 milhões.

“Ele objetiva organizar e melhorar essa gestão com várias ações, a exemplo de um estudo, que já está concluído, que aponta quais seriam as melhores práticas que o Estado poderia adotar para melhorar sua gestão de recursos hídricos. Esse componente também contém outros ingredientes que vão ajudar na gestão. Por exemplo, a cobrança pelo uso da água, o cadastramento dos usuários da água, o enquadramento dos rios, no sentido de fazer um trabalho de verificação da qualidade dos rios. Todas essas ações estão contratadas ou em andamento. Também está em processo de contratação a ação que diz respeito a integrar os mecanismos de outorga e licenciamento ambiental, ações que serão feitas em parceria com a SRH e Adema”, detalha Everton.

O Componente 1 ainda realiza investimento para a melhoria da gestão da Agência Reguladora de Serviços do Estado de Sergipe (Agrese), parceira da Semarh, ajudando a comprar equipamentos e mobília. O Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), que faz a análise das águas, também foi contemplado com a reformulação de seus laboratórios. Faz parte também do Componente 1, e uma das principais ações do programa, a recuperação de áreas degradadas.

Componente 2
Previsto para ser executado pela Cohidro e pela Emdagro, o Componente 2, com recursos na ordem de US$12,5 milhões, tem como objetivo medidas que venham a melhorar a qualidade e utilização dos recursos hídricos nas áreas de atuação dos perímetros irrigados da agricultura familiar. Fazem parte ações como a compra de um painel de segurança de barragem. De acordo com Everton, o programa contratou quatro especialistas que vieram analisar as barragens inseridas dentro da bacia hidrográfica do rio Sergipe, que são Jacarecica 1 e 2, Ribeira e Poxim. Ainda segundo ele, o banco concordou em contemplar outras duas barragens que estão fora da bacia hidrográfica, que são Jabeberi e o Piauí.

“Além disso, o Banco permitiu que fosse feita uma análise de segurança no Açude da Marcela, em Itabaiana, que não é uma estrutura estadual, é uma estrutura federal, mas mesmo assim o Banco concordou. Então, esses 7 captadores de águas tiveram trabalhos de segurança feitos, relatórios produzidos e, agora, o programa está implementado as ações para mitigar os riscos nas quatro barragens que são abrangidas pela bacia hidrográfica do rio Sergipe. Fazem parte dessas ações: a instrumentação das barragens, que permita o acompanhamento científico sobre o que acontece com elas; e a batimetria, que consiste em verificar a sedimentação do fundo da barragem para saber o nível da água”, reforçou Everton.

Também faz parte do Componente 2 a troca de mecanismos de irrigação de dois perímetros irrigados, Jacarecica 1 e Ribeira, onde irá permitir uma melhoria na utilização da água das barragens, por parte da Cohidro. “Antigamente, essas barragens foram construídas com o objetivo somente de irrigação, hoje, elas são de uso múltiplos, e tem como principal objetivo o abastecimento humano”, lembrou.

Além disso, continua Everton, esse componente dá condições para que as parceiras Cohidro e da Emdagro fortaleçam suas atividades institucionais. “Dotamos essas empresas de equipamentos, de veículos, de reformas de estruturas, com atualização de softwares, informática, dando condições a elas de executar melhor o seu papel. Essas ações estão em andamento, algumas contratadas, outras em processo de licitação. Por parte da Emdagro, 60 agricultores familiares vão ter seus sistemas de irrigação modificados, como uma experiência para verificar a viabilidade desse trabalho e expandir para outras partes da área atendida pela Emdagro.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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Presidente da Cohidro fala da emoção em levar água para comunidades carentes

José Carlos Felizola no Programa Sala Parlamentar

O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), o advogado José Carlos Felizola Filho ressaltou na manhã desta segunda-feira, 31, durante gravação do Programa Sala Parlamentar, na TV Alese, a importância de ações voltadas para amenizar os efeitos da seca, a exemplo do Programa Água para Todos.

“Quando cheguei na Cohidro, a empresa estava em processo de extinção. Foi um desafio muito grande e hoje graças a Deus colocamos a empresa num cenário de relevância político-institucional do nosso Estado. Essa seca que nós atravessamos mostrou o papel importante que a Cohidro tem”, afirma destacando que deu continuidade ao trabalho do antecessor, o ex-deputado estadual, Mardoqueu Boldano, implementando os programas que estavam em andamento, mas que já está colocando a sua marca e dando a sua contribuição.

Entre os programas desenvolvidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação, Carlos Felizola falou sobre a importância do Água para Todos.

“Esse programa é fantástico. A gente acha a água um coisa tão simples, mas tem muita gente carregando em carroças, em potes na cabeça. Nós chegamos em comunidades rurais que não são abastecidas por água, cavamos o poço, armazenamos a água e distribuímos para as casas. Com dois meses de gestão nós inauguramos o primeiro poço em um assentamento de Sem-Terra no município de Japaratuba. O que nos deixa emocionados é que não levamos apenas água para essas comunidades carentes, levamos saúde e sobretudo dignidade”, afirma.

E acrescenta: “É uma coisa muito simples e quando a gente faz isso, a gente colhe, como dizia o saudoso Marcelo Deda, sorrisos e isso é a essência daqueles que procuram fazer o Poder Público”.

Água para Todos
O programa Água para Todos é coordenado pelo Ministério da Integração Nacional (MIN) e faz parte do Plano Brasil Sem Miséria. O objetivo é levar água para 750 mil famílias, principalmente do semiárido brasileiro, universalizando o acesso de água a populações carentes residentes em comunidades rurais, e para consumo animal.

No Estado de Sergipe, serão investidos R$ 14,4 milhões em 25 municípios, na perfuração e instalação de 107 sistemas de distribuição e abastecimento de água potável. Para a segunda fase de execução, já estão previstas a perfuração e instalação de outros 67 sistemas de abastecimento.

Outros programas
Na entrevista, José Carlos Felizola Filho falou ainda sobre os programas: perímetros irrigados, contribuindo para a produção de 49,6 mil toneladas de alimentos; perfuração de poços tubulares; aquisição de alimentos; programa de recuperação de barragens; cisternas e Programa Produtor de Água, entre outros.

Cohidro completa sistemas de abastecimento em Salgado e mais 7 municípios

Sistema do Chã do Cabral conta com reservatório que atenda a população de 47 famílias – Foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

O ‘Água para Todos’, implantando pelo Ministério da Integração Nacional em convênio com os governos dos estados, em Sergipe é executado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Do final do ano passado para cá, foram concluídos 21 sistemas simplificados de abastecimento de água pelo Programa, atendendo 3.668 pessoas em oito municípios sergipanos. Em Salgado, 54 km de Aracaju, há duas unidades em funcionamento nos povoados Chã do Cabral e Quebradas III, onde 70 famílias receberam o benefício.

Felizola na entrega do Caraíbas – Foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, agora estão sendo finalizados outros 10 poços para entrega às comunidades. “Falta pouco para concluirmos a primeira etapa do programa e serem concluídos os 40 poços encomendados pelo Programa. Tão logo cheguemos nessa conquista, vamos para a segunda etapa, onde está planejado a perfuração de poços e instalação de sistemas de bombeamento, tubulações, armazenamento e abastecimento para outras 67 unidades, completando 107 ao total”, informou.

No Chã do Cabral, que fica em área de planície anexa ao Povoado Cabral e ao sul da sede municipal de Salgado, o sistema é composto de um poço perfurado em um nível mais baixo e distante cerca de 2km de onde foi construído o reservatório, instalado ao centro do vilarejo. A água é bombeada todo dia, até subir à parte alta e completar a caixa d´água. Edmilton Alves dos Santos, morador em frente do ponto de distribuição, aproveitou e fez uma canalização, da água que sai para o chafariz, até sua casa. “Foi uma graça de Deus que teve essa (obra) daí. Ao menos, temos essa fonte de água agora. Antes a gente andava quilômetros para chegar em riachos da região. Quem tinha carro ou carroça, ia melhor, mas quem ia a pé, carregava a água no lombo”, recorda.

São 2.237 litros de água por hora a vazão disponível no poço de 130 metros do Chã, e que atende 103 pessoas cadastradas durante o levantamento socioeconômico que elegeu a comunidade como carente de um sistema de abastecimento. Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, explica que o programa federal atende às duas principais demandas para o fornecimento nessas comunidades rurais, mas ele completa dizendo que está sendo possível incrementar alguns projetos, aumentando o grau de acessibilidade ao benefício ofertado pelo Governo do Estado, via ‘Água para Todos’.

“Os recursos e projetos são para a perfuração de um poço que atenda tanto a vazão, proporcional à demanda consumida por aquele número de habitantes, e a potabilidade da água. Obra que é complementada pela instalação de um ou mais reservatórios (dependendo também do número de habitantes) e dos pontos de abastecimento, incluindo as tubulações interligando essas duas benfeitorias. Mas há casos de comunidades onde já existiam sistemas de distribuição de água inoperantes; ou então moradores e prefeituras espontaneamente dispostos a investir nesse benefício há mais. Nesses casos, sempre nos propomos a adequar nosso sistema à necessidade destas melhorias”, expôs Paulo Sobral.

No Quebradas III, ao leste da sede municipal e próximo à rodovia SE-270, o novo poço de 130 metros e reservatório do ‘Água para Todos’ foi integrado, pela Cohidro, a uma rede de distribuição de água já instalada nas casas. Com isso, todo sistema ficou com uma vazão de 2.631 litros por hora, equivalente à demanda para atender as 165 pessoas lá cadastradas como moradoras.

Outros municípios
Em Itaporanga D’Ajuda já operam, fornecendo água para a população, os sistemas ‘Águas para Todos’ entregues pelo governador Jackson Barreto em dezembro de 2016, nos povoados Colônia do Sapé e Minante, com rede de distribuição nas casas e no Assentamento Dorcelina Folador, com dois chafarizes. Mais recentemente ficou pronto o sistema que atende, com um chafariz, o povoado Rio Fundo-Riachinho.

Também no final de 2016, em Japaratuba o governador entregou os sistemas dos povoados Curral dos Bois, Encruzilhada, com rede de distribuição e Araticum com seis chafarizes. Mas em setembro, o diretor-presidente Felizola já tinha entregado o sistema do Assentamento Caraíbas, o primeiro do programa e que atende quase 500 pessoas com rede de distribuição de água nas casas, inclusive para irrigação de pequenas hortas.

Redes de distribuição interligadas aos sistemas do ‘Água para Todos’ agora instalados, levam água às casas dos povoados Bom Viver, Cambuí, Mangabeiras, Bonfim e no Assentamento Cleonice Alves, em Santa Luzia do Itanhy. No município de São Francisco, Povoado Rocinha, além do encanamento residencial, há um ponto de abastecimento à carros-pipa no reservatório instalado pela Cohidro.

Chafarizes, dos sistemas instalados pela Cohidro, estão fornecendo água para os assentados dos projetos 27 de Outubro, 5 de Janeiro e no Povoado Sítios Novos, em Indiaroba. O mesmo no Povoado Currais, em Japoatã; no Camboatá, em São Cristóvão e em Flor do Mucuri, município de Divina Pastora.

Governo do Estado amplia fornecimento de água para sergipanos na zona rural

Inve

Sistemas de abastecimento instalados em poços da Cohidro solucionaram carência por água potável em regiões fora do alcance redes de distribuição

stimentos realizados pelo Governo do Estado estão garantindo maior acesso à água no interior sergipano. Seja em comunidades rurais ainda sem fontes de abastecimento, ou em regiões afetadas pela seca e sem reservas hídricas para o gado, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), neste ano dispôs de R$ 2 milhões do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), para investir na compra de materiais de perfuração para 20 poços, instalação de quatro sistemas de abastecimento e a recuperação de 12 barragens de médio porte, beneficiando cerca de 20.000 pessoas em 22 municípios sergipanos.

São recursos oriundos do convênio entre o órgão e a Secretaria de Estado Inclusão e Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh). O trabalho nas barragens foi concluído e agora estes reservatórios estão acumulando água das chuvas de inverno, para uso no próximo período de estiagem nessas áreas onde, em 2016, foi decretado estado de emergência devido à seca e que atendem, principalmente, a dessentação animal, em rebanhos que são a geração de renda para 9.978 moradores da zona rural.

No último dia 9, o vice-governador Belivaldo Chagas, em Simão Dias assinou ordem de serviço para começo das obras que vão construir quatro sistemas de armazenamento e distribuição de água para consumo humano no Assentamento Maria Bonita e no Povoado Sítio Alto, naquele município, atendendo 217 pessoas. O mesmo vai acontecer nos povoados Saco Grande e Piabas, em Lagarto. Neste último, a infraestrutura vai poder também abastecer a comunidade vizinha de Candeal das Cajazeiras, totalizando o benefício para cerca de 800 pessoas no município.

“Quando a gente investe no campo, a gente tem a garantia de desenvolvimento do estado, afinal de contas, quando falamos dos pequenos agricultores, os agricultores da agricultura familiar, são eles que produzem os alimentos que levamos à mesa em nossas casas. Então é preciso que a gente dê condições de trabalho para eles. Quando trabalhamos em benefício do campo, também fazemos com que o município como um todo tenha desenvolvimento. Porque o que se produz lá gera uma cadeia produtiva e, além, de ajudar os agricultores, ajudamos a economia local e do estado”, disse Belivaldo, no ato em que distribuiu 28 mil quilos de sementes de feijão e milho, material forrageiro para pequenos criadores e a reforma do Terminal Rodoviário de Simão Dias.

Segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, a atuação da Empresa tem se adaptado à realidade de cada município, buscando parcerias, como esta na Seidh e com as prefeituras. “Nos dois sistemas de abastecimentos em Simão Dias, as obras incluem a implantação de tubulação que vai ampliar e interligar a uma rede pré-existente, permitindo com que a água chegue até as casas dos moradores desses povoados”, informou. Complementando que os recursos do Funcep ainda vieram por contribuir na perfuração de 20 poços comunitários em Poço Redondo, Lagarto, Simão Dias, Moita Bonita, Umbaúba, Neópolis, Rosário do Catete, Siriri, Santa Rosa de Lima, Aquidabã, Santa Luzia do Itanhy, Boquim, assistindo aproximadamente 10 mil pessoas.

Programa de Recuperação de Barragens

As reformas ocorreram nos povoados Alagadiço, em Frei Paulo; Serra da Guia e Queimadas, em Poço Redondo; Poço dos Bois, em Cedro de São João; Mancinha, em Carira; Montes Coelho, em Tobias Barreto; Aningas, em Nossa Senhora da Glória; Lagoa de Dentro, em Gararu. E também nos assentamentos Paulo Freire, em Porto da Folha; Francisco José dos Santos, em Poço Verde; João Pedro Teixeira, em Canindé do São Francisco e na sede do município de Nossa Senhora de Lourdes.

As barragens recuperadas pela Cohidro neste ano dão sequência às ações iniciadas em 2012, quando foi lançado o Programa de Recuperação de Barragens. Antes, foram mais 1.800 dessas aguadas recuperadas, incluindo barragens particulares de pequenos criadores de gado que assinaram termo de compromisso, de compartilhar a água com os vizinhos, para poder receber o benefício. Mas também, nestes quatro anos anteriores, ocorreram obras em 20 barragens de médio porte, iguais às 12 reformadas em 2017. José Carlos Felizola, diretor-presidente da Companhia, acredita que essa ação garante maior autonomia ao homem do campo, dando uma sobrevida à criação que é seu sustento.

“No Sertão, quando as chuvas vão embora, a água dos pequenos barreiros, que todo criador abre no lote, logo acaba. Essas barragens maiores e coletivas criam uma reserva emergencial de água para que o vaqueiro leve seu gado lá ou puxe água de carroça. Muitas vezes a assistência vai para longe, outro município e não muito raro esses reservatórios, que nós recuperamos, abastecem até regiões da Bahia, como nos foi revelado em Glória e Carira. Em outros casos, o uso da água é múltiplo, como em Cedro de São João, onde a Barragem do Algodão abastece as criações, casas, serve para pescar e atrai gente de longe, para o lazer”, assinalou Felizola.

Nas obras, o trabalho das máquinas consiste em limpar os sedimentos depositados no fundo das barragens, assoreadas pela erosão e pela terra trazida pelas enxurradas. Barreiras de proteção são reforçadas e também, quando é possível, há a retirada de terra para aumentar o leito do reservatório. O conjunto de ações sempre amplia e muitas vezes até dobra a capacidade de acúmulo, fazendo com que esses depósitos emergenciais água durem por um maior período assistindo o sertanejo.

Assentado no Paulo Freire desde 2001, José da Silva Pereira cria 80 cabeças de gado em seu lote e disse que todos na comunidade utilizam da barragem reformada pela Cohidro para a dessedentação animal. “Quando tem água aqui, é a fonte mais certa. Aqui é assim, quando está chovendo, todo mundo utiliza as barragens pequenas dos terrenos, né? Mas aí quando o verão pega, todo mundo vem para cá. Alguém de fora pega, mas é para gado também. Eu estou achando muito bom (a obra), aqui está aumentando muito a barragem e como vai encher agora, vai durar mais para secar, né? Um dos benefícios maiores que a gente está recebendo aqui, nesse período seco. Uma barragem grande, é muito viável aqui para gente”, afirmou.

 

Cohidro adere ao ‘Dia do Rio’ em seus polos irrigados

Foto: Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Passando a valer a partir de ontem, 21, via a Resolução Nº 1.043 da Agência Nacional de Águas (ANA), o ‘Dia do Rio’ impõe a paralisação, todas às quartas-feiras e até 30 de novembro, em todas as captações feitas no Rio São Francisco, em barragens e principais afluentes, desde Minas Gerais até a foz, na divisa entre Alagoas e Sergipe.Salvo quando se trata de uso de água para consumo humano e dessedentação animal. O Governo do Estado de Sergipe, através de sua Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), atendendo a resolução já determinou esta suspensão no bombeamento do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco e no Platô de Neópolis.

A medida, tomada na 660ª Reunião Ordinária da Diretoria Colegiada da ANA, se vale da “grave situação de escassez hídrica ocorrente na bacia do rio São Francisco desde 2013, caracterizada pelas baixas precipitações (pluviométricas) com prejuízo para a reposição do estoque de água dos reservatórios”, e em seu artigo primeiro, estabelece que, “tendo em vista a situação de escassez hídrica na bacia, o Dia do Rio como medida de restrição de uso para captações em corpos d’água superficiais perenes de domínio da União na bacia hidrográfica do rio São Francisco que ainda não estejam submetidas a outras regras de restrição de uso mais restritivas”. A regra, que vai até o dia 30 de novembro, poderá ser prorrogada, “caso se observe atraso no início do período de chuvas na bacia do rio São Francisco”, acrescenta o documento publicado no Diário Oficial da União em 20 de junho.

No Perímetro Califórnia, há 213Km de Aracaju, segundo o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, a determinação já está sendo adotada e não vai afetar a os beneficiados pela Empresa e nem das suas conveniadas, que utilizam do sistema de irrigação. “Em Canindé, diferente do dispositivo proibitivo a nós e que lá vale também para o Perímetro Jacaré-Curituba da Codevasf, a Deso pode utilizar-se de sua captação própria, sem prejudicar o abastecimento da cidade. Muito mais do que uma regra, punível com multas, será uma forma de nós, que utilizamos do ‘Velho Chico’ para desenvolver a Agricultura, contribuirmos com a reversão da situação de escassez de água em seu leito ou represas”, avalia.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Dirir), João Quintiliano da Fonseca Neto, o impacto que possa ocorrer na irrigação dos dois polos irrigados da Empresa, passará a ser sentido só depois do fim do período de chuvas. “Por agora e desde abril, quando se iniciou um dos melhores períodos de chuva registrados em Sergipe, nossos perímetros têm permanecido praticamente todo tempo inoperantes quanto ao serviço de bombeamento de água até os lotes irrigados. A boa precipitação registrada elimina quase por completo a necessidade de irrigação em todo Estado”, observa.

Porém, ainda segundo João Fonseca, a estiagem vai chegar e com ela, a necessidade de religar as bombas. Para isso, o diretor considera que o manejo hídrico das lavouras, orientado pelos técnicos agrícolas da empresa e de parceiros, vai saber superar a suspensão de água das quartas-feiras. “Depois de agosto, provavelmente, quanto chegar ao fim o período de chuvas, é que esta paralisação da Resolução da ANA vá de fato interromper o fornecimento de água para a agricultura. Porém, nesses perímetros que utilizam do São Francisco dificilmente haverá prejuízos na produtividade, pois predominam as culturas de ciclo longo, como a fruticultura, que suportam mais de um dia sem irrigação. Já para as olerícolas, como a alface e o coentro, um dia sem água ainda é suportável. De toda forma, estaremos atentos para identificar qualquer necessidade orientar mudanças na forma de irrigar essas plantações, no decorrer dos outros seis dias da semana”, completou.

Platô de Neópolis
Distante 107km da capital, área e sistema de distribuição de água do Platô de Neópolis pertencem ao Governo do Estado através da Cohidro. Estrutura administrada pela Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação de Neópolis (Ascondir), que possuem a concessão pública para cultivar a terra e operar o sistema. Lá, predominam a fruticultura e a plantação de cana de açúcar, cultivos de ciclos longos e até resistentes a períodos maiores de que um dia por semana.

Antônio Paulo Feitosa, Engenheiro Agrônomo da Dirir, é responsável por gerenciar e fiscalizar a operação do polo irrigado e ontem esteve com os concessionários para oficializar a decisão que foi tomada no dia 19, pela ANA. “Fomos até lá só para dar certeza de que a Resolução estava em vigor, pois todos concessionários já estavam cientes da paralisação semanal. A paralisação da quarta nem precisou ocorrer ontem, pois como está chovendo bem, também na região de Neópolis, não houve necessidade de irrigação nesta semana”, informou.

 

Frigorífico em Itabaiana garantirá qualidade à carne consumida por sergipanos

Fotos: Jorge Henrique/ASN
Fotos: Jorge Henrique/ASN

Por ter sido construído em área de abrangência do Perímetro Irrigado da Ribeira da Cohidro, o novo Frigo Serrano receberá fornecimento de água a partir das adutoras dos quatro lotes irrigáveis que ocupa, obedecendo os mesmo critérios dos demais produtores irrigantes quanto ao horário, vazão e escala de distribuição. Capacidade de abate diário será de 600 bois por dia, o que irá atender a produtores de cerca de 34 municípios.

Às margens da rodovia que está sendo construída pela gestão estadual e que ligará Itabaiana à Itaporanga (SE-255), o governador Jackson Barreto participou, nesta terça-feira, 20, da inauguração do Frigorífico Serrano, implantado no povoado Lagoa do Forno, em Itabaiana. O empreendimento é realizado por iniciativa do grupo Souza e corresponde a um investimento de cerca de R$ 20 milhões, despendidos em construção e aquisição de equipamentos. O frigorífico conta com incentivo fiscal do governo estadual, através do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI). O empreendimento gera 120 empregos diretos e tem capacidade de abate diário de 600 bois.

Para o governador, o Frigorífico Serrano chega para suprir uma necessidade do estado de Sergipe. “A inauguração desse frigorífico marca uma nova página na história da economia sergipana. Sergipe entra na rota dos estados desenvolvidos nessa área, porque não tínhamos aqui, com exceção do frigorífico da Nutrial, em Propriá, uma estrutura para o abate adequado da carne consumida pelos sergipanos. O estado estava muito carente de uma obra deste porte, porque o que temos comumente são matadouros que não atendem às condições sanitárias necessárias. Com este empreendimento, o setor privado colabora com o poder público, contribui para a saúde pública, contribui para trazer carne de qualidade à mesa dos sergipanos”.

O governador destacou que o empreendimento condiz com a memória e ensinamentos deixados pelo patriarca da família de empreendedores, o empresário e ex-prefeito de Campo do Brito, Manoel de Souza, conhecido como Maim, falecido em 2013. “Hoje, estamos aprendendo uma lição de como fazer uma empresa com compromisso social, uma empresa moderna, inspirada nas lições do velho Maim, ex-prefeito de Campo do Brito, que teve uma vida inteira dedicada ao desenvolvimento dessa região. Está aqui o atestado de competência de quem soube criar uma família com a visão de desenvolver o estado, trazendo para nós esse grande benefício, representado pelo Frigorífico Serrano. Parabenizo o grupo por mostrar que a forma de vencer a crise é por meio do trabalho”.

A construção do frigorífico de grande porte atende às exigências sanitárias do mercado de carnes e satisfará demandas tanto de criadores, quanto de consumidores. Quando estiver em funcionamento, vai atender criadores e feirantes dos municípios das regiões Sul, Centro Sul e parte do Agreste. A expectativa da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) é que o novo frigorífico acabe com os abatedouros que funcionam irregularmente nos municípios dessas regiões.

O secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, informa que o empreendimento é importante também para economia. “Além dos empregos gerados diretamente, o impacto positivo desse empreendimento é muito maior, pois há uma série de empregos indiretos. Temos um setor agropecuário muito forte e todos serão beneficiados, porque teremos condições também para exportar, se for o caso, uma carne de qualidade, já que já temos genética de qualidade e o que faltava era uma estrutura deste porte e tecnologia para termos condições sanitárias adequadas para acessarmos mercados externos e internos. E com um orgulho ainda maior por ser por meio de um grupo genuinamente sergipano”.

Segundo um dos sócios majoritários, Moacir Souza, a capacidade de abate diário no Frigorífico Serrano será de 600 bois por dia, o que irá atender a produtores de cerca de 34 municípios. A expectativa é de que sejam gerados em torno de 120 empregos diretos. “Temos uma satisfação enorme por termos conquistado esse sonho. Com isso, vamos proporcionar ao estado de Sergipe um abate correto, o que irá corresponder a cerca de 70% do abate legalizado do estado. Vamos proporcionar em torno de 120 empregos e, conjuntamente com tudo isso, -qualidade à saúde, por meio do consumo de uma carne de origem, com segurança. Esperamos que daqui a algum tempo tenhamos condições de ampliar ainda mais”.

De acordo com Moacir, já na próxima terça-feira será realizado o teste para que o frigorífico entre em operação. O empresário também ressaltou a participação do governo do Estado para viabilização do projeto. A intervenção da Seagri foi decisiva para viabilizar o projeto: a Cohidro vai prover o abastecimento de água do Frigorífico Serrano, por meio do Perímetro de irrigação da Ribeira. Já a Emdagro, vai ser responsável pela certificação de inspeção animal, garantindo a qualidade do produto que vai para o consumo da população.

“Tivemos todo o apoio do Estado desde o início, em 2014, e, nesta gestão o secretário da Agricultura determinou o apoio da Cohidro, com a água, por isso o frigorifico foi instalado aqui nesse local. Também contamos com o apoio total da Emdagro, que tem sido uma grande parceira. Temos aqui equipamentos que, podemos dizer, é de primeiro mundo, tudo será automatizado e haverá inspeção do início ao fim”, afirmou.

Presenças
Participaram da solenidade, o vice-governador, Belivaldo Chagas, os secretários de Estado da Comunicação, Sales Neto, do Desenvolvimento, José Augusto, da Fazenda, Josué Modesto, do Meio Ambiente, Olivier Chagas; os deputados estaduais, Robson Viana, Zezinho Guimarães e Gustinho Ribeiro; os prefeitos de Campo do Brito, Marcel Souza, de Malhador, Elayne Araújo, de Nossa Senhora da Glória, Chico dos Correios, de Frei Paulo, Anderson Menezes, de Macambira, Luciano de Vital, de Ribeirópolis, Antônio Passos e de Areia Branca, Alan Andrelino; e os diretores da Vigilância Sanitária Estadual, Antônio de Pádua, da Cohidro, José Carlos Felizola Filho. Assim como, os superintendentes do Banco do Nordeste (BNB) em Sergipe, Saumíneo Nascimento e do Sesi em Sergipe, Acrízio Campos; o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe – Faese, Ivan Sobral; o empresário Messias Peixoto; vereadores da região, familiares dos proprietários do frigorífico e sócios do empreendimento, entre outros.

 

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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Milho verde irrigado pela Cohidro vai colher mais de 4 milhões de espigas em junho

De agora em diante, todo dia é dia de colheita de milho verde, até chegar o dia de São Pedro. 

Irrigação permite plantar o milho em qualquer época do ano e fazer chegar ao mercado antes do período junino – Foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Em dois dos principais perímetros de irrigação pública do Governo do Estado, a expectativa é a de colheita de 4.137.550 espigas em junho. Em Lagarto e Canindé de São Francisco a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) garantiu água para a plantação de 124,7 hectares (ha), quase todos os 754 lotes assistidos pela empresa nesses locais reservaram uma parcela de terra para plantar milho, garantindo o produto antes mesmo da demanda dos festejos juninos. Essa oferta regulou os preços ao consumidor, que podem variar de R$ 40 à R$ 70 o cento, dependendo da quantidade, variedade e região, em que se compra.

Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, esta produção nos demais perímetros de irrigação pública estadual só não foi maior devido à falta de chuvas em 2016. “A reposição de nossos reservatórios, que dispõe água para irrigar as barragens de cinco dos seis perímetros irrigados da Cohidro, não ocorreu no ano passado, devido à pouca chuva. O déficit hídrico repercutiu neste ano, em que tivemos que racionar água em Tobias Barreto e suspender em Itabaiana, nos perímetros Jacarecica I e da Ribeira (65km e 50km da capital). Nesses dois últimos, os produtores não puderam plantar milho verde pela incerteza de quando a chuva iria devolver a capacidade de irrigar regularmente. Salvo em Lagarto, em que as primeiras chuvas do ano foram suficientes para recuperar a barragem e em Canindé (213Km de Aracaju), que depende unicamente das águas do São Francisco para irrigar”, constatou João Fonseca.

José Carlos Felizola, diretor-presidente da Cohidro, considera o quadro positivo, já que a chuva veio em boa hora para recuperar as barragens e garantir a produção de milho verde. “A tradição seguida por quem não tem irrigação para produzir o ano inteiro, é a de plantar no São José para colher no São João e as chuvas deste ano chegaram na hora certa, permitindo que isso fosse possível acontecer. Mesmo se os nossos perímetros não tivessem recebido esta recarga d’água para irrigar e aumentar a oferta de milho em junho, foi também possível plantar sem precisar irrigação. Só não foi maior a produção de milho nos perímetros, por que a chuva demorou chegar ao Agreste, agravante que prejudicou os plantios dos nossos perímetros em Itabaiana”, lamentou.

A diferença entre depender só da chuva, que iniciou este ano farta, e de ter a irrigação, o agricultor irrigante do Perímetro Irrigado Piauí, José Roberto de Jesus, sabe bem. “Antes era mais complicado, porque não tinha irrigação e a gente esperava o período da chuva. Hoje, com a irrigação, a gente já pode plantar antes de São José, já vai molhando, tem água o suficiente, já facilita a colheita, mais”. As vantagens que o serviço oferecido pelo Governo do Estado promovem vão muito além de não precisar esperar a chover para plantar. “É, exatamente, não necessita tanto da chuva. Fica mais independente para o agricultor. Sempre melhora a produção, sempre dá espiga melhor. Fica bonito, não é?”, analisa o agricultor que plantou 2,64 ha de e antes mesmo de dar julho, estava colhendo milho verde em Lagarto.

Canindé
No Perímetro Irrigado Califórnia, o milho do período junino saiu da lavoura por até R$0,50 a espiga e neste ano foram plantados 90,775 ha pensando nos festejos, o que pode render, aproximadamente, a colheita de 2,95 milhões de espigas. Mesmo se não houver procura para todo este milho, ele pode vir a ser usado junto da palhada para a ração animal. José Leidison dos Santos é um dos agricultores irrigantes em Canindé que promove as três formas de comercializar o milho: a espiga, a palhada e o pé inteiro, para forragem. Para ele, essa flexibilidade garante mais segurança de plantar e ter certeza de que irá vender.

“O milho proporciona tudo, várias coisas. Nem penso no São João, que é só naquela época, a gente pensa no decorrer do ano inteiro, porque para a gente tanto faz a ração, quanto faz a espiga”, avalia Leidison. Mesmo assim, ele considera a venda da espiga mais vantajosa financeiramente, embora a forragem com a espiga junto tenha um valor de mercado diferente.“Tem, porque na hora que você for tirar a espiga, ela (a forragem) não tem peso, diminui bastante, mais o menos uns 50%.Se você quer uma ração com a espiga, você vai pagar ela no peso”.

Lagarto
Segundo o gerente do Piauí, Gildo Almeida Lima, já em março foram plantados 25,63 ha de milho, em abril, 8,30. Cada hectare produz de 20 a 25 toneladas e isso vai corresponder à 1.187.550 espigas colhidas. “De agora em diante, no perímetro da Cohidro de Lagarto, todo dia é dia de colheita, até chegar o dia de São Pedro. Aqui o preço varia de R$ 40 à R$ 50 o cento e sai a R$ 0,50 a unidade, no varejo”, informou. Ele disse que toda esta produção ainda gera, também em Lagarto, uma boa produção de ração animal. “25 toneladas de matéria fresca, palhada para ser utilizado com forragem”, acrescentou.

Raimundo Rocha de Araújo, adquiriu a produção de um lote de 0,66 ha, plantados com milho pronto para o consumo verde, no Perímetro Piauí. Pagou por ele R$ 3,5 mil e vai arcar com o custo de colheita e distribuição. Pagaria R$ 5 mil, se não houvesse um ataque de lagarta na plantação, já que sem isso, a área produziria 23.100 espigas, mas nessa lavoura colheu 17 mil sadias. “Vendo à R$45 o cento, para quem for revender e estou fazendo 7 espigas por R$5 no varejo”, informou.

Produtores assistidos pela Cohidro participam da Feira de Produtos Orgânicos

Dona Dicuri é quem comparece às feiras para vender os produtos gerados no lote familiar em Lagarto – foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Casal de agricultores orgânicos, Josileide Martins de Carvalho Nascimento e Delfino Batista são assistidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto e foi convidado para comercializar seus alimentos, na primeira edição da Feira de Produtos Orgânicos, realizada no Parque da Sementeira, em Aracaju. A depender dos resultados, o evento tem pretensão de ser semanal, mas desta vez foi parte da edição 2017 da Semana do Alimento Orgânico, organizada pela Comissão de Produção Orgânica de Sergipe (CPOrg-SE) e Sebrae-SE, de 31 de maio à 4 de junho.

Lá no Perímetro Irrigado Piauí, 69km da Capital, os agricultores familiares trabalham em um lote de 4,2 hectares, que recebe água para irrigação do sistema de distribuição mantido pelo Governo do Estado, administrado pela Cohidro. Desde a fundação do polo agrícola, 30 anos atrás, que Delfino e Josileide (mais conhecida como Dona Dicuri), agricultam esta terra e há 7 decidiram optar para a conversão dos plantios ao método agroecológico. Esta mudança se deve, segundo eles, ao incentivo recebido nas visitas, reuniões, palestras e viagens técnicas promovidas pela assistência técnica rural, também oferecida pela Companhia.

Hoje, a agro-família faz parte da uma Organização de Controle Social (OCS), grupo que após ser registrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), passou a ter a autorização para comercialização de produtos orgânicos diretamente ao consumidor e permite que possam participar de feiras, como esta realizada no sábado, dia 3. Com eles, existem outros 10 produtores orgânicos no Perímetro Piauí, da mesma forma produzindo para atender o mercado local e acessando pontos de venda em Aracaju. Se for fixada como semanal, a feira do Parque da Sementeira se tornará mais uma alternativa de escoamento da produção destes estes irrigantes.

Segundo o chefe da Divisão de Política e Desenvolvimento Agropecuário na Superintendência Federal de Agricultura, André Barretto Pereira, que representa o Mapa na CPOrg-SE, “essa feira é realizada com pequenos produtores, que são cadastrados no Mapa. Esses agricultores, ao se cadastrarem, recebem uma declaração de produtor orgânico que permite que eles façam a venda de forma direta, em pequenas feiras ou através de entrega em domicilio de cestas de alimentos para o consumidor. É uma relação direta entre o vendedor e o consumidor, sem o atravessador, isso faz com que o preço do produto orgânico, que muitas pessoas acham que ele é mais caro que o convencional, reduza o seu valor do intermediário”, explica.

Enquanto Delfino e os filhos cultivam a terra em Lagarto, Dona Dicuri atua comercializando em Lagarto e também nas Feiras da Agricultura Familiar em Aracaju, como as realizadas nas sedes das secretarias de estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do Trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (Seidh) e de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). “É muito bom quando a gente recebe o convite para participar da Feira, isso porque a Cohidro da assistência à nós, muito bom. Trabalhar com produtos sem agrotóxicos é bom demais, é tudo sadio e com o apoio da Cohidro, é ainda melhor”, considera a produtora.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, reitera que que é uma das políticas da Empresa, o incentivo à produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos, principalmente naqueles casos onde a lavoura é uma extensão da residência familiar. “Optando por não usar esse tipo de defensivos, utilizando técnicas alternativas de tratos culturais, ganha o agricultor e toda família que o ajuda na terra, pois não há riscos de contaminação. Seja ela diretamente ao manusear os produtos, ou da água e dos alimentos que eles consomem, sem falar de quem também venha adquirir e consumir da sua produção. Se torna um ciclo produtivo mais saudável”, defende.

José Carlos Felizola, diretor-presidente da Cohidro, concorda com a qualidade de vida que ganha quem decide produzir ou consumir os orgânicos. Mas acredita ainda que a agricultura orgânica tem um potencial ainda por ser explorado, podendo melhorar a rentabilidade das pequenas produções agrícolas. “O produto livre de agrotóxico tem uma valorização no mercado de 50% a até 100%, em relação aquele alimento cultivado no modo tradicional, com agrotóxicos. Esta escolha, pelo orgânico, qualifica o produto do pequeno produtor rural para competir com ‘qualidade’, contra a ‘quantidade‘ ofertada pelo grande fazendeiro”, argumenta.

Feira de Produtos Orgânicos
Luciana Oliveira Gonçalves hoje é coordenadora do CPOrg-SE e representante do Sebrae-SE na entidade que reúne membros de várias instituições públicas ou associativistas, à exemplo da Cohidro. Ela explica que a Feira faz parte da programação da Semana do Alimento Orgânico, que acontece todos os anos, sempre na última semana do mês de maio. No entanto, existe a possibilidade de que a Comissão a transforme em um evento fixo e periódico.

“Dependendo da resposta dos consumidores, do pessoal que venha aqui na feira hoje, a gente analisa as condições para poder manter essa feira aqui aos sábados. Ela tem o objetivo de estar trazendo esses produtos orgânicos, para que os consumidores tenham acesso, porque a gente sabe que tem uma certa dificuldade. E estar podendo beneficiar também, os agricultores que a gente sabe da dedicação deles, do trabalho árduo que eles vêm fazendo. Principalmente agora, nesse período de seca que teve uma grande dificuldade e a gente trouxe para cá, justamente para fazer essa interligação e dar acesso ao mercado, e eles poderem estar comercializando seus produtos”, relatou Luciana.

José Nilton de Souza é empresário e foi até a Feira do Produtos Orgânicos acompanhado da esposa, Dolores, para adquirir alimentos dos produtores-feirantes. Para ele, são vários os benefícios do consumo dos orgânicos, para o indivíduo e para a comunidade. “É de fundamental importância, porque além da gente consumir um produto de qualidade, faz muito bem a saúde e a saúde hoje é primordial, em qualquer situação, tanto na situação política, na situação ambiental. Só em viver livre de agrotóxicos, isso é de muita importância para nossa população. Estão de parabéns”, felicita ele, aos organizadores do evento, assim como os agricultores empenhados na produção desses alimentos.

Última atualização: 2 de dezembro de 2017 16:13.

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