Estudantes de Alagoas fazem visita acadêmica em perímetro irrigado estadual em Canindé

Aula prática foi em plantações de uva, pera, melão e tomate; irrigadas e assistidas pela Cohidro

 

Com o retorno das atividades educacionais à normalidade, após o período de isolamento social da pandemia, são retomadas as visitas acadêmicas dos cursos de tecnologias rurais. O Perímetro Irrigado Califórnia, mantido pelo Governo de Sergipe em Canindé de São Francisco, sempre foi um destino bastante procurado para aprender como se dá a agricultura que ocorre durante todo ano, produziu em 2021 mais de 40 toneladas de alimentos e gerou em torno de R$ 44 milhões em renda para as 1.863 pessoas beneficiadas. Isso graças à irrigação e assistência técnica fornecidas pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). A Empresa pública, que administra o Califórnia, recebeu na última semana duas turmas de estudantes do curso Técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), campus do município de Santana do Ipanema.

Maria Eduarda está no módulo 2 do curso de Agropecuária, achou muito interessante as produções de uva, pera, tomate e melão, que a sua turma no IFAL visitou no perímetro Califórnia, sexta-feira (06). “Tem uma organização, tem um planejamento, tem uma assistência, tem tudo que um produtor precisaria para desenvolver sua cultura. E foi muito positiva essa viagem para mim, e para os meus colegas, porque nós adquirimos bastantes conhecimentos. Oportunidade única, foi um sonho estar em Canindé, visitando o perímetro Califórnia. É algo muito desenvolvido, é surreal. O que eu tirei de positivo foi a humanidade dos produtores, são pessoas bem simples e legais, honestas, que vou levar para o resto da minha vida tanto profissional como pessoal. Por este dia maravilhoso, agradeço a parceria da Cohidro, pelo trabalho desenvolvido no perímetro irrigado, e pela disponibilidade da visita”.

A produção de pera e uva, hoje consolidadas, foram campos experimentais implantados em parceria com a Embrapa de Petrolina (PE). Já os campos de tomate e melão fazem parte de um trabalho de introdução de novas culturas e variedades, feito pelos técnicos da própria Cohidro. “Este tipo de visita é bastante importante para empresa, pois nós divulgamos o nosso perfil produtivo, as nossas condições produtivas. E para os alunos, que conseguem ver um trabalho sendo executado de forma prática, onde eles vivenciam, juntos dos técnicos e produtores, todos os procedimentos que eles viram em sala de aula de forma teórica”,considerou o funcionário da Cohidro, Tito Reis, que acompanhou professor e estudantes às plantações do Califórnia durante a visita técnica.

Doutor em Ciências Agrárias, Irrigação e Drenagem, o professor do IFAL de Santana do Ipanema, Vlademir Silva, foi quem trouxe os alunos e orientou a visita acadêmica ao perímetro da Cohidro em Canindé. Segundo ele, o objetivo era fazer os estudantes conhecerem a realidade de uma área produtiva. “Vão conhecer a cultura propriamente dita e ela se desenvolvendo dentro de uma área irrigada. E para eles entenderam também como é que funciona um plantio, desde a semente até a produção. Também vem a realidade do produtor, as dificuldades que se tem em nível de instalação de áreas de plantio, ainda mais em um momento de guerra e os fertilizantes caros. Outra coisa é entender: eu estou me formando para que? Para desenvolver essas áreas, para estar participando desse processo, pegar um nível de extensão e levar essas informações para esses produtores. Mas para que isso aconteça, eles têm que conhecer isso”, analisou.

Para a gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes, as visitas acadêmicas são vias de mão dupla, em que estudantes e agricultores saem ganhando. “A presença de estudantes e professores nos lotes, levando o conhecimento teórico, acaba contribuindo com o produtor e os nossos técnicos, que sempre têm algo para aprender nesta troca de conhecimentos. E o inverso também acontece, pois só o agricultor tem a vivência prática de lidar com a lavoura e sabe a forma como planta e solo se comportam. Por isso, sempre fazemos um esforço extra para receber esses visitantes”, expôs.

Também aluno do campus Santana do Ipanema, Flávio Barbosa identificou como positiva a presença dos técnicos agrícolas da Cohidro no desenvolvimento das lavouras irrigadas. “Como estudante da área, vi que a assistência técnica está presente. As lavouras sadias, viçosas, com rotação de culturas e conhecimento dos agricultores, demonstrado ao falar da cultura. Um ponto que eu achei positivo foi a troca, a simbiose entre o agricultor, o técnico e a academia em questão. E como lembrança, fica todo o conhecimento dessa visita técnica, que, para mim, foi um dia de campo”, impulsionou o estudante.

Agro-SE: Perímetro irrigado de Canindé prospera com uva, pera e agora maracujá industrial

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No programa Agro-SE desta quarta-feira (25), a  Tv Atalaia  mostrou as novidades no ramo da fruticultura no Perímetro Irrigado Califórnia, que é administrado pelo  Governo de Sergipe , através da Cohidro, em Canindé de São Francisco. Por lá, desponta o cultivo de uva, pera e agora o maracujá. Este último já era cultivado pela Agricultura Familiar, mas agora ganha status de produção comercial, voltada para a demanda da indústria.

Uva e pera foram introduzidas naquele perímetro da Cohidro a partir de um convênio de transferência de tecnologia entre a Embrapa Semiárido, de Petrolina/PE, e o Governo do Estado. Onde, há 5 anos, a empresa federal entrou com mudas, material de construção dos parreirais, sistema de irrigação por gotejo, todos os insumos necessários à nutrição da planta e a assistência técnica, estes dois últimos durante os dois anos iniciais. A companhia sergipana, além da água para irrigar os três pomares, agora dá continuidade na assistência técnica aos fruticultores.

Um lote empresarial do Califórnia fez grande investimento em uma plantação de maracujá que ocupa 8 hectares de área, formada por maracujazeiros de espécie voltada ao aproveitamento industrial. A Cohidro contribui garantindo o fornecimento contínuo de água para irrigação e empreendimento tem gerado postos de trabalho para a implantação do pomar – com estacas para espaldeira, irrigação por gotejo e plantio de mudas, manejo – e vai continuar empregado nas etapas de reprodução artificial do maracujazeiros, mostrada na reportagem, e na colheita.

[vídeo] Agricultor irrigante desafia clima com espécies frutíferas incomuns

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Edelzio Góes, nos seus 2,3 hectares de área plantada no Perímetro Irrigado Piauí, não se contenta em plantar as espécies comuns aos outros 420 lotes atendidos pela irrigação do Governo do Estado; como milho, macaxeira e pimenta. A produção de mamão Havaí está consolidada e lhe garante boa freguesia, já que o fruticultor encontrou meios de produzir praticamente sem pesticidas, mas inventivo e inquieto, ele também quis plantar pinha e uva. Contando com a irrigação fornecida pela Cohidro.

Ele não para e, agora, faz experiências com um cultivo ainda mais incomum ao clima quente do centro sul-sergipano: o morango. Edelzio já começou a investir em uma estufa, para plantar o morango protegida de pragas. Para tanto, ele conta com o apoio do técnico agrícola da Cohidro, Willian Domingos, responsável por atender os irrigantes do setor do perímetro Piauí em que o lote do agricultor está localizado. Confira na reportagem produzida por Jorge Henrique e Patrícia Dantas, para o programa Sergipe Rural da Fundação de Cultura e Arte Aperipê – Aperipê TV.

Em Lagarto, agricultor irrigante desafia clima no plantio de espécies frutíferas incomuns

Cohidro incentiva produtores atendidos nos perímetros irrigados a diversificar culturas para conquistar mercados

[Foto: Jorge Henrique]
Na entrada do distrito sede de Lagarto, no caminho de quem vem de Salgado, fica a propriedade de Edelzio Góes. Nos seus 2,3 hectares de área plantada no Perímetro Irrigado Piauí, ele não se contenta em plantar as espécies comuns aos outros 420 lotes atendidos pela irrigação do Governo do Estado; como milho, macaxeira e pimenta. A produção de mamão Havaí está consolidada e lhe garante boa freguesia, já que o fruticultor encontrou meios de produzir praticamente sem pesticidas, mas inventivo e inquieto, ele também quis plantar pinha e uva. Contando com a irrigação fornecida pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Edelzio não para e, agora, faz experiências com um cultivo ainda mais incomum ao clima quente do centro sul-sergipano: o morango. E já começou a investir em uma estufa, para plantar a fruta protegida de pragas.

Quem bota fé na capacidade de Edelzio e dá orientação para cada nova cultura que ele põe na terra é o técnico agrícola da Cohidro, Willian Domingos, responsável por atender os irrigantes do setor do perímetro Piauí em que o lote do agricultor está localizado. “Ele introduz certas culturas aqui, que às vezes nós não apostamos. A pinha, por exemplo, é uma cultura que enfrenta vários problemas com o vento, na polinização. Mesmo assim, ele apostou e estamos apoiando. Já conseguimos colher algumas, de boa qualidade, mas ainda não foram comercializadas. O morango foi outra cultura que alertamos a ele dos riscos de fungos e bactérias. Mas a intenção dele é inovar, cultivando o morango dentro da estufa”, conta.

Edelzio encara o desafio de plantar frutas diferentes do habitual em Lagarto. Lança mão da sua criatividade para superar as dificuldades, mas também investe nos seus sonhos. “Gosto de experiências, tanto que plantei pinha que ninguém tinha. Mamão e morango quem começou também fui eu, e tudo isso é bem inovador. Tenho o tratorito, onde faço o serviço de limpeza, uso a grade e faço pulverizações também puxadas por ele. Tenho investido na construção da estufa que pretendo fazer, para ajudar no plantio de morango”, revela o agricultor. Para ele, a retribuição vem quando alcança o resultado que espera, antes mesmo do seu esforço lhe gerar lucro. “Me sinto muito realizado quando faço alguma coisa que dá certo. Mesmo ainda não tendo uma produção em grande escala, já comemos bastante pinha aqui nesse ano e, no ano que vem, com certeza já dá para comercializar”, confia o produtor irrigante.

Embora no perímetro da Cohidro em Canindé de São Francisco a produção de uva já esteja em nível comercial, no perímetro de Lagarto a cultura é uma novidade. Willian Domingos acompanha de perto, e aprende com a evolução dos parreirais. “Nós temos alguns desafios aqui e trouxemos três variedades: a Vitória com os porta-enxertos 313, e Paulsen, e a Itália. Porém a Itália terá de ser eliminada, por não ter produzido nada e com grandes problemas com doença”, avalia Willian. Para ele, a dificuldade no cultivo da uva é a umidade. “Aqui chove em torno de 1.000 a 1.300 mm/ano, com isso, muitas doenças surgem e o controle se torna mais complicado”, explicou o técnico. Ainda assim, ele acredita que a cultura promete bons resultados, se empregada a tecnologia certa nas videiras plantadas há cerca de um ano e meio.

“A gente nunca sabe de tudo, né?! Estamos sempre aprendendo. A experiência aqui é boa, está produzindo, mas ainda é em pequena quantidade. Espero que quando a planta ficar mais velha, ela comece a produzir mais, porque o investimento foi alto e temos esperança que uma hora melhore. Temos pontos positivos e pontos negativos, porque a umidade relativa do ar é muito alta, então ela dá muita doença fúngica, como o ‘míldio’; e quando dá essa doença no cacho da uva, ele não vinga e se perde inteiro. Temos procurado controlar, mas no período de chuva é difícil. Nossa felicidade é a pessoa comer e gostar. Mesmo que não tenha bom lucro, a gente sabe que está produzindo coisa boa”, diz o viticultor Edelzio. Ele ainda garante que, na fase maturação de suas 400 videiras, não aplicou nenhum pesticida, permitindo o consumo seguro dos frutos in natura.

[vídeo] Produção de uva em Canindé chega a nível comercial em 8ª colheita

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Dois irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, foram beneficiados com campos piloto de uva, via cooperação de transferência de tecnologia entre o Governo de Sergipe, através da Cohidro que administra o polo irrigado, e a Embrapa Semiárido, de Petrolina (PE). Na ação, agricultores receberam mudas, todo equipamento necessário para sustentar e irrigar os parreirais e insumos para as plantas pelo período de dois anos. A Cohidro entrou dando continuidade à assistência técnica inicialmente dada pela Embrapa e no fornecimento da água de irrigação desde o início do projeto.

O Programa Sergipe Rural?, da Aperipê TV, mostrou no sábado (6) que os campos, que eram experimentais, já passaram a produzir em nível comercial, em passando pela sua oitava colheita. Ouvindo o viticultor José Leidison, a reportagem de Patrícia Dantas com imagens de Jorge Henrique relembrou que no lote do agricultor aconteceu, há um ano, um Dia de Campo sobre Uva e Suco, para disseminar a ideia de produzir uva e trazer um método de beneficiamento que agrega ainda mais valor ao produto. Evento organizado também pela Embrapa, Cohidro e Codevasf, que também dá suporte a campo de uva implantado em Poço Redondo na mesma cooperação.

[vídeo] Balanço Geral Manhã entrevista diretor da Cohidro sobre uva e pera irrigada no Alto Sertão

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O programa Balanço Geral Manhã, da TV Atalaia, na sexta-feira (30) entrevistou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, para falar sobre os campos experimentais de uva e pera inseridos nos perímetros irrigados do Alto Sertão Sergipano, em convênio com a Embrapa Semiárido, de Petrolina (PE).

Após três anos seguidos do cultivo de uva e dois de pera em Canindé, produtores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia fazem balanço positivo. A produção abriu novos mercados, como o fornecimento do produto para a produção de vinho e suco. A tendência é, hoje, de aumento das áreas cultivadas.

A Cohidro, subsidiária da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e administradora do Califórnia, vem contribuindo com a produção fornecimento de água para irrigação aos 272 lotes totalmente irrigáveis do perímetro, com os dos três irrigantes que abrigam os campos experimentais em seus lotes. Desde o início, a empresa do Governo de Sergipe também selecionou seus técnicos para acompanhar os técnicos da Embrapa na implantação e orientação que estavam sendo dadas a estes fruticultores.

Leia mais em: https://coderse.se.gov.br/?p=19580

[vídeo] Estação Agrícola destaca produção de uva e pera em perímetro da Cohidro em Canindé

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Após três anos seguidos do cultivo de uva e dois de pera em Canindé, produtores fazem balanço positivo. Conforme a reportagem do programa Estação Agrícola, da TV Sergipe, a produção abriu novos mercados, como o fornecimento do produto para a produção de vinho e suco. A tendência é, hoje, de aumento das áreas cultivadas. A implantação das duas culturas agrícolas foi possível através da parceria firmada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), de Petrolina-PE, e os perímetros irrigados Jacaré-Curituba (Codevasf) e Califórnia (Cohidro), em Sergipe.

Leia mais em: https://coderse.se.gov.br/?p=19580

Canindé passa a produzir uva e pera a partir de parceria entre Embrapa e Cohidro

Após inverno chuvoso e mercado desaquecido na pandemia, produtores reiniciam produção com poda dos pomares

[Foto: Fernando Augusto]
Após três anos seguidos do cultivo de uva e dois de pera em Canindé, produtores fazem balanço positivo. A produção abriu novos mercados, como o fornecimento do produto para a produção de vinho e suco. A tendência é, hoje, de aumento das áreas cultivadas. A implantação das duas culturas agrícolas foi possível através da parceria firmada entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), de Petrolina-PE, e os perímetros irrigados Jacaré-Curituba (Codevasf) e Califórnia (Cohidro), em Sergipe. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe, inicialmente, quatro produtores irrigantes foram selecionados, sendo três no Califórnia, que reservaram meio hectare em seus lotes para receber campos experimentais.

O projeto teve início em 2016, através de uma proposta da Embrapa de introdução dessas duas novas culturas, que já possuíam um resultado positivo em Pernambuco. Clima e baixa demanda por produtos agrícolas, provocada pelo isolamento social na pandemia, desaceleraram produção no último inverno. “Eu fui um dos produtores escolhidos para plantar uva. A produção ainda é um pouco baixa, estamos no terceiro ano de produção. Paramos por um período grande de chuva, com muito frio, mas estamos dando a retomada com a poda de produção. Temos uma média de 7,5 a 8 toneladas por hectare e a tendência é aumentar a produção, até porque há uma boa aceitação nos mercados locais”, destacou o irrigante do Califórnia, Levi Ribeiro. Ele explica que o convênio com a Embrapa era de dois anos, mas após este período continuou a receber a assistência da Cohidro.

“Durante o convênio, nós tivemos acompanhamento feito pela própria Embrapa. Eles Fizeram toda a instrução e acompanhamento junto com os técnicos da Cohidro e, assim que se encerrou o convênio, os técnicos da Cohidro passaram a nos acompanhar e instruir. É importante a produção de uva, porque estamos com mais uma alternativa, além da goiaba e acerola, que também produzo”, acrescentou Levi. Os três irrigantes do perímetro Califórnia, além dessa orientação, receberam da Embrapa mudas frutíferas, todo material para montar os campos e os nutrientes utilizados na adubação durante a vigência do convênio. A Cohidro, subsidiária da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), vem contribuindo com o fornecimento de água para irrigação, distribuída a Levi e outros 272 lotes como o dele.

Diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca reforça que a uva e a pera oferecem valor agregado, dando maior compensação financeira no investimento de tempo, recursos e na ocupação do lote que recebe irrigação subsidiada pelo Governo do Estado. “A vantagem da introdução dessas culturas é que elas são novas no Califórnia, e entendemos que estamos dando mais opções de renda e de produção aos agricultores, não só com a venda do cultivo do produto in natura, mas também do produto processado, a exemplo da uva, que já vem sendo utilizada para a produção de vinhos aqui em Sergipe. E a Cohidro, como parceira desse projeto junto com a Embrapa, desde o início, selecionou seus técnicos para acompanhar os técnicos da Embrapa na implantação e orientação que estavam sendo dadas aos agricultores”, completou o diretor.

Ozeias Bezerra é o produtor do perímetro Califórnia selecionado para produzir a pera. Ele conta que o fato de ser um produto inédito na região o ajudou a aceitar o desafio. “Eu aceitei cultivar a pereira porque é uma cultura viável e é rara por aqui. Também, por ser numa área experimental, vou poder aprender como se trabalha com a pera, a fim de, no futuro, ampliar essa área. É um fruto muito bom, o mercado aceita muito bem e o preço é praticamente estável, quando aumenta ou diminui, a diferença é pouca. Requer um certo cuidado na sua formação, foram dois anos conduzindo a planta para que ela ficasse com o porte ideal para a produção, e isso não foi desvantagem, visto que toda planta requer cuidados. Para mim, só tem vantagens trabalhar com a pereira”, concluiu.

[vídeo] Dia de Campo sobre uvas e suco foi destaque no Sergipe rural

O programa Sergipe Rual, da Aperipê TV, esteve em Canindé de São Francisco no último dia 11 de março, para fazer cobertura do ‘Dia de Campo sobre a produção de uvas e suco‘, promovido e sediado pela Cohidro, no seu Perímetro Irrigado Califórnia. Como coorganizadoras, a Condevasf Sergipe e a Embrapa Semiárido, de Petrolina.

Um dos quatro lotes experimentais com videiras – introduzidos no Alto Sertão Sergipano a partir da transferência de tecnologia entre Embrapa e as duas companhias há três anos – foi palco para as práticas de campo, demostrando como é feito o manejo dos parreirais e a produção do suco natural, utilizando método de cozimento à 180ºC.

O Dia de Campo serviu também para a Embrapa anunciar que, em sequência ao investimento feito para introdução dos campos de uva nos perímetros irrigados do Governo de Sergipe e Codevasf, entregou para a Cooperativa de Fomento e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal) uma suqueira que permite aos viticultores a produção de suco natural aos moldes do que foi ensinado no evento técnico.

Perímetro irrigado estadual sedia Dia de Campo sobre produção de suco e uva no Alto Sertão

Atividade técnica avaliou implantação da uva no semiárido, oferecendo método de beneficiamento que agrega valor ao cultivo
Foto: Fernando Augusto

O Perímetro irrigado Califórnia, mantido pelo Governo do Estado em Canindé de São Francisco, recebeu o ‘Dia de Campo sobre a produção de suco e uva’ na última quarta-feira (11). O encontro serviu para a exposição dos resultados positivos alcançados nos quatro campos experimentais de uva implantados há três anos pela Embrapa no Alto Sertão Sergipano – dois situados no perímetro estadual – e para a demonstração prática de como a colheita pode ser processada pelos próprios viticultores alcançando outros mercados, além das vendas ao varejo e para a indústria de vinhos, como já acontece nessas plantações de Sergipe. Os cerca de 80 participantes eram agricultores irrigantes, profissionais e acadêmicos do meio agrícola, cumprindo o objetivo do evento técnico, de promover a produção de uva como alternativa rentável aos cultivos tradicionais no estado.

O irrigante do Califórnia, Leidison dos Santos, recebeu um dos campos experimentais em seu lote. Cultivando há três anos, garante que compensa o plantio das videiras. “Se deu certo isso aqui, por que não pode dar certo em outro lugar?! Estamos tirando para o comércio, produzindo o suco e tirando para fazer vinho em Aracaju. É um lucro a mais, porque esperávamos vender somente para o comércio. Toda roça dá trabalho, mas a gente tem que encarar, e eu estou tendo êxito, graças a Deus”. Levi Ribeiro, também viticultor e presidente da Cooperativa de Fomento e Comercialização do Perímetro Califórnia (Coofrucal), ficou satisfeito com o Dia de Campo. “A expectativa era a de mostrar para todo o público que nós temos um potencial aqui para a produção de uva. Estamos iniciando a quinta colheita das variedades Isabel e a Violeta”, pontuou.

Arnaldo Correia produz macaxeira, milho e feijão de corda em seu lote no Califórnia e ficou animado com o que foi apresentado no Dia de Campo. “Dá para ver que é um negócio novo que está chegando aqui. De repente, a gente já pode migrar para uma coisa igual a essa daí, da uva, que seja mais fácil de trabalhar. Não só eu, como vários colegas meus já manifestaram vontade de ter um parreiral desses, para facilitar um pouco a vida”. A implantação dessas unidades demonstrativas de uva foi possível a partir do convênio que a Embrapa firmou com as companhias de desenvolvimento – de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) – administradoras dos perímetros Califórnia e Jacaré-Curituba, respectivamente, onde estão os quatro campos experimentais.

A Cohidro foi uma das organizadoras do Dia de Campo e compartilhou com a Embrapa a apresentação das unidades de observação das uvas. A companhia fornece a água necessária à irrigação desses dois campos, em que seus técnicos agrícolas prestam a assistência periódica à produção. Paulo Sobral, presidente da Cohidro, acredita que foi extremamente importante a parceria que viabilizou a produção de uva no Califórnia, prevendo a melhoria na qualidade de vida para o produtor rural. “Dá uma nova possibilidade ao irrigante, com uma cultura que permite uma rentabilidade maior. Por isso, estamos buscando esses mecanismos para ampliar as produções de uva, para que a gente consiga viabilizar economicamente cada vez mais esse perímetro, dando condição para ampliação da produção para outros lotes”, acrescentou.

No início, a Embrapa forneceu todos os insumos para o plantio e, agora, trouxe os equipamentos para os viticultores assistidos produzirem o suco de uva integral. “Estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos, porque conseguimos produzir, agora nós temos que ajustar para melhorar essa produtividade. Nossa meta é ampliar esse trabalho com as uvas sem sementes também, variedades da Embrapa com tolerância maior à de doenças com grande possibilidade de produção aqui”, adiantou o pesquisador da Embrapa Semiárido, Paulo Roberto, responsável pelo processo de transferência de tecnologia da uva de Petrolina-PE para Sergipe. Seu grupo de engenheiros fez a demonstração do uso dos equipamentos de extração do suco, aquecendo a uma temperatura de 180ºC, e o seu envasamento em garrafas de vidro.

Última atualização: 8 de julho de 2020 11:01.