Projeto de Combate à desertificação distribuirá mudas de gliricídia e palma forrageira para pequenos pecuaristas

Seagri, Emdagro, Cohidro, MMA e PNUD incentivam plantações consorciadas em benefício de mais de 3 mil famílias

[Foto: arquivo pessoal]
Agricultores irrigantes de Tobias Barreto estão entre as mais de 3 mil famílias que serão beneficiadas com sementes da palma forrageira Orelha de Elefante e mudas de gliricídia, para criar campos de produção consorciada. As espécies servem de ração para o gado leiteiro, vocação produtiva da região. Em agosto, no Perímetro Irrigado Jabiberi, foi dado mais um passo do Projeto Sergipe de Combate à Desertificação, fruto da parceria entre o Governo de Sergipe, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A execução fica por conta da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), tendo na ponta a expertise técnica da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que gerencia o Perímetro.

O projeto tem por objetivo introduzir políticas públicas de manejo sustentável da terra aplicando tecnologias socioambientais, para elevar a produção rural nas áreas susceptíveis à seca (ASS) ou à desertificação (ASD). Em outras áreas do Semiárido Sergipano, ainda serão implantados projetos de ‘bioágua’ (reuso da água) para quintais produtivos; de enriquecimento (agroflorestal) da Caatinga; de captação de água em cisterna ‘calçadão’ para pequenas Irrigações; de criação bancos de sementes crioulas; emprego de práticas de conservação de solo e a contratação de consultoria técnica. Na última semana, uma webcapacitação foi realizada pela Seagri, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa (Embrapa Semiárido), tendo como tema central a produção, o manejo e a utilização de gliricídia para alimentação animal. O curso foi ministrado pelo médico Veterinário e doutor em zootecnia da Embrapa, Rafael Dantas.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, reforçou a relevância da iniciativa conjunta, que busca também fortalecer os projetos de assentamento de reforma agrária no estado. “Serão entregues mais de 140 mil mudas de gliricídia, a partir do dia 31 de agosto. Só com a gliricídia serão beneficiadas 350 famílias neste primeiro ano. Até o final do projeto, essa parceria com MMA, PNUD e demais entes deverá beneficiar mais de 3 mil famílias. Em diálogo com os parceiros, entendemos a importância da gliricídia, tanto no combate à desertificação quanto para a sustentação da bacia leiteira sergipana. Estamos falando de uma planta que é fixadora de nitrogênio, tem um teor de proteína considerável e é uma leguminosa que reduz o custo de produção para a cadeia leiteira”, pontua André Bomfim.

No Jabiberi, para ter acesso à palma, os pequenos produtores irrigantes do Perímetro se comprometeram a doar o saldo da primeira colheita de ‘raquetes’ para beneficiar mais pessoas. Dessa forma, os bancos de espécies forrageiras se multiplicarão e atenderão, também, outros produtores. Irrigante do Jabiberi, Uilde de Jesus já teve êxito no plantio de palma forrageira e de capim elefante irrigados, para alimentar 10 vacas e 50 cabeças de ovinos. Agora, prepara o solo em um hectare do seu lote para abrigar a plantação a ser replicada com os criadores vizinhos. “Sou presidente da associação dos produtores aqui e a minha ideia é que todo mundo tenha um pedaço do lote com a palma e a gliricídia plantados, para na época da seca, a gente ter para dar para os animais. Com a gliricídia, a palma e o capim elefante, poderemos substituir o uso do farelo soja e um pouco do milho. Já fiz um teste e foi excelente. Reduz ao máximo a compra desses itens, que representam mais de 50% do custo do leite da gente. A gliricídia substitui a soja, a palma substitui o milho e o volumoso é feito com o capim elefante. Aí é só jogar na cocheira”, detalha.

Pedro Vidal, por sua vez, tem experiência no uso da gliricídia na alimentação de suas 18 vacas de leite. “Hoje, eu trabalho com ela com o capim de ração, meio a meio. E, para mim, é muito importante, porque o teor de proteína dela é muito alto e as vacas aumentam a produção de leite. Os animais têm muito boa aceitação à gliricídia”, argumenta. Domingos Souza tem um rebanho de 48 animais criados também no Jabiberi e vê na colaboração, proposta no projeto da Seagri, uma forma dos pequenos pecuaristas crescerem juntos. “Quero ter mais alimentos para o gado, minha área aqui é pequena. Vejo como uma forma de crescer nosso rebanho ajudando uns aos outros”. Ambos os produtores beneficiários do projeto, tocam seus próprios lotes há cerca de 10 anos, depois de trabalharem para outros criadores.

Irrigação
As espécies forrageiras implantadas no projeto têm o crescimento vegetativo acelerado ao receber a irrigação, e possuem resistência à seca. Características adequadas à realidade do Jabiberi que, depois de passar a compartilhar seu reservatório com o abastecimento humano na área urbana, precisou suspender o fornecimento de água aos lotes em anos de maior escassez de chuva. Paulo Sobral, diretor-presidente da Cohidro, considera o convênio um avanço. “Como a oferta de água diminuiu, o criador não pode depender só da água para ter o alimento dos rebanhos. Fizemos mudanças para ter irrigação [se não for em todo] por um período maior do ano. Reduzimos o tempo diário de fornecimento de água para cinco horas e construímos, com esses 74 irrigantes, novos reservatórios de 100 mil litros, adaptados ao novo regime de distribuição de água”, explicou.

CEASA de Itabaiana irá ampliar escoamento da produção agrícola no Agreste gerando cerca de 600 postos de trabalho

A estimativa é que sejam internalizadas 6.800 toneladas de alimentos hortifrúti e carnes de modo geral

Perímetros irrigados da Ribeira e Jacarecica I são produtores de alimentos a serem escoados na nova Ceasa [foto: Fernando Augusto]
Estudos preliminares do Governo de Sergipe indicam que na nova Central de Abastecimento (Ceasa) de Itabaiana irá abrir cerca de 600 postos de trabalho, além de oportunizar serviços remunerados indiretos relacionados à logística de carga e descarga de alimentos e transporte, gerando novas oportunidades de geração de renda para a população. Cada vez mais perto de entrar em funcionamento, a Ceasa já tem concessionária definida, após realização de licitação, e é o primeiro projeto do Programa de Parcerias Público-Privadas (PPP) do governo do Estado. O contrato de concessão de uso foi assinado com a Iconbras (Inovação em Concessões do Brasil SPE Ltda.) pelo governador Belivaldo Chagas, na última semana.

A empresa deverá modernizar, manter e administrar o espaço, que é alvo de grandes expectativas dos produtores da região, enquanto canal impulsionador para o escoamento da produção agrícola do Agreste, já conhecido pela força do seu comércio. Outro aspecto importante, segundo o estudo, é o aumento no volume de mercadorias comercializadas. A estimativa é que sejam internalizadas 6.800 toneladas de alimentos hortifrúti e carnes de modo geral, mas com expectativa concreta de ampliação, visto que no município existem dois perímetros irrigados da Cohidro – Ribeira e Jacarecica I – que, juntos, já chegaram a produzir em média mais de 20 mil toneladas.

Segundo o governador Belivaldo Chagas, a Ceasa de Itabaiana resulta de um investimento de mais de R$ 30 milhões. “Os feirantes e clientes vão poder desfrutar de um espaço amplo e moderno para organizar os produtos e abastecer as feiras dos povoados e municípios próximos. Quando a empresa passar a administrar a Ceasa de Itabaiana, ela vai fazer investimentos de mais aproximadamente R$ 9 milhões de reais. A Ceasa impulsionará o comércio da região”, pontuou o governador. O administrador da Iconbras, Bruno Barreto, reconheceu a qualidade da estrutura que já está pronta no local. “A estrutura que existe na Ceasa de Itabaiana, hoje, é uma estrutura muito boa. É uma estrutura que, realmente, precisa somente ser adequada a algumas atividades. Por isso vamos fazer investimentos adicionais. E aí a gente vai aplicar também em toda a parte operacional”, afirmou.

Produtores e comerciantes se mostram confiantes. O produtor José Carlos Nascimento, vem de uma geração de pais irrigantes no perímetro Jacarecica I e reafirma a importância da Ceasa para quem planta. “Vai ter mais facilidade para comercializar nossa produção, com preços melhores para os feirantes de nossa região, evitando pagar frete para feiras distantes”, diz o produtor. O produtor José Wilson, que comercializa hortifrúti há mais de 15 anos no mercado de Itabaiana, conta que se apressou em fazer o cadastro para comercializar na Ceasa, porque vê vantagens no novo espaço.

“Sou comerciante de verduras no mercadão de Itabaiana, trabalho com uma variedade de hortaliças como repolho roxo e verde, acelga, berinjela, abobrinha, chuchu, pepino, pimentão. Acho que a Ceasa vai ser de grande vantagem pra nós, uma benfeitoria. Estive lá para conhecer e vi que vai ter agência bancária que ajudando na segurança, tem vigilante, tem espaço para descarregar o caminhão com facilidade, o ponto de venda é coberto e tem limpeza – tudo que não temos hoje. Porque quem trabalha aqui mercadão sabe que o espaço é pequeno, não tem como descarregar as mercadorias próximo, não tem segurança e comercializamos no meio da rua. Por todas essas vantagens que já fiz meu cadastro no CEASA e estou incentivando outros colegas a fazer o mesmo”, conta José Wilson.

A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) será a responsável por coordenar o processo de concessão de uso da CEASA Itabaiana, conforme decreto nº 40.516/2020. Segundo o dispositivo, a Seagri deverá fiscalizar, acompanhar, normatizar e gerir o contrato, cumprindo seu papel na operacionalização da atividade de escoamento de produtos agrícolas e de oferta de alimentos. O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, comemorou e destacou a relevância da concessão. “A população vai ter mais uma opção de aquisição de alimentos e por isso a gente espera que toda a Agricultura saia fortalecida desse processo. É motivo de comemoração também a criação de dezenas de empregos, diretos e indiretos, que a Central vai gerar na região e tem odo estado”, conclui André Bomfim, que realizou nova visita na Ceasa na última quinta-feira (06), para acompanhar de perto o andamento das atividades no local.

 

Fonte: Seagri Sergipe

Agricultura familiar continua como alternativa viável de atividade econômica durante a pandemia

Estimativa de safra é positiva para 2020, e poder público e agricultores unem esforços para encontrar alternativas de escoamento

O casal de agricultores de Itabaiana – Lindinalva da Silva e Odair José dos Santos [Foto: Fernando Augusto]
Neste fim de semana, se celebra o Dia Internacional da Agricultura Familiar (25 de Julho), atividade econômica que continua forte em Sergipe e em plena expansão, segundo avaliação da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (SEAGRI). De acordo com o censo do IBGE 2017, cerca de 77% dos 93 mil estabelecimentos rurais em Sergipe são compostos por agricultores familiares. Aqui no estado, como em todo o Brasil, a atividade é a principal responsável pela produção dos alimentos disponibilizados para consumo da população. A produção de arroz no Baixo São Francisco, a laranja produzida no Sul Sergipano, a pecuária leiteira do Alto Sertão, a ovinocaprinocultura no Agreste e Sertão, e a produção de mandioca na região Centro-Sul são bons exemplos de atividades agropecuárias significativas para a economia do estado, com participação importante do agricultor familiar. Regulamentada pela Lei 11.326, de 24 de julho de 2006, a atividade é constituída de pequenos produtores rurais, povos e comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária, aquicultores, extrativistas e pescadores,

As estatísticas de safra 2020 para Sergipe apresentadas no último Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, publicado em junho pelo IBGE, mostram crescimento em várias culturas – em grande parte, de produção familiar. O milho, por exemplo, tem previsão de safra de 740 mil toneladas – alta de 13,9% em relação a 2019, ficando como 4º maior produtor do nordeste. O feijão tem produção estimada em 4.329 toneladas – alta de 33,9% em relação a 2019. Entre os grãos, apenas a safra de arroz apresentou queda de -5,3% em relação a 2019, mas com previsão de 32.619 toneladas, o que mantem o estado como 3º produtor do Nordeste. A safra da laranja, por sua vez, tem estimativa de 364.000 toneladas este ano, mantendo Sergipe como 5º produtor nacional e 2º do Nordeste.

Durante a pandemia, o gargalo, segundo os produtores, tem sido o escoamento da grande produção que vem contrastando com a redução da procura pelos produtos, em razão do isolamento social para enfrentamento à pandemia de Covid-19. Mesmo assim, iniciativas têm sido tomadas para incrementar as vendas. Entre elas, investimentos da Fundação Banco do Brasil que viabilizaram, por meio da Associação Camponesa de Sergipe (Accese), a compra e distribuição de 2.200 cestas de alimentos da agricultura familiar. Outra ação importante é o início da entrega dos alimentos produzidos nos perímetros púbicos ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab. Segundo a Cohidro, o Califórnia e outros dois projetos similares estão autorizados a iniciar entregas e outros dois estão em processo de ranqueamento para participação. As cinco propostas, se aceitas, poderão injetar em torno de R$ 600 mil nos perímetros irrigados do estado e destinar mais de 200 toneladas de alimentos à doação. Ainda sobre o escoamento da produção, a Seagri afirma que já foram aprovados R$ 700 mil do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Funcep) para a compra de alimentos da agricultura familiar via chamada pública neste segundo semestre, com investimento de R$ 130 mil do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), parceiro do Governo do Estado.

Políticas Públicas e bons resultados
O secretário de estado da Agricultura, André Luiz Bomfim Ferreira, destaca que os agricultores familiares têm acesso a políticas públicas que vêm contribuindo para manutenção e expansão das atividades produtivas. “As políticas do Estado têm priorizado as atividades da agricultura familiar, seja via Seagri, Emdagro, Cohidro ou Pronese. A Emdagro, com escritórios por todo o estado, presta assistência técnica rural e fomento à produção. Exemplos são o programa de Distribuição de Sementes – só este ano, foram 43,6 toneladas entregues, em parceria com Embrapa, FIDA e empresa Di Solo; o programa de Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro (IATF); o Programa de Regularização Fundiária; e o apoio à regularização das queijarias – só para citar algumas. Não se pode negar também o valioso trabalho da Cohidro na modernização e gestão dos perímetros públicos irrigados. Para se ter ideia, em 2019, os perímetros produziram 39 mil toneladas de alimentos, além das centenas de poços perfurados ou recuperados, assim como as barragens. Através do Pronese, o governo estadual vem implementando o Programa Nacional de Crédito Fundiário/Terra Brasil em parceria com o Ministério da Agricultura, que já possibilitou o acesso à terra para mais de 2 mil famílias. Tem também as políticas feitas em parcerias nacionais e internacionais  com Embrapa, Ministério da Agricultura, Ministério do Meio Ambiente, Incra , FIDA, PNUD, voltadas para o pequeno produtor ”, relacionou André.

O testemunho dos agricultores é a maior prova da força deste setor. Dá gosto de ver, por exemplo, a horta na propriedade de Davi Matos Cirilo, no povoado Apertado de Pedras, município de Simão Dias (SE). Tudo orgânico: alface, tomate, repolho, coentro, pimentão. “A gente tem de tudo um pouco e serve tanto para o consumo da família como para vender aqui na vizinhança”, explica o agricultor. A família do senhor Davi e mais 21 famílias deste povoado receberam apoio financeiro do Projeto Dom Távora para produção de ovinos, aves, horta comunitária e sistema de abastecimento de água. Outro produtor, Ranulfo Moura, em Capela, em menos de três anos, adquiriu um pedaço de terra por meio do Crédito Fundiário, e tem na fruticultura sua principal atividade. “Hoje, mesmo com a pandemia, estou com 25 mil pés de abacaxi, 200 bananeiras, 60 laranjeiras, 10 mangueiras e outras culturas menores. Faço a venda direta das frutas nas feiras aqui da região e envio também para a Central de Abastecimento de Aracaju – CEASA”, pontuou.

 

Fonte: Ascom/Seagri

CARTILHA DE PROTEÇÃO AO CORONAVÍRUS

Para instruir agricultores sergipanos e técnicos que atuam junto aos produtores rurais nos municípios, a Emdagro, em parceria com a Seagri e a Cohidro, elaborou a Cartilha de Proteção ao Coronavírus.

O manual contém orientações objetivas sobre a Covid-19, com base em informações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS), para que todos possam se proteger e proteger suas famílias, reduzindo as possibilidades de contágio.

As informações passadas falam sobre o surgimento coronavírus, principais sintomas, formas de propagação e medidas de proteção, como instruções para a limpeza de caixas e equipamentos agrícolas, frutas, legumes e verduras.

Leia e fique informado! A melhor arma contra o coronavírus é o conhecimento!

No Fórum Permanente da Agricultura Sergipana Cohidro propõe integração irrigado-sequeiro

Perímetros irrigados têm condições de aumentar oferta de material forrageiro para a pecuária leiteira.
Foto Vanessa Passos

Na última terça-feira (26), aconteceu mais um encontro do Fórum Permanente da Agricultura Sergipana, recepcionado, em sua quarta edição, pelo Sistema Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR e pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe – FAESE. O Fórum é uma importante instância de debate criada pelo governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Agricultura – SEAGRI, reunindo um total de 33 instituições públicas e da sociedade civil organizada, em torno do interesse comum de propor soluções para os gargalos das mais diversas cadeias produtivas da agropecuária sergipana.

Presidida pelo secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, a reunião foi aberta pela exposição dos entes públicos estaduais, quanto às suas contribuições para o desenvolvimento da agropecuária sergipana. “Foi mais um dia produtivo, onde expusemos as atividades que vêm sendo desenvolvidas pela Seagri e, da mesma forma, a Emdagro e a Cohidro, com foco principal no ano em exercício. Falamos sobre assistência técnica rural, sobre o trabalho desenvolvido nos perímetros irrigados, ações de defesa animal e vegetal, regularização fundiária, e sobre as parcerias iniciadas em 2019 – incluindo os termos de cooperação que foram firmados. Também falamos sobre a emenda de bancada e os recursos de cerca de R$ 17 milhões que serão destacados pelos parlamentares sergipanos para a nossa agricultura”, comentou André.

Diretor de irrigação, João Fonseca apresentou ações e propostas da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação – Cohidro. “Nos perímetros, disponibilizamos o benefício direto do fornecimento de água para irrigação, ATER e a assessoria em Agronegócio. Uma proposta nossa ao fórum é a de integrar a agricultura irrigada com a do sequeiro e outros setores. Os perímetros têm condições de fornecer, tanto frutas para pequenas agroindústrias, como também – e principalmente no Alto Sertão – a alimentação animal para a bacia leiteira de Sergipe, como a silagem de milho, de sorgo e feno. São unidades produtivas que podem ser contratadas por pecuaristas para produzir, em qualquer época do ano, esses insumos, muitas vezes escassos a esse produtor”, destaca.

Entre as muitas ações expostas pela Emdagro, o presidente Jefferson Feitoza destacou a importância das ações de defesa animal realizadas pelos técnicos da empresa para o futuro econômico do Estado. “Sergipe foi decisivo na criação de uma verdadeira barreira sanitária que protegeu o Estado da entrada do foco de peste suína clássica identificado em Alagoas. Como se trabalha em blocos, o bloco que começa em Sergipe, termina no Rio Grande do Sul. Sergipe ter conseguido fazer esse controle significou que outros estados do Brasil possam continuar vendendo a sua carne”, disse Jefferson, que também afirmou que a segunda fase da campanha contra a febre aftosa vem conscientizando os produtores sobre as possibilidades positivas trazidas pela certificação de zona livre sem vacinação em 2021 – meta perseguida pela Emdagro.
O debate também girou em torno da ampliação de Assistência Técnica Rural – ATER no estado. O Senar atua há dois anos oferecendo o Assistência Técnica e Gerencial – ATeG e, neste ano, tem como meta atingir 700 beneficiados, como informou o representante da instituição, Célio Pereira. Para ele, o fórum é uma oportunidade para as instituições identificarem como contribuir com o Governo do Estado no desenvolvimento da agricultura. “Nessa parceria com a Seagri, os produtores só têm a ganhar e, para nós, é um honra muito grande abrigar o fórum com tantas entidades”, assinalou. Também estiveram presentes na reunião, representantes do Banese e do BNB, da Embrapa, da Superintendência Federal da Agricultura, da Conab, da Universidade Federal de Sergipe; das associações sergipanas dos Engenheiros Agrônomos – AEASE, dos Armadores de Pesca Artesanal – ASEAPA e dos Plantadores de Cana – Asplana; da Organização de Cooperativas – OCESE e da Federação da Indústria – FIES do estado de Sergipe.

Itinerante, o fórum terá sua próxima reunião sediada na Embrapa Tabuleiros Costeiros, pré-agendada para fevereiro de 2020, com foco na discussão sobre o Proagro [Programa de Garantia da Atividade Agropecuária]. A Embrapa deverá apresentar um relatório, que será entregue aos agentes financeiros, para que se discuta a possibilidade do financiamento de produções consorciadas [hoje engloba apenas culturas isoladas].

Chuvas de junho trazem novas perspectivas para a safra de milho de 2019

A Cohidro registrou a produção de 2.480.000 espigas de milho verde só para o são João, nos perímetros irrigados administrados pela empresa
Chuvas de junho trazem novas perspectivas para a safra de milho de 2019 / Fotos: Ednilson Barbosa

Estimativa de safra de milho para 2019, que era de 520.639 toneladas em Sergipe, cresceu para 724.500, segundo relatório do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, publicado pelo IBGE no início deste mês de junho. Significa uma evolução de 39,2% em relação às previsões de abril e supera em 350% a safra de 2018. A chegada das chuvas do período junino é a principal causa das novas perspectivas de safra, segundo testemunho dos agricultores do Alto Sertão sergipano e das instituições que lidam diretamente com os produtores. Eles relatam que, com a terra molhada, as sementes de milho doadas pelo governo de Sergipe no final de abril, estão sendo plantadas e servirão, em grande parte, para alimentação do rebanho leiteiro da região.

Informações da Sala de Situação de tempo e clima da Superintendência Especial de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (SERHMA) confirmam que as chuvas chegaram com atraso, e que há boas previsões para os próximos meses. “Essa ocorrência de chuvas deveria ter acontecido em maio. Mas o importante é que, neste mês de junho, teremos um bom índice de chuvas, prolongando-se até setembro, o que considero nova tendência no período”, relatou o meteorologista da SERHMA, Overland Amaral.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, o milho verde vendido nos festejos, normalmente usado para o preparo de comidas típicas, é originado nos perímetros irrigados. E nas regiões de sequeiro, este cultivo tem outras finalidades. “As 180 toneladas de sementes de milho que o Governo entregou, em grande parte para as regiões do sertão e agreste, tem sua produção voltada para a alimentação dos animais, venda do grão e consumo da própria família. Esse milho verde que assistimos chegar fartamente no Ceasa e nas feiras livres vem mais fortemente dos plantios irrigados, visto que as chuvas chegaram só agora no mês de junho”, disse o secretário.

A Cohidro registrou a produção de 2.480.000 espigas de milho verde só para o são João, nos perímetros irrigados administrados pela empresa.

Distribuição de sementes
Segundo a Emdagro, o programa de distribuição de sementes, este ano, beneficiou 18 mil famílias de agricultores familiares em situação de vulnerabilidade social e econômica com inscrição no NIS (Número de Inscrição Social). Cada família de agricultor recebeu 10 kg de sementes. Foram contemplados, prioritariamente, os 22 municípios que aderiram ao Programa Garantia Safra, do Governo Federal, situados entre o semiárido e o sertão ocidental. A aquisição representa um investimento de cerca de R$ 900.000,00, fruto de convênio firmado entre a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e a Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit), com execução da Emdagro.

A iniciativa beneficiou agricultores dos municípios de Aquidabã, Canindé de São Francisco, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Gracho Cardoso, Itabi, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Poço Verde, Porto da Folha, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Simão Dias, Tobias Barreto, Lagarto, Pinhão e Poço Redondo.

 

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Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Cohidro celebra 36 anos com funcionários e gestores

(Foto Isabela Menezes)

A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro é considerada a empresa pública de maior atuação em irrigação e captação de águas subterrâneas no estado, resultado do trabalho executado ao longo dos 36 anos de existência, completos no último sábado, 13. Na segunda-feira, os funcionários, o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, André Bomfim, diretores executivos e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água – Sindisan, Sílvio Sá, realizaram, juntos, uma homenagem à empresa e a todos que a fizeram atuante durante esse tempo.

Desde a sua função até hoje, a empresa perfurou cerca de 3.900 poços tubulares, construiu ou recuperou mais de 3.000 barragens e instalou cerca de 5.000 cisternas. A Cohidro ainda disponibiliza infraestrutura que tornam irrigáveis 11.516 hectares de terra agricultável, beneficiando continuamente mais de 66 mil pessoas no campo, entre os seis perímetros irrigados onde gerencia o fornecimento de água e a assistência técnica e no Platô de Neópolis, onde ela administra os contratos de concessão dos lotes do Governo do Estado.

Agricultor irrigante em Lagarto, Reginaldo Bispo é atendido pelo Cohidro no perímetro Piauí com a água de irrigação, que chega diariamente ao seu lote, e a assistência técnica agrícola. Ele diz que sua vida melhorou muito depois da empresa ter incentivado o melhoramento para o homem do campo. “Não só eu, como todos os produtores, só temos a agradecer. Todos confiantes de que nos ajudem no sentido de continuar a dar toda essa assistência. Em nome de todos, quero parabenizar pelos 36 anos da Cohidro”, cumprimentou.

A empresa detém, no estado de Sergipe, expertise para perfurar uma média de 100 novos poços tubulares ao ano, a partir de suas sete equipes de perfuração e teste de vazão. Quando lhe compete, instala sistemas de bombeamento, armazenamento e distribuição de água a partir destes poços, dispondo de duas equipes de instalação. Corpo técnico que também opera em todo estado em demandas que vão desde a recuperação de sistemas de abastecimento desativados, reparos por falhas técnicas e manutenções preventivas, originando mais de 230 atendimentos anuais.

Celebração
No aniversário, o secretário Andre Bomfim afirmou que a Cohidro tem papel de suma importância em fomentar a agricultura de Sergipe, principalmente pela contribuição dos perímetros irrigados do Estado para a produção de alimentos. “Queria parabenizar a todos os funcionários, neste momento de celebração e agradecer pelo convite. Acho esse momento muito importante, de se pôr à disposição para o dialogo contínuo. Sempre que for para melhor estruturar a Cohidro, podem contar conosco”.

Paulo Sobral destacou a sua felicidade de poder festejar o primeiro aniversário da companhia na função de diretor-presidente. “A idéia desta comemoração era a de mostrar e pedir para todos os funcionários da Cohidro se envolverem de fato, querer que a empresa fique mais forte, mais reconhecida pela sociedade de um modo geral. Tenham certeza de que nesta diretoria, com o apoio do secretário e do governador, vamos nos empenhar para que a empresa se fortaleça. E peço a vocês, de coração, vistam a camisa da empresa junto com a gente”, falou para os presentes, ao lado da sua equipe, formada por Diogo Machado, diretor Administrativo e Financeiro e João Fonseca, diretor de Irrigação e Desenvolvimento agrícola.

A fala do presidente foi reforçada pela geóloga, ‘prata da casa’, Maria Auxiliadora, responsável muitos dos poços perfurados no estado. “Falar da Cohidro é muito fácil, difícil é viver sem ela. Porque na hora em que falamos em água, ai vem o resto: o alimento não tem se não tiver água, você morre de sede e de fome. Desculpem os funcionários de outras empresas, mas não existe empresa no estado mais importante do que essa. Vistam todos a camisa da Cohidro, pois estamos aqui juntos para brigar por ela”, disse a funcionária.

Governo investe mais R$ 2,5 milhões em abastecimento de água para 2 mil famílias sergipanas

Ministério do Desenvolvimento Regional libera recursos para segunda fase do Programa Águas para Todos, a pedido da Seagri. Programa já levou água potável para 6.300 pessoas, em 37 localidades de 18 municípios sergipanos

Após alinhamento com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o Governo de Sergipe recebeu liberação de cerca de R$ 2,5 milhões para investir em ações de implantação, recuperação e ampliação de sistemas simplificados de abastecimento de água. O recurso foi liberado para continuação do programa ‘Água para Todos’, executado pela Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Na primeira fase do programa, 36 sistemas simplificados foram implantados; e os novos recursos devem viabilizar a instalação de mais 20 sistemas, para atender cerca de 2 mil famílias. Com a liberação destes R$ 2.482.574,77, o MDR ultrapassa os R$ 5 milhões aportados no programa em Sergipe. O valor total do convênio, contudo, é de R$ 14,4 milhões, ficando R$ cerca de 8,6 milhões para as próximas fases do programa. O governo do Estado já aportou o valor total de contrapartida, equivalente a R$ 720 mil.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, atribui a liberação dos recursos à aproximação inicial feita pelo governo do Estado com a nova gestão do governo Federal. “No começo de fevereiro, fizemos visitas a vários ministérios, levando pautas de Sergipe. Um desses encontros foi com o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional, Antônio Carlos Futuro, a quem pedimos celeridade na continuidade do convênio para a construção de sistemas de abastecimento. Recebemos com felicidade a resposta da secretária Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Adriana Melo Alves, que nos oficiou liberando os rendimentos para continuarmos atendendo a demanda da população do campo”, pontuou o gestor.

No documento assinado pela secretária, o MDR reconhece a regularidade no uso dos recursos empregados pelo Governo do Estado na primeira etapa do ‘programa, e a necessidade de continuidade das ações como justificativa par liberação do recurso. “Considerando que já houve apresentação de relatório de execução para análise e liberação da segunda parcela dos recursos e que a liberação orçamentária e financeira ocorre de acordo com a disponibilidade de recursos (…) e que o ente informa que tal solicitação é necessária para continuidade da execução do Programa, sugerimos o acolhimento do pleito para utilização dos recursos de rendimento do termo de compromisso”, diz o documento.

A primeira fase do Água Para Todos foi concluída em 2018 e atendeu a 37 localidades rurais em 18 municípios sergipanos. Com a distribuição de água de qualidade, bombeada de poços profundos, mais de 6.300 pessoas foram beneficiadas, a partir de um investimento de mais de R$ 4,3 milhões. O Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, explica os próximos passos para a execução dos sistemas de abastecimento.

“Além da viabilidade técnica para a perfuração de um poço profundo, deverão ser atendidas as localidades rurais distantes das redes convencionais de distribuição de água e que estejam enquadradas como comunidades carentes, pelos critérios de desenvolvimento humano do programa. Após um recenseamento socioeconômico, partimos para a perfuração. Tendo um poço apto para o fornecimento mínimo de água para cada um dos habitantes, partimos para a instalação de bomba, tubulações e reservatório de alta capacidade”, explica Sobral.

André Luiz toma posse como secretário de Estado da Agricultura e Pesca de Sergipe

Solenidade foi coordenada pela secretária Rose Rodrigues que deixou o cargo no dia de hoje (21), depois de dez meses à frente da pasta.

 

André Luiz é engenheiro agrônomo especializado em Direito Agrário e ingressou no serviço público federal no ano de 2006, como Perito Agrário. (Fotos: Márcio Garcez e Vanessa Passos)

Engenheiro Agrônomo e funcionário de carreira do Incra, André Luiz Bonfim Ferreira tomou posse, nesta segunda-feira (21), como novo secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A solenidade contou com a presença do deputado federal João Daniel, dos prefeitos Francisco Carlos (Chico) de Nossa Senhora da Glória, e Pedro Silva (Pedrinho) do município de São Domingos e diversos representantes dos movimentos dos trabalhadores rurais como MST, MPA, Movimento de Mulheres, Movimento Quilombola, Movimento das Marisqueiras, Associação dos Pescadores e Armadores, Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras (Fetase) e Sindicato dos Extensionistas Rurais de Sergipe.

A solenidade foi coordenada pela secretária Rose Rodrigues que deixa o cargo no dia de hoje, depois de dez meses à frente da Pasta. Rose disse que, embora num tempo curto, foi possível deixar uma marca importante e reconhecida pelos movimentos do campo. “Entre os vários feitos, destaco 13 ações que julgo relevantes: a articulação para publicação do Decreto 40.051/2018 que regulamento a Lei da Agroecologia; a distribuição, pela primeira vez na história e Sergipe de 45 toneladas de sementes crioulas para os agricultores familiares, assentados de reforma agrária, quilombolas e indígenas; a entrega de mais de 400 toneladas de sementes de variedades dentro do calendário agrícola do ano passado; aumento do desempenho do Projeto Dom Távora de 16% para 60% da meta acordada com o FIDA – Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, saindo de 69 para 133 projetos financiados; Inclusão de Sergipe no Termo de Cooperação Técnica sobre Povos e Comunidades Tradicionais firmado com os estados da Bahia, Ceará, Piauí, Maranhão e Minas Gerais.

Rose Rodrigues ressaltou a ampliação das câmaras técnicas das Comunidades Tradicionais, Mulheres, Juventude e Agroecologia no Conselho Estadual de Desenvolvimento; resolução das pendências técnicas em relação ao terminal pesqueiro; elaboração da minuta do Projeto de Lei que institui o Projeto de Mecanização na Hora Certa; Aquisição e instalação da Câmara Fria do Centro de Capacitação no município de São Cristóvão; encaminhamento da ordem de serviço para construção do Centro Social de Reforma Agrária no Assentamento Caio Prado em Estância; contribuição na aprovação do Licenciamento Simplificado para queijarias; aquisição de 14 grades aradoras, 14 carretas agrícolas, 5 veículos de passeio e uma caminhonete com recursos de emendas do deputado João Daniel; por fim destacou a realização do primeiro evento organizado ela Seagri com o tema “Feminismo Camponês Popular: Políticas públicas para as mulheres do campo.

Novo gestor
Nos últimos cinco meses, André Bomfim vinha trabalhando como assessor de Planejamento na própria secretaria da Agricultura. Agora, nomeado pelo governador Belivaldo Chagas, com decreto publicado no Diário Oficial nesta segunda-feira, passa a ser titular da pasta com bastante conhecimentos dos projetos em execução.

O novo gestor se diz honrado pelo convite feito pelo governador. “Me sinto grato e ao mesmo tempo desafiado a lidar com a gestão de uma pasta tão importante que envolve mais de 200 mil pessoas no setor produtivo agropecuário. Alinhado com o governador, faremos uma gestão baseada no diálogo, nas trocas constante de experiência e informações com o setor produtivo e com colegas secretários, com o governo Federal, federações, cooperativas, associações, movimentos sociais, pequenos produtores, médios e grandes produtores, e pessoas que queiram contribuir com nosso trabalho, fomentando os programas de acesso e regularização fundiária, a agroecologia, o agronegócio a pecuária e o setor pesqueiro no estado”, detalhou André.

O novo secretário reconheceu o importante papel dos os servidores da Seagri e das empresas vinculadas Emdagro, Cohidro e Pronese para a eficiência dos trabalhos, e convida para a somação de esforços. “O resultado estará nas mãos de todos nós, portanto, quero conclamar a todos para que, com simplicidade e humildade, continuemos somados no propósito de fortalecer cada vez mais as atividades produtivas do campo sergipano e, desta forma, melhorar a qualidade de vida das famílias” concluiu André.

O Prefeito Chico disse que o município de Glória está à disposição para somar em busca do desenvolvimento do estado. “Fiquei muito feliz de ter trabalhado com a secretária Rose, e sobre André Bomfim que já conheço do Incra, sei que também é um guerreiro lutador e vai contribuir para engrandecer o trabalho voltado para a agricultura e pecuária”.

Representando todos os secretários municipais da Agricultura, o secretário de Lagarto, Flamarion Déda, destacou que Rose engrandeceu a secretaria da Agricultura não apenas porque foi a primeira mulher, mas porque deu um novo viés a este setor, colocando em pauta a agricultura familiar e camponesa. “Parabenizar André e ao mesmo tempo deseja boa sorte,’ porque todos sabemos que é um tempo de dificuldade econômica e crise hídrica”. Ele finalizou parabenizando o governador Belivaldo por dar continuidade a um projeto implementado em defesa da agricultura camponesa.

Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB (2005), André é especializado em Direito Agrário pela Universidade de Araraquara (UNIARA) 2016. Ingressou no Serviço Público Federal no ano de 2006 como Perito Agrário. No ano de 2008, foi nomeado Assistente Técnico da Divisão de Obtenção de Terras de Sergipe, no ano de 2016 foi nomeado assessor de Planejamento da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca de Sergipe.

Fonte: Ascom/Seagri

Sementes doadas pelo Governo do Estado tiveram rendimento certo em perímetros irrigados no Sertão

Aproveitamento das sementes é de 100%. Irrigação da Cohidro fornece principal insumo para agricultores irrigantes suprirem demanda de ração animal para criadores durante o verão seco.

Edivânia Freitas garantiu o milho para produzir espigas e palhada de fazer ração para carneiros, cabras e a vaca que cria (foto Ascom Cohidro – Fernando Augusto)

Das 12 toneladas de sementes de milho entregues pelo Governo do Estado em Canindé de São Francisco (SE) este ano, 4.350 quilos ficaram a cargo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) distribuir entre os irrigantes dos perímetros irrigados Califórnia, que a empresa administra, e o Jacaré-Curituba (Codevasf). A partir de setembro, 435 produtores começaram o plantio irrigado para que já em novembro pudessem começar a colher a forragem, dando suporte à alimentação dos rebanhos sertanejos no período de maior seca. Se todo milho for aproveitado para a silagem, a estimativa é de uma produção próxima das 8.000 toneladas de ração animal.

Ao todo a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), distribuiu 247 toneladas de sementes certificadas de milho das variedades BRS Caatingueiro e BR 106, e 90 toneladas de sementes de milho na variedade Crioula, atendendo os municípios de Carira, Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé do São Francisco. Um investimento de R$ 1.383.200,00, recursos estaduais do Fundo Estadual de Erradicação e Combate à Pobreza (Funcep).

Para o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto, o aproveitamento das sementes nos perímetros irrigados é praticamente de 100%. “O plantio, usando a irrigação que nós fornecemos durante todo ano, não está condicionado à periodicidade de chuvas que nós sabemos não ter sido significativa em 2018. Mas essa parcela do que foi doado teve bom uso. Como resultou em uma safra fora da época junina, quando a procura pelo milho espiga é maior, está resultando em um milho quase todo aproveitado na alimentação animal, que casa perfeitamente com a real necessidade que passam todos os criadores do Alto Sertão, da falta de chuvas e muito pouco para dar ao gado nas propriedades”, argumenta.

Edivânia Freitas Santos foi uma agricultora familiar que em setembro recebeu uma saca de 10 quilos da semente BRS Caatingueiro, variedade de milho superprecoce que produz grãos entre 90 e 100 dias. Após plantar no perímetro Califórnia, ela tem a intenção de aproveitar as espigas e moer a palha para fazer ração, destinada à sua criação de cabras, ovelhas e uma vaca. “Muito bom, pois a situação que está agora não está podendo nem comprar, porque está muito caro o milho. Por isso estamos com a área lá desocupada, porque o interesse é de plantar o milho, mas como estava sem condições de comprar a semente. E agora graças Deus consegui, porque não tem inverno, mas tem a irrigação, e com fé em deus vamos plantar e colher”, justifica.

Em 2018, houve tempo hábil, já em meados do mês de maio, para que a entrega de sementes do Governo do Estado ocorresse antes do período de chuvas no inverno. “Queremos todo mundo com sua semente em casa. Isso será bom para ajudar o pequeno agricultor, principalmente, aquele que participa da agricultura familiar. Isso é possível graças aos recursos adquiridos através do Fundo de Pobreza, recursos arrecadados pelo tesouro do Estado, através dos impostos que são pagos pela população e que a gente faz questão de reservar ano a ano. Temos essa preocupação de reservar essa quantidade para que possamos adquirir essas sementes e distribuir para o pequeno agricultor”, destacou o governador Belivaldo Chagas.

Titular da Seagri, Rose Rodrigues destacou a qualidade da semente e o impacto que elas terão na produção agrícola do estado.  “Essa semente é selecionada e chega na hora certa. Ela é uma semente com dupla aptidão, tanto para forragem quanto para grãos. É uma semente adaptada para a região, semente caatingueiro”. A secretária ainda afirmou que a distribuição das sementes é a mão do Estado fomentando a agricultura camponesa. Ela cumprimentou a equipe da Emdagro que, através dos seus técnicos, oferece tecnologia ao campo.

A distribuição feita no escritório da Cohidro, segundo a gerente do perímetro Califórnia  Eliane de Moura Morais, seguiu critérios que certificassem a condição de baixa renda dos agricultores familiares. “Esteve disponível para entrega a quem se interessasse as sementes de milho para plantio aqui na sede da Cohidro. Foram mais de 4 mil quilos à disposição dos produtores do Califórnia e Jacaré-Curitiba. Fazia o cadastro e levava uma saca de 10 quilos, trazendo o NIS (Número de Identificação Social), Cartão Cidadão ou Cartão da Bolsa Família”, explicou. Ela conta que já em novembro houve colheita deste milho. “Alguns colheram só a palha para fazer a silagem, nem esperaram embonecar”.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, explica que o aproveitamento do milho na ensilagem representa uma capacidade de armazenar grandes quantidades de alimento para os animais em pequenos espaços e por longos períodos de tempo, preservando as propriedades nutricionais das plantas. “É um método ideal para quem pretende plantar o milho com a intenção de comercializar com os criadores da região. Quando é para aproveitamento com animais no próprio lote, é feito em silos ou cobertura em lona. Como o objetivo de comercialização, os produtores o fazem em sacos plásticos vedados, para que haja o processo anaeróbico de fermentação por bactérias”, orienta. Ainda segundo ele, foram colhidos 333 hectares de milho durante em 2018 nos perímetros irrigados administrados pela empresa, onde o aproveitamento das plantas é completo, com o uso integral ou só da palhada para ração.

Por Ascom Cohidro com informações da ASN

 

Última atualização: 31 de janeiro de 2019 15:06.

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