Ações da Coderse beneficiaram mais de 90 mil sergipanos do campo em 2024

Administrados pela empresa, Ceasa Aracaju e perímetros irrigados geram segurança alimentar e renda no abastecimento das cidades 

Da perfuração à instalação de poços, manutenção de dessalinizadores, doação de equipamentos, até o fornecimento de água para irrigação, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) atendeu mais de 90 mil pessoas com seus serviços e ações neste ano. Além das 122 mil toneladas de produtos agrícolas e os 2,4 milhões de litros de leite produzidos nos seus seis perímetros irrigados em 2024. A tendência é que os atendimentos mais do que dobrem nos próximos anos, com a construção dos 108 km da Adutora do Leite e de 14 novas unidades do Programa Água Doce.

A principal atividade da empresa, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), é a operação e manutenção dos perímetros irrigados. São cinco perímetros agrícolas, em que a produção de hortaliças, frutas e grãos, em 2024, superou em 11% o resultado do ano anterior (110 mil toneladas). Já o perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, tem vocação pecuária e produziu 2.389.493 litros de leite, 7% a mais que no ano anterior. No total, esses irrigantes geraram R$ 249 milhões em renda na comercialização da produção.

A maior produção nos perímetros continua sendo a da batata-doce. Presente nos cinco perímetros agrícolas, foram colhidas cerca de 19 mil toneladas da raiz. Quase empatados na segunda e terceira colocação, estão as produções de milho verde e quiabo, com 6,3 e 6,1 mil toneladas colhidas, respectivamente. Destaque para as altas na produção do maracujá, com 184 toneladas e 162% a mais do que o ano anterior; e o feijão-de-corda, que superou a expectativa para o ano e gerou mais de mil toneladas do alimento, com 35% de aumento em relação a 2023.

Abastecimento

São beneficiadas diariamente 14 mil pessoas, com água bruta para irrigação, fornecida pela Coderse em 1.826 unidades produtivas rurais, em sete municípios sergipanos. As mais de 50 culturas agrícolas exploradas, nos seis perímetros, não poderiam ser cultivadas nas regiões mais secas do estado, ou durante todo o ano, sem poder contar com a irrigação. Abastecimento que gera segurança alimentar para a população e renda no campo, em lugares ou épocas antes improdutivas. 

Marcilio Rezende, do assentamento Mário Lago, em Riachuelo, é atendido com a água do Perímetro Irrigado Jacarecica II. No próximo ano, ele vai abastecer o mercado consumidor, colhendo inhame durante a entressafra da raiz. “Com essa água da Coderse, a gente está plantando agora no verão, para ter uma plantação irrigada diferente. No agreste, só se planta inhame no inverno”, conta. 

Desde maio de 2024, a Coderse passou a administrar a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju. Segundo o presidente da empresa, Paulo Sobral, a iniciativa partiu de decisão judicial e aumentou a participação do Governo do Estado no processo de escoamento da produção e abastecimento da população.

“Parte considerável da produção irrigada e de sequeiro de Sergipe, o que inclui o que é produzido nos 41 lotes do Platô de Neópolis, também da Coderse, é levada à Ceasa para abastecer a população, através do comércio varejista de muitas cidades. Assumimos a administração e estamos reestruturando a Ceasa, para que essa função seja executada com mais eficiência, realizando reformas, ampliação e implantação de novos serviços. Além disso, vamos adotar mecanismo de tarifação e controle de entrada e saída de produtos, para que a Ceasa também se mantenha autossustentável”, anuncia Paulo Sobral.

Poços tubulares

Elencadas como ações contínuas da Coderse, em 2024 foram perfurados 40 novos poços tubulares profundos. Serviço complementar à perfuração ou adotado para a recuperação dos poços antigos, houve a realização de 54 bombeamentos de limpeza, com teste de vazão no mesmo período. No total, as duas ações atenderam 23,5 mil pessoas, a partir do investimento conjunto de R$ 1.352.580,68 em recursos do Governo do Estado. Realizados em 28 municípios sergipanos, esses trabalhos também contaram com a cooperação das administrações municipais.

Foram instalados 15 novos poços em 2024. No mesmo ano, a Coderse executou 122 ações de manutenção e 32 recuperações em bombas submersas, caixa de força, tubulação, fiação e reservatórios de sistemas de abastecimento de água. Um total de 54 mil pessoas foram atendidas com essas três modalidades de serviços, a partir de um investimento, com recursos próprios, de R$ 233 mil, mais a contrapartida da maioria dos 34 municípios, onde as ações ocorreram.

Água Doce

O Programa Água Doce (PAD) é uma ação realizada em parceria com o Governo Federal, através do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), para implantação de sistemas de dessalinização, a partir de poços. Em Sergipe. Hoje são 29 unidades em funcionamento, beneficiando 6 mil pessoas do semiárido sergipano com a produção de 17.400 litros de água potável por dia.

É a Seagri que coordena o programa em Sergipe e tem as suas empresas vinculadas como executoras. Através da Coderse, em 2024 houve o monitoramento e manutenção desses 29 sistemas localizados em nove municípios do semiárido sergipano, aplicando R$ 70 mil em recursos do PAD.

Em 2024 também foram iniciadas as obras de construção de três novas unidades do PAD. Atualmente, em 85% da sua execução, irão atender aproximadamente 500 famílias em Porto da Folha, Carira e Poço Verde, a partir do investimento de R$ 1.093.799,63, via Coderse. 

Foi em Sergipe que ocorreu, no último mês de novembro, o IX Encontro Nacional de Capacitação e Integração do Programa Água Doce, com participação dos 10 estados integrantes do PAD. Entre os compromissos assumidos pelo MIDR no evento, R$ 9 milhões foram destinados para o Governo do Estado implantar 11 novos sistemas de dessalinização em Sergipe, a partir de 2025.

Equipamentos

Ainda em 2024, a Coderse iniciou a aquisição para doação de equipamentos que desenvolvem atividades produtivas no interior de Sergipe. A Associação dos Pequenos Produtores e Trabalhadores das Pedreiras (Aspeed), de Tomar do Geru, recebeu um compressor de ar sobre rodas, fruto de emenda parlamentar do então deputado estadual Jorginho Araújo, no valor de R$ 317.333,33. Foram beneficiadas cerca de 250 famílias dos trabalhadores, que passarão a perfurar as rochas de granito em cinco minutos por metro, serviço que levava mais de três horas, sem o novo equipamento.

Adutora do Leite

A Coderse licitou, em 2024, e está fiscalizando os trabalhos da empresa de engenharia, que vai entregar os estudos e projetos para a construção da Adutora do Leite. São previstos 108 km de adutora, desde a captação, em Canindé de São Francisco, até Nossa Senhora da Glória, a partir de um investimento total de R$ 250 milhões.

“Para o próximo ano, está prevista a entrega do projeto para realização da obra, a partir de quando poderemos licitar a construção. Estamos montando esse plano de ação a quatro mãos, Governo e empresa de engenharia, mas também estamos recebendo, em Aracaju, e visitando a população que será assistida pela obra. Para que eles também opinem nas decisões”, reforçou o presidente Paulo Sobral.

A Adutora do Leite fornecerá água bruta para aproximadamente 265 mil animais, sendo 180 mil somente bovinos. A região é uma das maiores bacias leiteiras do Nordeste e a dessedentação animal é uma reivindicação antiga dos produtores. A expectativa é que a produção leiteira dos cinco municípios dobre, quando a adutora passar a fornecer água, a partir de reservatórios e pontos de abastecimento na área rural.

Governo do Estado vistoria trajeto da Adutora do Leite no alto sertão sergipano

Rede de abastecimento levará água para pecuária leiteira. Previsão é crescer investimentos em tecnologia, qualidade de rebanhos e produção em dobro

O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), esteve presente nesta quinta-feira, 28, no alto sertão sergipano, percorrendo o trajeto que será beneficiado pela Adutora do Leite. 

Com uma extensão de 108 km, a rede de abastecimento levará água para dessedentação animal em cinco municípios, graças a um investimento de R$ 250 milhões. A obra atenderá a população rural de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória, reforçando o compromisso estadual com o desenvolvimento da região.

A Adutora do Leite fornecerá água para aproximadamente 265 mil animais, sendo 180 mil somente bovinos. A região é uma das maiores bacias leiteiras do Nordeste e a dessedentação animal é uma reivindicação antiga dos produtores. A expectativa é que a produção leiteira dos cinco municípios dobre com a finalização da obra.

Márcio Pereira, morador da zona rural de Glória, conta que a população depende dos caminhões-pipa ou da chuva para conseguir água para o gado. Quando não, já que a prioridade é o abastecimento humano, o criador tem que comprar a água. “Ajuda muito, assim chegar água, né? Se chegar a adutora aqui vai ajudar muito o sertanejo”, acredita.

Para o secretário da Seagri, Zeca Ramos da Silva, a construção da adutora será um marco da atual gestão estadual.  “Percorremos o trajeto da Adutora do Leite, verificando os melhores acessos para atender à população, aos produtores dessa bacia leiteira. Nessa terra árida do alto sertão sergipano, estamos iniciando um dos maiores projetos da gestão do governador Fábio Mitidieri, conduzido pela Seagri, e que trará a solução definitiva para a dessedentação animal em um longo trajeto. A maior obra dos últimos tempos para o sertão sergipano”, anunciou o secretário.

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Seagri, é a instituição pública executora da obra. Segundo o diretor-presidente, Paulo Sobral, uma equipe de arquitetos, engenheiros civis e mecânicos da Coderse está coordenando e fiscalizando o trabalho da empresa licitada para a elaboração dos estudos e projetos para a construção da adutora. Ao mesmo tempo em que a empresa pública iniciou o processo de obtenção das licenças necessárias à obra. 

“A visita teve início em Nossa Senhora da Glória, ponto final dos 108 km da Adutora do Leite, onde será instalado um grande reservatório. De lá, seguimos até o povoado de Santa Rosa do Ermírio, percorrendo estradas vicinais por onde a tubulação será implantada. Acompanhados pelos engenheiros da Encibra Engenharia, visitamos os locais por onde a rede passará e identificamos os pontos estratégicos para a construção dos reservatórios de água bruta, projetados para reduzir a distância entre os produtores rurais e o acesso à água. A engenharia da Coderse acompanha de perto o andamento do projeto junto à empresa contratada, enquanto adota, paralelamente, outras medidas técnicas e legais necessárias para viabilizar o início das obras, após a conclusão do projeto”, explicou Paulo Sobral.

Sergipe sedia encontro nacional do Programa Água Doce

Avaliação positiva feita pelos beneficiários e novos investimentos marcam primeiro dia do evento

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) escolheu Sergipe para realizar nesta quarta-feira, 13, a nona edição do Encontro Nacional de Capacitação e Integração do Programa Água Doce – Novo Ciclo. Ocorrido pela última vez no ano de 2019, o evento teve como objetivo central reunir e capacitar os técnicos envolvidos no projeto, proporcionando um espaço de debate sobre os desafios e avanços da sua implementação. Durante a abertura do encontro, em Aracaju, foram assinados termos de compromisso com os secretários dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Sergipe, visando ampliar a cobertura geográfica e fortalecer a execução do Programa Água Doce no país.

São 29 unidades instaladas, em nove municípios sergipanos, onde são produzidos 17.400 litros de água potável por dia, que atendem a um total de oito mil pessoas. O evento irá continuar em um segundo momento nesta quinta-feira, 14, quando os participantes farão uma visita ao sistema de dessalinização da comunidade Cacimba Nova, no município de Poço Verde. No local será realizada uma mesa de diálogo com o tema “Um olhar para os resultados nas comunidades e impacto na vida das pessoas”, permitindo ao público conhecer de perto os resultados do programa e realizar uma troca de experiências.

O Governo do Estado apoia a realização do encontro, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e de suas vinculadas – Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), empresas executoras do Programa Água Doce em Sergipe. Para o secretário da Seagri, Zeca Ramos da Silva, foi muito gratificante sediar esse importante evento, o primeiro após o período da pandemia, e fortalecer ainda mais essa parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional.

“Para nós dos estados nordestinos, que vivemos constantemente essa problemática da escassez de água, o Programa Água Doce é de suma importância por promover a dessalinização da água, dando dignidade às comunidades mais longínquas, com água potável e de qualidade tão necessária para a subsistência das pessoas e de seus animais. Hoje comemoramos aqui o retorno dessa atividade e a assinatura de R$ 100 milhões em recursos, para atender todas as regiões assistidas no país, sendo R$ 9 milhões para Sergipe, onde serão implantados 11 novos sistemas”, ressaltou.

De acordo com o secretário Nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Serra, a escolha do ministério para que Sergipe fosse sede da nona edição do encontro se deu pelo estado ser um grande parceiro. “O programa Água Doce está contemplado no novo PAC, lançado no ano passado pelo presidente Lula, e precisávamos retomar as tratativas com os estados. Escolhemos Sergipe principalmente pelo interesse demonstrado pelo secretário Zeca, que tem buscado junto ao Ministério recursos para garantir a continuidade do programa, onde já estamos com três novos sistemas prestes a serem concluídos”, destacou se referindo aos sistemas de Poço Verde, no povoado Saco do Camisa, que vai atender 200 famílias; em Porto da Folha, no povoado Bela Aurora, para 40 famílias; e no município de Carira, no assentamento Carlos Prestes, para beneficiar 50 famílias.

O subsecretário de saneamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (SEMAD/MG), Anderson Diniz, também destacou a importância do “Água Doce” para as comunidades assistidas. “O Água Doce leva dignidade e ainda movimenta a economia local, à medida que algumas pessoas fazem o transporte de água para outras localidades, cobrando um valor mínimo por isso, gerando sustentabilidade e economia”, pontuou.

Comunidades assistidas

O operador de dessalinizador da comunidade de Amparo/PB, Everaldo Maciel, veio a Sergipe para contar um pouco de sua experiência. “Na zona rural coletávamos água de cacimba, nos poços, e nem sempre ela era favorável ao consumo humano e dos animais. Graças ao equipamento, hoje temos um líquido de qualidade, foi uma mudança muito grande. Quando começou o programa, em 2016, tínhamos 120 famílias cadastradas e produzíamos 800 litros de água por hora. De lá para cá a demanda aumentou muito, e hoje aumentamos para 1.400 litros/hora”, comemorou.

Ana Maria Oliveira Souza, representante do povoado Cacimba Nova, no município de Poço Verde, comemorou a assinatura dos novos sistemas de dessalinização, ao destacar a importância para as comunidades rurais. “Esse programa precisa seguir adiante pelo povo que sofre com a seca e com dificuldade de conseguir água de qualidade, como é a do programa Água Doce. Nós mesmos administramos os poços, com ajuda de voluntários que operam a máquina, que veio para melhorar a nossa qualidade de vida”, afirmou.  

Sobre o programa

O Programa Água Doce leva água potável às comunidades rurais sergipanas que não contam com sistemas de abastecimentos convencionais. Ele chegou em Sergipe no ano de 2011, sob a gestão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, que após ser transformada em superintendência em 2019, passou o programa para ser administrado pela Sedurbi, e mais tarde em 2021 pela Seagri.

Em Sergipe, são 29 unidades instaladas em nove municípios: Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Monte Alegre de Sergipe, Porto da Folha, Nossa Senhora da Glória, Carira, Simão Dias, Poço Verde e Tobias Barreto.

Produção anual de maracujá na irrigação pública aumentou 161% em 2024

Agricultores são assistidos pelo Governo do Estado por todo ano, em 1.866 unidades produtivas de seis perímetros irrigados

Perímetros irrigados estaduais produtores de maracujá até setembro deste ano produziram 183 toneladas de maracujá, atingindo 161% a mais que as 70 toneladas em todo o ano de 2023. Em Lagarto, região Centro-Sul do estado, a assistência técnica dada aos irrigantes pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) superou a fusariose em pomares irrigados, e também registrou aumento de 106% na produção já nesses nove meses. Já no perímetro de Canindé de São Francisco, no Alto Sertão, a produção parcial foi de mais de 45 toneladas e fez ressurgir a cultura agrícola.

No Perímetro Irrigado Califórnia, administrado em Canindé pela Coderse – empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) -, um dos responsáveis pelo retorno do maracujá às áreas irrigadas e nas prateleiras do comércio local foi o agricultor José dos Santos. Ele planta maracujá há pouco mais de um ano e meio, e está satisfeito com os resultados e a facilidade de escoar o produto. Em uma área de 0,75 hectares, ele colhe até 60 caixas de 30 kg por semana.

“Gostei do maracujá porque é um plantio que a gente vende diretamente para o consumidor. O pessoal compra o maracujá aqui e leva diretamente para a feira. Não tem dificuldade. A Coderse fornece água de qualidade para nós, os técnicos estão aí dando assistência, e todos estão de parabéns”, agradeceu José dos Santos, conhecido no perímetro como ‘Duda’.

No Perímetro Califórnia, o rendimento das 45 toneladas produzidas até setembro de 2024 foi de R$ 259.089,00 de renda bruta aos irrigantes. Depois de plantado no perímetro de Canindé, o maracujazeiro leva seis meses para começar a dar frutos, em colheitas que podem durar até dois meses. Daí então ele pode passar até dois anos produzindo frutos em escala comercial, com intervalos de três ou cinco meses entre as safras.

Lagarto
A maior produção, até setembro, está sendo a do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. São 138 toneladas até agora em 2024, contra as 66,7 lá produzidas durante todo o ano de 2023, e superando as 97 toneladas de expectativa inicial para a safra anual. Nos nove primeiros meses deste ano foram R$ 393.350,00 em renda bruta para o irrigante lagartense.

Muito disso se deu pelo surto de fusariose em pomares irrigados de maracujá no início do ano. Esta doença fúngica mata as plantas infectadas e tem alta capacidade de contaminação do solo e até de outras plantações. Segundo o diretor de Irrigação da Coderse, Aldebrando Leite, a ação da assistência técnica prestada no perímetro teve influência direta no quadro positivo.

“Os técnicos agrícolas e os engenheiros agrônomos da Coderse levaram aos produtores afetados com a doença, a orientação necessária para controle, tomando medidas sanitárias com os pomares existentes e a iniciativa de só adquirir mudas ou sementes certificadas. Isso evitou tanto que a fusariose se alastrasse, como a entrada da doença vinda de outras regiões produtoras”, disse ele.

Coderse ouve produtores de Poço Redondo para definir traçado da Adutora do Leite

Governo do Estado está elaborando estudos e projeto da obra com canal aberto aos pecuaristas beneficiados

 Presidente da Coderse, Paulo Sobral recebeu os representantes de Poço Redondo  // Foto: Fernando Augusto (Ascom Coderse)    

Representantes dos pecuaristas da produção de leite de Poço Redondo, município do alto sertão sergipano, estiveram na sexta-feira, 11, na Companhia de Desenvolvimento de Regional (Coderse). A convite, participaram de reunião com a empresa licitada para realizar os estudos e projeto da Adutora do Leite, o corpo técnico e presidência da empresa pública, discutindo o traçado da primeira etapa da obra. Ao todo, a adutora terá cerca de 108 quilômetros de extensão para levar água bruta do Rio São Francisco até o município de Nossa Senhora da Glória. A expectativa é de que sejam beneficiadas mais de 180 mil cabeças de gado com água de beber.

A partir da assinatura da ordem de serviço para os estudos e projeto da Adutora do Leite, feita pelo governador Fábio Mitidieri no dia 21 de setembro, a Encibra Engenharia iniciou os trabalhos licitados pela Coderse, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Para o presidente da companhia estadual, Paulo Sobral, a possibilidade de trabalho conjunto entre a empresa terceirizada e o Governo do Estado está sendo produtiva; ao ouvir os beneficiários, a obra vai poder atender melhor a necessidade pela qual foi idealizada. 

“Chamamos esses representantes pecuaristas e comunitários, que conhecem a realidade da cada povoado, o coeficiente populacional, atividades e modos de organização. Foi um encontro que esclareceu muitas dúvidas de nossas equipes das engenharias civil, mecânica, eletricista, agronômica e arquitetos. A Adutora é um encurtador de distâncias, e mesmo sem poder percorrer todas as comunidades dos cinco municípios, podemos fazer um traçado que aproxime cada vez mais unidades produtivas da água, facilitando esse acesso”, pontuou Paulo Sobral. 

Conhecido pecuarista do povoado Santa Rosa do Ermírio, principal polo produtor de leite do estado, José Teles, mais conhecido como ‘Zé do Poço’, disse que a reunião foi produtiva e pôde contribuir com a realização do projeto da Adutora do Leite. “Foi mostrado onde vai passar a rede, onde vão ficar os reservatórios de água, a distância; tudo o que a gente estava em dúvida, e hoje estamos sabendo”, reforçou.

Também pecuarista de Santa Rosa do Ermírio, José Reis Alves de Souza considerou a reunião muito satisfatória e disse que a expectativa dos produtores de leite com o projeto da Adutora do Leite é positiva. “O governo está se mostrando muito esforçado pelo projeto, e eu estou vendo a coisa andar. A gente hoje tem muita dificuldade com escassez de água, e estamos vendo a possibilidade de aumentar produção e os lucros. A população está muito ansiosa com o projeto. Com a adutora, podemos investir mais, aumentar a produção, o emprego, a renda de toda comunidade e região do sertão”, analisou.

Professor da rede municipal de ensino de Poço Redondo e representante da Festa Amigos do Leite (Santa Rosa do Ermírio), Odair José de Oliveira foi convidado à reunião por trabalhar naquelas comunidades atendidas pela Adutora do Leite. “Eu gostei da maneira como está sendo a interação do produtor com o governo. Acho que a melhor maneira de servir o produtor de leite é ouvindo as necessidades, vendo a maneira de trazer a água para a produção e para o povo mais carente. É muito importante um governo participativo, que quando vai fazer a obra, chama a população”, sintetizou.

Perímetros irrigados estaduais preveem alta de 25% na produção do feijão-de-corda em 2024

Produção irrigada da leguminosa, em pequenas áreas da agricultura familiar, é beneficiada e vendida por feirantes

Nos perímetros públicos de irrigação mantidos pelo Governo do Estado a produção de feijão-de-corda em 2024 deve aumentar quase 25%. A expectativa dos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), no Califórnia, em Canindé de São Francisco, alto sertão sergipano; Jacarecica II, polo agrícola entre Areia Branca, Malhador e Riachuelo; e Piauí, em Lagarto, no centro-sul; é que a produção some 962,6 toneladas da leguminosa, quantidade superior às 772 toneladas produzidas nesses três perímetros em 2023.

Os agricultores irrigantes atendidos pela companhia, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), produzem o grão em qualquer época do ano, a partir do fornecimento de água de irrigação e assistência técnica oferecida em cinco perímetros de vocação agrícola. Bastante procurado para o preparo de pratos regionais, o feijão-de-corda sergipano, seja verde ou seco, tem mercado também em estados vizinhos, como Bahia e Alagoas, além de Sergipe.

“A gente leva para feira [de Canindé], para Aracaju, Salvador. Agora está tendo mercado e a gente planta o ano todo aqui, quase que tem [feijão-de-corda] direto. E sai daqui com preço”, avaliou o produtor irrigante do Califórnia, Manoel Otávio Tolentino. O agricultor, que tem 32 anos de perímetro irrigado, também planta goiaba, acerola, milho, mandioca e quiabo em seus 4 hectares do lote. O perímetro de Canindé tem a maior expectativa de alta na produção do produto para este ano, 36%, assim como a maior produção prevista para 2024, 870 toneladas.

Água e assistência

Também do Califórnia, o agricultor irrigante José dos Santos, mais conhecido como Duda, cultiva feijão-de-corda durante um período do ano, mas nas outras épocas está sempre com lavouras de maracujá, macaxeira, pimenta-de-cheiro, acerola e outros. Segundo o produtor, o Governo do Estado contribui para a diversidade e continuidade dos cultivos. “A Coderse fornece uma água de qualidade para nós e os técnicos que nos dão assistência estão de parabéns. Está tudo na mão de Deus e eles estão trabalhando certo, ajudando o produtor”.

Duda está com uma área de 0,33 hectares preparada para plantar em outubro e outra, do mesmo tamanho, em novembro. Com isso, ele tem um período prolongado de colheita entre os meses de dezembro deste ano e janeiro do próximo. “O feijão-de-corda vende por aqui também, na feira livre em Canindé e o que sobra, eu mando para Aracaju. Tanto verde quanto maduro têm uma aceitação boa. Eu vou plantar duas roças porque eu gosto de fazer um rodízio, para ter uma escala quando começar a colher”, informou.

Técnico agrícola da Coderse em Canindé, Luiz Roberto Vieira confia que a expectativa de aumento de produção será valorizada pelo bom momento do mercado para o produto. “Há a aceitação do produto no mercado e um preço convidativo, saindo entre R$ 100,00 e R$ 120,00 o saco”, revela. Conforme o profissional da Companhia, os técnicos contribuem para essa realidade positiva com a assistência criteriosa. “É preciso, por exemplo, adubação e um trato cultural bem calibrado e com assistência sanitária mais incisiva”, completou.

Feijão verde

O feijão-de-corda dos perímetros é quase sempre colhido em um estágio de maturação anterior à fase do grão seco, também utilizado para alimentação e próprio para replantio como semente. Esse ‘feijão verde’ praticamente só é comercializado em feiras livres. É quando entram em cena as tradicionais feirantes que debulham as vagens enquanto ocorre a feira e aos olhos do cliente. O produto é próprio para ser cozido no próprio caldo, refogado com carnes ou em saladas frias.

Governo do Estado dá mais um passo para a construção da Adutora do Leite

Com mais de 100 quilômetros de extensão, a obra vai desenvolver a pecuária leiteira a partir do abastecimento de água para a dessedentação animal

Em mais um passo para a construção da Adutora do Leite, o Governo de Sergipe anunciou que a empresa Encibra S/A foi vencedora da licitação e deu ordem de serviço para a realização de estudos e projetos para a execução da obra. O ato fez parte das políticas públicas anunciadas durante a Expo Glória, no sábado, 21, pelo governador Fábio Mitidieri. Na ocasião, também foi assinado Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Sergipe (Sescoop-SE) para atividades de formação em cooperativismo.

A Adutora do Leite é um projeto do governo conduzido pela Seagri que trará a solução definitiva para a dessedentação animal em um longo trajeto. Com mais de 100 quilômetros de extensão, abrangendo os municípios de Canindé de São Francisco a Nossa Senhora da Glória, a obra vai desenvolver a pecuária leiteira a partir do abastecimento de água, que será captada pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) no rio São Francisco.

A adutora vai levar água aos diversos tipos de criatórios comerciais. Os rebanhos somam aproximadamente 265 mil animais, sendo 180 mil somente bovinos, nos cinco municípios situados no trajeto de 108,60 quilômetros de extensão – Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória.

Como a produção de leite é a principal atividade econômica da região do alto sertão sergipano, a expectativa do Governo do Estado é de que a Adutora do Leite melhore a qualidade de vida das 23 mil famílias dos municípios assistidos, com o aumento da geração de renda e abertura de novos postos de trabalho. “Estamos começando a cumprir esse compromisso que assumi no início da minha administração e que é tão importante para o povo sertanejo. O sertão é uma região que merece e precisa muito dessa obra, que vai mudar a vida das pessoas de Nossa Senhora da Glória, essa importante bacia leiteira”, enfatizou o governador Fábio Mitidieri durante a assinatura da ordem de serviço para contratação da empresa Encibra S/A.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, chamou a atenção os futuros impactos que virão a partir da construção da Adutora do Leite. “Acredito que esse seja o maior projeto da história da Secretaria da Agricultura. Uma ação que há muito vem sendo aguardada pelo povo sertanejo, especialmente aqui de Glória. Agora o governo cumpre mais um de seus compromissos com o povo sergipano. A previsão é de que, daqui a cinco anos, a produção de leite dobre na região”, destacou o gestor.

Produtor rural no município, Fábio Henrique Batista de Souza comemorou a notícia anunciada na ocasião. “A construção dessa adutora vai nos ajudar muito, porque a deficiência de água é muito grande aqui na região de Glória. Assim, vamos ter água em abundância para nossos animais e conseguiremos investir mais, com a garantia que teremos água para nosso rebanho”, colocou. 

Para o produtor de leite Marcelo Barreto, cooperado na Cooperativa Sertaneja de Agronegócio (Coopesea), o momento também foi de celebração. “A nossa principal necessidade era água para matar a sede dos animais, e hoje se concretiza aqui um sonho, que é a assinatura da licitação do projeto. Com essa adutora sendo concretizada, o alto sertão será o maior produtor de leite do Nordeste”, prospectou.

Cooperação técnica
Também durante a Expo Glória, o secretário Zeca da Silva assinou, por meio das empresas vinculadas à Seagri – Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) -, Termo de Cooperação Técnica com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Sergipe (Sescoop/Se). O objetivo é a realização de cursos, palestras, seminários, workshops e atividades de formação em cooperativismo para colaboradores, produtores rurais e profissionais que atuam ou queiram constituir cooperativas, com os propósitos de capacitar, difundir e ampliar o conhecimento sobre o modelo de negócio cooperativo.

A Seagri, a Coderse e a Emdagro se comprometem a ofertar a estrutura física para a realização de palestras, cursos e treinamentos; a participar de eventos promovidos pelo Sescoop/SE em temas de interesse do ramo agropecuário e incluir informações sobre essa parceria, bem como divulgar os eventos, cursos e ações em todas as mídias sociais e redes de relacionamento da pasta, visando atingir os objetivos do presente acordo. Já o Sescoop/SE fica responsável por disponibilizar profissionais para a realização de palestras, cursos e treinamentos gratuitos que visem à capacitação em cooperativismo de profissionais e grupos interessados em constituir cooperativas em Sergipe.

O presidente do grupo, João Teles de Melo Filho, destacou a importância da parceria com a Seagri. “A Sescoop/SE tem tudo que é necessário para tornar um grupo de pessoas bem intencionadas, que representa o cooperativismo, para fazer com que essa cooperativa progrida, tenha perenidade, com capacitações exclusivas para conselheiros, diretores, cooperados, ou seja, tudo que o grupo necessite, sem custo para seus integrantes, e por meio dessa parceria com o Governo do Estado e a Seagri, nós vamos fazer acontecer”, pontuou.

Agricultores de Canindé são beneficiados com kits de irrigação durante 32º ‘Sergipe é aqui’

Os equipamentos fazem parte dos investimentos do Governo do Estado para incrementar a produtividade e a economia de água e energia elétrica

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), participou da 32ª do ‘Sergipe é aqui’, que ocorreu nesta sexta-feira, 9, no município de Canindé de São Francisco, alto sertão sergipano. Na oportunidade, foram entregues kits de irrigação e ofertados serviços aos agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia. 

Para o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, o ‘Sergipe é aqui’ em Canindé atendeu irrigantes do perímetro, população rural e mostrou o trabalho da pasta realizado em todo estado. “Canindé é onde a Coderse tem a maior atuação em Sergipe. Basta dizer que o perímetro Califórnia é a maior infraestrutura de irrigação pública que o Governo do Estado mantém, gerando a maior produção de alimentos entre os perímetros. É o município mais inserido na região do semiárido brasileiro e, por isso, tem muita carência por ações de exploração da água subterrânea, via poços, e superficial, com as águas que acumulam água da chuva. Além dos três sistemas de dessalinização do Programa Água Doce (PAD) que a Coderse faz a manutenção constante”, listou Paulo Sobral.

Kits de irrigação
No ‘Sergipe é aqui’, a Coderse fez a entrega de cinco kits de irrigação, compostos por dois rolos de mangueiras de irrigação, somando mil metros cada, microaspersores e acessórios. Esses equipamentos vêm se somar a um montante de 700 mil metros de mangueiras de irrigação que estão sendo distribuídas pela Coderse no Perímetro Irrigado Califórnia e no Assentamento Valmir Mota, também em Canindé. Insumos com capacidade para irrigar um total 90 hectares de lavouras. 

O diretor-presidente da Coderse explicou que “esses equipamentos substituem o uso dos antigos aspersores de irrigação convencionais, que consumiam mais água e eram menos eficientes que as tecnologias que as novas mangueiras oferecem. A distribuição de kits de irrigação faz parte da gama de investimentos que o Governo do Estado realiza para incrementar a produtividade e a economia de água e energia elétrica, no perímetro irrigado estadual”, acrescentou Paulo Sobral.

A agricultora Selma Oliveira cultiva milho, feijão e quiabo no lote de sua família e vai ser beneficiada com o kit de irrigação para modernizar a produção irrigada. “Sim, vai ajudar bastante. Uso metade da aspersão comum da grande. Pretendo colocar todo lote em microaspersor. A vantagem é que o trabalho é bem menos, a produção aumenta e vai ser melhor. Tudo fica mais organizado. Muito legal o Sergipe é aqui, muito bom”, avaliou. 

Serviços ao irrigante
Nas tendas da Agricultura, a Coderse atendeu às demandas dos agricultores irrigantes do perímetro Califórnia; fazendo a emissão de segunda via de boleto de tarifa d’água do perímetro, a consulta à sua situação de pagamentos e acordos para a quitação de débitos nas tarifas. Os produtores rurais também tiveram acesso no ‘Sergipe é aqui’ a emissão de declarações para o acesso a benefícios sociais e o atendimento para registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O agricultor irrigante José Matos, do Setor 04 do Califórnia, tem uma lavoura bastante diversificada, com plantação de milho verde para espiga e silagem, pimenta, quiabo, abóbora e tomate. No ‘Sergipe é aqui’, ele procurou os serviços do Setor Comercial da Coderse. “Quando chega no mercado tem a época de produzir bem, colher bem e vender bem, porque um precisa do outro. O sucesso é nesse ponto, vender e produzir bem. Eu vim hoje para fazer levantamento de débitos do meu lote para pagamento e uma possível negociação, acredito que não tenham muitos, mas acho que me perdi em uma ou duas faturas. Graças a Deus fui muito bem atendido por Paulo (Sobral) e Ricardo (Pereira)”, destacou. 

Água Doce
No ‘Sergipe é aqui’ a Coderse leva a maquete de uma das 29 unidades de dessalinização de água do PAD instaladas no estado. Só em Canindé, o Governo do Estado mantém três desses sistemas de abastecimento: no Acampamento Caiçara, Assentamento 12 de Março e no povoado Mandacaru.

Ceasa Aracaju divulgará semanalmente pesquisa de preços no atacado e varejo

Levantamento apresentará valores de frutas, hortaliças, laticínios, carnes e principais produtos naturais beneficiados

Cláudio dos Santos vende hortaliças e frutas no varejo / Foto: Ascom Coderse

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), empresa do Governo do Estado que administra a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa Aracaju), iniciou neste mês de agosto a divulgação da pesquisa de preços no atacado e varejo. Os resultados serão divulgados periodicamente ao público no site da Coderse, na aba Ceasa. 

A coleta dos valores praticados pelos comerciantes ocorre duas vezes por semana e são publicados em boletins semanais e mensais. São planilhas que comparam os valores mínimos, máximos, a média e a moda (quando tem um valor praticado com mais frequência) de preços. 

O diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena, explica que a necessidade de realizar a pesquisa surgiu como mais uma das demandas que a empresa assumiu ao passar a administrar a Ceasa.

“Buscamos em parceria com a Emdagro, nossa coirmã, verificar de que maneira eles já atuam, fazendo essa pesquisa nos mercados municipais daqui, e trouxemos essa forma de pesquisa para aplicarmos na Ceasa, com o objetivo de dar informações para que o consumidor possa fazer a sua consulta da variação de preços dos produtos, que ele vai buscar na Ceasa. Espero que isso seja um facilitador e faça com que as pessoas venham mais à central de abastecimento para adquirir seus produtos”, destacou Ernan.

Valdir Lima de Souza, há 37 anos na Ceasa, comercializa laticínios, castanhas e uma infinidade de outros produtos alimentícios de tradição regional. Para ele, a pesquisa é importante, pois divulga o que o consumidor pode encontrar na central de abastecimento. “O pessoal gosta mais do produto natural. Isso ajuda, porque o povo tem que vir sabendo já como está a situação dos produtos. Vem direto, se souber como está o preço”, pontuou.

A pesquisa feita pela Coderse, empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), atende à demanda do consumidor, que está cada vez mais atento aos meios digitais, a fim de economizar, na busca dos locais onde os preços estão mais atrativos.

“Vale a pena vir de São Cristóvão para comprar aqui, venho sempre. Normalmente compro frutas de vários tipos e tem fruta que eu só consigo aqui. Acho interessante e válido ver os preços com antecedência. É bom ter alguém preocupado em passar essa informação. Tem gente que não vem aqui porque não tem conhecimento, não sabe o que tem para poder comprar. E aqui tem de tudo”, salientou a comerciante Edijane Maria da Silva, que compra na Ceasa tanto no varejo, como no atacado.

Alimentação saudável
Outro objetivo primordial é o incentivo ao consumo dos hortifrutigranjeiros oferecidos na Ceasa. Por um lado, colabora com a geração de renda do comerciante usuário e seus colaboradores. Do outro, tem a vantagem em saúde, que é consumir produtos in natura e frescos, vindos direto do produtor. 

Para Cláudio dos Santos, que vende hortaliças e frutas no varejo, a pesquisa vem contribuir com seu trabalho. “Ajuda muito na questão informativa, porque vai tabelar coisas que muita gente não sabe. Isso atrai comprador e melhora as vendas, faz uma divulgação melhor. Nossa tabela de preço é baixa porque, como trabalhamos direto com o atacadista, a gente tem margens baixas justamente para atrair os clientes”, observou.

Agricultores de Japaratuba aproveitam serviços da 31ª edição do ‘Sergipe é aqui’

Ação beneficiou os agricultores do município, que são responsáveis pela geração de renda e emprego no campo

Foto: Ascom Coderse

O município de Japaratuba recebeu a 31ª edição do ‘Sergipe é aqui’, nesta quinta-feira, 25 de julho, data em que é comemorado o Dia Internacional do Agricultor Familiar, e no estande da Agricultura, muitos exemplos de sucesso tiveram seu destaque reconhecido. Como em todas as cidades onde já aconteceu o programa de governo itinerante,  a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) se fez presente, juntamente com suas empresas vinculadas — Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese). 

Na ocasião, foram disponibilizadas ações especialmente para os agricultores, que são responsáveis pela geração de renda e emprego no campo, com a garantia do sustento de milhares de famílias. Do povoado Caraíbas, no município, veio o exemplo da panificação ‘Nascendo para crescer’, que fabrica pães, bolos e biscoitos, gerando renda para a comunidade do projeto de assentamento de reforma agrária. A Associação Comunitária do Projeto de Assentamento Caraíbas recebeu recursos do Governo do Estado, por meio de um convênio firmado com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que garantiu a compra do maquinário e a estruturação da agroindústria. 

“Atualmente, produzimos entre 500 e 600 pães por dia, do tipo francês, doce, carrapicho, de macaxeira e de batata, além de bolos e alguns biscoitos caseiros. Hoje aproveitamos a oportunidade de vir demonstrar nossos produtos neste evento promovido pelo Governo do Estado”, declarou Erisvando Chagas, presidente da associação, que é formada por 115 famílias de agricultores familiares.

Representando o trabalho realizado pela Cooperativa Jardim, de Japaratuba, com peças artesanais feitas da palha do Ouricuri, a artesã Cristiane Santos de Jesus levou para o estande bolsas, esteiras, cestos e chapéus, entre outros produtos que foram comercializados no local. “Foi muito importante essa oportunidade de divulgar as artes que a gente faz com tanto carinho e poder ganhar um dinheiro extra”, afirmou a moradora do povoado Alagamar.

Ações da Coderse
Em Japaratuba, a Coderse ofereceu orientações sobre os serviços de perfuração, bombeamento, instalação e manutenção de poços tubulares e seus sistemas de abastecimento, ao mesmo tempo em que demonstrou, por meio de uma maquete de sistema de dessalinização, como funciona o Programa Água Doce em Sergipe. O programa está presente em 29 comunidades rurais da região semiárida e neste ano está sendo ampliado para mais três.

O diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena, explica que o órgão tem forte presença no município do leste sergipano, tendo executado, ao todo, 53 poços. “Aqui em Japaratuba, desde 2023, nós perfuramos quatro poços tubulares profundos, nos povoados de Sapucaia, Porteiras, Várzea Verde e Alto das Mangabeiras. É a Coderse trazendo água para o interior do estado”, pontuou.

Fonte: Seagri

Última atualização: 19 de agosto de 2024 10:19.

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