Governo do Estado propõe acordo de gestão para nova unidade do água doce em Poço Verde

Mais 300 famílias terão acesso a água potabilizada por dessalinizador no povoado Saco do Camisa

Além da parte física, é necessário construir uma boa relação entre os beneficiários de um sistema de abastecimento de água dessalinizada comunitário. No povoado Saco do Camisa, em Poço Verde, centro-sul sergipano, foi firmado nesta segunda-feira, 24, o primeiro alicerce com a reunião para iniciar o Acordo de Gestão Compartilhada e Participativa para esta que é uma das três novas unidades do Programa Água Doce (PAD) em Sergipe. Em breve, serão entregues pelo Governo do Estado dessalinizadores no Saco do Camisa, no assentamento Carlos Prestes, em Carira, e no povoado Bela Aurora, em Porto da Folha. Ampliando de 29 para 32 o número de sistemas em Sergipe.

No estado, o PAD é coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio das suas empresas vinculadas. Uma delas, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), está à frente da construção desta que é a sétima unidade do programa em Poço Verde. Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena quantifica a importância do início do acordo de gestão para a comunidade viabilizar o funcionamento do sistema de dessalinização em benefício das 300 famílias do Saco da Camisa.

“Eu acho que hoje é o dia mais importante, desde que conseguimos trazer para cá esse sistema novo de Água Doce. Vamos firmar um acordo para conseguir dar manutenção e ter água para sempre. Mas se não cuidarmos dessa água, ela acaba. Todo poço se não for cuidado seca. Se não tiver a devida manutenção, vai secar. O investimento será em vão, se não tomarmos cuidado. Hoje estamos aqui para construir isso, para que todos tenham consciência do que tem que fazer para ter água para toda vida”, destacou Ernan Sena.

Josefa Santana Santos, que nasceu no povoado Saco do Camisa, vive na comunidade com o marido e dois filhos. Ela conta que a chegada do Programa Água Doce em sua comunidade está sendo a concretização de um sonho. “É uma água muito limpa, maravilhosa, 100% tratada. E as águas que temos aqui das cisternas não são limpas, por conta das fezes e urina de animais, com gatos e lagartixa. Sempre foi meu sonho ter uma água de melhor qualidade. Ajuda muito, é de grande importância para todos nós”.

Conhecendo o PAD

O coordenador estadual do Programa em Sergipe, Vandesson Carvalho, expôs como funciona o sistema de dessalinização e tudo que ele pode proporcionar de benefício à comunidade. “Apresentamos o funcionamento do sistema de dessalinização e também construindo e debatendo um acordo de gestão compartilhada. A gestão vai envolver os governos Federal, Estadual e Municipal. Falamos das atribuições do gestor, do operador, para depois construir esse acordo. Não tem embasamento jurídico, mas é uma lei interna nossa que é usada em todos os estados, todas as comunidades têm esse acordo”, ressaltou. Ele informou que nas outras duas comunidades em que o PAD está sendo implantado ocorrerão as mesmas reuniões.

Secretária Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Poço Verde, Imperatriz Rosário, afirmou ser grata pela oportunidade de participar do início do Acordo de Gestão Compartilhada e Participativa. “É uma alegria termos mais um poço do Programa Água Doce funcionando em nosso município. A comunidade é muito carente de água e todos os programas voltados à água são de grande importância para a população. Receber a equipe da Coderse é uma grande satisfação para a comunidade ter ciência da importância desse programa, organizar toda distribuição de água para que seja feita de maneira coletiva. É um marco importante para a Secretaria de Agricultura e para Poço Verde”.

Secretaria de Agricultura leva sustentabilidade e qualidade de vida no campo para o ‘Sergipe é aqui’

Serviços incluíram abastecimento de água por poços, dessalinização de água potável, irrigação e meliponicultura

O município de Malhador, no agreste sergipano, foi contemplado pela 42ª edição do programa ‘Sergipe é aqui’, nesta sexta-feira, 21. Lá, no Perímetro Irrigado Jacarecica II, a ‘Terra do Inhame’, como o município é conhecido, é capaz de produzir muitas outras hortaliças, frutas, matriz energética e até mel. No evento, houve a exposição de equipamentos e colmeias de abelha, 14 irrigantes familiares receberam mangueiras de irrigação localizada e outros 112, sementes de milho do Governo do Estado. Na tenda da Agricultura, a população também teve acesso a serviços de perfuração e instalação de poços tubulares profundos, e aprendeu como funciona o Programa Água Doce.

Essas são atividades desenvolvidas pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A empresa tem um escritório em Malhador, de onde administra o Jacarecica II. O perímetro irrigado distribui água de sua barragem para manter produtivo, durante todo ano, 820 hectares, gerando renda para cerca de 600 famílias de Malhador, Areia Branca e Riachuelo. 

Prestação de contas com a sociedade
Em Sergipe, funcionam sete polos de irrigação por meio da Coderse, onde foram produzidas 600,8 mil toneladas de produtos agrícolas durante o ano de 2024. Seis são perímetros irrigados administrados diretamente pela companhia pública e onde 14 mil pessoas vivem da agricultura irrigada. Na área de infraestrutura hídrica a partir de poços, as ações da Coderse beneficiaram mais de 90 mil sergipanos no mesmo ano.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, reforça a importância do ‘Sergipe é aqui’ para a prestação de contas com a sociedade dos serviços executados pela empresa. “No ‘Sergipe é aqui’, atendemos a população com as demandas por perfuração e manutenção de poços e seus sistemas de abastecimento. Para os agricultores do Jacarecica II, foi possível trazer a sede da Coderse para Malhador, de portas abertas às carências e em um momento para sanar as dúvidas dos irrigantes. Mas também tem igual importância mostrar para o malhadorense que ele pode se orgulhar do Jacarecica II, onde a irrigação permite arranjos produtivos como o cultivo e o beneficiamento de macaxeira, batata-doce e amendoim, ainda na roça; a produção do mel, que vem da floração que ocorre nestes 820 hectares, e o abastecimento da indústria, com a cana e a acerola”, avaliou Paulo Sobral.

Meliponicultura 
A planta troca com as abelhas o seu néctar pelo serviço especializado desses animais, na distribuição do seu pólen para a fecundação das flores. O agricultor do Jacarecica II Eloi Francisco de Menezes teve a ideia de criar abelhas para que elas pudessem aproveitar de tudo que floresce no perímetro, durante todo ano, para produzir mel. Ele levou para o ‘Sergipe aqui’ a experiência, as próprias abelhas, os vários tipos de mel e os equipamentos, como forma de incentivar a meliponicultura entre a comunidade agrícola de Malhador como um meio de gerar renda e ajudar na produção das plantas.

“Estamos com uma caixa de vidro com a abelha europeia com ferrão, com uruçu e mandassaia. É com muita alegria, porque o povo está vendo e a gente está conscientizando para que as pessoas não matem as abelhas, para que preservem e chamem a gente para capturar. Uma experiência inédita. Eu fico satisfeito com a repercussão que está tendo e com a maravilha que é. E temos o mel ali para quem quiser provar”, comemorou Eloi Francisco.

Mangueiras de irrigação localizada
Distribuídas pela Coderse, as mangueiras de irrigação localizadas servem para a modernização da irrigação nos perímetros irrigados. O modelo é mais eficiente, econômico e se adequa às tecnologias de microaspersão, gotejamento e fertirrigação. De menor custo, as mangueiras permitem distribuir a irrigação por toda plantação, de forma fixa. Estima-se que era perdido 15% da água de irrigação com a conexão e desconexão dos antigos tubos rígidos e móveis ligados à aspersores convencionais, modelo usado no início dos perímetros irrigados sergipanos, na década de 1980.

“A produção inteira depende da irrigação, e com o sol que está fazendo, ela é fundamental. Tem que ter esse apoio para o agricultor. A gente fica focado na roça, e ter uma parceria que nos ajude, que fale: ‘nós estamos aqui para ajudar’, é excelente”, agradeceu Kelly Cristina Lopes Cardoso dos Santos, irrigante do Jacarecica II que recebeu 500 metros da mangueira multiuso. A ferramenta vai permitir que ela logo também use fertirrigação com os microaspersores.

Sementes do Futuro
Desde 19 de março, dia de São José, mais de 20 mil agricultores familiares de 60 municípios sergipanos passaram a ter acesso às 206 toneladas de sementes de milho selecionadas, via Programa Sementes do Futuro, do Governo do Estado. Por meio da Seagri e da Emdagro, foi realizada a escolha, fiscalização e aquisição das sementes, um investimento de R$ 3 milhões.

A Coderse, já em seu terceiro ano atuando no ‘Sementes do Futuro’, sempre fica encarregada de distribuir a sementes para a agricultura familiar dos perímetros irrigados. Só no Jacarecica II, são 164 produtores irrigantes recebendo dez quilos da semente da variedade potiguar. 

Gente como Clenildes dos Santos, que planta milho no Perímetro Irrigado Jacarecica II. “Vamos plantar agora, aproveitar a chuva e plantar. Usamos irrigação, plantamos duas vezes no ano. Ajuda muito, porque o milho é a base de tudo. Vou vender, comer e distribuir para família. A gente cozinha, assa, faz cuscuz, dá para os bichos, aproveitamos o máximo do milho”, listou Clenildes dos Santos.

Água Doce
Um modo de exemplificar como acontece o trabalho da Coderse em poços tubulares para captação de água subterrânea é o Programa Água Doce. No ‘Sergipe é aqui’ de Malhador, a empresa levou uma maquete que mostra como é um sistema de abastecimento de água dessalinizada para a população conhecer a tecnologia social. 

“No semiárido sergipano temos 29 unidades do programa implantadas e o Governo do Estado está construindo, por meio da Seagri e da Coderse, mais três. Ao mesmo tempo em que o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional veio a Sergipe no ano passado, para anunciar recursos para a construção de 11 novos sistemas de dessalinização em Sergipe”, completou o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral.

Produtor de Malhador promove a integração entre criação de abelhas e plantações com auxílio do Governo

Animais coletam matéria-prima de espécies da flora nativa e exótica, enquanto polinizam as plantas, incrementando produção

As abelhas são responsáveis pela polinização das plantas, promovendo a fecundação das flores para a produção de frutos. Em troca desta importante tarefa, elas coletam o néctar e o pólen para sua alimentação. Experiência exitosa de um produtor rural em Malhador, no agreste sergipano, fez a integração da produção de mel com a agricultura familiar irrigada e a silvicultura. Nos 344 lotes do perímetro irrigado do Governo do Estado, se produz o ano inteiro e isso aumenta o tempo de floração e a oferta de mel nas colmeias, por mais de nove meses.

No assentamento Marcelo Déda, já faz 13 anos que Eloi Francisco de Menezes é irrigante do Perímetro Irrigado Jacarecica II, administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Por meio da infraestrutura hídrica da empresa pública, o agricultor e seus vizinhos recebem água bruta para irrigar suas plantações.
 
O Senhor Eloi produz banana, milho, coco, cana, árvores nativas ou exóticas que oferecem néctar, pólen e outros elementos que as abelhas usam para produzir a própolis. Contando com essa rica flora — encontrada no seu e nos demais lotes do Jacarecica II — ele cria as abelhas das espécies uruçu, nativa do Brasil e sem ferrão; e as do gênero Apis, a africana e a europeia.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Coderse, Júlio Leite, os ramos escolhidos por Eloi Francisco, aumenta o potencial produtivo dos perímetros irrigados do Governo do Estado. “O senhor Eloi trabalha sozinho em seu lote, mas as suas abelhas, por si só, criam uma espécie de parceria com os lotes vizinhos, ao extrair sua matéria-prima das plantações e contribuírem com a polinização dessas mesmas plantas, favorecendo a produção. Ele aproveita esse potencial de todas as floradas da irrigação para produzir mel, iniciativa que deve ser incentivada entre os outros irrigantes, naquele e demais perímetros”, pontua. 

“Temos o mel original da uruçu, o nosso tem ótima qualidade. E outros são méis silvestres. Tem muitas plantas que as abelhas são responsáveis pela polinização aqui: milho, amendoim, acerola, todo tipo de plantação. O coqueiro é um grande fornecedor de pólen para as abelhas, para a composição da geleia real, que alimenta a rainha. O Jacarecica II é muito rico! Com a polinização das abelhas, não tem fruto xoxo nem ‘pêca’, é completinho. Quando o milharal está alto, as abelhas vão polinizando”, relata Eloi Francisco. Sua produção anual de mel varia entre 400 e 600 litros.

Silvicultor

As abelhas de Eloi Francisco interagem com as flores de todas as cultivares agrícolas exploradas nos lotes do Jacarecica II, da rica diversidade de espécies nativas encontradas nas reservas legais do assentamento — zona de transição entre os biomas da Mata Atlântica e da Caatinga — e de árvores exóticas plantadas pelo aqui silvicultor, que também é meliponicultor (criação de abelhas sem ferrão), apicultor e agricultor. São espécies como as dos gêneros Eucalyptus, Acacia e Moringa.  Ele conta que a produção comercial de mel, em geral, é feita contando, em média, com as floradas de três espécies de plantas.

“Temos mais de 50 espécies, produzindo o pólen e o néctar, produzindo o mel completo. As abelhas têm acesso a várias coisas diferentes, como jurema, que dá a ‘própolis verde’, e diversas outras plantas. Sou pioneiro em plantar árvores, aqui”, complementa Eloi Francisco, ao acrescentar que, em breve, quer ampliar o seu plantel de abelhas criando colmeias das espécies mandassaia e jataí.

Primavera mais longa

O produtor rural explica que as abelhas só coletam néctar para a produção de mel durante a primavera que, em um ambiente em que a produção agrícola se torna possível o ano inteiro, a partir da irrigação, a estação do ano se torna mais longa. “Isso vai do meio do mês de agosto até abril. Até abril a gente consegue tirar mel ainda. Durante a primavera, se a florada for boa, a gente tira entre três e quatro coletas de mel durante esse período. Depois, tem o período da entressafra, da escassez, que a florada é pouca. Mas chovendo e tudo, onde tiver amendoim, inhame, batata, acerola, tudo que der flor, elas vão em cima, retira o néctar, o pólen e poliniza”, conclui. 
 

Irrigantes retomam produção de batata-doce em perímetro estadual de Lagarto

Cinco perímetros irrigados estaduais produziram quase 19 mil toneladas da raiz em 2024

Agricultores irrigantes de Lagarto aumentam a cada ano a produção de batata-doce feita no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado no município do centro-sul sergipano. Em 2024, a alta foi de quase 30%, alcançando 648 toneladas da raiz. O perímetro é administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Este resultado mostra que os bataticultores superaram as dificuldades com pragas e doenças, as quais praticamente suspenderam a produção em 2019. Naquele ano, a incidência dos insetos pulgão e mosca branca transmitiam aos pés de batata-doce os vírus do Mosqueado Plumoso e Suave, que causam clorose irregular em forma de mosaico nas folhas. Isso provoca o atrofiamento da planta, que diminui o seu tamanho e o número de raízes. A assistência técnica oferecida pela Coderse reverteu a situação.

Segundo o técnico agrícola da Coderse, Marcos Emílio Almeida, a ocorrência da doença foi contornada de forma simples, apenas trocando as ‘sementes’. Como os produtores usavam as ramas dos pés de batata-doce colhidas na lavoura anterior, esta propagação passava o vírus de uma lavoura ou safra para outra. “Os produtores estavam com dificuldade de plantar por conta do material genético, muito propagado e com baixa produtividade. Conseguimos outro material genético e agora eles retornaram o plantio”, explicou.

O produtor irrigante Fabiano Martins planta batata-doce há cerca de oito anos. No fim do mês de fevereiro, ele tem um hectare plantado com da variedade roxa, divididos em três parcelas de idades diferentes. A mais próxima de colher tem 36 dias desde que foi plantada. O agricultor está confiante de ter bom rendimento e renda com essas três lavouras.

“A expectativa é que dê uma produção que nós consigamos vender, no mínimo, a R$ 2 o quilo. A gente costuma vender para atravessadores da região. Escolhemos a batata-doce roxa, porque ela colhe mais rápido que a ourinho branca, que não estava dando tão boa quanto o esperado. Muitos agricultores, como meu pai, plantaram a ourinho há uns anos e praticamente perderam por inteiro. A batata-roxa até para lavar é melhor, e tem boa aceitação”, pontuou.

Marcos Emílio relatou que a adubação de fundação, feita pelo produtor Fabiano Martins, ainda aproveitou os restos culturais de outras lavouras para baratear mais os custos. “A batata-doce não requer muito custo inicial para plantação, é mais resistente. Além disso, tem um mercado certo no município. Ele fez a plantação em covas, ficou mais espaçado, mas a produtividade mantém-se boa”, finalizou o técnico agrícola da Coderse.

Governo do Estado anuncia mais de R$ 20 milhões em investimentos para Arauá durante ‘Sergipe é aqui’

Na passagem do governo itinerante pelo município foram autorizadas obras de pavimentação, reforma do mercado municipal e da Praça da Matriz

A 42ª edição do ‘Sergipe é aqui’, realizada nesta quarta-feira, 26, levou ao município de Arauá cerca de 170 serviços da administração pública. Com o programa de governo itinerante, a cidade do sul sergipano tornou-se a capital do estado por um dia e o governador Fábio Mitidieri aproveitou a oportunidade para anunciar investimentos de mais de R$ 20 milhões em obras de infraestrutura.

O chefe do Executivo estadual destacou que mais da metade dos municípios sergipanos já foram contemplados com o ‘Sergipe é aqui’. “O programa de governo itinerante é um sucesso, com a média superior a 4 mil atendimentos por edição, o que demonstra que a população acredita no programa. E, hoje, oferecemos serviços importantíssimos para a população de Arauá, assim como autorizamos obras de calçamento e outras do Acelera Sergipe para a população de Arauá”, informou Fábio Mitidieri. 

Por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), o Estado implantará 3 dos 57 sistemas de abastecimento simplificado de água tratada que serão destinados aos diversos municípios do estado a partir do Novo PAC/Ministério das Cidades. Ao todo, a iniciativa destinará R$ 9.107.502,59 em recursos para Sergipe. 

“Estamos investindo mais de R$ 20 milhões aqui em Arauá. Além das obras já anunciadas, quero dizer à comunidade escolar que faremos a arquibancada da quadra, a cozinha e ampliação do Centro de Excelência Manoel Bonfim, a partir do segundo semestre, como pedido pelos alunos e servidores”, informou Mitidieri.

Segundo o prefeito Fábio Costa, a postura do governador à frente da gestão estadual é diferenciada. “Quando me encontrei com Fábio, logo após as eleições para o Governo do Estado, ele me disse: Fábio, a partir de janeiro, serei governador dos 75 municípios sergipanos. Ele já começou assim, sabendo que não tinha votado nele, e aquilo me mostrou como ele era. Agora o governador vem a Arauá e traz esses presentes e só temos a agradecer. Tenho certeza que esses sonhos de Arauá serão realidade, porque o governador pensa para frente”, ressaltou o gestor municipal. 

Sergipe é aqui
Coordenado pela Secretaria de Estado da Casa Civil (Secc), o ‘Sergipe é aqui’ já beneficiou mais de 180 mil pessoas. As ações, em Arauá, foram realizadas no entorno do Centro de Excelência Manoel Bonfim.

Próxima edição 
Ainda em Arauá, o governador assinou o Termo de Cooperação para a realização do ‘Sergipe é aqui’ no município de Malhador. A 43ª edição do programa está prevista para o dia 21 de março.

Agricultura Regenerativa quer dobrar produção irrigada de batata-doce sergipana

Lotes dos perímetros públicos que trabalham com agricultura irrigada vão implementar campos demonstrativos de ‘Agricultura Regenerativa’ na cultura da batata-doce. A iniciativa é resultado de cooperação técnica assinada esta semana pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, e a Gterra Consultoria Agropecuária e Ambiental,  com coparticipação da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro). A empresa de consultoria cooperada fornecerá os insumos necessários para aplicação da técnica e todo assessoramento ao produtor. A previsão é que a produtividade da raiz dobre, a partir do método que equilibra a nutrição do solo para proteger a saúde da planta.

Utilizando insumos biológicos, a Agricultura Regenerativa também tem como benefício a diminuição do uso de defensivos químicos, o que diminui os riscos à saúde do agricultor que lida com a plantação e de todas as pessoas que consomem os alimentos. Além de reduzir os danos ao Meio Ambiente a partir da contaminação do solo e água. 

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) também é coparticipante, com sua expertise em assistência técnica. A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) é o órgão ao qual as empresas públicas são vinculadas e coordena a parceria com a empresa privada.  “Não temos dúvidas de que essa integração entre nossas empresas públicas de assistência técnica com a Gterra consultora trará resultados importantes para ampliar a produção e produtividade da batata doce em Sergipe e consequentemente melhorar a renda para os produtores”, destaca o secretário da Agricultura, Zeca Ramos da Silva.

Para o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, a parceria vem em momento oportuno para os perímetros irrigados. “Nos lotes e propriedades em que nós entregamos água para irrigação e assistência técnica, a batata-doce é o alimento mais produzido, está presente nos cinco perímetros de vocação agrícola e em todo 2024, foram colhidas quase 19 mil toneladas da raiz. O importante desse projeto é  querer mostrar que é possível aumentar a produção, sem que seja necessário aumentar a área irrigada dedicada à batata. Algo que iria carecer de mais disponibilidade hídrica, sempre limitada em nosso estado”, frisa. 

Sergipe é o segundo maior produtor de batata-doce do Nordeste, conforme levantamento das safras de 2023, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram 67.049 toneladas colhidas naquele ano, só perdendo para o estado do Ceará (163.530). A produtividade, de 18 toneladas por hectare, é superior à média nacional (15), mas inferior a do Ceará (20,2). O engenheiro agrônomo Gilberto Bruno, gestor da Gterra, considera que, apesar de ser um produtor de batata-doce importante no Brasil, Sergipe tem baixa produtividade média por hectare. A ideia é aumentar, ao menos, dobrar a média produtiva no estado. 

“A partir de agora, vamos implantar quatro campos experimentais nos ferimentos irrigados da Coderse, para que possamos demonstrar aos produtores a Agricultura Regenerativa. Trazendo ganhos na segurança alimentar e no ganho de produtividade, refletindo no bem-estar dos irrigantes. O que se espera é que possamos demonstrar ao produtor, em dias de campo, em eventos demonstrativos, que é possível produzir utilizando uma menor quantidade de produtos químicos, defensivos químicos, aumentando a produtividade e trazendo qualidade ao produto”, conclui Gilberto Bruno.

Laticínio que processa leite da irrigação pública recebe registro estadual no último dia de Sealba Show

Perímetro Jabiberi produziu 2.389.493 litros de leite em 2024, 7% a mais que no ano anterior

Foto: Fernando Augusto / Ascom Coderse

Para incentivar a produção de leite a partir da irrigação pública, o Governo do Estado fez a entrega oficial de mais um registro do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), neste sábado, 8, último dia da Sealba Show 2025, feira do agronegócio que acontece, desde o dia 5, em Itabaiana, no agreste sergipano. 

O governador Fábio Mitidieri e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, entregaram o documento que autoriza a operação do laticínio que absorve o leite produzido pelos 76 produtores irrigantes do Perímetro Irrigado Jabiberi, mantido pelo Governo do Sergipe, em Tobias Barreto, no centro-sul do estado.

“A certificação pelo SIE é uma conquista significativa para as empresas do setor de produtos de origem animal em Sergipe. Com isso as empresas não apenas garantem a segurança alimentar dos consumidores, mas também fortalecem a credibilidade do setor como um todo”, destacou o secretário de de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva.

No Jabiberi, a vocação é pela pecuária. Os irrigantes usam a irrigação fornecida pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Seagri, para cultivar pastagens e outros materiais forrageiros que servem de ração às vacas leiteiras. O perímetro público de irrigação, em 2024,  produziu 2.389.493 litros de leite, o que corresponde a 7% a mais do que no ano anterior. No total, esses produtores geraram R$ 249 milhões em renda a partir da comercialização desta produção junto aos laticínios. 

Diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral confia que com o maior comprador desse leite registrado, a produção do perímetro ganhe um maior valor agregado, prevendo também um aumento de demanda.

“Não é só a irrigação para produzir o alimento das vacas de leite, mas no Jabiberi a gente fornece água para o gado beber, tão importante quanto. Basta dizer que a dessedentação animal é o principal motivador para o Governo do Estado estar construindo a ‘Adutora do Leite’, no alto sertão, onde está a maior bacia leiteira de Sergipe. A Coderse também fornece assistência técnica agrícola e isso se torna essencial para a produção da ração animal em Tobias Barreto, que faz parte da parte semiárida do estado”, considerou Paulo Sobral.

Indústria de laticínios
O Laticínio Serra do Canine tem capacidade operacional para processar seis mil litros de leite por dia, para produzir os queijos parmesão, meia cura, mussarela, coalho, coalho pré-cozido e a manteiga. Com o registro do SIE, esses produtos terão autorização do poder público para a venda em estabelecimentos comerciais. Para o proprietário, José Wilson Teixeira, os produtores irrigantes são também beneficiados por ter seu leite certificado por este serviço de inspeção.

“Alem disso, já há algum tempo os produtores vêm sendo acompanhados pelo veterinário, da própria indústria. Melhorou em muita coisa, antes a gente não tinha acesso ao supermercado para vender nosso produto e agora não, graças a Deus, com o SIE, em todo o estado de Sergipe a gente pode vender o produto, tranquilo”, comemora José Wilson.

O proprietário do Serra do Canine também relata a vantagem do laticínio operar dentro do Jabiberi. “A produção do perímetro irrigado é constante. Mesmo no tempo da época da seca, ela ajuda muito. Se você depender só da área de sequeiro, vai ter tempo que a fábrica pode parar. E no perímetro tem leite durante 365 dias ao ano. Maior garantia de tudo”, comemorou.

Serviço de Inspeção Estadual
O Serviço de Inspeção Estadual (SIE) é um setor da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) que executa serviços de inspeção de produtos de origem animal, com a finalidade de oferecer ao consumidor final um alimento com garantia de qualidade, além de permitir a comercialização destes produtos entre os diversos municípios Sergipanos. 

A empresa fiscaliza a atividade de inspeção em estabelecimentos de carnes, pescados, ovos, leite, produtos de abelhas e seus derivados, de armazenagem e de produtos não comestíveis. Realiza vistorias técnicas e emite laudos. Analisa projetos para construção de estabelecimentos e, em conjunto com outras instituições, realiza fiscalizações ao comércio varejista e atacadista de produtos de origem animal.

Primeiro ‘Sergipe é aqui’ de 2025 destaca potencial agrícola de Neópolis

Na tenda da Seagri, empresas vinculadas levaram informações e realizaram atendimentos aos agricultores familiares
Governador Fábio Mitidieri recebeu frutas produzidas pelos concessionários do Platô de Neópolis . Foto: Fernando Augusto (Ascom/Coderse)

O programa de governo itinerante ‘Sergipe é aqui’ chegou nesta quinta-feira, 23, a Neópolis, na região do baixo São Francisco, para realizar sua 38ª edição. Conhecida como a “Capital Sergipana do Frevo”, a cidade também se destaca pelo grande potencial agrícola e por abrigar o Distrito de Irrigação Platô, uma estrutura física pública que compõe o patrimônio do Governo do Estado. Neste dia de atendimentos e serviços administrativos e sociais voltados à população local, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) mais uma vez esteve presente, com suas empresas vinculadas (Coderse, Emdagro e Pronese) levando informações e realizando atendimentos público aos agricultores familiares.

Coderse em Neópolis
Durante o ‘Sergipe é aqui’, a Coderse fez uma exposição de itens produzidos no Platô de Neópolis. A área, que fica a 9 quilômetros da sede do município, é dividida em 41 lotes e ocupada por 40 empresários agrícolas (concessionários). A estrutura é administrada pela Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis (Ascondir), que possui concessão pública para cultivar a terra e operar o sistema.

Patrimônio da Coderse e administrado pelos seus concessionários, o Platô de Neópolis produziu quase 160 mil toneladas de frutas, mais de 51 milhões de cocos e 1.900.000 m² de grama ornamental e esportiva durante o ano de 2024. Os 41 lotes, sob cessão gerida pela companhia do Governo do Estado, geram 3.500 empregos diretos.

A Coderse expôs ainda a maquete de uma Unidade de Produção de Água Dessalinizada do Programa Água Doce. Técnicos da companhia estiveram no local prestando informações sobre a locação, perfuração, limpeza e teste de vazão em poços comunitários, além de informar sobre a instalação, manutenção e recuperação de sistemas simplificados de abastecimento de água.

Em 2024, a Coderse perfurou e fez limpeza com teste de vazão em novo poço para atender às cerca de 130 pessoas que vivem no Assentamento 1º de Maio, com a produção de 1.127 litros de água por hora e investimentos de R$ 67.023,75, com recursos dos governos Federal e Estadual.

Governo do Estado investiu em ações de desenvolvimento rural e inclusão produtiva em 2024

Além da ampliação das ações de fomento que fortalecem as principais atividades produtivas, o Governo de Sergipe iniciou, em 2024, projetos estruturantes como a adutora do leite e o Projeto Sertão Vivo

Vista roteiro do Projeto estruturante Adutora do Leite / Foto: Vieira Neto

O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), encerra 2024 com um balanço positivo das ações voltadas ao desenvolvimento rural e à inclusão produtiva. Durante o ano, foram realizadas iniciativas estratégicas que impulsionaram a produção rural sergipana, com ações como transferência de tecnologias, certificação de agroindústrias, acesso à terra, segurança hídrica, entrega de insumos e transferência de renda para agricultores afetados por perdas de safra, fortalecendo a agricultura familiar e a qualidade de vida no campo.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, além da ampliação das ações de fomento que fortalecem as atividades produtivas, como, por exemplo, abastecimento de água para a produção, inseminação artificial, distribuição de sementes e regularização fundiária, o Governo de Sergipe iniciou, em 2024, projetos estruturantes que criam condições de uma área rural sergipana cada vez mais desenvolvida e inclusiva.

“Os projetos estruturantes como a Adutora do Leite com investimentos previstos em R$ 250 milhões, em fase de elaboração de projeto, e Sertão Vivo com investimentos de 150 milhões, já com início da aplicação no primeiro semestre de 2025, são iniciativas que criam um círculo virtuoso para o futuro do desenvolvimento rural sergipano. Nos últimos dois anos estamos vivenciando um cenário favorável para a agropecuária em nosso estado. A instalação de empresas de insumos e máquinas; a presença de agentes financeiros oferecendo mais crédito; e a intensificação da motomecanização e demais tecnologias de automação agrícola, são exemplos disso”, avaliou o secretário.

Ainda de acordo com o secretário Zeca da Silva, todos os incentivos viabilizados pela gestão do governador Fábio Mitidieri, por meio do que ele chama de ‘sistema Seagri’, têm contribuído para favorecer a produção agropecuária estadual. São políticas públicas que envolvem a estrutura de fomento ao produtor rural, de assistência técnica e extensão rural da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese).

Agricultura irrigada
São beneficiadas diariamente 14 mil pessoas, com água bruta para irrigação, fornecida pelo Governo de Sergipe, por meio da Coderse, em 1.826 unidades produtivas rurais, em sete municípios sergipanos. São mais de 50 culturas agrícolas exploradas, com destaque para as altas na produção do maracujá, com 184 toneladas e 162% a mais do que o ano anterior; e o feijão-de-corda, que superou a expectativa para o ano e gerou mais de mil toneladas do alimento, com 35% de aumento em relação ao ano anterior. No total, os seis perímetros movimentaram R$ 249 milhões em 2024, um aumento de R$ 37 milhões em relação a 2023.

Participação nas expofeiras
O Governo de Sergipe participou como patrocinador de diversas feiras agropecuárias, de agroecologia e da agricultura familiar. Para a Secretaria de Estado da Agricultura, essas feiras servem para a divulgação de pesquisas, transferências tecnológicas e facilitação de acesso a créditos e aquisição de novidades em máquinas, equipamentos, insumos, sementes, tecnologias, agroquímicos e técnicas de manejo.  

“Um grande sinal de que Sergipe é bom para a agropecuária é o sucesso do Sealba Show, a maior vitrine da agropecuária regional, que na terceira edição, realizada agora em 2024, movimentou mais de R$ 300 milhões, com participação de mais de 175 marcas do agronegócio”, disse o secretário da Agricultura Zeca da Silva. Além da Sealba, ele relatou, entre as feiras apoiadas pelo Estado, a Festa Amigos do Leite, em Poço Redondo, a Expo Glória, no Município de Nossa Senhora da Glória e a Feira Sergipana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, realizada em Aracaju.

Fonte: Agência Sergipe e Notícias

Produção agrícola cresce 11% nos perímetros irrigados administrados pelo Governo de Sergipe

Os seis perímetros movimentaram R$ 249 milhões em 2024, um aumento de R$ 37 milhões em relação a 2023

Sergipe, estado com forte vocação agrícola, tem colhido resultados expressivos graças aos investimentos do Governo do Estado na modernização e gestão dos perímetros irrigados. Em 2024, a produção nos seis perímetros administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), alcançou 122.086 toneladas, um crescimento de 11% em relação ao ano anterior. Esse desempenho reforça a importância da irrigação no fortalecimento da agricultura familiar e no desenvolvimento regional.

Atualmente, Sergipe conta com seis perímetros irrigados públicos: Califórnia, em Canindé de São Francisco; Jabiberi, em Tobias Barreto; Jacarecica I, em Itabaiana; Jacarecica II, abrangendo Malhador, Itabaiana e Riachuelo; Piauí, em Lagarto; e Poção da Ribeira, entre Areia Branca e Itabaiana. Juntos, eles movimentaram R$ 249 milhões em 2024, um aumento de R$ 37 milhões em relação a 2023.

O Perímetro Jabiberi, em Tobias Barreto, por exemplo, destacou-se pela produção de 2.389.493 litros de leite, convertidos em 272 toneladas de derivados, um salto considerável comparado às 160 toneladas registradas em 2023.

Já no Perímetro Jacarecica I, localizado em Itabaiana, no agreste central, exemplifica o impacto dos investimentos em infraestrutura e gestão. Situado a 65 km de Aracaju, o perímetro abrange 398 hectares, sendo 248 hectares de área líquida irrigável. Ele é abastecido por uma barragem de pedra e concreto com capacidade para acumular 4.700.000 m³ de água. A água escoa por gravidade até uma estação de bombeamento, que distribui até 1.190 m³/h por meio de 20 km de tubulação.

Nos 124 lotes ativos do Jacarecica I, aproximadamente 1.200 pessoas trabalham direta ou indiretamente na produção. A batata-doce é o carro-chefe, seguida por amendoim e quiabo, além de hortaliças como coentro, alface e pepino. Com a modernização do sistema de irrigação, substituindo a aspersão convencional pela microaspersão, os agricultores notaram melhorias significativas.

De acordo com o gerente do perímetro, Oswaldo Nunes da Cruz, o novo sistema reduz o desperdício de água e energia, aumentando a eficiência e a produtividade. “Com a microaspersão, o produtor economiza tempo e recursos, além de garantir colheitas mais estáveis. É um avanço que facilita o trabalho e melhora os resultados”, destacou.

A irrigação permite que a produção ocorra durante todo o ano, inclusive no verão e em períodos de seca. José Carlos Santos Nascimento, produtor do Jacarecica I, cultiva batata-doce, amendoim, quiabo e coentro com a ajuda de sua família. Ele atribui o sucesso ao sistema de irrigação. “Sem essa infraestrutura, só poderíamos plantar no período de chuvas, que dura cerca de três meses. Hoje, conseguimos produzir o ano inteiro”, afirmou.

José Carlos também destacou o impacto econômico da agricultura familiar. “Produzimos alimentos saudáveis, geramos empregos e movimentamos a economia local. É fundamental para a região”, disse. Ele estima que sua produção cresceu 30% em 2024, com grande parte sendo vendida para atravessadores que distribuem os produtos em estados como São Paulo, Ceará e Alagoas.

Diversidade de culturas

Os perímetros irrigados em Sergipe abrangem uma ampla variedade de culturas, incluindo batata-doce, amendoim, milho, quiabo, hortaliças e frutas como melancia, goiaba e acerola. Segundo o técnico agrícola Simeão Santana, 14 culturas principais são produzidas no Jacarecica I, com destaque para batata-doce (22 toneladas por hectare), quiabo (9 toneladas por hectare) e amendoim (4,5 toneladas por hectare) em média.

O produtor do perímetro Jacarecica I Evanilson dos Santos Menezes, 45 anos, que herdou a propriedade do pai há dez anos, destacou o crescimento da produção. “Produzimos amendoim, batata-doce, milho, maxixe e quiabo. Este ano, aumentei a produção em 30%. O perímetro irrigado é uma riqueza, emprega muita gente e ajuda a movimentar a economia local”, declarou.

No lote de 2,3 hectares, Evanilson emprega dezenas de trabalhadores rurais na época do plantio e da colheita. Adeilma dos Santos é uma delas. Agricultora há 32 anos, ela reforçou o papel da agricultura para sua família. “Trabalhamos com batata-doce, quiabo e pimenta. É uma bênção de Deus, porque traz o pão para nossa mesa. O perímetro irrigado garante sempre uma colheita boa, e isso é fundamental para a nossa renda”, disse.

A produção é majoritariamente comercializada em Sergipe, com cerca de 70% destinada a Aracaju. O restante abastece feiras livres locais e mercados de estados vizinhos, como a Bahia. Para o técnico agrícola da Coderse, o suporte técnico e os avanços tecnológicos são fundamentais para o crescimento sustentável. “A agricultura aqui não só garante a segurança alimentar como gera emprego e renda, fortalecendo a economia local e estadual”, afirmou.

Perímetros irrigados

De acordo com a equipe técnica da Coderse, os investimentos do Governo de Sergipe, como o fornecimento de água de irrigação e a assistência técnica gratuita, têm impulsionado o desenvolvimento sustentável nos perímetros irrigados. Com mais de 50 tipos de produtos agrícolas cultivados, o modelo é um exemplo de eficiência e competitividade no mercado nacional.

Para a companhia, além de garantir a regularidade da produção, mesmo em períodos de estiagem, os perímetros promovem a fixação de famílias no campo e contribuem para a segurança alimentar. Os resultados de 2024 reforçam que, com investimentos estratégicos, a agricultura de Sergipe continuará a prosperar nos próximos anos.

Última atualização: 27 de fevereiro de 2025 10:03.

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