Governo do Estado apresenta o PAS aos irrigantes através da Cohidro

Reunião reuniu agricultores, técnicos e diretores da Empresa

Representantes das associações de produtores rurais irrigantes, dos perímetros irrigados João Alves Filho (Poção da Ribeira) e Jacarecica I, administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Itabaiana e Areia Branca, foram recebidos na sede da Empresa, no último dia 11, por diretores, técnicos e o Secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal.

A pauta principal da reunião foi apresentar, aos agricultores, a ação de irrigação localizada a ser executada nos dois pólos de irrigação, com respaldo do Programa Águas de Sergipe (PAS), assim como expor os principais investimentos que os recursos, totalizando R$ 12 milhões financiados pelo Banco Mundial, trarão em suas atividades produtivas.

A Instituição Financeira, através da subsidiária Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) disponibilizou, ao Governo do Estado, o empréstimo de US$ 70,275 milhões, com a finalidade de recuperação e conservação da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe (BHRS). Nela estão inseridos os dois perímetros irrigados, além do Jacarecica II, que abrange os municípios de Malhador, Riachuelo e Areia Branca. Neste, estão inseridos no projeto, ações de recuperação das matas ciliares de sua barragem. Mas no Jacarecica I e Ribeira, além desses cuidados, o PAS vai promover a substituição de todo sistema de irrigação para microaspersão automatizada, em todos os 592 lotes.

O Engenheiro Agrônomo e mestre em Irrigação e Drenagem da Cohidro, Luiz Gonzaga Luna Reis, expôs seu estudo feito na área, que apresenta excesso no uso de água na irrigação e até o risco de desabastecimento, se não ocorrer uma total transformação no sistema. “O solo encharcado lava e tira os nutrientes do solo, inclusive a adubação posta pelo agricultor, além disso, favorece a salinização. Em cortes que fiz, encontrei água até a um metro de profundidade, o que não é necessário para o cultivo o que comprova o uso abusivo”, informou. Ele calcula que uma lâmina correspondente a um terço da água na barragem esteja espalhada no subsolo da área total dos perímetros. Sendo este montante “alimentado” todos os dias, através do excesso de irrigação, o dado corresponde a um desperdiço hídrico diário.

O especialista expôs que hoje, com o uso da aspersão convencional, o consumo mensal de água no Perímetro da Ribeira é de 3.200 metros cúbicos por hectare. “Com a implantação da Irrigação Localizada (Sistema de Microasperssão), esse consumo diminui para 1.200, o que é totalmente justificável a troca do sistema de irrigação, vindo também a permitir que a irrigação seja efetuada de forma 100% automatizada. Todo processo vai promover uma folga de vazão nos sistemas de bombeamento, da ordem de 44,35% na Ribeira, e de 27,71% em Jacarecica I”, conta Luiz Gonzaga. Mas o agrônomo falou que as transformações não param somente na troca dos aspersores.

“Não só os aspersores, como também toda tubulação, mangueiras, registros, filtros, injetores de fertilizantes, válvulas nos lotes, como também dos sistemas de bombeamento, serão fornecidos pela Cohidro no Programa. Equipamento novo, moderno e de primeira linha, que ainda incluiu o sistema automatizado que fará a gestão da água para até oito setores de irrigação diferentes, irrigando um de cada vez e sem sobrecarregar o sistema”, completou Luiz Gonzaga, lembrando que com a vazão reduzida em cada lote, os que são atendidos no final das adutoras terão o fornecimento regularizado.

Irrigação noturna

A preocupação com a economia, por parte dos especialistas que elaboraram o projeto do PAS, não se limitou somente à racionalização do uso da água para irrigação, explicou o Diretor de Irrigação da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto. “O projeto inclui também a mudança no horário de bombeamento e irrigação, que passará a ser noturno, das 21h às 6h, somando nove horas de irrigação, justamente no período de tarifação reduzida da energia elétrica, utilizada no bombeamento”, colocou.

Para o Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, o plano prevê o uso racional de todos os recursos: naturais, energéticos e financeiros. “Vai se pagar o equivalente a 10% ou 15% do que se paga hoje. O menor gasto com a eletricidade vai contribuir com a redução do maior custo que o Governo do Estado tem com estes dois perímetros. Diante da atual conjuntura, de cortes de gastos em todos os níveis do poder executivo, nós estaremos assim contribuindo bastante com Sergipe”, justificou.

Mas olhando além do atual panorama da economia, que nacionalmente enfrenta situação corte de despesas públicas, Mardoqueu projeta, na iniciativa do PAS, o desenvolvimento para o futuro. “Isso é economia não só para a Estado, é para o contribuinte, que verá o dinheiro da Estatal investido em outros setores, como a própria ampliação da capacidade de irrigar, que é um dos aspectos previstos também no Programa. Se todos vão usar menos água e se ela não for fazer falta nas outras prioridades que tem a barragem, poderemos sim ampliar o número de famílias com acesso à um ponto de água para irrigação”, concluiu o presidente da Cohidro.

A parte dos irrigantes

A Diretoria de Irrigação, através da Coordenação do PAS, informou que nenhum agricultor irrigante vai ser forçado a aceitar as modificações sem antes ser ouvido em reuniões, a serem realizadas entre o final de agosto e início de setembro, na Ribeira e Jacarecica I. Ocasião em que poderão sugerir ou contestar qualquer ponto proposto. Depois dos detalhes discutidos, todos vão assinar um documento, firmando o compromisso em atender as orientações e deveres estipulados neste acordo. O ente financiador, no caso o BIRD, só liberará os recursos sob esta condição.

Janiel Domingos Santos é presidente da Associação dos Produtores Rurais do Povoado Mangabeira e presidente do Conselho de Desenvolvimento Social (CMDS) de Itabaiana. Ele posicionou-se a favor das mudanças e considera que a maioria dos irrigantes do Perímetro Irrigado da Ribeira, como ele, concordam que deva existir um controle no consumo de água, inclusive punindo aqueles que adulterarem os mecanismos de limitação, para ter acesso a mais água que os demais.

“Eu acho ótimo e isso pode resolver todos os problemas que existem hoje no Perímetro. A Cohidro precisa arranjar meios de proibir os abusos, que acabam prejudicando muito os agricultores que estão no fim de linha, onde a água demora e chega pouca. Lá 80% hoje pensa assim, só mesmo quem faz a coisa do modo errado, que prejudica os demais para ter mais água, é que vai ser contra”, enfatizou o agricultor Janiel, que produz em seu lote uma grande variedade de hortaliças.

Para o Secretário Esmeraldo Leal, ao mesmo tempo em que a Cohidro discute a sua própria reestruturação, para melhor cumprir sua obrigação, está preocupada com a melhoria da oferta da água nos perímetros irrigados que, para ele, contribuem muito com a economia do Estado na produção de alimentos e na economia. Mas o que ele considera mais importante é o fato dos beneficiários destes pólos agrícolas, os produtores, se mostrarem receptivos às mudanças e estão participando deste processo de modernização, em que o Governo está investindo.

“Os próprios beneficiários também se deram conta que eles têm que assumir um papel cada vez mais protagonista, de sujeito de fato, não só de beneficiário passivo, como alguém que recebe um favor do Estado, mas de alguém que ajuda a pensar todo perímetro e deve contribuir também, para que isso seja um financiamento mútuo.Até porque o Estado está fazendo um investimento muito grande, em tecnologia, justamente privilegiando este publico em especial. Toda sociedade ganha com o uso racional de água, que é importante pro planeta, não só para o Estado”, completa Esmeraldo.

O engenheiro Agrônomo da Cohidro, Antônio Paulo Feitosa, encerrou a reunião expondo, aos agricultores presentes, um estudo dos custos de uma possível taxação do fornecimento de água para irrigação. “Sanados todos os problemas que comprometem hoje a eficiência dos perímetros, a partir desta modernização e automação de todo sistema, o Governo do Estado imbuiu à Cohidro de averiguar uma forma de, ao menos, dividir este custo com a energia elétrica com o produtor. Custo que será bem menor do que é pago hoje, por operar em horário reduzido e rateado com todos os irrigantes, o valor total vai se tornar então bastante acessível”, finalizou.

Seidh doa 10 barracas para feira de irrigantes orgânicos pela Cohidro

Barracas matálicas servirão para a venda de produtos orgânicos no Mercado Municipal de Canindé

Quinta-feira, 20, os agricultores irrigantes da Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5), receberam 10 barracas padronizadas, enviadas pela Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh). Constituem a da Bio5, agricultores orgânicos instalados no Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), sendo que a entrega se deu na sede da unidade da Empresa, em Canindé de São Francisco.

Desta forma, serão mais 10 agricultores orgânicos participando de uma Feira da Agricultura Familiar (FAF), desta vez em Canindé. Estes eventos são organizados pela Seidh em diversas cidades do interior de Sergipe, mas até o momento, as únicas com base agroecológica, eram as realizadas quinzenalmente, na capital Aracaju. Mas a partir de agora e devido ao nível organizacional que se encontra a Bio5, a turística cidade do Alto Sertão também vai contar com um ponto de venda, que privilegie a comercialização de alimentos produzidos livre do uso de agrotóxicos.

Tal benefício concedido a estes agricultores se fez possível depois deles receberem uma visita da Secretária de Estado Marta Leão, no último dia 11. A titular da Seidh fez questão de ver de perto o trabalho que estava sendo feito pela Bio5 de Canindé. Para ela, é um compromisso do Governo do Estado, promover ações que privilegiem a produção orgânica, que exige do agricultor mais dedicação do que nos cultivos tradicionalmente feitos com defensivos industriais.

“Esses agricultores enfrentam muitas dificuldades na concorrência com os alimentos produzidos de forma tradicional. Então, o Governo de Sergipe estende as duas mãos a estes produtores, oferecendo capacitações, orientações técnicas e abrindo editais, como o que possibilitou a aquisição de um caminhão baú refrigerado pela Associação de Agricultores Orgânicos do Agreste (Aspoagre)”, colocou a secretária Marta Leão, em referência ao veículo adquirido com recursos Estaduais e do BNDES.

Já o Presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, agradeceu a ajuda bem-vinda à agricultura orgânica de Canindé, em nome dos irrigantes beneficiados. “A Seidh é parceira nossa de longa data, seja através do espaço que oferece aos nossos agricultores, nas FAFs em todo Estado. Ou através de outras iniciativas, como o Programa de Recuperação de Pequenas Barragens, onde juntas, Seidh e Seagri (Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca), através de nossa Companhia, já reformaram 1.865 aguadas destinadas à dessedentação dos rebanhos, sendo 15 delas comunitárias e de médio porte”, confirmou.

A Bio5

Fundada há cerca de dois anos, sob tutela da Cohidro e acompanhada de perto pelo Técnico Agrícola da Empresa, Tito Reis, a Bio5 integra 20 agrofamílias, sendo que seis delas formam uma Organização de Controle Social (OCS), que depois de ser registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), teve a autorização federal para a venda direta de produtos agrícolas sob a titulação de orgânicos.

“Assim, com estas novas barracas e agora integrando uma nova FAF, estes agricultores pleiteiam aumentar o número de produtores agroecológicos e querem ocupar um espaço no Mercado Municipal de Canindé, que a Prefeitura acenou estar disposta a conceder”, informou o Técnico Tito.

Segundo a presidente da Bio5, Rosângela Oliveira Andrade, existem poucas restrições para que os agricultores, irrigantes no Perímetro Califórnia, possa fazer parte da Associação, mas elas precisam ser levadas à risca. “Hoje a única restrição que fazemos é de que não aceitamos o trabalho individual, pois o grupo trabalha com a Agricultura Familiar, então é necessário que esta família esteja interessada em praticar a agricultura orgânica”, expôs.

Edmilson Cordeiro, Gerente do Califórnia, apóia as iniciativas dos agricultores em se organizar dentro do pólo de irrigação da Cohidro. “Se há disposição dos membros do grupo em trabalharem juntos, contem com nosso apoio para se organizarem. Hoje temos o trabalho desses produtores que souberam se organizar e estão de parabéns, mas quero deixar claro que isso não é algo exclusivo para eles e estamos aqui, de portas abertas, para todas as entidades que existem dentro do Perímetro ou que venham a ser formadas.”, informou.

Convite: Seminário avalia pesquisas agropecuárias voltadas para Políticas Públicas

Pesquisas que resultaram da parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri/SE) e a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica de Sergipe (Fapitec/SE) serão apresentadas no Seminário de Avaliação do Programa de Pesquisa em Políticas Públicas que acontecerá no dia 20 de agosto no auditório da Sociedade SEMEAR, bairro São José.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Pesquisa Agropecuária e de Análise de Políticas Públicas do Desenvolvimento Rural (NAP) da Seagri, Neuzice Andrade, o objetivo do seminário é avaliar os resultados dos projetos de pesquisas dos NAPs de todas as secretarias realizados em parceria com a Fapitec/SE.

Ela explica que “o Programa de Políticas Públicas visa realizar pesquisas que venham contribuir para análise, formulação e implementação de políticas públicas que atendam às demandas sociais e institucionais das secretarias do estado de Sergipe”.

A coordenadora do NAP da Seagri detalha que são seis as pesquisas realizadas por meio da Secretaria de Agricultura que serão apresentadas no seminário: Controle do ácaro-da-ferrugem com o fungo Hirsutella Thompsonil em pomares citrícolas de Sergipe – coordenada por Adenir Vieira Teodoro; Clonagem de acesso de mangabeira por enxertia – coordenada por Ana Veruska da Silva; Constituição de sistemas de integração lavoura/pecuária/floresta para as condições de Sergipe – coordenada por Evandro Neves Muniz; Proposta para a constituição de diagnóstico dos assentamentos rurais no estado de Sergipe – coordenado por José Eloizio da Costa; Controle biológico do mal-do-pé da batata-doce por bactérias antagonistas de isolamento comum e raro – coordenada por Marcelo Ferreira Fernandes; Controle de carrapatos mediante uso de manipueira – coordenada por Tânia Valeska Medeiros Dantas Simões.

O programa é fruto da parceria entre a Fapitec/SE e as secretarias de Estado: Secretaria de Estado da Saúde (SES), Secretaria do Estado da Educação (SEED), do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (SEDETEC), Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento (SEAGRI), Secretaria de Estado do Meio ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) e Secretaria de Estado de Infraestrutura e do Desenvolvimento Urbano (SEINFRA).

Na programação, os pesquisadores de diversas áreas apresentarão resultados de pesquisas. A abertura oficial do evento acontecerá às 8h e logo em seguida, a partir das 8h30 acontecerão as apresentações dos projetos.

Serviço:
O que: Seminário de Avaliação do Programa de Pesquisa em Políticas Públicas.
Quando: Dia 20 de agosto, das 8h30 às 12h30.
Onde: Auditório da Sociedade SEMEAR, bairro São José.

Fonte: Ascom/Seagri

Dia do Agricultor: Governo fortalece economia com incentivos ao pequeno produtor

28 de julho, Dia do Agricultor

Responsáveis por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos sergipanos, os produtores rurais comemoram o dia do Agricultor, nesta terça, 28, com produção recorde e de qualidade. Para fomentar a atividade, o Governo do Estado, em parceria como Governo Federal, distribuiu 1.557 toneladas de sementes, 80 mil horas de trator entre 2014 e 2015, beneficiando 131.910 famílias.

Agricultura familiar é responsável por 70% dos produtos consumidos pelos sergipanos / Fotos: Arquivo/ASN

Um investimento de R$ 15.931771,50. Os investimentos auxiliam na garantia da segurança alimentar e fortalece a economia do estado.

Junto ao pequeno produtor, o Governo do Estado atua ainda na assistência técnica, através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Companhia de Desenvolvimento e Irrigação de Sergipe (Cohidro), órgãos lidados à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

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Projeto de irrigação Manoel Dionísio é apresentado para prefeitos e movimentos sociais

Secretário, prefeitos, diretores, técnicos e lideranças rurais. Foto: Ascom/Seagri

O Projeto de Irrigação Manoel Dionísio Cruz, que prevê a construção de 100 km de adutoras com capacidade para atender cinco mil agricultores familiares, foi apresentado nesta quarta-feira, 22 de julho, em evento realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

O Evento aconteceu na sala de convenções do Hotel Águas do Velho Chico, município de Canindé de São Francisco e contou com a presença do prefeito local, Heleno Silva e do prefeito de Poço Redondo, Roberto Araújo, além de vereadores, representantes dos movimentos sociais, colônias de agricultores, técnicos e diretores da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal falou da alegria de apresentar aquele estudo contratado pelo Governo de Sergipe e do significado da apresentação pública. “Não basta o governo contratar a elaboração de um projeto tão grandioso como este e fazer apenas uma discussão técnica de gabinete. Então promovemos uma mobilização com autoridades locais e movimentos sociais, com o sentimento de que esse não é apenas um desejo do governo, mas de toda a sociedade. Sabemos da luta e do compromisso do povo do sertão com este projeto e acredito em sua conquista”, destacou Esmeraldo.

O prefeito de Canindé, Heleno Silva, disse está muito esperançoso com mais um projeto de irrigação para a região. Ele explicou que “a irrigação muda o cenário da produção para melhor. Isso significa emprego, renda e melhoria da qualidade de vida para nosso povo. Quero parabenizar o Governo do Estado por dá mais um passo nesse projeto que é suma importância para nossa região”.

Roberto Araújo, prefeito de Poço Redondo, lembrou-se dos momentos de luta na área da antiga fazenda Quixabeira, local onde hoje estão as colônias de agricultores que serão contemplados com a irrigação. “Esse projeto é um sonho para nós. A partir dele, pode nasce futuros projetos que vão contemplar outros municípios da região”, disse o prefeito. Ele elogiou a bela homenagem de se colocar o nome de Manoel Dionísio Cruz no projeto que vai beneficiar agricultores familiares, visto que ele foi um grande defensor das causas populares.

Apresentação do Projeto
A apresentação do Projeto técnico de irrigação foi feito pelo engenheiro agrônomo da Empresa de Engenharia Projetec, Jailton Carvalho Sá. Participaram também da mesa técnica de apresentação o engenheiro agrônomo da Seagri, Claudio Menezes Lima, e o engenheiro agrônomo da Cohidro, Paulo Feitosa.

Pelos dados apresentados, o Projeto de Irrigação Manoel Dionísio está localizado no município de Canindé de São Francisco e sua execução exigirá um aporte de R$ 125 milhões. “A previsão é atender 1.156 famílias que desenvolverão atividades produtivas em lotes de cinco hectares voltados para fruticultura irrigada e lotes de 20 a 25 hectares para pecuária leiteira. Ao todo serão beneficiados 2.300 hectares irrigados com captação de água do Rio São Francisco”, explica Jailton Carvalho.

Na apresentação do estudo, o técnico da Projetec garante que o projeto é extremamente viável. “As atividades produtivas são a fruticultura irrigada e a pecuária leiteira sustentável. Os lotes da fruticultura receberão tecnologias modernas de irrigação e serão voltados principalmente para as culturas da goiaba, abacaxi, milho verde e abóbora”, destaca o técnico.

Segundo o engenheiro da Seagri, Cláudio Lima o estudo levou em consideração todos os assentamentos do INCRA e as Colônias já existentes na área do Projeto. Disse que “o projeto sai de uma característica empresária para atender ao pequeno agricultor familiar, gerando renda e melhoria da qualidade de vida”.

Já o técnico da Cohidro, Empresa que atua como colaboradora técnica no projeto, citou sua ida à Brasília, no dia 14 de maio, onde participou da reunião na Secretaria Nacional de Irrigação, do Ministério da Integração Nacional (MI), que viabilizou verba orçamentária de R$ 125 milhões para a construção do pólo de irrigação. “O Manoel Dionísio foi projetado para bombear água da Represa da Hidroelétrica de Xingó, mas muda a forma de abastecimento quando estiver pronto o Canal de Xingó, que pretende trazer água da Bahia até Nossa Senhora da Glória, passando por Poço Redondo, Porto da Folha e Monte Alegre”, relatou Paulo Feitosa.

Para o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, o Perímetro Manoel Dionísio vai aumentar a área atendida pela irrigação pública no Alto Sertão. “Além do Califórnia, administrado pela Cohidro e do Jacaré-Curituba, da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba), este novo perímetro amplia o acesso a uma agricultura familiar suprida pela irrigação. Com isso, serão mais de 6,5 mil hectares de terra em plena produção de alimentos, com o advento da água do Rio São Francisco, em Canindé e Poço Redondo”, concluiu.

Um dos que falou após a apresentação técnica foi Carlos Fontenelle, naquela oportunidade representando o mandato popular do deputado João Daniel. Ele fez uma retrospectiva dizendo que “esse projeto tem origem em 2004 e envolve a luta dos trabalhadores. Na concepção original, o projeto era para os empresários. Depois de muita luta, os trabalhadores conquistaram uma negociação e ficou definido que 80% dos lotes ficaria para os trabalhadores e 20% para os empresários. Hoje o projeto está voltado totalmente para a Agricultura Familiar. Portanto, não está caindo do céu, tem uma participação e mobilização forte dos trabalhadores, principalmente do Movimento Sem Terra (MST)”, detalhou.

O representante da Fetase, José Júlio, avalia o projeto como de grande importância para os irrigantes, para a região e para o Estado. Ele destacou a luta do MST como principal movimento que batalhou pela conquista do projeto e comentou da felicidade de ter o nome de Manoel Dionísio imortalizado nesse empreendimento.

Já o líder nacional do MST, Gileno Damasceno, disse que esse diálogo promovido pela Seagri é importante para se construir uma proposta que atenda verdadeiramente aos agricultores. Segundo ele, o projeto precisa apenas de alguns ajustes, mas que contempla as propostas do Movimento.

Fonte: Assessoria de Comunicação da SEAGRI

Comunicação da Seagri, Cohidro e Emdagro propõem trabalho de divulgação conjunto

Secretário Esmeraldo recebe assessores e jornalistas

O Secretário de Estado da Secretaria de Estado de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal dos Santos, esteve reunido com assessores de comunicação da Seagri, Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). O objetivo é integrar e as ações de comunicação das três assessorias criando um único plano de trabalho.

“Com este espírito de que somos uma só equipe de comunicação, podemos dar uma nova dinâmica na divulgação das ações da secretaria e das empresas vinculadas. O governo hoje tem um volume muito grande de ações no setor agropecuário e isto precisa ser mostrado para a sociedade”, disse o secretário.

As equipes de assessoria mostraram como estão funcionando e deram sugestões de produtos de comunicação que podem potencializar o trabalho das assessorias. “Apesar de estarmos vivendo momentos difíceis financeiramente é possível usar a criatividade e a experiência de trabalho para avançarmos”, disse Suzana Leite da Ascom da Emdagro.

Além das propostas para um plano de trabalho unificado, os assessores sugeriram ampliar a reunião com outros órgãos federais e estaduais que trabalham em parceria com a Seagri. O grupo pretende aprofundar e avaliar a informação veiculada na imprensa sobre o setor agropecuário e fortalecer as parcerias.

Além de secretário Esmeraldo Leal participaram os assessores da Seagri Ednilson Barbosa, Luduvice José, Solange Gomes, da Ascom da Cohidro, Fernando Augusto e da Ascom da Emdagro, Carlos Mariz e Suzana Leite.

Ednilson Barbosa Santos
Assessor de Comunicação da SEAGRI

 

Secretaria da Agricultura integra ato de combate à desertificação

Solenidade enfatiza somação de esforços de organismos do governo por um Sergipe melhor

 

A palestra

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), promoveu na manhã da terça-feira, 17, um encontro para acompanhamento das ações Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos efeitos da seca em Sergipe lançado pelo Governo do Estado, no auditório da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), em Aracaju. Fazendo parte da comemorações pelo Dia Mundial de Combate à Desertificação, o evento contou também com a participação da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

O evento foi aberto pelo titular da Semarh, Olivier Ferreira das Chagas que falou sobre o compromisso e perspectiva da Secretaria no combate à Desertificação para 2015, enfatizando a necessidade de somação de todos os organismos na promoção de alternativas que venham corroborar com a necessidade de planificar atitudes que estimulem a consciência de todos os sergipanos para o problema que tem se intensificado no Brasil em decorrência do mau uso dos recursos naturais, somados a uma tendência existente sobre a desertificação em Sergipe

Olivier sinalizou que o Estado está entre as 11 unidades federativas onde existem áreas apontadas por pesquisas com propensão clara à desertificação, onde a seca tem se apresentado contundente exigindo assim intervenções que possam minimizar os efeitos dos problemas que se mostraram fortemente reais nos últimos anos quando a estiagem deixou técnicos ligados à agropecuária extremamente preocupados com o sofrimento de agricultores e criadores para a manutenção do processo produtivo em razão inclemência da seca.

O Secretário Olivier agradeceu a presença de todos e sugeriu a somação de esforços das Secretarias e vinculadas com ligações com o meio ambiente e com a agropecuária sergipana. Ele anunciou a palestra do Secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal Santos sobre “Desafios e Perspectivas da Agricultura para o alto Sertão”.

Esmeraldo Leal parabenizou inicialmente o grupo que tem feito um acompanhamento do problema de desertificação em Sergipe e o Secretário Olivier Chagas e todos que se somam e venham a se somar na busca de soluções racionais e práticas que oportunizem a minimização dos efeitos que ocorrem no Semiárido, região que envolve o maior acervo produtivo de Sergipe em grãos e onde floresce com destaque a pecuária leiteira.

O secretário enfatizou o trabalho das vinculadas da Seagri: Emdagro e Cohidro, respectivamente atendendo e assistindo agricultores familiares nas áreas de sequeiro e em perímetros irrigados, disseminando tecnologia para aumento da produção e perfurando poços que possibilitem minimizar os efeitos da estiagem. “É um trabalho árduo, para criar condições de convivência com a seca, realizando pesquisas pois está no Semiárido o impacto na agropecuária, pois é objetivo do Governo de Sergipe através de seus organismos específicos vinculados à Seagri, que apontem alternativas que permitam e promovam condições de minimizar o máximo possível a problemática da seca pois, o problema não envolve apenas o aspecto da produção agropecuária, mas também todo o contexto do aspecto social, pois a maior parte da área produtiva agropecuária está inserida na região semiárida”, pontuou Esmeraldo.

O Secretário discorreu sobre o esforço do governo estadual em manter os perímetros irrigados, que permitem produzir independente da estação, mas lembrou do trabalho técnico redobrado para que não aconteça salinização nas áreas produtivas em razão de estudos apontarem essa premissa em razão da especificidade do solo desses perímetros administrados pela Cohidro, o que representa também a demanda de cuidados especiais na conscientização dos irrigantes, exigindo monitoramento diuturno dos técnicos da empresa.

Esmeraldo deu ênfase especial ao destacar que é preciso trabalhar sem crucificar o sertanejo que vive do seu trabalho na terra e precisa produzir, daí ser necessário discernimento interpretativo correto no que diz respeito às áreas de preservação ambiental sem prejuízos para o trabalhador que depende da terra para produzir e viver com a família, no caso de Sergipe deve-se julgar cada caso específico, a exemplo da Bacia Leiteira sergipana, encravada no sertão, ser uma das mais importantes do País, o que torna o leite, o produto mais importante para o sertão e o sertanejo, e para o desenvolvimento da região.

“É em função desse significado produtivo para o Estado que aumenta a responsabilidade do técnico, pois o nosso Semiárido está se expandindo, revelado pela estiagem que vivenciou também o litoral do Estado que teve necessidade de carros pipas para abastecimento de águia, algo que até então não se cogitava acontecer em Sergipe.Desta forma ratifico minhas homenagens a todos que tornaram possível esse evento que oportunizou promover um alerta chamando a atenção para a necessidade de somar esforço todos, em prol de Sergipe e de quem trabalha a aterra e produz, para que o nosso Estado possa superar essa apreensão sem permitir que se torne uma realidade cruel que venha a atingir a necessidade do Estado crescer e ampliar sua produção na proporção que se amplia a população que depende dos trabalhadores do campo que têm, na desertificação uma impactante ameaça na condução da produção e no aspecto social por solapar ganhos conseguidos a duras penas na busca da melhoria de vida e, consequentemente da dignidade”, concluiu Esmeraldo Leal.

Na sequência o Superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Ailton Rocha, fez apresentação do Programa “Água Doce de Sergipe”. Outros temas foram apresentados ainda durante o evento que objetivou reunir no mesmo espaço organismos ligados aos problemas ambientais e produtivos de Sergipe, para que em oportunidades outras as questões que envolvem as perspectivas de desertificação em Sergipe sejam convenientemente enfocadas e discutidas, para a busca de soluções conjuntas que não favoreçam incompatibilidades entre ações técnicas e a produção agropecuária sergipana no Semiárido de Sergipe.

Fonte: Ascom/Seagri
FOTOS: Paulo Costa (Ascom/Semarh

Olivier Ferreira das Chagas
Esmeraldo Leal

 

 

 

 

 

 

Cohidro e Abid discutem realização de Congresso Nacional de Irrigação em Sergipe

Cohidro e Abid

Diretores da Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (Abid) estiveram na Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no dia 12, quinta-feira. A reunião entre os presidentes das instituições tinha como objetivo conseguir o apoio da Empresa Pública para a realização do XXV Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem (Conird), que neste ano ocorre em Aracaju de 25 a 30 de outubro, na Universidade Federal de Sergipe (UFS) e também para agendar visitas técnicas aos seis pólos de agricultura irrigada, que a Estatal Sergipana administra.

Itinerante, a diretoria da Abid concentra seus trabalhos cada ano em um estado diferente da Federação, conforme a programação do Conird. Segundo o presidente da Entidade Nacional, Helvecio Mattana Saturnino, neste ano em Sergipe irá começar o ciclo de congressos anuais que vão ocorrer no Nordeste, sob a temática da “Agricultura Irrigada no Semiárido Brasileiro”. Embrapa, UFS e Secretaria de Estado de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri) são outros parceiros que Associação procurou estreitar relações durante toda aquela semana de visitas.

Prioridade no uso da água
Atualmente, segundo Helvecio Mattana, o que mais se discute é a questão da prioridade do uso dos recursos hídricos, cada vez mais escassos e demonstrando já fazer falta em algumas regiões brasileiras em determinados períodos. “Está faltando uma reservação e uma preservação da água, porque a água só é vital para a produção de alimentos, para dessedentação humana, animal e para nossa higiene”, coloca o presidente da Abid, em oposição ao atual modelo de produção energética, muito dependente do setor hidroelétrico, ao qual, para ele, não deveria ser a prioridade no uso dos mananciais.

Também preocupado com as reservas hídricas o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, discorre que “em Sergipe ainda existe muita água disponível para irrigação, porém é muito pouco usada e quando é, principalmente fora dos nossos perímetros, é usada de modo errado. Temos um trabalho constante de conscientização e captação de recursos para promover, continuamente, uma mudança no modelo de irrigação nas unidades da Companhia, para que cada vez mais estes agricultores passem a aderir à irrigação localizada, a microaspersão e o uso de sistemas automatizados, para daí reduzirmos ao máximo o desperdício e assim fazermos a nossa parte, pensando neste futuro em que a água será cada vez mais escassa”, expôs.

Também presente na reunião, a Gerente Geral dos Perímetros Irrigados da Cohidro, Maria Lúcia Ferraz, colocou que atualmente existe uma discussão, entre os poderes públicos, em função da prioridade que vai ser dada à água dos reservatórios dos perímetros da Empresa, que foram construídos para o uso na irrigação. Conforme as cidades crescem, cada vez mais estas reservas estão sendo requisitadas na captação para consumo humano.

“Nesse sentido, atualmente o que temos de ação mais importante é a intervenção do programa ‘Águas de Sergipe’, na recuperação ambiental da Bacia do Rio Sergipe, em que fazem parte os perímetros Jacarecica I e Ribeira, em Itabaiana. No projeto, uma das ações está sendo a mudança para a irrigação localizada e assim reduzir o nosso consumo para a irrigação”, explicou Maria Lúcia, sobre o atual conflito entre o uso da água para o consumo humano, agrícola e ainda para piscicultura, também presente nos polos de Irrigação da Cohidro.

O presidente da Abid vai ainda mais longe na questão que envolve a prioridade que deve ser dada às reservas hídricas. “Não é correto dizer que a irrigação consome a maioria da água, quando não existe nenhum projeto que trate do seu reuso. Vejo a agricultura irrigada como grande parceiro do consumo humano, pois eu posso pegar o efluente urbano, usar na irrigação e devolver como água tratada, com um custo mais baixo, em estado igual ou melhor do que qualquer sistema de tratamento industrial”, pondera Helvécio, idealizando projetos que podem amenizar a falta d’água em um futuro próximo.

Bons exemplos
Já o presidente da Cohidro explicou aos visitantes que o uso de novas tecnologias têm sido uma constante na Empresa, visando, ao mesmo tempo, uma melhor produção e redução de consumo de água. “Uso de exemplo o Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, onde a irrigação não dava certo quando era feita por inundação. Hoje, depois de implantado o projeto ‘Balde Cheio’ da Embrapa, tanto se consome menos água com o sistema de microaspersão automatizado, quanto a produção de leite dos irrigantes passou, de uma média de 250 litros por dia, para os atuais 3 mil litros”, comemorou Mardoqueu Bodano.

Conird
Bastante entusiasmado com a possibilidade da Cohidro participar do XXV Conird, Mardoqueu Bodano já planeja ações que possam enriquecer a discussão focalizada na agricultura irrigada que o evento propõe à Sergipe. “Vamos procurar reunir nossos diretores, gerentes de perímetros e engenheiros para planejar e enumerar de que forma poderemos contribuir com nossos especialistas, infraestrutura e instalações para fazer deste Congresso não só o primeiro, mas também o melhor do Nordeste”, se entusiasmou o presidente da Cohidro.

Maria Lucia
Mardoqueu
Helvecio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Novo frigorífico de Itabaiana solicita água à Seagri através da Cohidro

O empresário mostra a planta do novo empreendimento de Itabaiana

Em sua primeira visita oficial à sede Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), o novo secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), Esmeraldo Leal compareceu à reunião entre a diretoria da Estatal e o Grupo Souza, que veio a fim de solicitar o fornecimento de água – da barragem do Perímetro Irrigado da Ribeira – para abastecer o novo frigorífico que o conglomerado industrial pretende instalar no município de Itabaiana. O encontro ocorreu na última sexta-feira, 6 e resultou no compromisso da Empresa Pública em realizar um estudo técnico quanto sua capacidade de atender esta demanda.

Moacir Souza, proprietário de outros frigoríficos no Estado da Bahia e de um curtume no município sergipano de São Domingos, pretende construir a unidade de processamento e abate de bovinos em Itabaiana, com intenção de atender o mercado interno de carne, mas operando de maneira diferente do que acontece neste tipo de empreendimento. O empresário quer oferecer o serviço de abate e beneficiamento da carne aos proprietários do boi, sejam pecuaristas ou marchantes. Geralmente a indústria compra o animal e vende os produtos beneficiados em atacado.

“Nossa estrutura poderá pegar o boi do cliente, abater, fazer o corte do produto dentro dos padrões de higiene legal, ao valor médio de R$ 70 a R$ R$ 80 por cabeça, fazendo a entrega – em embalagem plástica adequada – diretamente na banca ou ponto comercial, atendendo num raio de até 100 quilômetros de atuação”, relatou o empresário Moacir, que pretende investir R$ 20 milhões no novo frigorífico e criar 140 postos de trabalho diretos. Além da carne, outros subprodutos são gerados no processo, como o couro, o sebo para aplicação industrial e a farinha de osso.

O secretário Esmeraldo Leal vislumbra no projeto, além do incremento à economia da região, o benefício de propor uma solução ao problema do abate clandestino, que desqualifica a qualidade da carne. “Além de gerar os empregos diretos, ele cumpre um fim social extremamente importante, com relação aos abatedouros e temos também um problema com a liberação dos produtos derivados de carne. Então é um problema social, ambiental e econômico que pode ser resolvido. O Governo do Estado tem se colocado como instrumento de incentivo a iniciativas como esta e cabe a nós da Seagri e em especial agora a Cohidro, tentar ver o que é possível ser feito”, colocou.

A água da Ribeira
Na reunião foi exposto que todos os trâmites do projeto de instalação do empreendimento estão encaminhados, inclusive já possuí a necessária licença ambiental para funcionar. O que falta definir é como a indústria vai suprir sua necessidade mensal de seis mil metros cúbicos de água, destinada à operação de abate e processamento de carne. A área em que se pretende construir o frigorífico, já adquirida, fica em um dos lotes abastecidos pelo Perímetro Irrigado da Ribeira, administrado pela Cohidro no Município.

“Nós teremos que fazer um estudo, para que não comprometam, em nenhum momento, os beneficiários do Perímetro, mas se conseguirmos viabilizar, será um serviço importante, que é obrigação nossa do Estado de Sergipe. Hoje o empreendimento precisa basicamente da água, se a gente resolve a água, a gente está resolvendo o empreendimento, então o papel hoje da Cohidro é decisivo”, completou o secretário de Estado de Agricultura, sobre a prioridade dada ao assunto, a partir da realização da reunião na Companhia.

Já Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro, recebeu os empresários e a Seagri colocando a Companhia à disposição do empreendimento, reiterando que se for possível fornecer água à indústria, não haverá nenhum impedimento. “A proposta a nós colocada inclusive cita que o frigorífico quer pagar pela água consumida e nós vamos providenciar – caso se conclua ser possível atender a solicitação – para que estes recursos sejam revertidos inteiramente nos custos operacionais e investimentos na Ribeira e assim fazer a justa compensação à estrutura hídrica que terá novas aplicações, além da que está acostumada a fornecer água”, considerou.

Diretor de Irrigação da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, comenta que a água do Perímetro hoje é toda utilizada na agricultura, para fins de irrigação. “É uma demanda industrial, uma atividade nova que se pretende instalar na Ribeira, mas como tem uma função que vem para beneficiar a economia local e eliminar este problema sério que é o dos abatedouros, temos que levar isso em conta nesta solicitação, na hora de realizar o levantamento técnico que vai ser utilizado como resposta, positiva ou negativa”, expôs, alertando que a prioridade é o pólo de irrigação da Empresa.

Paulo Henrique Sobral, diretor de Infraestrutura da Companhia, explicou que é necessário avaliar o atual consumo da agricultura irrigada na Ribeira e a capacidade de armazenamento da barragem. “Temos que calcular se os 16,5 milhões de metros cúbicos do reservatório do Perímetro podem suportar continuar fornecendo água aos irrigantes – sem comprometer a oferta que hoje é durante todo ano – caso passe também a atender a demanda da nova indústria. Também será avaliado se a adutora, que atende a localidade onde vai ser construído o frigorífico, seria capaz de fornecer o volume requerido. Tudo isso vai ser levando em conta, incluindo os custos de um possível investimento na ampliação da rede de água”, concluiu.

Secretário Ouve Demandas do Sertão e Visita Perímetro California

João Quintiliano, Mardoqueu e Esperando Leal – FOTO: Luiz Carlos Loes Moreira Ascom/Seagri

Esmeraldo Leal dos Santos, Secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), esteve em encontro com pequenos agricultores do território do Sertão, em 29 de dezembro, na Sede do Sindicato dos trabalhadores rurais, em Monte Alegre. Posteriormente esteve com produtores do Perímetro Califórnia, em Canindé do São Francisco, oportunidade que forma apresentadas reivindicações e dadas as explicações, por Diretores da Cohidro, Mardoqueu Bodano e João Quintiliano da Fonseca Neto.

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Última atualização: 6 de dezembro de 2017 11:05.

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