Jackson Barreto solicita liberação de R$ 7 mi para municípios afetados pela seca

FOTO: Agência Sergipe de Notícias.

Em mais um desdobramento da reunião com o presidente Michel Temer, o governador Jackson Barreto, acompanhado do coordenador da Defesa Civil de Sergipe, coronel Mendes, solicitou ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, nesta quinta-feira, 12, agilidade na análise do Plano de Resposta para liberação de recursos para ajudar os sergipanos dos 23 municípios que enfrentam uma das mais graves secas da história do estado e já se encontram em situação de emergência.

“A estiagem afeta a economia do estado e a vida dos moradores desses municípios que estão sem conseguir se manter sem a água, principalmente, os pequenos produtores que sobrevivem da agricultura ou pecuária. Se não vier ajuda, e rápido, teremos grandes perdas. Foi isso que eu disse ao presidente Temer e ele prontamente ligou para o ministro Helder Barbalho e pediu uma atenção especial para Sergipe”, disse o governador.

 

FOTO: ASN.

O Plano, apresentado ao Ministério da Integração pelo Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil (Depec) do Estado de Sergipe, no valor de R$ 7 milhões, está sob análise do Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil. O principal pleito é o aumento do número de caminhões-pipas nos dez municípios que já estão recebendo o programa, mas com água insuficiente para atender às suas necessidades e a imediata inclusão dos treze municípios que já estão reconhecidos em estado de emergência. A Operação Caminhão-Pipa Federal é realizada pelo Exército Brasileiro.

O governador afirmou que as medidas de abastecimento do Exército não estão atendendo as demandas da população, pois, de acordo com a Defesa Civil Estadual, determinados municípios têm um número de habitantes superior ao indicado pelos levantamentos da ação federal. Jackson usou como exemplo o município de Porto da Folha, um dos maiores em termos territoriais do estado, afirmando que o abastecimento, que antes era feito com 30 caminhões-pipa, hoje está sendo feito com apenas seis.

“O Exército alega que está atendendo a demanda, mas o povo diz que não, e tem reclamado bastante do sofrimento pelo qual tem passado nesse período de seca”.

FOTO: ASN.

O governador pediu que os municípios, que já estão na lista da operação, tenham uma ampliação no número de caminhões-pipa, e os municípios que não fazem parte dessa lista, sejam incluídos. “Se já há portarias do Governo Federal reconhecendo o estado de emergência desses municípios, não há justificativa para que todos não sejam atendidos. Nós já estávamos com 11 municípios em estado de emergência e hoje chegamos a 24. Todos enquadrados nas normas ministeriais. Acontece que há três meses, nós lutamos para que esses outros 13 municípios recebam o benefício, mas até hoje não tivemos uma atenção do Exército. Esses municípios não estão sendo abastecidos. Pedi que houvesse uma ampliação dos que já estão sendo beneficiados, e a inclusão desses novos no serviço do carro pipa. Hoje eu preciso sair daqui com uma decisão concreta”, cobrou Jackson.

O ministro Helder Barbalho ligou para o coronel responsável pela operação e cobrou explicações, além de pedir celeridade para resolver esse problema de Sergipe. O Departamento Nacional da Defesa Civil reconheceu o equívoco que está sendo cometido com o estado e se comprometeu em saná-lo.

Também foras tratadas outras ações emergenciais de combate aos efeitos da seca, cujos recursos já tinham sido liberados pelo presidente Temer. Os objetivos são destinar R$ 4 milhões para aquisição de material forrageiro e R$ 3 milhões para perfuração de sistemas simplificados de abastecimento, a fim de minimizar os impactos da seca e melhorar a qualidade de vida de 332.243 pessoas afetadas pelos efeitos da estiagem.

FOTO: ASN.

Em relação ao material forrageiro, por duas vezes o Ministério da Integração tinha negado o pleito, mas, após o apelo do governador Jackson Barreto, decidiu atender. Na próxima semana, o presidente da Emdagro, Jefferson Feitosa, vai estar em Brasília com o secretário de desenvolvimento regional do ministério, Marlo Carvalho, para agilizar o processo. Os recursos para perfuração de poços também serão liberados. A Defesa Civil de Sergipe irá contratar as perfurações com a supervisão da Cohidro.

Os municípios que estão em estado de emergência são: Nossa Senhora da Glória, Pinhão, Carira, Graccho Cardoso, Itabi, Macambira, Frei Paulo, Nossa Senhora Aparecida, Ribeirópolis, Cedro, Propriá, Telha, Porto da Folha, Simão Dias, Poço Verde, Moita Bonita, São Miguel do Aleixo, Nossa Senhora de Lourdes, Poço Redondo, Gararu, Feira Nova, Monte Alegre de Sergipe, Cumbe e Canindé de São Francisco.

Na última quarta, 11, o governador Jackson Barreto já havia feito as solicitações ao presidente Michel Temer.

Veja a matéria completa clicando aqui

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Governador solicita R$ 20 milhões para abastecimento no semiárido

Fotos: Roque Sá

Nesta terça-feira, 10, o governador Jackson Barreto discutiu com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Osmar Terra, a liberação de recursos para beneficiar municípios sergipanos atingidos pela seca. O governador solicitou que o programa Água para Todos fosse ampliado no estado, com a implantação de sistemas simplificados de água no semiárido, um investimento de R$ 20 milhões.

Jackson lembrou que os recursos integram as ações de combate a seca anunciadas pelo presidente Michel Temer em dezembro, no qual o governo federal investirá R$ 756 milhões em 15 estados na construção de 133,5 mil cisternas. Desse total, 7 mil ficarão em escolas, 50 mil serão destinadas à área produtiva e 76,5 mil para consumo. Além de Sergipe, os demais estados que serão beneficiados são Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

“Nós fomos pedir recursos para o programa Água para Todos, para implantar sistemas simplificados de abastecimento. Esse programa foi lançado em Maceió, pelo presidente Temer. Com esses sistemas, podemos atender pequenas irrigações, pequenas barragens e cisternas, por meio da Cohidro. Solicitamos R$ 20 milhões para atender os municípios do semiárido porque é a região sergipana que mais sofre com a estiagem”, informou o governador.

Fotos: Roque Sá

Em Sergipe, 23 municípios, com cerca de 330 mil habitantes, encontram-se em situação de emergência, com decreto publicado pelo governo municipal, homologado pelo Governo do Estado e reconhecido pelo Governo Federal.

São eles: Nossa Senhora da Glória, Pinhão, Carira, Graccho Cardoso, Itabi, Macambira, Frei Paulo, Nossa Senhora Aparecida, Ribeirópolis, Cedro, Propriá, Telha, Porto da Folha, Simão Dias, Poço Verde, Moita Bonita, São Miguel do Aleixo, Nossa Senhora de Lourdes, Poço Redondo, Gararu, Feira Nova e Monte Alegre.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Governo do Estado busca solução para problema de desabastecimento de água

Dados do Exército demonstram que em Sergipe são 11 municípios atendidos pela Operação Carro-Pipa, sendo eles: Canindé do São Francisco, Feira Nova, Frei Paulo, Monte Alegre de Sergipe, Gararu, Nossa Senhora Aparecida, Pinhão, Poço Redondo, Nossa Senhora da Glória, Tobias Barreto e Porto da Folha – Foto:Jorge Henrique/ASN

O abastecimento de água em Sergipe, principalmente no Sertão, foi alvo de discussão nesta sexta-feira, 02, entre Governos do Estado e Federal, municípios, Exército, Ministério Público (MPE/SE) e órgãos estaduais. Com participação do governador Jackson Barreto, a reunião buscou solução para sanar problemas de transporte de água, de modo a reduzir os efeitos da estiagem e não prejudicar agricultores, seus animais e a produção agrícola sergipana. Na ocasião, prefeitos declararam suas preocupações com relação à diminuição da água distribuída pela operação carro-pipa do Exército e solicitaram ampliação do número de moradores atendidos com a iniciativa.

O governador Jackson Barreto comentou que semana passada houve reunião com agricultores, diretores de órgãos estaduais, deputados, federações agrícolas e prefeitos, e que estes manifestaram apreensão com relação ao abastecimento de água. “Os municípios declararam que precisam de mais água, e eu disse que eles tinham que buscar o Exército, pois o governador não tem competência para intervir no trabalho das Forças Armadas. Resolvi, então, convidar o tenente coronel Mariano, responsável pelo assunto, para que o Exército pudesse ouvir os gestores municipais, suas reclamações e angústias, e pudesse mudar sua forma de atuação no sentido de ampliar o abastecimento de água. Agradeço a presença das Forças aqui hoje e tenho certeza que vão buscar soluções”, disse.

Jackson Barreto também destacou que é necessário atender não só o consumo humano, como o abastecimento animal, e lembrou de municípios como o de Glória, que se destaca por sua bacia leiteira que gera renda para os produtores e movimenta a economia local. “Espero que haja melhoria. Caso não aconteça, vou ter que ir a Brasília para tratar com o presidente da República sobre o desabastecimento de água da população que está sofrendo muito”, complementou.

O secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, por sua vez, destacou as iniciativas do Governo de Sergipe no tocante a busca de alternativas a falta de água. “Ressalto o esforço do governador que, desde o ano passado, durante o período de estiagem, mantém um grupo, chamado de Força Tarefa do Semiárido, que conversa regulamente todas as semanas, procurando saídas, acompanhando obras e ações do governo. Isso é bom porque nos oferece estratégia de ação. Com relação ao ato de hoje, isso é fruto de uma mobilização que tivemos há uma semana. Esse é um sinal que o Governo do Estado responde rápido. E saímos satisfeitos, pois tivemos uma reunião produtiva, que é consequência de uma série de ações do governo”, pontuou.

Esmeraldo Leal também declarou que Sergipe possui uma das melhores redes de adutora do Brasil, e que, por isso, o impacto do estado com relação ao consumo de água é bem menor que de outras localidades. “Além disso, destaco que o Governo do Estado está fortalecendo as ações da Deso, melhorando as condições hídricas de modo geral com relação à capacidade de barragens. Como exemplo, foi disponibilizado R$ 3 milhões para revitalizarmos algumas, de modo a beneficiar o consumo humano e animal, principalmente no Alto Sertão sergipano. Existe ainda uma série de investimentos com relação à irrigação e principalmente o uso racional da água. Há perímetros que no momento estão com aspersor [sistema utilizado em irrigação], que gasta muita água, e que passarão para gotejamento, manobra que economiza água. Existem perímetros em que passaremos a usar a estrutura de bombas em períodos que o custo de energia e o consumo de água são menores. Então há preocupação com relação à irrigação, de modo que existe acompanhamento permanente, que proporcionam impactos também no consumo humano”, finalizou.

Presenças
Participaram da solenidade o deputado federal Jony Marcos; procurador geral do Ministério Público, Paulo Lima; diretores presidentes da Cohidro, José Carlos Felizola, da Deso, Carlos Melo, e da Emdargo, Jefferson Feitosa; além dos prefeitos de Poço Verde, Thiago Dória, Tobias Barreto, Dilson de Agripino, Glória, Chico do Correio, Aparecida, Vera Silva, Monte Alegre, Antonio Fernandes e de Porto da Folha, Albino Tavares.

Leia a matéria completa clicando aqui

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Comitê do Semiárido estuda recuperação de barragens no Alto Sertão

Foto: Pritty Reis

O Comitê do Semiárido realizou visita técnica nos municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo nesta quinta-feira, 28, para viabilizar estudos de recuperação de barragens para dessedentação animal, em benefício dos produtores do Alto Sertão sergipano. Criado pelo Governo de Sergipe, o Comitê integra técnicos do Departamento Estadual de Defesa Civil (Depec/SEIDH), da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sermarh), da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), da Secretária de Estado da Agricultura (Seagri) e da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).

Bate Lata e Chapéu de Couro, em Poço Redondo; e Cuiabá, em Canindé de São Francisco, foram as barragens que receberam a visita, e deverão ser recuperadas para suprir as necessidades da região de abastecimento de água para o consumo animal. “O Comitê do Semiárido foi criado pelo governador Jackson Barreto para buscarmos soluções estruturantes com foco no abastecimento de água. Hoje, estamos visitando essas barragens e iremos elaborar um relatório com o objetivo de captar recursos e estudar possibilidades para recuperá-las”, explicou o coordenador Estadual da Defesa Civil da Seidh, coronel Erivaldo Mendes.

Os serviços de engenharia podem solucionar problemas de erosão, problemas no sangradouro, questões relacionadas a drenagem e assoreamento, existentes nas barragens de Poço Redondo e Canindé. “Essas barragens são estratégicas para essa região, porque são específicas para o consumo animal. Para consumo humano, a Deso consegue suprir bem, além da Operação Pipa da Defesa Civil, que ajuda a atender às necessidades da comunidade. Mas o animal acaba sofrendo no período de estiagem, e estamos percebendo que é possível recuperar essas barragens e trazer tranquilidade para todos da região no período de seca”, disse o engenheiro agrônomo e assessor do Gabinete da Seagri, José Azevedo Dias.

Carlos Melo, diretor-presidente da Deso, explica que todos os órgãos do Estado que compõem o Comitê do Semiárido estão empenhados na recuperação dessas barragens para consumo animal. “Temos uma cobertura de abastecimento humano muito satisfatória, conseguimos atender todo o Estado através da Deso, mas temos uma carência para o abastecimento animal e muitas vezes a população utiliza a água tratada da Deso para matar a sede dos animais. Por esse motivo, estamos buscando soluções através de recuperação de barragens e poços artesianos. Importante salientar que todas as secretarias envolvidas com o projeto estão extremamente comprometidas em solucionar essa problemática”, disse Carlos Melo.

O superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Ailton Rocha, destaca que pontos de barramentos foram identificados e podem ser recuperados através de serviços de engenharia. “Essa visita é muito importante para a identificação e solução dos problemas para o armazenamento de água. É possível recuperar essas barragens de Poço Redondo e Canindé, que estão danificadas e, num futuro próximo, vamos identificar pontos acessíveis de novos barramentos para aumentar a segurança hídrica no semiárido sergipano”, pontuou.

Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, as barragens que não estão desativadas estão subaproveitadas e, por isso, é essencial a sua recuperação, para que voltem a servir à população. “A nossa intenção é fazer um estudo técnico e reformar as barragens Bate Lata, Chapéu de Couro e Cuiabá, para atender os pequenos criadores dos municípios de Poço Redondo e Canindé do São Francisco. Por isso é importante essa parceria da Defesa Civil (Seidh), da Deso, da Seagri, da Semarh e da Cohidro para resolvermos a questão hídrica da região do semiárido sergipano”, concluiu.

 

Texto: Ronald Dória
Edição: Rebecca Melo
Fotos: Pritty Reis
Fonte: Ascom/Seidh

 

Nota Ascom/Cohidro: Na sequência, o grupo da Cohidro (o presidente Felizola, o diretor de Infraestrutura, Paulo Henrique Machado Sobral e o gerente de Instalação e Manutenção de Poços, Roberto Wagner) ainda esteve no Assentamento Gualté, onde o Comitê do Semiárido também sinalizou para a instalação de poços que atendem pequenos agricultores e pecuaristas de povoados e assentamentos. “Seja com bombas movidas por energia elétrica, eólica ou solar, a intenção é de levar água para o consumo humano, dos rebanhos e irrigação. São 14 casas de bomba. Destas, nove estão prontas”, expôs Paulo Sobral.

Veja o Álbum completo de fotos da visita, no site da Seidh, clicando aqui

 

Técnicos do Ministério do Meio Ambiente visitam obras do programa Água Doce

Iniciativa visa à implantação e recuperação de dessalinizadores para garantia do fornecimento de água de qualidade para um quarto da população rural do semiárido | Foto: Ascom/Semarh

Técnicos e consultores do Ministério do Meio Ambiente (MMA) estão passando a semana em Sergipe para averiguar o andamento do programa Água Doce, uma iniciativa do Governo Federal que visa à implantação e recuperação de dessalinizadores para garantia do fornecimento de água de qualidade para um quarto da população rural do semiárido.

A equipe visitou os municípios de Poço Verde, Nossa Senhora da Glória, Carira e, na última quarta-feira, 08, esteve na comunidade Serra da Guia, em Poço Redondo. “Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte e a Paraíba são os estados que estão mais avançados”, avaliou o consultor do MMA, Henrique Veiga. Ele ainda pontuou a boa qualidade das obras e chamou a atenção para a necessidade de garantia do fornecimento de energia para o pleno funcionamento do serviço.

A respeito da energia, o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Olivier Chagas, garantiu que segue na busca da resolutividade. “Nós, enquanto Semarh, juntamente com Cohidro e Deso, estamos empenhados para resolver isso. É uma questão que vem sendo acompanhada pessoalmente pelos gestores dessas pastas e é uma cobrança do governador. Queremos que todos os sistemas estejam funcionando a pleno vapor, mas isso também depende do acesso à energia nas comunidades”, explicou.

Leia a matéria completa clicando aqui

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Nota da Ascom/Cohidro: A cooperação da Cohidro está sendo decisiva em 14 dos 25 pontos do programa Água Doce, disponibilizando suas equipes da Geperf (Gerência de Perfuração) e Dipoços (Diretoria de Instalação e Manutenção de Poços), para a recuperação de poços e instalação da infraestrutura necessária para esses sistemas de abastecimento gerarem água dessalinizada para as populações atendidas.

Estudantes agrotécnicos fazem aula prática em perímetro da Cohidro no Sertão

Grupo de estudantes aprendem com explicações e nas práticas – Fotos: Ascom/Cohidro

Desafio de fazer horticultura orgânica no semiárido sergipano, abraçado pelos agricultores da Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5), chamou atenção de alunos e professores do Curso Técnico em Agropecuária do Centro Estadual de Educação Profissional Dom José Brandão de Castro, de Poço Redondo. Segunda e terça-feira, 16 e 17, respectivamente o primeiro e o segundo anos do curso visitaram o Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Canindé de São Francisco e onde a irrigação pública estadual dá suporte ao projeto agroecológico.

Atualmente os irrigantes associados à Bio5 cultivam, de forma coletiva, um espaço cedido pela Cohidro anexo ao escritório do Perímetro Califórnia. Nessa área de terra estão sendo desenvolvidas atividades que vão desde a experimentação de métodos alternativos de controle de pragas e produção biofertilizantes, até a aplicação de cursos. Os alimentos resultantes deste campo estão sendo comercializados por esses agricultores na feira de Canindé e no próprio local, onde o freguês pode colher o próprio alimento, tudo livre de qualquer agrotóxico.

Foi nessa área que o Técnico em Agropecuária da Cohidro Tito Reis, recebeu as duas turmas de estudantes. “No primeiro dia foi mais uma explicação, para o primeiro ano, do que acontece aqui. Já o segundo ano teve que praticar na horta, com a colaboração dos técnicos colegas, dividi a turma de 28 alunos em atividades diferentes. Com Beto (Roberto Ramos) construíram um sistema de irrigação por microaspersão, Joaquim (Ribeiro) coordenou o transplante de mudas de alface e coentro para os canteiros. Já meu grupo confeccionou bioinseticida que foi aplicado nas culturas”, relatou o servidor que assiste todos os orgânicos do Califórnia.

Os estudantes agrotécnicos puderam conhecer quais os insumos usados para garantir que a produção seja orgânica, a forma de trabalho e as dificuldades que eles vão encontrar para garantir que a planta produza. Emerson Matos Santos, 16, do primeiro ano do curso, foi um deles. “Legal conhecer de perto, foi boa a atividade. O bom é que aqui tudo é orgânico”. Com a explicação dada, o aluno do curso técnico logo pode perceber qual é a maior dificuldade existente no cultivo sem o uso agrotóxico. “Só é ruim as doenças, que no modo convencional podem ser combatidas facilmente, no orgânico é bem mais difícil”, concluiu.

José Carlos Felizola Filho, presidente na Cohidro, argumenta que quanto mais cresce a experiência dos orgânicos, nos perímetros irrigados, menor é a dificuldade de superar as pragas que atrapalham os cultivos. “Sei que, testando e experimentando as receitas difundidas pelos nossos técnicos, é que eles vão encontrar a melhor forma de superar essa falta que faz os inseticidas industrializados. Resultados que vêm a médio e longo prazo, mas o benefício é imediato: agricultores e famílias mais saudáveis, meio ambiente protegido e alimentos que só nos fazem bem. Por isso, prefira os orgânicos! Valorize o trabalho dessa gente dedicada em melhorar a qualidade de nossa comida”, conclamou.

Antes de ir ao campo, os quatro técnicos agrícolas do Califórnia fizeram breve relato de como é a profissão que os estudantes escolheram seguir. “O grande gargalo da produção agrícola hoje é a comercialização, mas semana passada nós entregamos na Conab o primeiro projeto ao PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) do grupo de 24 produtores que vão fornecer 16 tipos de alimentos por um ano, à preço fixo e tabelado, tudo repassando ao Cras de Canindé. Resultado do trabalho iniciado pelos técnicos há um ano, na seleção e preparação desses agricultores”, demonstrou Edmilson Cordeiro, Gerente do perímetro irrigado.

O Dom José Brandão de Castro
Localizado no Assentamento Queimada Grande, em Poço Redondo, o Centro Estadual de Educação seleciona, todo ano, 175 novos educandos entre as turmas de Agropecuária e Agroindústria. 90% das vagas são destinadas para os filhos de assentados, acampados, agricultores familiares, posseiros, indígenas, quilombolas e ribeirinhos do território do Alto Sertão. As aulas são em período integral e o curso profissionalizante tem duração de três anos, provendo ainda a graduação no Ensino Médio, ao final.

Edson Ferreira é Engenheiro Agrônomo e professor de Olericultura e Agricultura Geral na Instituição e acompanhou os seus alunos nos dois dias de visita. “É importante a vinda deles aqui para vivenciarem a prática fora da sala de aula. Escolhemos o Perímetro primeiramente pela estrutura que é disposta pela Cohidro aos agricultores irrigantes, depois pela proximidade”, justificou o docente da Escola que fica no município vizinho e distante 27 km do Califórnia.

Jackson Barreto busca fortalecer programa de dessalinizadores no sertão sergipano

O governador Jackson Barreto reuniu-se na tarde desta terça-feira, 1°, com a ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, para tratar da ampliação do programa “Água Doce”, que prevê a instalação de 33 dessalinizadores no sertão de Sergipe. O programa é fruto da parceria entre Estado e Governo Federal e tem como meta a recuperação, implantação e gestão de 33 sistemas de dessalinização, beneficiando mais de 13.800 pessoas com investimentos de R$ 6,6 milhões. Serão beneficiados sete municípios: Poço Redondo, Canindé de São Francisco, Porto da Folha, Monte Alegre, Nossa Senhora da Glória, Poço Verde e Carira.

A Cohidro é parceira da iniciativa, pois é a principal responsável pela perfuração de poços em todo Estado e que também atua fazendo manutenção e recuperação desse tipo de sistema de abastecimento de água já existentes.

 

Leia a matéria completa clicando aqui

Fonte: AGÊNCIA SERGIPE DE NOTÍCIAS

Trovoadas no Sertão enchem barragens recuperadas pelo Governo do Estado

Dessedentação animal vem a ser a principal função das barragens de terra recuperadas

Conhecidas no Nordeste como “Trovoadas”, o pico das chuvas de verão, até o momento, chegou em Sergipe na segunda quinzena de janeiro, surpreendendo em volume e intensidade justamente na região mais árida do Estado. Embora tenha trazido prejuízos em zonas urbanas e interdição de estradas, foi um alívio ao sertanejo, que pode acumular boa parte desta água em cisternas, para o consumo humano e nas aguadas, para a dessedentação das criações de animais.

Empresa que faz parte da Força-tarefa de Recursos Hídricos para o Semiárido, do Governo do Estado, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) desde 2012 vem sendo a executora do Programa de Recuperação de Barragens. Trata-se de um convênio entre as secretarias de estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) e da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), onde a Empresa é subsidiada. Cooperação que já recuperou 1.869 agudas, sendo 19 delas de médio porte e de uso coletivo.

Só na edição 2014/2015 do Programa foram recuperadas 14 destas barragens públicas. Uma delas foi a barragem coletiva do Povoado Ouricuri, em Gararu. Na localidade onde residem cerca de 300 pessoas, por volta de 70 famílias tem como a atividade principal a criação de gado. As chuvas de janeiro foram fortes na região da pequena localidade, fez encher rios e danificar as estradas, mas completou o nível e fez até transbordar os vários reservatórios de terra, quase que um para cada casa, feitos para juntar água para as criações.

Brás Matias dos Santos cria 8 cabeças de gado e 10 ovelhas no Ouricuri. Ele conta que a barragem comunitária que foi reformada “estava seca antes dessa chuva, agora encheu duma vez. Quando falta água nos tanques, quando ela acaba, passamos a usar a da barragem”, explicou o produtor. Ele trazia o Mandacaru para alimentar suas vacas, um das alternativas com que conta no Sertão, assim como o reservatório maior, onde leva os animais para beber no momento de precisão.

Assim como no povoado de Gararu, no município vizinho de Porto da Folha a localidade Pé de Serra também tem como atividade principal a criação de gado e quando acaba a água das cisternas, aguadas e tanques, a alternativa é buscar de carroça ou levar os animais até o açude público, reformado pelo empenho da Cohidro há pouco mais de um ano. Segundo Engenheiro Civil da Empresa, Valdi Aragão Porto, o trabalho consiste na limpeza dos sedimentos que acumulam no fundo da barragem desde sua construção, e diminuem, gradativamente, a capacidade de armazenar água.

“Também reconstruímos e reforçamos os taludes, que impedem que a força das enxurradas estoure a barragens. Temos o cuidado de construir o sangradouro, para onde a água corre no caso de transbordar, sem danificar os taludes. O que foi muito útil, nesse caso da barragem do Pé de Serra, pois o volume de passagem de água aqui foi maior que a capacidade do reservatório”, reforçou Valdi Porto, responsável técnico por esta obra e a da barragem que fica no povoado Vaca Serrada, ainda no município de Porto da Folha.

A barragem da Vaca Serrada passou por uma ampla ação de manutenção e recuperação de sua capacidade em 2012. “Nas chuvas que ocorrerem no último mês, o volume da água aumentou bastante, atingindo seu ápice desde a sua reforma”, comemorou o Engenheiro Valdi Porto. Por ser de fácil acesso, às margens da Rodovia SE-230, o reservatório se tornou aplicável para múltiplos usos, desde o abastecimento dos rebanhos como para o uso doméstico, levado por caminhões pipa até as cisternas.

Poço Redondo

Mardoqueu Bodano, Presidente da Cohidro, explica que essas obras em pequenas barragens particulares acontecem seguindo critérios, como no caso de somente criações de até 19 cabeças de gado receber o benefício. “É necessário que a família deste produtor esteja enquadrada como de baixa renda e a principal fonte de renda familiar seja a agropecuária. Além disso ele também assina um documento em que se compromete a atender os pequenos criadores vizinhos, compartilhando o uso da água em novos períodos emergenciais”, revelou.

No caso do criador José Amilton da Silva, atendido pelo Programa em 2014 no Assentamento Queimada Grande, em Poço Redondo, nem é preciso lembrá-lo do compromisso firmado. “Se os tanques dos vizinhos secarem, eles vêm buscar no meu, da mesma forma que posso contar com eles também. Foi muito bom esse trabalho de limpeza e foi a primeira vez que encheu depois da reforma”, conta o produtor que tira 100 litros de leite do seu pequeno rebanho e comercializa, na região, pelo preço médio de R$ 1, cada litro.

Secretário de Agricultura de Poço Redondo, José Fernandes reforça a importância do Programa do Governo do Estado para o município, onde desde 2012 foram recuperadas 344 pequenas aguadas e dois açudes públicos. “Foi um trabalho que atendeu sim as expectativas, só aqui no Queimada Grande foram 105 famílias atendidas, mas temos cerca de 4 mil que precisam deste serviço noutras localidades. Esse Programa tem que ser feito anualmente e tem que ser planejado atendendo mais barragens de grande porte, para que os que estão próximos recorrerem quando tiver uma estiagem de um ou dois anos”, afirmou.

Paulo Henrique Machado Sobral, Diretor de Infraestrutura e Mecanização da Cohidro, reforça que até hoje o Programa de Recuperação de Barragens já atendeu 57,5 mil pessoas, com um investimento total de R$ 3,6 milhões na reforma destas barragens em todo Estado. “Agora, nosso projeto que está em fase de análise, pretende recuperar mais 1000 destas pequenas aguadas rurais e outras 20 barragens maiores, pensando no abastecimento coletivo em comunidades. Isso é mais do que já fizemos até hoje, superando as 19 dessas barragens públicas recuperadas pela Cohidro desde 2012”, avaliou.

Noutro assentamento também de Poço Redondo, o Che Guevara, a barragem de médio porte, de uso coletivo, também acumulou um volume considerável de água. Próxima da povoação formada pelas casas dos agricultores, o reservatório vem por servir de suporte quando os tanques individuais, junto ao pasto de cada criador, secarem.

Glória

Mas há casos em que as barragens coletivas são a única alternativa para dar de beber às criações. Esse é o caso de Alexandre Matos da Silva, do Povoado Fortaleza, em Nossa Senhora Da Glória. “Crio duas vaquinhas, comecei agora, para produzir leite. Minha única reserva de água é esta. Às vezes eu solto as vacas aqui na propriedade vizinha da barragem. Antes eu não criava porque não tinha água, agora tem”, contou o criador, quando veio buscar água no reservatório público reformado pela Cohidro no período de 2014/2015, usando uma carroça puxada a cavalo.

Alex, como é mais conhecido, também descreve que não é só ele que conta com o reservatório na região. “Vêm buscar água aqui de caminhão pipa. Isso aqui é uma riqueza, essa barragem. Por enquanto está bom, cada um com seu poço, mas chega o verão e todo mundo vem aqui pegar água”, esclarece o micro-pecuarista, ouvido logo após o período em que choveu muito no município.

Infraestrutura hídrica da Cohidro beneficia 50 mil pessoas no campo em 2015

A Cohidro recuperou 28 poços que voltaram a funcionar durante o ano.

Nas ações voltadas ao fornecimento de água na área rural, os relatórios finais de 2015 contabilizam 50.662 pessoas beneficiadas pelo Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Durante o ano, a Empresa perfurou de 68 poços tubulares, oito novos foram instalados, recebendo casa de bombas, adutoras e reservatórios e outros 28 recuperados para voltar a funcionar. Da mesma forma que 102 desses sistemas receberam manutenção preventiva. No mesmo ano também foi concluída a recuperação de 837 barragens rurais de pequeno e médio porte, para armazenar a chuva do mesmo pleito.

Em recursos oriundos do Governo Estadual, foram investidos R$ 2.474.726,69 do orçamento próprio da Cohidro, em relação à perfuração, instalação, recuperação e manutenção de poços e ainda do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep) quando se refere ao custeio da recuperação de aguadas. Quanto aos 16 poços perfurados pelo programa “Água para Todos”, do Governo Federal e que é operacionalizado pela Empresa Sergipana, foram outros R$ 365.415,46 provenientes da União e Estado.

Durante os quase 33 anos de existência da Cohidro, a Empresa Já perfurou e pôs em operação em torno de 3.650 poços tubulares de media e grande profundidade, com uma disponibilidade de vazão média de 12,5 mil litros por hora. Foram também construídas aproximadamente cinco mil cisternas e duas mil aguadas, além da recuperação de outras 1.865 destas pequenas barragens. Nesse tempo, as ações voltadas à captação e armazenamento de água no campo, beneficiaram cerca de 250 mil pessoas em Sergipe.

Diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola (Dinfra) da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral,informa que a Empresa dedica sua estrutura física e pessoal para o fornecimento de água, executando diferenciadas funções. “Temos geólogos que determinam o melhor lugar para a locação de um novo poço.Técnicos e perfuratrizes modernas para perfuração e equipes,que viabilizam a instalação, manutenção e recuperação, dos que deixam de funcionar. Engenheiros civis determinam como deve ser feita a construção ou a recuperação das barragens. E no ‘Água para Todos’, nossos especialistas fiscalizam os procedimentos de empresas licitadas”.

Mardoqueu Bodano, Diretor-presidente da Cohidro, estabelece que as ações desenvolvidas são motivadas pelas reivindicações feitas pelas comunidades rurais, priorizando os municípios onde os efeitos da estiagem são maiores. “Temos como missão levar ou restabelecer o fornecimento de água aonde as redes de distribuição urbanas de água não chegam, no caso do abastecimento humano.E também aonde os rebanhos sofrem com a seca, recuperamos os açudes coletivos das comunidades rurais e as barragens daqueles pequenos criadores que não têm condições financeiras para contratar máquinas”, disse.

Perfuração de poços

Novos 52 poços foram feitos diretamente pelas equipes da Cohidro, atendendo as demandas populares em Campo do Brito, Carira, Itabaiana, Pinhão, Canindé de S. Francisco, Gararu, N. Srª da Glória, Poço Redondo, Porto da Folha, Canhoba, Lagarto, Simão Dias, Capela, Aquidabã, Graccho Cardoso, N. Srª das Dores, Boquim, Itabaianinha, Frei Paulo, Poço Verde, Estância e Tomar do Geru. Nestes quatro últimos e também nos municípios de Santana do S. Francisco, Muribeca, São Francisco, Ilha das Flores, Japaratuba, Siriri, Barra dos Coqueiros, Itaporanga D’Ajuda, São Cristóvão e Salgado, foi onde atuou o “Água para Todos”, viabilizando outros 16 poços selecionados, locados pela Companhia Estadual e perfurados por empresa licitada.

“Com estes 16 poços terminados, encerra-se a fase das perfurações nos 40 poços da primeira etapa do ‘Água para Todos’. No momento estamos analisando as cartas-propostas do processo licitatório para contratar empresa que vai instalar bombas, adutoras e reservatórios, nesses sistemas de abastecimento”, destacou Paulo Sobral sobre a atual fase do Programa Federal que, como ele acrescenta, “beneficiarão 107 localidades rurais em 28 municípios”. Além dos já citados, também serão atendidos Aquidabã, Carmópolis, Cristinápolis, Divina Pastora, Indiaroba, Japoatã, Neópolis, Pacatuba, Pirambu, Riachão do Dantas, Riachuelo, Stª L. do Itanhy, Stº A. das Brotas e Umbaúba, na segunda fase.

Já Mardoqueu explica que são recursos do Ministério da Integração Nacional acrescidos também por investimentos do Estado, na viabilização do “Água para Todos”. “O investimento federal, feito nesse empenho confiado à Cohidro, foi de R$ 13,7 milhões e o Governo de Sergipe entrou com a contrapartida de R$ 720 mil. Tal liberação dependeu de um planejamento realizado por nossos técnicos, que incluiu a realização de um levantamento, uma pesquisa socioeconômica nas populações dessas localidades propensas em receber o novo poço e sistema de abastecimento”, lembrou o Presidente.

Instalação, recuperação e manutenção de poços

Depois de perfurados e passarem por testes de vazão, os novos poços recebem a estrutura de bombeamento, tubulações, reservatórios e em alguns casos um chafariz público. Oito destes novos sistemas de abastecimento foram postos em funcionamento. O poço do Povoado Pilambi, em Campo do Brito em 2015 foi perfurado, instalado e depois do investimento total de R$ 11.564,61, está fornecendo água para 70 pessoas. O mesmo ocorreu no poço do Povoado Pau D’Arco em Capela, investimento de R$ 14.445,88 e água para 100 pessoas. Mesmo número de atendidos no poço instalado no Povoado Bastião, em Tomar do Geru, que custou à Companhia R$ 10.518,78, como informou o Chefe da Divisão de Manutenção de Poços da Cohidro (Dipoços), Roberto Wagner.

“Com o tempo, os poços perfurados pelo Governo do Estado ou por outras empresas param de funcionar, se não passarem por uma manutenção constante. Dentre os pedidos que chegam a nós, recuperamos 28 poços comunitários que estavam parados este ano, atendendo cerca de 1.700 famílias”, acrescentou o Chefe da Dipoços da Cohidro. Ele exemplifica o trabalho realizado em quatro poços no Município de Areia Branca, que atendem 1.400, como também as 2.300 pessoas atendidas por outros três poços em Japoatã, 1.400 em Boquim e outras 1.150 em São Domingos.

Entre instalação, recuperação e incluindo o trabalho de manutenção preventiva de poços tubulares, bombas, casas de bomba, adutoras e reservatórios, o Diretor informa que entre o investimento total da Cohidro foi de R$ 250.927,37 no ano, atendendo um total de 21775 pessoas. “São exemplo das 102 manutenções de poços, as três mil pessoas atendidas por dois poços em São Miguel do Aleixo. Atendendo à demanda da dessedentação animal, 32 famílias foram beneficiadas em dois povoados de Porto da Folha e outras 66, em outros dois de Gararu”, enumerou Roberto Wagner.

Recuperação de barragens

Iniciado em 2014, o processo de recuperação das 837 aguadas seguiu até o início do ano seguinte e foi justamente neste período em que esses reservatórios de terra, reformados e ampliados, tiveram a oportunidade de voltar a acumular a água da chuva. Segundo o Engenheiro Civil da Cohidro, Valdi Aragão Porto, as obras foram possíveis a partir do convênio entre as secretarias de estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) e da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), atendendo em regiões onde foi declarado estado de emergência devido à estiagem.

“Dentre as barragens recuperadas, 14 delas eram de uso coletivo, de maior porte. Trabalho principalmente focado na região semiárida, como nas barragens do Assentamento Santa Rita em Canindé, Povoado Ouricuri e Lorenda em Gararu, Monte Santo em Monte Alegre, Fortaleza em Glória, Serra do Brijinho e Assentamento Che Guevara em Poço Redondo, na sede municipal e Povoado Quintas em Graccho Cardoso e povoados Pé de Serra e Querobinha em Porto da Folha”, listou Valdi Aragão, informando que com um investimento de R$ 1,9 milhões, ao todo a edição 2014/2015 do Programa de Recuperação de Barragens atendeu 21.970 pessoas que dependem dessas aguadas também para o uso doméstico, mas principalmente para a dessedentação dos rebanhos.

Paulo Sobral acrescenta que o Programa já atendeu 57,5 mil pessoas e com um investimento total de R$ 3,6 milhões reformou 1.869 barragens. “Agora nosso projeto, que está em fase de análise, pretende recuperar mais 1000 destas pequenas aguadas rurais e outras 20 barragens maiores, pensando no abastecimento coletivo em comunidades, Isso é mais do que já fizemos até hoje, superando as 15 dessas barragens públicas recuperadas pela Cohidro desde 2012”, avaliou.

Seidh incentiva produções orgânicas no Perímetro Califórnia

Marta Leão, o prefeito de Canindé Heleno,o vereador Rildo Joasquim e assessoras.

Com o objetivo de incentivar a produção de alimentos orgânicos no Alto Sertão sergipano, a secretária de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos, Marta Leão percorreu, esta semana, os municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo, onde visitou os Projetos de Assentamento Florestan Fernandes e os localizados nos perímetros irrigados Jacaré-Curituba e Califórnia, onde são desenvolvidos trabalhos já expressivos na produção de alimentos livres de agrotóxicos e adubos químicos.

Acompanhada pelo Diretor Estadual do MST pelo Setor de Produção, Manoel Antônio de Oliveira Neto, a secretária pôde conhecer, in loco, a produção agroecológica realizada nas áreas de assentamentos do Alto Sertão. Segundo Manoel, a visita teve como objetivo estimular a produção, que significa a geração de trabalho e renda para os assentamentos, fortalecendo grupos de jovens e de mulheres, e mobilizando in loco o conjunto familiar dos assentados.

“A gente visitou grupos de mulheres que já trabalham a agroecologia com o sistema Mandalla ou com a tecnologia social Pais (Produção Agroecológica Integrada e Sustentável), promovida pelos Ministérios de Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário (MDS e MDA) através da Seidh. A visita também buscou organizar a produção agroecológica, de forma a viabilizar a sua comercialização e mercado, para feiras livres e shopping, dos produtos in natura e agroindustrializados. As lideranças do MST parabenizam a secretária por fazer essa visita e buscar esse contato, para sentir a organização da produção dos assentamentos de reforma agrária”, comentou o líder do MST.

Outro destaque das visitas realizadas foi a Associação Sergipana de Orgânicos (Bio5). Devidamente regulamentada, a Bio5 é autorizada à comercialização dos produtos orgânicos que produz, por meio da venda direta ao consumidor, pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia de Nacional de Abastecimento (Conab), ou do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), gerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Composta pelos irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia, a Bio5 já está até diversificando a produção, com a introdução da galinha de capoeira criada pelo sistema agroecológico, sob a orientação técnica da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Canindé de São Francisco.

Segundo produtores, na concepção agroecológica de produção, o manejo das aves criadas no fundo do quintal já era feito com alimentação baseada em milho, restos de culturas e de frutas produzidas organicamente por uma das integrantes da associação. Na água de beber, ela colocava limão, alho e arruda, para prevenir doenças. E foi nessa experiência exitosa que os demais produtores se espelharam, associando-a à busca de novas tecnologias, para diversificar sua produção.

Estudos feitos pelo grupo mostram que essas aves levam de quatro a cinco meses a mais para crescer até o abate, tempo muito superior ao que leva um frango de granja [até 39 dias], em virtude da utilização de raças melhoradas e de técnicas que priorizam somente o ganho de peso, como aviários climatizados e ração enriquecida com aditivos químicos industriais. Não fazer uso desses recursos resulta numa produção mais saudável, ecologicamente correta e com maior valor agregado. Por si só, a galinha rústica, de quintal, já oferece vantagens popularmente aceitas em relação à de granja comercial, de postura ou de engorda, como o sabor mais acentuado, rigidez, cor e textura.

O movimento tem adquirido tanta força, que surgiu o Projeto B5-Jovem, em julho passado, que visa introduzir os filhos dos agricultores orgânicos no processo produtivo que o grupo já desenvolve. E, entre as atividades desenvolvidas em prol dos seus integrantes, estão cursos de capacitação. Segundo o técnico agrícola da Cohidro, Tito Reis, idealizador do Bio-5, esses cursos têm foco no processo de comercialização dos produtos orgânicos cultivados, e na preparação destes membros familiares em técnicas de venda, conservação, normas de higiene e exposição de produtos, para feiras livres e agroecológicas.

As atividades do B5 Jovem estão se utilizando do espaço do Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT), uma estrutura instalada no Perímetro Califórnia cedida à Prefeitura de Canindé a partir de convênio com a Cohidro. A intenção dos produtores orgânicos é de utilizar aquela área de 2,2 ha para desenvolver experimentos em adubação orgânica, a partir do plantio de espécies de vegetais leguminosas, visando à recuperação de solos degradados.

De acordo com a secretária Marta Leão, é de extrema importância que o Estado incentive produções desse tipo. “Esses agricultores enfrentam muitas dificuldades na concorrência com os alimentos produzidos de forma tradicional. Então, o Governo de Sergipe estende as duas mãos a estes produtores, oferecendo capacitações, orientações técnicas e abrindo editais, como o que possibilitou a aquisição de um caminhão baú refrigerado pela Associação de Agricultores Orgânicos do Agreste”, concluiu a secretária.

Fonte: Ascom/Seidh

Última atualização: 19 de outubro de 2017 10:45.

Acessar o conteúdo