Pró-campo vai investir R$ 5,7 milhões em revitalização de barragens em 2022 através da Cohidro

Em municípios em situação de emergência, são 21 barragens comunitárias de médio porte e 1.000 barreiros de pequenos criadores com até 19 cabeças de gado

[Foto: Fernando Augusto]
Desde o início do mês de fevereiro, máquinas e operários trabalham em sincronia para retirar os sedimentos depositados no leito da barragem Chapéu de Couro, no Assentamento de Reforma Agrária Barra da Onça, em Poço Redondo. Ao mesmo tempo em que lá é construída uma nova barreira em concreto, para evitar a perda da água que vinha ocorrendo. Água que tem múltiplos usos, mas atende principalmente à dessedentação animal durante os períodos de estiagem. A ordem de serviço da obra foi dada pelo Governador Belivaldo Chagas junto do lançamento do Programa Pró-Campo, em dezembro. Mas pelo Pró-Campo, neste ano o Governo do Estado investe R$ 5.710.986,01 só em recuperação e ampliação de barragens. Isso ao incluir, no conjunto de ações, o Programa de Recuperação de Barragens, para atender outras 20 de médio porte e 1.000 de pequeno porte, atualmente em processo licitatório.

Um Termo de Cooperação Técnica entre as secretarias de estado da Inclusão e Assistência Social (Seias), da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e a sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro), investem R$ 800.213,11 do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), gerido pela Seias, na barragem Chapéu de Couro, que não recebe uma intervenção deste porte desde sua construção, na década de 1980. A execução e fiscalização da obra, realizada por empresa licitada, fica a cargo da Cohidro. “É um investimento muito importante para a região, vai atender mais de 200 famílias assentadas. Obra que ele autorizou e que agora está sendo fiscalizada pelo governador Belivaldo Chagas”, disse o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, no dia de visita à obra feita pelo governador, em 17 de fevereiro.

Bebeto da Barra da Onça, presidente da Associação Camponesa do Projeto de Assentamento Barra da Onça, considera de essencial importância a barragem que está em obras de recuperação. No assentamento, com mais de 200 famílias, e outras localidades de Poço Redondo. “É importante para todos nós, agricultores e criadores. Na época do período da seca, a gente sofre bastante. E esta barragem, estando recuperada, vai juntar água para 2 ou 3 anos. Não só para a Barra da Onça, como qualquer outra comunidade local pode vir também buscar água para sustentar os seus animais. É um momento muito importante que todos nós estamos, aqui hoje, presenciando nessa barragem Chapéu de Couro, com Belivaldo Chagas fazendo esse excelentíssimo trabalho para ajudar todos nós agricultores”.

Também presente à visita do governador do Estado às obras na Barra da Onça, a diretora de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Elayne de Araújo, expôs os números da ação feita para reativar a barragem. “Estamos retirando 60.000m³ de terra, volume que vai além do material naturalmente deslocado pela chuva para o leito da barragem. De modo que vamos ampliar a capacidade de acúmulo de água para algo em torno de 800.000m³. Para evitar que a água acumulada pelas chuvas continue vazando pelo maciço da barragem, estamos construindo uma nova barreira de 20cm de espessura em toda a superfície do barramento para impermeabilização. Usando, para isso, um volume de 250m³ de concreto”, listou a diretora. Ela ainda informou que a empresa pública já realizou, com sucesso, o pregão do processo licitatório, para em breve selecionar as empresas de engenharia que vão atuar no Programa de Recuperação de Barragens.

Programa de Recuperação de Barragens
Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, reforça a importância de o Pró-Campo lançar o Programa de Recuperação de Barragens. Ação em que a Cohidro, desde 2012, já recuperou mais de 2 mil barragens em municípios em situação de emergência devido à estiagem, também através de recursos do Funcep. “As 20 barragens de médio porte, a exemplo da Chapéu de Couro, atendem uma ou mais localidades de forma coletiva. Com livre acesso para os criadores levarem seus rebanhos até as suas margens e para coleta de água de carroça ou carro-pipa, evidenciando o múltiplo uso. Já a recuperação e limpeza das 1.000 barragens de pequeno porte, atendem propriedades privadas e são voltadas à criadores com até 19 cabeças de gado, com CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar) e que estejam dispostos a assinar uma declaração autorizando outras famílias da comunidade a utilizarem a água do barreiro”, esclareceu o presidente.

Pró-Campo: Belivaldo Chagas visita obra de recuperação da barragem da Barra da Onça, em Poço Redondo

Barragem PR-13 recebe primeira intervenção desde sua inauguração nos anos 1980

[Foto: Mario Sousa/Supec]
Na manhã desta quinta-feira (17), o governador Belivaldo Chagas visitou a obra de recuperação estrutural da barragem PR-13, no povoado Barra da Onça, em Poço Redondo. Localizado no Alto Sertão Sergipano, região onde menos chove no estado, a barragem Chapéu de Couro recebe sua primeira intervenção desde a sua fundação nos anos 1980. O objetivo é recuperar a estrutura e aumentar a impermeabilização da barragem para atender à demanda emergencial do povoado e arredores na dessedentação animal; uma vez que a pecuária leiteira é a principal atividade econômica da área.

Devido à sua importância estratégica, a obra partiu da necessidade de reparos aos danos provocados pela ação do tempo, contando também com adaptações em sua engenharia para ser mais eficiente em acumular o maior volume de água da chuva possível. “Essa é uma obra de fundamental importância, por isso fiz questão de ver de perto a situação em que ela se encontra. A previsão é que a gente conclua os serviços nos próximos 70 dias. Feito isso, a capacidade de armazenamento triplica trazendo benefícios à população e, em especial, as cerca de 400 famílias que dependem diretamente dessa barragem”, afirmou Belivaldo Chagas.

A Ordem de Serviço foi assinada pelo governador Belivaldo Chagas em 13 de dezembro de 2021, durante o lançamento do programa Pró-Campo, com investimento de R$ 800.213,11 em recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), administrado pela Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias). A obra foi possível a partir de um Termo de Cooperação Técnica entre Seias, Seagri e a sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

De acordo com o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, o Governo do Estado reconhece a necessidade da comunidade, da região e da Bacia Leiteira em Poço Redondo. “O Estado está concretizado essa ação na barragem, tanto na parte de limpeza como no desassoreamento da parte interna da estrutura, realizando a impermeabilização do talude, do maciço, evitando que se perca a água captada, como estava acontecendo. É uma obra importante para a região que vai permitir ao produtor de leite ter condições e mais tempo e volume de água, abastecendo a produção e o gado”, disse Paulo Sobral, destacando ainda que a capacidade da barragem chegará a aproximadamente 800 mil metros cúbicos de água.

O presidente da Associação Camponesa da Barra da Onça, Humberto Diniz, também ressalta a importância dessa reestruturação. “O período de seca é longo, a estiagem é sempre prolongada e a chuva é escassa. Então, a obra é de suma importância para os animais, assim como para os moradores. A falta de água no município é muito grande e vai ajudar bastante todos nós sertanejos”, ressaltou.

Severino Gabriel de Andrade é criador de gado, mora com a esposa e o filho nas imediações da barragem e também reconhece o papel fundamental da estrutura para a região. “Essa água é importante demais para o gado, com a obra vai melhorar muito. Tenho três vaquinhas e uso a palma para alimentar a criação e a água da barragem para o gado beber. É uma boa iniciativa que vai fazer muito bem para todos os criadores daqui da região”, confirmou o produtor.

Zefa da Guia, líder da Serra da Guia Comunidade Quilombola, também vê com bons olhos a reestruturação da barragem. “Essa ação tem uma importância muito grande. É a prova que o governo do Estado se preocupa com a mulher e com o homem sertanejo”, afirmou. O prefeito de Poço Redondo, Júnior Chagas, também compartilha da mesma opinião. “Vai ajudar muito a situação dos pequenos agricultores da região. A barragem que estava inativa, em razão da quantidade da lama concentrada na bacia principal, com a obra, vai passar a armazenar uma boa quantidade de água e, a gente fica feliz”, compartilhou o prefeito, destacando, também, a economia que o município terá com relação aos carros-pipas.

A MKR Construções LTDA é a responsável pela obra, que foi licitada pela Cohidro, a quem cabe ainda a fiscalização dos serviços. A obra de recuperação tem previsão para término em meados de abril, a depender das condições meteorológicas favoráveis. Atualmente, a obra está no estágio de retirada de sedimentos depositados no leito da barragem, para ampliar a sua capacidade de acúmulo de água. Ao mesmo tempo, obras de engenharia civil reconstroem o maciço em concreto, danificado pela ação do tempo.

Programa de Recuperação de Barragens e sistemas simplificados
Além da recuperação da barragem da Barra da Onça, entre 2021 e 2022, o Governo do Estado, através do Termo de Cooperação Técnica entre Seias, Seagri e Cohidro, está investindo um montante de R$ 4.910.772,90 para a execução de serviço de limpeza e recuperação de 20 barragens de terra de médio porte e 1.000 de pequeno porte. Ações que serão executadas em duas etapas. Na primeira etapa, o Programa de Recuperação de Barragens será responsável pelo processo de contratação de empresa especializada para realizar serviços de limpeza, recuperação e ampliação de 10 barragens de médio porte e 500 barragens de pequeno porte nos municípios de Poço Redondo, Carira, Nossa Senhora da Glória, Poço Verde, Nossa Senhora Aparecida, Gararu, Frei Paulo, Pinhão, Porto da Folha e São Miguel do Aleixo. Um investimento total de R$ 2.455.386,45, através de recursos do Funcep.

Também dentro do Pró-Campo, o Estado investe em 72 sistemas simplificados de abastecimento para 72 comunidades rurais para possibilitar água de qualidade para o consumo próprio e para produção caso haja excedente. Em dezembro, foram autorizadas a perfuração de poços com a instalação de nove sistemas de abastecimento de água em comunidades rurais em Tomar do Geru, Areia Branca, Canindé do São Francisco, Indiaroba, Itabi, Graccho Cardoso, Monte Alegre, São Cristóvão e Gararu, a partir de um investimento de R$ 402.719,91.

Pró-Campo
O Pró-Campo é um conjunto de ações que abrange recursos que superam R$ 100 milhões para fortalecimento da agricultura em Sergipe e melhoria da qualidade de vida dos homens e mulheres do campo, por meio de investimentos com foco no desenvolvimento social e econômico. Mais de 50 municípios sergipanos estão sendo beneficiados.

“Nessa primeira fase temos diversas ações a exemplo de limpeza de aguadas, recuperação de barragens, distribuição de palma forrageira, melhoramento do nosso rebanho através de inseminação artificial, calçamentos, recuperação de estradas, recuperação dos perímetros irrigados. Então, é uma ação bem ampla para todo o estado de Sergipe”, detalhou o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Zeca da Silva.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Famílias em situação de vulnerabilidade social receberão alimentos produzidos com subsídio da irrigação pública estadual

Cohidro forneceu irrigação e assistência técnica para agricultores entregarem mais de 4 mil toneladas ao Programa de Aquisição de Alimentos desde 2008

[Foto: Arquivo pessoal]
Em Canindé de São Francisco, Porto da Folha e Poço Redondo, as famílias em vulnerabilidade social por conta da pandemia da Covid-19, serão beneficiadas com os alimentos produzidos com o subsídio da irrigação pública estadual. Os produtos são adquiridos por preços justos e doados para pessoas em insegurança alimentar via Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Estadual. Até no fim novembro, 14 agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia – mantido pelo Governo do Estado através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Canindé – vão entregar mais de 40 toneladas de alimentos ao programa da Secretaria de Estado da inclusão e Assistência Social (Seias). Em todo estado, o Governo de Sergipe vai investir cerca de R$ 3 milhões na compra de alimentos.

Técnica da coordenação de Segurança Alimentar e Nutricional da Seias, Tatiana Canuto explica como é definido a quantidade que cada produtor vai comercializar com o programa.  “A gente organiza de acordo com as demandas, do número de usuários que são atendidos em cada instituição. Na entrega dos alimentos é gerado um termo de doação via Sistema de Informação do Programa de Aquisição de Alimentos – Sispaa, em que a entidade recebedora vai assinar por estar recebendo e os agricultores vão gerar uma nota fiscal, que vai ser atestada pela Seias e inserida no mesmo sistema. E o pagamento é efetuado pelo Ministério da Cidadania na conta do agricultor, com o cartão”.

Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral afirma que os irrigantes dos perímetros da companhia, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), participam do PAA desde 2008, em edições promovidas pela Conab. “Já foram beneficiadas mais de 150 mil pessoas, entre os socialmente vulneráveis e os agricultores, estes remunerados em mais de R$ 13 milhões para entregar mais de 4 mil toneladas de alimentos à ‘Compra com Doação Simultânea’. É um programa magnífico, que adquire os produtos por preços melhores do que aqueles praticados pelo mercado para ajudar pessoas em insegurança alimentar”.

Irrigante do perímetro Califórnia que participa do PAA Estadual, Pedro Feitosa forneceu à Doação Simultânea, até a última entrega que ele fez, 539 kg de acerola e 376 kg de pimentão. “Eu acho um programa de suma importância com essas duas vertentes. Com relação ao produtor, é um preço justo. A gente vende os produtos aqui, ao atravessador, com um preço bem diferente ao do programa. Isso muito nos ajuda, nos beneficia nesse sentido e tem esse grande alcance social que eu vejo na ponta final. É justamente essas pessoas vulneráveis que estão em situação difícil e tem essa contribuição, essa participação do Estado no sentido de ajudar”. No Califórnia há 13 anos, Seu Pedro já participou de outros PAAs produzindo alimentos via irrigação pública. “Sem irrigação seria impossível falar em produção, em todas as estações do ano, no Semiárido”, complementa.

Gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes destaca que o agricultor tem a venda garantida de seus produtos via PAA Estadual. “É um programa perfeito. Ele beneficia o Agricultor Familiar numa ponta e no outra as pessoas carentes. Além de tudo isso, o produtor vai ter uma zona de escoamento certo para seu produto, com um preço justo. O PAA estabelece o preço e antes de aderir ao projeto ele já tem o valor que ele vai vender da sua produção até o final”.

Gicélio Oliveira é técnico da Prefeitura de Canindé e atua na organização do PAA Estadual naquele município. Segundo ele, os alimentos produzidos em Canindé atendem famílias cadastradas no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Durvalina Rodrigues e o Centro Especializado Daniel Ricardo, em Canindé; o Cras de Poço Redondo e o Instituto Nacional de Inclusão Social (INIS), em Porto da Folha. Os irrigantes do Califórnia estão em um primeiro edital, que iniciou as entregas em abril. “No primeiro edital temos 14 agricultores familiares cadastrados, fornecendo mais de 41 toneladas dos produtos: macaxeira, coco verde, coco seco, acerola, couve, coentro, cebolinha, alface, pimentão, milho verde em espiga, melancia e mamão havaí”.

Sementes doadas pelo Governo do Estado tiveram rendimento certo em perímetros irrigados no Sertão

Aproveitamento das sementes é de 100%. Irrigação da Cohidro fornece principal insumo para agricultores irrigantes suprirem demanda de ração animal para criadores durante o verão seco.

Edivânia Freitas garantiu o milho para produzir espigas e palhada de fazer ração para carneiros, cabras e a vaca que cria (foto Ascom Cohidro – Fernando Augusto)

Das 12 toneladas de sementes de milho entregues pelo Governo do Estado em Canindé de São Francisco (SE) este ano, 4.350 quilos ficaram a cargo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) distribuir entre os irrigantes dos perímetros irrigados Califórnia, que a empresa administra, e o Jacaré-Curituba (Codevasf). A partir de setembro, 435 produtores começaram o plantio irrigado para que já em novembro pudessem começar a colher a forragem, dando suporte à alimentação dos rebanhos sertanejos no período de maior seca. Se todo milho for aproveitado para a silagem, a estimativa é de uma produção próxima das 8.000 toneladas de ração animal.

Ao todo a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), distribuiu 247 toneladas de sementes certificadas de milho das variedades BRS Caatingueiro e BR 106, e 90 toneladas de sementes de milho na variedade Crioula, atendendo os municípios de Carira, Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé do São Francisco. Um investimento de R$ 1.383.200,00, recursos estaduais do Fundo Estadual de Erradicação e Combate à Pobreza (Funcep).

Para o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto, o aproveitamento das sementes nos perímetros irrigados é praticamente de 100%. “O plantio, usando a irrigação que nós fornecemos durante todo ano, não está condicionado à periodicidade de chuvas que nós sabemos não ter sido significativa em 2018. Mas essa parcela do que foi doado teve bom uso. Como resultou em uma safra fora da época junina, quando a procura pelo milho espiga é maior, está resultando em um milho quase todo aproveitado na alimentação animal, que casa perfeitamente com a real necessidade que passam todos os criadores do Alto Sertão, da falta de chuvas e muito pouco para dar ao gado nas propriedades”, argumenta.

Edivânia Freitas Santos foi uma agricultora familiar que em setembro recebeu uma saca de 10 quilos da semente BRS Caatingueiro, variedade de milho superprecoce que produz grãos entre 90 e 100 dias. Após plantar no perímetro Califórnia, ela tem a intenção de aproveitar as espigas e moer a palha para fazer ração, destinada à sua criação de cabras, ovelhas e uma vaca. “Muito bom, pois a situação que está agora não está podendo nem comprar, porque está muito caro o milho. Por isso estamos com a área lá desocupada, porque o interesse é de plantar o milho, mas como estava sem condições de comprar a semente. E agora graças Deus consegui, porque não tem inverno, mas tem a irrigação, e com fé em deus vamos plantar e colher”, justifica.

Em 2018, houve tempo hábil, já em meados do mês de maio, para que a entrega de sementes do Governo do Estado ocorresse antes do período de chuvas no inverno. “Queremos todo mundo com sua semente em casa. Isso será bom para ajudar o pequeno agricultor, principalmente, aquele que participa da agricultura familiar. Isso é possível graças aos recursos adquiridos através do Fundo de Pobreza, recursos arrecadados pelo tesouro do Estado, através dos impostos que são pagos pela população e que a gente faz questão de reservar ano a ano. Temos essa preocupação de reservar essa quantidade para que possamos adquirir essas sementes e distribuir para o pequeno agricultor”, destacou o governador Belivaldo Chagas.

Titular da Seagri, Rose Rodrigues destacou a qualidade da semente e o impacto que elas terão na produção agrícola do estado.  “Essa semente é selecionada e chega na hora certa. Ela é uma semente com dupla aptidão, tanto para forragem quanto para grãos. É uma semente adaptada para a região, semente caatingueiro”. A secretária ainda afirmou que a distribuição das sementes é a mão do Estado fomentando a agricultura camponesa. Ela cumprimentou a equipe da Emdagro que, através dos seus técnicos, oferece tecnologia ao campo.

A distribuição feita no escritório da Cohidro, segundo a gerente do perímetro Califórnia  Eliane de Moura Morais, seguiu critérios que certificassem a condição de baixa renda dos agricultores familiares. “Esteve disponível para entrega a quem se interessasse as sementes de milho para plantio aqui na sede da Cohidro. Foram mais de 4 mil quilos à disposição dos produtores do Califórnia e Jacaré-Curitiba. Fazia o cadastro e levava uma saca de 10 quilos, trazendo o NIS (Número de Identificação Social), Cartão Cidadão ou Cartão da Bolsa Família”, explicou. Ela conta que já em novembro houve colheita deste milho. “Alguns colheram só a palha para fazer a silagem, nem esperaram embonecar”.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, explica que o aproveitamento do milho na ensilagem representa uma capacidade de armazenar grandes quantidades de alimento para os animais em pequenos espaços e por longos períodos de tempo, preservando as propriedades nutricionais das plantas. “É um método ideal para quem pretende plantar o milho com a intenção de comercializar com os criadores da região. Quando é para aproveitamento com animais no próprio lote, é feito em silos ou cobertura em lona. Como o objetivo de comercialização, os produtores o fazem em sacos plásticos vedados, para que haja o processo anaeróbico de fermentação por bactérias”, orienta. Ainda segundo ele, foram colhidos 333 hectares de milho durante em 2018 nos perímetros irrigados administrados pela empresa, onde o aproveitamento das plantas é completo, com o uso integral ou só da palhada para ração.

Por Ascom Cohidro com informações da ASN

 

Barragens recuperadas pela Cohidro têm recarga com as chuvas de trovoada

Totalmente cheia, barragem no povoado Queimadas atingiu seu ápice nas chuvas de trovoadas de 2018 (foto Ascom Cohidro – Fernando Augusto)
Edição 2017 do programa devolveu a capacidade e acumular água da chuva para 13 barragens de médio porte, atendendo 12.438 pessoas. Em 2019 serão 300 famílias beneficiadas com a barragem da Barra da Onça.

Iniciada em fevereiro de 2017 e as obras durando até o inverno daquele ano, a edição do Programa de Recuperação de Barragens do Governo do Estado executada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) naquele ano, resultou na grande maioria das 13 barragens tendo acumulado alguma água da chuva no mesmo ano, quase metade chegando ao seu ápice e resistindo para além do período chuvoso, fornecendo água às populações e seus rebanhos. Noutros casos, a irregularidade da precipitação interferiu para que só agora, nas trovoadas de dezembro de 2018, fosse possível que parte dos reservatórios fizessem a sua recarga e até ficassem totalmente cheios.

Maior exemplo deste último caso foi a barragem comunitária recuperada no povoado Queimadas, em Poço Redondo, de população que se utiliza do reservatório para a dessedentação animal estimada em 750 habitantes. No inverno de 2017 o reservatório de terra obteve algum êxito ao acumular em torno de 30% de sua capacidade, isso se for comparado ao seu status hoje, totalmente cheia depois das chuvas ocorridas a partir do dia 1 de dezembro. Resultado oposto ao apresentado na barragem também recuperada na mesma edição do programa na comunidade tradicional da Serra da Guia, no mesmo município e distante 16,8 km em linha reta uma da outra, em que as primeiras precipitações do ano passado foram capazes de acumular água no total da sua capacidade, beneficiando os 700 moradores.

Algo parecido como que se deu em Poço Verde, na barragem do assentamento Francisco José dos Santos. Lá, mesmo depois da retirada de todo sedimento do reservatório de terra, ampliando profundidade e capacidade de reservamento, não houve incidência de chuvas na localidade suficientes para fazer a sua recarga no mesmo ano. Mas o êxito do projeto dos engenheiros da Cohidro foi demonstrado mais de um ano depois. Foram também as chuvas de trovoadas de 2018 às responsáveis por ela chegar ao total de sua capacidade de acúmulo de água, garantindo a reservas para as cerca de 100 famílias de colonos.

Diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto comenta que está cada vez mais difícil prever os resultados das próximas chuvas e que a empresa procura se valer do histórico dos reservatórios e estudo de sua capacidade de recarga. “Muito por causa das alterações climáticas provocadas pela interferência humana no meio ambiente de todo planeta, não se sabe ao certo qual localidade vai chover bem ou se vai repetir o mesmo índice pluviométrico dos anos anteriores. O que temos são boas surpresas, como o resultado positivo das chuvas nas cabeceiras do rio São Francisco, aliviando a situação crítica dos reservatórios nordestinos. Ao mesmo tempo em que nos preocupa muito a situação da nossa barragem do Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, em que essas últimas chuvas em pouco ou nada influíram no nível da água captada pela Cohidro e Deso, hoje em situação crítica”, lamenta.

Valdi Aragão Porto é engenheiro civil na Cohidro e foi quem coordenou a equipe do último programa de recuperação de barragens. Ele salienta a capacidade que as reformas tiveram de prolongar a vida útil das barragens recuperadas. “Para escolhermos uma barragem para ser recuperada, levamos em conta se ela tem os meios para que possa receber recarga pelas chuvas, que ela tem às ‘chamas’, os cursos por onde a chuva possa ser coletada e conduzida até o reservatório. Muitas vezes a obra incide em melhorar essa captação, mas no geral fazemos a escavação dos leitos, retirando os sedimentos depositados ali pela erosão dos solos, aumentados os taludes e construindo os estravasores, componentes importantes e que evitam que a força da água rompa as barreiras das barragens”, ensinou.

Alagadiço
A barragem pública Prefeito Manoel Soares no povoado Alagadiço, em Frei Paulo, foi a primeira a ser recuperada, entregue à comunidade em 10 de março daquele ano, na edição 2017 do Programa e beneficiou 374 famílias que vivem da atividade pecuária e passaram a dispor do reservatório de médio porte para dar de beber aos rebanhos.

Segundo o secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo do município, Wladimir Dantas Souza, a reforma da barragem cumpriu seu papel e foi decisiva para toda microrregião, resistindo sempre com algum nível de água até chegar às chuvas de trovoadas para haver uma nova recarga. Segundo ele, o reservatório abastecia de 40 a 50 carros-pipa nos piores dias de estiagem durante este período.

Barragem do Algodão
Na antiga Barragem do Algodão, povoado Poço dos Bois em Cedro de São João, a castigante seca de 2016 esgotou totalmente as reservas de água. No ano seguinte, após passar pelas obras do Programa do Governo de Sergipe, foi limpa dos seus sedimentos e teve a capacidade ampliada, para que nas chuvas seguintes, ainda em 2017, juntasse água em sua capacidade completa. Manoel Vieira Alves, 74 anos, aposentado e morador da localidade, na época lamentou o açude ter secado, mas tinha esperança de que a obra e as próximas chuvas poderiam reverter esse quadro.

“Aqui era o lazer da gente, para dar água ao animal, para tomar banho, pescar, pegar um peixinho. Tudo aqui servia para gente, servia e serve, quando tiver de novo, né? Aqui nasci e me criei, nunca vi uma seca dessa não. Nasci e já tinha a barragem e nunca vi secar. Tem que fazer uma benfeitoria dessa, né? Mas aí agora com essa benfeitoria que tão fazendo, os nossos netos é que vão morrer e ela ainda não vai secar, com o poder de Deus”, confiou seu Manoel.

E o morador estava bem certo. Em 2018, ano em que muitos consideraram a estiagem ainda pior que a de 2016, o reservatório em terra e de múltiplo uso resistiu. E mesmo aquela região não tendo sido contemplada com as últimas chuvas de trovoada de dezembro, se comparada a outros municípios até do Alto Sertão, a sua ampliação de capacidade ainda conservou reservas para abastecer o gado e oferecer alento aos pescadores artesanais durante todo ano.

Outras barragens
Em Carira, no povoado Mansinha, a barragem comunitária serve de reforço aos criadores de gado da redondeza, para quando as suas reservas particulares secarem, chegando há uma população de 2.100 habitantes assistidos. Reformada em 2017, voltou a ter recarga na última chuva de trovoada, acumulando até mais água agora do que no primeiro ano, estando em cerca de 80% de sua capacidade máxima.

Novamente a irregularidade das chuvas em 2018 marcou presença, desta vez na barragem recuperada no povoado Aningas, em Nossa Senhora da Glória. A obra foi entregue debaixo de chuva, pelo então governador Jackson Barreto, em 22 de maio de 2017, e com o reservatório praticamente cheio, para atender os 525 moradores. Mas o mesmo êxito não se repetiu no ano seguinte, quando as chuvas de inverno pouco influenciaram no nível d’água do reservatório de médio porte, restando para novamente as trovoadas do começo de dezembro resguardarem o acúmulo de cerca de 30% de sua capacidade.

Grandes, médias e pequenas barragens em Tobias Barreto sofrem com a falta de incidência de chuvas para recuperarem os níveis de reservas, forçando o Governo do Estado a procurar alternativas até no Estado da Bahia para garantir o abastecimento da população urbana e a Cohidro, a perfurar poços para também permitir a subsidência do rebanho leiteiro dos irrigantes atendidos pelo seu perímetro Jabiberi. No povoado Montes Coelho, embora não tenha secado durante as estiagens de 2017 até 2018, as reservas acumuladas nas chuvas nesse período, incluindo depois das trovoadas, mantêm o estoque de água em cerca de 40% da capacidade do reservatório também reformado pela empresa pública.

Novos projetos
Segundo o diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, foram R$ 1470341,64 do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), empregados no programa de recuperação em 2017, incluindo ainda barragens reformadas em Canindé de São Francisco, Porto da Folha, Gararu, Ribeirópolis e Nossa Senhora de Lourdes.

“Estamos executando o programa desde 2012, com mais de R$ 5 milhões empregados na reforma de quase 2 mil pequenas e médias barragens, atendendo uma população rural de mais de 70 mil pessoas. Não por outro motivo, senão o resultado satisfatório das ações de nossas equipes de engenharia, garantimos mais R$ 780 mil do Funcep para em 2019 licitarmos empresa para reformar, sobre nosso projeto e planejamento, a grande barragem Chapéu de Couro, no assentamento Barra da Onça, em Poço Redondo”, informou Paulo Sobral.

“É um projeto ousado, em se tratar de uma barragem de alvenaria e que deixou de atender centenas de famílias depois que a força das enxurradas foi capaz de romper o paredão de concreto, vulnerabilidade a ser corrigida no novo projeto. Um acaso infeliz, mas prova que, mesmo no Alto Sertão seco de Sergipe, existe água das chuvas suficientes para justificar a manutenção dessa e de outras barragens, dando esperança e motivos ao sertanejo ali ficar resistindo bravamente eu sua terra de origem”, acrescentou o presidente da Cohidro Carlos Melo, reforçando que, como nas outras edições do programa, o critério principal para a escolha das localidades atendidas é o município ter decretado emergência devido à seca.

População de Tobias Barreto comemora instalação de cisternas pelo governo do Estado

A equipe de engenharia da Cohidro atuou na elaboração dos projetos de engenharia, que foram anexados no projeto da Seplag, enviado ao MDS, e vai atuar fiscalizando o prosseguimento das obras.

 

Dona Marina dos Santos comemora a nova cisterna ao lado do governador Belivaldo Chagas – Foto: Victor Ribeiro (ASN)

Mariene Alves Góis Santos, moradora do povoado Saquinho, sentiu a vida se transformar desde que o governo do Estado iniciou a instalação de cisternas na comunidade localizada no município de Tobias Barreto. “Há mais ou menos uns 20 dias, tudo começou a melhorar. Estamos bastante felizes porque antes pegávamos água no tanque, até o pescoço ficava doendo do esforço que era para conseguir água. Além disso, a água era de má qualidade e por isso gastávamos muito sabão para lavar roupa e os afazeres domésticos. Agora, temos a cisterna que veio em boa hora e mudou muito as nossas vidas”, disse a dona de casa.

Nesta sexta-feira (15), o governador Belivaldo Chagas, acompanhado pelo deputado federal Fábio Reis, visitou as cisternas que o governo do Estado está construindo em parceria com o governo federal na comunidade Tanque Grande/ Povoado Saquinho, em Tobias Barreto.

“São cerca de 3.000 cisternas que estão sendo construídas em 20 municípios do estado. Só aqui em Tobias Barreto são mais de 900 cisternas que estamos construindo. Nós visitamos algumas delas hoje e sentimos a felicidade da população ao ter suas cisternas com capacidade de 16 mil litros de água. Água boa que vai ajudar a trazer mais qualidade de vida para população. Portanto, essa é a intenção do governo do Estado poder melhorar a vida desse povo que tanto necessita de atenção”, disse o governador Belivaldo Chagas.

Em setembro de 2017, em Tobias Barreto, o governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Social firmaram convênio para a implantação de 3.576 cisternas e aguadas em municípios sergipanos  num investimento de R$ 15 milhões. Serão 3.062 cisternas no valor de R$ 10.819.805,66, e 514 barreiros, no total de R$ 4.180.194,33. A contrapartida estadual é de R$ 152 mil. De acordo com o convênio, a execução do Programa para implantação de cisternas e aguadas está a cargo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Sergipe.

Para o presidente da Cohidro, Carlos Melo, as cisternas trarão aos moradores mais dignidade e melhores condições de vida. “Trata-se de uma importante ação do governo do Estado, na parceria com a Secretaria de Estado do Planejamento e a Cohidro, para que a gente possa levar saúde e dignidade para as pessoas que ainda não têm o acesso à água encanada. E através das cisternas, por se tratarem de populações dispersas, ou seja, que não estão em aglomerados urbanos, você consegue abastecer e levar água de qualidade para essa população”.

O convênio, firmado por meio da Seplag no âmbito estadual, está inserido no Programa Nacional de Apoio à captação de Água de Chuva e Outras Tecnologias – Programa Cisternas, que possibilita a construção de barreiros (aguadas) e cisternas de placas de 16 mil litros para armazenamento de água para famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca nos municípios do semiárido sergipano.

Segundo o secretário de Estado do Planejamento, Rosman Pereira,  já foram entregues 39 cisternas com mais 61 em execução e previsão de entrega na proxima sexta-feira. ” Serão 100 prontas e mais 170 com buracos escavados e placas de concretos fazendo a cura, que vão estar prontas, totalizando 270 nessa primeira etapa. Nossa  expectativa é entregar também, até a proxima sexta, 100 barreiros nos povoados onde já foram feitas as inscrições e cadastramento dos beneficiários. São regiões que passam por longa estiagem. Então, é um projeto do governo federal em parceria com o governo do estado para que a gente possa trazer água de qualidade para consumo humano e através dos barreiros, água para o consumo animal “, informou.

Uma ação que deixou o prefeito de Tobias Barreto, Diógenes Almeida, muito satisfeito. “São 982 cisternas e 284 barreiros, que estão em andamentos. Isso é muito importante. É uma obra que vai marcar a vida do homem do campo que convive com a seca”, celebrou.

Cisternas
A dona Marina dos Santos, moradora do povoado Saquinho/ Tanque Grande, também elogiou os benefícios trazidos com a cisterna. “Era difícil, a gente não tinha água, pegava no tanque e com o balde na cabeça e hoje mais não, graças a Deus. Melhorou por causa da cisterna, agora não falta mais não, graças a Deus”, vibrou a dona de casa que mora com mais quatro pessoas.

Os municípios de Tobias Barreto, Telha, Simão Dias, São Miguel do Aleixo, Pinhão, Poço Redondo, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Aparecida, Monte Alegre e Macambira serão contemplados com cisternas. E receberão barreiros: Tobias Barreto, Nossa Senhora Aparecida, Pinhão, Frei Paulo e Macambira. Só em Tobias Barreto são 920 cisternas e 287 barreiros.

Em 2018, a Cohidro e a Seplag firmaram Termo de Cooperação com o objetivo de efetivar instalação das cisternas de placas em concreto armado e a construção das barragens de barreiro em Sergipe.

A implantação das 3.062 cisternas e 514 barreiros é de fundamental importância para o desenvolvimento de localidades que ainda não têm acesso à água encanada por diversos fatores, principalmente o da topografia e da distância dos centros urbanos.

Duas entidades foram escolhidas em chamamento público para a execução do programa. A Associação Movimento Popular Resgatando Vida e Cidadania Sergipana (AMPRVCS), que construirá cisternas e barreiros em Tobias Barreto, Simão Dias, Macambira, Frei Paulo, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora das Dores. O Centro Dom José Brandão de Castro (CDJBC), vai instalar cisternas em Poço Redondo, Monte Alegre e Nossa Senhora da Glória. As entidades são responsáveis pelo cadastramento social das famílias beneficiárias.

As tecnologias sociais são destinadas para famílias residentes em localidades rurais e com renda familiar equivalente às utilizadas como critério de aceitação em outros programas sociais federais, como o ‘Bolsa Família’; devendo possuir o Número de Identificação Social (NIS) e, preferencialmente, ter como responsável legal uma mulher.

A equipe de engenharia da Cohidro atuou na elaboração dos projetos de engenharia, que foram anexados no projeto da Seplag, enviado ao MDS, e vai atuar fiscalizando o prosseguimento das obras.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

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Curso de Irrigação é aplicado a técnicos e estagiários do perímetro Califórnia

Capacitação pretende preparar profissionais aptos a projetar sistemas de irrigação localizada

Alunos estão satisfeitos com a forma com que Gonzaga aplica sua capacitação – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Engenheiro agrônomo e mestre em Irrigação, Luiz Gonzaga Luna Reis faz parte do quadro funcional da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e foi convidado pela gerência do Perímetro Irrigado Califórnia para aplicar um Curso de Irrigação. O público alvo são os técnicos e ‘tecnolandos’ em Agropecuária, respectivamente os servidores e estagiários desta unidade da empresa em Canindé de São Francisco. As primeiras aulas do ano ocorreram nesta segunda e terça-feira, 29 e 30.

A demanda, que pretende fazer uma reciclagem dos técnicos e enriquecer o currículo dos estudantes, é na elaboração dos projetos de irrigação localizada, definindo o passo a passo da implantação de sistemas eficientes, econômicos e adequados às normas legais de uso da água, seja dentro do perímetro irrigado, seja a partir de outros mananciais. Só no perímetro Califórnia, distante 198 km de Aracaju, são 333 lotes atendidos pela irrigação pública fornecida pela Cohidro, onde o projeto original, persistente ainda na maioria destas áreas produtivas, é com aspersão convencional e móvel, que tanto apresenta uma baixa eficiência de irrigação, quanto consome bastante tempo no deslocamento das tubulações dentro da área irrigada.

Desta maneira, Gonzaga iniciou o seu curso, na teoria e prática, tratando do recurso hídrico disponível para irrigar os lotes em que se pretende aplicar os projetos, no caso do Califórnia, os canais. “O trabalho feito no canal é para determinar a vazão. Do jeito muito semelhante ao que se faz em um rio. Se você vai fazer um projeto de irrigação, tendo um rio, a metodologia é praticamente a mesma, para a determinação da quantidade de água. Você só faz a determinação da área que vai irrigar, em função da água que você tem no riacho. E essa determinação tem que ser feita no mês crítico do ano, em termos pluviométricos”, explanou.

Gonzaga, servidor público há 35, demonstra grande gosto em passar adiante o conhecimento acumulado nesse período de atuação profissional. Tempo em que ele foi, inclusive, projetou irrigação na África a partir das águas do Rio Nilo, convidado pelo governo da República do Sudão, em 2008. “Nós estamos começando agora, essa foi a primeira aula, mas a minha intenção é deixá-los  prontos, inclusive com auxílio de um GPS, para levantar as áreas de campo, determinar a vazão do manancial a ser usado para irrigação e encima disso, fazer um projeto completo de irrigação localizada, de microaspersão ou gotejamento”.

João Quintiliano da Fonseca Neto, Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Dirir), apoia a iniciativa da gerência do perímetro de Canindé. “É um trabalho constante nosso, o de influenciar e convencer os nossos produtores irrigantes para a substituição dos métodos de irrigação. Em Itabaiana, onde nós temos dois perímetros irrigados, faz parte das ações do ‘Programa Águas de Sergipe’ (PAS), a troca completa dos sistemas de irrigação pela microaspersão (projeto elaborado por Gonzaga e aprovado pelo consultor do Banco Mundial), tamanha é a necessidade da substituição desses equipamentos de uso à época da criação dos perímetros, mas hoje ultrapassados”, analisou. O PAS é do Governo de Sergipe, gerido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e financiando pelo Banco Mundial, adequando o uso da água da bacia do Rio Sergipe à eficiência e a preservação ambiental em mais de 80 ações.

Balde Cheio
O programa ‘Balde Cheio’ de produção de leite foi implantado de forma bem-sucedida no perímetro Jabiberi, também da Cohidro, em Tobias Barreto. Atualmente, servidores dos dois polos irrigados e da Dirir, trabalham em uma transferência de tecnologia para implantação do modelo em Canindé. Segundo a gerente do Califórnia, Eliane de Moura Moraes, isso foi o que motivou a capacitação. “Dr. Gonzaga veio para dar uma orientação no projeto ‘Balde Cheio’, inicialmente. Quando ele chegou ao campo, viu a irrigação inadequada, o pessoal coloca uma bitola maior, usando o método errado, causando desperdício de água e os técnicos daqui já sem argumento para combater. E ele então resolveu fazer esse curso, o que foi uma coisa muito boa, fantástica, ele é muito competente”.

Os dois dias de curso desta semana são uma sequência, tendo havido outros dois encontros em 2017, quando participou outra turma de estagiários hoje formados, conforme informa Eliane Moraes. “E ele viu também os estagiários, sem muita noção do que era irrigação e quase formados, essa é a ultima etapa do curso deles. O pessoal está muito satisfeito, tanto que iam ser só essas três etapas, mas vai ter mais, para finalizar”. Para a gerente, o resultado não poderia ter sido melhor. “Ele é muito sério, muito disponível, muito seguro nas informações que ele dá. Está de parabéns a Cohidro em ter um profissional desse em seu quadro”, completou.

Capacitação do servidor
Para o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, toda e qualquer ação que venha capacitar o servidor, finda em melhorar a qualidade do serviço público oferecido. “Nesse período em que toda máquina pública do Estado está reduzindo drasticamente qualquer despesa que não seja o essencial para garantir o funcionamento dos órgãos públicos, infelizmente, não estamos podendo investir em capacitações externas. Assim, saber que dentro da própria estrutura da empresa é possível poder contar com a colaboração, com o coleguismo de quem pode compartilhar os conhecimentos com o próximo, é gratificante, justifica nosso esforço em defender o nome e batalhar por melhorias nessa empresa. Obrigado Dr. Gonzaga, pela ajuda bem-vinda aos colegas e para a Companhia”, ajuizou.

Um dos técnicos da Cohidro que participou das capacitações é Antônio Roberto Ramos. Para ele, o curso está tendo bastante aproveitamento. “Esse curso é uma sequência do que iniciamos no módulo anterior. Tudo que é repassado é uma sequência de estudo, mas não é repetitivo, irrigação é um tema bastante extenso”. O servidor participou também das aulas anteriores e vê sempre coisa nova a cada encontro. “Ele fez uma revisão e depois sequenciou, com novos conteúdos, como cálculo de vazão em um canal de irrigação trapezoidal, medição de vazão de microaspersores em campo. Conteúdo que não tínhamos vistos no módulo anterior”, descreveu, acrescentando que essas atividades práticas tiveram a participação de todo o grupo.

Dom José Brandão de Castro
Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) ‘Dom José Brandão de Castro’ fica no município vizinho de Poço Redondo e tanto tem utilizado da estrutura e lotes dos irrigantes atendidos pela Cohidro, para aplicar aulas práticas, como tem fornecido mão de obra temporária à unidade de Canindé da Empresa, através dos estágios curriculares de conclusão de curso. Uma reciprocidade que auxilia o trabalho de atendimento ao agricultor que, ao mesmo tempo, melhor prepara estes futuros profissionais para o mercado de trabalho.

“Esse curso é um enriquecimento muito grande para os estagiários, que vão aplicar não só no perímetro, mas se aparecer um projeto particular, os mesmos estarão capacitados para realizar, vão poder fazer, como mais uma opção para abertura de mercados de trabalho”, concluiu o agrônomo Luiz Gonzaga.

Governo investiu R$ 4,8mi para prover água a 166 mil pessoas em 2017

Sistema de abastecimento do ‘Água para Todos’ em Indiaroba – Foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

As ações da Diretoria de Infraestrutura e Mecanização Agrícola (Dinfra) da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) são voltadas à captação de água subterrânea e da chuva, a partir de barragens e cisternas. Pelo trabalho de suas cinco equipes de perfuração, em 2017, foram perfurados 112 novos poços. Um investimento, na aquisição de materiais e insumos, de R$ 1.712.968,14, beneficiando diretamente 37.521 pessoas nas localidades assistidas. Em toda sua história, a empresa já perfurou 3.791 poços, sendo que 95% destas ações foram direcionadas aos moradores da zona rural, visando à estabilidade do homem no campo.

Neste mesmo ano, foram investidos outros R$ 2.487.019,70 para a Cohidro implantar 40 novos sistemas de abastecimento de água obtida de poços tubulares, beneficiando 42 localidades rurais onde vivem 15.290 pessoas. Em outras 214 interferências das equipes de instalação, recuperação e manutenção de poços da Cohidro, foi mantido o fornecimento de água para 67.500 pessoas, a partir do investimento de R$ 247.347,80, em atendimento e peças de reposição. Serviços de limpeza e teste de vazão foram realizados em poços perfurados pela Cohidro, novos e antigos, beneficiando 23.770 pessoas, onde foram investidos mais R$ 341.462,47, em suprimentos para as duas equipes da Cohidro na função.

Segundo o titular da Dinfra, Paulo Henrique Machado Sobral, são ações continuadas e de diferentes equipes. “A implantação do sistema simplificado de abastecimento de água inicia-se com a visita de um geólogo in loco para realizar a avaliação geológica e locação do poço. Após a demarcação da área é indicada a sonda apta a perfurar a região analisada, sendo essa enviada a campo para executar a perfuração. Após a conclusão da etapa anterior, e com poço produtor, é enviada a equipe de bombeamento para realizar a limpeza do poço e aferir a capacidade de produção do mesmo. Sendo as avaliações de vazão e qualidade de água positivas, haverá a instalação de bombas e implantação da estrutura de armazenamento e distribuição da água. Em casos específicos, há ainda a instalação de dessalinizadores”, ilustrou o diretor.

Em Simão Dias, no Assentamento Maria Bonita, há um poço perfurado pela Cohidro capaz de fornecer 12.100 litros de água por hora, vazão considerada bastante produtiva. Nele, a empresa instalou a bomba, a tubulação que leva água até um reservatório de 10.000 litros, que é suspenso por estrutura de concreto de 6 metros e que segue até as residências, totalizando 1.276m de rede subterrânea de água. Um investimento de R$ 100.000, oriundos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), obtidos via convênio com a Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh). Esse sistema, que beneficia 69 famílias, foi inaugurado pelo governador Jackson Barreto, em 31 de outubro de 2017.

“O governo do Estado está fazendo um investimento de quase R$ 6 milhões em Simão Dias. Nosso sentimento é de muita alegria, de dever cumprido, em poder atender a população de Simão Dias. Como governador de Estado, nunca tivemos tantos investimentos anunciados de uma só vez nesse município”, declarou Jackson Barreto, no dia da inauguração no Maria Bonita, quando também foram entregues galpão, equipamentos, insumos e regularização fundiária para famílias de agricultores; foi inaugurado o novo escritório da Deso e ainda assinado as ordens de serviço para pavimentação e drenagem de vias urbanas e os contratos de investimento pelo Programa Dom Távora.

 

Combate à seca

No atendimento às comunidades rurais, que são providas pela água da chuva em barragens comunitárias escavadas e de uso múltiplo, em 2017 foi realizado trabalho preventivo de limpeza em 13 unidades, retirando o excesso de lama e ampliando a capacidade. Estas aguadas são utilizadas principalmente no período da seca, para dessedentação animal e no último período de chuva acumularam muito mais água, para atender povoações que vivem da pecuária em Canindé de São Francisco, Carira, Cedro de São João, Frei Paulo, Gararu, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Poço redondo, Poço Verde, Porto da Folha, Tobias Barreto e que somam 22.240 pessoas.

José Sandro dos Santos é presidente da Associação Quilombola Manoel Rozendo da Guia, que congrega os produtores rurais da comunidade tradicional da Serra da Guia, em Poço Redondo. Ele relata que depois que o reservatório recuperado pela Cohidro ficou cheio, a água acumulada poderá durar até dois anos, principalmente por que ali não é permitida a captação da água que não seja para o uso da própria comunidade. “Essa obra da barragem chegou em uma boa ora, graças a Deus! A barragem existe há mais de 30 anos e usamos a água tanto para dar ao gado como para a lavagem de roupas”, relata.

O resultado do programa foi positivo, o que foi constatado antes mesmo de uma nova seca começar, comemora o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola. “Uma seca das mais severas da história foi, graças a Deus, suprida por um inverno bastante generoso em quantidade de chuva. Isso garantiu que a maioria das barragens que nós recuperamos no período de estiagem enchesse em sua totalidade. Garantindo, assim, uma maior autonomia e chance de persistência do sertanejo no campo, tendo um tempo maior de uso daquela água. Como sempre digo, a água existe no sertão, em forma de chuva. O que é preciso fazer é investir em meios de guardá-la para usar durante a seca. Isso se faz, principalmente com as barragens e as cisternas, outra atuação que a nossa empresa, em breve, vai voltar a ter também no Estado”, argumentou.

 

Convênio Seidh

Foram investidos, em 2017, um total de R$ 2.000.000 em recursos do Funcep, obtidos pela Cohidro através de convênio com a Seidh. Ações de combate aos efeitos da seca e provimento de água para consumo humano no interior do estado. Das 13 barragens recuperadas em 2017, 12 foram custeadas nesta parceria. Essa parceria financiou também a aquisição de materiais de insumos para perfuração de 20 poços tubulares profundos. Destes, quatro comunidades receberam implantação de sistemas abastecimento de água com distribuição domiciliar, nos municípios de Simão Dias e Lagarto, assistindo 2.075 moradores. No total, o convênio beneficiou 32.770 pessoas no campo.

 

Programa ‘Água para Todos’

Os primeiros sistemas singelos de abastecimento de água financiados pelos recursos federais do ‘Água para Todos’, começaram a ser entregues em setembro de 2016, sendo concluídas no ano seguinte as 24 unidades restantes. Ao todo, são 36 sistemas que atendem 38 comunidades com uma população total de 6.339 pessoas. Um investimento de R$ 2.487.019,70, só na implantação das redes de distribuição e armazenamento de água, beneficiando 4.013 pessoas. Tal ação resulta dos 45 poços perfurados em 40 localidades, realizada em anos anteriores de vigência do programa.

Ao todo, o programa já investiu R$ 4.412.818,16 nos sistemas de abastecimento sergipanos, incluindo a perfuração dos poços. Vale ressaltar que existem unidades de abastecimento em que houve a parceria das prefeituras, das comunidades organizadas ou até por iniciativa dos moradores, para que a infraestrutura hídrica pudesse ser interligada às casas, construídas ou reaproveitando as já existentes. Foi assim nos povoados Curral dos Bois, Encruzilhada e Assentamento Caraíbas, em Japaratuba e nos povoados Bom Viver, Cambuí e Mangabeiras, em Santa Luzia do Itanhy. Há sistemas, como os dos povoados ‘Fazenda de Cima’, em Riachão do Dantas e do Estacada, em Tomar do Geru, que receberão dessalinizadores para o tratamento da água.

No Assentamento 05 de Janeiro, em Indiaroba, um sistema inaugurado pelo Governo do Estado em 17 de novembro, beneficia 128 famílias, ou seja, cerca de 700 pessoas, e correspondeu a um investimento de R$ 298.518,82. Já no Assentamento 27 de Outubro, entregue no mesmo dia, são mais 23 famílias, investimento correspondente a R$ 135.365,31.  “É uma obra social de grande alcance e nossa maior felicidade é ver os sorrisos dessas pessoas que não precisarão mais carregar baldes por longas distâncias ou precisar de carroças para ajudar a pegar água nos tanques ou rios da região”, defendeu o vice-governador Belivaldo Chagas.

Para as moradoras do 27 de Outubro, as agricultoras Maria Beatriz Santos Dória, 68, e Hélia Cardoso, 51, o acesso a água traz facilidades para o dia a dia. “Estou muito feliz e agradeço a Deus por essa água. Antes, precisávamos pegar água no rio ou no assentamento vizinho, mas são mais de 3 km de distância, tínhamos que usar as carroças para ir pegar a água, era difícil”, disse Maria Beatriz. “Agora vai facilitar o dia a dia, a limpeza da casa e até para gente beber”, completou Hélia.

Em Brasília, Jackson solicita verba para barragens, abastecimento de água e Canal de Xingó

 

Acompanhado do deputado federal Fábio Reis, dos secretários da Agricultura, Esmeraldo Leal, e de Inclusão, José Sobral e do presidente da Deso, Carlos Melo, o governador solicitou a liberação de R$ 1 milhão para recuperação da barragem da Barra da Onça, em Poço Redondo

Fotos: Roque Sá

O governador Jackson Barreto embarcou para Brasília para cobrar recursos e investimentos para Sergipe. Em audiência, nesta terça-feira, 03, com o ministro da Integração, Helder Barbalho, e com o presidente da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), Antônio Avelino Rocha, o governador discutiu questões relacionadas à regularização das contas de energia do projeto Jacaré-Curituba; a liberação de recursos da barragem da Barra da Onça e a doação de uma perfuratriz para o governo do Estado.

Acompanhado do deputado federal Fábio Reis, dos secretários da Agricultura, Esmeraldo Leal, e de Inclusão, José Sobral e do presidente da Deso, Carlos Melo, o governador solicitou a liberação de R$ 1 milhão para recuperação da barragem da Barra da Onça, em Poço Redondo. Jackson lembrou que cobrou o recurso em maio deste ao, durante audiência com o ministro.

Helder Barbalho explicou a recuperação da barragem da Barra da Onça está em análise, junto com mais de 30 mil propostas de todo o País, que somam R$ 12 bilhões. Ele informou que a equipe do Ministério realizou uma triagem e irá analisar a demanda de Sergipe.

Outro questionamento do governador Jackson Barreto foi sobre a liberação de R$ 10 milhões para conclusão das obras de ampliação do Sistema de Abastecimento dos Municípios de Tomar do Geru, Itabaiaininha e Umbaúba e ressaltou que os serviços estão 90% concluídos. Barbalho garantiu que parte dos recursos será liberada na próxima semana e a restante quando a Pasta receber dotação orçamentária.

Perímetro Irrigado
Durante a audiência, o governador também solicitou que a Codevasf assuma as despesas de energia elétrica do Perímetro Irrigado Federal Jacaré-Curituba. Situado em Poço Redondo, a operacionalização do Perímetro é feita pelo Ministério da Integração Nacional, por meio da Codevasf, que administra o perímetro, e do Incra, que presta assistência aos irrigantes.

Apesar de ser um perímetro irrigado federal, a Cohidro vem pagando a conta de energia elétrica do Perímetro há alguns anos. O governador explicou que, por orientação da Procuradoria-Geral do Estado e de seu setor jurídico, a Cohidro deixou de realizar o pagamento das contas, impetrando ação judicial para transferir o domínio da conta de energia para a Codevasf.

“São mais de 700 famílias assentadas no Jacaré-Curituba, o maior assentamento da América Latina em perímetro irrigado. Precisamos resolver essa situação porque os produtores não podem correr o risco de ficar sem energia. Já são R$ 2 milhões em dívida de energia de responsabilidade da Codevasf”, afirmou Jackson.

O presidente da Codevasf, Antônio Avelino Rocha , explicou que existe um problema na definição das responsabilidades do Incra e da Codevasf e ficou acertada uma reunião com o ministério de Minas e Energia pra buscar uma solução para o caso, que também ocorre em outros estados.

Canal de Xingó
Sobre o Canal de Xingó, Jackson requereu a viabilização de R$ 20 milhões para a execução do Projeto Básico e lembrou que, em março deste ano, a então presidente da Codevasf, Kênia Marcelino, visitou Sergipe para dar início ao processo licitatório do Projeto Básico do Canal de Xingó. Desde então, transcorreu a licitação que hoje se encontra em sua fase final. Restando apenas a comissão licitatória divulgar o relatório final e que corram os prazos regimentais para recursos. A perspectiva era de que até o fim de outubro o processo licitatório seja finalizado.

Jackson explicou que a União disponibilizou R$ 6 milhões no Orçamento Geral da União para a obra. Posteriormente, no entanto, esse valor foi contingenciado. Os restantes R$ 14 milhões precisam ser assegurados pela Codevasf para a realização do projeto básico do Canal de Xingó.

O ministro Helder Barbalho informou que a licitação do projeto do canal de Xingó deve ficar pronta ainda este mês, seguindo o prazo pré-estabelecido.

Obra
O projeto do Canal de Xingó pretende maximizar a oferta de recursos hídricos no Sertão sergipano, melhorando, assim, os Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) na região.

A primeira fase do projeto prevê uma construção que abrange desde a captação de água no reservatório de Paulo Afonso (BA), passando por Santa Brígida (BA), Canindé de São Francisco (SE), chegando a Poço Redondo (SE). Nas fases seguintes, o canal se estenderá por Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória onde irá bifurcar até Carira e Ribeirópolis.

O anteprojeto da fase I do Canal de Xingó já foi concluído pela Codevasf e correspondeu a um investimento de R$ 6,8 milhões. A Fase I tem 114,5 km de extensão. O EIA-RIMA já foi analisado pelo Ibama, tendo sido condicionado à emissão de relatório pelo IPHAN. Então deverá ser submetido ao Ibama para concessão de Licença Prévia para localização do empreendimento. A expectativa é de que a Licença Prévia seja concedida até meados de 2017.

Após a conclusão dos projetos, a Codevasf dará início aos procedimentos necessários para a elaboração da licitação da obra, cujo prazo de conclusão é de 03 a 04 anos e o montante de investimento para a implantação da 1ª fase é estimado em R$ 1,4 bilhão. A extensão do canal em suas duas fases é superior a 300 km. O investimento total do Canal é estimado em R$ 4,5 bilhões. Quando concluído, o Cabal terá vazão de 36 m3/s, já assegurada pela ANA, e atenderá os Projetos de Irrigação Califórnia e Jacaré-Curituba (em operação), e Manoel Dionísio (a ser implantado); vazão para abastecimento humano, dessedentação animal e pequena irrigação em mais de 25 assentamentos do Incra.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Nota Ascom/Cohidro
A Cohidro se insere no contexto do Canal Xingó na diminuição dos custos que o Estado tem com a captação de água para o Perímetro Irrigado Califórnia. Além disso, a criação do novo canal propiciará a implantação do novo Perímetro Irrigado Manoel Dionísio. Desta forma, ao todo serão 6,5 mil hectares de terra em plena produção de alimentos no Alto Ser

Jackson e ministro do Desenvolvimento Social anunciam construção de 3.576 cisternas e aguadas no semiárido sergipano

O governador Jackson Barreto e o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, anunciaram nesta segunda-feira, 18, em Tobias Barreto, investimentos que superam o valor de R$ 19 milhões para implantação de 3.576 cisternas e aguadas em municípios sergipanos (R$ 15 milhões) e para incluir 2 mil famílias sergipanas no Programa de Inclusão Produtiva Rural (R$ 4,8 milhões). Durante a visita ao Centro Sul sergipano, o governador e o ministro também apresentaram os primeiros resultados do Programa Criança Feliz em Sergipe e realizaram a entrega de um veículo doado ao estado pelo Ministério.

O convênio firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Social e o governo do Estado de Sergipe, por meio da secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), no âmbito do Programa Nacional de Apoio à captação de Água de Chuva e Outras Tecnologias – Programa Cisternas possibilitará a construção de barreiros (aguadas) e cisternas de placas de 16 mil litros para armazenamento de água para famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca nos municípios do semiárido sergipano.

“Foram mais de R$ 19 milhões anunciados pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O que nós estamos fazendo aqui, hoje, é um palanque dedicado ao povo pobre de Tobias Barreto e do estado. Só foram discutidas aqui políticas públicas para os mais pobres de Sergipe, o que condiz com minha história de luta. Nós, governantes, temos obrigação de cuidar de toda a população, mas, como pregou Jesus, cuidar dos que mais precisam, em primeiro lugar. É isso que o papa Francisco tem nos ensinado. Tem ensinado a cuidar dos mais pobres. Estou feliz de participar dessa programação, porque nós também ajudamos a fazer a seleção dos municípios. Quanto as cisternas, somente Tobias Barreto vai receber mais de mil cisternas para enfrentar os desafios da seca. Por outro lado, o ministro veio mostrar sua alegria com o lançamento do Programa Criança Feliz, já que o estado de Sergipe é o primeiro estado do país a fazer a elaboração do programa de forma objetiva e concreta, hoje já envolvendo mais de 70% dos municípios do estado”.

Serão 3.062 cisternas no valor de R$ 10.819.805,66, e 514 barreiros, no total de R$ 4.180.194,33. A contrapartida estadual é de R$ 152 mil. De acordo com o convênio, a execução do Programa para implantação de cisternas e aguadas ficará a cargo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Sergipe.

O ministro Osmar Terra elogiou a gestão de Jackson Barreto e Belivaldo Chagas e afirmou que a destinação dos R$ 15 milhões do Programa Cisternas para o estado se deu devidos a luta de Jackson e do deputado federal Fábio Reis. “Jackson fez uma grande transformação no estado de Sergipe, nas políticas sociais e, com certeza, muito do que é feito por Jackson só é possível porque ele tem o vice-governador, Belivaldo, ao seu lado. Sergipe iria receber R$ 2,5 milhões do dinheiro destinado a este programa pelo governo federal, mas o governador, Fábio Reis e Sérgio Reis me procuraram e expuseram as necessidades do estado e passamos para R$ 15 milhões investidos aqui”.

Osmar Terra explicou que a intenção é que no próximo ano, mais sergipanos sejam contemplados com cisternas. “Vamos zerar o número de cisternas necessárias. Para isso, no início do próximo ano, vamos liberar mais recursos para o estado. Estamos trabalhando para ajudar quem mais precisa”.

Famílias dos municípios de Tobias Barreto, Telha, Simão Dias, São Miguel do Aleixo, Pinhão, Poço Redondo, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Aparecida, Monte Alegre e Macambira serão contemplados com cisternas. E receberão barreiros: Tobias Barreto, Nossa Senhora Aparecida, Pinhão, Frei Paulo e Macambira.

“São mais de 4 mil famílias de baixa renda beneficiadas com acesso a água, um dos bens mais preciosos da vida. Só em Tobias Barreto são 1.032 cisternas”, expôs o deputado federal Fábio Reis.

O prefeito de Tobias Barreto, Diógenes Almeida, expressou a alegria com os benefícios levados ao seu município. “Recebemos a visita do ministro, que nos trouxe 1.032 cisternas e um carro-pipa. Enfrentamos o maior período de seca visto em Sergipe. Hoje está chovendo, mas não é comum vermos chuva por aqui em setembro. É uma felicidade saber que quando voltarmos ao período de seca nossa população poderá ter água captada em casa”.

Já o prefeito de Nossa Senhora da Glória, Chico do Correio, um dos municípios beneficiados, falou que as cisternas e aguadas serão a garantia de água para os agricultores no período de seca. “Qualquer ação do governo federal, juntamente com o governo do estadual, para melhorar a convivência com a seca é de extrema importância. Portanto, nós estamos recebendo recursos para a construção de 229 cisternas que perfaz um total de R$ 229 mil. Recursos que vão se somar às ações que o município já fez e que o governo do Estado realizou no governo de Marcelo Déda e no governo de Jackson Barreto, com relação água encanada para as comunidades”.

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Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Última atualização: 16 de outubro de 2017 08:44.

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