[vídeo] Em Glória, lançamento do Pró-Campo anunciou R$ 12 milhões em investimentos via Cohidro

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, mostrou neste sábado (25), reportagem de Patrícia Dantas com imagens de Jorge Henrique, sobre o lançamento do programa Pró-Campo, feito pelo Governo do Estado em Nossa Senhora da Glória. A Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), é beneficiada com recursos para a implantação de 72 sistemas de abastecimento de água, a partir do investimento de quase R$ 5,5 milhões. Na cerimônia de lançamento, Ordens de Serviço foi dada para implantar nove sistemas.

Também vai ocorrer a limpeza e recuperação de 1.021 barragens, incluindo a do povoado Barra da Onça, em Poço Redondo, obra que já foi iniciada a partir da Ordem de Serviço assinada no lançamento do Pró-Campo. Os investimentos em reservatórios para a captação de água da chuva, em áreas afetadas pela falta de chuvas, contabilizam R$ 5.710.986,01. Outros R$ 981.515,83 serão investidos, também via Pró-Campo, na recuperação da Estação de Bombeamento 02, do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto e as 05 e 07 do perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco.

Produção da irrigação pública estadual cresce 60% e recebe investimentos do Pró-Campo

Programa estadual vai investir R$ 981.515,83 na recuperação da EB 02, do perímetro Piauí, e 05 e 07 do Califórnia.
[foto: Fernando Augusto]
Os seis perímetros irrigados do Governo do Estado produziram 90.658 toneladas (ton.) de alimentos em 2021, incluindo os 1.632.535 litros de leite gerados no Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto. O aumento, em relação à produção do ano passado, foi de quase 60%. A maior produção se concentrou no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, que em seus 373 lotes colheu mais de 40 mil ton. A batata-doce, presente em todos os cinco perímetros de vocação agrícola, é o cultivo mais colhido, 21,8 ton., tendo como campeão o perímetro Poção da Ribeira, em Itabaiana, produzido mais de 14 mil ton. do tubérculo. O programa estadual, Pró-Campo, lançado no último dia 13, vai investir R$ 981.515,83 na revitalização da estrutura física e manutenção elétrica e mecânica das estações de bombeamento (EBs) 02, do perímetro Piauí, em Lagarto, e 05 e 07, do Califórnia.
“A tendência é que nestes perímetros, que receberão o incentivo do Pró-Campo, a produção aumente junto das melhorias que as EBs vão receber. O governador Belivaldo Chagas reconheceu o nosso esforço em recuperar estas EBs e destinou, pelo programa, este incremento em recursos para concluirmos o trabalho. A EB-01 do Piauí e as 03, 04 e 06 do Califórnia já passaram por esta manutenção, onde investimos R$ 200 mil em recursos próprios. Em Canindé, houve a restauração da estrutura civil e tubulações, nova pintura, calçamento, cobertura para as bombas; novas portas, telhado, revestimento e louças sanitárias para a casa de força e o alojamento. Junto disso, ocorreram as manutenções corretivas das partes mecânicas e elétricas, facilitando o manuseio de operadores e diminuindo os riscos de falhas e panes nestas EBs”, listou o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Paulo Sobral.

No setor atendido pela EB-06 do Califórnia, recuperada em 2020, acabou de colher cerca de 50 ton. de abóbora, o agricultor irrigante Marcos Mota. Ele é novo no perímetro irrigado de Canindé e sua opção, em adquirir um lote, veio do potencial de geração de renda a partir da produção irrigada no Alto Sertão e o apreço pelo meio rural. “Gosto de trabalhar com a terra. A abóbora foi minha primeira roça e a produção foi boa. Depois da abóbora, vou plantar quiabo”, disse o produtor. Quiabo é o produto que mais foi colhido no perímetro de Canindé, 5,5 mil ton. em 2021. O vegetal tem grande demanda no estado da Bahia, para onde foi parte considerável das 8,1 mil ton. de quiabo produzidas também nos cinco perímetros irrigados agrícolas administrados pela Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

São aproximadamente 14 mil pessoas beneficiadas diretamente com a irrigação fornecida pelo estado nos seis perímetros irrigados. Gera renda e postos de trabalho que desenvolvem a economia de Areia Branca, Canindé, Itabaiana, Lagarto, Malhador, Riachuelo e Tobias Barreto. Mais do que riqueza – R$ 137.126.624,15 durante o ano, movimentando campo e a cidade – os perímetros contribuem com a alimentação do sergipano. Irrigação pública que produz dentro do estado e influi, direta e indiretamente, no preço de sete dos 12 alimentos mensalmente pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese): banana; tomate; mandioca para fazer farinha; cana para fazer açúcar; material forrageiro para fazer ração animal, produzindo leite, manteiga e carne bovina. Produção esta que, graças à oferta de água para irrigação o ano inteiro, contribui para Aracaju ser a capital com a cesta básica mais barata do país há quatro meses consecutivos, pela segunda vez no ano.

“Os perímetros, através das estações de bombeamento ou por meio da gravidade, fazem chegar aos lotes agrícolas a água represada em barragens estaduais e no lago da hidroelétrica de Xingó, no Rio São Francisco. A empresa subsidia parte dos custos da energia elétrica, nos quatro perímetros que possuem bombas e disponibiliza materiais, peças, ferramentas e funcionários para a manutenção e operação de toda esta estrutura. Além disso, fornece assistência técnica agrícola aos 1.730 lotes produtivos dos perímetros, auxiliando, incentivando e orientando o que o agricultor deve plantar. Neste último caso, muito pelo trabalho de assessoria em agronegócio feito para que o produtor participe dos programas de compra institucional da produção agrícola”, complementou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca.

[vídeo] Irrigação pública gera emprego e renda em Lagarto com o cultivo de mudas e plantas ornamentais

Tem mudas, mas têm plantas e até árvores adultas, prontas para transplantar e enfeitar o seu jardim, nós viveiros instalados dentro do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado via Cohidro, em Lagarto. Este foi o tema da reportagem de autoria da repórter Patrícia Dantas e com imagens de Jorge Henrique, exibida pelo programa Sergipe Rural do último sábado (04), na Aperipê TV.

O Governo fornece irrigação e também dá assistência técnica para os empreendedores cultivarem plantas ornamentais e espécies frutíferas, para compor novos pomares, com forte atuação no ramo citrícola, e projetos de paisagismo.

O destaque vai para a produção da palmeira real, que são retiradas já adultas e levadas, de caminhão, até para cidades de estados vizinhos. Como retorno, a economia de Lagarto recebe o incremento do que é faturado nesta comercialização de plantas com outros municípios, e gera empregos para a comunidade local.

Cohidro realiza exames médicos dos funcionários em adequação ao eSocial

[Foto: arquivo pessoal]
Reuniões realizadas na terça-feira (30), no escritório do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto; terça-feira no Califórnia, em Canindé de São Francisco; e quinta-feira na Ribeira, em Itabaiana, dão continuidade ao cronograma de adequação da Cohidro ao eSocial – Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais. A companhia estadual acaba de fechar novo contrato com uma empresa de Medicina e Segurança do Trabalho para disponibilizar os exames de saúde aos funcionários. Isso depois de sair na frente neste mês de novembro, ao pagar seus encargos patronais direto no novo sistema que reúne 15 obrigações trabalhistas.

A empresa cumpre Normas Regulamentares (NRs) para atualizar as suas informações quanto à saúde do trabalho do quadro funcional. Dados que serão utilizados para cumprir a quarta e última fase do eSocial, que se encerra em janeiro de 2022. É quando deve informar a situação de Saúde e Segurança do Trabalho na empresa, para emissão dos Laudos Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCATs) dos perímetros irrigados, a exemplo do Piauí, e da sede da Cohidro.

Diretor Jean Nascimento, e engenheiro do trabalho Roberto Barros e Pedro Américo, da CIPA [Foto: Arquivo pessoal]
É uma rotina anual que faz parte do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) da Cohidro e se dá através da realização dos exames médicos periódicos, que todo trabalhador faz e os complementares, para algumas atividades de risco. O Trabalho da equipe de saúde contratada só será concluído com a emissão dos Atestados de Saúde Ocupacional (ASOs) de todos os trabalhadores. O que muda, neste ano, é que todo o resultado do processo será lançado no sistema do eSocial, que em menos tempo vai retornar a emissão dos LTCATs.

Segundo o diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Jean @jcNascimento1003, “a empresa seguirá um cronograma de exames estabelecido pelo engenheiro da Divisão de Saúde e Segurança do Trabalho (#DissaCohidro), Roberto Barros. Isso foi mais uma conquista que conseguimos junto com esta Diretoria Executiva para os servidores, atendendo ao pleito do Sindisan (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água) e da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)”, declarou.

[vídeo] Irrigantes de Lagarto apostam na abóbora de olho no bom preço

O programa Agro-SE, da TV Atalaia , mostrou na quarta-feira (10), que o mercado escasso de abóbora abre espaço para o irrigante lagartense mudar sua estratégia e investir neste cultivo, no Perímetro Irrigado Piauí. Para isso, o produtor conta com a flexibilidade garantida pela assistência técnica e a irrigação fornecida durante todo ano pela Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

[vídeo] Agricultores retomam cultivo da pimenta biquinho no perímetro da Cohidro em Lagarto

Vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a Cohidro fornece água e dá a orientação técnica para esses irrigantes do Perímetro irrigado Piauí, em Lagarto, atenderem à demanda de mercado pela biquinho. O programa  Sergipe Rural, da Aperipê TV , foi até lá para mostrar esta nova realidade depois de um período de retração da produção, por conta da pandemia. A indústria local renovou os contratos para a compra da pimenta e comerciantes de outros municípios, e até de fora do estado, retomaram à procura e o produto volta a ter mercado com o abrandamento da crise provocada pelo coronavírus. A biquinho, de ardência muito baixa, é ideal para conservas e até a fabricação de geleias.

[vídeo] Retomada da produção do amendoim em Lagarto é assunto do Sergipe Rural

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV , Foi em Lagarto mostrar que os produtores do Perímetro Irrigado Piauí estão produzindo mais amendoim. Na edição do sábado (30), ficamos sabendo que quem planta está animado com o período de fim de ano coincidindo com a reabertura de bares, praias e eventos, a partir do abrandamento da pandemia do coronavírus.

Com a água de irrigação fornecida pelo Governo do Estado através da Cohidro, o produtor planta amendoim para lucrar com a retomada da demanda pelo produto. A assistência técnica dada pelos técnicos agrícolas da companhia complementa os benefícios, orientando a forma correta de plantar e de utilizar o bem público que é a água. Esta que é compartilhada entre os 421 lotes e a qual dependem também outras culturas agrícolas.

Governador autoriza implantação de sistemas de abastecimento de água para mais de 900 famílias de comunidades em Sergipe

Serão beneficiadas comunidades de Cristinápolis, Estância, Indiaroba, Lagarto, Riachuelo, Malhador, Aquidabã e Poço Verde

 

O governador Belivaldo Chagas, na manhã desta sexta-feira (29), autorizou investimentos e entregou equipamentos que totalizam R$6.149.618,52 milhões para o desenvolvimento da agricultura em Sergipe. Foram autorizadas a implantação de 17 sistemas simplificados de abastecimento de água e a aquisição de insumos de perfuração de poços para garantia de acesso à água. Além disso, foram entregues seis triciclos com carroceria baú aos perímetros irrigados da Cohidro.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
“O homem do campo sofre muito, principalmente, nos momentos de seca. Com os sistemas simplificados de abastecimento de água e a partir da perfuração de poços autorizadas, vamos atender a população que sofre com escassez de água. Além dessas, brevemente pretendemos anunciar mais ações para melhorar a vida dos sergipanos”, afirmou o governador.

Com a autorização de implantação de 15 sistemas simplificados de abastecimento de água, 880 famílias de 15 comunidades de seis municípios sergipanos serão beneficiadas. Em Cristinápolis, será beneficiado o Assentamento Luiz Alberto (Agrovila Nova Esperança); em Estância, o Assentamento Analício Araújo Barros, Assentamento Dom Helder Câmara, Assentamento Roseli Nunes, Assentamento Edmilson Evaristo e Assentamento Geraldo Garcia; em Indiaroba, o Assentamento Nicácio Rodrigues, Assentamento Sepé Tiaraju (Agrovila Sabão), Assentamento Sepé Tiaraju (Agrovila Cajá), Assentamento 8 de Agosto, Assentamento 5 de Janeiro (Agrovila I) e o Assentamento 5 de Janeiro (Agrovila II). Já em Lagarto, será o Povoado Açu Velho e, em Riachuelo/Malhador, o Assentamento Marcelo Déda (Agrovila I) e Assentamento Marcelo Déda (Agrovila II). Serão investidos R$ 740.338,99, via emenda parlamentar do deputado federal João Daniel.

“Em parceria com o governo do Estado, para melhorar a vida das comunidades, dos assentamentos no estado de Sergipe, estamos preocupados em resolver esse problema de abastecimento de águas nas comunidades. São várias comunidades importantes, que agora vão ter o abastecimento”, destacou o deputado federal João Daniel.

Ainda na solenidade, Belivaldo assinou contrato de prestação de serviço para implantação de outros dois sistemas simplificados de abastecimento de água, em Aquidabã e Poço Verde, via recursos do projeto Dom Távora. Serão investidos R$ 147.973,40 em benefício de 84 famílias.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
O prefeito de Indiaroba, Adinaldo Nascimento, nomeou as localidades que serão beneficiadas em seu município e evidenciou que a ação vai melhorar a qualidade de vida das pessoas assistidas. “O Assentamento Nicácio Rodrigues, Sepé Tiaraju – Agrovila Sabão, Sepé Tiaraju – Agrovila Cajá, 8 de Agosto, 5 de Janeiro e o Assentamento 5 de Janeiro. Cada agrovila dessas, tem uma média entre 15 e 30 famílias, totalizando em torno de 200 famílias que terão acesso a esse bem sagrado que é a água. Sem dúvida vai gerar emprego e renda. Estou falando da qualificação social nessas agrovilas, de melhorar a qualidade de vida das mulheres, porque são elas que fazem ainda o comboio da água, do cenário do balde na cabeça. É até emocionante para a gente que convive com essa realidade em pleno século XXI e somente nesse momento estamos conseguindo realizar através do governo do Estado”, reconheceu o prefeito.

Perfuração de poços e perímetros irrigados
O Governo do Estado, também, investirá R$ 849.912,13 para aquisição de insumos de perfuração de poços e equipamentos para manutenção dos perímetros irrigados. A ação beneficiará aproximadamente 13.805 pessoas de seis perímetros irrigados em Canindé de São Francisco, Tobias Barreto, Itabaiana, Areia Branca, Malhador, Riachuelo e Lagarto. Serão substituídas peças com mais de 30 anos em uso na distribuição de água aos agricultores beneficiados pela irrigação pública. O serviço é responsável pela produção de alimentos, geração de emprego e renda no campo.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
“Vai nos ajudar a preparar o solo. Por isso é um momento de alegria. Quero externar meu agradecimento. Eu, como filho de Canindé e, hoje, gestor desse município, venho aqui transmitir essa alegria para povo da nossa cidade e agradecer ao Governo de Sergipe”, agradeceu o prefeito de Canindé de São Francisco, Weldo Mariano.

Os perímetros irrigados da Cohidro, também receberam, seis triciclos, com carroceria baú, doados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os veículos darão suporte ao trabalho de assistência técnica agrícola e aos agricultores assistidos pela Cohidro.

O valor superior aos R$6 milhões investidos considera, ainda, a entrega de tratores e equipamentos agrícolas para fortalecimento da agricultura familiar e as autorizações para reforma civil do prédio administrativo da sede da Cohidro, em Aracaju, e para serviços emergenciais na barragem do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador, também realizadas na mesma solenidade.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Agricultores irrigantes de Lagarto apostam em mercado promissor da abóbora

Mercado escasso de abóbora abre espaço para o irrigante lagartense mudar sua estratégia e investir no cultivo

 

Luan de Oliveira é irrigante do Perímetro Piauí e plantou abóbora pela segunda vez [Foto – Fernando Augusto]
Há cerca de dois anos, a abóbora já aparecia entre os cultivos em crescimento de área plantada no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado em Lagarto, e, agora, que o mercado para o fruto está mais atraente para o agricultor, o número de lavouras está crescendo. Em Sergipe, a região com mais produtores de abóbora é o Alto Sertão, mas muitos agricultores daquela localidade, com ou sem irrigação, decidiram plantar o milho neste ano, de olho no alto preço de venda do cereal. O mercado escasso de abóbora abre espaço para o irrigante lagartense mudar sua estratégia e investir no cultivo. Para isso, o produtor conta com a flexibilidade garantida pela assistência técnica e a irrigação fornecida durante todo ano pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).
Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida, informa que os agricultores irrigantes que estão apostando na abóbora, também lançam mão às tecnologias de irrigação atuais, utilizando sistema de mangueiras de gotejamento, mais baratas e econômicas, casando com a praticidade da fertirrigação, que leva o adubo até a planta diluído na água. O funcionário da Cohidro analisa o mercado de hortifrúti, supondo que o preço vai aumentar em breve. “No momento, está de R$ 1,00 o quilo, mas a tendência é melhorar o preço porque o pessoal que plantava abóbora optou pelo milho sequeiro no Sertão. Daí, vai faltar abóbora no mercado e o perímetro vai investir na abóbora para aproveitar essa oportunidade”, previu Gildo Almeida.
Luan de Oliveira é irrigante do Perímetro Piauí e plantou abóbora pela segunda vez, agora em uma área maior, ocupando quase um hectare (ha). Ele utiliza a irrigação por gotejamento e deve colher no fim de novembro. “É um plantio tranquilo, pois não necessita de muita mão de obra. Plantei a abóbora Lagarteira (conhecida como Tieta) dia 17 de agosto e já adubei 3 vezes. Plantei abóbora porque é uma plantação de fácil cultivo, não gasta muito e nem necessita de muita mão de obra, não tem muita praga e é fácil de cuidar. Vendo para compradores de outras cidades, conheço alguns, procuro sempre o melhor preço”, apontou. Para o agricultor, que está cultivando a abóbora no período de estiagem, a irrigação fornecida pela Cohidro garante a produção. “A gente aqui só consegue produzir abóbora sem irrigação durante o inverno”, acrescentou o produtor.
É a primeira vez que Fernando Fontes está plantando a abóbora e a sua expectativa é de que o mercado esteja aquecido para as vendas quando ele for colher. “Eu estou apostando na abóbora, através do gotejamento, e estou com a esperança que possa ter bons resultados. Plantei vendo que a plantação de abóbora no Sertão este ano foi abaixo do esperado. Plantei fora de época, através da irrigação e esperando que venda com preço bom. A área que eu tenho plantada é duas tarefas (0,66 ha). Já dei a primeira adubação e continuo molhando através do gotejamento e, com fé em Deus, vai dar um lucro vantajoso para a gente”, avaliou o irrigante atendido pela Cohidro no perímetro de Lagarto.
“A Cohidro orienta na parte técnica, no acompanhamento, principalmente para os produtores que estão começando com um novo plantio, como é o caso da abóbora. A gente indica a irrigação por gotejamento, com a fertirrigação, porque se for para plantar a abóbora com aspersão, molhando a planta por cima, vai prejudicar a flor, não vai produzir com todo o seu potencial. A água vai lavar o pólen e até a água que junta dentro da flor pode fazer perder e ali já pode não dá uma abóbora”, complementou Gildo Almeida, acrescentando que o ideal são as mangueiras de gotejamento, que molham as plantas por baixo. “A Cohidro orienta, com a parte técnica, o tipo de adubação ou, se caso necessário, a utilização de algum tipo de inseticida para combater alguma praga, mas nem sempre é necessário”, concluiu o gerente do perímetro irrigado.

Pimenta Biquinho: produção garantida pela irrigação estadual e incentivo da indústria em Lagarto

Investimento para colher variedade é menor que o da malagueta, com alto grau de ardência e de tamanho menor

[Foto: Fernando Augusto]
Variedade de pimenta que tem por característica a ardência moderada e talvez por isso seja usada na fabricação de conservas e até geléias, a biquinho ganhou um incentivo a mais para ser cultivada pelos agricultores beneficiários do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. A indústria local renovou os contratos para a compra da pimenta e a irrigação e a assistência técnica, fornecidas pelo Governo do Estado durante o ano todo, tornam esses pipericultores aptos a assumir o compromisso de venda por longos períodos. Antes desse tipo de plantação receber este estímulo do mercado, no final do ano passado foram colhidas 72 toneladas (t) da biquinho. Em 2021, é esperada uma safra maior, que começa de fato após o período de inverno, impróprio ao cultivo, casando com a época de pico das compras feitas pela indústria.

Vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) fornece água e dá a orientação técnica para esses irrigantes do perímetro atenderem à demanda de mercado pela biquinho. Gerente do Piauí, Gildo Almeida esclarece que o suporte dado pela empresa de irrigação pública é essencial para o produtor cumprir os contratos de venda. “Agora, desde quando começou o preparo do solo até a colheita, a Cohidro sempre está dando orientação técnica, na formação, espaçamento, o jeito de molhar a pimenta e todas as fórmulas, a gente acompanha e incentiva”, expõe Gildo, que não vê outro meio de plantar a biquinho sem irrigação. “A época que a indústria local escoa mais a produção, é na época de estiagem aqui. Então, eles têm que usar tanto a irrigação quanto os acompanhamentos que a gente dá”.

Reginaldo Bispo produz em seu lote no perímetro Piauí há 18 anos e agora está colhendo a biquinho plantada há mais de quatro meses. “A gente planta e quando é com uns 70 a 90 dias já estamos colhendo. Eu comecei a colher há 30 dias mais ou menos, são quatro tarefas e meia. Eu fiz um contrato com uma indústria local e voltei a plantar. E está valendo a pena sim”, confirma o agricultor, dizendo que além da garantia de venda, em algumas ocasiões a indústria adianta parte do pagamento pela pimenta fornecendo insumos. “A empresa sempre tem nos ajudado fazendo com que sempre dê manutenção. No ano passado, ela forneceu adubo para a gente trabalhar, para facilitar mais a vida do produtor, e só tem nos ajudado”, confirma ele que mantém três áreas com idades de plantios diferentes, para dispor de período de colheita bem maior do que o próprio ciclo produtivo da planta.

Gildo Almeida aponta que o forte da produção da biquinho é no segundo semestre do ano, ainda também pelo fator climático. “No período de chuva não dá para plantar, tanto a pimenta biquinho quanto as outras, pois a pimenta não é muito propícia ao inverno, na friagem ela não é adaptável. No inverno, tem mercado para escoar, mas só que não compensa, pois vai gastar muito com adubação, com defensivos. Mesmo que não precise irrigar ela no inverno, ela não se adapta à frieza. A boa produção da pimenta é de agosto a janeiro, ou fevereiro do ano seguinte, pois ela se adapta mais no clima quente com a irrigação. No inverno não compensa, pode até produzir, mas o retorno, ou seja, o lucro não vai ser favorável”.

“A irrigação da Cohidro e a assistência técnica ajudam em tudo que precisamos. Na orientação para colocar defensivos, na orientação quando tem alguma doença que aparece ou alguma praga, é ela quem nos orienta. A gente pede para [o técnico agrícola] vir olhar e ele orienta o que deve fazer e o que não deve. Compensa, sim, plantar a pimenta biquinho e eu vou continuar plantando. Se a empresa local estiver recebendo nós estaremos plantando, porque aqui gera muito emprego. Às vezes a gente pega cinco pessoas, às vezes pega dez. Isso vai depender da quantidade que tem para colher”, finaliza o produtor Reginaldo Bispo.

 

No ranking da produção de pimentas no perímetro Piauí em 2020, a biquinho (72t) está em segundo lugar, encostada na malagueta (73,5t), e na frente da jalapenho (34,5t) e da habanero (23,5t).

 

Última atualização: 18 de novembro de 2021 21:14.

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