Primeira entrega de alimentos pelo PAA em 2018

Em 7 de fevereiro, quando os agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), fizeram a primeira entrega ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no ano. As associações Movimento Associativista do Brejo e de Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip), juntas coletaram 10 toneladas de alimentos dos seus associados, repassados aos centros de referência de assistência social municipais (Cras) dos municípios de Lagarto, há 75km da capital e onde é feita a produção agrícola, e do vizinho Simão Dias, distante 100km de Aracaju.

Está sendo possível de agricultores familiares produzirem alimentos de primeira qualidade, que são diretamente doados a famílias em situação de insegurança alimentar. Se dá pela ação conjunta entre órgãos públicos dos três níveis de governo, a partir do PAA, que é gerido e custeado pela Conab, em sua modalidade ‘Doação Simultânea’. Os Cras, fazem o repasse dessa produção a entidades beneficentes e diretamente a população carente. O Estado, por sua vez, fortalece os meios de produção, com a irrigação, assistência técnica e assessoramento documental.

 

Clique aqui para ler a matéria completa.

Produtores irrigantes de Lagarto iniciam entregas ao PAA em janeiro

Foto do gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida

Reunião hoje, no Perímetro Irrigado Piauí em Lagarto, com agricultores irrigantes, técnicos da Cohidro e Conab. Serviu para dar os últimos esclarecimentos quanto aos projetos de Compra da Produção Rural /Doação Simultânea aprovados pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ainda em 2017 e autorizados à fazer a primeira entrega já em janeiro. Ao mesmo tempo, estes produtores tiram as últimas dúvidas para as próximas propostas, que neste ano contarão com um orçamento federal maior para Sergipe.

São 34 os proponentes, pertencentes às associações Movimento Associativista do Brejo e de Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip), que vão receber juntos R$ 250.000, para entregarem mais de 68 toneladas de alimentos, beneficiando, a partir da doação simultânea, 3.800 pessoas em situação de insegurança alimentar, que recebem porções de alimentos in natura, distribuídos pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

Abobrinha, acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, milho verde, pimentão, quiabo e macaxeira, serão entregues pelos 18 agricultores da Appip que receberão, em média, R$ 6.944,44 cada, para suplantar 37.647 quilos em Alimentos para doação. Esta é a sétima vez que a entidade fornece alimentos ao PAA.

No Brejo, participam 16 produtores que vão gerar 30.975 quilos de acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, pimentão, quiabo e macaxeira. Será uma média de R$ 7.812,50 por produtor, da entidade que participa do PAA pela terceira vez.

A Cohidro contribui com estes agricultores que, sendo atendidos pela irrigação pública fornecida pela empresa, recebem a assistência na formalização dos projetos propostos à Conab e os auxiliam na organização e contabilização das entregas. Por contarem com esta irrigação contínua, fornecida pelo Governo do Estado, tais produtores têm a vantagem competitiva de poderem aderir e entregar alimentos ao PAA há qualquer tempo do ano. Desde 2008, já foram 3.221.777 quilos de alimentos doados via a ‘doação simultânea’.

Agrotécnolandos do IFS de Glória visitam o Perímetro Piauí

Durante todo dia no Perímetro Irrigado Piauí, estudantes do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Campus de Nossa Senhora da Glória, visitaram sistemas de plantio protegido, como o uso de lonas com fertirrigação, a hidroponia e o uso de viveiros para cultivos de mudas frutíferas e de plantas ornamentais. São alunos do curso Técnico em Agropecuária orientados pela professora-doutora em Fitotecnia, Ana Catarina Lima de Oliveira Machado, que leciona a disciplina de Agroecologia.

Primeiro eles conheceram a Estação Meteorológica e a Estação de Bombeamento 2 do Perímetro Piauí, para entender em quê é baseada a irrigação e de que forma ela é provida aos agricultores irrigantes. Depois visitaram o plantio de tomate Gildeon Dias, feito em lona tipo mulching e usando a fertirrigação por mangueiras de gotejamento. Pela tarde, puderam conhecer o plantio de hortaliças folhosas usando a hidroponia, na estufa do agroecólogo Denisson Rosendo, assistido pelos técnicos da Cohidro. Findando por conhecer os plantios de mudas em estufa de Toinho de Zé Estevão, que recebe a irrigação a partir do perímetro irrigado. Acompanhou os visitantes no ‘tour’ pelas instalações do perímetro, o técnico Willian Domingos. Aos lotes, foram orientados pelo técnico Marcos Emílio Almeida e o gerente do Piauí, Gildo Almeida Lima.

Cohidro na ExpoLagarto 2017

A ExpoLagarto 2017 ocorreu de 6 a 10 de setembro, no parque Nicolau Almeida, com o que há de melhor no ramo agropecuário e empresarial para Lagarto e região do Centro-Sul Sergipano.

Da parte da Cohidro, presente todo ano no evento com o estande organizado pelo Perímetro Irrigado Piauí?, o destaque vem da produção dos agricultores irrigantes atendidos pela Empresa, que com a água de irrigação e assistência técnica rural do Governo de Sergipe? produzem quase 9.000 toneladas de alimentos anuais e geram renda superior a R$ 14 milhões, todo ano.

Josileide Martins de Carvalho Nascimento, mais conhecida como Dona Dicuri, junto do esposo, Delifno Batista, produzem alimentos orgânicos em seu lote no Perímetro Irrigado Piauí e deste, produz doces caseiros que já há 3 anos expõe e comercializa no estande da Cohidro.

Irrigantes de Lagarto investem no mamão havaí

Intervalo entre linhas de mamoeiros ainda permite o plantio de outras culturas de ciclos curtos e pequeno porte, como a batata-doce - Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)
Intervalo entre linhas de mamoeiros ainda permite o plantio de outras culturas de ciclos curtos e pequeno porte, como a batata-doce – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Para dinamizar as culturas exploradas em seus lotes irrigados e incentivados pela demanda criada por novos pontos de comercialização para frutas frescas, como o novo Mercado Municipal de Lagarto, agricultores inseridos no Perímetro Irrigado Piauí investem no plantio do mamão havaí. A variedade precoce começa a produzir em menos de um ano de plantio e pode chegar há dois de colheita contínua. Para tanto, eles recebem o incentivo do governo do Estado, ao serem assistidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), no fornecimento de irrigação e assistência técnica agrícola.

Edilma Leal Fontes cuida da plantação de 0,5 hectare (ha) de mamão havaí em seu lote. Nele, ela conta que tem a ajuda da nora que faz a colheita, já que a iniciativa e investimento no plantio foi feito pelo filho, Adjan Leal Fontes. “As mudas foram plantadas em maio do ano passado e começamos a colher, agora (início de junho). Estamos entregando ao comprador à R$ 35 a caixa (30 quilos) do mamão. Foi meu filho que tinha vontade de plantar, eu só ajudo, pois ele trabalha fora”, explicou a agricultora de Lagarto, há 75 km de Aracaju.

A plantação no lote de Adilma é feita usando a microaspersão, que o filho dela tem intenção de melhorar, quando investir futuramente na fertirrigação. “Nesse sistema de irrigação, todo adubo, os nutrientes que a planta precisa, chega diluído na água, aumentando o nível de absorção e eliminando o desperdício da adubação de lance”, argumentou o técnico agrícola Willian Domingos da Cohidro, que assiste o setor do Perímetro Piauí onde está o lote.

A produtora, porém, relata que a maior dificuldade enfrentada no plantio, até a gora, é na classificação do produto, já que os compradores só aceitam aquela peça de mamão havaí de formação uniforme e simétrica, sem deformações e no tamanho padrão de mercado. “Você abre e o mamão é o mesmo. Só é diferente por fora mesmo, mas não querem levar. Do outro tipo de mamão, o redondo, eles pagam só R$ 20 a caixa, nesse, nem isso”, lamenta Edilma.

Willian explica que o manejo indicado aos produtores é de colocar, em cada cova, duas mudas de variedades diferentes, para não haver perda e que por isso pode haver diferenciação no formato dos frutos. “A intenção é de sempre priorizar o mamão havaí, só deixar o do tipo ‘redondo’ se não desenvolver a muda principal”, explica. O técnico ainda conta que o manejo indicado para a plantação de mamão é sempre usar a Calda Bordalesa para cicatrizar os pontos onde há ‘ferimentos’ no caule, seja no desbaste das primeiras folhas ou depois que arrancados os frutos. “Assim evita a proliferação de fungos, que podem até matar a planta”, completa.

Programas de aquisição de alimentos
Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, uma forma de diminuir as perdas por conta do rigor da classificação de mercado aplicado às frutas, é fazer parte de projetos governamentais de compra da produção. Nesse aspecto, a Companhia é parceira dos produtores irrigantes dos perímetros estaduais, fornecendo irrigação e a assistência técnica necessária para quem vai precisar produzir o ano inteiro, mas também auxilia as entidades – associações e cooperativas de produtores – na regularização da documentação necessária e formulação de projetos, principalmente na proposta à ‘Doação Simultânea’ que é feita à Conab.

“No PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) da Conab, via ‘Doação Simultânea’ às entidades de assistência a grupos vulneráveis, e no Pnae (Programa Nacional Alimentação Escolar), gerido pelas prefeituras; o produto atende a uma classificação feita a partir de seu valor nutricional, em dietas estipuladas por nutricionistas. Como vai servir geralmente para o preparo direto de refeições não é, por obrigação, avaliado por padrões meramente estéticos e ainda mais de tamanho, já que tudo é comercializado a partir do seu peso. Claro, seja na feira ou nessas entregas, o produto sempre vai ter que atender às exigências sanitárias, tem que estar em estado de conservação apropriado ao consumo humano”, exemplifica João Fonseca.

Diversificação
Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola considera válido que os agricultores diversifiquem suas produções, avaliando tanto o surgimento de novos pontos de venda quanto à alternância na atividade rural para competir melhor no mercado. Para ele, ainda existe a importância de alternar o status de Sergipe de consumidor para produtor da fruta, deixando de contribuir só com 0,63% da produção nacional, mesmo o Brasil sendo o segundo maior produtor mundial de mamão.

“Não tem como todo mundo produzir a mesma coisa sempre, simplesmente por ser menos complicado ou uma tradição herdada de família. Assim chega a um ponto de ter que baixar o preço de venda para competir com tanto produto igual no mercado. O Governo do Estado, por um lado dá incentivo na irrigação, na assistência, mas contribui criando pontos de comercialização. Foi assim com o novo Mercado Municipal de Lagarto e em breve teremos duas novas ‘Ceasas’: em Itabaiana, obra do Proinveste, e em Canindé de São Francisco, construída em área da Cohidro. Então, vai aumentar a demanda por mamão e demais gêneros que hoje boa parte vêm de fora. Mais um motivo para investir nesse tipo de produção e gerar renda aqui dentro”, acredita Felizola.

Ampliando o plantio
Josenaldo Da Silva Leal também tem 0,5 ha plantados da variedade havaí no Perímetro Piauí, aonde já começou a colher há 6 meses. Incentivado pelos resultados obtidos, já iniciou nova área. “Acabei de fazer uma colheita desse lote que plantei há 12 meses e tem mais duas plantadas: uma parte iniciada faz 2 meses e a outra há 15 dias, totalizando mais 1 tarefa (0,33 ha) plantada de mamão. Ouvi dizer que era bom e decidi experimentar. Gostei e vou continuar plantando”, comemora o produtor que consegue vender sua produção por até R$ 40 a caixa, utilizando a fertirrigação por microaspersão.

Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima informa que gradativamente a produção de mamão só tem aumentado e que os técnicos da Cohidro incentivam a adoção da cultura. “Hoje temos seis produtores irrigantes no Perímetro que aderiram a produção da fruta. Juntando cada uma destas plantações, totalizamos 2 ha plantados com mamão. A tendência é aumentar, conforme for o sucesso de cada produtor que já plantou”, analisa.

Mandioca cultivada no Perímetro Piauí

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, mostrou na edição deste sábado, produção de mandioca realizada dentro do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Cohidro em Lagarto.

O produto é praticamente todo destinado às cerca de 20 casas de farinha existentes dentro do Perímetro, onde a farinha de mandioca e de tapioca são o resultado desta manufatura.

Produtores do perímetro irrigado de Lagarto registram melhorias após investimento do Governo do Estado

Sete meses após o governador Jackson Barreto entregar oito novas motobombas e a recuperação do maquinário e tubulações da EB-02, o perímetro Piauí obteve avanços na irrigação – Fotos André Moreira (ASN).jpg

Sete meses após o governador Jackson Barreto entregar oito novas motobombas e a recuperação do maquinário e tubulações da Estação de Bombeamento (EB) 02, o perímetro Piauí, em Lagarto, segundo produtores, obteve melhorias na irrigação. Além de novos equipamentos, o perímetro passará por reformas e recebe, ao todo, R$ 916 mil em recursos do Proinveste. O polo agrícola foi responsável, apenas em 2016, pela produção de 7.604 toneladas de alimentos, dentre eles a batata-doce, mandioca, quiabo, tomate e maracujá. Com esse quantitativo, os produtores conseguiram gerar o montante de R$ 12,9 milhões.

“Recebemos bombas novas no perímetro, que ajudaram 100% na irrigação, e está funcionando tudo direitinho. Aqui no meu terreno planto alimentos como batata, macaxeira, hortaliças, milho, e o Piauí é muito importante para mim, pois é quem sustenta a todos nós. Sem água no verão não podemos plantar nada, e através do perímetro várias famílias conseguem sobreviver. Tiro meu sustento todo daqui, pois não há outra fonte de renda. De modo que a ajuda do governo é essencial para nós”. Esse é o depoimento do agricultor Genivaldo de Jesus, proprietário de um dos 421 lotes do perímetro irrigado de Lagarto.

Genivaldo, assim como os demais agricultores, recebe em seu terreno água para a agricultura, além de assistência técnica rural. Ele é um dos beneficiados do projeto de irrigação pública do Governo do Estado, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Segundo o gerente do Piauí, Gildo Almeida, o perímetro desenvolve 28 culturas e promove o incentivo à agricultura orgânica.

O gestor do Piauí conta que as intervenções do governo no perímetro foram fundamentais para a melhoria do trabalho rural. “Ao todo são 14 bombas em Lagarto e, destas, oito são novas. Elas substituíram equipamentos que estavam em funcionamento há mais de 30 anos e estavam ruins. O objetivo do novo maquinário foi melhorar a pressão de água para o campo e facilitar mais o sistema de irrigação. E a situação melhorou muito aqui. Antes não havia pressão para bombear água para o produtor e agora a situação melhorou para todos os produtores. Essa é uma forma de valorizar o perímetro. O governo está investindo em bombas novas, o que é uma grande ajuda para todos nós, e não esqueceu do perímetro, estando sempre presente. E a tendência é melhorar mais o Piauí”, destacou Gildo Almeida.

À época da entrega dos novos equipamentos, o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, explicou que as recém-entregues motobombas são mais potentes e possuem selo de eficiência em consumo de energia, de modo a consumir menos energia e necessitarem ficar menos tempo ligadas para bombear a quantidade de água necessária à irrigação.

Em operação desde 1987, o Perímetro Piauí nunca contou com um investimento desse porte, para melhorar o seu potencial hídrico. De acordo com o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, o investimento em novas bombas somado à recuperação, graças às chuvas, do nível da água da barragem Dionísio Machado que abastece o perímetro de Lagarto, devem proporcionar boas consequências.

“Essas novidades têm tudo para gerar uma produção recorde de alimentos, suplantando a deficiência provocada pela seca que nos abateu do ano passado para cá. Logo estaremos dando continuidade na recuperação do perímetro Piauí. Depois de melhorar a EB-02, vamos reformar a EB-01 e prédios administrativos, demandas que estão em processo licitatório e serão custeadas pelos recursos do Proinveste. Vale frisar que além da reforma de todo prédio, tubulações e maquinário hidráulico, na EB-02 foram instaladas oito novas motobombas, mais potentes e econômicas no consumo de energia elétrica”, ressaltou Felizola.

Para o presidente da Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), Antônio Amorim, as bombas novas facilitaram muito. “Foi uma benção. Antes a situação estava precária. Estávamos perdendo quase todo o plantio. Depois das bombas, a situação melhorou 99%. Estávamos racionando a água porque a barragem estava em situação difícil, mas com a chuva a situação melhorou. Acredito que o governo está preocupado com a agricultura familiar, afinal sem ela o que seria do comércio e de quem mora na zona urbana? Sem a agricultura nada funciona. Acreditei na entrega das bombas, o governo prometeu e cumpriu. Ficamos ansiosos pela entrega, mas graças a Deus chegou e veio na hora certa”.

João Pacheco é um dos que acredita no perímetro irrigado. Ele, entre outros trabalhadores locais, é adepto da agricultura orgânica e não faz uso de nenhum tipo de agrotóxico em suas plantações. Ele conta que, apesar do aparecimento de pragas e doenças, segue sem utilizar venenos. Sobre o perímetro Piauí, João é enfático: “é fundamental e a nossa salvação. Se não fosse isso, estaríamos levando a mesma vida de sempre: plantando fumo e mandioca”.

O Piauí destina a produção para feiras livres e mantém parceria com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que compra a produção para que seja repassada para instituições beneficentes doarem a pessoas em situação de insegurança alimentar ou no preparo de refeições. A Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP) entregou no ano passado 296 toneladas de sua produção agrícola, gerada pela irrigação pública do Governo do Estado, beneficiando 5.740 pessoas. Foram 69 fornecedores, que geraram R$ 551.450 pelo conteúdo produzido.

Irrigação
“A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe recebe R$ 11 milhões do Proinveste para investimento nos perímetros, aquisição de novos equipamentos que irão auxiliar nos trabalhos de perfuração de poços, além de limpeza e manutenção de barragens e ações de infraestrutura da empresa.”

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

PAA: irrigação pública estadual produzirá alimentos para doar a 24 mil pessoas carentes em 2016

Na APPIP os agricultores entregam os produtos que são pesados, registrados e no mesmo dia são recolhidos pelas entidades beneficentes – Foto Ascom-Cohidro

A Superintendência da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) em Sergipe visitou associações de agricultores em Lagarto e Malhador. Eles tanto são irrigantes atendidos pela Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe), quanto vendem sua produção para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade “doação simultânea”. Em reuniões e entrevistas, o Órgão Federal visou orientar fornecedores e receptores nesses dois projetos que permitem a doação de alimentos para mais de três mil famílias carentes.

Dentro dos perímetros irrigados da Cohidro atualmente estão em andamento, na etapa de entrega de alimentos, quatro projetos do PAA e existem outros dois analisados e em fase de homologação e pagamento pela Conab, na Superintendência Regional de Sergipe. Nestes já aprovados, são 18.260 pessoas em situação de insegurança alimentar recebendo, até o final do ano, um total de 648 toneladas (ton) de alimentos fornecidos por 171 produtores, remunerados com recursos federais em R$ 1.367.445,00 de forma parcelada, uma parte a cada entrega. Para tanto, 13 órgãos públicos ou entidades sem fins lucrativos intermediarão as doações nas comunidades que atendem em Lagarto, Areia Branca, Barra dos Coqueiros, Pedra Mole e Itabaiana.

Em Lagarto, o superintendente Estadual da Conab, Emanuel Carneiro, explicou que é função da Companhia fazer visitas aos projetos em andamento ou que ainda serão implantados. “Nós solicitamos essa reunião para que fosse discutido o PAA, na sua essência. Se funciona, quais são as atribuições dos produtores, quais são as obrigações do recebedor, toda a normativa para que o projeto possa transcorrer da melhor forma possível e atender os objetivos, que é justamente atender a comunidade carente que necessita de uma complementação da alimentação”, considerou.

Emanuel tem avaliado como muito boa a atuação dos agricultores dos perímetros irrigados no PAA. “O presidente (da Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí – APPIP) é um parceiro nosso já há alguns anos, mas também a Cohidro é fundamental nesses projetos dos perímetros irrigados. Em Canindé do São Francisco, inclusive, nós já estamos analisando o projeto e vamos visitá-los ainda neste ano”, disse o superintendente, se referindo a proposta ao Programa feita por 24 irrigantes do Perímetro Califórnia, para fornecer 77 ton de alimentos. ”Eu acredito que nos próximos 30 dias esse projeto esteja já funcionando”.

O gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata, expõe que nos dois projetos, propostos pelas associações dos Agricultores de Canindé de São Francisco (ASSAI) e dos Produtores Rurais da Comunidade Lagoa Do Forno, eles assumem fornecer quase 160 ton de alimentos para 5,8 mil pessoas em insegurança alimentar, assistidas pelos centros de referência de Assistência Social (CRAS) de Canindé, de Nossa Senhora das Dores e no Hospital e Maternidade São José, em Itabaiana. Neste último caso, as doações serão para o preparo de refeições aos pacientes.

“São 59 produtores irrigantes dos perímetros Califórnia e Ribeira inscritos em dois projetos aguardando homologação e o pagamento de R$ 472 mil (R$ 8 mil para cada), pela venda garantida de produção durante um ano. Dos aprovados, além da APPIP, temos outras duas associações de Itabaiana, no perímetro da Ribeira e mais a Astrapicica (Associação dos Trabalhares Rurais do Perímetro Irrigado Jacarecica II), em Malhador. Todos fazendo entrega para o PAA”, assinalou Sandro Prata.

Lagarto
“Esse projeto da APPIP, se comparado aos que nós temos em funcionamento, é o maior que a Conab tem hoje no Estado de Sergipe. Atendendo 69 produtores e várias entidades. A Cohidro é um parceiro importantíssimo nesse contexto, se não fosse a Cohidro aqui, não teríamos este êxito. Nós sabemos das dificuldades que o produtor tem, o agricultor não é comerciante, ele é agricultor, então ele necessita de apoio técnico e a Cohidro tem feito isso de uma forma excelente em todos os perímetros que ela atua”, relatou o superintendente Emanuel Carneiro. A Conab investe nesses agricultores do Perímetro Piauí R$ 551.450,00, para que produzam 296 ton de alimentos, doados para 6.860 pessoas assistidas por seis instituições socioassistenciais de Lagarto.

Participou da reunião, realizada na sede recreativa da APPIP no dia 12, a coordenadora do CRAS 1 de Lagarto, Marta Catarina Dantas de Almeida. Ela foi convidada pela Associação para divulgar aos produtores o trabalho que a entidade faz, falando “sobre o que é o papel do CRAS, de estar distribuindo os alimentos para as famílias. Vim passar para os agricultores mais uma força, um incentivo”, relata, confirmando a função social no PAA, ao justificar que as doações chegam sim até as pessoas. ”Falei da importância dos alimentos para essas famílias, do quanto está sendo bom para elas”.

O diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrário da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, estabelece que além das pessoas que recebem o alimento, o produtor também se beneficia no PAA. “É um preço fixo por cada produto e que não varia com o mercado. Se um preço cair, o que é bastante recorrente, o produtor não leva prejuízo como acontece quando ele vende para os atravessadores. Isso facilita muito o planejamento das suas plantações, ele pode programar sua produção durante toda vigência do contrato com a Conab sabendo que receberá seu repasse, toda vez que fizer uma entrega à doação simultânea”, argumentou.

Josileide Martins de Carvalho Nascimento (Dona Dicuri) reconhece essa vantagem no PAA. Ela é agricultora irrigante no Perímetro Piauí e entrega coentro, couve e alface e diz que já contabilizou mais de 300 quilos de alimentos à doação, cerca de 40 por semana. “Essa é a primeira vez que participo e digo que compensa, vale apena”, contou. Na reunião com a Conab, considerou importante ter esse tipo de encontro. “É bom porque a gente fica sabendo mais ainda, ficou por dentro do assunto. Eu sei que está tudo certo, guardo os documentos numa pastinha, é bom ter o controle. O pagamento está indo bem, entrego numa semana e recebo na outra”, completou.

Para o presidente da APPIP, Antônio Cirilo Amorim (Toinho), a reunião serviu para melhorar o conhecimento que tinham do PAA e reforçar a importância do Programa. “A partir de agora todo mundo vai se organizar mais, vai procurar colocar mais produtos, produzir mais. É uma alegria muito grande receber o superintendente da Conab do Estado aqui na nossa Associação, pela primeira vez. Ele veio esclarecer nossas duvidas e nós ficamos agora tranquilos, todo mundo está consciente do seu papel”, avaliou, reforçando estarem recebendo os pagamentos corretamente, após cada entrega.

José Carlos Felizola Filho, diretor-presidente da Cohidro, considera que a cooperação dada pela Empresa, ao PAA, vá além do auxílio técnico para a elaboração dos projetos. “Para produzir com a variedade e quantidade de alimentos que esses agricultores se propõe à Conab e durante um ano, em Sergipe não há como plantar sem irrigação. A irrigação pública, oferecida pelo Governo do Estado, propicia essa garantia para esses pequenos produtores, de que eles podem assumir o compromisso com o Conab e com as entidades beneficentes que, por sua vez, poderão se comprometer com as pessoas que atendem, de que esse alimento vai chegar nas suas mesas”, relevou.

De Malhador para Areia Branca
Cerca de 750 famílias em situação de insegurança alimentar em Areia Branca estão recebendo alimentos doados pelo PAA. Doações que são produzidas por agricultores da Astrapicica, de Malhador. Eles são todos irrigantes do Perímetro Irrigado Jacarecica II e repassam os produtos para coleta realizada pelo CRAS do município vizinho. Raine Costa é coordenadora da entidade beneficente e acompanhou a Conab na visita feita à a Associação, no dia 15.

“O projeto é bastante organizado e vem beneficiando famílias carentes. Ele contribui bastante para essas pessoas que estão numa situação nutricional delicada. A gente que trabalha na Secretaria de Assistência Social conhece de perto a realidade dos habitantes de Areia Branca”, destacou, acrescentando que a doação é feita priorizando os mais necessitados. “Nós procuramos primeiro ir aos povoados, que tem uma maior necessidade. A gente entrega praticamente na porta de cada um e como a Associação nos repassa produtos de ótima qualidade, a população dá um bom retorno, eles estão bastante satisfeitos com o projeto”, reforçou Raine Costa.

Viabilização de produção da Malagueta no Perímetro Piauí gera reportagem de TV

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, mostrou no dia 20 de fevereiro a produção de Pimenta Malagueta no Perímetro Irrigado Piauí da Cohidro, no município de Lagarto. A pimenta apareceu como o destaque de produtivo do Pólo de Irrigação, mas que devido a baixa do preço de compra, o produtor dela está tendo mais dificuldade de cultivar com rentabilidade.

Na reportagem de Patrícia Dantas, a variedade de pimenta apareceu como o destaque de produtivo do Pólo de Irrigação, mas que devido a baixa do preço de compra, o produtor dela está tendo mais dificuldade de cultivar com rentabilidade.

Fato este que a Cohidro tem enfrentado junto ao agricultor, mostrando a ele alternativas como a fertirrigação, o cultivo consorciado com outras culturas e até indo buscar, em outros estados, compradores para a produção, de modo a melhorar a condição de venda da Malagueta.

[kad_youtube url=”https://www.youtube.com/watch?v=dM3aTBARZO4&feature=youtu.be&t=12m37s” maxwidth=500 ]

Última atualização: 6 de maio de 2021 18:55.

Acessar o conteúdo