Estudantes de Agronomia do Campus Sertão da UFS visitam perímetro da Cohidro em Canindé

Universitários puderam conhecer técnicas de produção irrigada para frutas e hortaliças

 

A estudante Damares Francisco pretende se especializar na área de irrigação [Foto Arquivo pessoal]
Na última quarta-feira (11), o perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco, recebeu a visita da turma do quarto ano do curso de Engenharia Agronômica do Campus Sertão da Universidade Federal de Sergipe – UFS. Os estudantes puderam conhecer a aplicação de técnicas de produção irrigada para espécies frutíferas e olerícolas, como banana, maracujá, tomate, quiabo, pera e uva. Esta foi a terceira visita acadêmica dos alunos a um perímetro irrigado administrado pelo governo de Sergipe, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro.

A gerente do perímetro irrigado no sertão sergipano, Eliane Moraes, destacou que no ‘Califórnia’ há 333 lotes agrícolas recebendo água de irrigação para produzir anualmente cerca de 30 mil toneladas de alimentos, que injetam mais de R$ 33 milhões na economia local através da comercialização. “A partir de 2016 começaram a ser implantados campos experimentais de variedades frutíferas adaptadas ao clima semiárido, em convênio de transferência de tecnologia com a Embrapa Petrolina (PE). Primeiro foi a uva, que já está partindo para sua quinta colheita comercial, e depois a pera, que já rende lucros ao produtor que abrigou a nova cultura”, informou a gerente do perímetro ‘Califórnia’, que também se destaca na produção de quiabo: 4.620 toneladas foram produzidas em 2018, superando a produção de todos os outros alimentos.

A visita acadêmica foi orientada pelos professores da UFS, Marcos Eric e Thiago Matos, que levaram os 26 alunos do curso de Agronomia para conhecer experiências práticas nos sistemas de produção de fruteiras e olerícolas. “A vivência superou as expectativas. Os alunos tiveram a oportunidade de ver, no perímetro Califórnia, o trabalho prático e as áreas de produção de fruteiras, como maracujá e banana. Inclusive, estivemos em áreas experimentais de uva e pera, o que foi bem interessante”, conta o professor Marcos – que, além de engenheiro agrônomo, é doutor em Irrigação e Drenagem pela UFS.

Conhecendo na prática
No perímetro, os alunos foram recebidos pelo técnico agrícola da Cohidro, Roberto Ramos, que os acompanhou pelos lotes irrigados do produtor de peras, Ozeias Beserra, e do produtor de uvas, José Leidison. A aluna Damares Francisco participou da visita e destacou os conhecimentos apreendidos. “Vimos na prática a produção, tanto de fruteiras como de olerículas. O técnico que nos acompanhou explicou tudo certinho, foi muito atencioso e a visita foi ótima. Achei muito interessante a produção de uva e pera com o uso de tecnologias aqui em Canindé. Acho bem positivo, tanto para os produtores, quanto para o desenvolvimento da região. Tudo muito bem organizado e manejado, de acordo como deve ser”, avaliou Damares, natural do município de Carira.

A aluna enfatiza, ainda, a importância da irrigação para a produção agrícola na região do Alto Sertão Sergipano e disse que pretende se especializar na área. “A irrigação é essencial para a produção durante o ano inteiro, pois com isso o produtor não fica dependente de questões climáticas – se vai ter chuva ou não. Como aqui a gente sofre muito com a falta de chuvas, a irrigação acaba com esse problema. Eu e o professor Marcos Eric somos membros do grupo de estudos de Salinidade e Irrigação da UFS Campus Sertão e tudo o que vimos na visita, vamos levar para o grupo de estudos também”, completa Damares.

A turma do Prof. Marcos também já visitou perímetros irrigados localizados em outros municípios. Segundo ele, dessa forma, os alunos têm observado as experiências técnicas dos agricultores. “No perímetro Jacarecica I, em Itabaiana, eles conheceram a parte de sistemas de irrigação, como é feito o manejo. Em Lagarto, no perímetro Piauí, eles viram a parte de produção de grandes culturas”, recordou o professor. Em Itabaiana, os perímetros irrigados da Cohidro receberam investimentos de mais de R$ 14 milhões na troca de todo sistema dos lotes para a irrigação localizada e automatizada, reduzindo o consumo de água em 60% e o de energia elétrica em 50%. Já o perímetro Piauí se destaca em fornecer a produção para a indústria, como a de molhos e conservas de pimenta, a tabagista e às casas de farinha.

Coordenador do Ministério da Agricultura apresenta à Cohidro projetos de irrigação para o Nordeste

Fotos: Fernando Augusto

Na última quinta-feira (05), o coordenador Nacional de Irrigação no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, Michel Ferraz, foi recebido pela diretoria executiva da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, em agenda voltada para o estreitamento de laços institucionais voltados para a execução de programas de distribuição de kits de irrigação com capacitação de pequenos agricultores, bem como da linha de financiamento que pretende, inicialmente, expandir a área irrigada na região Nordeste em mais 120 mil hectares e fazer a reconversão de sistemas em outros 20 mil ha. Propensa parceira nesses projetos, a Cohidro expôs demandas relativas à recuperação dos perímetros irrigados Califórnia e Piauí e à implantação de 200 sistemas de abastecimento de água para comunidades rurais.

Segundo Michel Ferraz, o programa é voltado para o fortalecimento do pequeno irrigante. “Além da entrega de kits de irrigação, ocorrem ações de capacitação e – principalmente – motivação, para acabar com esse êxodo rural, trazer de volta o produtor com uma maneira nova de produzir, com inovação. Em especial, viemos falar sobre o programa de fortalecimento da irrigação no Nordeste – Profinor, que vai ser lançado esse mês pela ministra Tereza Cristina. São investimentos e custeios relacionados à perfuração de poços, energia fotovoltaica, sistemas de irrigação, correção de sistema de irrigação com um atrativo muito grande, que é a baixa taxa de juros de 5,28% para o pequeno produtor, 5,58% para o médio, e 5,78, para o grande. Conseguimos baixar mais de 3% dessa taxa”, adiantou o coordenador Nacional de Irrigação do MAPA.

Ainda de acordo com Ferraz, a linha de crédito especial já tem aprovação do Banco do Nordeste e do MAPA, e objetiva promover o desenvolvimento da agricultura irrigada para produção direta de alimentos e de material forrageiro para os rebanhos. “A Cohidro vai ser uma parceira fundamental junto com a superintendência e com o Senar [Serviço Nacional de Aprendizagem Rural], que vai entrar com a parte de capacitação dos agricultores. Essa é a linha que o Governo Federal está traçando para o Nordeste Brasileiro, em especial, para o Semiárido”, explicou.

O superintendente do Ministério em Sergipe, Haroldo Araújo, reforça que, através da visita, foi possível promover uma aproximação entre os programas do MAPA e o Estado. “Nesta vertente, [o MAPA] entende que não se faz nada sozinho. Então, parcerias com outras instituições são de essencial importância para se implementar as políticas públicas, com especial atenção aos programas de irrigação para o Nordeste. E considerando a expertise que a Cohidro possui na área, a gente não poderia deixar de fazer essa visita para estreitar esses laços institucionais, com o objetivo de beneficiar o produtor irrigante”, afirmou.

Paulo Sobral, diretor-presidente da Cohidro, avalia positivamente a visita, agradecendo a atenção dada à empresa que, segundo ele, tem grande potencial para integrar a linha de frente dos programas de expansão e modernização da irrigação em Sergipe. “Nós já temos inscritos no SICONV [Sistema de Convênios da União] projetos para a recuperação das estações de bombeamento e a implantação de hidrômetros nos lotes irrigados, visando ao controle do uso excessivo de água e a cobrança de taxas de manutenção dos sistemas, nos perímetros Piauí [Lagarto] e Califórnia [Canindé de São Francisco]. Também buscamos recursos federais para a implantação de 200 sistemas de abastecimento de água no campo, em poços perfurados também pela empresa. São demandas que aproveitamos a presença do coordenador do MAPA para reforçar”.

Também participaram do encontro o chefe da Divisão de Política e Desenvolvimento Agropecuário na Superintendência Federal, André Barretto; os diretores da Cohidro, João Fonseca [Irrigação e Desenvolvimento Agrícola] e Jean Nascimento [Administrativo e Financeiro]; e o engenheiro agrônomo Paulo Feitosa. A agenda do coordenador em Sergipe ainda incluiu visita à Federação de Agricultura e Pecuária de Sergipe (Faese) e uma visita ao Platô de Neópolis, distrito de irrigação também pertencente ao governo de Sergipe.

Em visita acadêmica, alunos e pesquisadores da UFS avaliam barragem de irrigação da Cohidro em Lagarto

Foto arquivo pessoal

As condições estruturais e operacionais da barragem Dionísio Machado, em Lagarto, foram objeto de pesquisa em uma das disciplinas do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Sergipe – UFS. A estrutura pertence ao complexo do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro no município, e garante a distribuição de água para irrigação em 421 lotes de agricultores familiares. A visita se desdobrou na produção de trabalhos acadêmicos, que constataram a conformidade da barragem com a legislação vigente, representando baixo risco em razão das ações de monitoramento continuamente realizadas.

A visita e outras atividades realizadas em sala de aula serviram para a avaliação das condições estruturais e dos perigos associados à operação da barragem de irrigação, segundo conta a prof. Dra. Rosemeri Melo (UFS). “O objetivo foi colocar em prática, junto ao alunado da disciplina ‘Sistemas de gestão e avaliação de impactos ambientais’, uma verificação operacional. Avaliar quais os aspectos e quais os condicionantes de riscos a serem evitados no processo de avaliação contínua para o gerenciamento do empreendimento, seguindo as diretrizes da Agência Nacional de Águas – ANA e da legislação estadual. A barragem opera em conformidade com a legislação vigente e apresenta baixo perigo, desde que as ações de monitoramento sejam continuadas”, avaliou.

No dia 14 de agosto, receberam o grupo da UFS no perímetro irrigado, o gerente Gildo Almeida e a estagiária da Gerência de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro (Gedea), Karla Betyna. “A professora Rosemeri é minha orientadora de mestrado, na área de Monitoramento e Gestão Ambiental. Assim, a visita contribuiu para ter uma visão geral de como é a estruturação de uma barragem e entender a importância do monitoramento e da gestão desse instrumento de regulação”, considerou a engenheira ambiental. “Sempre recebemos estudantes e professores para visitar os lotes agrícolas do perímetro, e dessa vez, foi na barragem, fazendo uma pesquisa que avalia e pode contribuir para o nosso trabalho de gerenciamento”, considerou gerente do perímetro Piauí.

Kisley Santos Oliveira é aluno do 8º período de Engenharia Ambiental e Sanitária. Segundo ele, a professora deu continuidade à atividade acadêmica após a visita. ”Ela pediu um relatório técnico com uma análise crítica sobre a situação, falando sobre o modo de operação, as condições de conservação física e de acesso à área da barragem; além e questões de resíduos sólidos e afluência. É uma área importante, pois a barragem serve para abastecer grande parte da população. O Intuito era avaliar, com o aprendizado do último semestre, quais impactos essa barragem poderia gerar tanto ao meio ambiente, quanto à sociedade”, disse o estudante, que considerou como proveitosa a experiência na barragem e o acompanhamento feito pelos técnicos da Cohidro.

Cursando o 5° período do mesmo curso, Bárbara Costa afirma que foi possível compreender como se realiza uma vistoria técnica. “Entendemos, de modo geral, o funcionamento de uma barragem, uma vez que aprendemos quais são os seus principais elementos e suas respectivas funções: a importância da chuva para manter o nível de água na barragem; o funcionamento da captação de água para distribuição, principalmente para uma região que tem muitos períodos secos; os impactos gerados na região pela sua instalação; a determinação dos limites de uma Área de Proteção Permanente; entre outros. Isso tudo foi importante para o nosso aprendizado em relação à gestão e a avaliação dos impactos de uma barragem”, concluiu.

 

Governo do Estado reúne gabinete de situação para monitoramento de barragens e chuvas

Desde que foi dado o alerta de alto índice de precipitação, o Estado tem monitorado a situação e mantém prontidão para atender as emergências 
Diretores Paulo Sobral (presidente) e João Fonseca (Irrigação) representaram a Empresa

O Governo de Sergipe reuniu nesta quinta-feira(11), um gabinete de situação para monitoramento de barragens e chuvas. A reunião ocorreu na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade(Sedurbs), a fim de tratar da situação das barragens no estado. Já choveu nos dez primeiros dias do mês de julho, 307 milímetros, ultrapassando a média histórica para a Grande Aracaju em todo o mês, que é de 215 mm. Desde que foi dado o alerta de alto índice precipitação, o Estado tem monitorado a situação e mantém de prontidão para atender as emergências.

De acordo o secretário da Sedurbs, Ubirajara Barreto, o governo do Estado monitora a situação de todas as oito barragens e não há riscos. Porém, cinco já verteram água e a população que mora nas proximidades dessas áreas deve ficar atenta. “Todos os órgãos do governo estão empenhados neste trabalho de monitoramento das barragens e atendimento da população. Só em dez dias deste mês choveu 92mm a mais do que a média histórica para os 30 dias de julho. É importante ressaltar que no tocante a segurança da estrutura das barragens, todas estão dentro da normalidade, sem riscos”, explica o secretário.

A Companhia de Saneamento de Sergipe, Deso, esclarece que a Barragem do Poxim Açu não está vertendo água e vem cumprindo seu papel de retenção e minimização de impacto de cheias.  Segundo o diretor-presidente da Companhia, Carlos Melo, a barragem armazenou todo o acúmulo de chuvas até o momento. “As chuvas dos últimos dias surpreenderam a todos pelo alto índice e a barragem já atingiu 95,2% da sua capacidade de volume útil, sendo que a qualquer momento ela pode verter água. A Deso está com uma equipe de monitoramento constante na barragem do Rio Poxim Açu para avaliar o aumento do volume de água”, explica.

O diretor-presidente disse ainda ser importante esclarecer que a inundação que ocorre em Aracaju, no bairro Jabotiana ( Largo da Aparecida, conjuntos Santa Lúcia, JK e Sol Nascente), em Nossa Senhora do Socorro (Parque dos Faróis) e no município de São Cristóvão (Jardim Universitário) ocorreu pelas cheias do Rio Poxim Mirim e não da barragem do Poxim Açu, além da influência da amplitude da maré.

A Defesa Civil do Estado está em alerta constante para os casos de emergência e monitora as áreas de risco de inundação. Na reunião, além do coordenador estadual, Ten. Cel. Alexandre José Alves Silva, estiveram presentes os coordenadores dos municípios de Aracaju, São Cristóvão e Socorro.

“Os órgãos emergenciais estão de prontidão para atender as necessidades dos sergipanos e a Defesa Civil recomenda à população que se o nível de água dentro das residências se elevar, é importante deixar o local e procurar abrigo em lugar seguro, além de ligar para os órgãos de segurança”, disse o coordenador estadual da Defesa Civil.

Barragens do interior
Barragem João Alves, a da Ribeira, entre os municípios de Campo do Brito e Itabaiana – a população dos municípios de Itaporanga, São Cristóvão e localidades próximas à barragem deve ficar atenta ao nível da água; Jacarecica II, entre os municípios de Malhador e Riachuelo –  Municípios em situação de alerta – Laranjeiras e Riachuelo; Dionísio Machado, em Lagarto e Piauitinga, Salgado – municípios em atenção Salgado e Estância; Jabiberi, em Tobias Barreto, risco mínimo de vertimento que pode afetar a população.

Participaram da reunião, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade – Sedurbs, Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente – Serhma, Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, Defesa Civil do Estado e dos municípios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão e a Empresa Municipal de Obras e Urbanização – Emurb.

Para onde ligar em caso de emergência
Na capital, o telefone é o 199. Em Nossa Senhora do Socorro, 0800-2845367 e (79) 98834 8626. Os moradores de São Cristóvão devem ligar para o (79) 99975-4412. Em situações de emergência em qualquer lugar do estado, o contatar é 193.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Estudantes de Agronomia da Bahia visitam o perímetro Piauí

O Programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, fez a cobertura da visita acadêmica feita – por estudantes de Agronomia vindos de faculdade da Bahia – aos lotes que produzem mudas, frutas e hortaliças orgânicas no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. Lá onde a produção agrícola é mantida pelo Governo do Estado, através da irrigação fornecida pela Cohidro aos 421 irrigantes.

Leia também a matéria completa sobre a visita clicando aqui.

 

[vídeo] Irrigantes em Lagarto mostram a expectativa pela comercialização do amendoim

Programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, foi mostrar a expectativa dos irrigantes do perímetro Piauí, que cultivam amendoim, pelos bons preços do período junino. A produção já tem as festas de São João como destino certo e neste período, o ritmo das colheitas aceleram. Produção agrícola mantida pelo Governo do Estado através da irrigação fornecida pela Cohidro aos 421 irrigantes.

Perímetro irrigado de Lagarto recebe visita de estudantes de Agronomia da Bahia

O dia de campo no pólo irrigado da Cohidro atende ao cronograma acadêmico das disciplinas de Fruticultura e Entomologia Agrícola
Foto: Fernando Augusto

“As aulas teóricas são necessárias, mas no campo, podemos ver e colocar em prática tudo que nos é ensinado”, disse a universitária Jéssica da Silva, que cursa o 5° período de Engenharia Agronômica na Faculdade do Nordeste da Bahia – Faneb, em Coronel João Sá. A jovem fez parte do grupo de estudantes e professores que visitaram o Perímetro Irrigado Piauí, no município sergipano de Lagarto, uma parte da infraestrutura que o Governo do Estado mantém, distribuindo água de irrigação a 421 lotes agrofamiliares.

Durante a aula de campo, os estudantes puderam conhecer exemplos de produção certificada de mudas frutíferas, de banana prata anã e uma amostra de produção orgânica de hortaliças. “A gente tem uma estação de bombeamento (EB) na barragem, a 5 km daqui, no rio Piauí, com uma adutora de 600 mm que faz a água chegar nesse reservatório secundário, onde a EB-02 distribui a água em sete setores, em sete povoados aonde estão os lotes”, explicou aos estudantes o técnico agrícola da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, Willian Domingos.

Dessa forma, pôde ser ampliado o raio de visão que os visitantes têm do escritório-sede do perímetro, onde também conheceram a Estação Meteorológica. Dali, segundo ele, equipamentos de mensuração do clima tanto geram dados necessários para determinar o tempo e o período para irrigar no dia, como também alimentam o banco de informações climáticas do estado.[pullquote align=center]

Assista à reportagem do programa Sergipe Rural sobre a visita clicando aqui.

[/pullquote]O foco maior da visitação foi a produção irrigada de espécies frutíferas que, conforme explicação do técnico da Cohidro, se faz de forma consorciada, possibilitando a diversificação da produção, e evitando que o agricultor sofra tanto com os altos e baixos do mercado. “Ele tem o maracujá, mas também tem o quiabo, coentro e a macaxeira. Ou seja, o produtor tem a diversificação de culturas e não enche o lote de uma cultura só. Se há 30 dias, o maracujá custava e R$ 4 o quilo, hoje está a R$ 0,50, aí tem que ter outra cultura para garantir a geração da renda familiar”, exemplificou Willian.

O professor Lucas Aroaldo expôs que a visita serviu para mostrar como funciona toda a infraestrutura envolvida, que vai desde a assistência técnica até a estrutura que a Cohidro oferece para esses produtores. “Os técnicos são capacitados para o entendimento da agricultura familiar desse policultivo, que envolve desde a olericultura orgânica até a produção de espécies frutíferas. É de suma importância que os alunos tenham contato com essas experiências de setores e com os produtores assistidos pela Cohidro”.

Depois de conhecer a complexa produção de mudas do produtor irrigante Nivaldo Araújo, a estudante Jéssica afirmou que a aula de campo foi interessante. “Possibilitou que pudéssemos absorver novos conhecimentos e saber de que forma é feito todo o processo [de produção] das mudas de cada cultura”, complementou a universitária. O irrigante Nivaldo Araújo, por sua vez, conta que para estar certificado a fornecer mudas citrícolas em Sergipe, segue um rigoroso controle de qualidade das matrizes, devendo haver muita disciplina nas rotinas de segurança fitossanitária. “O controle de pragas aqui dentro depende de mim, porque o segredo são as portas dos viveiros, por isso, todos os dias eu estou aqui. Digo aos funcionários que se gera um foco de doença aqui, perde tudo e o prejudicado não sou só eu, mas sim todos nós”, ressaltou.

O grupo ainda foi conhecer a produção de banana prata anã do irrigante Rosendo Santos, que realiza o controle de pragas com os métodos convencionais; e a produção orgânica de João Pacheco, onde o controle de pragas é feito usando processos alternativos. Nesses locais, o professor Fábio Leal, que ensina sobre os insetos inimigos das lavouras, pôde mostrar aos alunos, na prática, o trabalho de manter as plantas sadias, com e sem o uso de agrotóxicos. “Essas viagens servem para os alunos terem uma visão mais integral do processo agropecuário, aí eles vão fazendo os links necessários entre uma disciplina e outra. Hoje, tentamos identificar algumas pragas, métodos de controle e o que pode ser feito para minimizar os problemas causados por insetos”, concluiu.

 

Sergipe Rural: Repolho traz vantagem para o agricultor irrigante de Lagarto

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, esteve em Lagarto mostrando a produção de repolho do agricultor irrigante Renilson Araújo. Embora tenha obtido baixo rendimento na lavoura que colheu no verão, está animado que compense agora com o vegetais que vai colher no inverno.

Essa possibilidade de plantar ou colher em qualquer época do ano, independente de chuva, é possível porque Renilson é um dos 421 irrigantes atendidos pela Cohidro no Perímetro irrigado Piauí, recebendo em seu lote a irrigação diária e a assistência técnica agrícola.

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[LAGARTO] Perímetro irrigado espera colher 1 MI de espigas de milho até São Pedro

Para a véspera de São João, são aguardadas 760 mil espigas de milho e 80 T de amendoim

Já tem milho garantido para o ciclo junino que se aproxima. Em Lagarto, a colheita vem sendo farta. O agricultor Jodeclan Santos, por exemplo, colheu mais de 7 mil espigas no Perímetro Irrigado da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro. “Essa área que eu estou limpando é para daqui a 20 dias, mas aquela de lá vai colher já perto do período de São João. Compensa, tem procura boa, mas sem irrigação não produz. Só produz por causa do perímetro irrigado. É o ano todo produzindo, tirando uma área e botando outra. Aqui, onde acabei de colher, vai ser milho de novo. É milho verde o ano todo”, diz Jodeclan, que produz em dois hectares (ha) de terra.

De agora até São Pedro, serão colhidos 54 ha de milho no Perímetro Irrigado Piauí, infraestrutura do Governo do Estado que atende a 421 lotes iguais ao de Jodeclan. Segundo Gildo Lima, gerente do perímetro, o plantio vem sendo feito desde fevereiro e a colheita já começou, com estimativa de produção superior a um milhão de espigas até o fim do período junino. “No São João do ano passado, chegou muito milho de uma vez só e o milho caiu muito o preço [para R$ 20 o cento]. Este ano, muita gente apostou em plantar antes e muito milho já está sendo colhido”, explicou. Cerca de 38 ha serão destinados exclusivamente à colheita na semana em que se festejam os dois principais santos do ciclo junino. Neles, deverão ser colhidas 760.000 espigas. Outros 26 ha foram plantados com amendoim, e a perspectiva é que a produção chegue perto das 80 toneladas.

Na região Centro Sul, onde está Lagarto, a irrigação continua sendo o diferencial para a produção no período em que o milho verde é mais requisitado. Segundo o técnico agrícola da Cohidro, José Américo, quem está plantando no perímetro irrigado ou tem acesso à mesma tecnologia disponível nesses lotes, sai na frente. “Tudo indica que esse ano o preço vá ser melhor para o produtor irrigante no período dos festejos juninos. Até porque, quando não chove, se não tiver irrigação, não tem como ter milho para colher na véspera de São João”, analisa o técnico.

Gildeon Dias é um dos produtores que aproveitam a demanda do período junino. Ele vai colher em 34 dias o milho verde que plantou há um mês e meio. A plantação está em 1,8 hectares preparados para cultivar tomate, quiabo e pimenta malagueta, utilizando mangueiras de irrigação por gotejo fixas. Por isso, os pés de milho foram dispostos em duas linhas a 33 e 40 cm um do outro, com intervalo de quase dois metros entre as fileiras. O número reduzido de mudas é compensada pela tecnologia de ‘fertirrigação’ que os dois lotes possuem, levando até as raízes, a adubação à base de ureia diluída na água. Assim, é aguardada uma colheita próxima de 35.000 espigas.

“Esse é o melhor tempo de se plantar. É para o São João, é tradição. Vou vender aqui mesmo. Tem quem compre para levar em Carira e Boquim, outros para Estância. Eu mesmo vou vender, às vezes. A gente espera preço bom, mas só sabe no tempo”, disse Gildeon. Ele não quer desfazer a estrutura que montou para as outras culturas que produz com a irrigação do perímetro no resto do ano, mas não desperdiça as vantagens de comercialização do milho no período. “Tem uns quatro anos que eu faço. Sempre coloco antes um tomate, uma pimenta, e quando tira aquela cultura, eu entro com o milho, porque compensa”, concluiu.

Sergipe Rural: Milho e amendoim para o São João estão garantidos no perímetro da Cohidro em Lagarto

O milho verde e amendoim para as festividades juninas já está perto de colher no Perímetro Irrigado Piauí, unidade da Cohidro em Lagarto. O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, foi lá mostrar que os produtores adiantaram o plantio para atender os brincantes mais entusiasmados, já que em Sergipe a celebração dos santos Antônio, João e Pedro, originam festas antes, durante e depois do mês de junho.

No perímetro Piauí, em 2018, só o milho e o amendoim ocuparam, em mais de uma colheita anual devido à irrigação, a área de 162,2 ha, produzindo 1.734 e 173 toneladas respectivamente.

Última atualização: 13 de maio de 2019 15:19.

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