[vídeo] Sergipe Rural: Cultivo de amendoim para atender verão pós-pandemia anima irrigantes de Lagarto

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Neste sábado (31), o programa Sergipe Rural, da Aperipê TV , trouxe reportagem que fez com um dos produtores de amendoim de Lagarto, atendidos pelo Governo de Sergipe no Perímetro Irrigado Piauí com irrigação assistência técnica rural fornecidas pela Cohidro. O agricultor está animado com o mercado para o produto neste verão, depois de haver queda na procura pela oleoginosa durante o inverno de isolamento social por conta da pandemia.

O inverno é quando ocorrem as festas juninas, em que o amendoim cozido é um dos principais petiscos das mesas de comidas típicas de qualquer arraial no estado. No verão, quando as praias recebem sergipanos e turistas de todas as partes para amenizar o calor típico da estação, está lá mais uma vez presente o produto que virou Patrimônio Imaterial de Sergipe em 2013. Vendido a granel, é preparado com o ponto de maturação e cozimento, quantidade de sal e uso das técnicas de clareamento que só quem é daqui sabe fazer.

Leia matéria completa em: https://coderse.se.gov.br/?p=19522

Agricultores de Lagarto esperam boas vendas de amendoim no verão pós-isolamento

Cohidro identifica cerca de dez novas plantações do cultivo no Perímetro Irrigado Piauí

[Foto: Fernando Augusto]
No município de Lagarto, a perspectiva do verão pós-isolamento social deu ao plantio do amendoim novos adeptos. No Perímetro Irrigado Piauí, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) contabilizou, ao menos, 10 novas plantações de amendoim, que de tão popular, virou Patrimônio Imaterial Sergipano, e cuja colheita acontece após 80 dias de plantio. Produtores beneficiados com irrigação e assistência técnica rural da Companhia apostam no aumento do preço, em relação ao verão passado – o que vem para compensar o último inverno, quando a pandemia frustrou os tradicionais festejos juninos, em que o amendoim cozido é petisco de presença obrigatória.

Jackson Simões é produtor irrigante há 20 anos e cultiva o amendoim há oito no perímetro irrigado da Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). Ele repassa o produto in natura para os beneficiadores do amendoim cozido, que o revendem nas feiras. Para o agricultor, é bastante compensatório produzir no período de férias e de presença de turistas nas praias sergipanas. “Na época do verão, costumo plantar três roças e colher 250 ‘terças’, 250 baldes [de 12 litros] bem cheios, em cada uma”, afirma. A primeira roça de amendoim de Jackson foi plantada há quase 60 dias e ele vai aguardar mais 20 para colher, no início de novembro. Até lá, ele pretende plantar as outras duas roças, na perspectiva de escoar o produto em três datas diferentes, facilitando a venda e o atendimento à demanda.

De acordo com o gerente do Perímetro Irrigado Piauí, Gildo Almeida, o aumento da produção para atender o verão está sendo significativo. “Os produtores costumam aumentar a produção no verão. Algumas áreas da região já estão plantadas, outras estão começando agora. No ano passado, alguns produtores chegaram a vender por R$ 30,00 a ‘terça’; no inverno geralmente esse valor cai para R$ 20,00. Esperamos que esse ano haja uma melhora no preço, puxado pela alta nos preços dos alimentos e também pela expectativa de verão mais movimentado que o inverno”, aponta o gerente. Em 2018, só no perímetro de Lagarto, a produção anual de amendoim registrada foi de 173 toneladas. Em todos os quatro perímetros públicos de irrigação do Governo do Estado, a safra foi superior aos 900 mil quilos.

Diretor de irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca avalia que o plantio do amendoim já era bastante vantajoso nos perímetros irrigados, antes de se tornar, em 2013, Patrimônio Imaterial de Sergipe. Além da demanda ser grande – seja no São João, São Pedro ou nas praias – na agricultura, o amendoim é uma planta com finalidades que vão além da produção de para a venda, sendo muito empregada na rotatividade de cultivos. “É uma cultura pouco exigente. Atua na fixação biológica do nitrogênio ao solo [favorecendo os plantios de outras espécies no futuro] e fornece uma grande quantidade de restos culturais, ajudando o agricultor a economizar em adubação. Por essas vantagens, em nossos perímetros, ele acaba por substituir outros cultivos mais duradouros ou exigentes durante as entressafras, como a batata-doce e o coentro”, revelou.

Isidoro dos Santos, mais conhecido como Araponga, é proprietário de lote irrigado no perímetro Piauí há oito anos. Ele, que planta amendoim e outros cultivos, como inhame, macaxeira e batata, é um dos produtores que conseguiram vendas no período de inverno, mesmo com a pandemia, mas que guardam grandes expectativas para o verão. “O amendoim sempre dá lucro; vendo bem. No ano, planto uma tarefa, duas vezes amendoim e duas vezes rama (batata-doce) e assim vou levando. Espero que essa safra seja ainda melhor”, afirma Isidoro.

Irrigantes do Perímetro Piauí voltam a cultivar pimenta malagueta

Cohidro identifica que aumento de procura fez o quilo subir para R$ 10, voltando a interessar aos agricultores

Irrigação da Cohidro permite o cultivo de pimentas o ano inteiro [Foto: Fernando Augusto]
A pimenta malagueta voltou a interessar os agricultores do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, depois de perder espaço para outros cultivos em anos anteriores. Em 2020, com o aumento da demanda das indústrias locais e da vizinha Bahia, o preço do quilo subiu para R$ 10 e os produtores retomaram o plantio. A pimenta é o ingrediente principal para fabricação de molhos picantes. O alto grau de ardência da malagueta dificulta a colheita e aumenta os custos de produção, exigindo ao produtor vender aos melhores preços. Enquanto isso, a ardência da pimenta biquinho é bem moderada e, por ser de tamanho maior, é mais fácil de colher. O quilo da biquinho é vendido à indústria por R$ 6,00, para a fabricação de conservas, e sua produção não passou por variações significativas no perímetro irrigado mantido pelo Governo do Estado.

A irrigação pública e a assistência técnica rural são fornecidas a todos os 421 lotes do perímetro Piauí pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que dá o suporte necessário para os pipericultores plantarem durante o ano todo. No caso da pimenta malagueta, a colheita começa após 90 dias do plantio e o produtor faz colheitas semanais durante outros 90 dias. Depois dessa produção, o pé da pimenta fica mais 90 dias sem dar o fruto. Mas passado esse período, ele volta carregado e o processo é reiniciado. Ao completar seis meses de vida, os pés são arrancados para que seja iniciado um novo plantio na área. Só desta espécie, o polo irrigado já chegou a registrar uma produção anual de 508 toneladas, em 2017.

Irrigante no Perímetro Piauí há 25 anos, Luíz Barbosa trabalha com pimentas há 10. Para ele, a melhoria do preço do quilo fez compensar voltar plantar a malagueta. “Passei um tempo sem plantar porque a empresa que eu vendia baixou o preço demais, aí não tinha como repassar. Agora que voltou a um preço melhor, resolvemos plantar”, disse o agricultor. Ele utiliza uma área de 1 ha, produz em média 300kg de malagueta por semana, e vende o quilo da pimenta madura a R$ 10,00 e a pimenta ainda verde a R$ 8,00, repassando para compradores de Salvador (BA). Já a biquinho tem preço mais modesto. “Mesmo com o quilo a R$ 6,00, as pimentas biquinho são bem comercializadas, por isso vale a pena continuar plantando. Ela é peneirada e separada; as maiores são vendidas para as indústrias e as menores vão para as feiras da região”, conta o produtor.

Segundo o gerente do perímetro irrigado Piauí, Gildo Almeida, a baixa demanda foi o principal fator para que os produtores deixassem de plantar a malagueta e buscassem outros cultivos, incluindo a pimenta biquinho. “Agora, o pessoal está animado com o preço da pimenta malagueta; a indústria local está voltando a comprar. O produtor confia que agora vai dar lucro, que compensa e estão retornando com a produção da malagueta, que esteve em situação de quase acabar. E também tem uns compradores que vêm da Bahia. Ainda assim, muitos produtores estão optando pela pimenta biquinho, porque é mais fácil de trabalhar; não tem ardência e seu tamanho é maior, o que facilita a colheita”, analisa o gerente. Assim como ocorre com a malagueta, a indústria local compra a maior parte da produção da pimenta biquinho.

Rogério de Souza tem mais de 25 anos como irrigante no perímetro Piauí, e começou a plantar a pimenta biquinho há 8. Ele conta que deu uma pausa de dois anos na plantação do cultivo, mas logo retornou porque, na época, a malagueta não estava dando o retorno esperado e a colheita da biquinho apresentava mais facilidade. “Eu hoje continuo com a malagueta, só reduzi a área. Com a biquinho tenho mais vantagem”, completa o pipericultor, que ocupa dois 2 ha com os cultivos.

[vídeo] Produtores de fumo aumentam a produção em Lagarto

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A oferta de fumo continua crescendo no Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Cohidro em Lagarto. O Boletim do Jornal da Aperipê TV, mostrou que a área do fumo dobrou nos últimos tempos. Aliado à irrigação fornecida pelo Governo de Sergipe, agricultores e técnicos agrícolas da Cohidro trabalham afinco para ter, em 2020, a melhor colheita com o melhor produto.

[vídeo] Aumenta produção de fumo assistida pela Cohidro em Lagarto

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O programa Sergipe Rural da Aperipê TV esteve em Lagarto para mostrar como os produtores irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, estão satisfeitos e empolgados com a produção do fumo. Os agricultores atendidos pelo Governo de Sergipe, com irrigação e assistência técnica rural, voltaram a plantar o produto de olho no preço ofertado pelas indústrias, que chega à R$ 15 o quilo do produto já curado.

Agricultores irrigantes do Perímetro de Lagarto fornecem alimentos a famílias vulneráveis da Barra dos Coqueiros

Cohidro assessora produtores que fornecem ao Programa de Aquisição de Alimentos na modalidade Compra com Doação Simultânea

Lania Ribeiro faz entrega na residência de Ana Deise [Foto Fernando Augusto]
Mais de 300 famílias em situação de insegurança alimentar assistidas pelo Centro Comunitário Sócio-Cultural da Barra dos Coqueiros (CCSCBC) receberam alimentos da agricultura familiar adquiridos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab, na modalidade “Compra com Doação Simultânea”. Na última quinta-feira (10), os agricultores do Movimento Associativista Do Brejo, que produzem no Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação (Cohidro) em Lagarto, levaram 1.848 quilos de produtos agrícolas até a Barra e, com todos os cuidados para evitar aglomerações, a equipe do Centro Comunitário entregou os kits de alimentos aos beneficiários do programa em seus respectivos bairros. Pelo fornecimento dos alimentos, os agricultores envolvidos são remunerados com recursos federais, enquanto recebem do Governo do Estado irrigação, assistência técnica rural e a assessoria necessária à atuação no programa.

Do Perímetro Irrigado Piauí, participaram dessa entrega 16 agricultores irrigantes. Segundo o presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a irrigação permite que o produtor entregue alimentos ao PAA o ano inteiro. “Por isso, a empresa incentiva o produtor a participar do ranqueamento de propostas de todo o Estado e, depois, dá o auxílio para os irrigantes realizarem a prestação de contas das entregas junto à Conab. Após a liberação de recursos, ocorreu a primeira entrega dos irrigantes ao PAA do ano, em 1º de julho, em Canindé de São Francisco”, conta Paulo. Ainda segundo ele, incluindo mais uma associação de Itabaiana, os três projetos já aprovados somam R$ 327.945,51 em remuneração a 41 produtores irrigantes. “Outras duas propostas de Canindé e Lagarto também estão pleiteando participação no programa, somando outros R$ 280 mil para mais 35 irrigantes, ainda neste ano”, completa o presidente da Cohidro.

O presidente do Movimento Associativista, Gildeon Santana, atua pela terceira vez como fornecedor de alimentos pelo PAA. “Este projeto dá alguma garantia ao agricultor, para que ele possa permanecer produzindo. Começa com o valor X e vai até o final. É um programa da Conab que lhe garante plantar e, tendo a produção, você já tem a garantia do preço. Para os agricultores, o PAA é uma forma de incentivo a produzir com mais qualidade, investir em adubação, dentre outras coisas”, considera. O produtor ressalta a importância do auxílio prestado pelos técnicos da Cohidro para que os irrigantes atuem no programa. “Tem os perímetros irrigados que atendem os agricultores, além dos técnicos que sempre nos dão apoio na nossa região, nos assessorando e dando o máximo de si para que as coisas aconteçam, e todos possam produzir mais e com melhor qualidade”, afirma o agricultor.

O Centro Comunitário da Barra dos Coqueiros irá receber, durante nove meses, quase 42 toneladas de alimentos, em entregas quinzenais feitas pelos irrigantes do perímetro Piauí. Assistente social do Centro, Lania Ribeiro conta que a instituição atua na proteção social básica no município há 40 anos. “Semanalmente, fazemos entregas de sopas e, quinzenalmente, a gente faz a entrega das cestas verdes, que são os produtos do PAA. Macaxeira, batata, maracujá, salada… produtos que geralmente eles não possuem o hábito de comprar, então, é um complemento importante à sua alimentação. São beneficiadas diretamente 306 famílias de vários bairros, não apenas do entorno da instituição. Todos os cuidados estão sendo tomados na hora das doações: máscaras, toucas, luvas, álcool a 70%. Também por isso, não podemos aglomerar aqui, então optamos por fazer a entrega nas próprias comunidades”, assinalou. O CCSCBC está aberto a receber outras doações de alimentos, embalagens e recursos, atendendo os interessados pelo telefone (79) 3262-1344.

Ana Deise é chefe de uma das 25 famílias assistidas no Rio das Canas, localidade onde vive com 8 pessoas, entre filhos e netos. Ela destaca a qualidade dos alimentos que recebe do CCSCBC. “Ajuda muito. Melhora a nossa condição e, por isso, agradeço muito. A macaxeira é boa, cozinha bem”, opina. Na mesma localidade vive Jucimara Cruz, com o esposo e filho, para quem a ajuda é importante para a economia do lar. “Contribui muito, porque já é um reforço na alimentação na minha casa. Principalmente porque, hoje, com essa pandemia, está tudo caro”, disse. Tatiane Pereira vive com o esposo, filho e sobrinho no loteamento Recanto das Andorinhas. Ela destaca a variedade dos alimentos fornecidos pelos produtores, que contribuem para uma dieta equilibrada, indicada por nutricionistas. “O coentro, que ajuda a temperar o almoço, a macaxeira, a cebolinha, a laranja do suco da criança, a batata-doce, o maracujá, que eu tiro a polpa e boto no congelador. A qualidade é boa”, concluiu a beneficiária.

CANINDÉ | Cohidro conclui reforma em estação de bombeamento no Perímetro Irrigado Califórnia

Melhorias estruturais são custeadas com recursos do pagamento da tarifa d’água e qualificam trabalho dos irrigantes

Funcionários da Cohidro presentando: operários da obra, Associação dos Servidores da Cohidro, Diretoria Executiva, operação de bombas e engenharia., [Foto: arquivo pessoal]
Foi concluída a reforma física e estrutural da Estação de Bombeamento (EB) 04, que abastece parte do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, com revitalização de pinturas, telhados, pisos, calçamentos e banheiros. A intervenção foi realizada para melhorar a qualidade de trabalho dos operadores, aumentar a vida útil de equipamentos e diminuir riscos de falha no serviço estadual, que fornece a água para irrigação de lotes agrícolas do perímetro. Anteriormente, as EBs 03 e 06 do Califórnia já tinham recebido a mesma melhoria; e as estações de bombeamento do perímetro Piauí, no município de Lagarto, também recebem as ações de recuperação, realizadas pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

A recém-finalizada reforma na EB 04 do Califórnia envolveu nova pintura protetiva para todas as tubulações e conexões, instalação de piso permeável [em brita], instalação de telhado para proteger o maquinário da ação do tempo, além das restaurações no alojamento dos funcionários, localizado anexo à casa de força, com reforma estrutural nos telhados, pintura, piso, calçamento externo e banheiros. As próximas obras no Perímetro Irrigado Califórnia acontecerão nas EBs de número 05 e 07. Já no município de Lagarto, o Perímetro Irrigado Piauí já teve a EB 02 revitalizada e foram iniciadas as melhorias na EB 01, desde a última sexta-feira (28). As revitalizações das estações de bombeamento fazem parte do programa de recuperação das EBs da Cohidro.

O agricultor Leidison dos Santos é um irrigante considerado atuante pelos técnicos do perímetro. Selecionado para abrigar em seu lote um campo experimental de uvas – oriundas de transferência de tecnologia com a Embrapa Semiárido -, ele se diz satisfeito com a reforma da EB do seu setor (04). O agricultor relembra que, em 2016, o Governo de Sergipe adquiriu 45 novas bombas, das quais 37 foram somente para Canindé. “Colocando essas bombas novas e fazendo a reforma direito, as coisas ficam diferentes. A gente trabalha melhor e tem aquela tranquilidade de que não vai faltar água. É um serviço que nos ajuda. A expectativa é que continue assim. A tendência é ir sempre melhorando para dar mais tranquilidade ao produtor, que sofre tanto durante a estiagem, no verão, com a falta d’água”, pontua o produtor.

As reformas são custeadas através do pagamento das tarifas de água pelos próprios irrigantes, segundo destaca o diretor administrativo e financeiro da Cohidro, Jean Nascimento. “Foram investidos cerca de R$ 20 mil na reforma da EB 04 do Califórnia, através da reversão do pagamento da tarifa d’água em benefício do próprio agricultor. Com as reformas, melhoramos a qualidade do serviço para garantir o fornecimento da água necessário à produção dos alimentos”, ressalta Jean. O diretor de irrigação e desenvolvimento rural da companhia, João Fonseca, também avalia que as ações melhoram o trabalho do agricultor. “Aliado à assistência técnica agrícola, as estações de bombeamento em bom estado dão mais garantia ao produtor irrigante, de que ele poderá plantar e colher o seu produto. Isso repercute em maior confiança em seu empreendimento rural, para ele reinvestir e garantir maior renda familiar para si e para os seus colaboradores”, defende João Fonseca.

O diretor presidente da Cohidro, Paulo Sobral, reforça que as reformas nas estações de bombeamento são possíveis por contar com a mão de obra do próprio quadro de funcionários da companhia. “Além de contarmos com a receita obtida da tarifa paga pelos agricultores, dando a contrapartida ao interesse deles em contribuir com o serviço, também reduzimos os custos que teríamos caso contratássemos uma construtora. Conduzimos, portanto, nosso pessoal que atua em serviços gerais e conservação predial para fazer as revitalizações. Servidores estes a quem devo meu agradecimento por se aliarem ao projeto da Diretoria Itinerante, que percorre, semanalmente, os perímetros e obras executadas pela Cohidro no interior do estado”, ressalta Paulo Sobral.

Produtores de Lagarto voltam a apostar no plantio de fumo

Cohidro contabiliza 100 hectares plantados no Perímetro Irrigado Piauí.
Em 2019, o preço do quilo do fumo beneficiado chegou aos R$ 15

Seu Wilson, há mais de 40 anos produzindo e beneficiando fumo na área onde atua o perímetro Piauí [Foto: arquivo pessoal]
Os bons resultados alcançados na safra do fumo no ano passado, em Lagarto, animaram os produtores, levando em 2020. No Perímetro Irrigado Piauí, cerca de 100 hectares são ocupados pela plantação de fumo. Na época de colheita, de setembro a dezembro, pelo menos duas vezes por semana saem carregamentos para indústrias locais e, em boa parte, para o estado de Alagoas. O Governo de Sergipe, através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro), auxilia na manutenção da produção, fornecendo água para irrigação das plantações e assistência técnica agrícola dentro do perímetro.

A colheita do fumo é realizada de forma manual, através da mão de obra local. O produtor rural, Deleon Manuel, conta como é feito esse processo. “Nós plantamos e, à medida que vai crescendo, a gente faz a ‘capa’ (corte), assim sempre renovando, crescendo e capando. O ponto certo para fazer esse corte é quando a folha está ficando amarelada e inchada”, explica. Após o processo de seleção das folhagens, elas são espalhadas em arames e expostas ao sol para dar início à etapa de secagem. Alguns cuidados são tomados para não haver perda das folhas, como por exemplo, sua posição, para evitar o acúmulo de água em dias chuvosos.

Logo em seguida, o fumo é triturado, prensado e enrolado. Assim, inicia-se uma segunda etapa, que o agricultor Antônio Carvalho chama de processo de ‘cura do fumo’. “Pegamos o rolo triturado e prensado e colocamos no sol; depois de um tempo, viramos de volta para o sol e assim sucessivamente. Desse jeito, ele vai curando, ficando mais escuro e com o cheiro mais forte. O ponto de cura ideal é quando o rolo do fumo está completamente duro, seco e na coloração preta. Geralmente ficam expostos ao sol por um período de 60 a 90 dias”, afirma. Após todo este processo, o fumo é comercializado em cordas, que formam grandes rolos. Em 2019, o preço do quilo do fumo beneficiado alcançou R$ 15, e R$ 4 o quilo da folha entregue aos produtores que fazem a cura.

O técnico agrícola da Cohidro, Willian Domingos, conta que a colheita no Perímetro Irrigado Piauí é considerada longa. “Geralmente os agricultores plantam em maio ou junho e dão continuidade à lida até dezembro. E com o sistema de irrigação da Cohidro, esse período pode aumentar em até 1 ano e meio”. Ele afirma também que, há muito tempo, o fumo tinha ficado inviável na região, mas nos últimos 3 anos, com a melhora nos preços, o produtor voltou a acreditar na cultura. Por isso, o fumo em Lagarto representa um fator importante para a comunidade. “A economia local se beneficia de forma representativa no comércio, porque o investimento do produtor nesse cultivo não é tão alto, mas o seu retorno é imediato”, conclui.

Para Gildo Almeida, gerente do perímetro da Cohidro em Lagarto, uma boa irrigação é de suma importância para o fumo e outros cultivos. “Se não houver o bombeamento que o perímetro faz, a água não chega na plantação. Além do fumo, auxiliamos o desenvolvimento de outras culturas. São quase 30 tipos de culturas produzidas o ano inteiro. É muito gratificante ver a satisfação do produtor como resposta aos nossos serviços”, relata. No Perímetro Piauí, 421 lotes são irrigados durante todo o ano, beneficiando 3.515 pessoas diretamente com o serviço mantido pelo Governo do Estado. Anualmente, é colhida uma produção média que se aproxima das 10 mil toneladas, entre alimentos e outros produtos de consumo, como fumo, material forrageiro e plantas ornamentais, injetando na economia local algo em torno de R$ 17 milhões a cada ano.

Rotação de culturas faz sucesso em lavoura irrigada em Lagarto

Juntos, experiência do agricultor, irrigação pública e assistência técnica da Cohidro elevam produtividade da propriedade, gerando renda para pequenos agricultores

Gilvan mostrou a produção do seu lote no programa Sergipe Rural, da Aperipê TV [Reprodução de imagens de Jorge Henrique]
Produtor rural há mais de 25 anos, Gilvan Silva planta variadas espécies de hortaliças e culturas anuais em lote no Perímetro Irrigado Piauí, localizado em Lagarto, região centro-sul de Sergipe. Com a irrigação fornecida pelo governo do Estado, ele pode optar por um sistema de rotação de culturas, em que o produtor colhe diferentes alimentos durante todo ano e mantém a fertilidade do solo. Produtividade reforçada pelas orientações dadas pelos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro), que administra o perímetro. Mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, o produtor conta que não teve prejuízo nas vendas, incrementadas pelo período junino.

Utilizando completamente a sua área de 2,3 hectares, Gilvan conta com produtos que têm tido grande procura por parte do consumidor, principalmente porque ele tem o cuidado de sincroniza-los aos períodos de maior saída, como o São João, quando o milho verde e o amendoim disparam nas vendas. Apesar do cenário atual, em meio à crise provocada pela pandemia de Covid-19, o produtor está conseguindo render bons lucros, graças à versatilidade da sua produção, que resulta em maior retorno financeiro a todos os envolvidos no plantio. “Planto milho, planto amendoim, planto macaxeira, planto mandioca, de tudo um pouco! Para cuidar da lavoura, às vezes coloco um ou outro trabalhador para me ajudar, e assim vai. Todo mundo ganha”, conta o agricultor.

Os produtos comercializados in natura, Gilvan entrega aos feirantes da região. Já os que dependem de processamento, como é o caso da mandioca e do amendoim, abastecem as casas de farinha e as fabriquetas de amendoim cozido, presentes no próprio perímetro irrigado, se valendo da grande oferta nos lotes dos irrigantes. “Além do milho e do amendoim, estou conseguindo vender bem o repolho, que está novinho e, por isso, rendendo um dinheirinho”, afirma. Além de avaliar o mercado e o período do ano para escolher o que plantar, a diversidade de cultivares encontrada no lote de Gilvan, por si só, melhora a sua capacidade de escoamento da produção e garante a renda familiar. Sempre tendo diferentes produtos para ofertar, ele não fica na dependência do preço de um só item.

Diretor de Irrigação da Cohidro, João Fonseca explica que o plantio do amendoim no sistema de rotação de culturas tem vantagens que vão além da boa procura, preferência no estado que lhe rendeu o título de Patrimônio Imaterial Sergipano, desde 2013. “É uma cultura que atua na fixação do nitrogênio ao solo e fornece grande quantidade de restos culturais, ajudando o agricultor a economizar em adubação. Por essas vantagens, em nossos perímetros, ele acaba por suceder outros cultivos mais duradouros ou exigentes durante as entressafras, como a batata-doce e o coentro”, revela.

Mantendo a terra sempre ocupada com estas várias plantações ao mesmo tempo, o agricultor aproveita todo potencial oferecido pela terra e a infraestrutura de irrigação pública instalada e mantida pelo governo de Sergipe, através da Cohidro. Gildo Almeida, gerente do Perímetro Irrigado Piauí em Lagarto, aponta que além da água, os irrigantes recebem a Assistência Técnica Agrícola e Extensão Rural (ATER) nos lotes. “A Cohidro está à disposição de todos os 421 produtores do perímetro. No caso do Gilvan, sempre que necessário ele nos procura, e disponibilizamos técnicos agrícolas para acompanhá-lo no que for preciso. Fornecemos uma irrigação de qualidade que, somada à experiência do Sr. Gilvan, faz da sua rotação de culturas um case de sucesso”, conclui o gerente.

Irrigação pública favorece cultivo do mamão havaí em Lagarto

No perímetro irrigado do Estado, a produção anual em média é de 150 toneladas

[Foto: Ascom/Cohidro]
O mamoeiro, que pode chegar a quase 10 metros de altura, dá fruto doce e suculento, bastante popular no Brasil. Seu cultivo tem ganhado espaço em Sergipe, a partir da irrigação, há bastante tempo. No estado, a variedade mais produzida e comercializada é o mamão havaí, também conhecido como papaia. No município de Lagarto, a 75 km da capital, o Governo do Estado fornece água e assistência técnica agrícola para que agricultores produzam o mamão de forma competitiva aos produtos vindos de outros estados. Com o subsídio oferecido através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) e o uso de recursos tecnológicos, como a fertirrigação e a microaspersão, os produtores geram renda familiar e abastecem, com o fruto, os mercados de  Lagarto e região, durante o ano inteiro.

No Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Cohidro naquele município, o agricultor Josenaldo Conceição possui 3 mil pés de mamão distribuídos em parcelas, cada uma plantada em uma data, que começam a produzir cerca de sete meses após o plantio. Segundo o fruticultor, a estimativa é que sua produtividade média alcance 16 toneladas por hectare. “Em média, consigo tirar de 40 a 50 caixas por dia, quando as coisas estão no auge. Ouvi dizer que era bom e decidi experimentar. Gostei e continuei plantando”, considerou o produtor. Ele utiliza a fertirrigação, em que a adubação é diluída na água de irrigação, e a microaspersão – equipamentos de dispersão de água que geram economia, ao irrigar somente a parte necessária. Ele conta também que, por ter plantado em épocas diferentes, consegue vender o ano inteiro, algo que já faz há quatro anos, desde que começou a apostar no mamão.

A tática de cultivar pomares de mamão em épocas diferentes também é adotada pelo produtor Edelzio Goes, que planta o fruto há quase 10 anos e, hoje, possui mais de 1.500 pés, divididos entre suas três lavouras. “Vale muito à pena, apesar de ser trabalhoso. Aparece muita doença, por isso, tem que ter muito cuidado para produzir”, afirma. Para o produtor, a qualidade vale mais que a quantidade na hora de precificar a produção. “Você pode plantar muito, mas se não cuidar direito, não tem qualidade. Do meu cultivo, vendo tudo para uma única pessoa. Às vezes, é um pouco difícil calcular a quantidade da produção. Recentemente, tirei mil caixas. Então, se for calcular como se tivesse 30kg cada, daria 30 toneladas, mas esse número também não é muito preciso”, detalha.

Por ter raiz curta e esparramada, é necessário fazer o controle da quantidade de água, para que o excesso não prejudique as plantas. A assistência dos técnicos agrícolas do perímetro Piauí orienta os produtores a fazer esse controle de disponibilidade hídrica, além do controle fitossanitário, prescrevendo tratamentos para pragas e doenças, como aponta Willian Domingos, técnico agrícola da Cohidro. “No primeiro passo, é feita uma análise do solo, em seguida, o coveamento. A análise do solo serve para compreender quais os tipos de adubo que poderão ser usados. Na produção do Josenaldo, por exemplo, foi utilizado o esterco bovino. Já o processo chamado de coveamento consiste no tamanho da escavação onde o mamoeiro irá se enraizar”, orienta.

O técnico agrícola afirma, também, que para o cultivo ter um bom desenvolvimento é necessário se atentar aos cuidados desde a sua germinação, preparando bem o solo. “Nas plantações dos dois irrigantes é usado o espaçamento entre plantas 2x2m e, entre linhas, 2,5m. Agora, eu recomendo 2,5×2,5m entre plantas e 3m entre as linhas. As covas têm 40x40cm de profundidade e largura”, conta Willian. No perímetro de Lagarto, a produção de mamão em 2018 foi de 151 toneladas, produzidas em uma área total de 2 hectares, à época. Em valores corrigidos pelo IGP-M, a produção rendeu aos irrigantes aproximadamente R$ 134 mil.

Última atualização: 3 de agosto de 2020 10:03.

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