Sergipe Rural: Acerola gera emprego e renda no Jacarecica II

A geração de emprego e renda a partir da irrigação pública foi tema de matéria especial no Programa Sergipe Rural de hoje, 16, que vai ao ar pela TV Aperipê. Em pauta, o cultivo da acerola do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador, em momento próspero em que os produtores estão obtendo mais renda e contratando mais, devido ao mercado que se abriu na venda do fruto ainda verde para a indústria alimentícia.

Na TV Aperipê, o programa foi ao ar neste sábado, 7h30; mas reprisa no domingo, às 8h30; e na quarta-feira, às 9h.

Dia de Campo do Governo do Estado capacita produtores irrigantes em Riachuelo

Além do Jacarecica II, as capacitações do PAS estão acontecendo também nos perímetros irrigados Jacarecica I e Ribeira, que estão inseridos no município de Itabaiana

Foto: Fernando Augusto

Na última semana, irrigantes dos municípios de Riachuelo, Malhador e Areia Branca participaram de uma série de cursos oferecidos para capacitá-los ao uso adequado de Agrotóxicos. Na bacia hidrográfica do rio Sergipe, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro mantém três perímetros irrigados. Foi no Jacarecica II que os agricultores participaram de dois Dias de Campo, concluindo a semana de atividades.

Integrante da comissão intersetorial do governo que vem acompanhando as capacitações, a técnica da Cohidro, Maria Teresinha Albuquerque, explica que o Programa Águas de Sergipe – PAS realiza recuperação ambiental nas áreas da bacia hidrográfica, e a exploração dos recursos naturais [terra e água] de forma responsável e sustentável – incluindo o uso racional dos agrotóxicos. “Eles tiveram, durante a capacitação, aulas teóricas e práticas, culminando com esse dia de campo”, disse. Contabilizando palestras e treinamentos práticos, o curso promove 12 horas-aula para cada produtor.

Além do Jacarecica II, as capacitações do PAS estão acontecendo também nos perímetros irrigados Jacarecica I e Ribeira, que estão inseridos no município de Itabaiana.

João Batista Santos Filho recebe irrigação da Cohidro em seu lote no assentamento Mario Lago, em Riachuelo. “Maravilhoso, viu. Bom, porque o pessoal é gente boa; tudo assim, ‘amigueiro’ e por isso estamos juntos aí”. Atraído pela receptividade dos capacitadores, o irrigante entende a importância de aprender a forma correta de utilizar os agroquímicos. “Tem muita gente que trabalha, mas não sabe o efeito que ele faz. O ‘cabra’ pensa que não, quer trabalhar de qualquer jeito. Tem que trabalhar capacitado, para saber trabalhar com agrotóxico, porque senão, morre”, alerta.

Instrutor no dia de campo, o técnico em segurança do trabalho Marcos Roberto dos Santos Nascimento explicou aos agricultores a maneira correta de utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) apropriados à manipulação e aplicação de agroquímicos. “A gente busca conscientizá-los sobre a importância do uso dos EPIs. Não só usar pela obrigatoriedade – pelo governo, pelo empregador -, e sim pela importância do uso. Tendo a consciência de que aquilo ali é para o bem do próprio trabalhador, para a própria saúde. A saúde dele tem que vir em primeiro lugar”, argumentou. Ele sugere que o investimento em um EPI, em torno de R$ 150, evitaria um custo ainda maior, descontado na saúde do agricultor.

Reação em cadeia e agroecologia
“É de suma importância para tudo, o uso correto dos agrotóxicos. Trazendo o bem para agente, que está na área. Sabendo a forma certa de usar, a gente acaba fazendo o bem para as outras pessoas”. O pensamento da jovem Pauliane Alves dos Santos leva em conta a cadeia de envolvidos na produção agrícola, desde quem está próximo ou trabalha na lavoura pulverizada, até para quem vai consumir aquele alimento. Se o agricultor, por exemplo, não respeitar o período de carência especificado pelo fabricante do defensivo agrícola e puser o alimento à venda antes, quem consumir poderá sofrer contaminação pelos agentes químicos tóxicos ainda não eliminados pela planta.

Pauliane é da Colônia Penha, também em Riachuelo – onde a irrigação do Cohidro chega através do perímetro Jacarecica II. “Meu pai aplica, mas agora vou saber orientar. Tive muita informação. Então o curso foi muito bom e muito produtivo. E vou levar para a minha base, para o meu terreno, para o meu pai e para o meu irmão, que também aplica”, concluiu a agricultora familiar. Os ensinamentos também alertam quanto à forma correta de aplicar o agrotóxico, levando em conta os horários e a incidência de chuvas. São situações que podem contaminar ar, água e solo, prejudicando o meio ambiente e quem ali vive.

O senhor Vicente de Andrade, agricultor também do Mario Lago, conta que – sem querer – tem praticado o método mais eficaz de combater todos os efeitos nocivos dos agrotóxicos, que é a não utilização. Ele vem substituindo produtos industrializados por receitas alternativas para combater pragas, doenças e plantas invasoras. Não nega que poderá vir a lançar mão ao uso dos produtos, mas afirma que agora que está capacitado, sabe que existem regras e restrições a serem respeitadas. “Estou achando ótimo. A Importância é grande, porque se a gente for trabalhar, já sabe. Eu já usei, mas hoje trabalho sem ele”, considera – argumentando que o uso dos agroquímicos incide em aumento da produção.

Águas de Sergipe
O programa Águas de Sergipe é resultante de um contrato firmado entre o Governo de Sergipe e o Banco Mundial no valor de US$ 117.125.000,00, sendo US$ 46.850.000,00 a contrapartida do Estado. O PAS tem como finalidade a melhoria da qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Sergipe e a prática da exploração sustentável dos recursos naturais. Desse montante, US$ 8 milhões serão destinados à Cohidro para ações de modernização da infraestrutura dos perímetros irrigados, segurança de barragens, assistência técnica e capacitação aos produtores.

 

Governo discute plano de Segurança e de Emergência para barragens

José Carlos Felizola reuniu gestores e técnicos da Superintendência de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Deso, Cohidro e Adema para reforçar as medidas preventivas nas barragens em Sergipe

O governo de Sergipe está atento às questões de prevenção nas barragens do Estado, e por conta disso, o secretário Geral de Governo, José Carlos Felizola, realizou nesta terça-feira, (05), uma reunião com os órgãos competentes para discutir as medidas preventivas que garantam a segurança estrutural das barragens que são de responsabilidade do estado – Foto: Marcos Rodrigues/ASN

O governo de Sergipe está atento às questões de prevenção nas barragens do estado e, por conta disso, o secretário Geral de Governo, José Carlos Felizola, realizou reunião, nesta terça-feira (05), com os órgãos competentes para discutir as medidas preventivas que garantam a segurança estrutural das barragens que são de responsabilidade do Estado. Na ocasião, foi debatida a implantação de Plano de Segurança de Barragem e Plano de Ação Emergencial.

Segundo José Carlos Felizola, o estado possui Sergipe possui 13 barragens. Entre elas, oito são administradas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e cinco sãos geridas pelo estado, por meio da Deso e da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). O plano de Segurança pretende identificar as situações de emergência que coloquem em risco a integridade e a segurança da barragem, estabelecendo as ações necessárias para esses casos. Dessa forma, é possível evitar ou minimizar danos com perdas de vida e de propriedades.

“O importante é ressaltar que nossas barragens não têm problemas estruturais e que todas as medidas de segurança vêm sendo tomadas pelo governo, mesmo anteriormente aos desastres acontecidos em Brumadinho e em Mariana”, explica Felizola, ressaltando que as barragens localizadas em Sergipe possuem características diferentes, já que armazenam somente água para consumo humano, animal e irrigação.

Nessas barragens atuam, desde 2014, os especialistas que formam o Painel de Segurança de Barragens contratados pelo ‘Programa Águas de Sergipe’ (PAS), encaminhando ações preventivas que afastam o temor criado pelos casos de Mariana e Brumadinho.

O Painel de Segurança de Barragens do PAS, financiado com recursos do Banco Mundial, é constituído por quatro consultores nas especialidades Hidrologia, Geotécnica, Hidráulica e Concreto. Os trabalhos do corpo técnico tiveram início em 10 de novembro de 2014, data da chegada dos especialistas a Sergipe, e corresponde a um investimento contabilizado em R$ 1.132.000,00.

“Desde 2014, o governo de Sergipe, por meio do programa Águas de Sergipe, contratou especialistas que elaboraram um painel de segurança nas barragens. Eles vistoriaram todas as barragens de Sergipe, elencaram uma matriz de riscos e ações de curto, médio e longo prazo”, pontua o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Melo.

O secretário executivo da Defesa Civil, Major Queiroz, reforçou que nenhuma das barragens sergipanas está irregular. “Estamos aqui para tranquilizar a população sobre as barragens. A barragem do Poxim foi a única que despertou certo receio da população.  No entanto, analisamos que o risco existente é baixo e, mesmo assim, ela está sendo monitorada pela Deso. Estamos em fase de discussão do Plano de Segurança de Barragem e Plano de Ação Emergencial, que garantirão ainda mais a segurança das barragens”, explicou.

Já o superintendente de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Olivier Chagas, destacou que os planos são preventivos. “O estado de Sergipe está se antecipando, para evitar, no futuro, algum problema”, completou.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Barragens estaduais permanecem seguras e sob monitoramento em Sergipe

Nessas barragens públicas atuam, desde 2014, os especialistas que formam o Painel de Segurança de Barragens contratados pelo ‘Programa Águas de Sergipe’ (PAS), encaminhando ações preventivas que afastam o temor criado pelos casos de Mariana e Brumadinho
Nessas barragens públicas atuam, desde 2014, os especialistas que formam o Painel de Segurança de Barragens contratados pelo ‘Programa Águas de Sergipe’ (PAS), encaminhando ações preventivas que afastam o temor criado pelos casos de Mariana e Brumadinho (Foto: Arquivo Cohidro)

Em Sergipe, nas seis barragens geridas pelo Governo do Estado destinadas à irrigação e ao consumo humano, a preocupação com os quesitos de segurança das reservas hídricas e das populações adjacentes vem de muito antes de o assunto tomar o noticiário, com as tragédias ocorridas em Minas Gerais. Nessas barragens públicas atuam, desde 2014, os especialistas que formam o Painel de Segurança de Barragens contratados pelo ‘Programa Águas de Sergipe’ (PAS), encaminhando ações preventivas que afastam o temor criado pelos casos de Mariana e Brumadinho.

A Cohidro possui reservatórios próprios, que represam a água dos rios em seus perímetros irrigados da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana; Jacarecica II, situado entre os municípios de Malhador, Riachuelo e Areia Branca; Piauí, em Lagarto; e Jabiberi, em Tobias Barreto. Destes, somente no Jacarecica I, a água represada é exclusiva para a irrigação, não tendo destinação compartilhada com o abastecimento humano, a partir da captação e tratamento realizado pela Companhia de Saneamento de Sergipe. À Deso pertence a barragem Jaime Umbelino Souza, instalada no Rio Poxim, no município de São Cristóvão, onde faz uso exclusivo da água captada. Todas essas seis represas foram foco de atuação do Painel de Segurança do PAS.

Antes de 2014, quando teve início o Painel de Segurança, já atuava a Comissão Estadual de Monitoramento de Barragens que, assim como o PAS, é coordenada pela Superintendência de Recursos Hídricos (SRH), hoje alocada na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs). Também integram a Comissão representantes das companhias de desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), de Saneamento de Sergipe (Deso), do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) e da Defesa Civil Estadual.

Nessa Comissão, o grupo de servidores públicos especialistas debruça atenção tanto às condições de segurança de todos os barramentos do estado, quanto ao monitoramento das crises hídricas, estabelecendo metas e restrições emergenciais ao uso dessas reservas de água em Sergipe. Diante dos recentes acontecimentos, o governador Belivaldo Chagas determinou que os órgãos integrantes da Comissão emitam um novo relatório após visita técnica às barragens de administração estadual. “Já temos esse acompanhamento sendo realizado de maneira contínua, e diante da tragédia de Brumadinho, estamos mobilizando nossas equipes em uma força-tarefa para tranquilizar a população sergipana, em especial as comunidades próximas às barragens, sobre a segurança delas”, pontuou o governador.

Por sua vez, o Painel de Segurança de Barragens do PAS, financiado com recursos do Banco Mundial, é constituído por quatro consultores nas especialidades Hidrologia, Geotécnica, Hidráulica e Concreto. Os trabalhos do corpo técnico tiveram início em 10 de novembro de 2014, data da chegada dos especialistas a Sergipe, e corresponde a um investimento contabilizado em R$ 1.132.000,00 até 30 de abril de 2019. Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Melo, os relatórios técnicos dos integrantes do Painel de Segurança atestaram a segurança nas barragens que o Governo de Sergipe faz uso.

“Antes do fatídico desastre de Mariana, em março de 2015, já tínhamos pareceres técnicos da garantia da segurança das barragens que compõem a bacia do Rio Sergipe [Ribeira, Poxim, Jacarecica I e II]. Em agosto do ano seguinte, a mesma equipe, independente de engenheiros, concluía que também as barragens que atendem aos perímetros Piauí e Jabiberi têm bom estado de conservação. Em todas, foram demandadas ações de curto e médio prazo em que o PAS está demandando recursos na ordem de R$ 8 milhões. Projetos e obras que atualmente estão em execução”, detalhou.

Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano, um caso a parte ocorreu na barragem do Perímetro Irrigado Jacarecica I, em Itabaiana. “Diante do fato histórico ocorrido no verão de 2017, que resultou no esvaziamento da barragem do Jacarecica I e que deu acesso às partes dela que estavam encobertas pela água desde a sua construção, pôde ser realizada a obra de implantação da comporta de segurança e a descarga ecológica, com recursos de aproximadamente R$ 100 mil investidos (do tesouro do Estado). Esta intervenção corresponde a duas ações indicadas no Relatório do Painel de Inspeção e Segurança de Barragens, nos quesitos de segurança de controle da vazão, limpeza dos detritos sedimentados no fundo da barragem e a paralisação segura da captação de água, a fim de fazer manutenções”, afirma.

Outra ação de extrema importância indicada pelos especialistas, segundo o presidente Carlos Melo, é o Plano de Segurança das Barragens, que envolverá o planejamento de rotinas técnicas, leituras e estudos da situação das barragens de forma sistemática e contínua. “Estão dotados R$ 1,6 milhões, em recursos do PAS, para a licitação que está em andamento, e que irá contratar empresa de engenharia especializada para este fim. Dessa forma, as barragens do Estado ganharão um componente a mais de garantia de segurança estrutural”, complementa o presidente da Cohidro. Ainda de acordo com ele, outros estudos, obras e instalação de equipamentos de mensuração da situação física das barragens, que estão sendo executados nas ações de curto e médio prazo, vão amparar a aplicação do Plano de forma permanente.

Águas de Sergipe
Tendo como finalidade a melhoria da qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Sergipe, o Programa resulta de contrato firmado entre o Governo de Sergipe e o Banco Mundial no valor de US$ 117.125.000,00, sendo de US$ 46.850.000,00 a contrapartida do Estado. Desse montante, US$ 8 milhões estão sendo destinados à Cohidro para ações de modernização da infraestrutura dos perímetros irrigados e segurança de barragens.

Cohidro e engenheiros realizam projeto de automação dos perímetros de Itabaiana

Projeto do PAS é de troca de equipamentos de bombeamento para reduzir as perdas de água, o consumo elétrico e o uso de mão de obra, além do aumento da vida útil das máquinas e da segurança operacional.
EBs possuem maquinário defasado e que exige manutenção constante (foto Jacarecica I /Cohidro)

Tendo entrado em operação no mesmo ano de 1987, os perímetros irrigados da Ribeira e Jacarecica I, ambos implantados pelo Governo do estado em Itabaiana (SE) e até hoje administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro), passaram quase 32 anos operando a partir de uma tecnologia acessível à época, da mesma forma que contavam com uma oferta de água e de energia elétrica menos concorrida com as necessidades do restante a sociedade. Hoje muita coisa mudou e tem sido necessária a substituição dos métodos empregados para irrigar o campo e de operacionalizar a água disposta ao agricultor, desde as bombas d’água até os aspersores.

A mudança já ocorre nos 592 lotes irrigados por estes dois perímetros, com a troca completa no sistema de irrigação que, além de ser automatizado, tem uma saída de água reduzida e regulada à só fornecer a quantidade necessária para a planta crescer, sem desperdícios. O que ainda é regulado por válvulas de controle de pressão em cada uma dessas unidades de produção, resolvendo outro problema que era o da distribuição de água de forma desigual, penalizando aqueles agricultores que tinham plantações mais distantes das estações de bombeamento (EBs).

Esta modernização foi proposta pelos engenheiros da Cohidro no momento em que foi elaborado o plano de ações do Programa Águas de Sergipe (PAS). Financiado pelo Banco Mundial, pretende diminuir o impacto ambiental e recuperar a degradação ocorrida nos mananciais da bacia do rio Sergipe e o que está sendo feito pela empresa corresponde a uma diminuição no consumo de água dos lotes irrigados de até 60%, enquanto que poderá ser reduzida em até 50% a eletricidade necessária para bombear a água de irrigação, desde o reservatório até os campos.

Mas no mesmo programa também foi proposta a contratação de empresa especializada para elaborar um projeto de automação das EBs dos perímetros compreendidos pelo PAS, que hoje operam com máquinas ultrapassadas, de forma manual e sem dispositivos que controlem o bombeamento adequado ao nível de consumo ou acusem distorções na rede de distribuição de água até os lotes, como o caso de vazamentos.

Início dos trabalhos
Os trabalhos para da elaboração de projeto de automação das EBs instaladas em Itabaiana (SE), iniciaram em reunião entre engenheiros da Cohidro e da empresa licitada, a TPF Engenharia, realizada no último dia 5, na sede da estatal em Aracaju (SE). O engenheiro elétrico da Cohidro Ricardo Luiz Lima disse que o encontro alinhou os pontos quanto ao projeto, definindo então as melhorias que são pretendidas.

“Este projeto definirá os equipamentos e conceitos a serem empregados nas três unidades de bombeamento e no escritório administrativo da Ribeira, e que atenderão aos requisitos do que há de mais atual e moderno no mercado industrial de automação e monitoramento à distância. O projeto contemplará a substituição de todos os equipamentos elétricos, mecânicos e hidráulicos, os quais estão em operação há mais de 30 anos e com vida útil esgotada, causando com isso muitas paradas para manutenções corretivas e emergenciais gerando, com isso, gastos excessivos e comprometendo a eficiência do sistema”, explica Ricardo Luiz.

Para o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto, as mudanças são urgentes e atendem às demandas da comunidade. “Um perímetro irrigado é a infraestrutura fornecida pelo Estado que compreende um reservatório de água de grande porte, as EBs e as adutoras que fazem chegar água até os hidrantes instalados em cada lote. Essa necessidade de diminuir o consumo dos perímetros se deu a partir de que o aumento do consumo humano nas áreas urbanas requereu a captação da água de nossas barragens, contrastando com os fatores climáticos e degradação ambiental que têm diminuindo a oferta das águas que fazem a recarga desses sistemas. Outro fator é o econômico, quando os recursos públicos empregados para fornecer o subsídio da irrigação ao agricultor têm que ser racionalizados, impactando menos no orçamento estadual cada vez mais enxuto para atender todas as áreas sociais”.

Através do projeto, as três EBs inclusas no plano passarão a funcionar por meio de um sistema automatizado. Um dos principais benefícios da substituição do sistema manual é a otimização do uso de energia. “Nós vimos que tem uns equipamentos bem obsoletos e a operação está manual, então nós estamos aqui juntamente com uma equipe multidisciplinar para tentar otimizar o uso da energia, trocar essas bombas e colocar bombas mais eficientes. Porque já vimos que o sistema parcelar já esta sendo trocado nos lotes, e a gente vai fazer a nossa parte, que é a de eficiência energética. O maior insumo que tem em um projeto desses é o custo de energia, esse que é o nosso objetivo” afirma o engenheiro civil Sérgio Luiz Fontes, da TPF Engenharia.

Ricardo Luiz, salienta a economia de energia, com o novo sistema de bombeamento que será implementado. “O projeto de automação visa à melhoria da eficiência no fornecimento de água e que trará uma economia de até 60% no consumo, eliminando as perdas e o desperdício que o atual sistema manual é incapaz de detectar de forma eficaz. Também trará uma maior eficiência no consumo de energia elétrica, pois os novos equipamentos a serem empregados funcionarão de acordo com a demanda de campo evitando que haja um funcionamento de 100% da capacidade operacional durante todo tempo de bombeamento. Com isso, haverá uma economia no consumo de energia que poderá chegar até 50% do que hoje se consome”.

Automatização
Automatizar o processo irá fazer com que o sistema opere de maneira remota através de um centro de operações (CO), que ficará situado no escritório do perímetro da Ribeira com todos os equipamentos necessários a operar as três EBs sem que para isso haja a necessidade da presença de funcionários nas unidades de bombeamento, mas este benefício não trará desligamento de pessoal. “O quadro (de funcionários) fica o mesmo, se você vai automatizar um processo é uma coisa que o homem não podia fazer, nós vamos tirar a pessoa do trabalho braçal e colocar ele numa função mais nobre. E com a automação você evita perdas você, por exemplo, detecta se uma bomba está vibrando antes dela dar problema então você vai lá e troca o rolamento dela senão ela vai quebrar. Isso, a longo prazo, é uma eficiência muito grande e baixa muito o custo do projeto, então isso viabiliza projetos de irrigação”, argumenta o engenheiro Sérgio Fontes.

Outros investimentos do PAS
Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, expõe que a elaboração do projeto de automação será com recursos financiados pelo Banco Mundial. “Além dessa ação, existem várias outras em andamento que visam recuperar a capacidade operacional dos perímetros, capacitar produtores, aquisição de equipamentos, reforma de prédios, segurança de barragens, dentre outras que somam investimentos da ordem de R$ 40 milhões nesses Perímetros e barragens”, informou, lembrando que as demais ações do PAS contemplam também o Perímetro Irrigado Jacarecica II, situado entre os municípios sergipanos de Malhador, Riachuelo e Areia Branca.

Capacitação para uso de agrotóxicos é iniciada em perímetro da Cohidro de Itabaiana

Quase R$ 1 mi do PAS é destinado ao treinamento de agricultores e de replicadores, que são agentes de saúde e educadores que atuam nas comunidades rurais.

Com as duas aulas e o dia de campo, a capacitação será de 12h-aulas para cada agricultor (Foto: Ascom/Cohidro)

Desde segunda-feira (3), no Perímetro Irrigado da Ribeira em Itabaiana (SE), ocorrem aulas pela manhã e pela tarde para as quatro primeiras turmas do ‘treinamento e capacitação para o uso adequado dos agrotóxicos’, na modalidade voltada aos agricultores irrigantes inseridos nos perímetros da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) que fazem parte da bacia do rio Sergipe. É uma das ações do Programa Águas de Sergipe (PAS), realizado pelo Governo de Sergipe e em parte financiado do Banco Mundial.

Com as quatro turmas findando nesta sexta-feira (7) com um dia de campo, nesta semana vão ser habilitados em torno de 150 produtores irrigantes. Ao repetir esse cronograma semanalmente, a as capacitações ao todo atenderão 980 destes agricultores assistidos pela Cohidro, ao serem incluídos os inseridos nos perímetros Jacarecica I e II, que abrangem áreas de irrigação pública também de Itabaiana, Malhador (SE), Riachuelo (SE) e Areia Branca (SE). Com as duas aulas e o dia de campo, capacitação será de 12h/aula para cada agricultor.

Nos 26 municípios sergipanos que compõem a bacia hidrográfica do rio Sergipe, ocorrerão treinamentos de outros agricultores, por intermédio da Empresa de Desenvolvimento Agrário (Emdagro). Professores e agentes de saúde que atuam na zona rural em todo estado receberão treinamento para conscientizar as populações assistidas. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) coordena o PAS e licitou a empresa que está fazendo todo este treinamento, um investimento total de R$ 985.548,88.

Presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto considera primordial essa preocupação do PAS com a preparação dos moradores e trabalhadores do campo com o manuseio e precauções com os defensivos tóxicos. “O agrotóxico, se for exposto à nossa pele ou se for ingerido em alimentos ou água contaminados, prejudica muito a saúde. Os animais de criação e toda fauna e flora estão sujeitos aos riscos de contaminação, se não nos preocuparmos com a aplicação correta e, principalmente, com o descarte adequado das embalagens”, observa. Para ele, é um tema que nunca vai ser esgotado no meio rural. “Não é a primeira vez que reunimos agricultores dos perímetros para falar disso e certamente, não será a última. A indústria de agrotóxicos está sempre pondo produto novo no mercado e isso confunde bastante o agricultor na hora de usar. A conscientização tem que ser constante”.

Adenilson Xavier de Almeida é um dos irrigantes da Ribeira presente na primeira das quatro turmas da semana inicial de curso. Embora já tenha buscado se informar sobre manuseio correto dos agrotóxicos em outras atividades, não dispensa a oportunidade dada pelo PAS e Cohidro. “Claro, sempre aprendendo alguma coisa a mais, né? Sempre eu participo, toda reunião, todo curso que eu sou convidado, eu marco presença. Aprender sempre é bom, qualquer coisa que a gente aprende é bom para a vida, para o dia a dia. Faço (uso de agrotóxicos), eu geralmente já sigo essas regras, infelizmente são poucas pessoas, mas uso o mínimo possível”, relevou.

O instrutor dos cursos é o engenheiro agrônomo Pedro Acioli de Souza, que além de prestar serviço para empresas e entidades como o Senar e o Sebrae, é agricultor e apicultor, com trabalhos científicos publicados nas áreas. “Eu quero passar uma bagagem que faça com que além de receber uma gama de informações, procure fazer com que ele questione a situação que ele vive, pois só através do questionamento pode-se tomar algumas atitudes. Não é aquela capacitação de levar a informação e isso tá certo, não! Então este treinamento, eu acredito que ele dá muito resultado devido a essa metodologia um pouco inovadora”, considera.

Cláudia Silva Sampaio é coordenadora das capacitações pela STCP – Consultoria, Engenharia e Gerenciamento. “O curso de capacitação para o uso adequado de agrotóxicos tem três módulos e sempre no primeiro se discute a questão da legislação, de uma forma bem geral. Depois se discute a questão do uso de EPIs, que está vinculada a segurança e saúde dos trabalhadores e finalmente a manipulação do uso de agrotóxicos, que é todo o processo de aplicação. Dentro disso nós precisamos, antes de realizar essas ações, realizar um questionário para identificar quais são as atividades e a forma como elas estão sendo desenvolvidas por esses agricultores. A partir deles a gente vai ter uma ideia do todo”, completa ela, informando que irá ocorrer um seminário com todos os secretários municipais de educação, saúde, meio ambiente e agricultura, os agentes de epidemiologia, além dos delegados e coordenadores de educação ambiental.

Águas de Sergipe
O programa resulta de contrato firmado entre o Governo de Sergipe e o Banco Mundial no valor de US$ 117.125.000,00, sendo US$ 46.850.000,00 a contrapartida do Estado. O PAS tem como finalidade a melhoria da qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Sergipe. Desse montante, US$ 8 milhões serão destinados à Cohidro para ações de modernização da infraestrutura dos perímetros irrigados e segurança de barragens, atendendo as demandas inseridas no PAS, que se destinam à recuperação ambiental da bacia do rio Sergipe.

“Nesse sentido, com os recursos destinados à empresa já foram implantadas ações de monitoramento, segurança e reflorestamento das margens das barragens públicas que atendem nossos perímetros e a aquisição de veículos novos para atuar dentro dos perímetros. E atualmente ocorre a reforma predial das nossas diretorias técnicas; a completa substituição do sistema de irrigação em cada lote dos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, adotando o modelo de irrigação localizada e automatizada, economizando 60% no consumo de água e reduzindo 50% na conta da energia elétrica. Nesta semana, simultaneamente aos treinamentos, demos início a elaboração de um audacioso projeto de automação de nossas estações de bombeamento, repercutindo em menos consumo de eletricidade”, listou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto.

 

Setores técnicos da sede da Cohidro recebem reformas pelo PAS

A contar do mês de julho, serão oito meses de reparo, reestruturação e substituição de materiais

Piso superior do prédio era a parte mais comprometida – foto Ascom Cohidro

Prédio das diretorias técnicas da Cohidro, na sede em Aracaju, passa por reforma estrutural, onde 904 m² serão reconstruídos e adaptados às novas necessidades dos setores. Os servidores terão, através do empreendimento, a melhoria do ambiente de trabalho, proporcionando ampliação do local e maior eficiência na execução das funções. São recursos do Programa ‘Águas de Sergipe’ (PAS), alocados também na infraestrutura de trabalho das instituições que executam os projetos, a exemplo da frota da empresa, renovada em janeiro com 24 novos veículos.

Concomitante a essas duas demandas citadas, também entram a reforma dos escritórios dos perímetros irrigados da Ribeira, Jacarecica I e II, e a modernização da informática da empresa, ações onde estão sendo investidos um total de R$ 4.129.204,04. Serão oito meses de reparo, reestruturação e substituição de materiais na sede da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). As atividades das diretorias de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola (Dinfra) e de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola (Dirir), assim como seus departamentos, estavam sendo executadas em uma estrutura que remonta ao período da extinta Comase, de quem a Cohidro agregou este patrimônio.

Segundo o diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Diogo Menezes Machado, “essa reforma está sendo realizada com recursos do Banco Mundial através do PAS, sendo que a obra é parte do empenho maior, que ainda inclui a recuperação dos escritórios do Jacarecica I, Jacarecica II e da Ribeira”. Ainda segundo ele, um investimento de R$ 1.234.401,08 fará a recuperação dos dois pisos do bloco das diretorias técnicas, totalizando uma área 904 m². “O prédio precisava desse investimento há bastante tempo e como tínhamos a metade de sua área inoperante, toda a sede da empresa precisava passar por adaptações para acomodar estes setores desalojados”, justifica.

O prédio construído há mais de trinta anos nunca passou por uma reforma e a estrutura deficitária fazia com que os funcionários trabalhassem em um ambiente reduzido. “A importância da reforma é que antigamente a estrutura do prédio estava numa situação precária, principalmente na parte de cima do prédio, que não oferecia segurança para o uso. Tínhamos que ficar só na parte do térreo. Em consequência, diminuía o espaço para a quantidade de servidores que ali estavam. E agora com a reforma, melhora drasticamente. A gente vai ter mais espaço e, consequentemente, o desenvolvimento das atividades vai melhorar consideravelmente”, afirma o assessor da Dinfra, Judá Benhur de Góes Cabral.

Da reestruturação, resultarão 28 ambientes e será reativado e ampliado do auditório. Dinfra e Dirir contarão, separadamente, com salas de diretores, gerentes, assessores, geólogos, técnicos e estagiários; de reunião, depósito, copa e recepção; conforme informa o fiscal da obra e engenheiro civil da Cohidro, Clayton Gomes de Araújo. “São 21 operários trabalhando em dois turnos, o prédio está sendo praticamente reconstruído. Do antigo somente a fundação permanecerá inalterada. Haverá a recuperação da estrutura de sustentação; alteração das paredes; troca do telhado, rebocos, cerâmica dos pisos e paredes, instalações hidro-sanitárias, louças e metais, divisórias, portas, instalação elétrica e iluminação, pintura; instalação de 28 novos ar-condicionados e a recuperação das esquadrias de alumínio”, listou.

O Programa Águas de Sergipe
Diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto ressalta que do PAS, a maior parte dos recursos já foi ou está sendo investida nos campos de atuação da  Companhia. “Foram concluídos a Batimetria (capacidade de armazenamento) e o Georreferenciamento (delimitar áreas de proteção permanente) das barragens dos nossos perímetros irrigados inseridos na bacia do Rio Sergipe (Ribeira, Jacarecica I e II), isso após 30 anos de operação e beneficiando 8.255 pessoas da agricultura familiar. Um Investimento de R$ 886 mil já faturados, fora os R$ 1,4 milhão investidos em 22 carros e quatro picapes, para atuar na manutenção e assistência técnica dos perímetros”.

O presidente da companhia ainda informa que está em execução a implantação dos equipamentos de segurança de monitoramento das barragens, a capacitação dos produtores irrigantes e dos técnicos agrícolas da Cohidro para o uso adequado de agrotóxicos e a implantação da irrigação por microaspersão nos lotes do Jacarecica I e da Ribeira. “Essa troca está sendo feita sem custos ao agricultor e vai resultar em uma economia de 60% a menos de água e 50% de energia. E será contratada a elaboração de projeto técnico para modernização e automação dos sistemas de bombeamento, adaptado a este novo sistema de irrigação, para dar ainda mais eficiência”, complementa Carlos Melo, sobre mais estes componentes do PAS que resultarão em mais R$ 24.815.639 em investimentos.

O programa provém de um contrato firmado entre o governo de Sergipe e o Banco Mundial no valor de US$ 117.125.000,00, sendo US$ 46.850.000,00 a contrapartida do Estado. Tem como finalidade a melhoria da qualidade da água e recuperação ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe. Desse montante, cerca de US$ 8 milhões serão destinados à Cohidro para ações de modernização da infraestrutura dos perímetros irrigados e segurança de barragens, projetos e aplicação de recursos coordenados na empresa pela Dirir.

 

Governo investe quase R$ 1 milhão em capacitação no uso do agrotóxico

Em assinatura de ordem de serviço, Governo, através da Semarh, confirma o investimento do Programa Águas de Sergipe (Foto: Lucas Noronha/ Semarh)

O secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Olivier Chagas, assinou, na manhã desta sexta-feira, 10, a ordem de serviço que visa o treinamento e capacitação para o uso adequado dos agrotóxicos. Ao todo, serão aplicados R$ 985.548,88, através do Programa Águas de Sergipe.

“É necessário ter a consciência que o uso indevido dos agrotóxicos pode fazer mal à saúde, faz mal para a sociedade. Essa é a maneira que o Governo do Estado está trabalhando, com o objetivo de ser o mais parceiro possível do homem do campo. Essa é uma maneira especial de cuidar das pessoas”, explicou o secretário.

Para que o projeto se concretize, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) trabalhará em parceria com diversas instituições, como a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro); a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro); além das secretarias estaduais e municipais de educação e saúde.

“Nós fomos contratados pelo Programa Águas de Sergipe para realizar a capacitação dos produtores rurais e das instituições públicas que atuam na bacia do rio Sergipe. Essa capacitação visa trabalhar o uso adequado dos agrotóxicos. Todo esse treinamento está associado a um objetivo maior do governo de Sergipe que é melhorar a disponibilidade de água no estado, não só em quantidade, mas em qualidade”, explicou Aguimar Ferreira, diretor de operações da STCP – Consultoria, Engenharia e Gerenciamento, empresa contratada para a execução da ação.

As ações devem ser executadas por no máximo nove meses. Estarão diretamente atendidos os 26 municípios que compõem a bacia hidrográfica do rio Sergipe. A Cohidro terá como foco treinar os irrigantes por ela assistidos. Do mesmo modo, a Emdagro treinará os pequenos agricultores para a maneira correta de utilizar e descartar as embalagens.

“A Cohidro é coexecutora das ações de capacitação do uso de agrotóxicos dentro da nossa área de ação, que são os perímetros irrigados. Uma área que sabemos que tem problemas, afinal trata-se de região de agricultura intensiva, e sabemos que existem alguns abusos, algumas correções a serem feitas no uso de agrotóxicos”, elucidou João Quintiliano, diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro.

Jefferson Feitoza, presidente da Emdagro, alertou para os altos índices do uso de agrotóxicos no Brasil. “Esse é um projeto de suma importância, principalmente no momento em que nós estamos, no qual o Brasil é o maior usuário de agrotóxicos do mundo e de forma indiscriminada. Nós da Emdagro já estamos trabalhando nisso há algum tempo e esse projeto veio para nos apoiar”, comemorou.

Os secretários municipais de educação também serão capacitados. Além disso, professores das redes estadual e municipal também serão treinados, haja visto que terão a função de repassar as informações aos seus alunos. Também faz parte do treinamento, o incentivo para que não se compre nenhum tipo agrotóxico de maneira ilegal ou que seja utilizado de maneira incorreta.

“A Secretaria de Educação é o órgão responsável pela educação ambiental formal. Por esse motivo, estamos presentes nesse projeto. Temos uma grande capilaridade de diretorias regionais em todo o estado e nossos alunos estão em grande parte no campo. Então levaremos a questão dos agrotóxicos para as escolas, a fim de conscientizá-los”, esclareceu Miguel Nascimento, técnico em Educação Ambiental da Secretaria de Estado da Educação.

A secretária de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Rose Rodrigues, afirmou que o ato tem uma importância mundial. “Lançar um programa como esse significa impactar em várias áreas: saúde, meio ambiente, educação e agricultura, por exemplo. O mundo clama por isso e o Brasil, em especial, não pode continuar com o título de ser o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Hoje, Sergipe manda um recado para o mundo”, enfatizou.

Outra preocupação da ação é sobre a forma correta de utilizar o veneno aplicado no fumacê para o combate ao mosquito Aedes aegypti. Serão treinados, neste caso, agentes de endemias dos 75 municípios sergipanos, que terão o suporte de suas secretarias municipais e da Secretaria de Estado da Saúde.

O deputado federal João Daniel é membro da Frente Parlamentar em Defesa do Meio Ambiente e reforçou a importância do trabalho realizado pela Semarh. “É fundamental que haja esse trabalho da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e que a população possa ter compreensão e conhecimento sobre isso”, comentou.

Águas de Sergipe

O programa resulta de contrato firmado entre o governo de Sergipe e o Banco Mundial no valor de US$ 117.125.000, sendo US$ 46.850.000 a contrapartida do Estado. A ideia principal é melhorar a qualidade da água da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe. Somente na primeira etapa do projeto de esgotamento sanitário em Itabaiana, que compõe o programa, já foram investidos R$ 23,5 milhões.

“O Programa Águas de Sergipe abrange mais de 80 ações, boa parte delas já encerradas. Essa ação, especificamente, tem uma importância fundamental pela possibilidade que ela oferece de orientar as pessoas sobre a melhor forma de se utilizar de um produto tão contestado como é o agrotóxico. Será uma capacitação maciça de agentes que poderão multiplicar isso para o futuro. A previsão é que essa ação permita que em alguns anos tenhamos menores riscos na utilização desses produtos”, explicou o coordenador da Unidade de Administração do programa Águas de Sergipe (Uapas), Everton Teixeira.

 

Fonte: Semarh

Governo inicia plantio de 600 mil mudas para recuperação de matas ciliares da Bacia do Rio Sergipe

Perímetros irrigados da Ribeira, Jacarecica I e Jacarecica II da Cohidro também serão abrangidos pelo projeto de reflorestamento.

Fotos: Lucas Noronha e Adelvan Nascimento / Semarh

O governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), realizou um ato histórico na manhã desta quinta-feira, 7, ao dar o pontapé inicial para as ações de reflorestamento de matas ciliares que contornam os perímetros irrigados da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe. E o manancial escolhido para começar esse trabalho de recuperação de áreas degradadas foi o Açude da Marcela, situado no município de Itabaiana.

Lá, o gestor da Semarh, Olivier Chagas, acompanhado por diversas autoridades, a exemplo da procuradora da República, Lívia Tinôco, e por alunos de escolas estaduais, moradores, agricultores e empresários da região, explicou que a ação de reflorestamento dessas matas ciliares está sendo possível graças ao Programa Águas de Sergipe, e contempla, além do Açude da Marcela, outros quatros sistemas de irrigação: Poção da Ribeira, Jacarecica I e II e Poxim.

O investimento total, segundo Olivier Chagas, é de R$ 14,8 milhões, via operação de crédito com o Banco Mundial, e serão plantadas 600 mil mudas no entorno desses mananciais.

A ação também objetiva atender a demanda crescente por água, garantindo o aumento da quantidade e da qualidade das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, contribuindo, inclusive, com o abastecimento hídrico nos municípios de Areia Branca, Itabaiana, Malhador, Campo do Brito, São Cristóvão, Itaporanga D’Ajuda e Riachuelo.

No entorno do Açude da Marcela, por exemplo, serão plantadas 17 mil mudas de árvores nativas do bioma Mata Atlântica. Na solenidade de hoje, foram cultivadas, simbolicamente, 50 mudas.

“Esse ato é de uma importância histórica. Nós estamos hoje trazendo para a região mais de 600 mil mudas de Mata Atlântica. As nossas matas e águas estão acabando. Se a gente continuar com esse processo de degradação, teremos uma crise hídrica em breve. Precisamos de água para tudo. Estamos fazendo uma ação hoje para proteger o futuro. Isso tem uma simbologia muito grande e é importante que os alunos aqui presentes, com seus professores, se conscientizem. Esse exemplo precisa ser seguido pelas futuras gerações”, destacou Olivier Chagas.

O secretário, que também é itabaianense, disse ainda que a Bacia do Rio Sergipe está bastante degradada e, por meio do Programa Águas de Sergipe, a Semarh executa cerca de 80 ações voltadas para proteger esse corpo d’água. “São obras estruturantes as quais visam promover o uso eficiente das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, aperfeiçoando práticas de manejo do solo e da qualidade do sistema fluvial. Com o Programa, são realizados investimentos especialmente em esgoto, irrigação, drenagem e resíduos sólidos em diversos municípios, despontando como um dos mais importantes projetos desenvolvidos pelo Estado. O programa é fruto de acordo de empréstimo concedido pelo Banco Mundial, avaliado em R$ 117 milhões, sendo R$ 47 milhões em contrapartida já honrados pelo Estado”, frisou o gestor da Semarh.

A procuradora Lívia Tinôco fez questão de participar da solenidade, a qual classificou de “essencial”. “A bacia do rio Sergipe vem sofrendo um processo de degradação e o Programa Águas de Sergipe busca revitalizar e combater esses efeitos. É muito importante que todos os órgãos estejam envolvidos. A bacia do rio Sergipe é federal e o Açude da Marcela é federal também, o qual é gerido pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Ao mesmo tempo, com o apoio do governo do Estado, os ministérios públicos Federal e Estadual vêm acompanhando o desenrolar disso, devido à importância de se fazer a recuperação dessas áreas degradadas. Então, vejo esse tipo de ato como essencial”.

Opinião semelhante tem o prefeito Valmir de Francisquinho. “Eu vejo de fundamental importância fazer esse tipo de ação. Tive a oportunidade de viver a minha infância, ali vizinho, porque meu pai tinha um terreno e nós tomávamos banho lá. Hoje, por conta dos esgotos, que eu sei que está havendo tratamento, está sendo feito o reflorestamento de suas margens. Quero parabenizar o governo do Estado e a Semarh. Isso é importante para a qualidade de vida não apenas daqueles que vivem em Itabaiana, mas daqueles que visitam nossa cidade. É um dever nosso, enquanto seres humanos, recuperar os nossos mananciais. É uma atitude não somente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, mas também da procuradora da República, Lívia Tinôco, que está aqui acompanhando esse trabalho”.

Entusiastas
O superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Aílton Rocha, entusiasta do Águas de Sergipe, também esteve presente durante a solenidade. Para ele, é mais uma ação profícua do Governo, que investe no tratamento e coleta do esgoto de Itabaiana, na drenagem, na modernização dos sistemas dos perímetros irrigados e, agora, com essa ação de reflorestamento da mata ciliar. “Tenho dito que, em regiões tropicais como a nossa, não podemos ter corpos hídricos sem cobertura vegetal. Precisamos dessa cobertura para preservar esses corpos hídricos. Esse ato simbólico e educativo tem uma importância muito grande para a manutenção dos espelhos d’água urbanos. O itabaianense deve se orgulhar desse açude. Parabenizo a Semarh pela iniciativa”, elogiou.

Já o superintendente de Biodiversidade e Florestas da Semarh, Elísio Marinho, lembrou que, no entorno do Açude, serão plantadas mais de 40 espécies de árvores. “Estamos fazendo a retomada da revitalização desse açude. Foram plantadas simbolicamente, 50 mudas hoje, mas a meta é plantar mais de 17 mil mudas nativas da Mata Atlântica, a exemplo de aroeira, cajueiro, pitanga, craibeira, jenipapo. O plantio dessas mudas é o primeiro passo para deixar esse ambiente mais equilibrado”.

Aval técnico
O plantio das mudas está sedo feito pela empresa STPC, que também realiza medidas de mobilização, sensibilização e cercamento das áreas, como explica o diretor da empresa, Aguimar Ferreira.

“No nosso entendimento, é uma ação muito concreta e de grande importância para a população de Sergipe. Estamos trabalhando efetivamente na proteção dos recursos hídricos, recursos esses que são cabais para a qualidade de vida das pessoas. Sinto-me orgulhoso de fazer parte desse projeto e contribuir com o estado para esse avanço na questão da preservação ambiental. Quero ressaltar que contamos muito com a colaboração de todos os produtores dessa área, para que a gente possa, efetivamente, construir um processo positivo, onde, plantar árvores não é reduzir área de produção, plantar árvores é garantir qualidade de água para o futuro. A Semarh está conduzindo isso muito bem, sem prejudicar os agricultores”.

Na torcida
A professora Verena Conceição, da escola estadual Padre Mendonça, levou uma turma de 30 alunos para o plantio das árvores. Segundo ela, o Açude não pode ser desprezado. “Tem muita importância para a gente, porque muitos agricultores acabam plantando aqui perto. Hoje, esse açude está poluído e essa ação vai ajudar na sua revitalização. É importante que os alunos participem desses eventos”.

E o alunado parece que aprendeu a lição. “É muito importante fazer o reflorestamento. Tenho apenas 14 anos e já tenho essa consciência. Vou levar para a vida toda”, afirma Yasmim Varjão, estudante da escola estadual Padre Mendonça e que realizou, ao lado de Olivier e Lívia Tinôco, o primeiro plantio, no caso, de uma aroeira.

Maria José Rezende, 62 anos, professora aposentada, nasceu aos pés do Açude, construído na década de 50. “Nos 60 e 70 era um açude limpo, as pessoas iam pescar sem medo. Confio no Governo para salvar esse nosso patrimônio. Vou ajudar a fiscalizar, pelo menos a parte de sítio que pertence a meu pai, estarei de olho”.

Presenças
Além de alunos e professores das Escolas César Leite, Murilo Braga, Airton Teles, Nestor Carvalho, Rotary, Eduardo Silveira, Padre Mendonça, também prestigiaram o evento o vice-prefeito de Areia Branca, Francisco Chagas; o prefeito de Macambira, Luciano Machado; o secretário de Cultura de Macambira, José Fernando; o professor Marcelo Mendes, diretor do campus da UFS de Itabaiana, Alberto Carvalho; o presidente da Associação Atlética de Itabaiana, Nando; o representante da Acese de Itabaiana, Luiz Bispo; o presidente do Rotary, Carlos Bolero; o representante das Casas Maçônicas, Edivaldo Oliveira; os superintendentes dos Consórcios Públicos de Resíduos Sólidos do Agreste e Centro-Sul, Caio Marcelo e Edivaldo Ribeiro; entre outros.

Fonte: Ascom/Semarh

 

 

O Dia Mundial do Meio Ambiente e o papel da Cohidro

No Dia Mundial do Meio Ambiente a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), atuando diretamente no fornecimento de água para irrigação, assistência técnica agrícola e gerência das áreas territoriais abrangidas por estes serviços, os perímetros irrigados e distrito de irrigação, externa seu trabalho e preocupação com o tema. A empresa e seus funcionários incentivam a Agricultura Orgânica como método alternativo ao modelo convencional de agricultura, que é mais nocivo à natureza, ao mesmo tempo em que combatem o uso indiscriminado e irregular de agrotóxicos. E ainda orientam, fiscalizam e tomam as medidas legais se ocorrerem algum desrespeito às áreas de preservação permanente (APP), obrigatoriamente instituídas nesses polos de produção.

A preocupação que a empresa tem em mostrar e incentivar a Agricultura Orgânica, como alternativa para os agricultores que assiste em seus perímetros irrigados, já ocorre há mais de 18 anos. Isso é desempenhado no acompanhamento diário dos técnicos agrícolas e engenheiros agrônomos, na promoção de atividades educativas, capacitações e prestando auxílio para que esses produtores tenham acesso aos mecanismos de regularização na comercialização destes alimentos livres de agrotóxicos. Exemplo disso as chamadas organizações de controle social (OCS), regidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e que permitem ao produtor ‘associado’, vender os alimentos que produz, diretamente ao consumidor, sob a designação de orgânicos.

Ponto de partida
A Agricultura Orgânica é um sistema que evita os riscos com a contaminação do ser humano, dos animais, do solo e da água por agrotóxicos, pois elimina o seu uso. Tem um manejo em que se permite a convivência das plantações com espécies de plantas e bichos que surgem naturalmente e que aumentam a diversidade genética nessas lavouras, agregando nutrientes ao solo e defendendo a produção de interferências externas. Esta linha de trabalho agroecológica acaba sendo um meio regulador de todos os outros pontos sensíveis, se tratando da relação agricultura e meio ambiente, e por este motivo serve de ponto de partida na lista de medidas ambientais da empresa.

Agrotóxico
Para o controle do uso de agrotóxicos em seus perímetros, a Cohidro executa ações de conscientização, treinamento e controle de emissão do Receituário Agronômico, com o apoio e fiscalização da parceira Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). E nisso ainda se acresce a preocupação com o indivíduo que manuseia estes produtos, onde a atuação também abrange a obrigatoriedade do uso do EPI (equipamento de proteção individual) e da realização de exames de sangue para detectar possíveis contaminações, nesses trabalhadores rurais.

Do ponto de vista do meio ambiente, o agrotóxico oferece riscos de contaminação quando aplicado nas lavouras de maneira diferente do que é especificado nas normas regulamentares e recomendações do fabricante. O mesmo risco de contaminação também ocorre quando não se faz o descarte correto das embalagens desses produtos, sendo que hoje é obrigação e lei que todo comerciante receba de volta as embalagens vaziadas do produto que vendeu, para que então a empresa as encaminhe para o descarte correto.

Cartilhas educativas
A Cohidro publicou simultaneamente duas cartilhas educativas. A de ‘Racionalização do Uso de Agrotóxicos’ explica o método correto de aplicação e destaca os produtos comerciais com menor grau de toxidade para combater um determinado tipo de doença ou praga. Já a cartilha ‘Produtos Alternativos para o Controle de Pragas e doenças na Agricultura’ oferece receitas utilizando ingredientes não-tóxicos, com aceitação na Agricultura Orgânica, para também combater as enfermidades das plantas e até dos animais. Ambas publicações têm versões online para baixar no site da Cohidro, sendo que a última também passou recentemente por uma reedição, digital e impressa.

APPs
Nos perímetros irrigados a Cohidro preserva, fiscaliza, e até busca as sanções legais para aqueles que desrespeitarem as APPs, reservadas nestes polos de irrigação. São espaços de preservação natural para se desenvolver a biodiversidade, onde é terminantemente proibido caçar, desmatar, plantar ou construir. Dessa forma, a empresa possibilita que exista a exploração responsável da terra e água, podendo conviver homem e natureza no mesmo ambiente.

Atualmente, através do Programa Águas de Sergipe, os perímetros irrigados da Ribeira, Jacarecica I e Jacarecica II estão recebendo investimentos geridos pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), que visam a adequação e recuperação ambiental da bacia do Rio Sergipe, onde estão inseridos estes polos produtivos. Além de ações que vão racionalizar o uso dos recursos hídricos, tornando a irrigação fornecida pela Cohidro mais eficiente, existe o trabalho paralelo de reflorestamento das matas ciliares dos cursos d’água e reservatórios. Na última quinta-feira (7), no Açude da Marcela em Itabaiana, o Governo do Estado fez o plantio inaugural das 600 mil mudas que reflorestarão as áreas degradas, nestas barragens e também na do Rio Poxim, em São Cristóvão.

Preocupação mundial
No dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, pois nesta data, em 1972, iniciou a Conferências das Nações Unidas sobre o ambiente humano, em Estocolmo. O que ficou marcando como a primeira vez em que todas as nações do planeta demonstraram a preocupação com o tema.

Última atualização: 6 de maio de 2021 19:06.

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