Produção da irrigação pública estadual cresce 60% e recebe investimentos do Pró-Campo

Programa estadual vai investir R$ 981.515,83 na recuperação da EB 02, do perímetro Piauí, e 05 e 07 do Califórnia.
[foto: Fernando Augusto]
Os seis perímetros irrigados do Governo do Estado produziram 90.658 toneladas (ton.) de alimentos em 2021, incluindo os 1.632.535 litros de leite gerados no Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto. O aumento, em relação à produção do ano passado, foi de quase 60%. A maior produção se concentrou no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, que em seus 373 lotes colheu mais de 40 mil ton. A batata-doce, presente em todos os cinco perímetros de vocação agrícola, é o cultivo mais colhido, 21,8 ton., tendo como campeão o perímetro Poção da Ribeira, em Itabaiana, produzido mais de 14 mil ton. do tubérculo. O programa estadual, Pró-Campo, lançado no último dia 13, vai investir R$ 981.515,83 na revitalização da estrutura física e manutenção elétrica e mecânica das estações de bombeamento (EBs) 02, do perímetro Piauí, em Lagarto, e 05 e 07, do Califórnia.
“A tendência é que nestes perímetros, que receberão o incentivo do Pró-Campo, a produção aumente junto das melhorias que as EBs vão receber. O governador Belivaldo Chagas reconheceu o nosso esforço em recuperar estas EBs e destinou, pelo programa, este incremento em recursos para concluirmos o trabalho. A EB-01 do Piauí e as 03, 04 e 06 do Califórnia já passaram por esta manutenção, onde investimos R$ 200 mil em recursos próprios. Em Canindé, houve a restauração da estrutura civil e tubulações, nova pintura, calçamento, cobertura para as bombas; novas portas, telhado, revestimento e louças sanitárias para a casa de força e o alojamento. Junto disso, ocorreram as manutenções corretivas das partes mecânicas e elétricas, facilitando o manuseio de operadores e diminuindo os riscos de falhas e panes nestas EBs”, listou o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Paulo Sobral.

No setor atendido pela EB-06 do Califórnia, recuperada em 2020, acabou de colher cerca de 50 ton. de abóbora, o agricultor irrigante Marcos Mota. Ele é novo no perímetro irrigado de Canindé e sua opção, em adquirir um lote, veio do potencial de geração de renda a partir da produção irrigada no Alto Sertão e o apreço pelo meio rural. “Gosto de trabalhar com a terra. A abóbora foi minha primeira roça e a produção foi boa. Depois da abóbora, vou plantar quiabo”, disse o produtor. Quiabo é o produto que mais foi colhido no perímetro de Canindé, 5,5 mil ton. em 2021. O vegetal tem grande demanda no estado da Bahia, para onde foi parte considerável das 8,1 mil ton. de quiabo produzidas também nos cinco perímetros irrigados agrícolas administrados pela Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

São aproximadamente 14 mil pessoas beneficiadas diretamente com a irrigação fornecida pelo estado nos seis perímetros irrigados. Gera renda e postos de trabalho que desenvolvem a economia de Areia Branca, Canindé, Itabaiana, Lagarto, Malhador, Riachuelo e Tobias Barreto. Mais do que riqueza – R$ 137.126.624,15 durante o ano, movimentando campo e a cidade – os perímetros contribuem com a alimentação do sergipano. Irrigação pública que produz dentro do estado e influi, direta e indiretamente, no preço de sete dos 12 alimentos mensalmente pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese): banana; tomate; mandioca para fazer farinha; cana para fazer açúcar; material forrageiro para fazer ração animal, produzindo leite, manteiga e carne bovina. Produção esta que, graças à oferta de água para irrigação o ano inteiro, contribui para Aracaju ser a capital com a cesta básica mais barata do país há quatro meses consecutivos, pela segunda vez no ano.

“Os perímetros, através das estações de bombeamento ou por meio da gravidade, fazem chegar aos lotes agrícolas a água represada em barragens estaduais e no lago da hidroelétrica de Xingó, no Rio São Francisco. A empresa subsidia parte dos custos da energia elétrica, nos quatro perímetros que possuem bombas e disponibiliza materiais, peças, ferramentas e funcionários para a manutenção e operação de toda esta estrutura. Além disso, fornece assistência técnica agrícola aos 1.730 lotes produtivos dos perímetros, auxiliando, incentivando e orientando o que o agricultor deve plantar. Neste último caso, muito pelo trabalho de assessoria em agronegócio feito para que o produtor participe dos programas de compra institucional da produção agrícola”, complementou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca.

Governador autoriza implantação de sistemas de abastecimento de água para mais de 900 famílias de comunidades em Sergipe

Serão beneficiadas comunidades de Cristinápolis, Estância, Indiaroba, Lagarto, Riachuelo, Malhador, Aquidabã e Poço Verde

 

O governador Belivaldo Chagas, na manhã desta sexta-feira (29), autorizou investimentos e entregou equipamentos que totalizam R$6.149.618,52 milhões para o desenvolvimento da agricultura em Sergipe. Foram autorizadas a implantação de 17 sistemas simplificados de abastecimento de água e a aquisição de insumos de perfuração de poços para garantia de acesso à água. Além disso, foram entregues seis triciclos com carroceria baú aos perímetros irrigados da Cohidro.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
“O homem do campo sofre muito, principalmente, nos momentos de seca. Com os sistemas simplificados de abastecimento de água e a partir da perfuração de poços autorizadas, vamos atender a população que sofre com escassez de água. Além dessas, brevemente pretendemos anunciar mais ações para melhorar a vida dos sergipanos”, afirmou o governador.

Com a autorização de implantação de 15 sistemas simplificados de abastecimento de água, 880 famílias de 15 comunidades de seis municípios sergipanos serão beneficiadas. Em Cristinápolis, será beneficiado o Assentamento Luiz Alberto (Agrovila Nova Esperança); em Estância, o Assentamento Analício Araújo Barros, Assentamento Dom Helder Câmara, Assentamento Roseli Nunes, Assentamento Edmilson Evaristo e Assentamento Geraldo Garcia; em Indiaroba, o Assentamento Nicácio Rodrigues, Assentamento Sepé Tiaraju (Agrovila Sabão), Assentamento Sepé Tiaraju (Agrovila Cajá), Assentamento 8 de Agosto, Assentamento 5 de Janeiro (Agrovila I) e o Assentamento 5 de Janeiro (Agrovila II). Já em Lagarto, será o Povoado Açu Velho e, em Riachuelo/Malhador, o Assentamento Marcelo Déda (Agrovila I) e Assentamento Marcelo Déda (Agrovila II). Serão investidos R$ 740.338,99, via emenda parlamentar do deputado federal João Daniel.

“Em parceria com o governo do Estado, para melhorar a vida das comunidades, dos assentamentos no estado de Sergipe, estamos preocupados em resolver esse problema de abastecimento de águas nas comunidades. São várias comunidades importantes, que agora vão ter o abastecimento”, destacou o deputado federal João Daniel.

Ainda na solenidade, Belivaldo assinou contrato de prestação de serviço para implantação de outros dois sistemas simplificados de abastecimento de água, em Aquidabã e Poço Verde, via recursos do projeto Dom Távora. Serão investidos R$ 147.973,40 em benefício de 84 famílias.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
O prefeito de Indiaroba, Adinaldo Nascimento, nomeou as localidades que serão beneficiadas em seu município e evidenciou que a ação vai melhorar a qualidade de vida das pessoas assistidas. “O Assentamento Nicácio Rodrigues, Sepé Tiaraju – Agrovila Sabão, Sepé Tiaraju – Agrovila Cajá, 8 de Agosto, 5 de Janeiro e o Assentamento 5 de Janeiro. Cada agrovila dessas, tem uma média entre 15 e 30 famílias, totalizando em torno de 200 famílias que terão acesso a esse bem sagrado que é a água. Sem dúvida vai gerar emprego e renda. Estou falando da qualificação social nessas agrovilas, de melhorar a qualidade de vida das mulheres, porque são elas que fazem ainda o comboio da água, do cenário do balde na cabeça. É até emocionante para a gente que convive com essa realidade em pleno século XXI e somente nesse momento estamos conseguindo realizar através do governo do Estado”, reconheceu o prefeito.

Perfuração de poços e perímetros irrigados
O Governo do Estado, também, investirá R$ 849.912,13 para aquisição de insumos de perfuração de poços e equipamentos para manutenção dos perímetros irrigados. A ação beneficiará aproximadamente 13.805 pessoas de seis perímetros irrigados em Canindé de São Francisco, Tobias Barreto, Itabaiana, Areia Branca, Malhador, Riachuelo e Lagarto. Serão substituídas peças com mais de 30 anos em uso na distribuição de água aos agricultores beneficiados pela irrigação pública. O serviço é responsável pela produção de alimentos, geração de emprego e renda no campo.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
“Vai nos ajudar a preparar o solo. Por isso é um momento de alegria. Quero externar meu agradecimento. Eu, como filho de Canindé e, hoje, gestor desse município, venho aqui transmitir essa alegria para povo da nossa cidade e agradecer ao Governo de Sergipe”, agradeceu o prefeito de Canindé de São Francisco, Weldo Mariano.

Os perímetros irrigados da Cohidro, também receberam, seis triciclos, com carroceria baú, doados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os veículos darão suporte ao trabalho de assistência técnica agrícola e aos agricultores assistidos pela Cohidro.

O valor superior aos R$6 milhões investidos considera, ainda, a entrega de tratores e equipamentos agrícolas para fortalecimento da agricultura familiar e as autorizações para reforma civil do prédio administrativo da sede da Cohidro, em Aracaju, e para serviços emergenciais na barragem do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador, também realizadas na mesma solenidade.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

[vídeo] Programa Estadual de Melhoramento Genético atende perímetro irrigado da Cohidro

Destinado à melhoria da produtividade de leite nos pequenos rebanhos da bacia leiteira sergipana, o Programa Estadual de Melhoramento Genético por Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) do Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), planeja inseminar, até o final de 2021, 885 animais de 186 pequenos criadores, investindo R$ 200 mil, em parceria firmada com a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS)

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, no último sábado (16) mostrou a realização do diagnóstico gestacional de cerca de 50 vacas de pequenos criadores que são irrigantes do Perímetro Irrigado Jabiberi, administrado pela Cohidro em Tobias Barreto. A companhia estadual, vinculada à Seagri, no próximo ano pretende ampliar o número de animais atendidos naquele e no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco.

Assistência técnica e irrigação pública auxiliam redução de custos na pecuária em Tobias Barreto

Estado criou bancos de sementes para popularizar variedade de palma e a gliricídia

 

[foto: Fernando Augusto]
Tocado pela alta nos preços das commodities milho e soja, o valor da ração animal tem se elevado, dificultando a sustentabilidade nas pequenas propriedades da Agricultura Familiar. Em Tobias Barreto, no Perímetro Irrigado Jabiberi, pequenos pecuaristas estão buscando alternativas alimentares aos grãos, para manter as criações de gado de leite, corte e ovinos. Orientados pela assistência técnica e programas do Governo do Estado, eles apostam no cultivo de espécies diferentes do que a pecuária convencional pratica, dentre elas a palma orelha de elefante, a gliricídia e o BRS Capiaçu. A irrigação fornecida pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) na maior parte do ano, facilita o desenvolvimento destas plantas que são dadas aos animais em suplementação ao capim, também irrigado.

“No perímetro irrigado, hoje, quase 70% das plantações são voltadas à produção leiteira. Estamos incentivando a produção do máximo de alimento possível dentro do lote, para alimentação dos animais, tentando variar o máximo possível. Desde o plantio de gliricídia, que produz uma proteína de alta qualidade; até o plantio da palma, que é mais energética; do BRS Capiaçu, de alta produtividade e também com um teor, tanto de energia quanto de proteína, elevado. Estamos trabalhando com diversos tipos de alimentação para o gado, de volumosos, para reduzir a aquisição de insumos externos. Assim, você aumenta a capacidade do produtor ter mais rentabilidade, porque essa produção é muito mais barata do que a comprada fora”, justificou o técnico agrícola da Cohidro que presta assistência ao Jabiberi, José Coelho.

Diretor de Irrigação da Cohidro, João Fonseca conta que o Capiaçu chegou ao Jabiberi por indicação da Cohidro. “Já a introdução da palma orelha de elefante e a gliricídia, recebeu o incentivo do Projeto Sergipe de Combate à Desertificação, há cerca de um ano. É uma parceria entre o Governo de Sergipe, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF)”, detalha.

A Cohidro é vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), que através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), outra vinculada, executa o programa no estado. “Para ter acesso às sementes da palma, os irrigantes do perímetro se comprometeram a doar o saldo da primeira colheita de ‘raquetes’ para beneficiar mais pessoas com acesso às sementes. Desta forma, as espécies forrageiras se multiplicaram para os lotes de outros produtores”, complementa João Fonseca.

José Coelho já contabiliza que o incentivo vá chegar para todos os produtores através destes primeiros ‘bancos de sementes’ no perímetro. “Ao todo são 55 produtores de leite hoje no perímetro, produzindo leite, mas diretamente começamos com 15 pessoas e vamos ampliar até chegar a todos”, destacou o técnico. A intenção é de que o pequeno pecuarista atendido no perímetro consiga plantar a maior parte da alimentação destinada às suas criações. “Alguma coisa tem que comprar, não tem jeito, mas comprar cada vez menos insumos externos. Também tem a Associação dos Pequenos Criadores do Perímetro Irrigado Jabiberi (APEC). Nesse verão, vamos ter que adubar todos os lotes e fazer a aquisição de milho e soja. Se isso for feito de forma conjunta, reduz o custo de aquisição”, conclui, destacando o apoio dado pela empresa também ao associativismo.

Uilde de Jesus é presidente da APEC. Ele foi um dos beneficiados com sementes de palma, mudas de gliricídia e já ampliou sua gama de alimentos alternativos para o gado e os ovinos que cria. “Eu associei minha palma com o feijão guandu, que é fósforo, tanto para a alimentação animal quanto para a adubação para a palma. Eu quero baixar o mínimo de custo na minha propriedade, daí meus animais tiveram uma melhora, aumentando o estado corporal das vacas, porque aumentou também a quantidade de ração, já que saiu mais barato e com isso, só teve ganho no gado de engorda e no de leite, permaneceu ou foi até melhor que a ração convencional comprada. A Cohidro está dando o apoio essencial à gente porque, para a implantação do capiaçu, da gliricídia e da palma veio o projeto através dela, então estamos aproveitando a chance e estamos nos dando bem, graças a Deus”.

Rebanhos de criadores irrigantes de Tobias Barreto recebem Inseminação Artificial

Programa tem por objetivo o melhoramento genético do rebanho leiteiro sergipano

[Foto: Fernando Augusto]
Cerca de 50 vacas de pequenos criadores irrigantes do Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, estão entre os animais beneficiados pelo Programa de Melhoramento Genético por Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF). Destinado à melhoria da produtividade de leite nos pequenos rebanhos da bacia leiteira sergipana, o Governo do Estado, através da Seagri, planeja inseminar, até o final de 2021, 885 animais de 186 pequenos criadores, investindo R$ 200 mil só através da parceria firmada entre as secretarias de Estado da Agricultura (Seagri) e Inclusão e Assistência Social (Seias). Outra cooperação, com o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), prevê o investimento de mais R$ 150 mil em ações de inseminação e transferência de embrião.

Vinculada à Seagri, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) administra o perímetro Jabiberi, fornecendo irrigação e assistência técnica rural em 75 lotes agrícolas, em que a principal atividade é a criação de gado de leite.  O Programa de Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro visa popularizar a adoção do IATF, aumentando os percentuais de vacas prenhes e o melhoramento genético de animais para reprodução, com a escolha de sêmen de raças leiteiras. Desde 2018, quando foi implantado, o Governo de Sergipe já investiu R$ 305 mil na inseminação de mais de 2 mil matrizes leiteiras.

Irrigante do perímetro Jabiberi, o criador Pedro Vidal possui 22 vacas leiteiras. Destas, 10 passaram pela inseminação do Projeto IATF. “Está melhorando o rebanho. Com a inseminação, a tendência é melhorar cada dia mais, para ver se aumenta a produção de leite. Eu já trabalhava com inseminação, mas agora ficou tudo mais fácil. Antes fazia sem veterinário e a chance era pequena de dar certo”, avalia Seu Pedro. Também do Jabieri, João Souza teve quatro animais inseminados. É a primeira vez que ele trabalha com inseminação artificial em seu rebanho. “Vai me ajudar muito a ter vacas melhores de leite. A Cohidro já ajuda com irrigação e dando suporte. E eu quero que venham mais benefícios, que a gente precisa”.

Segundo o técnico em agropecuária do Jabiberi, José Coelho, o IATF se soma ao trabalho que a empresa já desenvolve para aumentar a produção de leite nos lotes assistidos. “Nós escolhemos os sete melhores produtores do perímetro, que têm mais potencial para desenvolver atividade, e estamos iniciando um processo de melhoramento genético. Nós estamos trabalhando conjuntamente com a melhoria da pastagem, com adubação para melhor alimentação. O resultado de tudo isso será um acréscimo na produção de leite, com o mesmo número de animais”, disse José Coelho. O técnico acrescenta que existe uma parceria entre a Cohidro e o laticínio que recebe a produção do Jabiberi, para incentivar o associativismo e a redução dos custos na produção do leite. “A associação comprará o adubo para os lotes. Em maior quantidade, tem o preço reduzido”, afirma.

Médicos veterinários
Os processos de IATF são realizados por médicos veterinários. Foram usados sêmens das raças Holandesa e Gir, e diferentes graus do cruzamento entre as duas, o Girolando. “Primeiramente, é feita a ultrassom para diagnosticar os animais vazios. Depois, é colocado o implante (de progesterona) e introduzido um medicamento. Após oito dias, o implante é retirado das vacas, e são aplicados mais três hormônios para darem cio. Dois dias depois, elas são inseminadas. Em 30 dias, elas farão novamente a ultrassom para saber quem emprenhou”, explica o veterinário George Vasconcelos, do laboratório contratado pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

O laboratório atua até a etapa do diagnóstico das vacas que estão prenhas. Para acompanhar os animais da inseminação até o parto, a Cohidro disponibiliza, para o perímetro irrigado Jabiberi, a médica veterinária, Thaís Souza. “A empresa terceirizada faz o diagnóstico gestacional e a gente termina o acompanhamento dos animais, até o parto. Vamos dar o apoio aos produtores daqui, melhorando o manejo, a alimentação e a questão de estrutura também, para ajudar a melhorar a produtividade, aumentando a renda para os produtores”, informou.

[vídeo] Agro-SE mostra as soluções encontradas para manter a irrigação para produção de leite no Jabiberi

Assista o vídeo apontando a câmera do seu celular para o QR Code

Nesta quarta-feira (09), o programa Agro-SE, exibido na Tv Atalaia, mostrou que no Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, Cohidro e agropecuaristas irrigantes estão conseguindo manter a produção – quase toda voltada à criação de gado de leite – durante todo ano. A partir da aplicação de soluções e tecnologias de convivência com a escassez hídrica, está sendo possível contornar as adversidades que ameaçavam a continuidade do projeto público de irrigação.

Dois terços da água do reservatório do perímetro teve que ser destinada ao abastecimento humano prioritário de Tobias Barreto e oferta de água para irrigação ficou comprometida. Mas uma parceria entre os irrigantes e a Cohidro construiu novos reservatórios escavados nos lotes, ampliando essa capacidade para 100.000 litros. Volume que corresponde ao uso diário de água e não sendo necessário completar o reservatório mais de uma vez, como era antigamente, o tempo de abertura da água para os canais foi diminuído de 9 para 5 horas. Racionamento preventivo que está fazendo com que as reservas da barragem durem por mais tempo.

Outra iniciativa, em cooperação com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Ministério do Meio Ambiente e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), está sendo o Projeto Sergipe de Combate à Desertificação. Com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e Governo do estado, a inciativa pretende beneficiar mais de três mil famílias no estado e no Jabiberi, criou cinco campos de palma forrageira orelha de elefante gigante e gliricídia. A palma, particularmente, é uma espécie resistente a pouca ou nenhuma oferta de água e oferece aos pequenos criadores uma segurança alimentar aos rebanhos de leite nos períodos de estiagem extrema, quando não for possível irrigar as pastagens.

[vídeo] Projeto Sergipe de Combate à Desertificação no perímetro de Canindé

Assista o vídeo apontando a câmera do seu celular para o QR Code

Parceria entre o Governo de Sergipe, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF); o Projeto Sergipe de Combate à Desertificação está beneficiando mais de 3 mil famílias sergipanas com sementes da palma forrageira Orelha de Elefante e mudas de gliricídia, para criar campos de produção consorciada destinado à alimentação dos rebanhos no semiárido. A iniciativa foi destaque na edição do último sábado (01), do programa Sergipe Rural, da Aperipê TV.

Quem executa o projeto é a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Cohidro. A reportagem de Patrícia Dantas, com imagens de Jorge Henrique, mostrou agricultor do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, animado por abrigar em seu lote um dos bancos de sementes de palma forrageira Orelha de Elefante.

A Cohidro, além de fornecer a água de irrigação nestes lotes, forneceu todo equipamento de irrigação para desenvolver as mudas de palma. As plantas, por condição ao agricultor participar do projeto, terão 80% da sua primeira colheita de ‘raquetes‘ destinada à doação, para outros agricultores usarem como sementes e criarem novas plantações. Em Tobias Barreto, no Perímetro Irrigado Jabiberi, há outros cinco produtores participando do projeto, inclusive cultivando a gliricídia.

Projeto de Combate à desertificação distribuirá mudas de gliricídia e palma forrageira para pequenos pecuaristas

Seagri, Emdagro, Cohidro, MMA e PNUD incentivam plantações consorciadas em benefício de mais de 3 mil famílias

[Foto: arquivo pessoal]
Agricultores irrigantes de Tobias Barreto estão entre as mais de 3 mil famílias que serão beneficiadas com sementes da palma forrageira Orelha de Elefante e mudas de gliricídia, para criar campos de produção consorciada. As espécies servem de ração para o gado leiteiro, vocação produtiva da região. Em agosto, no Perímetro Irrigado Jabiberi, foi dado mais um passo do Projeto Sergipe de Combate à Desertificação, fruto da parceria entre o Governo de Sergipe, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A execução fica por conta da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), tendo na ponta a expertise técnica da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que gerencia o Perímetro.

O projeto tem por objetivo introduzir políticas públicas de manejo sustentável da terra aplicando tecnologias socioambientais, para elevar a produção rural nas áreas susceptíveis à seca (ASS) ou à desertificação (ASD). Em outras áreas do Semiárido Sergipano, ainda serão implantados projetos de ‘bioágua’ (reuso da água) para quintais produtivos; de enriquecimento (agroflorestal) da Caatinga; de captação de água em cisterna ‘calçadão’ para pequenas Irrigações; de criação bancos de sementes crioulas; emprego de práticas de conservação de solo e a contratação de consultoria técnica. Na última semana, uma webcapacitação foi realizada pela Seagri, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa (Embrapa Semiárido), tendo como tema central a produção, o manejo e a utilização de gliricídia para alimentação animal. O curso foi ministrado pelo médico Veterinário e doutor em zootecnia da Embrapa, Rafael Dantas.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, reforçou a relevância da iniciativa conjunta, que busca também fortalecer os projetos de assentamento de reforma agrária no estado. “Serão entregues mais de 140 mil mudas de gliricídia, a partir do dia 31 de agosto. Só com a gliricídia serão beneficiadas 350 famílias neste primeiro ano. Até o final do projeto, essa parceria com MMA, PNUD e demais entes deverá beneficiar mais de 3 mil famílias. Em diálogo com os parceiros, entendemos a importância da gliricídia, tanto no combate à desertificação quanto para a sustentação da bacia leiteira sergipana. Estamos falando de uma planta que é fixadora de nitrogênio, tem um teor de proteína considerável e é uma leguminosa que reduz o custo de produção para a cadeia leiteira”, pontua André Bomfim.

No Jabiberi, para ter acesso à palma, os pequenos produtores irrigantes do Perímetro se comprometeram a doar o saldo da primeira colheita de ‘raquetes’ para beneficiar mais pessoas. Dessa forma, os bancos de espécies forrageiras se multiplicarão e atenderão, também, outros produtores. Irrigante do Jabiberi, Uilde de Jesus já teve êxito no plantio de palma forrageira e de capim elefante irrigados, para alimentar 10 vacas e 50 cabeças de ovinos. Agora, prepara o solo em um hectare do seu lote para abrigar a plantação a ser replicada com os criadores vizinhos. “Sou presidente da associação dos produtores aqui e a minha ideia é que todo mundo tenha um pedaço do lote com a palma e a gliricídia plantados, para na época da seca, a gente ter para dar para os animais. Com a gliricídia, a palma e o capim elefante, poderemos substituir o uso do farelo soja e um pouco do milho. Já fiz um teste e foi excelente. Reduz ao máximo a compra desses itens, que representam mais de 50% do custo do leite da gente. A gliricídia substitui a soja, a palma substitui o milho e o volumoso é feito com o capim elefante. Aí é só jogar na cocheira”, detalha.

Pedro Vidal, por sua vez, tem experiência no uso da gliricídia na alimentação de suas 18 vacas de leite. “Hoje, eu trabalho com ela com o capim de ração, meio a meio. E, para mim, é muito importante, porque o teor de proteína dela é muito alto e as vacas aumentam a produção de leite. Os animais têm muito boa aceitação à gliricídia”, argumenta. Domingos Souza tem um rebanho de 48 animais criados também no Jabiberi e vê na colaboração, proposta no projeto da Seagri, uma forma dos pequenos pecuaristas crescerem juntos. “Quero ter mais alimentos para o gado, minha área aqui é pequena. Vejo como uma forma de crescer nosso rebanho ajudando uns aos outros”. Ambos os produtores beneficiários do projeto, tocam seus próprios lotes há cerca de 10 anos, depois de trabalharem para outros criadores.

Irrigação
As espécies forrageiras implantadas no projeto têm o crescimento vegetativo acelerado ao receber a irrigação, e possuem resistência à seca. Características adequadas à realidade do Jabiberi que, depois de passar a compartilhar seu reservatório com o abastecimento humano na área urbana, precisou suspender o fornecimento de água aos lotes em anos de maior escassez de chuva. Paulo Sobral, diretor-presidente da Cohidro, considera o convênio um avanço. “Como a oferta de água diminuiu, o criador não pode depender só da água para ter o alimento dos rebanhos. Fizemos mudanças para ter irrigação [se não for em todo] por um período maior do ano. Reduzimos o tempo diário de fornecimento de água para cinco horas e construímos, com esses 74 irrigantes, novos reservatórios de 100 mil litros, adaptados ao novo regime de distribuição de água”, explicou.

[vídeo] Irrigantes em Tobias Barreto colhem resultados das mudanças na irrigação

O programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, exibiu no final do mês de maio (23), a satisfação dos agropecuaristas irrigantes atendidos pela Cohidro no Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, com as mudanças propostas pela empresa, aumentando a oferta de água nos lotes, quase todos voltados à pecuária leiteira.

Embora o tempo de distribuição de água tenha sido reduzido para 5 horas diárias, com a redução no consumo de água/dia foi possível voltar a distribui-la diariamente, a partir do uso mais sustentável das reservas da barragem, também usada pelo abastecimento urbano.

Os reservatórios individuais, escavados em cada lote, também foram ampliados na parceria companhia-produtor, de forma a se adequar ao novo período em que a água está disponível. Somente com uma recarga-dia, os novos tanques agora atendem a demanda da propriedade durante as 24h seguintes.

Ao mesmo tempo em que foi racionalizado o uso da água, a Cohidro incentiva esses criadores a adotarem o cultivo de espécies forrageiras mais resistentes à seca e que tragam maior retorno nutricional ao gado de leite, a exemplo da palma, a gliricídia e o capim-açu.

[vídeo] Sergipe Rural mostra cultivo de palma irrigada em Tobias Barreto

O cultivo da palma forrageira irrigada está servindo como reserva alimentar para o gado de leite, principal atividade adotada no Perímetro Irrigado Jabiberi, administrado pela Cohidro em Tobias Barreto. A empresa pública cedeu seu lote experimental, conseguiu as sementes da variedade ‘palma miúda’ para esse primeiro lote com o Projeto Palma para Sergipe, do Sebrae, e incentivou os produtores a adotarem o cultivo, para usar quando não for possível irrigar os pastos.

A prática vai diminuir os custos para o pequeno pecuarista alimentar o gado em casos de futuras estiagens prolongadas (como no verão de 2018 para 2019) em que possa não haver condições de irrigar os pastos, principal fonte de alimento para o gado criado nos lotes do perímetro. Porém, o técnico agrícola da Cohidro, José Coelho, sugere que a planta tem um grande valor energético e possui muita concentração de água, sendo assim um alimento completo para os rebanhos e pode ser adotado o ano inteiro.

Última atualização: 6 de maio de 2021 18:05.

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