DIA DA ÁGUA | Alunos e irrigantes de Lagarto comemoram no perímetro do Governo

Cohidro convida comunidade escolar, agricultores e autoridades em recursos hídricos para celebrar e conscientizar sobre a importância da preservação da água
Foto: Fernando Augusto

Para uma plateia formada por cerca de 200 alunos do ensino fundamental de escolas estaduais e municipais Lagarto, uma manhã de programação alusiva ao Dia Mundial da Água foi promovida na última sexta-feira, 22, pela equipe do Perímetro Irrigado Piauí. Administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, o perímetro recebeu a comunidade escolar e agricultores irrigantes em torno de depoimentos, palestras, música ao vivo com Marcos Paiol, mágica com o palhaço Pilambeta e apresentação de trabalhos sobre a água e sua conservação.

“A gente tenta passar para essas crianças a importância que tem a água no perímetro e no município de Lagarto, da grandeza de produção que nós temos. A gente antes só trabalhava com duas culturas (fumo e mandioca) e hoje tem uma diversidade enorme, com mais de 20 categorias de alimentos. E é importante que a água seja preservada, consumida com cautela e sem desperdício, para que eles possam ter acesso a água de qualidade, sem prejuízos no futuro”, observou o Antônio Cirilo Amorim, presidente da Associação de Produtores o Perímetro Irrigado Piauí – Appip, que iniciou o evento falando para os estudantes.

João Fontes Júnior é vereador, fundador a da Associação Ambientalista em Boquim, técnico em Meio Ambiente da prefeitura de Lagarto e presidente do Comitê da Bahia Hidrográfica do Rio Piauí. Ele agradeceu ao convite para palestrar e destacou a importância de eventos como esse. “Na palestra, fiz menção a uma professora de ciências que eu tinha e que me estimulava. De todas as matérias, eu passei a ter um trato, um carinho, uma afeição melhor por esta. Acredito que o que está sendo feito pela Cohidro, com estes professores, está dando um novo norte, um novo olhar para esta garotada. Eles vão para as suas casas com um conceito de racionalidade muito maior que antes”.

Andressa dos Santos Moraes é diretora da Escola Estadual Nossa Senhora da Piedade. Ela participou do evento com 25 alunos do 4º ano do Ensino Fundamental. “Esse dia foi muito importante por conta da conscientização sobre a água. Como foi dito nas palestras, a gente precisa estar sempre cuidando, porque sem a água não há vida. Durante a semana a gente trabalhou em sala o Dia da Água, com vídeos sobre sua preservação, e as professoras estão sempre conscientizando os nossos alunos nesse sentido”, esclareceu.

Um das suas alunas, Marcela Vital mostra que aprendeu bastante e que está pronta para dar dicas aos alunos que não participaram do evento, e na sua própria casa. “Eu aprendi que a gente não tem que gastar tanta água, não deixar as torneiras abertas, porque a água é muito importante para nossa vida”, contou a estudante de 9 anos.

Premiação
Todos os alunos das escolas apresentaram trabalhos artísticos realizados em sala de aula, para concorrer ao melhor prêmio. Tendo a Escola Municipal Luíza Pereira conquistado o terceiro lugar, cantando uma paródia; a Eliezer Porto o segundo, com a aluna Maria Vitória recitando um poema; e a Monsenhor Jason Barbosa Coelho o primeiro, interpretando a música Água, de Cristina Mel. Ao entregar os prêmios, o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, agradeceu o empenho e parabenizou a equipe da empresa em Lagarto, disponibilizando o apoio para outras iniciativas como esta.

“É um evento que demonstra a importância da empresa e a importância da água. Estamos aqui com a juventude, que vai propagar – com certeza – tudo aquilo fez, que escutou e observou nesse processo, sobre a importância da conservação desse bem finito. Nós temos que ter consciência no uso, para que possamos prolongar a disponibilidade desse bem precioso na vida da gente. Ao pessoal aqui da Cohidro, eu digo que a presidência está à disposição para tornarmos cada vez mais forte a nossa empresa e o Perímetro Irrigado Piauí”, disse o presidente Paulo Sobral.

Também participaram do Dia da Água da Cohidro, alunos e professores da Escola Estadual Dr. Evandro Mendes e da Escola Municipal Adelina Maria; além dos secretários municipais da Articulação Política e das Relações institucionais de Lagarto Euzébio Francisco; da Agricultura, Fábio Frank; da Ordem Pública, da Defesa e Cidadania, Cel. Jackson do Nascimento.

Setenta famílias são beneficiadas com reativação de poço pela Cohidro em Carira

Roberto Wagner e equipe técnica – foto arquivo pessoal

Para fornecer água dessalinizada para cerca de 70 famílias da comunidade do povoado Lagoa dos Porcos, no município de Carira, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro realizou intervenção técnica, reativando a captação de água na localidade. O serviço foi concluído nesta semana, após a substituição da bomba submersa que havia sido furtada de dentro do poço que abastece uma unidade do Programa Água Doce (PAD).

Segundo o gerente da Divisão de Instalação e Manutenção de Poços da Cohidro (Dipoços), Roberto Wagner, o serviço envolveu o investimento de cerca de R$ 4 mil. “Realizamos a reinstalação de eletrobomba submersa nova, a substituição de tubulação de sucção,  com utilização de novos cabos elétricos e de dois tipos de cordas de nylon. A bomba nova ficou produzindo uma vazão de 4.860 litros/hora. A anterior não é possível dizer, pois não estava mais lá. Estimamos, contudo, que ela estava operando com uma vazão de 3 mil litros/hora”, pontua o técnico.

Para o morador Genivaldo Martins de Jesus, o resultado do serviço foi satisfatório, considerando o aumento da força da água. “Está saindo com mais força. A comunidade agradece”, disse. Seu Genivaldo vive no Lagoa dos Porcos há mais de 20 anos, onde também trabalha como professor. Ele conta que o sistema simplificado de abastecimento é a única fonte de água da comunidade, principalmente no período de verão. “Quando tem outra, é água de tanque (da chuva), que não é adequada para o consumo humano – ainda mais que a chuva até agora foi bem pouca na região. A do sistema é de boa qualidade, dessalinizada”, disse.

Diretor administrativo e financeiro da Cohidro, Diogo Menezes Machado tem residência em Carira e tomou conhecimento do furto antes que os representantes da comunidade precisassem comunicar à empresa. “A gente sabe da situação difícil que o Estado está passando, mas diante do problema da comunidade, que tem no sistema simplificado do PAD a única forma de abastecimento de água, a gente entendeu que precisava viabilizar o conserto, o mais breve possível, para a comunidade não sofrer com a falta de água em uma região tão seca. Isso mostra a preocupação do governo do Estado, através da Cohidro, com a população mais necessitada”, analisa.

O presidente da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, explica que a Cohidro é parceira do Programa Água Doce, executado pela Sedurbs [Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade] por meio de convênio entre o Estado e o governo federal. “A Cohidro entra realizando o serviço de reativação e instalação de poços antigos. São poços que não tinham sido instalados justamente por serem salinos, mas que estão fornecendo água até hoje para essas unidades de dessalinização em todo estado. Temos um membro no painel consultivo do programa, a nossa geóloga Maria Auxiliadora Santos Lima”, observa o diretor.

No mesmo dia em que foi concluída a reposição da bomba furtada, a equipe da Cohidro recolheu o quadro elétrico da bomba de um outro sistema semelhante e em uma povoação vizinha, no município de Carira: o Três Tanques. Em Aracaju, os técnicos da empresa fazem testes e substituição de peças no equipamento para reativar a captação de água naquele poço. Durante o ano de 2018, foram realizadas 100 manutenções de poços como essa no povoado Três Tanques e, no mesmo período, a Cohidro recuperou 31 outros poços, do mesmo modo que ocorreu no Lagoa dos Porcos.

Dia da Mulher na Cohidro teve brindes, homenagens e palestra motivacional

Hoje o dia na Cohidro foi todo dedicado a Elas: as funcionárias alocadas nas mais diversas áreas e ocupações. Na empresa, as mulheres estão desde os setores administrativos até o campo. Determinando, com responsabilidade e precisão a locação de poços, e dedicando atenção e orientação às agricultoras e agricultores que recebem irrigação pública do Governo do Estado. Por essa participação ativa e indispensável, o 8 de março tem que ser festejado e repleto de homenagens, iniciadas pelas felicitações do diretor-presidente Paulo Sobral.

Para tanto a Diretoria Administrativo e Financeira, ato encabeçado pelo seu assessor institucional Janailson Farias, organizou uma manhã de atividades, onde o ponto alto foi a palestra motivacional da consultora empresarial e coach Beth Castro. O conteúdo da sua apresentação e dinâmicas de grupo teve o objetivo de incentivar a confiança, a autoestima e o senso de empreendedorismo na vida profissional das mulheres.

As funcionárias, depois de participar de sorteios de brindes especiais, encerraram a manhã de homenagens com um coffee-break.

Governo perfurou 80 poços e pôs em operação 69 sistemas de abastecimento em 2018

Por meio da Cohidro, mais de 22.670 pessoas de comunidades rurais tiveram acesso a água
Dona Creusa Natália diz que a água é de boa qualidade para todo uso da casa (foto: Fernando Augusto)

“Água antes aqui era de tanque – mais barro do que água – e ficava muito distante. O novo sistema de abastecimento foi uma beleza para a comunidade. Porque aqui a gente vivia sem água, pagando carrocinha de água. Foi uma riqueza que Deus mandou”, conta Creusa Natalia dos Santos, dona de casa que, há 30 anos, mora no povoado Piabas, em Lagarto. Desde março de 2018, lá funciona o sistema de abastecimento implantado pela Cohidro, e 210 pessoas passaram a ter acesso a água de qualidade, encanada até as suas casas, a partir de um investimento de R$ 100 mil. Essa foi uma das 38 novas unidades implantadas pelo governo do Estado em 2018, totalizando R$ 674.146,18 investidos.

Os novos sistemas de abastecimento, mais 31 que foram recuperados, somam 69 poços ativados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe em 2018, possibilitando que cerca de 22.670 pessoas passassem a contar com o fornecimento de água. O diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, explica que os poços perfurados que são produtivos precisam passar por um processo de limpeza, teste de vazão para medir seu potencial de atendimento à demanda da comunidade. A partir daí, recebem bomba, quadro elétrico, tubulações e reservatório. Outros 80 poços foram perfurados no ano passado, a partir de um investimento de R$ 1.315.185,37, em benefício de 12.874 pessoas.

Segundo Paulo, muitas vezes a necessidade de água de uma comunidade pode ser suprida com a reativação de um poço antigo que ainda tenha capacidade de servir àquela população. “São diversos serviços requisitados por prefeituras e associações comunitárias, desde a desobstrução do poço, usando novamente a perfuratriz, até a troca completa de uma bomba ou quadro elétrico. Em 2018, foram investidos mais de R$ 120 mil nessas intervenções. Outros 100 atendimentos, que foram realizados para manutenção de outros poços, somam mais R$ 71 mil aplicados em garantir água para 20,5 mil pessoas”, destacou Paulo Sobral.

Cisternas e Barreiros
O governo de Sergipe também atuou na elaboração de projetos para a construção de mais de 3 mil cisternas em todo o estado. Ao longo do ano, 42 unidades foram construídas, num investimento de quase R$ 150 mil, para atender 236 pessoas. “Era difícil. A gente não tinha água, pegava no tanque e com o balde na cabeça. Hoje mais não. Melhorou por causa da cisterna, agora não falta mais, graças a Deus”, comemorou a dona de casa Marina dos Santos, do povoado Saquinho – primeira localidade contemplada pelo programa, em Tobias Barreto.

O Programa Cisternas atenderá, ainda, os municípios de Telha, Simão Dias, São Miguel do Aleixo, Pinhão, Poço Redondo, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Aparecida, Monte Alegre e Macambira. É prevista, ainda, a construção de barreiros em Tobias Barreto, Nossa Senhora Aparecida, Pinhão, Frei Paulo e Macambira. Em 2018 foram construídos 31 barreiros, para atender 172 pessoas, a partir de mais R$ 317.877 investidos. Em todas as obras, a atuação da Cohidro continua na fiscalização da aplicação dos recursos por parte das instituições contratadas, via chamada pública da Secretaria de Estado da Administração (Sead).

“Cerca de 3.000 cisternas estão sendo construídas em 20 municípios do estado. Só aqui, em Tobias Barreto, são mais de 900 em curso. Visitamos algumas delas e sentimos a felicidade da população ao ter suas cisternas, com capacidade de 16 mil litros de água. Água boa que vai ajudar a trazer mais qualidade de vida para a população. Portanto, essa é a intenção do governo do Estado: poder melhorar a vida desse povo, que tanto necessita de atenção”, disse o governador Belivaldo Chagas, em visita ao povoado Saquinho, realizada no último mês de junho.

Em 2019, o a Cohidro dá continuidade à construção de cisternas e novos barreiros. “São obras que têm por finalidade a reserva da água da chuva. No primeiro caso, para o abastecimento humano e no segundo, dessedentação animal”, conclui o presidente Paulo Sobral.

Governador entrega novas instalações e afirma que quer Cohidro fortalecida e mais eficiente

O chefe do executivo estadual reforçou a cobrança quanto a maior organização das ações das empresas do Estado e destacou que quer fortalecer a Companhia de Recursos Hídricos
Foto: Pritty Reis

O governador Belivaldo Chagas entregou novas instalações aos servidores da Cohidro. A reforma do prédio foi fruto de recursos que somam R$ 1.234.401,08,  oriundos do Banco Mundial por meio do Programa Águas de Sergipe. A entrega foi realizada durante a solenidade de posse do novo presidente da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral. Paulo assume a gestão da Companhia em substituição a Carlos Melo, que volta a gerir a Deso.

Belivaldo explicou a necessidade da parceria da Cohidro com a Deso e com todos os órgãos que compõem a Secretaria de Estado da Agricultura. “O que eu quero é o benefício lá na ponta para o povo sergipano. Se a Deso, hoje, já cobre 97% do abastecimento de água em Sergipe, como informou Carlos Melo, vamos buscar suprir esse restante com a Cohidro. Mas precisamos corrigir o que não está dando certo. Nós fizemos a reforma administrativa para reduzir custos, mas também para buscar mais eficiência nas ações do Estado. Também iremos trabalhar para a auto sustentabilidade dos perímetros irrigados”, expôs Belivaldo.

O chefe do executivo estadual reforçou a cobrança quanto a maior organização das ações das empresas do Estado e destacou que quer fortalecer a Companhia de Recursos Hídricos. “A gente só pode perfurar um poço se tivermos condições de instalar o sistema e levar água para o povo que está sofrendo, para não criarmos falsas expectativas. Contem comigo. Da minha parte, tenho o desejo de transformar essa empresa em uma empresa modelo, mas vou precisar do apoio de todos, quero fortalecer a Cohidro para levar melhores resultados para o povo”.

O novo presidente da Cohidro, que já está na empresa desde 2011 e, até então, ocupava o cargo de diretor de Infraestrutura Hídrica, reforçou a importância da empresa para o desenvolvimento do estado.

“Enquanto estive na Diretoria de Infraestrutura, conseguimos instalar mais de 350 poços, atendendo, em especial, as comunidades mais carentes do nosso estado. A gente torce e trabalha para conseguir implementar cada vez mais ações que atendam a comunidade, as demandas do governo e para que a gente possa levar água por meio dos sistemas de abastecimento, e também otimizar a questão da irrigação pública” disse Paulo.

Dando as boas vindas ao novo presidente da Cohidro, o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, reafirmou a disponibilidade da Seagri para o  desenvolvimento de um trabalho conjunto. “Tive a oportunidade de conhecer Paulo mais de perto e tenho certeza de que o trabalho que vinha sendo executado será continuado a contento. Vivemos em um estado que sofre muito com a questão hídrica, então os projetos de irrigação são essenciais. Tenho certeza de que todos nós – Cohidro, Emdagro, Pronese e Seagri – conseguiremos fazer o trabalho exitoso pelo qual toda a população sergipana clama”, disse.

Reforma do Prédio   
O governo do Estado, por meio da Cohidro, em parceria com o Programa Águas de Sergipe, entregou oficialmente a reforma predial das Diretorias Técnicas da Cohidro. Com a reforma, os servidores terão uma melhoria do ambiente de trabalho, proporcionando ampliação do local em 28 ambientes e maior eficiência na execução de suas funções.
Para o novo presidente, a entrega é importante por se tratar da recuperação total do prédio da área técnica, atividade-fim da empresa.

O novo presidente
Paulo Henrique Machado Sobral é graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Sergipe. Exerceu a função de vereador e de secretário de Agricultura no município de Santa Rosa de Lima.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Governo discute abastecimento de água e reforça importância da gestão de Recursos Hídricos em Sergipe

A partir de panorama apresentado ao governador Belivaldo Chagas, foram discutidas questões relacionadas aos recursos hídricos, bem como avanços, problemas e soluções que podem ser colocadas em prática para uma melhor e mais eficaz gestão da água no estado
Reunião teve como objetivo estudar o panorama hídrico de Sergipe e buscar soluções para evitar possível desbastecimento de água no futuro (Foto Marcos Rodrigues – ASN)

O governador Belivaldo Chagas se reuniu, nesta terça-feira (08), com representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurb), da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), e da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), para debater questões relacionadas ao abastecimento de água em Sergipe, bem como sobre a segurança hídrica do estado e medidas que podem ser tomadas para melhorar a questão.

Participaram da reunião o superintendente especial de Recursos Hídricos e de Meio Ambiente, Olivier Chagas; o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Melo; o diretor-presidente da Deso, Jetro Duarte Moreira; o diretor de Infraestrutura Hídrica da Cohidro, Paulo Machado Sobral; o secretário geral de Governo, José Carlos Felizola; o secretário de Comunicação, Sales Neto; e o coordenador da Câmara Técnica de Articulação Institucional do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Ailton Rocha.

Na reunião, o coordenador, que também é engenheiro agrônomo, apresentou um panorama dos recursos hídricos do estado, desde a situação da água município a município, até mesmo o apontamento de avanços, dificuldades nas regiões mais críticas de Sergipe e possíveis medidas que podem ser adotadas para a resolução das questões.

“Esse estudo traz um raio X da água em Sergipe e identifica as áreas onde o governo deve atuar de forma prioritária para que futuramente, não precisemos, por exemplo, viver uma situação de desabastecimento. Então, o objetivo do estudo foi demostrar o cenário de segurança hídrica do estado, que no momento se demonstra bastante preocupante, provocado principalmente pela seca prolongada, desmatamento, desperdício e poluição. Ao mesmo tempo, sinalizar com soluções, a exemplo da necessidade de fazer gestão plena dos reservatórios, de implementar o produtor de água, de se fazer o fortalecimento institucional para se fazer a gestão dentro do escopo, que vai desde o monitoramento até a fiscalização, para  que a gente possa garantir esta água dentro de um horizonte de curto, médio e longo prazo”, explicou.

Importância da discussão
Olivier Chagas reforçou  a importância da discussão para que seja garantida a segurança hídrica do estado nos próximos anos. “O estado precisa ter essa segurança para que a gente garanta que a sociedade tenha água para uso humano e para o desenvolvimento econômico. Estamos aprofundando as discussões para que a gente possa garantir uma governança com efetividade, para que se possa fazer bom aproveitamento das nossas águas”, reforçou.

Atento às necessidades do estado em relação ao abastecimento de água, o governador também ressaltou o debate sobre o importante tema, garantiu que irá se aprofundar sobre as questões relacionadas à água e que, em sua gestão, as ações sairão do papel.

“Esses meus primeiros 90 dias de trabalho serão para arrumar a casa e incluo a realização de um novo organograma da Sedurb. Com isso, pretendemos otimizar as ações realizadas, avaliar, pensar e planejar junto aos competentes técnicos que atuam conosco. Também pretendo sentar com a equipe da Deso e da Cohidro para pensar sobre o que queremos sobre cada uma delas e para organizar melhor o mecanismo de trabalho, que deverá resultar numa gestão de recursos hídricos eficaz. Iremos avaliar as questões mais urgentes, onde podemos investir, como podemos conseguir parcerias e verbas para tornar cada vez a questão dos recursos hídricos mais segura e eficiente no estado”, destacou.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícia

Barragens recuperadas pela Cohidro têm recarga com as chuvas de trovoada

Totalmente cheia, barragem no povoado Queimadas atingiu seu ápice nas chuvas de trovoadas de 2018 (foto Ascom Cohidro – Fernando Augusto)
Edição 2017 do programa devolveu a capacidade e acumular água da chuva para 13 barragens de médio porte, atendendo 12.438 pessoas. Em 2019 serão 300 famílias beneficiadas com a barragem da Barra da Onça.

Iniciada em fevereiro de 2017 e as obras durando até o inverno daquele ano, a edição do Programa de Recuperação de Barragens do Governo do Estado executada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) naquele ano, resultou na grande maioria das 13 barragens tendo acumulado alguma água da chuva no mesmo ano, quase metade chegando ao seu ápice e resistindo para além do período chuvoso, fornecendo água às populações e seus rebanhos. Noutros casos, a irregularidade da precipitação interferiu para que só agora, nas trovoadas de dezembro de 2018, fosse possível que parte dos reservatórios fizessem a sua recarga e até ficassem totalmente cheios.

Maior exemplo deste último caso foi a barragem comunitária recuperada no povoado Queimadas, em Poço Redondo, de população que se utiliza do reservatório para a dessedentação animal estimada em 750 habitantes. No inverno de 2017 o reservatório de terra obteve algum êxito ao acumular em torno de 30% de sua capacidade, isso se for comparado ao seu status hoje, totalmente cheia depois das chuvas ocorridas a partir do dia 1 de dezembro. Resultado oposto ao apresentado na barragem também recuperada na mesma edição do programa na comunidade tradicional da Serra da Guia, no mesmo município e distante 16,8 km em linha reta uma da outra, em que as primeiras precipitações do ano passado foram capazes de acumular água no total da sua capacidade, beneficiando os 700 moradores.

Algo parecido como que se deu em Poço Verde, na barragem do assentamento Francisco José dos Santos. Lá, mesmo depois da retirada de todo sedimento do reservatório de terra, ampliando profundidade e capacidade de reservamento, não houve incidência de chuvas na localidade suficientes para fazer a sua recarga no mesmo ano. Mas o êxito do projeto dos engenheiros da Cohidro foi demonstrado mais de um ano depois. Foram também as chuvas de trovoadas de 2018 às responsáveis por ela chegar ao total de sua capacidade de acúmulo de água, garantindo a reservas para as cerca de 100 famílias de colonos.

Diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto comenta que está cada vez mais difícil prever os resultados das próximas chuvas e que a empresa procura se valer do histórico dos reservatórios e estudo de sua capacidade de recarga. “Muito por causa das alterações climáticas provocadas pela interferência humana no meio ambiente de todo planeta, não se sabe ao certo qual localidade vai chover bem ou se vai repetir o mesmo índice pluviométrico dos anos anteriores. O que temos são boas surpresas, como o resultado positivo das chuvas nas cabeceiras do rio São Francisco, aliviando a situação crítica dos reservatórios nordestinos. Ao mesmo tempo em que nos preocupa muito a situação da nossa barragem do Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, em que essas últimas chuvas em pouco ou nada influíram no nível da água captada pela Cohidro e Deso, hoje em situação crítica”, lamenta.

Valdi Aragão Porto é engenheiro civil na Cohidro e foi quem coordenou a equipe do último programa de recuperação de barragens. Ele salienta a capacidade que as reformas tiveram de prolongar a vida útil das barragens recuperadas. “Para escolhermos uma barragem para ser recuperada, levamos em conta se ela tem os meios para que possa receber recarga pelas chuvas, que ela tem às ‘chamas’, os cursos por onde a chuva possa ser coletada e conduzida até o reservatório. Muitas vezes a obra incide em melhorar essa captação, mas no geral fazemos a escavação dos leitos, retirando os sedimentos depositados ali pela erosão dos solos, aumentados os taludes e construindo os estravasores, componentes importantes e que evitam que a força da água rompa as barreiras das barragens”, ensinou.

Alagadiço
A barragem pública Prefeito Manoel Soares no povoado Alagadiço, em Frei Paulo, foi a primeira a ser recuperada, entregue à comunidade em 10 de março daquele ano, na edição 2017 do Programa e beneficiou 374 famílias que vivem da atividade pecuária e passaram a dispor do reservatório de médio porte para dar de beber aos rebanhos.

Segundo o secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo do município, Wladimir Dantas Souza, a reforma da barragem cumpriu seu papel e foi decisiva para toda microrregião, resistindo sempre com algum nível de água até chegar às chuvas de trovoadas para haver uma nova recarga. Segundo ele, o reservatório abastecia de 40 a 50 carros-pipa nos piores dias de estiagem durante este período.

Barragem do Algodão
Na antiga Barragem do Algodão, povoado Poço dos Bois em Cedro de São João, a castigante seca de 2016 esgotou totalmente as reservas de água. No ano seguinte, após passar pelas obras do Programa do Governo de Sergipe, foi limpa dos seus sedimentos e teve a capacidade ampliada, para que nas chuvas seguintes, ainda em 2017, juntasse água em sua capacidade completa. Manoel Vieira Alves, 74 anos, aposentado e morador da localidade, na época lamentou o açude ter secado, mas tinha esperança de que a obra e as próximas chuvas poderiam reverter esse quadro.

“Aqui era o lazer da gente, para dar água ao animal, para tomar banho, pescar, pegar um peixinho. Tudo aqui servia para gente, servia e serve, quando tiver de novo, né? Aqui nasci e me criei, nunca vi uma seca dessa não. Nasci e já tinha a barragem e nunca vi secar. Tem que fazer uma benfeitoria dessa, né? Mas aí agora com essa benfeitoria que tão fazendo, os nossos netos é que vão morrer e ela ainda não vai secar, com o poder de Deus”, confiou seu Manoel.

E o morador estava bem certo. Em 2018, ano em que muitos consideraram a estiagem ainda pior que a de 2016, o reservatório em terra e de múltiplo uso resistiu. E mesmo aquela região não tendo sido contemplada com as últimas chuvas de trovoada de dezembro, se comparada a outros municípios até do Alto Sertão, a sua ampliação de capacidade ainda conservou reservas para abastecer o gado e oferecer alento aos pescadores artesanais durante todo ano.

Outras barragens
Em Carira, no povoado Mansinha, a barragem comunitária serve de reforço aos criadores de gado da redondeza, para quando as suas reservas particulares secarem, chegando há uma população de 2.100 habitantes assistidos. Reformada em 2017, voltou a ter recarga na última chuva de trovoada, acumulando até mais água agora do que no primeiro ano, estando em cerca de 80% de sua capacidade máxima.

Novamente a irregularidade das chuvas em 2018 marcou presença, desta vez na barragem recuperada no povoado Aningas, em Nossa Senhora da Glória. A obra foi entregue debaixo de chuva, pelo então governador Jackson Barreto, em 22 de maio de 2017, e com o reservatório praticamente cheio, para atender os 525 moradores. Mas o mesmo êxito não se repetiu no ano seguinte, quando as chuvas de inverno pouco influenciaram no nível d’água do reservatório de médio porte, restando para novamente as trovoadas do começo de dezembro resguardarem o acúmulo de cerca de 30% de sua capacidade.

Grandes, médias e pequenas barragens em Tobias Barreto sofrem com a falta de incidência de chuvas para recuperarem os níveis de reservas, forçando o Governo do Estado a procurar alternativas até no Estado da Bahia para garantir o abastecimento da população urbana e a Cohidro, a perfurar poços para também permitir a subsidência do rebanho leiteiro dos irrigantes atendidos pelo seu perímetro Jabiberi. No povoado Montes Coelho, embora não tenha secado durante as estiagens de 2017 até 2018, as reservas acumuladas nas chuvas nesse período, incluindo depois das trovoadas, mantêm o estoque de água em cerca de 40% da capacidade do reservatório também reformado pela empresa pública.

Novos projetos
Segundo o diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, foram R$ 1470341,64 do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), empregados no programa de recuperação em 2017, incluindo ainda barragens reformadas em Canindé de São Francisco, Porto da Folha, Gararu, Ribeirópolis e Nossa Senhora de Lourdes.

“Estamos executando o programa desde 2012, com mais de R$ 5 milhões empregados na reforma de quase 2 mil pequenas e médias barragens, atendendo uma população rural de mais de 70 mil pessoas. Não por outro motivo, senão o resultado satisfatório das ações de nossas equipes de engenharia, garantimos mais R$ 780 mil do Funcep para em 2019 licitarmos empresa para reformar, sobre nosso projeto e planejamento, a grande barragem Chapéu de Couro, no assentamento Barra da Onça, em Poço Redondo”, informou Paulo Sobral.

“É um projeto ousado, em se tratar de uma barragem de alvenaria e que deixou de atender centenas de famílias depois que a força das enxurradas foi capaz de romper o paredão de concreto, vulnerabilidade a ser corrigida no novo projeto. Um acaso infeliz, mas prova que, mesmo no Alto Sertão seco de Sergipe, existe água das chuvas suficientes para justificar a manutenção dessa e de outras barragens, dando esperança e motivos ao sertanejo ali ficar resistindo bravamente eu sua terra de origem”, acrescentou o presidente da Cohidro Carlos Melo, reforçando que, como nas outras edições do programa, o critério principal para a escolha das localidades atendidas é o município ter decretado emergência devido à seca.

Nova perfuração no Povoado Salobra em Simão Dias

Equipe da PF-12 da Cohidro (Geraldo Miranda, Gilmar Andrade e José Custódio) volta a atuar na perfuração de um novo poço em sua estada no município de Simão Dias. Desta vez no Povoado Salobra, também castigado pela falta de água par abastecer a população rural, como destacou o agricultor e morador do povoado Luis Carlos Siqueira.

“Não tenho palavras para agradecer a todos vocês que fazem esta empresa Cohidro, obrigado por tudo isto, e a comunidade em que tenho o privilégio de estar presidente da Associação e tive a oportunidade de solicitar ao Governador Belivaldo (Chagas) e ao presidente Dr. Carlos de Melo e Dr. Paulo Sobral (diretor de Infraestrutura Hídrica), às geólogas Samira (Linhares) e Dora (Maria Auxiliadora Lima), a perfuração destes poços. Muito obrigado a todos que compõem esta conceituada e valorosa empresa”, relatou o agricultor .

Cruz dos Palmares tem sistema de abastecimento de água instalado pela Cohidro

Foto Ascom Cohidro

Ao todo, o programa já atendeu 6.339 pessoas no estado e agora o Governo de Sergipe parte para a segunda etapa, com mais 67 sistemas.

Mais uma das 37 comunidades assistidas pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), através do ‘Água para Todos’, é o Povoado Cruz dos Palmares, em Riachão do Dantas. As cerca de 100 pessoas que moram nesta povoação em uma área remota do estado 134 km distante de Aracaju e 44 km da sede municipal, agora dispõem de um poço perfurado pela empresa que mantém sete chafarizes para fornecer água de qualidade para o consumo humano.

Josefa Santos de Andrade, agricultora que mora no Cruz dos Palmares há 20 anos, conta sobre a dificuldade que foi criar os nove filhos na localidade que não dispunha de água potável antes de chegar o sistema instalado pela Cohidro. “Tem um tanque aqui atrás dessa fazenda e um olho d’água pra cá. Essa daqui é barrenta e a outra, como é de olho d’água, era melhor, mas também era cheia de caramujo”, pondera. Há casos em que a presença dos moluscos do tipo aquático, também transmissor da esquistossomose, indica que aquela água esteja contaminada com esgoto.

No povoado, segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, a empresa perfurou um poço com 70 metros de profundidade e que dispõe de 2.393 litros por hora de vazão. Nele foi instalada uma bomba para levar a água ao reservatório que, por sua vez, redistribui em uma rede de mais de 2 km de extensão e sete chafarizes. “Em todos estes 37 poços do programa fizemos testes para identificar a potabilidade e ainda instalamos cloradores”, pontuou.

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto, a primeira fase do programa em Sergipe foi bem sucedida. “O Ministério da Integração Nacional, fonte de recursos do ‘Água para Todos’, aprovou a execução da primeira fase do programa feita pela nossa empresa, onde os R$ 5.680.000 investidos promoveram o fornecimento de água potável para 6.339 pessoas na zona rural, onde as adutoras da Deso e SAAEs não conseguem chegar. Por isso, o órgão federal já garantiu recursos para a segunda fase, em que estamos fazendo o planejamento, onde serão mais 67 localidades como essas a serem atendidas”, anunciou.

Sobre a potabilidade e eficiência do serviço oferecido pelo sistema de abastecimento no Cruz dos Palmares, Dona Josefa garante que “a qualidade está boa e está chegando todos os dias sim”, informa. Ela mora ao lado do reservatório da comunidade, onde anexo existe um chafariz para que ela e os vizinhos façam a captação e levem para casa. “Uso mais para beber mesmo e cozinhar”, completa a agricultora.

 

Cohidro recebe demandas por infraestrutura hídrica de agricultores familiares e assentados

Todas as partes representadas saíram com o compromisso de a Cohidro examinar a resolutividade das demandas – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Produtores rurais e assentados da reforma agrária em diversos municípios sergipanos estiveram na sede da Cohidro nesta segunda-feira (30), reunidos com a diretoria da empresa. Acompanhados da secretária de Estado da Agricultura, Rose Rodrigues, do deputado federal João Daniel e de lideranças do MST e MCP, traziam demandas de infraestrutura hídrica em suas localidades, na perfuração e reativação de poços, e na manutenção e implantação de novos sistemas de abastecimento de água. O diretor-presidente Carlos Melo acolheu as reivindicações, garantido o envio de equipes da empresa para estudo da viabilidade para atendimento de caso a caso.

Secretária de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Maria Rosilene Bezerra Rodrigues é titular do órgão onde a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) é subsidiária e, portanto, fez o papel de intermediar o acesso destes agricultores familiares aos serviços que a empresa executa. “São demandas de assentamentos, comunidades rurais de todo o estado de Sergipe, principalmente ligada a questão da segurança hídrica para consumo humano, em povoados e assentamentos. Alguns com necessidade de perfuração de poços, outros devidamente já perfurados aguardando a questão da rede. Enfim todos mobilizados, aqui cobrando do governo do estado a previsão para solução dessas demandas”, justificou.

“Nos últimos anos, muito já foi feito pela Cohidro e pela Deso por estas localidades rurais de Sergipe mais distantes, mas o flagelo da falta d´água para homem do campo não dá trégua e temos sempre que fazer mais. É preciso, no entanto, entender que existem formações geológicas em nosso estado que, ou não dispõem de água para tirar do subsolo ou esta água é salina. Nesse último caso, um sistema de abastecimento tem necessidade de um dessalinizador e por isso, os recursos, os prazos, e a dificuldade técnica e de logística para a implementação são respectivamente maiores. Quando o caso é de um poço de boa vazão e de água doce já existente, as dificuldades são bem menores para a instalação de um sistema de distribuição”, considera o presidente Carlos Fernandes de Melo Neto. Ele informa que está em processo licitatório na empresa a compra de bombas e tubulações para estas finalidades.

Felipe Caetano é coordenador estadual do Movimento Camponês Popular (MCP) e expõe que a expectativa desses agricultores é bastante grande, para ver a empresa atender suas requisições. “Aqui têm um conjunto de associações de comunidades que vieram ter uma conversa com a Cohidro para dar segmento a perfuração de poços artesianos para atender as comunidades rurais, que têm uma demanda muito grande por água para consumo, e a perspectiva é que pelo menos essas comunidades tenham parte dessa demanda atendida para que possam ter água para consumir e para fazer sua própria produção de alimentos”.

Manoel de Rosinha busca solução para comunidades porto-folhenses onde até o abastecimento via carros-pipa é dificultado – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Ex-prefeito de Porto da Folha, Manoel Gomes De Freitas veio à reunião representando os moradores de três comunidades vizinhas do município e que compartilham as mesmas dificuldades, a da Serra dos Homens de Baixo, a de Cima e do Alto. “A demanda é perfuração de poços para atender essas três comunidades onde existe hoje um faixa de 400 famílias. E com a dificuldade de chegar um carro pipa, pelo o fato de ser alto, as estradas não dão condições. Então a viabilidade é a escavação de um poço artesiano de modo que venha a atender à necessidade daquelas famílias”, justifica.

José Ailton é representante do Movimento Sem Terra (MST), na reunião pleiteando ações da Cohidro para os assentados de três municípios do Sertão do São Francisco. “A necessidade lá é do poço artesiano do assentamento Maria Vitória, e no Apolônio Carvalho, em Gararu; em Itabi, no assentamento Seguidores de Canudos, lá no município de Graccho Cardoso, o (outro) assentamento Apolônio Carvalho. Aquele pessoal sofre muito com a questão da seca e não tem água, principalmente nesse período agora, eles compram água no caminhão pipa para abastecer aquele local, tanto a questão humana como a questão animal”, relatou.

Vereadora em Itabaianinha, Maria Evânia da Silva representou à população rural do município, acompanhando os representantes das associações de produtores rurais nas localidades onde existe a necessidade de ações de infraestrutura hídrica. “A demanda foi de poços artesianos, que a comunidade está sofrendo com relação a água. Então, foi uma reunião muito importante com o presidente da Cohidro, junto com o deputado João Daniel e a secretária de Estado Rose. E teve o Paulo Sobral, ele colocou nossas demandas para serem atendidas esse ano ainda”, salientou.

“Cada uma dessas demandas deve ser analisada separadamente, pois são realidades distintas e trabalhos distintos. Por isso, o que podemos garantir é o envio de nossas equipes que podem avaliar cada situação. Seja para locar, ou seja, determinar a viabilidade e o local exato onde se é possível perfurar um novo poço; ou então as equipes que fazem o bombeamento e limpeza dos poços perfurados e que ainda não receberam nenhuma infraestrutura. Da mesma forma que, no caso de sistemas já implantados e inoperantes, também podemos fazer a avaliação preliminar para reativa-los”, argumenta Paulo Henrique Machado Sobral, diretor de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro.

 

Última atualização: 29 de outubro de 2018 21:56.

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