Perímetros irrigados produziram mais de dois milhões de espigas de milho verde no período junino

Ozéias Beserra e espigas para uso do milho em grão [foto: arquivo pessoal]
Cozido, assado, na canjica, na pamonha, no bolo ou no cuscuz, o milho verde é bastante requisitado nas noites festivas para comemorar os santos católicos do mês de junho. Mas as mudanças climáticas que afetam o globo influenciam cada vez mais no planejamento do plantio no mês de abril, dependendo da chuva para a boa colheita no período junino. Assim, com o uso de irrigação é possível garantir a colheita e os lucros da época de consumo maior. Nos perímetros irrigados em que o governo do Estado fornece água para agricultores, a produção ocupou 124 hectares [ha] e gerou uma média de 2.480.000 espigas.

A versatilidade do milho oferece a possibilidade do seu aproveitamento para a ração animal; em forma de forragem, o pé inteiro e as espigas verdes, ou o grão seco. “Eu vendo a espiga, e o que eu não consigo vender, deixo na secagem e tiro para alimentar as galinhas e algumas ovelhas que eu tenho. A outra parte eu faço silagem, para três vacas que temos aqui”, explicou Ozéias Bezerra, irrigante do Setor 05 do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) em Canindé de São Francisco.

Neste ano, Ozeias plantou em torno de 0,75ha em três datas diferentes, para colher dia 17 e 28 junho e neste dia 5 julho que passou. “Eu planto todo ano no ‘período da fogueira’ e a irrigação é fundamental, porque quando a gente faz o plantio não está chovendo aqui ainda, ai nós irrigamos praticamente o ciclo todo do milho. Eu mesmo só fui parar de irrigar o milho de umas três semanas para cá. Do plantio até 60 dias, a irrigação no milho é primordial. E isso varia muito, tem vezes que a chuva vem mais cedo e outras que é mais tarde”, acrescentou.

A gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes, identifica que a demanda por milho é constante e garante a viabilidade dos plantios. Fator que, segundo ela, só é possível pela oferta de água distribuída pela companhia nos 333 lotes dos irrigantes. “Aqui se colhe milho todos os meses do ano.Mas geralmente uma média de 15ha são plantados ao todo, ao mesmo tempo em que se colhe outros 15ha plantados anteriormente. Já no plantio feito em abril, com previsão de colheita no período junino, foram 46ha”, informou.

Outros perímetros
No Perímetro Irrigado Piauí, outra unidade da Cohidro que leva irrigação para 421 lotes agrícolas familiares em Lagarto, o milho verde para colher no São João ocupou 38ha e, levando em conta a média de produtividade de 20 mil espigas por hectare, chegou a cerca de 760 mil unidades. Na região Agreste, os perímetros irrigados Jacarecica I e II tiveram, respectivamente, 25 e 15ha ocupados com o milho verde para colher em junho, com a produção de 500 mil e 300 mil espigas vendidas em Itabaiana, Malhador, Riachuelo e Areia Branca.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento agrícola da Cohidro, João Fonseca, explica como é realizado o processo de adubação desses locais. “Em todos os perímetros, mas principalmente em Lagarto, os agricultores estão buscando maiores produtividades para o milho utilizando a fertirrigação, que é o uso de fertilizantes diluídos na água de irrigação que leva esses nutrientes até a planta, rapidamente absorvidos pela raiz e dispensando a mão de obra da adubação manual”, detalha, acrescentando que essa mudança está sendo facilitada pela troca dos sistemas para os modelos de irrigação localizada, que consomem menos água que os aspersores convencionais.

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a troca dos aspersores e tubulações, válvulas de controle de vazão e implantação de novo sistema de controle automatizado, está sendo subsidiada pelo governo do Estado, nos perímetros de Itabaiana. “Nos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, via Programa Águas de Sergipe, investimos mais de R$ 14 milhões nessa substituição de tecnologia, que deve gerar uma economia de 50% aos cofres públicos, em comparação ao consumo em energia elétrica para bombear a água até os lotes, e deixou de consumir 60% da água que antes era empregada nesta mesma irrigação”, finaliza.

Recarga hídrica trazida pelas chuvas devolve capacidade operacional de perímetros irrigados de Itabaiana

Investimentos do governo do Estado buscam racionalizar o consumo de água e reduzir o impacto dos períodos de estiagem

As chuvas que incidem todo o estado desde a última semana trouxeram resultados positivos para os balanços hídricos dos reservatórios administrados pelo Governo de Sergipe em Itabaiana, permitindo a continuidade do fornecimento de água pelos perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro). Na Ribeira, a barragem saiu da situação de alerta, em que a água só ocupava 9,3% do volume útil, para os 67,8%, agora considerado normal.

Diante disso, o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, revela que a irrigação será retomada assim que houver a necessidade hídrica para o plantio no Perímetro da Ribeira. “Enquanto chover, não há necessidade de irrigar, mas com essa elevação no nível da barragem, agora vai ser possível. A irrigação tinha sido interrompida desde o início do mês de março, quando o nível ficou abaixo dos 10%, porque a água da barragem é compartilhada com a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) para o abastecimento humano das cidades e povoados circunvizinhos, que tem a prioridade no uso das reservas”, explica.

Como a previsão meteorológica indica permanência do clima chuvoso, a expectativa é que, na Ribeira e no reservatório do Jacarecica I, a capacidade de acúmulo atinja os 100% ainda em junho. Segundo o gerente do Perímetro Irrigado Jacarecica I, Osvaldo Nunez, o nível da água da barragem subiu 3,75 metros com a chuva, na régua que já estava próxima de zero. “A gente espera que a barragem atinja os 100% da sua capacidade, para que possamos voltar a fornecer água em escala normal, oferecendo segurança ao reservatório, para resistir até o próximo período de chuvas”, informa.

Atualmente, a irrigação fornecida aos 126 lotes familiares ocorre em regime de dias alternados. Entre segunda-feira e sábado, cada um dos três setores tem dois dias de irrigação em período integral de 8 horas, e quatro dias com 4 horas de irrigação – pela tarde ou pela manhã. “A chuva pôs todos nossos perímetros de volta à operacionalidade, bastando agora torcer para que todas as cinco barragens cheguem à sua capacidade máxima, para garantir a segurança da operação”, comenta o presidente da Cohidro, Paulo Sobral.

De acordo com ele, nos dois perímetros irrigados de Itabaiana ocorrem investimentos do Governo de Sergipe para racionalizar o consumo de água. “Através do Programa Águas de Sergipe, estamos investindo mais de R$ 14 milhões para substituir toda a irrigação nos lotes para o sistema localizado e automatizado, obra quase concluída, que significa uma economia de 60% da água e 50% da energia elétrica hoje consumida. No mesmo programa, estamos projetando a automação das estações de bombeamento, repercutindo em mais economia nesses quesitos”, conclui.

Dias das Mães da Cohidro teve missa e filarmônica Dom José Palmeira Lessa

Teve muita emoção nas homenagens feitas às mães da Cohidro nesta sexta-feira, 10. A missa celebrada pelo padre Marcelo Conceição, da Paróquia Perpetuo Socorro [Bairro Orlando Dantas – Aracaju], foi em alusão ao Dia das Mães, comemorado no próximo domingo, seguida de homenagens feitas para todas às mães e em especial, alguns filhos enviaram vídeos autorais para homenagear as suas ‘mães cohidrianas’, montado em um filme transmitido em um projetor no auditório. Os vídeos podem ser assistidos no final desta página.

Acompanhou o padre Marcelo o casal de músicos Fabio e Suerda, tocando e interpretando os cânticos. Mas durante a missa e após, também houve a apresentação especial da União Filarmônica Dom José Palmeira Lessa, do bairro Dom Luciano, com músicas alusivas à mulher e as mães. O presidente da Cohidro, Paulo Sobral, parabenizou todas as mães da Cohidro, mas fez um agradecimento especial a sua secretária Isaura, que o acompanhou durante os 8 anos em que foi diretor de Infraestrutura ‘como uma mãe’.

Organizou o evento, incluindo a doação de camisas personalizadas para todas as mães da empresa, a Associação de Servidores da Cohidro – ASC e o assessor institucional da empresa Janailson Farias. Presentes e formando o dispositivo do evento, junto ao presidente Paulo Sobral, o presidente da ASC, Luiz Roberto; representando o Sindisan, a servidora da casa Rilda Santos; os diretores da Cohidro Diogo Machado (Administrativo e Financeiro) e João Fonseca (Irrigação e Desenvolvimento Agrícola).

 


















Cohidro celebra 36 anos com funcionários e gestores

(Foto Isabela Menezes)

A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro é considerada a empresa pública de maior atuação em irrigação e captação de águas subterrâneas no estado, resultado do trabalho executado ao longo dos 36 anos de existência, completos no último sábado, 13. Na segunda-feira, os funcionários, o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, André Bomfim, diretores executivos e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água – Sindisan, Sílvio Sá, realizaram, juntos, uma homenagem à empresa e a todos que a fizeram atuante durante esse tempo.

Desde a sua função até hoje, a empresa perfurou cerca de 3.900 poços tubulares, construiu ou recuperou mais de 3.000 barragens e instalou cerca de 5.000 cisternas. A Cohidro ainda disponibiliza infraestrutura que tornam irrigáveis 11.516 hectares de terra agricultável, beneficiando continuamente mais de 66 mil pessoas no campo, entre os seis perímetros irrigados onde gerencia o fornecimento de água e a assistência técnica e no Platô de Neópolis, onde ela administra os contratos de concessão dos lotes do Governo do Estado.

Agricultor irrigante em Lagarto, Reginaldo Bispo é atendido pelo Cohidro no perímetro Piauí com a água de irrigação, que chega diariamente ao seu lote, e a assistência técnica agrícola. Ele diz que sua vida melhorou muito depois da empresa ter incentivado o melhoramento para o homem do campo. “Não só eu, como todos os produtores, só temos a agradecer. Todos confiantes de que nos ajudem no sentido de continuar a dar toda essa assistência. Em nome de todos, quero parabenizar pelos 36 anos da Cohidro”, cumprimentou.

A empresa detém, no estado de Sergipe, expertise para perfurar uma média de 100 novos poços tubulares ao ano, a partir de suas sete equipes de perfuração e teste de vazão. Quando lhe compete, instala sistemas de bombeamento, armazenamento e distribuição de água a partir destes poços, dispondo de duas equipes de instalação. Corpo técnico que também opera em todo estado em demandas que vão desde a recuperação de sistemas de abastecimento desativados, reparos por falhas técnicas e manutenções preventivas, originando mais de 230 atendimentos anuais.

Celebração
No aniversário, o secretário Andre Bomfim afirmou que a Cohidro tem papel de suma importância em fomentar a agricultura de Sergipe, principalmente pela contribuição dos perímetros irrigados do Estado para a produção de alimentos. “Queria parabenizar a todos os funcionários, neste momento de celebração e agradecer pelo convite. Acho esse momento muito importante, de se pôr à disposição para o dialogo contínuo. Sempre que for para melhor estruturar a Cohidro, podem contar conosco”.

Paulo Sobral destacou a sua felicidade de poder festejar o primeiro aniversário da companhia na função de diretor-presidente. “A idéia desta comemoração era a de mostrar e pedir para todos os funcionários da Cohidro se envolverem de fato, querer que a empresa fique mais forte, mais reconhecida pela sociedade de um modo geral. Tenham certeza de que nesta diretoria, com o apoio do secretário e do governador, vamos nos empenhar para que a empresa se fortaleça. E peço a vocês, de coração, vistam a camisa da empresa junto com a gente”, falou para os presentes, ao lado da sua equipe, formada por Diogo Machado, diretor Administrativo e Financeiro e João Fonseca, diretor de Irrigação e Desenvolvimento agrícola.

A fala do presidente foi reforçada pela geóloga, ‘prata da casa’, Maria Auxiliadora, responsável muitos dos poços perfurados no estado. “Falar da Cohidro é muito fácil, difícil é viver sem ela. Porque na hora em que falamos em água, ai vem o resto: o alimento não tem se não tiver água, você morre de sede e de fome. Desculpem os funcionários de outras empresas, mas não existe empresa no estado mais importante do que essa. Vistam todos a camisa da Cohidro, pois estamos aqui juntos para brigar por ela”, disse a funcionária.

Governo entrega concessões de regularização fundiária a famílias de Lagarto

Foto: Fernando Augusto/Cohidro
A ação contempla famílias que ocupavam espaços à beira da barragem de forma irregular, e que foram realocadas para um terreno, pertencente à Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro)

O governador Belivaldo Chagas, ao lado da vice-governadora Eliane Aquino, esteve em Lagarto, região centro-sul do estado, nesta sexta-feira (12), para realizar a entrega concessões de regularização fundiária para 15 famílias residentes na Barragem Dionísio de Araújo Machado, em Lagarto.

A ação contempla famílias que ocupavam espaços à beira da barragem de forma irregular, e que foram realocadas para um terreno, pertencente à Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

“Uma ação simples, porém de uma importância social muito grande. Essas famílias estavam há mais de três anos sem saberem o que fazer, diante da possibilidade de serem despejadas de suas casas, porque estavam em situação irregular. Foi quando o governo do Estado se sensibilizou, a partir do momento que nos recebemos essas pessoas há mais de um ano no nosso gabinete.  Portanto, nessa área aqui que pertence a Cohidro, margeado a barragem, a gente disponibilizou 15 lotes, de 20 x 30 m², no qual as pessoas vão estar fazendo as suas casas, e vão estar morando com muita tranquilidade, pelo fato de terem seus documentos em mãos. O que a gente fez aqui hoje foi uma regularização fundiária, fazendo com que cada cidadão tenha seu documento, e sabendo que ninguém mais vai incomodar”, disse o governador Belivaldo Chagas.

Para o planejamento do Termo de Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) fez a topografia do terreno, de duas tarefas, e o dividiu em lotes de 20x30m de área.

“Dar titularidade dessa terra para essas pessoas é um motivo de muita alegria. Desta maneira, eles terão a segurança de sua residência e principalmente saber que a maioria são mulheres, que estão com a posse das suas terras. É isso que o governo do Estado quer: trabalhar com qualidade, e fazer com que as pessoas a cada dia mais sejam respeitadas e hoje é um exemplo disso”, salientou a vice-governadora Eliane Aquino.

Na ocasião, o secretário de Estado da Administração, George Trindade, ressaltou o esforço dos setores do governo para a concessão dos lotes. “O simbolismo dessa ação caracteriza o trabalho desenvolvido pelo governador. Fazer a coisa certa e cumprir a palavra. Trâmites legais, tudo publicado. Além disso, não podemos deixar de enaltecer o trabalho da secretaria, desde a gestão anterior. A união e empenho de todos os órgãos, a exemplo da Adema, Cohidro e Seagri, foram fundamentais para o resultado de hoje”, destacou.

Conquista alcançada
Segundo o líder comunitário, Josevaldo Modesto de Souza, com a doação dos lotes, o governo do Estado vai regularizar a situação das famílias, assim como garantir um espaço organizado e estruturado para a área. “Tem moradores que moram há mais de 27 anos, outros 10, 15 anos, mesmo sabendo que a área é irregular. São 15 famílias, beneficiando em torno de 60 pessoas, onde a maior fonte de renda é a pesca. Além disso, aqui sempre foi um ponto turístico, que ficou muito tempo abandonado. Espero que agora, com o apoio do governador Belivaldo, as coisas melhorem. Acredito que essa obra vai favorecer muito a vida das pessoas daqui”, frisou.

O terreno doado pelo governo do Estado pertencente à Cohidro foi concedido com o objetivo de garantir moradia digna às famílias. A ação foi intermediada pelo deputado federal Fábio Reis.

“Uma ação importante, a qual estive acompanhando e lutando de perto junto ao povo de Lagarto. Foram quase três anos e agora me sinto extremamente feliz em ver o resultado positivo deste impasse”, destacou o parlamentar.

O governo também trabalha a possibilidade da retomada das obras de urbanização às margens da Barragem Dionísio de Araújo Machado, com vistas à construção de uma orla no local. “Agora, vamos continuar discutindo, eu e o deputado Fábio Reis, para que ele encontre uma saída em termos de emendas. E o que a gente puder colocar em termos de contrapartida, vamos colocar também para que a gente tenha uma grande área de lazer na localidade”, acrescentou Belivaldo.

Moradores comemoram
O pescador Genival Santos de Oliveira, que vive às margens da barragem com a esposa, ficou satisfeito com a doação do lote. “Com essa regularização dada pelo governo, num terreno onde ninguém vai incomodar a gente, a sensação é de muita alegria. Estou muito feliz! Essa barragem é um lazer para a cidade, muito importante ter essa obra aqui”, comemorou.

Nivalda Maria dos Santos, 34 anos, dona de casa que mora com o esposo. Antes de se casar, o esposo já morava na região há 30 anos. “Aqui é uma maravilha! Um lugar bom de criar nossos filhos. E quando a gente ficou sabendo que ia ter que sair bateu aquele desespero. Mas agora que sabemos para onde ir, tem o alívio de saber que tenho onde morar, com segurança, com meu marido e nossos filhos. Com fé em Deus as coisas a partir de agora vão melhorar”, declarou.

Da mesma maneira vibrou Jocileide Félix Santos Bispo, 53 anos, que mora há 10 anos às margens da barragem Dionísio de Araújo Machado. “Esse título traz muita segurança pra gente, é um alívio mesmo. E com essa obra que vai ser feita pelo governo, vai valorizar a região, trazer ainda mais benefícios pra comunidade. Bom para todos, porque a renda da minha família é por meio da pesca e de algumas costuras que eu faço. Vai ser muito bom”, relatou.

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Fonte: Agência Sergipe de Notícias

 

Governo investe mais R$ 2,5 milhões em abastecimento de água para 2 mil famílias sergipanas

Ministério do Desenvolvimento Regional libera recursos para segunda fase do Programa Águas para Todos, a pedido da Seagri. Programa já levou água potável para 6.300 pessoas, em 37 localidades de 18 municípios sergipanos

Após alinhamento com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o Governo de Sergipe recebeu liberação de cerca de R$ 2,5 milhões para investir em ações de implantação, recuperação e ampliação de sistemas simplificados de abastecimento de água. O recurso foi liberado para continuação do programa ‘Água para Todos’, executado pela Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Na primeira fase do programa, 36 sistemas simplificados foram implantados; e os novos recursos devem viabilizar a instalação de mais 20 sistemas, para atender cerca de 2 mil famílias. Com a liberação destes R$ 2.482.574,77, o MDR ultrapassa os R$ 5 milhões aportados no programa em Sergipe. O valor total do convênio, contudo, é de R$ 14,4 milhões, ficando R$ cerca de 8,6 milhões para as próximas fases do programa. O governo do Estado já aportou o valor total de contrapartida, equivalente a R$ 720 mil.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, atribui a liberação dos recursos à aproximação inicial feita pelo governo do Estado com a nova gestão do governo Federal. “No começo de fevereiro, fizemos visitas a vários ministérios, levando pautas de Sergipe. Um desses encontros foi com o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional, Antônio Carlos Futuro, a quem pedimos celeridade na continuidade do convênio para a construção de sistemas de abastecimento. Recebemos com felicidade a resposta da secretária Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Adriana Melo Alves, que nos oficiou liberando os rendimentos para continuarmos atendendo a demanda da população do campo”, pontuou o gestor.

No documento assinado pela secretária, o MDR reconhece a regularidade no uso dos recursos empregados pelo Governo do Estado na primeira etapa do ‘programa, e a necessidade de continuidade das ações como justificativa par liberação do recurso. “Considerando que já houve apresentação de relatório de execução para análise e liberação da segunda parcela dos recursos e que a liberação orçamentária e financeira ocorre de acordo com a disponibilidade de recursos (…) e que o ente informa que tal solicitação é necessária para continuidade da execução do Programa, sugerimos o acolhimento do pleito para utilização dos recursos de rendimento do termo de compromisso”, diz o documento.

A primeira fase do Água Para Todos foi concluída em 2018 e atendeu a 37 localidades rurais em 18 municípios sergipanos. Com a distribuição de água de qualidade, bombeada de poços profundos, mais de 6.300 pessoas foram beneficiadas, a partir de um investimento de mais de R$ 4,3 milhões. O Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, explica os próximos passos para a execução dos sistemas de abastecimento.

“Além da viabilidade técnica para a perfuração de um poço profundo, deverão ser atendidas as localidades rurais distantes das redes convencionais de distribuição de água e que estejam enquadradas como comunidades carentes, pelos critérios de desenvolvimento humano do programa. Após um recenseamento socioeconômico, partimos para a perfuração. Tendo um poço apto para o fornecimento mínimo de água para cada um dos habitantes, partimos para a instalação de bomba, tubulações e reservatório de alta capacidade”, explica Sobral.

Março chuvoso e recarga hídrica de barragens aliviam serviço de irrigação pública

Barragem do Jabiberi – arquivo pessoal
Em Canindé, foram registrados 68,6 mm a mais de chuva que em março do ano anterior, tornando dispensável o uso da irrigação por alguns dias

As chuvas registradas em março tiveram efeito positivo em metade dos perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), e mantiveram estável o nível da água nas demais barragens. Em Lagarto e Tobias Barreto, ficaram completamente cheios os reservatórios que abastecem os perímetros Piauí e Jabiberi; e em Canindé de São Francisco, o levantamento pluviométrico na estação meteorológica do Califórnia mostrou um acumulado do mês 96% superior ao mesmo período do ano passado, registrando 71,40 mm e reduzindo a necessidade de uso da irrigação pelos agricultores.

Durante seis dias do mês, as bombas não precisaram ser ligadas para tocar a irrigação no Perímetro Irrigado Califórnia, localizado no Alto Sertão sergipano, onde o clima semiárido normalmente torna a irrigação indispensável para o plantio. Com isso, a Cohidro calcula uma economia de aproximadamente R$ 40 mil nos custos com energia elétrica no perímetro. “Esse avanço pluviométrico significou uma grande redução da necessidade de irrigação. Parece pouco, mas é muita coisa nesse período, pois no mesmo mês do ano passado, a gente não parou em dia nenhum”, conta a gerente local da Cohidro, Eliane Moraes.

O perímetro de Canindé não possui barragem própria, faz captação na represa da Hidrelétrica de Xingó e segue as orientações da Agência Nacional de Águas [ANA], que desde julho de 2018, não impõe restrição ao uso da água. Já em Lagarto, o perímetro irrigado da Cohidro possui barragem própria no rio Piauí, que é interestadual e sofre a influência das chuvas do Centro-Sul Sergipano e da Bahia. Segundo o diretor-presidente da companhia, Paulo Henrique Machado Sobral, talvez por isso, não tenha havido maiores preocupações com o nível da barragem durante o período de estiagem no Verão.

“Não houve risco de desabastecimento para a irrigação fornecida pela Cohidro ou para a captação da Deso [Companhia de Saneamento de Sergipe]. O Piauí foi um dos perímetros em que não precisamos fazer qualquer racionamento na distribuição de água ou suspensão, para priorizar o abastecimento de água humano, como ocorreu nos perímetros da Ribeira e no Jabiberi (Itabaiana e Tobias Barreto). No Perímetro Irrigado Jacarecica II [entre Malhador, Riachuelo e Areia Branca], também não houve prejuízos para a irrigação ou o fornecimento de água potável”, pontuou Paulo Sobral.

Na barragem do perímetro Jabiberi, a água armazenada não era suficiente para fazer verter desde setembro de 2017, até que no último domingo, 31 de março, ela voltou a ‘sangrar’. Tanto tempo sem recarga hídrica, fez com que a irrigação fornecida aos lotes fosse suspensa ainda em 2018, para priorizar a captação para consumo humano feita pela Deso. Até a distribuição de água nas zonas urbanas ficou comprometida, no início deste ano, levando o Governo do Estado e Prefeitura Municipal a buscar alternativas emergenciais de fornecimento de água para a população.

“Por enquanto não é preciso irrigar, devido à chuva que ainda tem caído na região. Assim que estiar, a gente retoma a normalidade do fornecimento de água no perímetro Jabiberi, em paralelo ao abastecimento de água potável para a cidade, agora regularizado com a barragem totalmente cheia”, afirmou o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano. Ainda segundo ele, as barragens da Ribeira, Jacarecica I e I, que integram a Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, tiveram as reservas hídricas prejudicas pela pouca pluviosidade registrada em 2018. Foram 659,6mm registrados na estação do perímetro da Ribeira, contra a média anual de 1.143 mm.

Para evitar que situações como essa voltem a acontecer, o diretor afirma que o governo do Estado vem fazendo investimentos em ambas as regiões. “Nos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, em setembro de 2018, o Programa Águas de Sergipe começou a trocar todo o sistema para a irrigação localizada – modelo que economiza 60% da água [e 50% da energia elétrica]. Isso vai influenciar, a partir desse ano, na redução do consumo das reservas dessas barragens, deixando de comprometer a irrigação, como aconteceu no início de 2019. O mesmo programa também projeta a automatização das nossas estações de bombeamento, com economia de água e energia; e está reflorestando as matas ciliares da bacia hidrográfica, preservando nascentes e diminuindo o nível de assoreamento nos rios e barragens”, concluiu João Quintiliano.

Termo de Cooperação entre Aquidabã e Governo do Estado é assinado no aniversário da cidade

Alciberto Valença, secretário de Agricultura de Aquidabã, presidente da Cohidro Paulo Sobral, prefeito Dr. Mário e o diretor Administrativo e Financeiro da Cohidro, Diogo Machado (Foto: Fernando Augusto).

No dia 4, em que Aquidabã completou 137 anos de emancipação polícia, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) recebeu o prefeito municipal Dr. Mário Lucena para a assinatura de um Termo de Cooperação com o Governo do Estado, onde a administração municipal se compromete em colaborar prestando auxílio à empresa nos serviços de perfuração e instalação de poços tubulares no município. A intenção é a implantação de cinco sistemas de abastecimento, atendendo uma população de aproximadamente 1.000 pessoas da zona rural.

Paulo Henrique Machado Sobral, diretor-presidente da Cohidro, felicita os aquidabãenses pelo aniversário da cidade, explicando que a empresa se coloca à disposição de atender as demandas do município, agora inseridas ao cronograma que tem a cumprir também com as demais cidades. “Ficamos muito felizes que este termo seja assinado hoje, quando se comemoram os 137 anos de Aquidabã. O Governo de Sergipe tem empenhado esforços para dinamizar o acesso à água em todo estado. Mas será, para nós, imprescindível a colaboração da prefeitura para tocar as obras de perfuração e instalação”.

Dr. Mário informa que em cada uma das cinco localidades a serem atendidas pelos poços residem em torno de 200 habitantes. “Nessa parceria com a Cohidro é que a gente espera contornar essa questão hídrica, que envolve algumas necessidades de Aquidabã. E eu só tenho a agradecer ao Governo do Estado, na pessoa do nosso governador Belivaldo Chagas e do nosso amigo Paulo Sobral, que tem sido extremamente atencioso com as nossas necessidades e também a todos que fazem a Cohidro”, reconhece.

 

 

Presidente Paulo Sobral em entrevista ao Sergipe Rural

Continuidade da perfuração de poços; limpeza e recuperação de barragens; construção de cisternas e dos programas ‘Águas de Sergipe’, para modernizar perímetros, e do ‘Água para Todos’. São as propostas do atual diretor-presidente da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral. Que concedeu entrevista ao programa Sergipe Rural, da TV Aperipê, para falar dos desafios e as metas da empresa sob sua gestão recém-iniciada.

Última atualização: 1 de abril de 2019 14:15.

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