Seidh implantará Feira da Agricultura Familiar em perímetro irrigado de Canindé

Edições semanas ocorrerão na sede da Cohidro, próximo ao centro comercial da cidade, abrindo espaço aos agricultores irrigantes comercializarem a produção rural

Definição da feira ocorreu em reunião na quinta-feira, 22 – foto Andrea Santtos (Cohidro-Califórnia)

A produção gerada na irrigação pública fornecida pelo Governo do Estado, em Canindé de São Francisco, ganha mais um canal de escoamento. A parceria entre a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e a Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e da Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), que organiza as Feiras da Agricultura Familiar (FAF) em todo estado, vai promover edições semanais da feira no município. A primeira está previamente agendada para o próximo dia 7 de março, das 9:30 às 14h, no pátio do Perímetro Irrigado Califórnia, unidade local da empresa pública.

Estes detalhes foram definidos nesta quinta-feira, 22, em reunião entre a gerência do Califórnia, o Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional da Seidh (DSAN) e os representantes dos irrigantes – da Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (Assai) e Cooperativa de Fomento e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal) – interessados em comercializar a produção agrícola na feira. Não será somente a primeira FAF a ocorrer dentro de um perímetro irrigado da Cohidro, mas também é a estreia do projeto em Canindé, há 213 quilômetros de Aracaju, 19º município atendido em Sergipe.

“Serão 27 famílias de agricultores que vão vender na feira, que vão acontecer todas as quartas-feiras. Serão comercializados: frutas, verduras, derivados da mandioca, macaxeira embalada, doces em compotas e também itens de artesanato”, expôs a diretora do DSAN, Lucileide Rodrigues dos Santos, que adverte ser necessário possuir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), para que o agricultor participe da FAF. “O papel da Seidh, através do Departamento, é o de fortalecer a Agricultura Familiar, eliminando a figura do atravessador, fortalecendo mais um canal de escoamento dos produtos. Além da assistência técnica, junto da Cohidro, nós vamos fazer a doação dos equipamentos: as barracas, balanças e as caixas hortifrútis”.

Ainda segundo Lucileide, o Instituto de Cooperação para o Desenvolvimento Rural Sustentável (Icoderus) funciona como um parceiro das FAFs, fornecendo treinamento direcionado aos agricultores participantes, relacionado ao processo de venda direta ao consumidor, sob o aspecto econômico e dentro das normas sanitárias. “Depois desta primeira feira, vamos construir um calendário de capacitação com eles, sobre comercialização, sobre manejo, sobre venda e boas práticas de produção”, completou.

Para a gerente do perímetro Califórnia, Eliane de Moura Moraes, é mais uma vitória conquistada pela Cohidro para os agricultores. “Fomos buscar na Secretaria de Inclusão mais esta alternativa de comercialização que propõe, ao produtor, a diversificação de suas culturas. Abandonando, cada vez mais, a velha prática de produzir um só produto para atender a demanda do atravessador, sem nenhuma chance de impor seu preço e sem prazo para receber. A clientela diversificada dessa feira vai incentivar ele a sair do comum, que geralmente é de só produzir quiabo e goiaba, atendendo agora também aos pedidos por alimentos que serão mais rentáveis para quem produz”, defendeu, agradecendo por toda a estrutura que a Seidh vai dispor aos irrigantes assistidos no polo irrigado.

“Ficamos muito felizes em inaugurar mais um ponto da Feira da Agricultura Familiar em Canindé de São Francisco; mais um canal de escoamento da produção no Alto Sertão. Geração de renda também é inclusão social. A Feira é um programa importantíssimo, que incentiva o homem do campo e proporciona, para a população consumidora, a chance de acessar produtos saudáveis e com a máxima qualidade, devido ao mínimo de manuseio. Sem intermediários, é alimento direto da horta para a mesa. Não tem coisa melhor”, pontuou o secretário de estado Zezinho Sobral, titular da Seidh.

Participação do irrigante
João Quintiliano da Fonseca Neto é diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Companhia. Ele observa não ser a primeira vez que os agricultores assistidos pela empresa comercializam nas feiras organizadas pela pasta estadual. “Em Lagarto, os nossos irrigantes tanto participam da FAF local, como também aqueles que são orgânicos, vêm para Aracaju vender nas feiras especializadas, que são só para venda de produtos agroecológicos, na sede da Seidh e em outras secretarias. Também damos assistência e irrigação para outros feirantes de Itabaiana, Areia Branca, Malhador e Riachuelo, nos perímetros irrigados da Ribeira, Jacarecica I e II, que também estão presentes nessas feiras”, observa.

Presidente da Cohidro, José Carlos Felizola salienta que a irrigação fornecida pelo Governo do Estado, através da Cohidro, qualifica estes produtores a participarem ativamente das FAFs. “É uma oportunidade, para o produtor, que estava faltando em Canindé. Com irrigação contínua no lote, é grande a capacidade do agricultor produzir, durante todo ano, alimentos para fornecer tanto ao atacado, quanto para o varejo e ainda atender aos programas públicos de compra da produção rural (PAA e Pnae). Bastam ter oportunidades como estas, para que ele plante, colha e venha receber o justo, para o sustento de sua família. Mais uma parceria frutífera entre nossa empresa e a inclusão estadual, dois entes públicos com o objetivo em comum de promover o desenvolvimento humano na zona rural de Sergipe”, assinala o administrador da Companhia que recentemente concluiu quatro sistemas de abastecimento de água residencial em comunidades rurais de Lagarto e Simão Dias, via recursos da Seidh.

Levi Alves Ribeiro, presidente da Coofrucal, compareceu com alguns dos colegas cooperados à reunião desta quinta-feira. Para ele, a FAF de Canindé será um sucesso, pois todos saem ganhando, agricultor e consumidor. Já que não existem intermediários, será uma oferta de alimentos a preços atrativos e frescos, vindos direto da lavoura. “É de suma importância fazermos essa feira com produtos diretamente do produtor rural, tendo como objetivo principal melhorar mais a renda familiar. Lembrando que são produtos colhido no dia, com melhor qualidade”, argumentou o irrigante que representa outros 75 filiados à entidade que dirige dentro do perímetro Califórnia.

A Feira da Agricultura Familiar
Voltada para promover geração de renda para o pequeno produtor, e contribuir com a qualidade de vida da população, através do fomento à produção e consumo de alimentos orgânicos no estado, é um projeto desenvolvido pela Seidh e parceiros que, em 2017, ganhou três novos pontos: no Parque da Sementeira, no município de Santa Luzia do Itanhy e no campus da UFS, em São Cristóvão. No mesmo ano, bateu a marca de 900 edições realizadas em todo Estado. Cerca de 500 famílias que vivem do campo são beneficiadas pelo projeto, em todas as regiões de Sergipe. Hoje, com a nova feira em Canindé, a FAF está totalizando 24 destes pontos venda coletiva em 19 municípios.

Ascom/Cohidro com informações da Ascom/Seidh

PAA permite a ‘doação simultânea’ de alimentos das famílias do campo para as da cidade

Dois projetos assessorados e viabilizados pela irrigação da Cohidro estão fornecendo alimentos a populações carentes de Lagarto e Simão Dias, e ao mesmo tempo gerando renda ao agricultor familiar fornecedor.

Entrega de alimentos ao Asilo São Francisco de Assis – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Está sendo possível de agricultores familiares produzirem alimentos de primeira qualidade, que são diretamente doados a famílias em situação de insegurança alimentar. Se dá pela ação conjunta entre órgãos públicos dos três níveis de governo, a partir do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é gerido e custeado pela Conab, em sua modalidade ‘Doação Simultânea’. Centros de referência de assistência social municipais (Cras), fazem o repasse dessa produção a entidades beneficentes e diretamente a população carente. O Estado, por sua vez, fortalece os meios de produção, com a irrigação, assistência técnica e assessoramento documental.

Foi assim nesta quarta-feira (7), quando os agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), fizeram a primeira entrega ao PAA no ano. As associações Movimento Associativista do Brejo e de Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip), juntas coletaram 10 toneladas de alimentos dos seus associados, repassados aos Cras dos municípios de Lagarto, há 75km da capital e onde é feita a produção agrícola, e do vizinho Simão Dias, distante 100km de Aracaju.

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola justifica o porquê da empresa dedicar parte do seu pessoal de assistência, aos projetos do PAA. “A Conab, que é uma grande parceira de nossos agricultores, tem uma tabela de preços pagos aos produtos justa, superior àquilo que os agricultores recebem dos negociantes locais. Isso gera melhor renda e incentiva o esmero do agricultor, para oferecer um produto de excelente qualidade, sem riscos de ser recusado pelas entidades receptoras e isso interferir na sua permanência do projeto. Mas o melhor de tudo é que nas duas pontas deste caminho, ambos ganham. O alimento vai parar na mesa de quem precisa muito. Um outro incentivo para superar dificuldades, seja nas entidades socioassistenciais, seja por parte das famílias diretamente assistidas”, considera.

Antônio Cirilo Amorim, presidente da Appip, reforça a importância de fornecer produtos de primeira linha ao PAA. Nessa primeira coleta, foram 4.503 quilos, quantidade que ele garante que vai aumentar nas próximas entregas, quando os agricultores estarão mais engajados. “Eu falei para os produtores: mande pouco, mas mande produto de qualidade. Pois esse alimento é doado para pessoas diferenciadas, pessoas carentes que merecem ser bem atendidas pelo programa. Até porque o preço está, nesse projeto, muito bom”, argumenta o irrigante que contribuiu fornecendo a batata-doce que plantou, mas outros associados entregaram quiabo, cebolinha, macaxeira, alface, couve, coentro e acerola.

Da associação do Povoado Brejo, o presidente Gedeão José de Santana, diz que as entregas renderam aproximadamente 6 toneladas de alimentos, que incluíram batata-doce, acerola, pepino, laranja, jaca, quiabo, couve, coentro, alface, cebolinha e macaxeira, entregues ao Cras de Lagarto, que tem cadastradas 1.700 pessoas para receber as doações. “É um programa muito bom, um programa que vem assegurar o homem no campo. Ele planta com garantia de preço, porque independente do mercado, a gente tem uma garantia de preço do início ao fim do programa. Não são grandes produtores, mas a quantidade que ele produz, ele já está com o preço garantido, porque ele já pode plantar sabendo o preço que vai vender. O programa é muito bom, porque ele tem garantia de venda”, acrescentou.

Apoio da Cohidro
A Appip formulou projeto onde participam 18 produtores-fornecedores, já no Brejo, são 16. Juntos, estes 34 produtores receberão R$ 250.000 para produzir 68 toneladas de alimentos beneficiando, nas doações, 3.800 pessoas carentes. Segundo Sandro Luiz Prata, gerente de Agronegócios da Cohidro, a primeira associação está executando o PAA com o seu sétimo projeto, a segunda, no terceiro. “Já estamos trabalhando com novas propostas para estes produtores e também em Canindé de São Francisco, com irrigantes do Perímetro Califórnia. Buscando as informações na Conab, de como o programa vai proceder em 2018 e auxiliar as associações na organização dos projetos. É importante reafirmar que quem propõe e assume o compromisso são os agricultores e a gente auxilia orientando no que eles precisam saber para acessar a documentação e formular os projetos, que eles encaminham a Conab”.

Desde 2008, quando os agricultores decidiram aderir ao PAA, já foram 3.232.280 quilos de alimentos produzidos nos perímetros da Cohidro só para a ‘doação simultânea’. Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, explica que “o principal fator que favorece esses agricultores assistidos pela empresa atuarem continuamente, tendo projetos aprovados, é a irrigação. Sem a irrigação oferecida pelo Governo do Estado, eles não teriam como garantir a produção a qualquer tempo e por longos períodos de entrega.” comenta. Segundo ele, a queda de recursos destinados para a ‘doação simultânea’ em Sergipe, tem diminuído o tamanho e duração das propostas aceitas pela CONAB.

Ana Maria de Almeida é uma das agricultoras que participa do projeto da Appip, colheu o quiabo dos 0,33 hectares que tem plantando, mas já prepara área para ampliar o tamanho do cultivo. Além desse produto, também forneceu, na quarta-feira, cebolinha, coentro, alface e couve.  Ela não tem dúvida do motivo de ter aderido ao programa. “Porque é um projeto bom né? Ajuda sempre no financeiro da gente. Graças a Deus é um projeto que caiu do céu. A gente só tem que agradecer a Deus, porque deu tudo certo na vida da gente. Foi mandado de Deus e hoje nós temos algo para fazer e complementa a vida da gente”, avaliou.

Com a política de favorecimento e apoio às agrofamílias e tendo como base o conceito de que o pilar e sustentação de toda casa é a mulher, mãe, avó ou esposa; as novas determinações do conselho deliberativo do PAA, para 2017, foram de dar preferência aos projetos com o maior número de mulheres na hora de ranquear quais das propostas devem ser aceitas na concorrência pelo orçamento, que no ano passado foi bastante reduzido. Dona Ana Maria e muitas outras foram beneficiadas por esta norma, já que para ela não resta dúvida de que a participação no PAA protege as agricultoras da especulação do comércio em atacado de alimentos. “Compensa, a gente se dá muito melhor trabalhando do jeito que ‘nós tá’, do que do lado de fora. A gente só tem a agradecer a Deus e a vocês todos”, referencia a produtora irrigante diretamente assistida pela Cohidro.

Simão Dias
Ainda na quarta-feira, depois da coleta realizada pela Appip no perímetro Piauí, os alimentos foram recebidos pelo Cras de Simão Dias para serem distribuídos, no mesmo dia, em quatro instituições municipais diferentes. O primeiro a beneficiado, com alimentos para o preparo de refeições, o Asilo São Francisco de Assis, mantido pela Secretaria Municipal Inclusão Social, segundo o secretário da pasta, Flávio Matos de Souza, ali os produtos alimentarão os 20 idosos internados e os 20 funcionários que se revezam nos cuidados.

Da mesma forma ocorreu no abrigo para menores, também gerido pela Inclusão do município e onde os alimentos doados pelos agricultores irrigantes de Lagarto, vão alimentar as 15 crianças lá internas hoje. Assim também foi na Unidade de Pronto Atendimento (Upa), da Saúde municipal, onde os produtos de primeira qualidade servidão para o preparo das dietas especiais recomendadas aos pacientes. “É uma grande importância para o asilo, para o Cras, para a UPA. A demanda de insegurança alimentar no município é alta, por isso a importância dessa parceria com a Cohidro e a Conab”, defendeu Flávio Matos, informando que hoje o Cras 2 tem cerca de 1.500 famílias carentes inscritas e no Cras 1, aproximadamente 2.000.

No Cras 1, no início da noite foram convocados os membros da Cooperativa de Catadores de Material Reciclável de Simão Dias  (Coocamar), para receberem kits de alimentos montados pela equipe da Inclusão municipal, com todos os itens coletados pela Appip em Lagarto. Segundo o secretário Flávio, o centro de referência presta auxílio diferenciado a estas famílias, para que abandonem a arriscada prática de coleta em lixões, a partir da profissionalização no ofício de coleta seletiva, nas ruas e instituições. Como ocorreu com o PAA, eles são incluídos em todo convênio ou parceria que a pasta Social disponibilizar para a comunidade, mas, além disso, os 38 recicladores recebem projetos específicos à classe, como cursos, capacitações e campanhas de conscientização da sociedade.

Além do secretário de Inclusão Social e os gestores dos Cras, também participaram das entregas o prefeito Marival Santana, os secretários de Saúde, Lenivaldo Nunes e Agricultura, José Caetano. No dia posterior, quinta-feira (8), toda estrutura de distribuição se refez, para então repassar os kits de alimentos para outras 90 famílias cadastradas nos dois centros de referência municipais.

 

Primeira entrega de alimentos pelo PAA em 2018

Em 7 de fevereiro, quando os agricultores irrigantes do Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), fizeram a primeira entrega ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no ano. As associações Movimento Associativista do Brejo e de Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip), juntas coletaram 10 toneladas de alimentos dos seus associados, repassados aos centros de referência de assistência social municipais (Cras) dos municípios de Lagarto, há 75km da capital e onde é feita a produção agrícola, e do vizinho Simão Dias, distante 100km de Aracaju.

Está sendo possível de agricultores familiares produzirem alimentos de primeira qualidade, que são diretamente doados a famílias em situação de insegurança alimentar. Se dá pela ação conjunta entre órgãos públicos dos três níveis de governo, a partir do PAA, que é gerido e custeado pela Conab, em sua modalidade ‘Doação Simultânea’. Os Cras, fazem o repasse dessa produção a entidades beneficentes e diretamente a população carente. O Estado, por sua vez, fortalece os meios de produção, com a irrigação, assistência técnica e assessoramento documental.

 

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Produtores irrigantes de Lagarto iniciam entregas ao PAA em janeiro

Foto do gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida

Reunião hoje, no Perímetro Irrigado Piauí em Lagarto, com agricultores irrigantes, técnicos da Cohidro e Conab. Serviu para dar os últimos esclarecimentos quanto aos projetos de Compra da Produção Rural /Doação Simultânea aprovados pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ainda em 2017 e autorizados à fazer a primeira entrega já em janeiro. Ao mesmo tempo, estes produtores tiram as últimas dúvidas para as próximas propostas, que neste ano contarão com um orçamento federal maior para Sergipe.

São 34 os proponentes, pertencentes às associações Movimento Associativista do Brejo e de Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (Appip), que vão receber juntos R$ 250.000, para entregarem mais de 68 toneladas de alimentos, beneficiando, a partir da doação simultânea, 3.800 pessoas em situação de insegurança alimentar, que recebem porções de alimentos in natura, distribuídos pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

Abobrinha, acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, milho verde, pimentão, quiabo e macaxeira, serão entregues pelos 18 agricultores da Appip que receberão, em média, R$ 6.944,44 cada, para suplantar 37.647 quilos em Alimentos para doação. Esta é a sétima vez que a entidade fornece alimentos ao PAA.

No Brejo, participam 16 produtores que vão gerar 30.975 quilos de acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, pimentão, quiabo e macaxeira. Será uma média de R$ 7.812,50 por produtor, da entidade que participa do PAA pela terceira vez.

A Cohidro contribui com estes agricultores que, sendo atendidos pela irrigação pública fornecida pela empresa, recebem a assistência na formalização dos projetos propostos à Conab e os auxiliam na organização e contabilização das entregas. Por contarem com esta irrigação contínua, fornecida pelo Governo do Estado, tais produtores têm a vantagem competitiva de poderem aderir e entregar alimentos ao PAA há qualquer tempo do ano. Desde 2008, já foram 3.221.777 quilos de alimentos doados via a ‘doação simultânea’.

R$ 625mil do PAA foram contratados nos perímetros da Cohidro em 2017

Os alimentos, depois de entregues pelos produtores, são contabilizados e transportados até às entidades
Foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Parte da produção agrícola gerada pela irrigação pública, fornecida pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em 2017, teve a comercialização garantida via Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que é gerido e financiado pela Conab. Por intermédio dos técnicos da empresa estadual, na formulação das propostas de ‘doação simultânea’ e coberta pela irrigação pública que ela fornece, foram negociadas 184 toneladas de alimentos, entregues a 5.800 pessoas em situação de insegurança alimentar, atendidas pelo Centro de Referência de assistência Social (Cras) de Canindé de São Francisco e os pacientes do Hospital Maternidade São José, no município de Itabaiana.

No total do ano, 59 desses produtores-fornecedores ao PAA, foram remunerados em R$ 472.000. Até hoje e só para agricultores irrigantes atendidos pela Cohidro, o PAA já pagou R$ 6.747.010,18 a 1.442 produtores. Isso equivale a 3.221.777 quilos de alimentos doados – in natura ou em forma de refeições preparadas – para 130.453 pessoas carentes. Vem desde 2008 esta participação dos perímetros irrigados da Cohidro no programa da Conab, de onde 35 projetos-propostas já obtiveram aprovação, 31 com as entregas e respectivos pagamentos concluídos.

Ainda em 2017, 64 agricultores irrigantes nos perímetros irrigados iniciaram a produção de alimentos para atender outros quatro projetos aprovados pela Conab. No primeiro trimestre do ano subsequente vão entregar mais 131 toneladas de alimentos a 7.200 pessoas carentes. Para tanto, os produtores serão remunerados em R$ 500.000.

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola acredita que o programa tem muita viabilidade nas áreas irrigadas assistidas pela empresa. “O PAA é um benefício de mão dupla. Beneficia o produtor, que tem venda e preço justo garantido até o final do contrato com a Conab. Por outro lado, há muitas famílias carentes cadastradas pelos Cras que podem receber esta ajuda nutricional. Sem falar dos hospitais, creches e asilos em todo estado, habilitados a receber estas doações. Nossos técnicos e gerentes de perímetros estão capacitados e dispostos a dar toda ajuda na formulação dos projetos e na assessoria na hora das entregas. Havendo recursos federais, podemos ampliar muito o quantitativo de alimentos, produzidos pela irrigação, para a doação. Com a vantagem que nossos agricultores têm, de poder fornecer durante todo ano”, defende.

Segundo Sandro Luiz Prata, gerente de Agronegócios da Cohidro, 2017 só não foi melhor, devido às mudanças na metodologia de aprovação dos projetos ao PAA e a diminuição de recursos para este projeto cunho social. “Embora nosso histórico mostre que temos capacidade de produzir muito alimento para entregar à ‘doação simultânea’, em 2017, Sergipe ficou só com 1,98%, dos R$ 38,5 milhões destinados ao programa em todo país. Foram R$ 762.300 para todo estado, incluído projetos de fora dos perímetros. Tínhamos quatro projetos para apresentar e três deles, no início da vigência das novas regras, não foram aprovados. Somente a proposta da Associação dos Produtores Rurais da Lagoa do Forno, do perímetro da Ribeira, obteve a aprovação, pois era de R$ 125 mil, pontuando no critério de valor do projeto”.

Na última hora

O gerente comenta que a dificuldade enfrentada pelas novas regras empregadas foi ainda pior que a redução dos recursos do PAA para Sergipe. Tanto é que outros projetos, além dos auxiliados pela Cohidro, fracassaram na aprovação. “Sabendo disso, auxiliamos nossos produtores, às pressas, proporem outros quatro projetos, que foram aprovados. São outros R$ 500 mil que entrarão na conta dos 64 agricultores proponentes, a partir de janeiro de 2018, quando começam a fazer entregas à doação”, anunciou Sandro Prata.

O diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, explica que estes projetos de 2017, que serão pagos em 2018, devem ser concluídos no primeiro trimestre, para serem trabalhadas outras propostas. “Já no início do ano, os nossos produtores irrigantes vão fazer novas propostas para disputarem o orçamento de 2018, que esperamos ser maior. Sandro, juntamente com os gerentes dos perímetros, há meses já vêm mobilizando os agricultores à regularização de suas documentações, para estarem aptos à fazerem novas propostas. Para eles é vantagem, produzirem o alimento com a certeza de que terão mercado e preço acima do praticado pelos atravessadores”, pontuou.

A proposta

Quem propõe o fornecimento de alimentos são os agricultores, a partir da pessoa jurídica de uma associação ou cooperativa. Todos devem ter Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), ou seja, classificados como agricultores familiares. O valor a ser recebido em parcelas – depositada após cada uma das entregas – é diretamente proporcional à quantidade de alimentos a serem doados para um determinado número de beneficiados. O que estabelece a quantidade e variedade de alimentos a serem doados, atendendo cada um dos indivíduos assistidos, é determinado por uma dieta nutricional básica, que deve ser atendida durante a vigência do contrato.

A nova metodologia do PAA, que tanto dificultou à aprovação das propostas em 2017, funciona a partir de um ranque de pontos, dados para cada um dos critérios julgados, que podem obter uma nota entre 04 e 10. Os projetos melhor pontuados são aprovados, em decorrência dos que tiveram menos. Assim, recebem mais pontos os que tiverem o maior número de agricultores proponentes mulheres, os com mais assentados da reforma agrária ou pertencentes a comunidades tradicionais. Propostas em municípios de muito alta a média vulnerabilidade, segundo o mapa do Cadúnico, tem também uma pontuação gradual. Por fim, grupos de produtores que propuserem entregar 100% dos alimentos de origem orgânica, têm outros 10 pontos.

Já os critérios de valor e número de unidades receptoras do projeto, a proporção é inversa, ou seja, quanto maior o valor e a quantidade de entidades, menor ou nula será a pontuação. A partir da soma de cada um desses pontos obtidos, é que será feito o ranqueamento das propostas, aprovadas respeitando o teto de recursos para cada uma das unidades federativas.

Reunião no Califórnia define projetos do PAA para 2018

Foto Andrea Santos

Na terça-feira, 12, ocorreu uma Reunião do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no Perímetro Irrigado Califórnia, entre Cohidro, Centro de Referência de Assistência Social de Canindé (Cras) e associação de produtores Assai, para desenvolver as propostas de ‘doação simultânea’ à Conab, que serão apresentadas para vigorar em 2018. Na sede do Perímetro, os gerentes da Cohidro, Sandro Luiz Prata (Agronegócios) e Eliane de Moura Morais (Perímetro Califórnia), juntos dos técnicos agrícolas do perímetro irrigado, receberam os representantes do Cras e os agricultores irrigantes que compõem a Assai.

Atualmente esta associação tem um contrato vigente com o PAA da Conab, onde 24 produtores tem que entregam um total de 103 toneladas de alimentos para serem doados para 2.300 pessoas carentes, quinzenalmente. Para tanto, serão remunerados pela União, até o final do ano e do projeto, em R$ 192.000. Esse encontro de hoje serviu para que as duas partes, produtores (proponentes) e Cras (entidade receptora), representando à população em situação de insegurança alimentar no município, definam o novo projeto à ser proposto à Conab e vigorar a partir de janeiro.

Segundo Sandro Prata, o debate tem que ser incessante e outras reuniões devem acontecer, já o Governo Federal tanto cortou recursos para o financiamento do PAA, quanto impôs novas regras para ‘ranquear’ as propostas, afim de selecionar as que melhor se adequam nos novos critérios. São favorecidos os projetos como o menor valor e um menor número de agricultores fornecedores. Em contrapartida, projetos com um percentual maior de fornecedoras mulheres, assentados de reforma agrária e de produtores orgânicos, são também melhor pontuados.

Foto Andrea Santos
Foto Andrea Santos

 

 

 

 

 

 

 

 

PAA nos perímetros irrigados estaduais já beneficiou mais de 273 mil pessoas

Doação de alimentos in natura então são distribuídas para as famílias cadastradas pelo Cras – (Povoado Curituba – Canindé) Foto Fernando Augusto (Ascom/Cohidro)

Desde 2008, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) incentiva e orienta os produtores irrigantes, assistidos nos perímetros irrigados do Governo do Estado, a participarem do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Conab, na modalidade ‘Doação Simultânea’. O resultado disso é que até agora foram 2.860 famílias de agricultores participando de projetos que geraram 7.230.627 quilos de alimentos doados in natura ou que serviram para o preparo de refeições, atendendo 259.552 pessoas em situação de insegurança alimentar. Cada projeto tem vigência de um ano de entregas periódicas e no total foram R$ 6.499.737,69 pagos a estes produtores.

Neste ano, quatro grupos de produtores de Lagarto, Itabaiana e Canindé de São Francisco, que ao todo somariam 207 agro-famílias, estavam mobilizados pela Cohidro e suas associações para apresentar propostas ao PAA, onde se comprometeriam em produzir mais 492.983 quilos de alimentos, que a partir das doações iriam chegar há 18.400 beneficiados e geraram a renda, a estes agricultores, de um total de R$ 1.567.000. Mas os cortes do Governo Federal sobre os programas sociais determinaram que em 2017 só fossem gastos com este Programa R$ 38.500.000 em todo Brasil e que Sergipe teria 1,98% deste montante, ou seja, R$ 762.300. Além disso, a Conab implantou nova metodologia de ‘ranqueamento’, em que projetos de valores e número de participantes menores, teriam mais chance de serem aceitos.

Assim, em um total redimensionamento das propostas à serem apresentadas, levando em conta tanto o teto aplicado ao Estado quando ao valor de cada proposta, todos projetos foram refeitos, conforme explica o gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata. “Tivemos que diminuir todos fatores do que as associações e agricultores iria apresentar. Agora são três propostas onde 50 beneficiários fornecedores serão remunerados por um montante de R$ 375.000, para produzir quase 100 toneladas de alimentos à serem doados 5.700 pessoas carentes”, listou. Sobre o fato do valor ser praticamente 50% o teto de recursos para Sergipe, o técnico explica. “A Conab recebe propostas de outras associações além das que atendemos nos perímetros. Não havendo procura de outras associações, no futuro podemos replanejar as propostas dos nossos irrigantes”.

Para o diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, o PAA estava passando por um momento ímpar e se não houvessem os cortes no orçamento, este ano seria quando os produtores teriam melhor retorno financeiro. “A tabela da Conab para a compra dos produtos a serem doados nunca esteve tão a favor do agricultor. Por exemplo, pelo quilo da batata-doce e da macaxeira, que são a base da dieta sugerida nas refeições preparadas, está sendo pago R$ 2 e R$ 1,75, respectivamente. Infelizmente as doações serão menores e menos pessoas vão poder participar, mas o que for entregue, será bem pago. Isso representa no campo, maior poder de barganha ao produtor, que deixa de ficar totalmente dependente do preço dos atravessadores, com mais esta opção de escoamento de produção de forma mais justa”, avalia.

Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, reforça esta opinião de que o PAA favorece a renda do agricultor, mas considera importante que os recursos do Governo do Estado, para gerar produção agrícola via irrigação e assistência técnica, sirvam para doar alimentos para pessoas necessitadas. “É gratificante para nós, é bom para o Sergipe, que o dinheiro investido para manter nossa Empresa colabore, somado aos recursos da Conab, para o combate à fome no Estado. Em 9 anos, foram quase 260 mil pessoas assistidas só com as doações que saem de nossos perímetros. Por isso e também, para melhor remunerar os produtores que assistimos, damos total apoio à mobilização dos projetos nos perímetros”, afirma.

No PAA, a Cohidro orienta a confecção dos projetos propostos pelos agricultores que assiste nos seus perímetros irrigados e depois auxilia no processo de produção (via irrigação), colheita, controle de qualidade e conferência desses alimentos ao serem doados. Mas quem aceita as propostas e remunera os agricultores é a Conab. Como regra, a Companhia Federal tem nos conselhos de segurança alimentar-nutricional municipais e nos centros de referência de assistência social (Cras) das prefeituras, os órgãos de conferência da quantidade e da qualidade dos alimentos doados, para então fazer o pagamento diretamente ao grupo de agricultores que propôs o projeto, a cada vez que houver uma entrega.

Lagarto
Instalada no município e há 69km de Aracaju, a Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), sob o novo teto e metodologia, propôs estregar à ‘Doação Simultânea’ 37.647 quilos de Alimentos. 18 agricultores irrigantes associados à APPIP, por um ano produzirão abobrinha, acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, milho verde, pimentão, quiabo e macaxeira, para entregar, a cada 15 dias, as doações que vão chegar a 1.900 pessoas carentes. Para tal, até o fim do projeto serão pagos R$ 125.000 ao grupo associado, em média R$ 6.944,44 por agricultor, distribuídos em parcelas menores, pagas após a conferência de cada entrega do produtor. A proposta sendo aceita pela Conab, será a sétima vez que a entidade fornece alimentos ao PAA.

Também do Perímetro Piauí, o Movimento Associativista do Brejo participa com proposta em que 16 produtores vão gerar 30.975 quilos de acerola, alface, batata-doce, cebolinha, coentro, couve, maracujá, pimentão, quiabo e macaxeira. Da mesma forma, outras 1.900 pessoas em situação de insegurança alimentar serão atendidas com as doações e os agricultores, remunerados, no total, também em R$ 125.000, uma média de R$ 7.812,50 por produtor. Esta será a terceira vez que a entidade representativa participa do PAA, se o projeto for aceito.

Itabaiana
Sendo composta por produtores irrigantes do Perímetro Irrigado da Ribeira, há 50km da capital, a Associação dos Produtores Rurais da Comunidade Lagoa do Forno já participou de outros três projetos com sucesso. Nessa nova proposta, 16 agricultores produzirão 30.270 quilos de alface, batata-doce, cebolinha, cenoura, coentro, couve, inhame, pepino, pimentão verde, quiabo, macaxeira, salsa, tomate e vagem. R$ 125.000 (R$ 7.812,50 por produtor) serão pagos para que sejam gerados os alimentos que servirão de doação para 1.900 pessoas.

Irrigantes de Lagarto investem no mamão havaí

Intervalo entre linhas de mamoeiros ainda permite o plantio de outras culturas de ciclos curtos e pequeno porte, como a batata-doce - Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)
Intervalo entre linhas de mamoeiros ainda permite o plantio de outras culturas de ciclos curtos e pequeno porte, como a batata-doce – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Para dinamizar as culturas exploradas em seus lotes irrigados e incentivados pela demanda criada por novos pontos de comercialização para frutas frescas, como o novo Mercado Municipal de Lagarto, agricultores inseridos no Perímetro Irrigado Piauí investem no plantio do mamão havaí. A variedade precoce começa a produzir em menos de um ano de plantio e pode chegar há dois de colheita contínua. Para tanto, eles recebem o incentivo do governo do Estado, ao serem assistidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), no fornecimento de irrigação e assistência técnica agrícola.

Edilma Leal Fontes cuida da plantação de 0,5 hectare (ha) de mamão havaí em seu lote. Nele, ela conta que tem a ajuda da nora que faz a colheita, já que a iniciativa e investimento no plantio foi feito pelo filho, Adjan Leal Fontes. “As mudas foram plantadas em maio do ano passado e começamos a colher, agora (início de junho). Estamos entregando ao comprador à R$ 35 a caixa (30 quilos) do mamão. Foi meu filho que tinha vontade de plantar, eu só ajudo, pois ele trabalha fora”, explicou a agricultora de Lagarto, há 75 km de Aracaju.

A plantação no lote de Adilma é feita usando a microaspersão, que o filho dela tem intenção de melhorar, quando investir futuramente na fertirrigação. “Nesse sistema de irrigação, todo adubo, os nutrientes que a planta precisa, chega diluído na água, aumentando o nível de absorção e eliminando o desperdício da adubação de lance”, argumentou o técnico agrícola Willian Domingos da Cohidro, que assiste o setor do Perímetro Piauí onde está o lote.

A produtora, porém, relata que a maior dificuldade enfrentada no plantio, até a gora, é na classificação do produto, já que os compradores só aceitam aquela peça de mamão havaí de formação uniforme e simétrica, sem deformações e no tamanho padrão de mercado. “Você abre e o mamão é o mesmo. Só é diferente por fora mesmo, mas não querem levar. Do outro tipo de mamão, o redondo, eles pagam só R$ 20 a caixa, nesse, nem isso”, lamenta Edilma.

Willian explica que o manejo indicado aos produtores é de colocar, em cada cova, duas mudas de variedades diferentes, para não haver perda e que por isso pode haver diferenciação no formato dos frutos. “A intenção é de sempre priorizar o mamão havaí, só deixar o do tipo ‘redondo’ se não desenvolver a muda principal”, explica. O técnico ainda conta que o manejo indicado para a plantação de mamão é sempre usar a Calda Bordalesa para cicatrizar os pontos onde há ‘ferimentos’ no caule, seja no desbaste das primeiras folhas ou depois que arrancados os frutos. “Assim evita a proliferação de fungos, que podem até matar a planta”, completa.

Programas de aquisição de alimentos
Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, uma forma de diminuir as perdas por conta do rigor da classificação de mercado aplicado às frutas, é fazer parte de projetos governamentais de compra da produção. Nesse aspecto, a Companhia é parceira dos produtores irrigantes dos perímetros estaduais, fornecendo irrigação e a assistência técnica necessária para quem vai precisar produzir o ano inteiro, mas também auxilia as entidades – associações e cooperativas de produtores – na regularização da documentação necessária e formulação de projetos, principalmente na proposta à ‘Doação Simultânea’ que é feita à Conab.

“No PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) da Conab, via ‘Doação Simultânea’ às entidades de assistência a grupos vulneráveis, e no Pnae (Programa Nacional Alimentação Escolar), gerido pelas prefeituras; o produto atende a uma classificação feita a partir de seu valor nutricional, em dietas estipuladas por nutricionistas. Como vai servir geralmente para o preparo direto de refeições não é, por obrigação, avaliado por padrões meramente estéticos e ainda mais de tamanho, já que tudo é comercializado a partir do seu peso. Claro, seja na feira ou nessas entregas, o produto sempre vai ter que atender às exigências sanitárias, tem que estar em estado de conservação apropriado ao consumo humano”, exemplifica João Fonseca.

Diversificação
Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola considera válido que os agricultores diversifiquem suas produções, avaliando tanto o surgimento de novos pontos de venda quanto à alternância na atividade rural para competir melhor no mercado. Para ele, ainda existe a importância de alternar o status de Sergipe de consumidor para produtor da fruta, deixando de contribuir só com 0,63% da produção nacional, mesmo o Brasil sendo o segundo maior produtor mundial de mamão.

“Não tem como todo mundo produzir a mesma coisa sempre, simplesmente por ser menos complicado ou uma tradição herdada de família. Assim chega a um ponto de ter que baixar o preço de venda para competir com tanto produto igual no mercado. O Governo do Estado, por um lado dá incentivo na irrigação, na assistência, mas contribui criando pontos de comercialização. Foi assim com o novo Mercado Municipal de Lagarto e em breve teremos duas novas ‘Ceasas’: em Itabaiana, obra do Proinveste, e em Canindé de São Francisco, construída em área da Cohidro. Então, vai aumentar a demanda por mamão e demais gêneros que hoje boa parte vêm de fora. Mais um motivo para investir nesse tipo de produção e gerar renda aqui dentro”, acredita Felizola.

Ampliando o plantio
Josenaldo Da Silva Leal também tem 0,5 ha plantados da variedade havaí no Perímetro Piauí, aonde já começou a colher há 6 meses. Incentivado pelos resultados obtidos, já iniciou nova área. “Acabei de fazer uma colheita desse lote que plantei há 12 meses e tem mais duas plantadas: uma parte iniciada faz 2 meses e a outra há 15 dias, totalizando mais 1 tarefa (0,33 ha) plantada de mamão. Ouvi dizer que era bom e decidi experimentar. Gostei e vou continuar plantando”, comemora o produtor que consegue vender sua produção por até R$ 40 a caixa, utilizando a fertirrigação por microaspersão.

Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima informa que gradativamente a produção de mamão só tem aumentado e que os técnicos da Cohidro incentivam a adoção da cultura. “Hoje temos seis produtores irrigantes no Perímetro que aderiram a produção da fruta. Juntando cada uma destas plantações, totalizamos 2 ha plantados com mamão. A tendência é aumentar, conforme for o sucesso de cada produtor que já plantou”, analisa.

Produtores do perímetro irrigado de Lagarto registram melhorias após investimento do Governo do Estado

Sete meses após o governador Jackson Barreto entregar oito novas motobombas e a recuperação do maquinário e tubulações da EB-02, o perímetro Piauí obteve avanços na irrigação – Fotos André Moreira (ASN).jpg

Sete meses após o governador Jackson Barreto entregar oito novas motobombas e a recuperação do maquinário e tubulações da Estação de Bombeamento (EB) 02, o perímetro Piauí, em Lagarto, segundo produtores, obteve melhorias na irrigação. Além de novos equipamentos, o perímetro passará por reformas e recebe, ao todo, R$ 916 mil em recursos do Proinveste. O polo agrícola foi responsável, apenas em 2016, pela produção de 7.604 toneladas de alimentos, dentre eles a batata-doce, mandioca, quiabo, tomate e maracujá. Com esse quantitativo, os produtores conseguiram gerar o montante de R$ 12,9 milhões.

“Recebemos bombas novas no perímetro, que ajudaram 100% na irrigação, e está funcionando tudo direitinho. Aqui no meu terreno planto alimentos como batata, macaxeira, hortaliças, milho, e o Piauí é muito importante para mim, pois é quem sustenta a todos nós. Sem água no verão não podemos plantar nada, e através do perímetro várias famílias conseguem sobreviver. Tiro meu sustento todo daqui, pois não há outra fonte de renda. De modo que a ajuda do governo é essencial para nós”. Esse é o depoimento do agricultor Genivaldo de Jesus, proprietário de um dos 421 lotes do perímetro irrigado de Lagarto.

Genivaldo, assim como os demais agricultores, recebe em seu terreno água para a agricultura, além de assistência técnica rural. Ele é um dos beneficiados do projeto de irrigação pública do Governo do Estado, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Segundo o gerente do Piauí, Gildo Almeida, o perímetro desenvolve 28 culturas e promove o incentivo à agricultura orgânica.

O gestor do Piauí conta que as intervenções do governo no perímetro foram fundamentais para a melhoria do trabalho rural. “Ao todo são 14 bombas em Lagarto e, destas, oito são novas. Elas substituíram equipamentos que estavam em funcionamento há mais de 30 anos e estavam ruins. O objetivo do novo maquinário foi melhorar a pressão de água para o campo e facilitar mais o sistema de irrigação. E a situação melhorou muito aqui. Antes não havia pressão para bombear água para o produtor e agora a situação melhorou para todos os produtores. Essa é uma forma de valorizar o perímetro. O governo está investindo em bombas novas, o que é uma grande ajuda para todos nós, e não esqueceu do perímetro, estando sempre presente. E a tendência é melhorar mais o Piauí”, destacou Gildo Almeida.

À época da entrega dos novos equipamentos, o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, explicou que as recém-entregues motobombas são mais potentes e possuem selo de eficiência em consumo de energia, de modo a consumir menos energia e necessitarem ficar menos tempo ligadas para bombear a quantidade de água necessária à irrigação.

Em operação desde 1987, o Perímetro Piauí nunca contou com um investimento desse porte, para melhorar o seu potencial hídrico. De acordo com o diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, o investimento em novas bombas somado à recuperação, graças às chuvas, do nível da água da barragem Dionísio Machado que abastece o perímetro de Lagarto, devem proporcionar boas consequências.

“Essas novidades têm tudo para gerar uma produção recorde de alimentos, suplantando a deficiência provocada pela seca que nos abateu do ano passado para cá. Logo estaremos dando continuidade na recuperação do perímetro Piauí. Depois de melhorar a EB-02, vamos reformar a EB-01 e prédios administrativos, demandas que estão em processo licitatório e serão custeadas pelos recursos do Proinveste. Vale frisar que além da reforma de todo prédio, tubulações e maquinário hidráulico, na EB-02 foram instaladas oito novas motobombas, mais potentes e econômicas no consumo de energia elétrica”, ressaltou Felizola.

Para o presidente da Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP), Antônio Amorim, as bombas novas facilitaram muito. “Foi uma benção. Antes a situação estava precária. Estávamos perdendo quase todo o plantio. Depois das bombas, a situação melhorou 99%. Estávamos racionando a água porque a barragem estava em situação difícil, mas com a chuva a situação melhorou. Acredito que o governo está preocupado com a agricultura familiar, afinal sem ela o que seria do comércio e de quem mora na zona urbana? Sem a agricultura nada funciona. Acreditei na entrega das bombas, o governo prometeu e cumpriu. Ficamos ansiosos pela entrega, mas graças a Deus chegou e veio na hora certa”.

João Pacheco é um dos que acredita no perímetro irrigado. Ele, entre outros trabalhadores locais, é adepto da agricultura orgânica e não faz uso de nenhum tipo de agrotóxico em suas plantações. Ele conta que, apesar do aparecimento de pragas e doenças, segue sem utilizar venenos. Sobre o perímetro Piauí, João é enfático: “é fundamental e a nossa salvação. Se não fosse isso, estaríamos levando a mesma vida de sempre: plantando fumo e mandioca”.

O Piauí destina a produção para feiras livres e mantém parceria com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que compra a produção para que seja repassada para instituições beneficentes doarem a pessoas em situação de insegurança alimentar ou no preparo de refeições. A Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado Piauí (APPIP) entregou no ano passado 296 toneladas de sua produção agrícola, gerada pela irrigação pública do Governo do Estado, beneficiando 5.740 pessoas. Foram 69 fornecedores, que geraram R$ 551.450 pelo conteúdo produzido.

Irrigação
“A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe recebe R$ 11 milhões do Proinveste para investimento nos perímetros, aquisição de novos equipamentos que irão auxiliar nos trabalhos de perfuração de poços, além de limpeza e manutenção de barragens e ações de infraestrutura da empresa.”

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Irrigantes assistidos pela Cohidro em Canindé fazem primeira entrega ao PAA

Alimentos então são distribuídos para as famílias cadastradas pelo Cras e listadas no projeto

Aconteceu na última terça-feira (13), assim que foi liberado o repasse da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) uma semana antes, foi enfim realizada a primeira entrega de alimentos ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) promovida pela Associação dos Agricultores de Canindé de São Francisco (Assai). Foram 1.467 quilos de alimentos, produzidos nos lotes de 24 produtores irrigantes assistidos pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), no Perímetro Irrigado Califórnia. Ao todo 103 toneladas serão entregues ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da prefeitura de Canindé para então serem doados a 2.300 pessoas quinzenalmente, durante um ano.

No município, há 213 quilômetros da capital Aracaju, esse foi também o primeiro projeto, proposto por agricultores ao PAA, que obteve sucesso. A Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), contribui com o assessoramento destes irrigantes para elaborar a proposta que será apresentada à Conab, na modalidade de “Doação Simultânea”, para que assim eles tenham sucesso no pleito. Mas antes disso a Companhia já auxilia o agricultor e tem a garantia de que ele pode atender continuamente essa demanda por alimentos que, por sua vez, serão plantados e colhidos sob a assistência técnica e irrigação pública oferecida pela mesma Empresa Pública.

Ao todo, o projeto da Assai envolve recursos da ordem de R$ 192.000 pagos aos 24 produtores proponentes em parcelas, conforme explica o gerente de Agronegócios da Cohidro, Sandro Luiz Prata. “Todo dinheiro fica depositado em uma conta em nome da associação, bloqueada, e que só tem liberação por parte da Conab assim que constatada a entrega e a partir da guia de recebimento emitida pela entidade receptora, a parcela referente àquela entrega é liberada para uma na segunda conta, de livre acesso da Associação, para então repassar aos agricultores. Se não houver confirmação de que a entrega foi feita, eles não recebem”, avisa. Ele ainda informa que R$ 1.319.339,00 é o valor dos quatro projetos do PAA que foram autorizados pela Conab no Estado em 2016.

Presidente da Assai, João Aureliano da Silva comemora a primeira entrega, que ocorreu como foi planejada. “Pensei que não ia chegar esse povo, mas está tudo bem. Eu me animei no dia da reunião (uma semana antes), ali que eu vi o pessoal disposto”, conta. Dos 24 agricultores, quem não entregou desta vez, o fará na próxima. “Para começo está ótimo. Os outros não entregaram porque também não está tendo produto, mas semana que vem tem outra entrega e os mesmos que botaram agora, quando for na próxima, colocam”, justifica o também agricultor. Ele está animado com a possibilidade de reunir mais produtores nos próximos projetos. “Deus ajude que quando esse terminar, venha outros, né? Outro maior ainda. O pessoal aqui está em duvida, porque acharam que não ia dar certo. Quando virem que está dando certo, todo muito vai se animar, se interessar”.

Já o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, considera fundamental ao desenvolvimento da agricultora irrigada, o incentivo dado pelo Programa. “Eles produzem o ano todo, graças à água que oferecemos em seus lotes. Sem o PAA, sem o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), todo esse alimento acaba parando na mão do atravessador, que paga um valor bem abaixo do que é justo. Se existe esse método de venda garantida, com preço tabelado na assinatura do contrato e o valor acima da média de mercado, até os compradores particulares terão que se adaptar aos preços praticados pela Conab e a renda de quem produz, melhora, se torna mais justa”, acredita.

Edenizio Martins dos Santos é um desses produtores que se interessou pelos melhores preços oferecidos no PAA. “O interesse é de melhorar a vida da gente lá na roça. Durante esse tempo todo (mais de 20 anos) que eu moro aqui, nunca vendi um saco de quiabo neste preço, só na época de Cosme e Damião. Um preço que é, graças a Deus, razoável, bom, que dá para o cara trabalhar sossegado. Ai a gente vai tentar atingir outros objetivos maiores, de crescer mais, de botar novos produtos, para melhorar a situação da gente lá na roça, porque está muito difícil”, considera, acreditando que as obras que ocorrem no Califórnia, através do Proinveste, vão melhorar a capacidade de irrigar do produtor.

O Proinveste garantiu R$ 7 milhões em investimentos nos perímetros da Cohidro, R$ 4 milhões somente para o Califórnia. Diretor-presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho afirma que o quantitativo de obras vão “reinaugurar” o polo irrigado. “Já adquirimos e estamos montando as 37 novas bombas, para reabilitar as estações de bombeamento e garantir maior vazão com economia, já que são bombas novas e modernas. Reformas também já estão acontecendo nos canais de irrigação de concreto. O N1 teve seus pontos críticos restaurados, para evitar a perda de água em vazamentos, em breve o restante dele também será restaurado. Agora será a vez do C1, que terá a obra de cobertura reiniciada, a fim evitar a exposição da água à poluição da cidade, à evaporação e garantindo segurança aos habitantes de Canindé”.

Segurança alimentar

Jorge Gomes dos Santos é presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Canindé e está acompanhando a entrega de alimentos na Assai. “A Cohidro, na verdade, foi mesmo a ponte entre o produtor e o Programa, como eles têm um conhecimento limitado, por si próprio, não teriam a iniciativa. Mas através da Associação, com o apoio da Conab e da Cohidro eles conseguem”, argumentou. Para ele, o principal diferencial desse projeto é a qualidade dos produtos entregues. “Muitas vezes as pessoas fornecem muitas coisas e que não são daqui da nossa região, aí traziam um feijão que já era dificultoso para cozinhar, mas com esse produto nosso aqui, é um produto saudável, uma coisa boa e interessante para socorrer algumas pessoas que realmente são assistidas pelo Cras. E Ajuda os dois lados, incentiva o produtor e vai para a mão daquele que realmente não tem condição”.

Alimento que tem a qualidade garantida, pelo zelo com que trabalha sua horta, é o da agricultura irrigante Maria Aparecida Nascimento Santana (Cida). Ela leva em conta a vantagem financeira, de fazer parte do PAA, onde tem venda certa do seu produto e por valor maior que o do mercado, mas ainda assim, para ela pesa o fato desse alimento produzido ser destinado à doação, para a alimentação de pessoas carentes. “Eu acho bom, porque a gente vai trabalhar sabendo que vamos vender a mercadoria mais em conta, pegar mais dinheiro e matar a fome das pessoas que estão mais precisadas e muitos de seus parentes”, considera ela que entrega coentro ao projeto.

Secretária Municipal de Bem-Estar Social de Canindé, Maria Leila dos Santos é a responsável pelo Cras e avalia o projeto em que a instituição foi favorecida. “Muito positivo, estamos fechando a nossa gestão com chave de ouro. É um projeto que a gente almejou, há dois anos que estamos tentando alcançar esse projeto e graças a Deus chegou. Então assim, a assistência social está de parabéns, a Cohidro, a Conab, a associação também, que abraçou o projeto. Com a vinda desse projeto, com a comercialização do produto deles, não vamos mais precisar de atravessador e com isso, a renda de Canindé aumenta, o consumo aumenta, então todo conjunto é positivo na vinda desse projeto, graças a Deus”.

Maria Aparecida Lisboa Lima mora no Povoado Curituba e vive só do que produz na roça que cuida, em outra localidade. Chegou encima da hora para poder levar para casa macaxeira, quiabo, goiaba, pimentão, acerola e coentro e não se arrependeu. “É uma benção, para a gente tem precisão, que não tem trabalho, aqui já é uma ajuda. Eu vim agora de São Bento e que Jesus abençoe todos e que dê saúde para trabalhar e ajudar os que mais precisam”, benzeu.

Última atualização: 24 de novembro de 2019 12:15.

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