Missa das Mães na Cohidro

Hoje pela manhã, 11, teve a Missa das Mães na sede da Cohidro, celebrada pelo Frei João Paulo, da Paróquia São Judas Tadeu, no Bairro América, Aracaju-Se. Cânticos, orações, e eucaristia marcaram a homenagem organizada pela Gereência de Recursos Humanos da Cohidro (Gerhu) para todas as mães da empresa.

Presentes, os diretores João Fonseca (Irrigação) e Carlos Melo (presidente), este que no ato se dispôs em se apresentar formalmente a todo quadro de servidores da Cohidro presente à missa, após sua posse que se deu no último dia 7.

Engenharia da Cohidro realiza ação de integração entre estagiários

Foto: Ascom/Cohidro

A Gerência de Engenharia (Geng) da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) há cerca de um mês têm organizado palestras e debates, na sede da empresa, com o intuito de inter-relacionar os colaboradores integrantes deste e de outros setores, principalmente os acadêmicos das áreas de engenharia e que atuam na Cohidro como estagiários.

A ideia das palestras partiu do engenheiro civil Caio Francisco, da Geng, que resolveu motivar os estagiários da Cohidro e incentivá-los a trocar experiências, de forma que cada um possa trazer o conhecimento da sua área de engenharia para os colegas, sejam aqueles da mesma área como também para especialidades afins, como a Geologia.

Os debates contribuem para o relacionamento interpessoal deles, além de dar relevância o papel do estagiário enquanto colaborador da empresa. “A minha intenção foi trocar experiência e motivar cada um, buscando conhecimento e interação”, relatou o engenheiro Caio Francisco.

Estudantes de Engenharia Elétrica, por exemplo, explanam sobre pontos de atenção e erros comuns cometidos na elaboração de projetos elétricos. Estudantes de Engenharia Civil, falam sobre pavimentos e capitação de água da chuva. E para todas as apresentações é realizado um debate para que os estudantes somem conhecimento. “Essa proposta do engenheiro Caio, ajudou não só a mim, mas a todos os estagiários no sentido de ampliar novos horizontes, porque tem coisas que nós não tínhamos conhecimento e vamos conhecendo aos poucos, a cada debate pelo o que é exposto pelos estagiários” falou o estagiário Victor Paim.

“Eu acho interessante porque é um conhecimento que ultrapassa nossos próprios limites. Quando a gente contribui com uma informação dessas para o próximo, eu acho que agrega conhecimentos. E essa soma só acrescenta em relação à formação além de ser extra-acadêmico”, ressaltou o estudante de Engenharia Elétrica Felipe Carvalho.

A Geng
É o setor que executa projetos, gerencia e fiscaliza as obras de todas as frentes de trabalho da Cohidro, sejam a construção ou manutenção de barragens, sua adução, as estações de bombeamento e distribuição de água, por adutoras, para irrigação; os sistemas de abastecimento e armazenamento de água potável a partir de poços e também de cisternas.

Produção de limão taiti no Platô de Neópolis conquista reconhecimento internacional

No Platô de Neópolis, a TV Sergipe produziu reportagem para o programa Estação Agrícola, em lote empresarial que exporta, para a Europa, 60% da produção anual de 5.150 toneladas de limão Taiti. São 206 ha em plena produção, com outros 150 ha recém-plantados também com o cítrico. Só neste lote são gerados 209 empregos diretos na produção, colheita e beneficiamento do produto.

O Governo do Estado há 22 anos introduziu o projeto na área agricultável de 7,6 mil hectares, dotada de sistema de irrigação por canais e subdivida em 41 lotes empresariais. A associação que congrega estes agro-empresários, administra o polo produtor e a companhia pública estadual fiscaliza a aplicação dos contratos de concessão dos lotes, desde de sua funcionalidade, no desenvolvimento econômico regional, até o resguardo das APPs, sob a gerência do agrônomo Antônio Paulo Feitosa.

Do Platô de Neópolis vem quase todo coco verde do estado 3º maior produtor

Procura pelo coco verde é cada vez maior, seja para refrescar os turistas, seja para os adeptos da alimentação saudável – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Extensão de terra que ocupa um total de 10.312 hectares (ha), sendo 7 mil irrigável por sistemas de bombeamento e distribuição de água via canais, o Platô de Neópolis, que também se estende até o município vizinho de Japoatã, é uma área de exploração agrícola e infraestrutura que pertence ao Governo do Estado. É subdividido em 40 lotes empresariais em regime de concessão, que entre si administram o funcionamento do polo irrigado. Lá, prevalece a atividade da Fruticultura, com a produção de coco em destaque, alcançando 1795 ha e produção que se aproxima de 3,3 milhões de unidades por mês.

Quase 88% da área destinada ao plantio do fruto, no Platô, é ocupada pelo coco verde, que fornece a água de coco. O produto, vendido in natura ou envasado, conquista cada vez mais consumidores, impulsionados pelo turismo das praias nordestinas e pela população cada vez mais adepta à alimentação natural. Saudável, não engorda e é recomendado até na recuperação de pacientes hospitalares. A produção irrigada de Neópolis contribui com quase todo coco produzido em Sergipe, terceiro produtor no ranking nacional, com mais de 230 mil toneladas do fruto em 2016, segundo dados da pesquisa Produção Agrícola Municipal do IBGE.

Um só grupo empresarial concessionário do Platô ocupa 600 ha com os coqueirais e produz 1.000.000 de frutos por mês. Gerente desta área, Cláudio Dinisio Nascimento diz que o coco irrigado é um produto superior ao adquirido em plantações de sequeiro, com bem mais água por unidade. “A irrigação é o essencial, porque sem irrigação a gente não consegue ter essa produção, nem o volume de água por coco que hoje é uma média de 400 a 500 ml e tem coco até com 600 ml. Se não tiver água, o coco fica muito pequeno, um volume de 200 a 300 ml então não vale a pena produzir, não tem viabilidade. Um coco de péssima qualidade de 200, 300 ml não entra no mercado. Não tem viabilidade comercial. Então tem que ter água para irrigar a plantação de coco, água é essencial”, expõe o administrador.

Engenheiro agrônomo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Antônio Paulo Feitosa acompanha e fiscaliza a produção agrícola-comercial do Platô de Neópolis. Ele concorda que a alta produtividade se deve à irrigação fornecida pela infraestrutura estadual. “Irrigado, um coqueiro leva só três anos para crescer e começar a produzir. Nessa fase adulta, são de 250 a 300 litros de água/dia por pé, o que equivale de 2 a 3 horas de irrigação. Com este manejo de irrigação, o coqueiro dura mais. São 20 anos produzindo, em média. Como o Platô tem 22 anos desde que entrou em operação, atualmente temos os primeiros coqueiros plantados no início do projeto sendo substituídos por novos pés, que já iniciaram produção, a segunda geração”.

Cohidro
A Cohidro é a empresa estatal a quem pertence o patrimônio utilizado pelos concessionários do Platô. Ela desempenha a função fiscalizatória, quanto à execução dos contratos que os empresários têm com o Estado, a consumação da atividade produtiva e a geração de empregos, e ainda a garantia da preservação das áreas de proteção permanente (APP), em cada lote. Presidente da Companhia, Jorge Kleber Soares Lima, estabelece que em Neópolis a infraestrutura pública é explorada de modo diferente do aplicado aos perímetros irrigados.

“Primeiramente, o foco do Platô de Neópolis é a excelência em produtividade a partir da exploração da água do Rio São Francisco e isso exige alto grau de investimento técnico e de custeio mensal no bombeamento para irrigação. Um custo que seria oneroso para o Estado manter, como ocorre nos nossos outros perímetros. Essa elevada produção, de aproximadamente 570 mil toneladas anuais, gera divisas à Sergipe e ao Brasil, sendo parte exportada para outros países. Há certamente um reflexo imediato na economia local, pois nesses dois municípios abrangidos, são gerados 3.500 empregos diretos”, expôs Jorge Kleber.

Geovane dos Santos é um dos 120 funcionários que trabalham sob a gerência de Cláudio Dinisio no processo de colheita dos cocos verdes no pé, atividade que ocorre todos os dias nas plantações. A alta produtividade dos coqueirais quando somada ao mercado promissor, como grande procura pela água de coco, cria também terreno para melhores rendimentos aos trabalhadores. Nessa empresa, por exemplo, tem sido possível de até prover um décimo quarto salário anual aos operários. “Significa muito, porque é o sustento de minha família. O que eu ganho aqui é para manter a minha família”, considerou Geovane.

Diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, considera o modelo adotado no Platô de Neópolis o mais apropriado para a gestão dos perímetros públicos de irrigação. “O Estado delega aos produtores o papel de administrar e de autogerir o Projeto de Irrigação. Isso é possível no Platô em função das áreas de produção serem maiores, culturas comercialmente mais rentáveis, a exemplo da fruticultura, e serem organizados em uma associação, a Ascondir (Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis). Os produtores arcam com todos os custos de operação e manutenção do projeto, bem como pagam anualmente a ‘taxa de concessão de uso’ à Cohidro, conforme o estabelecido nos contratos”, esclarece.  

Alimentação saudável foi tema de palestra do Sesi na Cohidro

A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), em parceria com o Serviço Social da Indústria em Sergipe (Sesi-SE), organizou uma palestra voltada a alimentação saudável para os seus colaboradores, na manhã desta última segunda-feira, 23, na sede em Aracaju. Nesta, a nutricionista do Sesi e instrutora no programa Cozinha Brasil, Raísa Ferreira,  mostrou a influência e os benefícios da alimentação saudável na rotina de trabalho.

Os funcionários tiraram dúvidas e deram seus depoimentos sobre as causas e consequências da má alimentação e como ela afeta o dia a dia dos próprios trabalhadores. “Toda palestra é dignificante para a gente alcançar o objetivo, essa de hoje sobre a alimentação, como nós somos displicentes na alimentação, adquirimos certo conhecimento para fazer um corte nos produtos alimentícios, pois devemos procurar seguir aquilo que é benéfico para nosso organismo diante da orientação que foi dada” relatou Edson Santana Costa, economista da Cohidro.

Segundo a palestrante, “com a alimentação adequada a gente consegue ter mais disposição, mais concentração para poder executar as atividades da melhor forma possível. Por outro lado, com a alimentação incorreta pode gerar diversos efeitos negativos no trabalho, como aumento de faltas no trabalho, fraquezas, lentidão na execução dos processos e aumento do risco de acidente de trabalho”. Raísa ainda reforça que é necessário estabelecer metas para desenvolver novos hábitos alimentares.

Foi idealizador da ação, fazendo o convite ao Sesi, o chefe de Divisão de Saúde e Segurança no Trabalho da Cohidro (Dissa), Roberto Barros. Para ele, a palestra tem grande importância para a saúde e segurança dos funcionários. “Através de uma alimentação saudável e mudança de hábitos podemos evitar doenças, acidentes no trabalho e aumentar produtividade”.

Cohidro 35 anos
Depois da palestra, quando é praxe ocorrer um ‘coffee break’, a organização do evento aproveitou para conciliar a reunião, somente entre os colegas de trabalho, e propôs um ‘parabéns pra você’ à Cohidro, aniversariante do último dia 13. Bolo e guaraná fugia bastante à regra-tema da palestra recém-dada, mas para ocasiões especiais, da alegria em celebrar a duradoura história da Companhia, se fez uma exceção.

Presidente em exercício da empresa, Jorge Kleber Soares Lima, manifestou felicidade na iniciativa dos próprios servidores em celebrarem os 35 anos da Cohidro. “Isso prova  aquilo que qualquer diretor ou gestor do Governo do Estado sabe: o apreço que os colaboradores têm pela empresa e a disposição deles por dar continuidade a esse trabalho, de disponibilizar água para quem precisa. É deles o mérito da resistência, desta companhia, ativa durante todo este tempo. Hoje, sem dúvida, o efetivo humano é nosso maior patrimônio”, estabelece o diretor.

Ceasa recebe limpeza completa da Emsurb via Cohidro

Varrição, capinagem e limpeza da área da Ceasa e feira semanal – foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Na manhã deste domingo (22), a área da antiga Central de Abastecimento de Aracaju (Ceasa) passou por uma limpeza completa e inédita na central de hortifrutigranjeiros, diante do número de ações e trabalhadores envolvidos de uma só vez. Deu-se a partir de um convênio entre a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), proprietária do imóvel, e a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). Esta, aplicando no espaço público do Governo do Estado, as mesas práticas de asseio e conservação que exerce nas feiras livres e mercados municipais aracajuanos sob sua responsabilidade.

Todo espaço, incluindo os estacionamentos interno e externo, recebeu serviços de varrição e capinagem. Já na área onde ocorre a feira semanal, todo sábado, e nos boxes do bloco B, houve uma lavagem e desinfecção intensa do piso. O enxágue com o uso de detergentes e desinfetantes se faz necessário para eliminar os microrganismos que possam surgir do acúmulo de restos de alimentos, que só o ato de varrer não eliminaria por completo.

Diretor-presidente da Cohidro, Jorge Kleber Soares Lima garante que esta foi somente uma das ações do Governo do Estado para buscar a regularização e maior atenção para com os pequenos e médios comerciantes que tiram da central de abastecimento o sustento de suas famílias. Segundo ele, é interesse da empresa que a Ceasa continue exercendo o papel fundamental de receber e redistribuir a produção agrícola do interior de Sergipe e a geração de renda para todos os envolvidos em todas as etapas do processo. Nessa cadeia, inclusive, se incluem os agricultores familiares e empresários do agronegócio, alocados nos perímetros irrigados que a própria empresa possui no interior de Sergipe, onde é administradora ou ente público regulador da infraestrutura hídrica.

“Já estamos a um mês atuando de forma incisiva na reorganização do espaço. Temos que reconhecer que a gerência, implementada pela atual gestão da associação, tem feito avanços significativos. A Ceasa tem atendido um número maior de pessoas e está mais bem gerida que em tempos atrás. Mas sempre existirão pontos a serem revistos e uma parcela de beneficiados, com o espaço, que não se sentirão igualmente assistidos. Para estas e outras pendências, a Cohidro passou a ser cada vez mais atuante, presente e disposta a sanar divergências como instância superior que é, sendo ela a proprietária do prédio”, ajuíza o presidente.

O prédio e área física é um espaço público que, quando foi extinta a Ceasa de Aracaju em 1992, passou a ser um patrimônio da Cohidro. Desde aquela época está cedido, em regime de concessão, à Associação de Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), para assim continuar a prestar o mesmo serviço de uma central metropolitana de abastecimento de alimentos, ao qual foi concebido.

“Para além desta ação de domingo, que contamos com a valorosa colaboração da Emsurb, estamos também acertando parcerias com a Emurb (Empresa Municipal de Obras e Urbanização de Aracaju), DER (Departamento Estadual da Infraestrutura Rodoviária de Sergipe) e SMTT (Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Aracaju). Para tratarmos da desobstrução das galerias pluviais e asfaltamento da parte que ainda é calçada em paralelepípedo. Assim facilitaremos a limpeza e o escoamento da água da chuva. Da mesma forma que se faz necessária a reorganização na sinalização de estacionamentos, vias de trafego e áreas de carga e descarga internas”, reforçou Jorge Kleber, agradecendo a receptividade das instituições públicas que a Cohidro tem procurado, demostrando o interesse geral e a importância dada à Ceasa.

Comissão de trabalho
Criada há menos de um mês e composta de servidores da Cohidro, a comissão interna de trabalho para a regularização da Ceasa tem feito avanços, tanto na adequação da qualidade do espaço oferecido para comerciantes e clientes, como a limpeza de ontem, quanto na elaboração de um novo edital para concessão do espaço.

“Estamos estudando os modelos de concessão de espaços públicos, igual a Ceasa, aplicados em outros estados e até aqui, como é o caso da Rua do Turista em Aracaju. Dessa forma, vamos elaborar o edital para a ocupação de todos os pontos de comércio de produtos, que são as lojas, os boxes, as bancas na feira, os estacionamentos de caminhões que vendem as cargas fechadas e ainda os carregadores”, externou Ceciliano Gama Alves, presidente da comissão de trabalho da Cohidro.

Diretores recebem de Gilmar Carvalho demanda de poço em Indiaroba

O deputado estadual Gilmar Carvalho, acompanhado do vereador Renis Cardoso, de Indiaroba, esteve hoje pela manhã reunido com os diretores da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) Jorge Kleber Soares Lima (presidente) e Paulo Henrique Machado Sobral (Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola). Como pauta do encontro, a queixa dos moradores do Povoado Muriçoca, em Indiaroba, pela qualidade da água que recebem e suas casas a partir de um poço perfurado na comunidade. Segundo eles, com alto teor de salinidade.

Jorge Keber garantiu que uma equipe da Cohidro irá avaliar o poço no povoado, se é ou não um poço em que a perfuração ocorreu sob a responsabilidade da empresa. Segundo Paulo Sobral, a companhia tem um poço perfurado na localidade em 1985, o qual tem uma vazão excelente (22.000 l/h), conforme constam os registros, que também informam que na análise físico-química da água a salinidade está dentro dos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS). O diretor completa que sem uma vistoria in loco do sistema de abastecimento, não é possível afirmar ser o mesmo, já que à época não havia o georreferenciamento dos poços quando perfurados, como passou a ocorrer na empresa desde 2011.

O presidente enfatizou que, mesmo que este poço utilizado pela comunidade não tenha sido perfurado pela Cohidro, será feito uma limpeza e o teste de vazão. Senão, outras soluções são possíveis para sanar a necessidade de água na povoação, desde a recuperação de poços desativados na mesma área ou até mesmo, em último caso, a perfuração de um novo. Mas havendo uma boa vazão no que atualmente serve a localidade valerá a pena pleitear, com a Secretária de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), pela instalação de um dessalinizador.

É a Semarh que no estado é responsável pelo programa federal ‘Água Doce’. Em Sergipe, serão implantados 33 sistemas de dessalinização. São 25 sistemas que disponibilizarão água potável com qualidade numa primeira etapa e oito na segunda etapa. Ao todo, serão 75 comunidades beneficiadas em 14 municípios, a partir de um investimento total de R$ 6.652.305,90, beneficiando 2.757 famílias. Até o presente, em todo o Estado já foram contempladas 2.170 famílias.

Cohidro 35 anos: Água que faz fértil esse chão

Empresa faz a captação, reservamento e distribuição de águas subterrâneas, das chuvas e rios, para o consumo humano, serviços públicos, indústria, dessedentação animal e irrigação
Cohidro foi fundada em 13 de abril de 1983

Companhia estatal que expressa em seu nome o comprometimento com o ‘desenvolvimento dos recursos hídricos’, democratizando o seu acesso a toda população de Sergipe, a Cohidro está completando nesta sexta-feira (13), 35 anos. Período em que a empresa se fez presente, com suas ações, em 74 dos 75 municípios do estado, perfurando um total de 3.806 poços tubulares, construindo ou recuperando mais de 3.000 barragens e cerca de 5.000 cisternas. Nesse tempo, foram assistidos cerca de 1 milhão de sergipanos com água para o consumo humano, indústria, serviços públicos, pecuária e agricultura. Neste último quesito, são 14.355 pessoas beneficiadas continuamente pelo serviço de fornecimento de água de ‘irrigação’ nos seis perímetros irrigados que administra, gerando uma renda média anual de R$ 100 milhões, dividida entre esses irrigantes.

A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) foi fundada em 13 de abril de 1983 para administrar os perímetros irrigados estaduais do Governo do Estado que estavam sendo construídos em Lagarto, Itabaiana, Malhador, Tobias Barreto e Canindé de São Francisco. Todos concluídos até 1987, os conjuntos de estruturais de armazenamento, captação e distribuição de água, ainda dotados de corpo técnico de assistência agrícola, abrangem 4.460 hectares de área irrigada, onde as famílias, dos agricultores e dos trabalhadores rurais, tiram seu sustento, correspondendo a uma população de 14.355 pessoas. Juntos e há mais de 30 anos, estas unidades produzem uma média anual de 100 mil toneladas de alimentos.

Em 1991, com a incorporação da estrutura e quadro de pessoal da extinta Comase (Companhia Agrícola de Sergipe), a Cohidro deu continuidade ao serviço de perfuração de poços tubulares do Governo do Estado. Desse período para cá, foram feitas 3.806 destas benfeitorias pelos equipamentos da Cohidro. Sendo que 95% destas ações de prestação de serviço foram direcionadas à localidades e propriedades rurais, as ações têm um papel de fixação do homem no campo, oferecendo qualidade de vida, meios de irrigar a terra ou dar de beber aos rebanhos, a partir destes poços. Dessa maneira, são estimadas quase 1 milhão de pessoas beneficiadas em Sergipe.

As atividades de construção e recuperação de barragens de terra, rurais ou comunitárias, além das cisternas de concreto, já ultrapassam as 8.000 unidades atendidas, e agregam mais ações ao elenco de serviços da infraestrutura hídrica da Cohidro. Os reservatórios têm como principal função a dessedentação animal, a partir da captação da água da chuva. Mas em muitos casos, e principalmente nas cisternas, são para o uso doméstico. Nos grandes e médios reservatórios públicos, a água serve para a pesca e para o lazer. Cerca de 100.000 pessoas já foram beneficias por estas benfeitorias.

 

Irrigação pública contribui com a cesta básica mais barata em Aracaju

Tomate, mandioca, leite, banana, cana de açúcar e material forrageiro influi no preço dos itens da cesta básica 
Caixa do tomate foi vendia por até R$ 100, em janeiro – foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Aracaju desde janeiro é a capital brasileira com o segundo menor valor da cesta básica de alimentos, dentre as 20 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em março calculada em R$ 339,77, acumulando queda de 3,42% nos últimos 12 meses. Dos 12 itens pesquisados, metade tem como uma das origens de produção direta, ou de suas matérias primas, os perímetros irrigados do Governo do Estado: o tomate, mais barato para o consumidor 6,74% em fevereiro e depois 8,98% em março; a banana, que caiu de valor 10,03% de janeiro para cá; a farinha de mandioca, este ano custando 19,27% menos; o leite, menos 11,38% e o açúcar, que caiu de preço 31,02%, segundo a variação anual identificada pela entidade. Derivada do leite, somente a manteiga mantém alta de 3,53% no ano.

O aumento da oferta destes e de inúmeros outros produtos sergipanos que não fazem parte da pesquisa, interfere na diminuição do valor de custo de vida do aracajuano e também de quem vive em Salvador, desde agosto (2017), a cesta mais barata do Brasil, cotada em março no valor de R$ 322,88. Ocorre que só do Perímetro Irrigado da Ribeira, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) em Itabaiana (54 km de Aracaju), diariamente saem para a capital baiana, cinco caminhões carregados de alimentos como alface, couve, coentro, cebolinha e rúcula; além de uma grande quantidade de micro-caminhões, conhecidos por ‘mercedinhas’, que abastecem às feiras de Aracaju e de todo o estado. Foram 11,5 mil toneladas destes folhosos, produzidos em 2017, neste polo agrícola.

Cerca de 90% do quiabo produzido no perímetro Califórnia, administrado pela Cohidro em Canindé de São Francisco (a 213 Km de Aracaju), tem como destino as feiras da região metropolitana de Salvador e de Feira de Santana-BA. Nesta unidade da empresa, foram contabilizadas 11 mil toneladas do fruto colhidas no ano passado. De lá e também do perímetro Piauí, em Lagarto (75km de Aracaju), ainda seguem para a Bahia cargas de milho verde no período junino. Nos cinco perímetros do Governo do Estado onde se pratica a agricultura irrigada, 11,5 mil toneladas de milho em espiga foram produzidas em 2017.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, a garantia de fornecimento de água para irrigação favorece a produção. “É possível produzir o ano inteiro nos perímetros irrigados, pois o sistema de irrigação só é desligado em dias de chuva ou no Dia do Rio, no caso do perímetro Califórnia, que é uma determinação da ANA (Agência Nacional de Águas) para a captação de água do Rio São Francisco, que deve ser interrompida toda quarta-feira. Dessa forma, os produtores podem assumir compromissos de fornecimento em qualquer época. Alguns fazem investimentos nos tratos culturais para obter boa produtividade e outros chegam a adquirir veículos, para eles mesmos transportarem sua produção até o mercado consumidor. Geralmente, Aracaju ou Salvador”.

Tomate
Foi notícia em janeiro, quando preço do tomate em Aracaju disparou alta de 39,16% na pesquisa do Dieese, que os agricultores irrigantes assistidos pela Cohidro estavam optando pelo cultivo do fruto, animados pela valorização que chegou a cotar a caixa de 30kg em R$ 100. No Perímetro Irrigado Piauí, 2017 fechou com a produção de 1,8 mil toneladas e entre janeiro e março deste ano, foram mais 56 toneladas. Tal aumento da oferta do produto no mercado sergipano, resultou em uma redução acumulada de 15,72% nos últimos dois meses.

Segundo gerente do Piauí, Gildo Almeida Lima, a produção tem se modernizando para atender a demanda e suplantar o inverno chuvoso, quando optam por não plantar tomate, devido a incidência de pragas. “O tomate tem dado mais certo aqui utilizando a irrigação por gotejo, só molhando a raiz da planta. Usando a fertirrigação, onde o adubo vai diluído na água e é quase totalmente absorvido pelo tomateiro. E ainda tem o uso de lona ‘mulching’, que retêm a evaporação da água e separa a planta e frutos do solo, evitando a incidência de moléstias e fungos”, relatou.

Jorge kleber Soares Lima, presidente em exercício da Cohidro, considera que a oferta regular de produtos dos perímetros irrigados administrados pela empresa, funciona como um agente regulador de preços. “Não só com o tomate, mas todo produto com viabilidade técnica para produzir nos lotes dos nossos irrigantes, vai sofrer a interferência no valor de mercado quando houver um aumento da produção. Se o preço de venda está alto, eles produzem mais, diminui o preço gradativamente e o custo final para o consumidor também cai”, argumentou. Para o diretor, essa relação só não vai ocorrem nos momentos em que os agricultores são afetados pelas grandes crises hídricas.

“A partir do resultado de Aracaju ter a segunda cesta básica mais barata do país, a tendência é de voltarmos a ter a cesta mais barata entre todas as capitais, como já ocorreu por cinco anos (2010-2015). Ciclo virtuoso somente interrompido pela grande seca de 2016 para 2017”, justificou Jorge Kleber. Segundo o presidente, embora a irrigação seja para manter a agricultura em atividade durante os períodos de estiagem, ela ainda vai depender das chuvas para a reposição dos reservatórios. “Se tivermos um período chuvoso com médias abaixo do normal, como ocorreu há dois anos, resultará em nossas barragens com pouca ou nenhuma água para irrigação, a exemplo do (Perímetro Irrigado) Jacarecica I (em Itabaiana), que parou por quase quatro meses no ano passado”.

Mandioca
Lagarto, onde está localizado o perímetro Piauí, já foi considerado pelo IBGE o município com a sétima maior produção de mandioca do Brasil. Dentro do polo irrigado essa grandiosidade se repete, com cerca de 20 casas de farinha em funcionamento para absorver a produção das nove localidades rurais abrangidas pela rede de distribuição de água da Cohidro. Favoreceu a queda de 19,27% no preço da farinha encontrada na capital sergipana, as 215 toneladas já produzidas neste ano só nesta área de atuação da companhia. Além da irrigação, o Governo do Estado fornece assistência técnica agrícola a estes produtores irrigantes.

Balde Cheio
Programa criado pela Embrapa de São Carlos-SP, consiste em um sistema de pastagens rotativas que depende inteiramente da irrigação por ter que, a cada 24 dias, repor o capim plantado no piquete irrigado e receber novamente o gado de leite, em um ciclo contínuo. A Cohidro implantou o Balde Cheio em todos os lotes irrigados em seu Perímetro Irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto (123 km de Aracaju), em 2010. Lá, 45 pequenos pecuaristas produzem juntos uma média diária de 3,7 mil litros de leite, 73% a mais do que era gerado no início do projeto.

“Agora, estamos fazendo a transferência de tecnologia do Balde Cheio para o perímetro Califórnia, em Canindé. Lá, os irrigantes poderão optar por dedicar todo ou parte dos seus lotes irrigados para a produção de gado de leite. Além disso, todos os perímetros irrigados produzem algum material forrageiro, como os ramos da batata-doce, da mandioca, a manipueira (líquido excedente do beneficiamento da mandioca, na produção farinha ou fécula) e o milho verde, onde se usa o pé inteiro com as espigas ou a só a sua palhada. Tudo isso vai servir para a alimentação do gado de leite e, porque não, o de corte”, complementou o diretor João Fonseca. Para ele, a irrigação pública também vem por influir, indiretamente, na produção de carne vermelha, outro item da cesta básica pesquisada pelo Dieese, além do leite e da manteiga.

Banana
A bananeira requer, segundo o técnico agrícola da Cohidro em Lagarto, Marcos Emílio Almeida, uma média pluviométrica anual de 1.600mm, índice de precipitação que a maioria dos municípios sergipanos não possui. “São basicamente 5mm ao dia e então a irrigação vai suprir este déficit hídrico que a planta requer. Dessa forma, a produção plena da banana no estado requer água de irrigação”. O mesmo técnico acompanhou, ano passado, a introdução de um campo piloto da variedade ‘prata anã’ no perímetro Piauí. Hoje, o produtor tem dois mil pés em um hectare plantado e pretende agora ampliar o bananal em 30%, plantando a variedade ‘pacovan’.

“Rendeu bem a primeira colheita, mas tive que aumentar o número de microaspersores”, relatou o agricultor irrigante Rosendo José dos Santos, assistido no perímetro irrigado de Lagarto, constatando a necessidade de boa irrigação para produzir banana no município. “Se cuidar certinho, dura muito tempo. Adubou, tirou os (brotos) filhos, dura por tempo indeterminado”, conta ele sobre a sua experiência que já dura um ano e quatro meses. O sucesso do novo ‘bananicultor’, orientado pela Cohidro quanto à escolha de mudas certificadas, correção do solo, método de irrigação e manejo da cultura, vai influenciar os produtores vizinhos e bem logo, mais do fruto irrigado chegará ao mercado consumidor. Ficando assim, o produto, cada dia mais ‘a preço de banana’.

 

Governo dá sequência à série de reuniões com produtores irrigantes

Na manhã desta terça-feira, 3, o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Olivier Chagas, participou de mais uma reunião com o intuito de esclarecer o estratégico investimento que o Governo está realizando na modernização dos sistemas dos perímetros irrigados Jacarecica I e Ribeira, em Itabaiana, num investimento de R$ 14 milhões que visa, entre outras coisas, reduzir o consumo de energia em 70% e de água em 50% na cobertura de uma mesma extensão, de modo a baratear os custos de produção, beneficiando mais de 1.100 famílias.

Na semana passada, a reunião ocorreu no Jacarecica I, que tem 127 lotes. Hoje, o encontro foi com os irrigantes da Ribeira, que possui 466 lotes.

De acordo como secretário Olivier Chagas, essa é a primeira intervenção de grande porte pela qual os perímetros passam desde sua inauguração, há mais de 30 anos. Nas obras da Ribeira serão empregados R$ 10,1 milhões, enquanto no Jacarecica serão R$ 4,1 milhões.

“Estamos dispostos a dialogar com todos vocês. É uma recomendação do nosso governador Jackson Barreto, para mostrar que esse investimento é viável. O que a gente não pode é mudar o projeto de forma aleatória. Esse perímetro é fundamental para vocês e para a economia do Estado. Estamos trazendo também o projeto de matas ciliares. Todos nós sabemos que um rio sem mata ao redor, ele não tem capacidade de absorção. Nós estamos trazendo aqui soluções positivas. Precisamos debater isso ao máximo, mas o ideal é que todos participem. Não estamos aqui para fazer política, estamos aqui para debater a questão da melhoria desse perímetro para que todos tenham condições de usufruir dele de forma igual”, destacou o gestor da Semarh, ao salientar que esse investimento é fruto do Programa Águas de Sergipe.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, ratificou que os irrigantes estão aceitando o projeto. “A reunião foi muito proveitosa. O pessoal está compreendendo o projeto. Fizemos questão de mostrar a economia de água com o projeto e da perspectiva futura de irrigação. Se não mudarmos o sistema, a maneira de irrigar, o prazo de vida para esse projeto de irrigação para um significativo grupo de irrigadores será curto. Com os novos sistemas, os agricultores vão pagar pelo que consumir, vai ter uma válvula reguladora de pressão para que todos recebam água de maneira igual.”

Ainda segundo João, a empresa responsável pela obra é a ECA Construções, a qual já começou a comprar os materiais para o início da obra, cuja previsão de conclusão é de oito meses.

Aprovação
José Silva, do povoado Mangueira, planta verduras e hortaliças. Para ele, a modernização do sistema só trará benefícios para os irrigantes. “Aprovo a mudança. Já sofremos bastante sem água e, com esse sistema novo de irrigação, que vem agora, nós vamos economizar energia e água. Foi o melhor investimento que veio para a gente”.

Opinião semelhante tem Genivaldo Almeida dos Santos, que planta amendoim, bata e coentro numa área de 7 hectares. “Não tenho dúvidas de que todo mundo aqui será beneficiado. A gente tem que pensar no coletivo nessas horas, tem alguns que torcem o ‘bico’, mas a maioria aceita de bom coração”.

José Santos Nascimento também aprova. “Ôxe! É claro que sim. Tudo que vier para beneficiar, a gente acata e aceita”.

Ribeira
O perímetro irrigado Poção da Ribeira, localizado no povoado Ribeira, foi inaugurado em 1987. Entre as culturas exploradas estão a batata-doce, o coentro, a cebolinha, o pimentão, o tomate e o milho verde.

Jacarecica I
O perímetro irrigado Jacarecica I se localiza no povoado Agrovila, e também entrou em operação em 1987. Suas culturas de destaque são batata-doce, alface, milho verde, quiabo, coentro, cebolinha, tomate, pepino, feijão, vagem, maxixe, pimenta e amendoim.

Fonte: Ascom/Semarh

Última atualização: 6 de maio de 2021 19:01.

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