Governo perfurou 80 poços e pôs em operação 69 sistemas de abastecimento em 2018

Por meio da Cohidro, mais de 22.670 pessoas de comunidades rurais tiveram acesso a água
Dona Creusa Natália diz que a água é de boa qualidade para todo uso da casa (foto: Fernando Augusto)

“Água antes aqui era de tanque – mais barro do que água – e ficava muito distante. O novo sistema de abastecimento foi uma beleza para a comunidade. Porque aqui a gente vivia sem água, pagando carrocinha de água. Foi uma riqueza que Deus mandou”, conta Creusa Natalia dos Santos, dona de casa que, há 30 anos, mora no povoado Piabas, em Lagarto. Desde março de 2018, lá funciona o sistema de abastecimento implantado pela Cohidro, e 210 pessoas passaram a ter acesso a água de qualidade, encanada até as suas casas, a partir de um investimento de R$ 100 mil. Essa foi uma das 38 novas unidades implantadas pelo governo do Estado em 2018, totalizando R$ 674.146,18 investidos.

Os novos sistemas de abastecimento, mais 31 que foram recuperados, somam 69 poços ativados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe em 2018, possibilitando que cerca de 22.670 pessoas passassem a contar com o fornecimento de água. O diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, explica que os poços perfurados que são produtivos precisam passar por um processo de limpeza, teste de vazão para medir seu potencial de atendimento à demanda da comunidade. A partir daí, recebem bomba, quadro elétrico, tubulações e reservatório. Outros 80 poços foram perfurados no ano passado, a partir de um investimento de R$ 1.315.185,37, em benefício de 12.874 pessoas.

Segundo Paulo, muitas vezes a necessidade de água de uma comunidade pode ser suprida com a reativação de um poço antigo que ainda tenha capacidade de servir àquela população. “São diversos serviços requisitados por prefeituras e associações comunitárias, desde a desobstrução do poço, usando novamente a perfuratriz, até a troca completa de uma bomba ou quadro elétrico. Em 2018, foram investidos mais de R$ 120 mil nessas intervenções. Outros 100 atendimentos, que foram realizados para manutenção de outros poços, somam mais R$ 71 mil aplicados em garantir água para 20,5 mil pessoas”, destacou Paulo Sobral.

Cisternas e Barreiros
O governo de Sergipe também atuou na elaboração de projetos para a construção de mais de 3 mil cisternas em todo o estado. Ao longo do ano, 42 unidades foram construídas, num investimento de quase R$ 150 mil, para atender 236 pessoas. “Era difícil. A gente não tinha água, pegava no tanque e com o balde na cabeça. Hoje mais não. Melhorou por causa da cisterna, agora não falta mais, graças a Deus”, comemorou a dona de casa Marina dos Santos, do povoado Saquinho – primeira localidade contemplada pelo programa, em Tobias Barreto.

O Programa Cisternas atenderá, ainda, os municípios de Telha, Simão Dias, São Miguel do Aleixo, Pinhão, Poço Redondo, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Aparecida, Monte Alegre e Macambira. É prevista, ainda, a construção de barreiros em Tobias Barreto, Nossa Senhora Aparecida, Pinhão, Frei Paulo e Macambira. Em 2018 foram construídos 31 barreiros, para atender 172 pessoas, a partir de mais R$ 317.877 investidos. Em todas as obras, a atuação da Cohidro continua na fiscalização da aplicação dos recursos por parte das instituições contratadas, via chamada pública da Secretaria de Estado da Administração (Sead).

“Cerca de 3.000 cisternas estão sendo construídas em 20 municípios do estado. Só aqui, em Tobias Barreto, são mais de 900 em curso. Visitamos algumas delas e sentimos a felicidade da população ao ter suas cisternas, com capacidade de 16 mil litros de água. Água boa que vai ajudar a trazer mais qualidade de vida para a população. Portanto, essa é a intenção do governo do Estado: poder melhorar a vida desse povo, que tanto necessita de atenção”, disse o governador Belivaldo Chagas, em visita ao povoado Saquinho, realizada no último mês de junho.

Em 2019, o a Cohidro dá continuidade à construção de cisternas e novos barreiros. “São obras que têm por finalidade a reserva da água da chuva. No primeiro caso, para o abastecimento humano e no segundo, dessedentação animal”, conclui o presidente Paulo Sobral.

Governador entrega novas instalações e afirma que quer Cohidro fortalecida e mais eficiente

O chefe do executivo estadual reforçou a cobrança quanto a maior organização das ações das empresas do Estado e destacou que quer fortalecer a Companhia de Recursos Hídricos
Foto: Pritty Reis

O governador Belivaldo Chagas entregou novas instalações aos servidores da Cohidro. A reforma do prédio foi fruto de recursos que somam R$ 1.234.401,08,  oriundos do Banco Mundial por meio do Programa Águas de Sergipe. A entrega foi realizada durante a solenidade de posse do novo presidente da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral. Paulo assume a gestão da Companhia em substituição a Carlos Melo, que volta a gerir a Deso.

Belivaldo explicou a necessidade da parceria da Cohidro com a Deso e com todos os órgãos que compõem a Secretaria de Estado da Agricultura. “O que eu quero é o benefício lá na ponta para o povo sergipano. Se a Deso, hoje, já cobre 97% do abastecimento de água em Sergipe, como informou Carlos Melo, vamos buscar suprir esse restante com a Cohidro. Mas precisamos corrigir o que não está dando certo. Nós fizemos a reforma administrativa para reduzir custos, mas também para buscar mais eficiência nas ações do Estado. Também iremos trabalhar para a auto sustentabilidade dos perímetros irrigados”, expôs Belivaldo.

O chefe do executivo estadual reforçou a cobrança quanto a maior organização das ações das empresas do Estado e destacou que quer fortalecer a Companhia de Recursos Hídricos. “A gente só pode perfurar um poço se tivermos condições de instalar o sistema e levar água para o povo que está sofrendo, para não criarmos falsas expectativas. Contem comigo. Da minha parte, tenho o desejo de transformar essa empresa em uma empresa modelo, mas vou precisar do apoio de todos, quero fortalecer a Cohidro para levar melhores resultados para o povo”.

O novo presidente da Cohidro, que já está na empresa desde 2011 e, até então, ocupava o cargo de diretor de Infraestrutura Hídrica, reforçou a importância da empresa para o desenvolvimento do estado.

“Enquanto estive na Diretoria de Infraestrutura, conseguimos instalar mais de 350 poços, atendendo, em especial, as comunidades mais carentes do nosso estado. A gente torce e trabalha para conseguir implementar cada vez mais ações que atendam a comunidade, as demandas do governo e para que a gente possa levar água por meio dos sistemas de abastecimento, e também otimizar a questão da irrigação pública” disse Paulo.

Dando as boas vindas ao novo presidente da Cohidro, o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, reafirmou a disponibilidade da Seagri para o  desenvolvimento de um trabalho conjunto. “Tive a oportunidade de conhecer Paulo mais de perto e tenho certeza de que o trabalho que vinha sendo executado será continuado a contento. Vivemos em um estado que sofre muito com a questão hídrica, então os projetos de irrigação são essenciais. Tenho certeza de que todos nós – Cohidro, Emdagro, Pronese e Seagri – conseguiremos fazer o trabalho exitoso pelo qual toda a população sergipana clama”, disse.

Reforma do Prédio   
O governo do Estado, por meio da Cohidro, em parceria com o Programa Águas de Sergipe, entregou oficialmente a reforma predial das Diretorias Técnicas da Cohidro. Com a reforma, os servidores terão uma melhoria do ambiente de trabalho, proporcionando ampliação do local em 28 ambientes e maior eficiência na execução de suas funções.
Para o novo presidente, a entrega é importante por se tratar da recuperação total do prédio da área técnica, atividade-fim da empresa.

O novo presidente
Paulo Henrique Machado Sobral é graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Sergipe. Exerceu a função de vereador e de secretário de Agricultura no município de Santa Rosa de Lima.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Acerola verde amplia renda de irrigantes em perímetro mantido pelo governo do Estado

Fruto é vendido pelo dobro do preço antes de amadurecer, por conter de três a quatro vezes mais vitamina C
Valmir: “Com a água que chega no perímetro irrigado do governo, conseguimos produzir de forma satisfatória” (foto: Stefânia Leal)

Produtor rural em Malhador, município do agreste sergipano localizado a 49 km da capital, seu Walmir de Oliveira Silva cultiva acerola há 12 anos para vender a feirantes e à indústria de polpas. Agora, ele comemora a opção de comercializar o fruto ainda verde, ampliando a rentabilidade da plantação e abrindo mais postos de trabalho em seu lote. Profundo conhecedor do cultivo, ele avalia a acerola como uma lavoura que tem um mercado franco e rentabilidade boa. “Com a água que chega no perímetro irrigado do governo, conseguimos produzir de forma satisfatória”, comenta o agricultor, satisfeito.

O perímetro é uma unidade de irrigação pública mantida pelo governo do Estado, que fornece água para irrigação nos municípios Malhador, Riachuelo e Areia Branca, sem onerar os produtores. Quem administra a infraestrutura e fornece assistência técnica agrícola no Jacarecica II, desde a sua implantação, é a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, estimulando a escolha de novos modelos produtivos que se diferenciam do que habitualmente é praticado nessas localidades, com o objetivo de criar novos mercados e evitar superproduções com dificuldade de escoamento.

“Temos um reservatório de 31 milhões de m³, que abrange todo o perímetro, mais 25 km de rede para conduzir a água por gravidade para todos os lotes. Se não fosse esse reservatório, não tinha toda essa produção. É a água que gera renda para os produtores”, diz o gerente do Jacarecica II, Osvaldo Andrade. A produção agrícola de cerca de 3.000 pessoas são diretamente beneficiadas pela irrigação de 829 hectares no perímetro, onde há 12 lotes empresariais, três em comodato e 609 famílias em assentamentos de reforma agrária.

A acerola já era vendida in natura nas feiras e para fábricas beneficiadoras de polpa. Mas, agora, a possibilidade de a indústria transformar o fruto verde em pó criou um novo produto para os plantadores ofertarem, podendo alçar um preço de venda duas vezes maior que o valor da acerola madura. Isso porque a concentração de Vitamina C na fruta antes de amadurecer pode ser de três a quatro vezes maior. Com ela, a indústria fabrica essências que dão sabor e fortificam outros alimentos, como sucos, sorvetes e bolos.

João Quintiliano, diretor de Irrigação da Cohidro, acrescenta que mais produtores irrigantes poderão passar a fornecer acerola verde em Sergipe. “Cerca de 30 produtores de acerola do perímetro Jacarecica II estão fornecendo acerola verde para uma indústria de alimentos localizada em Estância. O melhor é que a demanda pela acerola verde ainda tem espaço para crescer, visto que já foram iniciadas as tratativas para que os irrigantes que atendemos lá em Canindé [de São Francisco], no perímetro Califórnia, também passem a fornecer o produto para a mesma indústria, integrando a cadeia produtiva”, informa.

No período de colheitas, mais frequentes no verão, seu Walmir conta que contrata de 15 a 20 trabalhadores. Para ele, a escolha pela cultura da acerola vai além da demanda que a indústria da Vitamina C abriu. “A acerola tem uma vantagem muito grande, por se tratar de uma planta adaptável ao nosso clima tropical, uma planta rústica. Existem pragas, (tratadas) principalmente com adubação química; e quando a gente irriga, faz o controle natural”. O produtor reforça que a irrigação fornecida pelo governo do Estado tem sido fundamental para a continuidade da produção. “O gerente aqui do perímetro tem acompanhado todos os produtores. Só tenho a agradecer a Cohidro e pedir a continuidade desse apoio que eles já vêm dando”, concluiu.

Dia de Campo do Governo do Estado capacita produtores irrigantes em Riachuelo

Além do Jacarecica II, as capacitações do PAS estão acontecendo também nos perímetros irrigados Jacarecica I e Ribeira, que estão inseridos no município de Itabaiana

Foto: Fernando Augusto

Na última semana, irrigantes dos municípios de Riachuelo, Malhador e Areia Branca participaram de uma série de cursos oferecidos para capacitá-los ao uso adequado de Agrotóxicos. Na bacia hidrográfica do rio Sergipe, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro mantém três perímetros irrigados. Foi no Jacarecica II que os agricultores participaram de dois Dias de Campo, concluindo a semana de atividades.

Integrante da comissão intersetorial do governo que vem acompanhando as capacitações, a técnica da Cohidro, Maria Teresinha Albuquerque, explica que o Programa Águas de Sergipe – PAS realiza recuperação ambiental nas áreas da bacia hidrográfica, e a exploração dos recursos naturais [terra e água] de forma responsável e sustentável – incluindo o uso racional dos agrotóxicos. “Eles tiveram, durante a capacitação, aulas teóricas e práticas, culminando com esse dia de campo”, disse. Contabilizando palestras e treinamentos práticos, o curso promove 12 horas-aula para cada produtor.

Além do Jacarecica II, as capacitações do PAS estão acontecendo também nos perímetros irrigados Jacarecica I e Ribeira, que estão inseridos no município de Itabaiana.

João Batista Santos Filho recebe irrigação da Cohidro em seu lote no assentamento Mario Lago, em Riachuelo. “Maravilhoso, viu. Bom, porque o pessoal é gente boa; tudo assim, ‘amigueiro’ e por isso estamos juntos aí”. Atraído pela receptividade dos capacitadores, o irrigante entende a importância de aprender a forma correta de utilizar os agroquímicos. “Tem muita gente que trabalha, mas não sabe o efeito que ele faz. O ‘cabra’ pensa que não, quer trabalhar de qualquer jeito. Tem que trabalhar capacitado, para saber trabalhar com agrotóxico, porque senão, morre”, alerta.

Instrutor no dia de campo, o técnico em segurança do trabalho Marcos Roberto dos Santos Nascimento explicou aos agricultores a maneira correta de utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) apropriados à manipulação e aplicação de agroquímicos. “A gente busca conscientizá-los sobre a importância do uso dos EPIs. Não só usar pela obrigatoriedade – pelo governo, pelo empregador -, e sim pela importância do uso. Tendo a consciência de que aquilo ali é para o bem do próprio trabalhador, para a própria saúde. A saúde dele tem que vir em primeiro lugar”, argumentou. Ele sugere que o investimento em um EPI, em torno de R$ 150, evitaria um custo ainda maior, descontado na saúde do agricultor.

Reação em cadeia e agroecologia
“É de suma importância para tudo, o uso correto dos agrotóxicos. Trazendo o bem para agente, que está na área. Sabendo a forma certa de usar, a gente acaba fazendo o bem para as outras pessoas”. O pensamento da jovem Pauliane Alves dos Santos leva em conta a cadeia de envolvidos na produção agrícola, desde quem está próximo ou trabalha na lavoura pulverizada, até para quem vai consumir aquele alimento. Se o agricultor, por exemplo, não respeitar o período de carência especificado pelo fabricante do defensivo agrícola e puser o alimento à venda antes, quem consumir poderá sofrer contaminação pelos agentes químicos tóxicos ainda não eliminados pela planta.

Pauliane é da Colônia Penha, também em Riachuelo – onde a irrigação do Cohidro chega através do perímetro Jacarecica II. “Meu pai aplica, mas agora vou saber orientar. Tive muita informação. Então o curso foi muito bom e muito produtivo. E vou levar para a minha base, para o meu terreno, para o meu pai e para o meu irmão, que também aplica”, concluiu a agricultora familiar. Os ensinamentos também alertam quanto à forma correta de aplicar o agrotóxico, levando em conta os horários e a incidência de chuvas. São situações que podem contaminar ar, água e solo, prejudicando o meio ambiente e quem ali vive.

O senhor Vicente de Andrade, agricultor também do Mario Lago, conta que – sem querer – tem praticado o método mais eficaz de combater todos os efeitos nocivos dos agrotóxicos, que é a não utilização. Ele vem substituindo produtos industrializados por receitas alternativas para combater pragas, doenças e plantas invasoras. Não nega que poderá vir a lançar mão ao uso dos produtos, mas afirma que agora que está capacitado, sabe que existem regras e restrições a serem respeitadas. “Estou achando ótimo. A Importância é grande, porque se a gente for trabalhar, já sabe. Eu já usei, mas hoje trabalho sem ele”, considera – argumentando que o uso dos agroquímicos incide em aumento da produção.

Águas de Sergipe
O programa Águas de Sergipe é resultante de um contrato firmado entre o Governo de Sergipe e o Banco Mundial no valor de US$ 117.125.000,00, sendo US$ 46.850.000,00 a contrapartida do Estado. O PAS tem como finalidade a melhoria da qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Sergipe e a prática da exploração sustentável dos recursos naturais. Desse montante, US$ 8 milhões serão destinados à Cohidro para ações de modernização da infraestrutura dos perímetros irrigados, segurança de barragens, assistência técnica e capacitação aos produtores.

 

Governo discute plano de Segurança e de Emergência para barragens

José Carlos Felizola reuniu gestores e técnicos da Superintendência de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Deso, Cohidro e Adema para reforçar as medidas preventivas nas barragens em Sergipe

O governo de Sergipe está atento às questões de prevenção nas barragens do Estado, e por conta disso, o secretário Geral de Governo, José Carlos Felizola, realizou nesta terça-feira, (05), uma reunião com os órgãos competentes para discutir as medidas preventivas que garantam a segurança estrutural das barragens que são de responsabilidade do estado – Foto: Marcos Rodrigues/ASN

O governo de Sergipe está atento às questões de prevenção nas barragens do estado e, por conta disso, o secretário Geral de Governo, José Carlos Felizola, realizou reunião, nesta terça-feira (05), com os órgãos competentes para discutir as medidas preventivas que garantam a segurança estrutural das barragens que são de responsabilidade do Estado. Na ocasião, foi debatida a implantação de Plano de Segurança de Barragem e Plano de Ação Emergencial.

Segundo José Carlos Felizola, o estado possui Sergipe possui 13 barragens. Entre elas, oito são administradas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e cinco sãos geridas pelo estado, por meio da Deso e da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). O plano de Segurança pretende identificar as situações de emergência que coloquem em risco a integridade e a segurança da barragem, estabelecendo as ações necessárias para esses casos. Dessa forma, é possível evitar ou minimizar danos com perdas de vida e de propriedades.

“O importante é ressaltar que nossas barragens não têm problemas estruturais e que todas as medidas de segurança vêm sendo tomadas pelo governo, mesmo anteriormente aos desastres acontecidos em Brumadinho e em Mariana”, explica Felizola, ressaltando que as barragens localizadas em Sergipe possuem características diferentes, já que armazenam somente água para consumo humano, animal e irrigação.

Nessas barragens atuam, desde 2014, os especialistas que formam o Painel de Segurança de Barragens contratados pelo ‘Programa Águas de Sergipe’ (PAS), encaminhando ações preventivas que afastam o temor criado pelos casos de Mariana e Brumadinho.

O Painel de Segurança de Barragens do PAS, financiado com recursos do Banco Mundial, é constituído por quatro consultores nas especialidades Hidrologia, Geotécnica, Hidráulica e Concreto. Os trabalhos do corpo técnico tiveram início em 10 de novembro de 2014, data da chegada dos especialistas a Sergipe, e corresponde a um investimento contabilizado em R$ 1.132.000,00.

“Desde 2014, o governo de Sergipe, por meio do programa Águas de Sergipe, contratou especialistas que elaboraram um painel de segurança nas barragens. Eles vistoriaram todas as barragens de Sergipe, elencaram uma matriz de riscos e ações de curto, médio e longo prazo”, pontua o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Melo.

O secretário executivo da Defesa Civil, Major Queiroz, reforçou que nenhuma das barragens sergipanas está irregular. “Estamos aqui para tranquilizar a população sobre as barragens. A barragem do Poxim foi a única que despertou certo receio da população.  No entanto, analisamos que o risco existente é baixo e, mesmo assim, ela está sendo monitorada pela Deso. Estamos em fase de discussão do Plano de Segurança de Barragem e Plano de Ação Emergencial, que garantirão ainda mais a segurança das barragens”, explicou.

Já o superintendente de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Olivier Chagas, destacou que os planos são preventivos. “O estado de Sergipe está se antecipando, para evitar, no futuro, algum problema”, completou.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Barragens estaduais permanecem seguras e sob monitoramento em Sergipe

Nessas barragens públicas atuam, desde 2014, os especialistas que formam o Painel de Segurança de Barragens contratados pelo ‘Programa Águas de Sergipe’ (PAS), encaminhando ações preventivas que afastam o temor criado pelos casos de Mariana e Brumadinho
Nessas barragens públicas atuam, desde 2014, os especialistas que formam o Painel de Segurança de Barragens contratados pelo ‘Programa Águas de Sergipe’ (PAS), encaminhando ações preventivas que afastam o temor criado pelos casos de Mariana e Brumadinho (Foto: Arquivo Cohidro)

Em Sergipe, nas seis barragens geridas pelo Governo do Estado destinadas à irrigação e ao consumo humano, a preocupação com os quesitos de segurança das reservas hídricas e das populações adjacentes vem de muito antes de o assunto tomar o noticiário, com as tragédias ocorridas em Minas Gerais. Nessas barragens públicas atuam, desde 2014, os especialistas que formam o Painel de Segurança de Barragens contratados pelo ‘Programa Águas de Sergipe’ (PAS), encaminhando ações preventivas que afastam o temor criado pelos casos de Mariana e Brumadinho.

A Cohidro possui reservatórios próprios, que represam a água dos rios em seus perímetros irrigados da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana; Jacarecica II, situado entre os municípios de Malhador, Riachuelo e Areia Branca; Piauí, em Lagarto; e Jabiberi, em Tobias Barreto. Destes, somente no Jacarecica I, a água represada é exclusiva para a irrigação, não tendo destinação compartilhada com o abastecimento humano, a partir da captação e tratamento realizado pela Companhia de Saneamento de Sergipe. À Deso pertence a barragem Jaime Umbelino Souza, instalada no Rio Poxim, no município de São Cristóvão, onde faz uso exclusivo da água captada. Todas essas seis represas foram foco de atuação do Painel de Segurança do PAS.

Antes de 2014, quando teve início o Painel de Segurança, já atuava a Comissão Estadual de Monitoramento de Barragens que, assim como o PAS, é coordenada pela Superintendência de Recursos Hídricos (SRH), hoje alocada na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs). Também integram a Comissão representantes das companhias de desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), de Saneamento de Sergipe (Deso), do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) e da Defesa Civil Estadual.

Nessa Comissão, o grupo de servidores públicos especialistas debruça atenção tanto às condições de segurança de todos os barramentos do estado, quanto ao monitoramento das crises hídricas, estabelecendo metas e restrições emergenciais ao uso dessas reservas de água em Sergipe. Diante dos recentes acontecimentos, o governador Belivaldo Chagas determinou que os órgãos integrantes da Comissão emitam um novo relatório após visita técnica às barragens de administração estadual. “Já temos esse acompanhamento sendo realizado de maneira contínua, e diante da tragédia de Brumadinho, estamos mobilizando nossas equipes em uma força-tarefa para tranquilizar a população sergipana, em especial as comunidades próximas às barragens, sobre a segurança delas”, pontuou o governador.

Por sua vez, o Painel de Segurança de Barragens do PAS, financiado com recursos do Banco Mundial, é constituído por quatro consultores nas especialidades Hidrologia, Geotécnica, Hidráulica e Concreto. Os trabalhos do corpo técnico tiveram início em 10 de novembro de 2014, data da chegada dos especialistas a Sergipe, e corresponde a um investimento contabilizado em R$ 1.132.000,00 até 30 de abril de 2019. Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Melo, os relatórios técnicos dos integrantes do Painel de Segurança atestaram a segurança nas barragens que o Governo de Sergipe faz uso.

“Antes do fatídico desastre de Mariana, em março de 2015, já tínhamos pareceres técnicos da garantia da segurança das barragens que compõem a bacia do Rio Sergipe [Ribeira, Poxim, Jacarecica I e II]. Em agosto do ano seguinte, a mesma equipe, independente de engenheiros, concluía que também as barragens que atendem aos perímetros Piauí e Jabiberi têm bom estado de conservação. Em todas, foram demandadas ações de curto e médio prazo em que o PAS está demandando recursos na ordem de R$ 8 milhões. Projetos e obras que atualmente estão em execução”, detalhou.

Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano, um caso a parte ocorreu na barragem do Perímetro Irrigado Jacarecica I, em Itabaiana. “Diante do fato histórico ocorrido no verão de 2017, que resultou no esvaziamento da barragem do Jacarecica I e que deu acesso às partes dela que estavam encobertas pela água desde a sua construção, pôde ser realizada a obra de implantação da comporta de segurança e a descarga ecológica, com recursos de aproximadamente R$ 100 mil investidos (do tesouro do Estado). Esta intervenção corresponde a duas ações indicadas no Relatório do Painel de Inspeção e Segurança de Barragens, nos quesitos de segurança de controle da vazão, limpeza dos detritos sedimentados no fundo da barragem e a paralisação segura da captação de água, a fim de fazer manutenções”, afirma.

Outra ação de extrema importância indicada pelos especialistas, segundo o presidente Carlos Melo, é o Plano de Segurança das Barragens, que envolverá o planejamento de rotinas técnicas, leituras e estudos da situação das barragens de forma sistemática e contínua. “Estão dotados R$ 1,6 milhões, em recursos do PAS, para a licitação que está em andamento, e que irá contratar empresa de engenharia especializada para este fim. Dessa forma, as barragens do Estado ganharão um componente a mais de garantia de segurança estrutural”, complementa o presidente da Cohidro. Ainda de acordo com ele, outros estudos, obras e instalação de equipamentos de mensuração da situação física das barragens, que estão sendo executados nas ações de curto e médio prazo, vão amparar a aplicação do Plano de forma permanente.

Águas de Sergipe
Tendo como finalidade a melhoria da qualidade da água na bacia hidrográfica do rio Sergipe, o Programa resulta de contrato firmado entre o Governo de Sergipe e o Banco Mundial no valor de US$ 117.125.000,00, sendo de US$ 46.850.000,00 a contrapartida do Estado. Desse montante, US$ 8 milhões estão sendo destinados à Cohidro para ações de modernização da infraestrutura dos perímetros irrigados e segurança de barragens.

Governo do Estado pesquisa solução à crise hídrica de Tobias Barreto no subsolo sergipano

Indícios do prolongamento do aquífero São Sebastião em território de Sergipe criam expectativa de que pode  ser realizada à adução da água subterrânea em poços perfurados no estado

Todo poço perfurado pela Cohidro, como regra, passa por uma análise prévia de um geólogo, que indica o lugar exato para perfurar um poço em uma localidade (Foto Ascom Cohidro)

Expedição conjunta dos órgãos gestores em recursos hídricos do Governo do Sergipe e a Prefeitura Municipal, na quinta-feira (10) percorreu as imediações do povoado Palame, em Tobias Barreto (SE), buscando locações propícias à Cohidro realizar a perfuração de poços que possam atender à demanda emergencial por água potável que o município enfrenta. A análise das características geológicas da superfície procurava a localização de um prolongamento do aquífero situado na Bahia. Mas segundo os especialistas, a indicação da presença do reservatório subterrâneo em território sergipano somente será conclusiva após a análise de amostras de material do subsolo.

A equipe do Governo é formada por geólogos das companhias sergipanas de Desenvolvimento de Recursos de Hídricos e Irrigação (Cohidro), de Saneamento (Deso) e da Superintendência de Recursos Hídricos (SRH), ligada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurb). A pesquisa de campo foi seguida de uma reunião dos técnicos na sexta-feira (11), que emitiu um laudo indicando a necessidade de realizar um ‘furo-guia’. Segundo Maria Auxiliadora Lima, é uma perfuração de solo sem objetivo de encontrar água, mas para coleta de materiais rochosos e suas diferentes composições de camadas.

“Fizemos um levantamento da área. No lado da Bahia é excelente, no lado de Sergipe é que tem um comportamento peculiar na borda de bacia. O estudo em campo foi feito com mapas geológicos, imagens de satélite e, devido a dificuldade encontrada in loco de se definir o comportamento da formação São Sebastião, resolvemos fazer um furo de pesquisas”, relata a geóloga da Cohidro. “Fiquei muito contente com este trabalho, era uma pesquisa necessária para Sergipe e que vem engrandecer o papel da Cohidro no estado”, complementa Auxiliadora.

Participaram da expedição de campo, além de Maria Auxiliadora, os geólogos João Carlos Santos da Rocha (SRH) e Mike Henderson (Deso), também acompanhados do representante da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão de Tobias Barreto, Danillo Campos. Foi um estudo da composição geológica da superfície nos setores delimitados pelos mapas, situada na extremidade leste do município e também na área limítrofe entre os dois estados. Buscavam a localização para ter acesso, via perfuração, ao aquífero São Sebastião.

Segundo o diretor de Infraestrutura e Mecanização Agrícola da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, a formação aquífera está quase toda situada no subsolo do território do estado da Bahia mas, segundo estudos geológicos, em uma pequena e bastante restrita área avança sob o território sergipano. “Tendo indícios suficientes, através da pesquisa de campo desse corpo conjunto de geólogos do Governo de Sergipe, vamos fazer os poços com nossas equipes de perfuração. Esses poços poderão ser interligados à rede de distribuição de água da Deso no município, caso eles venham oferecer vazão suficiente que permita o bombeamento”, condicionou.

O diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto, explica que a ação é resultante da reunião entre os representantes destes órgãos estaduais e o governador Belivaldo Chagas, ocorrida na terça-feira (8) anterior. “O governador nos reuniu: Deso, Cohidro, SRH, secretarias Geral de Governo e de Comunicação, pois quer que busquemos soluções para enfrentar à crise hídrica que atravessam alguns municípios sergipanos assim como determinar medidas preventivas para a segurança hídrica no estado, para que os efeitos da falta de chuvas, no futuro, sejam minimizados e não afetem mais a população”, expôs.

João Carlos, da SRH, reforça que a conclusão do corpo de geólogos foi conjunta, para a perfuração do ‘furo-guia’. “O objetivo é procurar um local de perfuração adequado para abastecer a cidade de Tobias Barreto e todo município. Em formações rochosas em que já foram feitas perfurações (em Tobias Barreto), indicaram que a quantidade de água é insuficiente e a qualidade da água é insatisfatória (salobra). A gente foi visitar este local em que há uma mancha do aquífero encontrado na Bahia e foi constatado que nenhum poço foi feito nesta área. Então, a gente vai fazer esse poço”, concluiu.

O geólogo da SRH explica que o estado vizinho é bem mais privilegiado pelo aquífero pesquisado, onde foi possível a exploração de poços com grandes vazões hídricas em profundidades médias de 100 metros. “Mas a Bahia está mais centralizada nessa formação São Sebastião, onde há poços até 80 a 100 metros cúbicos por hora (m³/h). Para abastecer Tobias Barreto, a gente precisaria de 300 m³/h. Então seria necessária uma bateria de poços que atendam os 300 a 350 m³/h. A gente sabe que na Bahia tem poços bons e se gente conseguir aqui cerca de 50 m³/h, já seria muito bom”, considerou João Carlos. Ele ainda constatou, na visita, que á área não é de difícil acesso, o que facilitará a perfuração dos poços e a uma futura construção da adutora.

Governo discute abastecimento de água e reforça importância da gestão de Recursos Hídricos em Sergipe

A partir de panorama apresentado ao governador Belivaldo Chagas, foram discutidas questões relacionadas aos recursos hídricos, bem como avanços, problemas e soluções que podem ser colocadas em prática para uma melhor e mais eficaz gestão da água no estado
Reunião teve como objetivo estudar o panorama hídrico de Sergipe e buscar soluções para evitar possível desbastecimento de água no futuro (Foto Marcos Rodrigues – ASN)

O governador Belivaldo Chagas se reuniu, nesta terça-feira (08), com representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurb), da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), e da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), para debater questões relacionadas ao abastecimento de água em Sergipe, bem como sobre a segurança hídrica do estado e medidas que podem ser tomadas para melhorar a questão.

Participaram da reunião o superintendente especial de Recursos Hídricos e de Meio Ambiente, Olivier Chagas; o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Melo; o diretor-presidente da Deso, Jetro Duarte Moreira; o diretor de Infraestrutura Hídrica da Cohidro, Paulo Machado Sobral; o secretário geral de Governo, José Carlos Felizola; o secretário de Comunicação, Sales Neto; e o coordenador da Câmara Técnica de Articulação Institucional do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Ailton Rocha.

Na reunião, o coordenador, que também é engenheiro agrônomo, apresentou um panorama dos recursos hídricos do estado, desde a situação da água município a município, até mesmo o apontamento de avanços, dificuldades nas regiões mais críticas de Sergipe e possíveis medidas que podem ser adotadas para a resolução das questões.

“Esse estudo traz um raio X da água em Sergipe e identifica as áreas onde o governo deve atuar de forma prioritária para que futuramente, não precisemos, por exemplo, viver uma situação de desabastecimento. Então, o objetivo do estudo foi demostrar o cenário de segurança hídrica do estado, que no momento se demonstra bastante preocupante, provocado principalmente pela seca prolongada, desmatamento, desperdício e poluição. Ao mesmo tempo, sinalizar com soluções, a exemplo da necessidade de fazer gestão plena dos reservatórios, de implementar o produtor de água, de se fazer o fortalecimento institucional para se fazer a gestão dentro do escopo, que vai desde o monitoramento até a fiscalização, para  que a gente possa garantir esta água dentro de um horizonte de curto, médio e longo prazo”, explicou.

Importância da discussão
Olivier Chagas reforçou  a importância da discussão para que seja garantida a segurança hídrica do estado nos próximos anos. “O estado precisa ter essa segurança para que a gente garanta que a sociedade tenha água para uso humano e para o desenvolvimento econômico. Estamos aprofundando as discussões para que a gente possa garantir uma governança com efetividade, para que se possa fazer bom aproveitamento das nossas águas”, reforçou.

Atento às necessidades do estado em relação ao abastecimento de água, o governador também ressaltou o debate sobre o importante tema, garantiu que irá se aprofundar sobre as questões relacionadas à água e que, em sua gestão, as ações sairão do papel.

“Esses meus primeiros 90 dias de trabalho serão para arrumar a casa e incluo a realização de um novo organograma da Sedurb. Com isso, pretendemos otimizar as ações realizadas, avaliar, pensar e planejar junto aos competentes técnicos que atuam conosco. Também pretendo sentar com a equipe da Deso e da Cohidro para pensar sobre o que queremos sobre cada uma delas e para organizar melhor o mecanismo de trabalho, que deverá resultar numa gestão de recursos hídricos eficaz. Iremos avaliar as questões mais urgentes, onde podemos investir, como podemos conseguir parcerias e verbas para tornar cada vez a questão dos recursos hídricos mais segura e eficiente no estado”, destacou.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícia

Governo investe mais de R$1,8 milhão para modernização dos sistemas de informática da Cohidro e Emdagro

Novo servidor informático da Cohidro (foto Ascom Cohidro)

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), por meio do Programa Águas de Sergipe, assinou um termo que autoriza a compra e a posse de diversos equipamentos de informática para a modernização dos sistemas de tecnologia da informação da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe de (Emdagro). O valor total do investimento é superior a R$1,8 milhão.

Dentro do Programa Águas de Sergipe, financiado pelo Banco Mundial, existem ações que visam modernizar e dar uma melhor estrutura às empresas e agentes que fazem parte do Programa, como a Cohidro e Emdagro. Uma dessas ações é dotar essas empresas com modernos equipamentos de mobília e, neste caso, de tecnologia da informação para que elas possam melhor desempenhar suas ações.

“Esse investimento vai possibilitar que essas empresas modernizem seus sistemas e tenham mais automação para prestar seus serviços à população. Considero a Emdagro e a Cohidro como duas empresas fundamentais que prestam serviços relevantes ao homem do campo, ao pequeno agricultor familiar. É importante salientar que esses equipamentos vão chegar também aos escritórios desses órgãos no interior do Estado”, destaca o secretário Olivier Chagas, o qual classifica a Cohidro e a Emdagro como parceiras abnegadas.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca, destacou o papel da Semarh e de Olivier para o andamento das ações do programa. “A gente tem que reconhecer que, nos últimos quatro anos, com a gestão de Olivier no comando da Semarh, o Programa avançou bastante. No caso da Cohidro, os avanços foram significativos e estamos executando diversas obras dentro dos perímetros irrigados. Temos um programa de segurança das barragens, também do Programa, que é de extrema importância para o Estado, para que possamos agir no caso de uma emergência. Essa assinatura sobre os equipamentos de informáticas também é fundamental para a Cohidro, porque ela tem uma infraestrutura deficitária nesse segmento, a exemplo de rede de fibra ótica, um servidor. Não é só importante para a Cohidro, é importante para os produtores irrigados. Vamos ter mais condições de cobrar tarifas e elaborar boletos, é condição de trabalho para todos”, elogia.

Opinião semelhante tem o diretor-presidente da Emdagro, Jeferson Feitosa. “Temos de aplaudir o secretário Olivier pela sua gestão como um todo.  O Programa Águas de Sergipe continua e a importância que ele tem para a Emdagro eu reputo como extremamente importante, por levar ações para o homem do campo. Esses equipamentos vão para atividades fim da Emdagro, beneficiando o produtor”, enaltece.

O coordenador da Unidade de Administração do Programa Águas de Sergipe (Uapas), Everton Teixeira, explica que a assinatura contempla várias compras de equipamentos de informática e o mais importante: um novo servidor para cada uma dessas empresas. “Um servidor moderno que vai permitir sobrevida de 15 a 20 anos além dos equipamentos adicionais, como computadores, microcomputadores, notebooks e outros equipamentos que vão permitir uma modernização muito grande, tanto em suas sedes como nos escritórios regionais, o que certamente irá beneficiar os pequenos agricultores”, conclui.

Águas de Sergipe
O governo de Sergipe nutre, por meio da Semarh, uma parceria sólida com o Banco Mundial para a realização de obras estruturantes capitaneadas pelo Águas de Sergipe, o qual visa promover o uso eficiente das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, aperfeiçoando práticas de manejo do solo e da qualidade do sistema fluvial.

Com o programa, são realizados investimentos especialmente em esgoto, irrigação, drenagem e resíduos sólidos, com cerca de 80 ações em diversos municípios, despontando como um dos mais importantes projetos desenvolvidos pelo Estado. O programa é fruto de acordo de empréstimo concedido pela entidade internacional, avaliado em R$117 milhões, sendo R$ 47 milhões em contrapartida já honrados pelo Estado.

Três componentes
O programa foi desenvolvido em três grandes frentes ou componentes de trabalho. No componente 1, o foco é a estruturação da estratégia de cuidados dos recursos hídricos do Estado.

Já o componente 2 visa executar medidas que venham a melhorar a qualidade e utilização dos recursos hídricos nas áreas de atuação dos perímetros irrigados da agricultura familiar. Além disso, esse componente dá condições para que as parceiras Cohidro e da Emdagro fortaleçam suas atividades institucionais, dotando essas empresas de equipamentos, de veículos, de reformas de estruturas, com atualização de softwares, informática, dando condições a elas de executar melhor o seu papel.

Considerado o mais importante do programa, o Componente 3 tem obras estruturantes de esgotamento sanitário, executada pela Deso. Uma das ações mais pujante acontece no município de Itabaiana, região Agreste do Estado, com a obra, já concluída, da estação elevatória e de tratamento de esgoto, dando um grande passo para a despoluição do rio Jacarecica, que é afluente do rio Sergipe e interligado ao açude da Marcela.

Em Nossa Senhora das Dores ocorre implantação do sistema de esgotamento sanitário. Serão 80% da população urbana atingidos, ou seja, mais de 20 mil pessoas atendidas através de mais de 4.500 ligações.

Outra importantíssima obra é a reconstrução da antiga ponte de Pedra Branca, entre os municípios de Laranjeiras e Maruim, e a recomposição do trecho original da adutora do São Francisco. São mais de R$ 16 milhões sendo investidos para que aproximadamente um milhão de pessoas continuem recebendo água em suas casas. A obra começou em 2016 e tem previsão de término para este ano.

 

Fonte: Ascom/Semarh

Sementes doadas pelo Governo do Estado tiveram rendimento certo em perímetros irrigados no Sertão

Aproveitamento das sementes é de 100%. Irrigação da Cohidro fornece principal insumo para agricultores irrigantes suprirem demanda de ração animal para criadores durante o verão seco.

Edivânia Freitas garantiu o milho para produzir espigas e palhada de fazer ração para carneiros, cabras e a vaca que cria (foto Ascom Cohidro – Fernando Augusto)

Das 12 toneladas de sementes de milho entregues pelo Governo do Estado em Canindé de São Francisco (SE) este ano, 4.350 quilos ficaram a cargo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) distribuir entre os irrigantes dos perímetros irrigados Califórnia, que a empresa administra, e o Jacaré-Curituba (Codevasf). A partir de setembro, 435 produtores começaram o plantio irrigado para que já em novembro pudessem começar a colher a forragem, dando suporte à alimentação dos rebanhos sertanejos no período de maior seca. Se todo milho for aproveitado para a silagem, a estimativa é de uma produção próxima das 8.000 toneladas de ração animal.

Ao todo a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), distribuiu 247 toneladas de sementes certificadas de milho das variedades BRS Caatingueiro e BR 106, e 90 toneladas de sementes de milho na variedade Crioula, atendendo os municípios de Carira, Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé do São Francisco. Um investimento de R$ 1.383.200,00, recursos estaduais do Fundo Estadual de Erradicação e Combate à Pobreza (Funcep).

Para o diretor-presidente da Cohidro, Carlos Fernandes de Melo Neto, o aproveitamento das sementes nos perímetros irrigados é praticamente de 100%. “O plantio, usando a irrigação que nós fornecemos durante todo ano, não está condicionado à periodicidade de chuvas que nós sabemos não ter sido significativa em 2018. Mas essa parcela do que foi doado teve bom uso. Como resultou em uma safra fora da época junina, quando a procura pelo milho espiga é maior, está resultando em um milho quase todo aproveitado na alimentação animal, que casa perfeitamente com a real necessidade que passam todos os criadores do Alto Sertão, da falta de chuvas e muito pouco para dar ao gado nas propriedades”, argumenta.

Edivânia Freitas Santos foi uma agricultora familiar que em setembro recebeu uma saca de 10 quilos da semente BRS Caatingueiro, variedade de milho superprecoce que produz grãos entre 90 e 100 dias. Após plantar no perímetro Califórnia, ela tem a intenção de aproveitar as espigas e moer a palha para fazer ração, destinada à sua criação de cabras, ovelhas e uma vaca. “Muito bom, pois a situação que está agora não está podendo nem comprar, porque está muito caro o milho. Por isso estamos com a área lá desocupada, porque o interesse é de plantar o milho, mas como estava sem condições de comprar a semente. E agora graças Deus consegui, porque não tem inverno, mas tem a irrigação, e com fé em deus vamos plantar e colher”, justifica.

Em 2018, houve tempo hábil, já em meados do mês de maio, para que a entrega de sementes do Governo do Estado ocorresse antes do período de chuvas no inverno. “Queremos todo mundo com sua semente em casa. Isso será bom para ajudar o pequeno agricultor, principalmente, aquele que participa da agricultura familiar. Isso é possível graças aos recursos adquiridos através do Fundo de Pobreza, recursos arrecadados pelo tesouro do Estado, através dos impostos que são pagos pela população e que a gente faz questão de reservar ano a ano. Temos essa preocupação de reservar essa quantidade para que possamos adquirir essas sementes e distribuir para o pequeno agricultor”, destacou o governador Belivaldo Chagas.

Titular da Seagri, Rose Rodrigues destacou a qualidade da semente e o impacto que elas terão na produção agrícola do estado.  “Essa semente é selecionada e chega na hora certa. Ela é uma semente com dupla aptidão, tanto para forragem quanto para grãos. É uma semente adaptada para a região, semente caatingueiro”. A secretária ainda afirmou que a distribuição das sementes é a mão do Estado fomentando a agricultura camponesa. Ela cumprimentou a equipe da Emdagro que, através dos seus técnicos, oferece tecnologia ao campo.

A distribuição feita no escritório da Cohidro, segundo a gerente do perímetro Califórnia  Eliane de Moura Morais, seguiu critérios que certificassem a condição de baixa renda dos agricultores familiares. “Esteve disponível para entrega a quem se interessasse as sementes de milho para plantio aqui na sede da Cohidro. Foram mais de 4 mil quilos à disposição dos produtores do Califórnia e Jacaré-Curitiba. Fazia o cadastro e levava uma saca de 10 quilos, trazendo o NIS (Número de Identificação Social), Cartão Cidadão ou Cartão da Bolsa Família”, explicou. Ela conta que já em novembro houve colheita deste milho. “Alguns colheram só a palha para fazer a silagem, nem esperaram embonecar”.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, explica que o aproveitamento do milho na ensilagem representa uma capacidade de armazenar grandes quantidades de alimento para os animais em pequenos espaços e por longos períodos de tempo, preservando as propriedades nutricionais das plantas. “É um método ideal para quem pretende plantar o milho com a intenção de comercializar com os criadores da região. Quando é para aproveitamento com animais no próprio lote, é feito em silos ou cobertura em lona. Como o objetivo de comercialização, os produtores o fazem em sacos plásticos vedados, para que haja o processo anaeróbico de fermentação por bactérias”, orienta. Ainda segundo ele, foram colhidos 333 hectares de milho durante em 2018 nos perímetros irrigados administrados pela empresa, onde o aproveitamento das plantas é completo, com o uso integral ou só da palhada para ração.

Por Ascom Cohidro com informações da ASN

 

Última atualização: 31 de janeiro de 2019 15:06.

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