Governo envia especialistas para inspecionar segurança das barragens da Cohidro

Corpo técnico, formado por engenheiros e geólogo, começou pelo Perímetro Irrigado da Ribeira

[Fotos: Fernando Augusto]
Um grupo de especialistas do governo de Sergipe deu início a uma série de vistorias para verificar a segurança nas barragens de retenção de água dos perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro. Os cinco reservatórios banham sete municípios, distribuídos em três microrregiões do estado e estão todos cheios, após uma semana inteira de intensas chuvas. A primeira visita aconteceu na barragem construída para abastecer o Perímetro Irrigado da Ribeira, entre os municípios de Itabaiana e Campo do Brito, fornecendo água para agricultar 466 lotes familiares e para o consumo humano das áreas urbanas em seu entorno, a partir de captação da Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso.

O grande volume de água sendo disperso nos vertedouros dessas barragens causam receio na população e, para tranquilizar os moradores dos seus entornos, a Cohidro buscou a opinião técnica dos seus engenheiros civis e do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil – Depec, além do geólogo da Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente – Serhma. Na sequência, a companhia vai repetir as diligências nas demais barragens e, segundo o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, é uma medida preventiva que reforça o trabalho que vem sendo feito para monitorar a segurança nessas estruturas.

“Temos a confirmação do Painel de Segurança de Barragens, que é o corpo de especialistas independentes, convocado pelo Programa Águas de Sergipe [do Governo do Estado], classificando as nossas barragens como de baixo risco quanto à capacidade de descarga de seu vertedouro e à consequente possibilidade de galgamento – que é o risco da estrutura de barramento da água se romper. Para reforçar essa garantia que já temos e tranquilizar a população, estamos enviando esses especialistas convidados e os nossos engenheiros civis Adnaldo Santana e Igor Garcez. Fora isso, nossas equipes locais estão fazendo visitas diárias nessas barragens para nos informar qualquer mudança no comportamento dos seus taludes”, informou Paulo Sobral.

Apesar do volume de água que a barragem do perímetro da Ribeira está comportando e dispersando em seus vertedores, José Roberto Oliveira, engenheiro Civil da Depec, constatou que ela não apresenta nenhum risco em sua estabilidade estrutural. “Na vistoria que nós fizemos, observamos a condição dos taludes, principalmente a jusante [o sentido da correnteza, num curso d’água], para ver se existe alguma insurgência de água, alguma dolina ou minante. A gente sabe que uma insurgência de água a jusante da barragem poderia ser um risco, a depender do seu volume. Mas nós não vimos nada que pudesse indicar perigo aos moradores que residem na parte a jusante da barragem”, disse, reforçando a importância que a barragens têm na contenção de cheias, além do acúmulo de água proporcionado para múltiplos usos e perenização dos rios.

Também na avaliação de João Carlos da Rocha, geólogo na Serhma, não há inícios de risco na estrutura da barragem. “O ideal é que se veja as insurgências, as percolações em período seco, mas demos uma olhada no pé da barragem, que seria o ponto mais crítico. Estava passando muita água – em grande parte em função das precipitações bastante elevadas -, mas água estava relativamente limpa e a gente não via nenhuma saída exagerada de água que pudesse comprometer a segurança da barragem, em relação à altura de lâmina d’água que ela atingiu”, avaliou. Ainda segundo ele, o grupo deve retornar ao local em dia seco, equipado com um drone, para verificar a estrutura da barragem com maiores detalhes.

Perímetros irrigados produziram mais de dois milhões de espigas de milho verde no período junino

Ozéias Beserra e espigas para uso do milho em grão [foto: arquivo pessoal]
Cozido, assado, na canjica, na pamonha, no bolo ou no cuscuz, o milho verde é bastante requisitado nas noites festivas para comemorar os santos católicos do mês de junho. Mas as mudanças climáticas que afetam o globo influenciam cada vez mais no planejamento do plantio no mês de abril, dependendo da chuva para a boa colheita no período junino. Assim, com o uso de irrigação é possível garantir a colheita e os lucros da época de consumo maior. Nos perímetros irrigados em que o governo do Estado fornece água para agricultores, a produção ocupou 124 hectares [ha] e gerou uma média de 2.480.000 espigas.

A versatilidade do milho oferece a possibilidade do seu aproveitamento para a ração animal; em forma de forragem, o pé inteiro e as espigas verdes, ou o grão seco. “Eu vendo a espiga, e o que eu não consigo vender, deixo na secagem e tiro para alimentar as galinhas e algumas ovelhas que eu tenho. A outra parte eu faço silagem, para três vacas que temos aqui”, explicou Ozéias Bezerra, irrigante do Setor 05 do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro) em Canindé de São Francisco.

Neste ano, Ozeias plantou em torno de 0,75ha em três datas diferentes, para colher dia 17 e 28 junho e neste dia 5 julho que passou. “Eu planto todo ano no ‘período da fogueira’ e a irrigação é fundamental, porque quando a gente faz o plantio não está chovendo aqui ainda, ai nós irrigamos praticamente o ciclo todo do milho. Eu mesmo só fui parar de irrigar o milho de umas três semanas para cá. Do plantio até 60 dias, a irrigação no milho é primordial. E isso varia muito, tem vezes que a chuva vem mais cedo e outras que é mais tarde”, acrescentou.

A gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes, identifica que a demanda por milho é constante e garante a viabilidade dos plantios. Fator que, segundo ela, só é possível pela oferta de água distribuída pela companhia nos 333 lotes dos irrigantes. “Aqui se colhe milho todos os meses do ano.Mas geralmente uma média de 15ha são plantados ao todo, ao mesmo tempo em que se colhe outros 15ha plantados anteriormente. Já no plantio feito em abril, com previsão de colheita no período junino, foram 46ha”, informou.

Outros perímetros
No Perímetro Irrigado Piauí, outra unidade da Cohidro que leva irrigação para 421 lotes agrícolas familiares em Lagarto, o milho verde para colher no São João ocupou 38ha e, levando em conta a média de produtividade de 20 mil espigas por hectare, chegou a cerca de 760 mil unidades. Na região Agreste, os perímetros irrigados Jacarecica I e II tiveram, respectivamente, 25 e 15ha ocupados com o milho verde para colher em junho, com a produção de 500 mil e 300 mil espigas vendidas em Itabaiana, Malhador, Riachuelo e Areia Branca.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento agrícola da Cohidro, João Fonseca, explica como é realizado o processo de adubação desses locais. “Em todos os perímetros, mas principalmente em Lagarto, os agricultores estão buscando maiores produtividades para o milho utilizando a fertirrigação, que é o uso de fertilizantes diluídos na água de irrigação que leva esses nutrientes até a planta, rapidamente absorvidos pela raiz e dispensando a mão de obra da adubação manual”, detalha, acrescentando que essa mudança está sendo facilitada pela troca dos sistemas para os modelos de irrigação localizada, que consomem menos água que os aspersores convencionais.

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, a troca dos aspersores e tubulações, válvulas de controle de vazão e implantação de novo sistema de controle automatizado, está sendo subsidiada pelo governo do Estado, nos perímetros de Itabaiana. “Nos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, via Programa Águas de Sergipe, investimos mais de R$ 14 milhões nessa substituição de tecnologia, que deve gerar uma economia de 50% aos cofres públicos, em comparação ao consumo em energia elétrica para bombear a água até os lotes, e deixou de consumir 60% da água que antes era empregada nesta mesma irrigação”, finaliza.

Produtores rurais participam de curso sobre uso de agrotóxicos em perímetros irrigados

As atividades têm o objetivo de preparar o produtor rural para lidar com agroquímicos, sem provocar danos ao meio ambiente ou riscos à própria saúde, à da sua família, e a dos consumidores dos alimentos

Agricultores dos municípios de Itabaiana, Areia Branca, Campo do Brito, Malhador e Riachuelo participaram de um treinamento intenso, voltado para o uso adequado de agrotóxicos. Realizadas desde a última quarta até esta sexta-feira (05), as atividades têm o objetivo de preparar o produtor rural para lidar com agroquímicos, sem provocar danos ao meio ambiente ou riscos à própria saúde, à da sua família, e a dos consumidores dos alimentos. Uma das atividades ocorreu no Perímetro Irrigado da Ribeira, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), dentro do Programa Águas de Sergipe.

Segundo a técnica da Cohidro, Teresinha Albuquerque, o curso surgiu de uma demanda identificada através de pesquisa realizada nos perímetros. “Isso nos alertou para a grande necessidade de levar mais conhecimento para os agricultores sobre a questão dos agrotóxicos, pois é um mercado que está sempre mudando e eles precisam de atualização. Os instrutores estão repassando os aprendizados na linguagem do agricultor. E depois faremos uma avaliação dos resultados”, explicou.

Nesta sexta-feira, o dia de campo aconteceu no assentamento de reforma agrária Mario Lago, inserido do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Riachuelo. Além de agricultores que não foram capacitados em outras edições do curso, também participaram os técnicos agrícolas da Companhia e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

Responsável pelas capacitações, a consultora Paula Ismerim informou uma média de 150 participantes por dia de capacitação. “São 8h de aulas teóricas divididas em dois dias na semana, culminando com o dia de campo. Os técnicos visitaram aproximadamente 35 comunidades, lote por lote, mobilizando as inscrições para o curso. Foram feitas quase 1.600 inscrições, com participação de 80% das comunidades. Durante o curso sorteamos uma bicicleta por turma, e mais uma bicicleta a cada dia de campo”, revelou.

A agente comunitária de saúde do povoado Mangueira, Leia da Silva, foi uma das sorteadas com a bicicleta na quarta-feira. “Eu gostei muito do curso, porque vamos servir como multiplicadores do conhecimento para a população. O mais importante foi entender sobre os perigos dos agrotóxicos para a saúde das pessoas. Também pudemos nos aprofundar sobre as consequências do agrotóxico, que temos que fazer de tudo para diminuir, e que as pessoas têm necessidade de proteção quando for passar, com o uso adequado dos equipamentos de segurança”, contou Leia.

Agricultor irrigante do povoado Várzea das Cancelas há 20 anos, Luiz dos Santos trabalha com a esposa e o filho na lavoura produzindo batata-doce, amendoim e milho para comercializar em Itabaiana. Ele revela que aprendeu, no curso, que é preciso guardar os vasilhames dos agrotóxicos vazios para devolver à loja onde foi comprado. “Aprendi a usar a capa e todos os equipamentos necessários. Isso é muito importante e vamos começar a colocar em prática. Precisamos tomar cuidado e pensar mais em nossa saúde”, concluiu.

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Perímetro irrigado de Lagarto recebe visita de estudantes de Agronomia da Bahia

O dia de campo no pólo irrigado da Cohidro atende ao cronograma acadêmico das disciplinas de Fruticultura e Entomologia Agrícola
Foto: Fernando Augusto

“As aulas teóricas são necessárias, mas no campo, podemos ver e colocar em prática tudo que nos é ensinado”, disse a universitária Jéssica da Silva, que cursa o 5° período de Engenharia Agronômica na Faculdade do Nordeste da Bahia – Faneb, em Coronel João Sá. A jovem fez parte do grupo de estudantes e professores que visitaram o Perímetro Irrigado Piauí, no município sergipano de Lagarto, uma parte da infraestrutura que o Governo do Estado mantém, distribuindo água de irrigação a 421 lotes agrofamiliares.

Durante a aula de campo, os estudantes puderam conhecer exemplos de produção certificada de mudas frutíferas, de banana prata anã e uma amostra de produção orgânica de hortaliças. “A gente tem uma estação de bombeamento (EB) na barragem, a 5 km daqui, no rio Piauí, com uma adutora de 600 mm que faz a água chegar nesse reservatório secundário, onde a EB-02 distribui a água em sete setores, em sete povoados aonde estão os lotes”, explicou aos estudantes o técnico agrícola da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, Willian Domingos.

Dessa forma, pôde ser ampliado o raio de visão que os visitantes têm do escritório-sede do perímetro, onde também conheceram a Estação Meteorológica. Dali, segundo ele, equipamentos de mensuração do clima tanto geram dados necessários para determinar o tempo e o período para irrigar no dia, como também alimentam o banco de informações climáticas do estado.[pullquote align=center]

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[/pullquote]O foco maior da visitação foi a produção irrigada de espécies frutíferas que, conforme explicação do técnico da Cohidro, se faz de forma consorciada, possibilitando a diversificação da produção, e evitando que o agricultor sofra tanto com os altos e baixos do mercado. “Ele tem o maracujá, mas também tem o quiabo, coentro e a macaxeira. Ou seja, o produtor tem a diversificação de culturas e não enche o lote de uma cultura só. Se há 30 dias, o maracujá custava e R$ 4 o quilo, hoje está a R$ 0,50, aí tem que ter outra cultura para garantir a geração da renda familiar”, exemplificou Willian.

O professor Lucas Aroaldo expôs que a visita serviu para mostrar como funciona toda a infraestrutura envolvida, que vai desde a assistência técnica até a estrutura que a Cohidro oferece para esses produtores. “Os técnicos são capacitados para o entendimento da agricultura familiar desse policultivo, que envolve desde a olericultura orgânica até a produção de espécies frutíferas. É de suma importância que os alunos tenham contato com essas experiências de setores e com os produtores assistidos pela Cohidro”.

Depois de conhecer a complexa produção de mudas do produtor irrigante Nivaldo Araújo, a estudante Jéssica afirmou que a aula de campo foi interessante. “Possibilitou que pudéssemos absorver novos conhecimentos e saber de que forma é feito todo o processo [de produção] das mudas de cada cultura”, complementou a universitária. O irrigante Nivaldo Araújo, por sua vez, conta que para estar certificado a fornecer mudas citrícolas em Sergipe, segue um rigoroso controle de qualidade das matrizes, devendo haver muita disciplina nas rotinas de segurança fitossanitária. “O controle de pragas aqui dentro depende de mim, porque o segredo são as portas dos viveiros, por isso, todos os dias eu estou aqui. Digo aos funcionários que se gera um foco de doença aqui, perde tudo e o prejudicado não sou só eu, mas sim todos nós”, ressaltou.

O grupo ainda foi conhecer a produção de banana prata anã do irrigante Rosendo Santos, que realiza o controle de pragas com os métodos convencionais; e a produção orgânica de João Pacheco, onde o controle de pragas é feito usando processos alternativos. Nesses locais, o professor Fábio Leal, que ensina sobre os insetos inimigos das lavouras, pôde mostrar aos alunos, na prática, o trabalho de manter as plantas sadias, com e sem o uso de agrotóxicos. “Essas viagens servem para os alunos terem uma visão mais integral do processo agropecuário, aí eles vão fazendo os links necessários entre uma disciplina e outra. Hoje, tentamos identificar algumas pragas, métodos de controle e o que pode ser feito para minimizar os problemas causados por insetos”, concluiu.

 

Assistidos pela Cohidro visitam produção de uva, pera e indústria em Petrolina

Os agricultores irrigantes do perímetro da Cohidro em Canindé de São Francisco, Oséias e Levi Ribeiro, acompanhados do técnico agrícola da empresa, Roberto  Ramos, na quinta-feira, 9, participaram de um dia de visitação ao polo de agricultura irrigada em Petrolina-PE, conhecendo a unidade Semiárido da Embrapa, fazendas inseridas naquele perímetro de irrigação e uma indústria de beneficiamento de suco de uva.

Foram recebidos pelo engenheiro agrônomo Paulo Roberto e o técnico agrícola Guy Guimarães, da Embrapa. A empresa federal atende estes produtores irrigantes sergipanos na parceria de transferência de tecnologia com a Cohidro, em que três campos experimentais, de uva (dois) e pera, foram implantados no Perímetro irrigado Califórnia, do Governo de Sergipe. O lote de Levi abriga um campo de videiras, que está em sua quarta produção comercial, o agricultor já produz mudas por enxertia e caminha para fornecer uvas para a produção de vinhos e sucos. Oséias tem uma plantação de pereiras que começaram a produzir frutos.

“Foi uma excelente visita. O técnico agrícola Guy que nos mostrou o desenvolvimento e cultivo de culturas, como uva e pera. Visitamos também uma fazenda que cultiva e faz o suco da uva. Vimos diversos cultivos de variedades diferentes dessas frutas e observamos o comportamento e os resultados expostos com relação de materiais resultantes de enxertia de mudas”, listou o técnico agrícola Roberto, da Cohidro. Outro agricultor irrigante do perímetro Califórnia, José Leidison, possui o segundo campo de videiras em Canindé e também foi atendido no convênio com a Embrapa.

 

 

Em visita a perímetros irrigados no Alto Sertão, ministra Tereza Cristina recebe demandas dos agricultores

Acompanhada do secretário André Bomfim, ministra garantiu a retomada da liberação de recursos do PAA para Sergipe e a reestruturação de perímetros federais

Além de participar da ExpoRingo 2019, a ministra da Agricultura Tereza Cristina aproveitou a passagem por Sergipe para ir aos municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo, no Alto Sertão Sergipano, onde visitou o perímetro irrigado mantido pelo Incra e pela Codevasf, Jacaré-Curituba – que também é o maior assentamento de reforma agrária em perímetro irrigado da América Latina. Acompanhada pelo secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, ela conheceu a cooperativa do projeto, bem como a do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pelo Governo do Estado; além de uma Unidade de Recuperação de Áreas Degradadas (Urad).

A visita técnica da Ministra teve o intuito de apurar se as políticas públicas pensadas pelo governo Federal para o Nordeste atendem às necessidades dos produtores. O secretário André Bonfim avaliou positivamente a iniciativa, sobretudo porque ela indicou prioridade para a agricultura familiar, no sentido do incremento à assistência técnica rural e à desburocratização do acesso ao crédito. “A ministra também mencionou a importância do crédito fundiário, enquanto via de acesso à terra, e da regularização fundiária, para dar segurança jurídica aos agricultores e a possibilidade de acesso aos créditos rurais”, analisou André Bonfim.

PAA
Gerido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) não liberou recursos, em 2018, para as propostas de agricultores de todo estado, já aceitas na modalidade Doação Simultânea. Esse foi o assunto de outra parada na visita ministerial ao Alto Sertão. De volta a Canindé, Tereza Cristina ouviu as considerações de Levi Alves Ribeiro, presidente da Cooperativa de Fomento e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal), no pólo de irrigação do governo de Sergipe, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

“Temos, hoje, um quadro social de 57 produtores da agricultura familiar, temos duas associações agregadas à nossa cooperativa, que têm apresentado produtos diferenciados: o pão de mel, o bolo bacia e o mel; mas até agora, nós só conseguimos atender 36 agricultores, participando em um projeto do PAA de 2017, no valor de R$ 192 mil. No ano passado, fizemos dois projetos que foram aceitos, de R$ 127 mil e R$ 220 mil, no entanto, ficaram parados por falta de recursos. Portanto, reivindicamos a liberação, para que possamos retomar esses projetos”, pediu Levi Alves à ministra.

Na modalidade Doação Simultânea, o PAA compra a produção do agricultor familiar durante um período, com entregas regulares de alimentos aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), para distribuição in natura às famílias em situação de insegurança alimentar, ou instituições como creches, orfanatos, asilos e hospitais, para o preparo das refeições. “Esse programa não acabou e nem vai acabar. Nós temos menos de 90 dias de governo, estamos ajustando, mas os bons programas vão continuar. Se ele é bom, traz renda, é prioridade. Fiquem com seus documentos, com as suas associações em ordem, que vocês voltarão a participar dos projetos”, garantiu Tereza Cristina.

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Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Curso de capacitação para uso adequado de agrotóxicos é realizado em Aracaju

O curso visa capacitar técnicos para o uso correto desses materiais com o objetivo de garantir a integridade tanto de quem usa, quanto da natureza
Presentes, nove profissionais da companhia, alocados na sede em Aracaju e nos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana, Jacarecica II , em Malhador; Piauí, em Lagarto; Jabiberi, em Tobias Barreto e Califórnia, em Canindé de São Francisco (Foto: Arquivo Pessoal)

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), através da Superintendência dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, realizou um curso com técnicos da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro); da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro); e de secretarias estaduais e municipais de Educação e Saúde, visando a capacitação para o uso adequado de agrotóxicos. A atividade reuniu profissionais que lidam diariamente com esses produtos para que fossem capacitados sobre o uso consciente dessas substâncias.

No curso, foi trabalhada a problemática do uso indiscriminado dos agrotóxicos, com o intuito de incentivar políticas públicas de educação ambiental que possam alertar a sociedade para novas práticas comprometidas com a questão ambiental. O Programa Águas de Sergipe está investindo quase R$ 1 milhão em ações de treinamento e capacitação para o uso adequado dos defensivos agrícolas.

“Se forem utilizados de maneira inadequada, podem gerar grandes prejuízos à natureza e ao ser humano. Então, estamos realizando uma capacitação maciça de agentes que poderão multiplicar isso para o futuro. A previsão é que essa ação permita que tenhamos menores riscos na utilização desses produtos que devem ser utilizados estritamente de forma regulamentada e dentro de normas técnicas, porque, caso não seja, ele termina contaminando os alimentos, além de refletir diretamente na saúde das pessoas que manipulam este veneno”, explica o superintendente Especial do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Olivier Chagas, ao fazer a abertura do curso.

O superintendente reforça que, além de técnicos, essa questão será debatida dentro de todas as zonas territoriais que compõem a bacia hidrográfica do rio Sergipe. “A Cohidro terá como foco treinar os irrigantes por ela assistidos. E ação também tem como prioridade os trabalhadores rurais e os seus familiares. São 1.040 famílias de trabalhadores rurais atendidas”, destaca.

O diretor técnico da Emdagro, Esmeraldo Leal, que participou do curso, ressaltou que essa gama de cursos proporcionados pelo programa Água de Sergipe vem oferecendo capacitação técnica importante para a agricultura sergipana. “Estamos vivendo um debate muito intenso em relação a como o Brasil e, nesse caso em especifico, o estado de Sergipe deve continuar produzindo muito, mas com qualidade e, para isso, é preciso discutir essa matriz produtiva das técnicas que utilizamos que é muito comum o uso de agroquímicos no campo brasileiro”, pontua.

Além disso, o diretor ressalta que a discussão deve ser algo continuado, com o objetivo de melhor informar a todos àqueles que dependem deste tipo de atividade. “O que nós discutimos no seminário é que é possível continuar produzindo muito e avançar cada vez mais na qualidade, porque isso traz impacto ao consumidor, ao próprio agricultor que aplica o agrotóxico e, ainda, reflete diretamente na natureza que acaba sendo menos contaminada. Ainda dentro desse tipo de ação, entendemos que traz também impacto econômico, pois já sabemos que podemos utilizar outras técnicas menos poluentes. O nosso debate priorizou essa questão”, acrescenta.

Ainda segundo Esmeraldo, “ficou muito claro que isso é uma transição, que temos que avançar nessa questão agroecológica e é um processo lento, mas até chegar a esse ponto de técnicas cada vez mais sustentáveis, vamos trabalhando em prol de minimizar os danos, com equipamentos específicos, com impacto cada vez menor a natureza e ao ser humano”.

O superintendente Olivier ressaltou que as atividades com cunho instrutivo, como essa, terão continuidade. “Sabemos da necessidade de instruir a todos sobre o alinhamento das questões ambientais em toda e qualquer atividade, por isso, vamos seguir com essas ações em diversos setores do estado”, finaliza.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

DIA DA ÁGUA | Alunos e irrigantes de Lagarto comemoram no perímetro do Governo

Cohidro convida comunidade escolar, agricultores e autoridades em recursos hídricos para celebrar e conscientizar sobre a importância da preservação da água
Foto: Fernando Augusto

Para uma plateia formada por cerca de 200 alunos do ensino fundamental de escolas estaduais e municipais Lagarto, uma manhã de programação alusiva ao Dia Mundial da Água foi promovida na última sexta-feira, 22, pela equipe do Perímetro Irrigado Piauí. Administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, o perímetro recebeu a comunidade escolar e agricultores irrigantes em torno de depoimentos, palestras, música ao vivo com Marcos Paiol, mágica com o palhaço Pilambeta e apresentação de trabalhos sobre a água e sua conservação.

“A gente tenta passar para essas crianças a importância que tem a água no perímetro e no município de Lagarto, da grandeza de produção que nós temos. A gente antes só trabalhava com duas culturas (fumo e mandioca) e hoje tem uma diversidade enorme, com mais de 20 categorias de alimentos. E é importante que a água seja preservada, consumida com cautela e sem desperdício, para que eles possam ter acesso a água de qualidade, sem prejuízos no futuro”, observou o Antônio Cirilo Amorim, presidente da Associação de Produtores o Perímetro Irrigado Piauí – Appip, que iniciou o evento falando para os estudantes.

João Fontes Júnior é vereador, fundador a da Associação Ambientalista em Boquim, técnico em Meio Ambiente da prefeitura de Lagarto e presidente do Comitê da Bahia Hidrográfica do Rio Piauí. Ele agradeceu ao convite para palestrar e destacou a importância de eventos como esse. “Na palestra, fiz menção a uma professora de ciências que eu tinha e que me estimulava. De todas as matérias, eu passei a ter um trato, um carinho, uma afeição melhor por esta. Acredito que o que está sendo feito pela Cohidro, com estes professores, está dando um novo norte, um novo olhar para esta garotada. Eles vão para as suas casas com um conceito de racionalidade muito maior que antes”.

Andressa dos Santos Moraes é diretora da Escola Estadual Nossa Senhora da Piedade. Ela participou do evento com 25 alunos do 4º ano do Ensino Fundamental. “Esse dia foi muito importante por conta da conscientização sobre a água. Como foi dito nas palestras, a gente precisa estar sempre cuidando, porque sem a água não há vida. Durante a semana a gente trabalhou em sala o Dia da Água, com vídeos sobre sua preservação, e as professoras estão sempre conscientizando os nossos alunos nesse sentido”, esclareceu.

Um das suas alunas, Marcela Vital mostra que aprendeu bastante e que está pronta para dar dicas aos alunos que não participaram do evento, e na sua própria casa. “Eu aprendi que a gente não tem que gastar tanta água, não deixar as torneiras abertas, porque a água é muito importante para nossa vida”, contou a estudante de 9 anos.

Premiação
Todos os alunos das escolas apresentaram trabalhos artísticos realizados em sala de aula, para concorrer ao melhor prêmio. Tendo a Escola Municipal Luíza Pereira conquistado o terceiro lugar, cantando uma paródia; a Eliezer Porto o segundo, com a aluna Maria Vitória recitando um poema; e a Monsenhor Jason Barbosa Coelho o primeiro, interpretando a música Água, de Cristina Mel. Ao entregar os prêmios, o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, agradeceu o empenho e parabenizou a equipe da empresa em Lagarto, disponibilizando o apoio para outras iniciativas como esta.

“É um evento que demonstra a importância da empresa e a importância da água. Estamos aqui com a juventude, que vai propagar – com certeza – tudo aquilo fez, que escutou e observou nesse processo, sobre a importância da conservação desse bem finito. Nós temos que ter consciência no uso, para que possamos prolongar a disponibilidade desse bem precioso na vida da gente. Ao pessoal aqui da Cohidro, eu digo que a presidência está à disposição para tornarmos cada vez mais forte a nossa empresa e o Perímetro Irrigado Piauí”, disse o presidente Paulo Sobral.

Também participaram do Dia da Água da Cohidro, alunos e professores da Escola Estadual Dr. Evandro Mendes e da Escola Municipal Adelina Maria; além dos secretários municipais da Articulação Política e das Relações institucionais de Lagarto Euzébio Francisco; da Agricultura, Fábio Frank; da Ordem Pública, da Defesa e Cidadania, Cel. Jackson do Nascimento.

Setenta famílias são beneficiadas com reativação de poço pela Cohidro em Carira

Roberto Wagner e equipe técnica – foto arquivo pessoal

Para fornecer água dessalinizada para cerca de 70 famílias da comunidade do povoado Lagoa dos Porcos, no município de Carira, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro realizou intervenção técnica, reativando a captação de água na localidade. O serviço foi concluído nesta semana, após a substituição da bomba submersa que havia sido furtada de dentro do poço que abastece uma unidade do Programa Água Doce (PAD).

Segundo o gerente da Divisão de Instalação e Manutenção de Poços da Cohidro (Dipoços), Roberto Wagner, o serviço envolveu o investimento de cerca de R$ 4 mil. “Realizamos a reinstalação de eletrobomba submersa nova, a substituição de tubulação de sucção,  com utilização de novos cabos elétricos e de dois tipos de cordas de nylon. A bomba nova ficou produzindo uma vazão de 4.860 litros/hora. A anterior não é possível dizer, pois não estava mais lá. Estimamos, contudo, que ela estava operando com uma vazão de 3 mil litros/hora”, pontua o técnico.

Para o morador Genivaldo Martins de Jesus, o resultado do serviço foi satisfatório, considerando o aumento da força da água. “Está saindo com mais força. A comunidade agradece”, disse. Seu Genivaldo vive no Lagoa dos Porcos há mais de 20 anos, onde também trabalha como professor. Ele conta que o sistema simplificado de abastecimento é a única fonte de água da comunidade, principalmente no período de verão. “Quando tem outra, é água de tanque (da chuva), que não é adequada para o consumo humano – ainda mais que a chuva até agora foi bem pouca na região. A do sistema é de boa qualidade, dessalinizada”, disse.

Diretor administrativo e financeiro da Cohidro, Diogo Menezes Machado tem residência em Carira e tomou conhecimento do furto antes que os representantes da comunidade precisassem comunicar à empresa. “A gente sabe da situação difícil que o Estado está passando, mas diante do problema da comunidade, que tem no sistema simplificado do PAD a única forma de abastecimento de água, a gente entendeu que precisava viabilizar o conserto, o mais breve possível, para a comunidade não sofrer com a falta de água em uma região tão seca. Isso mostra a preocupação do governo do Estado, através da Cohidro, com a população mais necessitada”, analisa.

O presidente da Cohidro, Paulo Henrique Machado Sobral, explica que a Cohidro é parceira do Programa Água Doce, executado pela Sedurbs [Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade] por meio de convênio entre o Estado e o governo federal. “A Cohidro entra realizando o serviço de reativação e instalação de poços antigos. São poços que não tinham sido instalados justamente por serem salinos, mas que estão fornecendo água até hoje para essas unidades de dessalinização em todo estado. Temos um membro no painel consultivo do programa, a nossa geóloga Maria Auxiliadora Santos Lima”, observa o diretor.

No mesmo dia em que foi concluída a reposição da bomba furtada, a equipe da Cohidro recolheu o quadro elétrico da bomba de um outro sistema semelhante e em uma povoação vizinha, no município de Carira: o Três Tanques. Em Aracaju, os técnicos da empresa fazem testes e substituição de peças no equipamento para reativar a captação de água naquele poço. Durante o ano de 2018, foram realizadas 100 manutenções de poços como essa no povoado Três Tanques e, no mesmo período, a Cohidro recuperou 31 outros poços, do mesmo modo que ocorreu no Lagoa dos Porcos.

Dia da Mulher na Cohidro teve brindes, homenagens e palestra motivacional

Hoje o dia na Cohidro foi todo dedicado a Elas: as funcionárias alocadas nas mais diversas áreas e ocupações. Na empresa, as mulheres estão desde os setores administrativos até o campo. Determinando, com responsabilidade e precisão a locação de poços, e dedicando atenção e orientação às agricultoras e agricultores que recebem irrigação pública do Governo do Estado. Por essa participação ativa e indispensável, o 8 de março tem que ser festejado e repleto de homenagens, iniciadas pelas felicitações do diretor-presidente Paulo Sobral.

Para tanto a Diretoria Administrativo e Financeira, ato encabeçado pelo seu assessor institucional Janailson Farias, organizou uma manhã de atividades, onde o ponto alto foi a palestra motivacional da consultora empresarial e coach Beth Castro. O conteúdo da sua apresentação e dinâmicas de grupo teve o objetivo de incentivar a confiança, a autoestima e o senso de empreendedorismo na vida profissional das mulheres.

As funcionárias, depois de participar de sorteios de brindes especiais, encerraram a manhã de homenagens com um coffee-break.

Última atualização: 4 de abril de 2019 19:11.

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