Seagri visita perímetros irrigados em Itabaiana e acompanha nível das barragens

Produção de tubérculos e folhosas abastece mercado local e de outras regiões do país

 

Saber as necessidades do homem do campo, observar in loco o que está sendo produzido nas lavouras sergipanas e verificar como estão os níveis de água das barragens que abastecem os perímetros irrigados de Sergipe. Essas são algumas demandas do governador Belivaldo Chagas para o setor agrícola, e, com esse propósito, o secretário da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, iniciou nesta quarta-feira, 24, uma série de visitas que fará aos perímetros. Acompanhado do diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, ele foi até Itabaiana, na região agreste do estado, para conhecer de perto os perímetros Jacarecica I e Ribeira.

Simeão Santana [Foto – Vieira Neto]
Em operação desde março de 1987, o Jacarecica I compreende uma área total de 398 hectares e 126 lotes familiares onde são produzidos tubérculos e folhosas, como batata-doce, quiabo, amendoim, coentro, alface, cebolinha, tomate, pepino e maxixe, entre outros. Toda a produção abastece Sergipe e grande parte da região Nordeste, principalmente os estados da Bahia e Alagoas. “Além disso, nossa batata-doce é vendida para Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. São 250 a 300 toneladas ao mês de itens produzidos em 248 hectares de área cultivada, onde é beneficiado um público de 630 pessoas”, destacou o técnico agrícola da Seagri, Simeão Santana, no povoado Agrovila, onde está localizado o escritório da Cohidro.

[Foto – Vieira Neto]
Também inaugurado na mesma época, em 1987, o Perímetro Irrigado da Ribeira é um projeto do tipo irrigação pública, gerido pelo governo do Estado que comporta uma área total de 1.970 hectares, sendo 1.100 hectares de área agrícola irrigável, beneficiando mais de 4.600 pessoas, e de onde saem diariamente entre quatro a cinco caminhões carregados de produtos. São 466 lotes familiares onde se cultivam batata-doce, coentro, cebolinha, pimentão, tomate, pepino, couve, amendoim, berinjela, alface, feijão, vagem, quiabo e milho verde. “O governo do Estado é responsável pela gestão dos perímetros, por toda a assistência técnica, a cessão de uso da área e pela água que os abastece. O resultado disso é a produção de diversas culturas agrícolas que abastecem todo o estado, inclusive contribuindo para que tenhamos uma das cestas básicas com menor custo do país”, ressaltou Paulo Sobral.

Roberto Santos [Foto – Vieira Neto]
São famílias de agricultores que trabalham na terra e dela tiram seu sustento, numa cadeia produtiva que avança de geração em geração, como no caso do produtor Roberto Santos Nascimento. “Desde que foi inaugurado o perímetro, meu pai, José Francisco, começou a plantar na região. Hoje, infelizmente, ele não está mais com a gente, mas continuo na lavoura junto com meus irmãos e assim garantimos nossa renda e o sustento de nossa família”, afirmou o agricultor que planta batata-doce e coentro em uma área de dois hectares, no Jacarecica I, juntamente com mais cinco irmãos.

Zeca da Silva [Foto – Vieira Neto]
Para o secretário Zeca da Silva as visitas foram muito produtivas e vão acontecer com uma maior regularidade de agora em diante. Preocupado com a estiagem deste ano e as consequências para as lavouras, observadas no baixo nível de água das barragens visitadas, o secretário ouviu os produtores e garantiu estar atento, junto com os órgãos competentes, caso seja necessário interromper o fornecimento de água. “Foi muito gratificante conhecer de perto o funcionamento de nossos escritórios nesses perímetros da região, ver as lavouras verdinhas, produzindo itens de qualidade que abastecem nosso mercado, de estados vizinhos e até de outras regiões do país”, afirmou. “São milhares de pessoas beneficiadas diretamente, além de outras tantas de forma indireta, através desse trabalho realizado pelo governo do Estado, que promove renda, gera empregos e garante o sustento do homem do campo”, comemorou.

 

Cohidro já realiza pagamentos de encargos trabalhistas pelo eSocial

A Cohidro sai na frente no eSocial – Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas. Pertencendo ao Grupo 2, das entidades empresárias com faturamento anual de até R$ 78 milhões não optantes do Simples Nacional, a companhia mista é a primeira instituição da administração pública estadual a realizar pagamentos de encargos trabalhistas pelo novo sistema. Nele, são integradas 15 obrigações do empregador em uma só plataforma, o que facilita a administração de informações e recolhimento de tributos e diminui a ocorrência de erros.

Depois de um período de coleta de dados e cadastramento de todos os seus funcionários, a empresa demonstrou eficiência em sua Gerência de Recursos Humanos (#GerhuCohidro), seguindo o cronograma elaborado pelo Governo Federal, que implantou o eSocial em 2018. Criou a rotina de enviar periodicamente as informações das mudanças do quadro de funcionários, as folhas de pagamento e já em novembro, substituiu as antigas guias de recolhimento pelo novo sistema integrado de quitação de contribuições trabalhistas.

Para tanto, o RH da Cohidro pôde contar com o apoio e orientação da Secretaria de Estado da Administração (SEAD) para adequar a companhia ao novo eSocial e atender ao cronograma do Grupo 2, que termina em 10 de janeiro de 2022, principalmente a assessora institucional da Sead, Natália Guimarães e o desenvolvedor do sistema eSocial na SEAD, Joangeles Lopes.

Macaxeira irrigada no sertão de Canindé tem qualidade e promove renda ao agricultor

Manejo da planta é econômico e simples: irrigação uma vez por semana e capinagem

Flamarion Déda e o agricultor Zé Antônio [Foto: Vieira Neto]
Macia ao cozinhar, ao ponto de derreter na boca. Assim é a macaxeira cultivada por José Teodoro, agricultor irrigante no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. Por conta da irrigação, as raízes tuberosas podem ser colhidas na metade do tempo que levaria na plantação em sistema de sequeiro. É essa precocidade que gera a maciez e diminui o tempo de espera para o Seu Zé Antônio, como é mais conhecido, ter o retorno do seu investimento na lavoura. Só na comercialização do aipim, o outro nome da planta, foram gerados quase R$ 2 milhões em renda aos produtores do perímetro Califórnia em 2020. Além das feiras do Alto Sertão, parte de Alagoas e dos muitos restaurantes daquela cidade turística, o produto também é adquirido por programas de compra da produção rural, para doação simultânea a pessoas em vulnerabilidade social ou para compor a merenda escolar.

No ano passado foram 3.224 toneladas da mandioca-mansa, como também é chamada, colhidas em uma área de 106 hectares (ha) no perímetro irrigado de Canindé. Zé Antônio é atendido com irrigação e assistência técnica fornecida pelo Governo do Estado através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Em seu lote no Califórnia, a produção de macaxeira ocupa cerca de 2 ha. “O manejo é todo igual para todo o lote, sempre tem que jogar uma terrinha para não mostrar as raízes e molhar uma vez por semana, ou de 15 em 15, para ficar bem molhadinho e pronto, é o segredo. Adubação eu não uso, nem veneno. Se eu molhar muito, quando for arrancar ela fica azul, e molhando menos, eu só arranco boa, direto assim. Zelando para que os matos não cresçam juntos. Mas também tem que molhar, porque se secar demais o chão, ela cria como se fosse uma ‘vela’ no meio e não cozinha”.

A macaxeira está em qualquer dieta nutricional formulada a partir de produtos in natura e por isso, é muito aceita no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Tivemos irrigantes fornecendo macaxeira para os PAAs, o mantido pela Conab e o Estadual, organizado pela Seias (Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social). São alimentos adquiridos com recursos públicos e por preços acima do valor de mercado, gerando mais renda ao produtor. Mas que ajudam bastante às famílias em situação de insegurança alimentar que recebem gratuitamente esses produtos, frescos e de alta qualidade nutricional. Outro programa que gera mais renda ao agricultor é o PNAE, igualmente garantindo a venda certa da produção por um período mais longo”, explicou a gerente do perímetro Califórnia, Eliane de Moraes.

“Eu vendo para os dois PAAs e, agora, vendo também para a merenda escolar, para as crianças daqui da região e por isso, tenho um capricho a mais. Eu só mando a boa”, garantiu Seu Zé Antônio. Contando com a água fornecida pela Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), ele consegue oferecer um produto de alta qualidade e com um tempo de espera reduzido, permitindo a rotatividade e maior renda com o cultivo do lote. “O tempo de colheita certo é 6 meses e vou arrancando até uns 8 meses. Daí, com isso já acaba e eu já começo [a colheita] em outra, porque eu tenho cinco etapas de macaxeira, para sempre ir arrancando e não ficar velha. A diferença da que está com 6 meses, da com 8 meses, é que ela fica mais grossa ao passar do tempo”, explica o irrigante.

Segundo o técnico agrícola na Cohidro, Flamarion Déda, a macaxeira pode ser cultivada em todo o estado de Sergipe. “Não é diferente no perímetro Califórnia. Aqui, inúmeras variedades de macaxeira são cultivadas, destacando-se a precoce, que é em um ciclo em torno de 180 dias, e a tardia, que é em torno de 270 dias. O produtor geralmente dá preferência pela tardia, por ter uma durabilidade de prateleira maior. Mas tem alguns produtores que preferem a precoce, pela rapidez que se colhe o produto. Geralmente nós orientamos, após a retirada da raiz, para que se faça uma rotação de cultura com o feijão de corda, que é uma cultura economicamente viável, e que também contribui com a nitrogenação da área. Tendo em vista que a macaxeira é altamente extratora de nutrientes do solo em toda sua copa”, esclareceu.

Nova diretora responsável por poços, barragens e cisternas toma posse na Cohidro

Cohidro é gerida pela Presidência que delega funções às diretorias Administrativa, Irrigação e Infraestrutura

A Diretoria de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola (Dinfra) da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), é o setor responsável pela perfuração, instalação, recuperação e manutenção de poços; construção e recuperação de barragens, barreiros e cisternas na empresa estadual. Nesta terça-feira (16); o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva; o Conselho de Administração e o presidente da Cohidro, Paulo Sobral; deram posse à Elayne de Dedé como diretora da Dinfra. Cerimônia realizada na sede da Cohidro em Aracaju ainda com a presença dos demais integrantes da Diretoria Executiva. A ex-prefeita de Malhador coloca a sua experiência, de dois mandatos consecutivos, a serviço da viabilização de ações de captação de água para abastecimento da população rural sergipana.

Elayne de Dedé [Foto: Fernando Augusto]
Tendo sido secretária de saúde nos municípios de Malhador e Itabaiana, vice-prefeita e posteriormente duas vezes prefeita, também de Malhador, Elayne Oliveira de Araújo tem experiência em administração pública, ao mesmo tempo em que está alinhada com as necessidades da população do interior sergipano. “É uma vasta experiência, e hoje vamos aprender aqui. Cada dia um novo conhecimento. É uma área técnica, mas acredito que com o jeito, com o olhar diferenciado administrativo que conquistei ao longo desses anos, vai. Dificuldades aparecem, mas acredito que é muito mais crescimento e aprendizado. E daí eu vou trazer toda essa minha parte, do pouquinho que a gente conquistou durante a minha vida administrativa, para hoje contribuir ainda mais para a empresa Cohidro”, avaliou.

Zeca da Silva [Foto: Fernando Augusto]
Zeca da Silva deu as boas-vindas à nova diretora, fazendo votos de uma boa direção. “Eu acredito no potencial Elayne. Acredito que ela será de fundamental importância como nova diretora, desempenhando este novo desafio com competência. Confio muito no sucesso dela”, expôs. O secretário de Estado da Agricultura reforça a responsabilidade de Elayne de Dedé, ao assumir um setor que ele considera essencial para Sergipe. “A diretoria de Infraestrutura desempenha um papel fundamental no nosso ramo de Agricultura. Além das possibilidades de fornecer água para a pecuária e irrigação, tem a parte humana. É um trabalho que permite que as famílias convivam com as dificuldades da falta de chuvas e permaneça, no campo, produzindo”.

Paulo Sobral [Foto: Fernando Augusto]
Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral recebeu a nova colega, para compor a Diretoria Executiva, recomendando muito empenho na diretoria que ele tem como seu ponto de partida na Cohidro. “Antes de ser presidente e antes de ser diretor de Infraestrutura Hídrica da Cohidro, eu comecei como um assessor da Dinfra e foi ali que dei meus primeiros passos e comecei a conhecer toda a grandeza e aprender a trabalhar com a fascinante arte de perfurar poços. Aprendi muito, junto de mestres que sabem tudo desta área e vestem a camisa da empresa. Tenho certeza de que, se me ajudaram, terão toda disponibilidade em ajudar a amiga Elayne de Dedé a se habituar com essa nova empreitada. Acredito muito que tudo aquilo que ela obteve de bem-sucedido como prefeita, vice e secretária, vá se repetir aqui. Tenha certeza”, avaliou Paulo Sobral.

Elayne de Dedé recebeu o convite para dirigir a Infraestrutura Hídrica, na Cohidro, do governador Belivaldo Chagas, a quem agradeceu à confiança depositada em seu nome. “O único objetivo aqui é poder multiplicar, me somar a toda equipe. Tenho visto excelentes resultados aqui. Eu estive na Cohidro há um tempo atrás e hoje eu vejo uma nova realidade da Cohidro. Hoje eu posso presenciar de perto o tamanho da evolução. Quero parabenizar Paulo e a toda sua equipe, que eu tenho certeza que foi uma soma. Estou à inteira disposição para poder contribuir ainda mais para a melhoria da empresa e levar o nome da Cohidro para o estado de Sergipe afora”, finalizou a integrante da Diretoria Executiva da Cohidro, que ainda conta com Jean Nascimento [Administrativo e Financeiro] e João Fonseca [irrigação de desenvolvimento Agrícola].

Alta do milho também impulsiona preço da abóbora irrigada produzida no Sertão Sergipano

Irrigante em Canindé negocia quilo do fruto a R$ 1,50, mas espera ultrapassar os R$ 2,50. Produção da abóbora aumentou 28% no primeiro semestre, chegando a 521 toneladas.

[foto: Vieira Neto]
O preço atrativo na venda do milho, que é uma commodities, tem feito muito plantador tradicional de abóbora trocar sua lavoura para o plantio do cereal. De olho na demanda que se abre com a baixa na oferta do fruto, no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, aumenta o número de irrigantes plantando abóbora. Além da água para irrigação, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) fornece a orientação técnica necessária para estes agricultores passarem a adotar novas culturas em seus lotes.

Segundo a gerente do Califórnia, Eliane Moraes, a produção de abóbora no perímetro, que já era o polo irrigado do Governo do Estado que mais produzia o fruto, aumentou. No levantamento da Cohidro, empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), o primeiro semestre deste ano já demonstrou uma alta de 11,5% na área colhida (29ha) e de 28% na produção (521ton.) com relação ao mesmo período de 2020. “Em anos anteriores, a gente já tinha abóbora aqui no perímetro, mas neste ano o investimento dos irrigantes foi maior. Aqui a abóbora aumentou, quando outros municípios deixaram de produzir, por condições climáticas ou outros motivos particulares”, destacou Eliane Moraes.

O agricultor irrigante do Califórnia, Marcos Mota, foi aconselhado por um amigo, que é irrigante experiente na produção de abóbora, a apostar pela primeira vez no plantio do fruto. “É um desafio para gente. Ele disse que esse ano vai ser a época da abóbora. Que lá fora, na Bahia, neste ano, eles plantaram milho e iria ser bom o preço da abóbora. Com fé em Deus, vai dar uma ótima colheita, vai dar cerca de 50 toneladas”, torce o produtor.

Marcos Mota já tem o destino certo para mandar a sua abóbora plantada em 3,5ha, a ser colhida ainda neste mês, e faz previsão do preço de venda que deverá alcançar. “Vai para Salvador e Recife. Já tem os pontos de entrega e já é um ótimo preço, agora em R$ 1,50 o quilo, e estamos torcendo para chegar a mais de R$ 2,00. Estou apostando nisso, acima de R$ 2,50”, avalia o irrigante. Depois de colher a abóbora, ele pretende plantar quiabo na mesma área, para fazer a rotação de cultura agrícola necessária.

Técnico agrícola na Cohidro, Flamarion Déda reforça a importância da rotação de culturas. “É praticada para que o solo não fique susceptível as pragas e as doenças que são inerentes à cultura da abóbora. Então, é uma rotação de forma econômica, porque o quiabo vai atingir um preço bom também no mercado, e essa é uma prática também recomendada pelos técnicos da Cohidro aqui. Os produtores estão satisfeitos, principalmente aqueles que aceitaram e receberam as tecnologias e fazem os tratos fitossanitários orientados pelos técnicos da Cohidro”.

O técnico ainda recomendou o sistema utilizado pelo produtor Marcos Mota. “No verão aumenta a demanda por água, os lotes estão praticamente todos cultivados e neste caso aqui, a irrigação é microaspersão com micro rotor. Ele dá uma abrangência forte e também ajuda a economizar água em comparação aos aspersores, que dão a vazão bem maior e nos quais há um desperdício maior de água”, completa Flamarion Déda.

Belivaldo entrega tratores e autoriza contratos para fortalecer a agricultura em Sergipe

Governador autorizou investimentos e entregou equipamentos que totalizam mais de R$ 6 milhões para o desenvolvimento da agricultura em Sergipe

[Foto: Vieira Neto]
O governador Belivaldo Chagas, na manhã desta sexta-feira (29), autorizou investimentos e entregou equipamentos que totalizam R$ 6.149.618,52 para o desenvolvimento da agricultura em Sergipe. Foram entregues 25 tratores e equipamentos agrícolas; autorizadas a implantação de 17 sistemas simplificados de abastecimento de água e a aquisição de insumos de perfuração de poços; e assinadas ordens de serviço para reforma civil do prédio administrativo da sede da Cohidro, em Aracaju e para serviços emergenciais na barragem do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador. Além disso, foram entregues seis triciclos com carroceria baú aos perímetros irrigados da Cohidro.

Em seu discurso, o chefe do executivo estadual frisou a importância da união dos deputados estaduais e federais com o governo para parcerias em benefício da população. “Isso aqui é resultado da ação do governo do Estado em parceria com os parlamentares. Ninguém governa sozinho. Há recursos do tesouro, mas há recursos dos parlamentares. Nós estamos, hoje, autorizando ordens de serviço, fazendo entrega de maquinários e de implementos agrícolas. É uma ação empreendedora que visa o desenvolvimento, principalmente, do homem do campo. Afinal de contas, a gente tem que buscar desenvolvimento em todas as áreas, em todas as fontes”, expressou Belivaldo.

[Foto: Vieira Neto]
O secretário de Estado de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva, destacou a importância dos investimentos aplicados pelo Governo de Sergipe para geração de emprego e renda no setor. “São 25 tratores, 25 aradores, 25 adulbadeiras e 25 reboques. Isso, basicamente para fomentar e incrementar a agricultura familiar para diversos municípios. A importância para agricultura familiar é muito grande, fomenta a agricultura familiar, incrementa mais e gera mais oportunidades, pois dará mais e maior condição de atendimento à produção. Isso também gera emprego e renda, pois um trator gera emprego para tratorista, para operador, a grade aradora também. Então, fomenta toda uma economia e movimenta todo o município”, explicou.

 

Mais investimentos
Na ocasião, Belivaldo autorizou a reforma civil do prédio administrativo da sede da Cohidro em Aracaju, no valor de R$ 308.444,00, que serão investidos com recursos próprios do Estado. A obra consiste no reparo e substituição de peças do telhado, rede elétrica e hidráulica do edifício que abrigam as diretorias Financeira e Administrativa e Presidência. A Construtora FCK LTDA, ganhadora da licitação, executará a obra.

[Foto: Vieira Neto]
“É importante dizer que essas ações não estão somente sendo feitas em Aracaju. Elas estão sendo feitas também nos perímetros. Nós já recuperamos três estações de bombeamento [EB] em Canindé e estamos indo para a quarta. Recuperamos as EBs e os escritório dos perímetros da Ribeira e Jacarecica I, em Itabaiana. Recuperamos também o perímetro Jabiberi [Tobias Barreto]. Temos que entender que são perímetros de mais de 30 anos de uso e vai aparecer problemas no decorrer do tempo”, destacou o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral.

Já para atender demandas na barragem do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador o governador autorizou serviços emergenciais no local, necessários para a ativação da comporta de segurança da barragem. O uso da comporta vai permitir a manutenção da rede de adutoras e, assim, eliminar perdas, melhorando a qualidade do fornecimento de água de irrigação aos agricultores atendidos tanto em e Malhador quanto em Areia Branca e Riachuelo. Serão R$ 102.950,00 investidos, fonte de recursos próprios. A ação beneficiará em torno de 2.965 pessoas nos três municípios. Serão executados serviços emergenciais de trepanação, dragagem e localização da tubulação de equalização da barragem de irrigação.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Governador autoriza implantação de sistemas de abastecimento de água para mais de 900 famílias de comunidades em Sergipe

Serão beneficiadas comunidades de Cristinápolis, Estância, Indiaroba, Lagarto, Riachuelo, Malhador, Aquidabã e Poço Verde

 

O governador Belivaldo Chagas, na manhã desta sexta-feira (29), autorizou investimentos e entregou equipamentos que totalizam R$6.149.618,52 milhões para o desenvolvimento da agricultura em Sergipe. Foram autorizadas a implantação de 17 sistemas simplificados de abastecimento de água e a aquisição de insumos de perfuração de poços para garantia de acesso à água. Além disso, foram entregues seis triciclos com carroceria baú aos perímetros irrigados da Cohidro.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
“O homem do campo sofre muito, principalmente, nos momentos de seca. Com os sistemas simplificados de abastecimento de água e a partir da perfuração de poços autorizadas, vamos atender a população que sofre com escassez de água. Além dessas, brevemente pretendemos anunciar mais ações para melhorar a vida dos sergipanos”, afirmou o governador.

Com a autorização de implantação de 15 sistemas simplificados de abastecimento de água, 880 famílias de 15 comunidades de seis municípios sergipanos serão beneficiadas. Em Cristinápolis, será beneficiado o Assentamento Luiz Alberto (Agrovila Nova Esperança); em Estância, o Assentamento Analício Araújo Barros, Assentamento Dom Helder Câmara, Assentamento Roseli Nunes, Assentamento Edmilson Evaristo e Assentamento Geraldo Garcia; em Indiaroba, o Assentamento Nicácio Rodrigues, Assentamento Sepé Tiaraju (Agrovila Sabão), Assentamento Sepé Tiaraju (Agrovila Cajá), Assentamento 8 de Agosto, Assentamento 5 de Janeiro (Agrovila I) e o Assentamento 5 de Janeiro (Agrovila II). Já em Lagarto, será o Povoado Açu Velho e, em Riachuelo/Malhador, o Assentamento Marcelo Déda (Agrovila I) e Assentamento Marcelo Déda (Agrovila II). Serão investidos R$ 740.338,99, via emenda parlamentar do deputado federal João Daniel.

“Em parceria com o governo do Estado, para melhorar a vida das comunidades, dos assentamentos no estado de Sergipe, estamos preocupados em resolver esse problema de abastecimento de águas nas comunidades. São várias comunidades importantes, que agora vão ter o abastecimento”, destacou o deputado federal João Daniel.

Ainda na solenidade, Belivaldo assinou contrato de prestação de serviço para implantação de outros dois sistemas simplificados de abastecimento de água, em Aquidabã e Poço Verde, via recursos do projeto Dom Távora. Serão investidos R$ 147.973,40 em benefício de 84 famílias.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
O prefeito de Indiaroba, Adinaldo Nascimento, nomeou as localidades que serão beneficiadas em seu município e evidenciou que a ação vai melhorar a qualidade de vida das pessoas assistidas. “O Assentamento Nicácio Rodrigues, Sepé Tiaraju – Agrovila Sabão, Sepé Tiaraju – Agrovila Cajá, 8 de Agosto, 5 de Janeiro e o Assentamento 5 de Janeiro. Cada agrovila dessas, tem uma média entre 15 e 30 famílias, totalizando em torno de 200 famílias que terão acesso a esse bem sagrado que é a água. Sem dúvida vai gerar emprego e renda. Estou falando da qualificação social nessas agrovilas, de melhorar a qualidade de vida das mulheres, porque são elas que fazem ainda o comboio da água, do cenário do balde na cabeça. É até emocionante para a gente que convive com essa realidade em pleno século XXI e somente nesse momento estamos conseguindo realizar através do governo do Estado”, reconheceu o prefeito.

Perfuração de poços e perímetros irrigados
O Governo do Estado, também, investirá R$ 849.912,13 para aquisição de insumos de perfuração de poços e equipamentos para manutenção dos perímetros irrigados. A ação beneficiará aproximadamente 13.805 pessoas de seis perímetros irrigados em Canindé de São Francisco, Tobias Barreto, Itabaiana, Areia Branca, Malhador, Riachuelo e Lagarto. Serão substituídas peças com mais de 30 anos em uso na distribuição de água aos agricultores beneficiados pela irrigação pública. O serviço é responsável pela produção de alimentos, geração de emprego e renda no campo.

[Foto: Mário Sousa/Supec]
“Vai nos ajudar a preparar o solo. Por isso é um momento de alegria. Quero externar meu agradecimento. Eu, como filho de Canindé e, hoje, gestor desse município, venho aqui transmitir essa alegria para povo da nossa cidade e agradecer ao Governo de Sergipe”, agradeceu o prefeito de Canindé de São Francisco, Weldo Mariano.

Os perímetros irrigados da Cohidro, também receberam, seis triciclos, com carroceria baú, doados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os veículos darão suporte ao trabalho de assistência técnica agrícola e aos agricultores assistidos pela Cohidro.

O valor superior aos R$6 milhões investidos considera, ainda, a entrega de tratores e equipamentos agrícolas para fortalecimento da agricultura familiar e as autorizações para reforma civil do prédio administrativo da sede da Cohidro, em Aracaju, e para serviços emergenciais na barragem do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador, também realizadas na mesma solenidade.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Plantação comercial de maracujá na irrigação estadual dá frutos de alta qualidade

Cohidro incentiva adoção de cultivos diferentes, abrindo novos mercados, melhorando renda e capacidade de geração de empregos nos seus perímetros

O calor típico do Semiárido somado à disponibilidade de água do Rio São Francisco, que no Perímetro Irrigado Califórnia ocorre o ano todo, possibilitaram a implantação de uma plantação de maracujá a nível comercial em Canindé de São Francisco. São oito hectares (ha) plantados com a fruta e que está alcançando padrões de qualidade acima da média estadual e, tão logo os maracujazeiros atinjam a sua produção plena, vão abastecer uma indústria de sucos no município de Estância. Embora o lote empresarial no perímetro possua assistência técnica própria e tenha promovido um alto investimento neste maracujá, é o fornecimento de água feito pelo Governo do Estado, através do perímetro da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que dá suporte à produção em pleno Alto Sertão.

Gerente do perímetro Califórnia, Eliane Moraes ficou surpresa com o tamanho e o rendimento dos frutos do novo pomar. Comparando o peso delas inteiras com o da polpa sem sementes, o aproveitamento pode chegar a 35,7%. “O Califórnia fornece irrigação para este e outros 332 lotes e incentiva a adoção de culturas diferentes daquelas que têm excesso de oferta e baixo preço de venda no perímetro, a exemplo do quiabo, visando melhorar a geração de renda no campo. Agora que vemos que este maracujá de alto rendimento pode dar certo, vamos compartilhar esta boa nova e até organizar visitas guiadas ao pomar, para que outros produtores irrigantes fiquem animados em produzir. Criando um novo mercado de clientes, fornecedores de insumos e mão de obra qualificada para a produção”, defende.

O maracujá do lote empresarial de Lívia Sales, gerenciado por Humberto Ribeiro, segundo análise laboratorial feita pela indústria de beneficiamento, alcançou 13,9º de Brix, que determina a quantidade de açúcar no suco da fruta, superando a média regional que fica entre 12 e 13. O peso médio de 286g por fruto supera a média da região, que é de 200g. Acidez, porcentagem de polpa e semente, aspecto do fruto, cor e aroma também estão acima da média para Sergipe, qualificando a produção a oferecer um suco com potencial para ser exportado. A projeção é de que esta nova área plantada de 8ha, depois de todas as colheitas, vá alcançar as 320 toneladas de maracujá. A colheita está sendo feita há pouco mais de um mês e toda a produção atende o varejo local, abastecendo os três maiores estabelecimentos de Canindé.

“O resultado da produção está excelente e estamos trabalhando com dois distribuidores, para distribuir em cidades da região e em outros estados. Não estamos tendo dificuldade de mandar para fora. Essa não é a nossa capacidade total de produção, porque é a primeira colheita que começamos a fazer, então o fruto ele dá menos, porque as plantas ainda não enramaram para baixo formando uma cortina, fechando normalmente, então vamos produzir muito mais. A nossa previsão é de produzir por mais ou menos 1,5 ano, aí depois teremos que tirar essas plantas e replantar novamente. A estrutura vai ficar, então seria só replantar realmente”, apontou Humberto Ribeiro. A expectativa dos produtores é que entre dezembro e janeiro a plantação vá ter uma produção com porte para fornecer frutos também à indústria.

Já no começo da plantação, o senhor Humberto aperfeiçoou um instrumento de polinização das flores do maracujazeiro, usando uma escova em forma de anel, copiando o trabalho que na natureza só consegue ser feito por alguns poucos tipos de insetos. “Aquela polinização deu muito certo. Dá um resultado melhor do que fazer com a mão”, reforçou o gerente do lote que explica que existiram outros cuidados para que a plantação tenha prosperado. “Temos um grupo, com o engenheiro agrônomo e técnico agrícola, que determina um programa mensal de pulverização. Mas a gente faz uma vistoria diária na área, e assim que detectamos qualquer problema na planta ou no fruto, a gente aplica outra pulverização com recomendações também do nosso engenheiro agrônomo, e assim a gente vai corrigindo”, finaliza o gerente do lote empresarial.

 

Agricultores irrigantes de Lagarto apostam em mercado promissor da abóbora

Mercado escasso de abóbora abre espaço para o irrigante lagartense mudar sua estratégia e investir no cultivo

 

Luan de Oliveira é irrigante do Perímetro Piauí e plantou abóbora pela segunda vez [Foto – Fernando Augusto]
Há cerca de dois anos, a abóbora já aparecia entre os cultivos em crescimento de área plantada no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado em Lagarto, e, agora, que o mercado para o fruto está mais atraente para o agricultor, o número de lavouras está crescendo. Em Sergipe, a região com mais produtores de abóbora é o Alto Sertão, mas muitos agricultores daquela localidade, com ou sem irrigação, decidiram plantar o milho neste ano, de olho no alto preço de venda do cereal. O mercado escasso de abóbora abre espaço para o irrigante lagartense mudar sua estratégia e investir no cultivo. Para isso, o produtor conta com a flexibilidade garantida pela assistência técnica e a irrigação fornecida durante todo ano pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).
Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida, informa que os agricultores irrigantes que estão apostando na abóbora, também lançam mão às tecnologias de irrigação atuais, utilizando sistema de mangueiras de gotejamento, mais baratas e econômicas, casando com a praticidade da fertirrigação, que leva o adubo até a planta diluído na água. O funcionário da Cohidro analisa o mercado de hortifrúti, supondo que o preço vai aumentar em breve. “No momento, está de R$ 1,00 o quilo, mas a tendência é melhorar o preço porque o pessoal que plantava abóbora optou pelo milho sequeiro no Sertão. Daí, vai faltar abóbora no mercado e o perímetro vai investir na abóbora para aproveitar essa oportunidade”, previu Gildo Almeida.
Luan de Oliveira é irrigante do Perímetro Piauí e plantou abóbora pela segunda vez, agora em uma área maior, ocupando quase um hectare (ha). Ele utiliza a irrigação por gotejamento e deve colher no fim de novembro. “É um plantio tranquilo, pois não necessita de muita mão de obra. Plantei a abóbora Lagarteira (conhecida como Tieta) dia 17 de agosto e já adubei 3 vezes. Plantei abóbora porque é uma plantação de fácil cultivo, não gasta muito e nem necessita de muita mão de obra, não tem muita praga e é fácil de cuidar. Vendo para compradores de outras cidades, conheço alguns, procuro sempre o melhor preço”, apontou. Para o agricultor, que está cultivando a abóbora no período de estiagem, a irrigação fornecida pela Cohidro garante a produção. “A gente aqui só consegue produzir abóbora sem irrigação durante o inverno”, acrescentou o produtor.
É a primeira vez que Fernando Fontes está plantando a abóbora e a sua expectativa é de que o mercado esteja aquecido para as vendas quando ele for colher. “Eu estou apostando na abóbora, através do gotejamento, e estou com a esperança que possa ter bons resultados. Plantei vendo que a plantação de abóbora no Sertão este ano foi abaixo do esperado. Plantei fora de época, através da irrigação e esperando que venda com preço bom. A área que eu tenho plantada é duas tarefas (0,66 ha). Já dei a primeira adubação e continuo molhando através do gotejamento e, com fé em Deus, vai dar um lucro vantajoso para a gente”, avaliou o irrigante atendido pela Cohidro no perímetro de Lagarto.
“A Cohidro orienta na parte técnica, no acompanhamento, principalmente para os produtores que estão começando com um novo plantio, como é o caso da abóbora. A gente indica a irrigação por gotejamento, com a fertirrigação, porque se for para plantar a abóbora com aspersão, molhando a planta por cima, vai prejudicar a flor, não vai produzir com todo o seu potencial. A água vai lavar o pólen e até a água que junta dentro da flor pode fazer perder e ali já pode não dá uma abóbora”, complementou Gildo Almeida, acrescentando que o ideal são as mangueiras de gotejamento, que molham as plantas por baixo. “A Cohidro orienta, com a parte técnica, o tipo de adubação ou, se caso necessário, a utilização de algum tipo de inseticida para combater alguma praga, mas nem sempre é necessário”, concluiu o gerente do perímetro irrigado.

Pimenta Biquinho: produção garantida pela irrigação estadual e incentivo da indústria em Lagarto

Investimento para colher variedade é menor que o da malagueta, com alto grau de ardência e de tamanho menor

[Foto: Fernando Augusto]
Variedade de pimenta que tem por característica a ardência moderada e talvez por isso seja usada na fabricação de conservas e até geléias, a biquinho ganhou um incentivo a mais para ser cultivada pelos agricultores beneficiários do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. A indústria local renovou os contratos para a compra da pimenta e a irrigação e a assistência técnica, fornecidas pelo Governo do Estado durante o ano todo, tornam esses pipericultores aptos a assumir o compromisso de venda por longos períodos. Antes desse tipo de plantação receber este estímulo do mercado, no final do ano passado foram colhidas 72 toneladas (t) da biquinho. Em 2021, é esperada uma safra maior, que começa de fato após o período de inverno, impróprio ao cultivo, casando com a época de pico das compras feitas pela indústria.

Vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) fornece água e dá a orientação técnica para esses irrigantes do perímetro atenderem à demanda de mercado pela biquinho. Gerente do Piauí, Gildo Almeida esclarece que o suporte dado pela empresa de irrigação pública é essencial para o produtor cumprir os contratos de venda. “Agora, desde quando começou o preparo do solo até a colheita, a Cohidro sempre está dando orientação técnica, na formação, espaçamento, o jeito de molhar a pimenta e todas as fórmulas, a gente acompanha e incentiva”, expõe Gildo, que não vê outro meio de plantar a biquinho sem irrigação. “A época que a indústria local escoa mais a produção, é na época de estiagem aqui. Então, eles têm que usar tanto a irrigação quanto os acompanhamentos que a gente dá”.

Reginaldo Bispo produz em seu lote no perímetro Piauí há 18 anos e agora está colhendo a biquinho plantada há mais de quatro meses. “A gente planta e quando é com uns 70 a 90 dias já estamos colhendo. Eu comecei a colher há 30 dias mais ou menos, são quatro tarefas e meia. Eu fiz um contrato com uma indústria local e voltei a plantar. E está valendo a pena sim”, confirma o agricultor, dizendo que além da garantia de venda, em algumas ocasiões a indústria adianta parte do pagamento pela pimenta fornecendo insumos. “A empresa sempre tem nos ajudado fazendo com que sempre dê manutenção. No ano passado, ela forneceu adubo para a gente trabalhar, para facilitar mais a vida do produtor, e só tem nos ajudado”, confirma ele que mantém três áreas com idades de plantios diferentes, para dispor de período de colheita bem maior do que o próprio ciclo produtivo da planta.

Gildo Almeida aponta que o forte da produção da biquinho é no segundo semestre do ano, ainda também pelo fator climático. “No período de chuva não dá para plantar, tanto a pimenta biquinho quanto as outras, pois a pimenta não é muito propícia ao inverno, na friagem ela não é adaptável. No inverno, tem mercado para escoar, mas só que não compensa, pois vai gastar muito com adubação, com defensivos. Mesmo que não precise irrigar ela no inverno, ela não se adapta à frieza. A boa produção da pimenta é de agosto a janeiro, ou fevereiro do ano seguinte, pois ela se adapta mais no clima quente com a irrigação. No inverno não compensa, pode até produzir, mas o retorno, ou seja, o lucro não vai ser favorável”.

“A irrigação da Cohidro e a assistência técnica ajudam em tudo que precisamos. Na orientação para colocar defensivos, na orientação quando tem alguma doença que aparece ou alguma praga, é ela quem nos orienta. A gente pede para [o técnico agrícola] vir olhar e ele orienta o que deve fazer e o que não deve. Compensa, sim, plantar a pimenta biquinho e eu vou continuar plantando. Se a empresa local estiver recebendo nós estaremos plantando, porque aqui gera muito emprego. Às vezes a gente pega cinco pessoas, às vezes pega dez. Isso vai depender da quantidade que tem para colher”, finaliza o produtor Reginaldo Bispo.

 

No ranking da produção de pimentas no perímetro Piauí em 2020, a biquinho (72t) está em segundo lugar, encostada na malagueta (73,5t), e na frente da jalapenho (34,5t) e da habanero (23,5t).

 

Última atualização: 18 de novembro de 2021 21:14.

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