Ceasa centraliza comercialização do milho verde do estado em Feira Junina

Até 30 de junho, todo dia tem feira de produtos típicos; aos sábados e na véspera dos dias santos haverá trio pé de serra tocando no espaço
Ana do Milho pretendente vender 100 mãos de milho por dia na Feira Junina da Ceasa // Foto: Fernando Augusto (Ascom Coderse)

Todos os anos, no estacionamento interno da Central de Abastecimento de Sergipe, na capital Aracaju, tem a Feira Junina da Ceasa. Este ano, ela acontece até o dia 30 de junho. Na última sexta-feira, 6, a comercialização de produtos estava em pleno movimento, com a chegada, principalmente, de oito caminhões carregados de milho verde em um só dia. Os preços estão atrativos, variando entre R$ 25,00 a R$ 45,00 a ‘mão’, com 50 espigas de milho.

A feira ocorre de segunda a sexta-feira, das 5h às 17h. Aos sábados, de 5h às 16h, e nas vésperas de São João e São Pedro haverá apresentação de trios pé de serra para animar a clientela. Luciana Silva da Cruz é comerciante na feira do Bairro Lamarão, na capital, há 30 anos e vai à Ceasa para adquirir frutas, verduras, mas, principalmente, o milho verde para a revenda. “Ajuda muito, é maravilhoso! Sempre eu compro aqui na feira. Aqui a gente é melhor atendido, e o preço está bom. Recomendo as pessoas virem comprar”, destacou Luciana.

É um espaço montado pelo segundo ano consecutivo pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), administradora da Ceasa, com bancas cobertas para melhor atender ao público. Clientela formada por consumidores do varejo, empreendedores que geram renda com receitas juninas, restaurantes, bares e revendedores. O espaço procura atender a demanda dos comerciantes da central de abastecimento durante o período em que há aumento na procura por produtos para as festas juninas.

Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena conta que, desde maio de 2024, o Governo do Estado assumiu a administração da Ceasa e, com isso, organiza a realização da Feira Junina, também conhecida como a ‘Feira do Milho’. “É uma feira tradicional, que fazemos desde o ano passado. Um espaço para onde nós trazemos a venda do milho, onde centraliza a venda de todo o milho verde do estado. E a gente também traz a venda de comidas típicas, como amendoim, coco ralado, produtos derivados do milho”, ressaltou. 

Ana Cláudia Dable Santos é comerciante na Feira Junina e está completando 20 anos na Ceasa vendendo só milho, durante o ano todo, em seu box. “No início do mês de junho, a gente vem para cá. Ajuda, porque o espaço é maior, a televisão divulga e o pessoal vem buscar o milho. É o melhor mês para vender”, conta. A comerciante disse que o preço do milho baixou, era a partir de R$ 40,00 a mão com 50 espigas, e agora os valores iniciam a R$ 25,00. Animada, Ana Claúdia faz uma estimativa de venda até o fim da feira. “Daqui para lá, devo vender umas cem mãos por dia”, previu.

José Aparecido, mais conhecido por Cidinho do Céu, está no seu segundo ano participando da Feira Junina. Além de outros quitutes de época, ele produz bolos tradicionais a partir de ingredientes naturais, com menos adição de açúcar e sem leite. Produto diferenciado que no período junino, segundo ele, aumenta a procura em 70%. “Eu faço todo ano, e nessa época que as pessoas compram mais, a gente fica mais à disposição do cliente. Nós trabalhamos muito com coco, porque muita gente tem intolerância à lactose. Aqui nós vendemos água, suco de maracujá, cafezinho, salgados, mungunzá, arroz doce, canjica. Para comer na hora e para levar para casa”, destacou.

Feira Junina da Ceasa Aracaju acontece de 8 a 29 de junho

Aumento na oferta e na procura de produtos juninos motiva realização do evento

Tradicionalmente realizada durante o mês junino, este ano a Feira Junina da Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju, ocorrerá entre os dias 8 e 29 de junho, de segunda a sexta-feira, das 5h às 17h, e no sábado, de 5h às 16h. Aos sábados, também serão realizadas apresentações de trios pé de serra e de quadrilhas juninas, sempre de 9h às 13h. Uma estrutura de tendas, com mais de 100 bancas comercializando todo tipo de comida típica, música, quadrilha e decoração junina, será montada no espaço do estacionamento interno da Ceasa.

O volume de cargas de milho verde já tinha se intensificado no mês de maio, com uma média semanal de 20 caminhões carregados, com até seis toneladas do produto. Contudo, o mês de junho já iniciou a primeira semana ampliando o número de veículos carregados com espigas, agora com uma expectativa de 30 a 40 caminhões por semana. O volume só aumenta, ao ritmo em que também cresce a demanda dos consumidores, ao se aproximarem os dias festivos de São João, no dia 24, e de São Pedro, 29. A Feira Junina da Ceasa surgiu para facilitar o escoamento deste e de outros produtos da culinária junina, in natura, processados ou no preparo de quitutes prontos para o consumo.

Vai ter milho verde in natura ou descascado, ralado, canjica, pamonha, bolo, mingau e outros pratos feitos com milho. O amendoim, cozido ou na composição de outros pratos prontos para o consumo, a macaxeira (aipim ou mandioca), processada ou no preparo de receitas típicas, o coco seco e outras frutas reforçam a variedade de produtos. Já virou tradição, inclusive, o café da manhã na Feira Junina da Ceasa, com todos esses pratos típicos para consumir ainda fresquinhos.

Nova gestão
A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), administra a central de abastecimento desde 1º de maio de 2024. Uma conciliação judicial atendeu a demanda do Ministério Público Estadual de Sergipe e determinou que a companhia pública, proprietária do espaço comercial, deveria substituir a associação de usuários na gestão, que vinha sendo feita desde a década de 1990 pela entidade. Ficou acordado na Justiça e passou a ser o modelo de gestão do Governo do Estado, o mínimo possível de interferência no cotidiano da Ceasa. E isso passa pela manutenção da feira junina, realizada há muitos anos.

Agricultores dos perímetros irrigados devem colher quatro milhões de espigas de milho verde no período junino

O resultado da colheita é bom para o produtor, que melhora a renda familiar, e também para a população, que pode saborear os deliciosos pratos à base de milho verde
Secretário da Agricultura, Zeca da Silva, visita produção de milho em Canindé, ao lado do produtor José Marcos [Foto: Vieira Neto]

Não é exagero dizer que o milho verde é o grande protagonista das comidas típicas dos festejos juninos. E este ano não será diferente, com a expectativa de colheita de quatro milhões de espigas pelos agricultores dos perímetros irrigados mantidos pelo Governo do Estado de Sergipe. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) o resultado do plantio supera a produção do ano passado, que foi de 2,8 milhões de espigas.

O secretário da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, pontuou que a expectativa de produção é feita pelos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), empresa vinculada à Seagri que administra os perímetros públicos irrigados, nos perímetros de Canindé de São Francisco, Lagarto e Itabaiana. Neles, foram plantados 127,5 hectares dos lotes irrigados para a colheita de milho verde. “O levantamento da produção leva em conta as médias de produção nos três perímetros irrigados, que variam entre 26 mil a 40 mil espigas por hectare”, explica.

O agricultor já consegue colher os benefícios do resultado da produção em alta. Para José da Silva Andrade, irrigante do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, a vantagem de plantar milho verde é poder realizar a colheita fora de época, por um preço satisfatório. “Não são todos que conseguem ter isso. Nós conseguimos e para nós que somos produtores é muito bom”, comemora.

No perímetro Califórnia, em Canindé do São Francisco, o produtor José Marcos explica que a produção do milho irrigado tem colheita semanal com venda garantida para além das fronteiras estaduais. “O comércio do produto irrigado alavanca a economia do município e da região, e essa produção só é possível com a irrigação porque aqui no alto sertão temos longos períodos sem chuvas”, destacou.

Além de ingrediente essencial dos deliciosos pratos como canjica, pamonha, o milho é também usado para silagem, para alimentação de animais, ou, como resume o produtor do perímetro irrigado Piauí, no Povoado Brejo, Matheus Santos Jesus, “ele serve para tudo”. O produtor revela que, graças à boa irrigação, é possível plantar e colher o ano todo, sem depender da chuva. “A gente pode ter a colheita, render, agregar um valorzinho, porque tem épocas que só tem a gente e isso sempre é bom”, diz o agricultor.

Outros agricultores estão colhendo a roça de milho pela primeira vez este ano. Helenilson Santos, produtor irrigante do perímetro Irrigado Piauí, Lagarto, colheu recentemente sua primeira roça e já faz a contagem para a próxima colheita, em junho, de cerca de duas mil espigas. Santos tem planos de vender sua produção para comerciantes vizinhos, das quitandas de beira de rodovia. “Tirei as espigas verdes para o comércio local e agora estou fazendo o silo para vender para ração animal. Eu sempre vendo o milho verde e depois faço silo com a folhagem que fica ou passo o trator por cima das palhas, para correção e proteção do solo”, comenta o produtor. Segundo ele, os dois principais motivos do aumento da safra foram o tempo favorável e os insumos bem mais baratos em relação ao ano passado.

Para o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, o crescimento da produção de milho verde está diretamente relacionado ao aumento da demanda. “Nos perímetros irrigados, a água não está faltando para o irrigante plantar e colher até mais de uma vez antes de chegar o período junino. Para atender a demanda que cresceu. Tem uma extensa programação festiva na capital e no interior, do Governo do Estado, dos municípios e assim são muitos dias para comemorar os santos juninos, o que pede mais e mais milho verde”, analisou.

Mais uma vez, a produção de milho verde nos perímetros irrigados irá beneficiar famílias de produtores, e estará presente em abundância nas nossas festas juninas. “O resultado da colheita é bom para o produtor, que melhora a renda familiar, e também para a população, que pode saborear os deliciosos pratos à base de milho verde, como a canjica, pamonha, bolos ou mesmo o milho cozido ou assado”, finaliza Zeca.

[vídeo] Barragens cheias e milho verde para o período junino em Lagarto são destaque no Agro-SE

No Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo de Sergipe em Lagarto, a produção de milho verde é constante, mas para o período das festas juninas, a expectativa é de que os irrigantes atendidos com água de irrigação e assistência técnica agrícola pela CohidroSE colham 579 mil espigas, de um total de 2.847.200 que todos os perímetros irrigados estaduais vão produzir no mês.

Esta foi uma das histórias que o programa Agro-SE, da TV Atalaia, mostrou na quarta-feira, dia 15. Eles visitaram produtores que plantam com a irrigação da Cohidro, ainda no período de estiagem, para colher agora no período de chuva. Confiantes da retomada das festividades depois do fim das restrições sanitárias da pandemia, mas garantidos de que se não vender o milho em espiga, tem muita demanda para a produção de ração animal.

O Agro Sergipe também mostrou que em Itabaiana, as barragens dos perímetros irrigados Poção da Ribeira e Jacarecica I, foram carregadas pelas chuvas das últimas semanas. A do Jacarecica I, encheu, com a água extravasando pelo vertedouro do reservatório já no último dia do mês de maio.

Na barragem Ribeira, que teve sua capacidade ampliada pelas obras de desassoreamento do Programa Pró-Campo, do Governo do Estado. Hoje já vertendo, na época da matéria faltam centímetros para o reservatório verter. Suprindo a expectativa dos técnicos da Cohidro, que administra também estes outros dois perímetros irrigados, e dos 466 irrigantes.

 

[Vídeo] Perímetro irrigado de Lagarto vai ter muito milho verde para as festas juninas

O Programa Sergipe Rural, da Aperipê TV, esteve no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo de Sergipe em Lagarto; para mostrar que os polos irrigados administrados pela Cohidro estão estimando uma produção de milho verde de 2.847.200 espigas. Colheita maior que a do ano passado. A reportagem foi exibida no último sábado (29).

É estímulo ao produtor o fim do isolamento social por conta da pandemia. O que permitiu a realização de eventos públicos. De olho nas pessoas que vão festejar São João e São Pedro, o irrigante aposta em áreas maiores do que no ano passado. Como é visto em lagarto, onde os irrigantes deverão colher em torno de 600 espigas.

[vídeo] Perímetro irrigado de Lagarto está farto de milho para o São João

Assista o vídeo apontando a câmera do seu celular para o QR Code

No último sábado (12) foi exibida no Sergipe Rural, da Aperipê TV, reportagem falando da produção do milho verde no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. Animados com as festividades juninas, quase todo irrigante reservou uma parcela do lote para plantar o milho. Só para o São João é esperada uma colheita de 397.800 kg, equivalente a 612 mil espigas. Ocupando 30,6 hectares irrigados e sob a assistência técnica agrícola da Cohidro.

Milho verde é o carro-chefe de qualquer mesa de festa junina. Cozido, assado, no bolo, cuscuz, pamonha canjica ou mungunzá; atende a todo paladar e neste mês contribui com o aumento na renda dos sergipanos que plantam, transportam e comercializam o produto.

[vídeo] TV Atalaia destaca colheita do perímetro Piauí na produção de milho para São João

Assista o vídeo apontando a câmera do seu celular para o QR Code

Em reportagem da Tv Atalaia sobre a oferta de milho verde para as festas juninas na Ceasa Aracaju, teve a informação de que o Perímetro Irrigado Piauí, ao qual a Cohidro fornece irrigação e assistência técnica agrícola em Lagarto, é um dos principais fornecedores do produto dentro do estado.

No perímetro de Lagarto, somente para o São João é esperada uma colheita de 397.800 kg, equivalente a 612 mil espigas. De janeiro até o fim de junho, a expectativa é de 1 milhão de unidades, já que a produção de milho é durante o ano todo, destacou o gerente do Perímetro, Gildo Almeida.

O secretário de Estado de Agricultura, André Bomfim, expôs também que Sergipe desponta para bater recorde de produção de milho por mais um ano seguido.

Cohidro estima produção de 1.795 T de milho verde irrigado para o período junino

Agricultores de quatro perímetros devem colher 2,3 milhões de espigas em área superior a 120 ha, no período

[Foto: arquivo pessoal]
A pandemia de Covid-19 pode até querer atrapalhar a festa, mas a tradição do consumo de milho verde no período junino resiste, contribuindo não só para a perpetuação da tradição cultural, mas também com a geração de renda para os sergipanos que plantam, transportam e comercializam o produto. Nos perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) não é diferente: o milho verde é o cultivo predominante em praticamente em todos os lotes, seja para comercializar ou para o consumo da família no período de festas. Em quatro dos seis perímetros – Califórnia, Jacarecica I, Piauí e Ribeira – são esperados 1.795.000 quilos colhidos em junho, o que corresponde a 2.332.000 espigas. O perímetro o Califórnia, situado em Canindé de São Francisco, é onde está sendo aguardada a maior colheita: 960 mil espigas só para este mês.

A maioria da produção é destinada à demanda interna, mas existem exceções. No Califórnia os agricultores irrigantes fornecem para feiras livres de algumas cidades de Alagoas. No perímetro Piauí, em Lagarto, o milho verde atende mercados baianos, na região da divisa com Sergipe, como informa o gerente do perímetro, Gildo Almeida. “O pessoal de Paripiranga compra milho verde aqui para vender para aquela região de lá; tem pessoas de Boquim que pegam aqui; e essa semana encontrei um comprador de Campo do Brito”, conta Gildo. Dos perímetros irrigados de Itabaiana também saem cargas diárias para a capital baiana. “Se até o São João não tiver milho chegando em Salvador, com certeza um pouco desse milho daqui deve ser enviado para lá também”, reforçou o técnico agrícola do perímetro Jacarecica I, Simeão Santana.

[Foto: Fernando Augusto]
Derinaldo Brito, irrigante do perímetro Jacarecica I, plantou 0,6 hectares (ha) de milho verde, pensando no São João. “Sempre planto nesse período, para vender na feira mesmo. Este milho faz 50 dias que plantei e vou colher daqui uns 15 dias. Só planto o milho nesse período; tiro a batata-doce e planto; e quanto tirar o milho, ponho o quiabo. Vejo que tá R$ 40 o cento, mas vai depender do tempo”, afirma o agricultor. Não se perde nada no lote. Tem a oferta de palha do pé de milho, depois de colhido verde, e até com, se tiver alguma sobra de espigas: tudo é picado para servir de ração para as vaquinhas que ele cria no lote. “Aproveita a palha para o gado que crio. Dá para aproveitar a palha do milho, o milho e a rama da batata”, completa Derinaldo. No Jacarecica I, foi estimada a área de 37 ha plantada para o período junino de 2021, o que pode promover uma colheita de 481 toneladas, ou 740 mil espigas.

Em Canindé, para o período junino neste ano, foram plantados 48 hectares de milho verde irrigado também pensando nos festejos, o que pode render, aproximadamente, a colheita de 624 toneladas. Mas, segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, nem todo esse milho tem como destino certo a mesa dos sergipanos. “Nós temos uma produção de milho que irá atender, na época junina, a população do Estado de Sergipe, mas nessa produção, principalmente em Canindé, há uma predisposição dos irrigantes em produzir milho também para que, no próximo verão, possa acontecer a integração entre o irrigado e o sequeiro, para o fornecimento de ração para os animais da nossa bacia leiteira”, explica João Fonseca.

Manoel Alves [Foto: arquivo pessoal]
A gerente do Califórnia, Eliane Moraes, reforça que a produção de milho no perímetro do Alto Sertão Sergipano é continuada, acontecendo durante todo ano. “Neste mês de junho ainda vão plantar mais, e colher em 65 dias. Cerca de 16 hectares foram plantados em maio, para colher lá para agosto”, revela a gerente. O irrigante no perímetro Califórnia planta o milho com a certeza de que vai colher, já que a irrigação fornecida diariamente garante o desenvolvimento das plantas e também tem a certeza de que, se não for como espiga, ele vai encontrar comprador para outros usos do produto. Um deles é Manoel Alves, que sempre aproveita esta época para plantar milho, esperando as boas vendas. “Plantei uma roça, uma tarefa (0,33 ha) de milho para vender agora no São João, mas se não vender a gente sabe que dá para fazer outras coisas com ele”, confirma o agricultor.

 

 

 

Perímetro irrigado de Lagarto estima colheita de 1M de espigas de milho verde até o São João

Produtividade média no perímetro administrado pela Cohidro é de 20 mil espigas por hectare
Renilson de Jesus [foto reprodução]
Às vésperas do ciclo junino, os levantamentos prévios da produção de milho verde no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, já registram aumento. O incentivo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que fornece irrigação e assistência técnica agrícola aos lotes durante o ano inteiro, tem repercutido na expectativa de colheita de 663 toneladas de milho verde, de janeiro até o São João, auge da demanda pelo produto. No comparativo com 2020, é possível verificar que, somente a parcial de sete meses, já supera o resultado registrado no ano passado quando foram colhidos 523.190 kg. O bom preço e a expectativa de um mês junho mais aquecido para as vendas têm incentivado o aumento da produção entre os irrigantes.Renilson de Jesus, agricultor irrigante do perímetro Piauí, conta que decidiu cultivar o milho verde pela rapidez da colheita e pelo fácil comércio. Ele, como quase todo produtor com lote no perímetro irrigado de Lagarto, cultiva uma parte da área com o milho, nem que seja para o consumo da família durante as festividades de Santo Antônio, São João e São Pedro.  “Decidi plantar pela questão da agilidade. São 75 dias para colher esse milho ‘feroz’ aqui. Posso colher de inverno a verão e repassar para os compradores”, explica. O que anima bastante os agricultores é o preço que eles estão conseguindo pelo produto: estão vendendo a espiga, no campo, por R$ 0,40 a unidade.Apesar da tradição do município ser o plantio da mandioca, em que o cultivo pode ser feito todo sem irrigação, com a chegada do perímetro irrigado em Lagarto, os agricultores têm mudado seus investimentos, como aponta o gerente do Piauí, Gildo Almeida. “Hoje os produtores estão investindo mais na rotação de cultura e, com a assistência técnica da Cohidro aqui no perímetro, o milho verde está sendo produzido em grande quantidade no ano todo”, afirma o gerente. Gildo destaca que, além da venda do milho para consumo, boa parte da produção também é utilizada como silagem para alimentação animal. Dessa forma, o risco que o produtor irrigante tem com o milho é mínimo. Se ele não conseguir escoar a produção de espigas, pode vender os pés de milho – com ou sem espigas – para servir de ração.Para o agricultor Rafael Barbosa, que utiliza o sistema de irrigação por gotejamento para produzir milho verde continuamente, no perímetro Piauí, somente em seu lote, a previsão de produtividade gira em torno de 38 mil espigas por hectare. “Com a irrigação, conseguimos manter a produção o ano todo, mas para a época do São João o plantio deve ser feito em abril. Aí conseguimos vender tanto para as cidades vizinhas quanto para fora do estado. E o que sobra damos para o gado”, conta Rafael.  Mais eficiente, em comparação aos sistemas de aspersão, a irrigação por gotejamento é localizada, só molhando o pé da planta, sem desperdiçar água – o que também favorece o uso da fertirrigação, quando os fertilizantes são diluídos na água da irrigação para adubar a planta automaticamente.Segundo o gerente do perímetro Piauí, neste ano, o plantio começou cedo. “No mês de janeiro já tínhamos áreas plantadas. A previsão é de mais de 51 hectares plantados, dando uma estimativa de produção de mais de 663 mil kg de milho verde colhidos até o fim do mês de junho”, afirma Gildo Almeida. Considerando a média de 20 mil espigas por hectare registradas no perímetro irrigado de Lagarto, a produção esperada até São João é de 1.020.000 de espigas colhidas.

[vídeo] AGRO SE – Cohidro contribui com a produção de milho verde em Lagarto

Assista o vídeo apontando a câmera do seu celular para o QR Code

O primeiro programa Agro SE, exibido pela TV Atalaia nesta quarta-feira (12), destacou a produção de milho no estado de Sergipe. E para falar da cultura, não pode deixar de faltar da produção de milho verde a partir da irrigação pública oferecida pelo Governo de Sergipe através dos perímetros irrigados da Cohidro.

A reportagem do programa, apresentado por Sayorana Hygia, foi até o Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, mostrar que tem produtor investindo no milho verde, contando com a água e assistência técnica agrícola oferecida pela Cohidro.

Última atualização: 26 de maio de 2021 18:58.

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