Cohidro estuda transferência de tecnologia de produção de leite entre Tobias Barreto e Canindé

Visitação ocorreu em um período em que as pastagens se recuperam de uma das piores secas – Foto Fernando Augusto (Ascom Cohidro)

Quinta-feira, 8, foi dia de visita em que técnicos do Perímetro Califórnia e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em Canindé de São Francisco, visitaram os colegas e conheceram a estrutura e modelo produtivo do Jabiberi, em Tobias Barreto. Ambos polos agrícolas são atendidos pela infraestrutura de irrigação do Governo do Estado, administrada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). A intenção é a transferência de tecnologia do programa ‘Balde Cheio’ de produção de leite, implantado no Centro Sul Sergipano desde 2010, para o Alto Sertão.

O Perímetro Irrigado Jabiberi, que fica 123 Km ao sudoeste de Aracaju, focou sua aptidão à criação de gado leiteiro quando, em 2010, a assistência técnica e a irrigação pública da Cohidro, a consultoria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Sergipe (Sebrae-SE) e financiamento do Banco do Brasil, possibilitaram a implantação do modelo de produção de leite do ‘Balde Cheio’, criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em sua unidade de São Carlos-SP. Técnico agrícola da Cohidro que acompanha o projeto desde o início, José Reis Coelho contabiliza os resultados obtidos.

“Após os dois anos introdutórios do programa, o resultado do Balde Cheio foi de 40 criadores que aderiram ao sistema e hoje produzem juntos uma média diária de 3,7 mil litros de leite, 73% a mais do que era gerado no início do programa. Num dos melhores anos de produção, 2015, foram gerados 1.342.795 litros de leite, 8,7% a acima do ano anterior”, salienta Coelho. Ele e o gerente do Perímetro, José Fernandes de Oliveira, receberam os visitantes com uma palestra que ilustrou todos os aspectos técnicos do programa, seguido de uma visita até dois produtores que aderiram ao sistema de produção e o conservam até hoje.

A essência do sistema de manejo do Balde Cheio consiste em dividir a área de pastagem irrigada em pequenos piquetes, onde os animais pastam por 12 ou 24 horas, a depender do tamanho do rebanho e deste cercado. No turno seguinte, este mesmo gado é realocado noutro espaço em que o capim está alto e pronto para o pastejo. O pasto antes usado para alimentar as vacas, vai repousar por cerca de 12 dias até novamente servir de alimento, tempo em que recebe irrigação diária e adubação para se recuperar. Fora isso, há orientações que envolvem a disponibilidade de água em tempo integral e uso de alimentação complementar à base de proteína encontrada na gliricídia, planta arbórea que, se plantada na área comum ao gado, ainda serve de sombra, outro fator obrigatório no programa de produção de leite.

Técnico agrícola do Cohidro em Canindé, distante 213 Km da Capital, Joaquim Ribeiro ficou animado com a possibilidade do ‘Balde Cheio’ ser implantando também no Alto Sertão. “Sim, é possível sim, é uma boa alternativa para os pequenos agricultores lá do Califórnia, porque eles sentem muitas dificuldades com a comercialização com os produtos que eles produzem lá no perímetro e o leite é muito bom a comercialização é muito fácil, que nem foi dado depoimento dos produtores aqui do Jabiberi, que não tem dificuldade nenhuma de vender o leite, sempre comercializam tudo que tem”, avaliou.

Para o presidente da Cohidro, José Carlos Felizola, a introdução do programa em Canindé tem tudo a ver com a característica da região. “A aptidão de todo Alto Sertão Sergipano, quando se fala da atividade rural, é a pecuária e mais precisamente, a que envolve a produção de leite. Embora o Perímetro Califórnia tenha sido projetado para a produção vegetal (fruticultura e horticultura), a possibilidade de um sistema de produção leiteira, sem aquela necessidade de vastas áreas de terra, a partir dos piquetes irrigados, pode ampliar a renda ao homem do campo. Ao diversificar os produtos gerados em sua área irrigada, ele dispõe de maior retorno financeiro”, defende.

Lenaldo Soares da Silva, mais conhecido por Galego, defende que o programa trouxe benefícios aos produtores que aderiram, no Jabiberi. “Compensa, é muito bom o Balde Cheio, antes eu produzia 20 litros, 30, disso para trás.Hoje, eu já alcancei 200 litros, que foi do começo do Balde Cheio, aquilo foi uma maravilha para mim. Agora ‘descambou’ um pouco, mas que o projeto foi bom para nós, foi sim. Hoje eu estou com 70 e poucos litros, mas eu sei que lá na frente eu vou conseguir um objetivo maior. Foi por causa da seca, das águas que não tivemos. Como você está vendo, está bom agora, mas há um mês atrás, era tudo seco”, recorda.

O diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto explicou que a partir de dezembro passado, em face do baixo nível hídrico da Barragem do Jabiberi, a prioridade do ficou sendo apenas com a dessedentação animal, isso para poder garantir reservas para a captação feita pela Deso, que fornece água potável à sede municipal e povoados. “Antes que não fosse possível nem matar a sede do gado, foi decidido interromper o fornecimento da água usada para irrigar a pastagem, mantendo o fornecimento somente duas vezes por semana. E isso durou até o início das chuvas, em abril, quando a barragem foi recarregada, até verter”, justificou. Para ele, “a importância dessa visita técnica é a possibilidade de implantarmos o projeto em Canindé visando oferecer mais uma atividade econômica aos produtores, bem como um melhor aproveitamento dos lotes irrigados, diversificando suas atividades”.

A viabilidade em Canindé
Vereador de Canindé e irrigante do Califórnia, Adriano de Bonfim acompanhou os técnicos da Cohidro e Emdagro na visita a Tobias Barreto, tanto para conhecer o método, pensando em modificar a forma como cria seu gado, como também foi representando a Câmara e a população canindeense, que viria a ser beneficiada, caso seja implantado em seu município o programa. “Bom, muito bom, é uma experiência, uma oportunidade que poucos produtores têm. Isso é um avanço, Canindé está precisando não ficar naquela rotina do quiabo, tem de ter uma mudança, e isso aí é uma solução para a bacia leiteira no Alto Sertão”.

Eliane de Moura Moraes, gerente do perímetro da Cohidro em Canindé, foi quem organizou a visita e avalia qual foi o retorno da viagem técnica. “Foi importantíssima, porque a gente viu a viabilidade de implantar esse projeto lá no Califórnia.E hoje, eu já estou considerando isso uma realidade, porque você viu o produtor que veio, o Adriano de Bonfim, vereador da cidade e também os técnicos aqui. Viu o entusiasmo e eles é que vão fazer essa implantação.E a gente fica feliz, isso vai melhorar a condição do produtor, a condição econômica e financeira do produtor, que as vezes fica limitado a uma cultura e que vai abrir horizontes”, considerou.

 

Gestora da Emdagro de Canindé, Rita Selene Quixadá Bezerra participou da visita a Tobias Barreto para conhecer o Balde Cheio.“Foi fantástico, tudo foi muito valido e é um projeto que eu acredito que dê muito certo”, considera. Sua instituição é responsável pela assistência técnica à pecuária em todo Estado e ela, também Médica Veterinária, vê possibilidade de sua equipe contribuir na implantação do projeto no Alto Sertão. “Com certeza, a parceria é boa com a Cohidro, com Eliane, e eu acredito que a gente vai dar bem certo. Como sou técnica da Emdagro, tem a parte vegetal, mas tem a animal, principalmente quando entra na parte de saneamento animal, na parte de manejo, de boas práticas na produção de leite”.

Presenças
Também participaram da visita ao Jabiberi os técnicos agrícolas do Califórnia Edmilson Cordeiro, Roberto Ramos (Beto) e Tito Reis; os auxiliares técnicos da Cohidro, Andrea Santtos, do Califórnia e Jonathas Bruno, da Gerência de Desenvolvimento Agrícola (Gedea).

Milho produzido no Perímetro de Canindé promove integração Irrigado-Sequeiro ao servir à nutrição animal

Variedades hoje utilizadas pelos irrigantes, alcançam o tamanho de colheira do milho verde aos 70 dias e aos 85, está pronto para fazer silagem – foto Fernando Augusto (Ascom-Cohidro)

A utilização e comercialização do milho para a formulação de ração animal é cada vez mais constante dentre os produtores irrigantes do Perímetro Irrigado Califórnia em Canindé de São Francisco, há 213km de Aracaju. Infraestrutura hídrica criada pelo Governo do Estado, e administrada pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), para desenvolver a agricultura no Semiárido, mas que vem fornecendo a alimentação à pecuária, via silagem ou produção de feno.

Como silagem ou na produção de feno, processo ocorre aproveitando a palhada, após a colheita, ou ainda destinando toda ou parte da lavoura para a formação da forragem. Isso resulta em uma integração da agricultura irrigada – feita no Perímetro – e a pecuária leiteira, nas áreas de sequeiro. Ou seja, propriedades rurais fora do projeto de irrigação pública e que não contam diretamente com o benefício, estão tendo acesso à ração animal por esta via.

José Carlos Felizola, diretor-presidente da Cohidro, considera positivo o fenômeno, por mais pessoas serem assistidas indiretamente pela Companhia, e isso no Semiárido Sergipano, região carente de recursos hídricos para manter qualquer cultivo voltado à nutrição animal.

“Ocorre uma ampliação da área assistida pelo Governo do Estado com a irrigação pública, para além do território que compreende o Perímetro da Cohidro. No Sertão, aonde a principal atividade rural e a pecuária leiteira. Isso reflete positivamente em uma maior resistência do sertanejo, criador de gado de leite, aos efeitos da seca”, considerou Felizola.

Agricultor irrigante do Califórnia, José Leidison dos Santos, produz milho para vender espiga destinada ao consumo humano, mas também a palhada ou o pé inteiro, para fazer forragem de nutrição animal. “O preço aqui varia, vai de R$ 0,25, mas dependendo da precisão, o cara paga até R$ 0,50 o quilo da ração e a gente tira a espiga também. A gente tira assim, suponha que seja 2ha. Tira um para vender a espiga, porque ajuda você financeiramente a pagar uma gradiação de terra, pagar um adubo, um trabalhador, ajuda muito. Porque se você plantar só para vender a ração não sai, é muita gente que trabalha né? Então, a gente tem que saber dosar dos dois lados”.

Já Pedro Luís Martins, produz o milho, irrigado no Califórnia, só para fazer a silagem, alimento para sua própria criação de gado, atualmente de 15 novilhos. “85 dias o pé está pronto para silagem, ele já tem espiga né? Já está no ponto de silagem. Aí é só botar debaixo da lona para cozinhar. Aí, quando der 45 dias, você pode dar ao gado. Mas dependendo da lona, você pode colocar 1 ano, 2 anos, 3 anos”. O método que o agropecuarista usa se adéqua ao fato de lavoura, silo e criação estarem em um mesmo lote, mas a palhada com a espiga também pode ser triturada e desidratada, em forma de feno, o chamado ‘rolão’, que facilita inclusive no armazenamento e transporte.

Mercado
Em Canindé, o milho do período junino pode sair da lavoura há preços de até R$0,50 a espiga e neste ano foram plantados 90,775ha pensando nos festejos, o que pode render, aproximadamente, a colheita de 2,95 milhões de espigas. Mas segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Quintiliano da Fonseca Neto, nem todo este milho tem, como destino certo a mesa dos sergipanos.

“Nós temos uma produção de milho que irá atender, na época junina, a população do Estado de Sergipe. Nessa produção, principalmente em Canindé de São Francisco, há uma predisposição dos produtores em produzir milho também para que no próximo verão, no segundo semestre de 2017, possa estar havendo a integração entre o irrigado e o sequeiro, para o fornecimento de ração para os animais da pecuária leiteira do nosso Sertão Sergipano”, justificou João Fonseca.

Técnico agrícola e servidor da Cohidro, alocado no Perímetro Califórnia, Tito Reis explica como os produtores que ele assiste, nos lotes irrigados, fazem a comercialização da ração animal. “Além dos produtores que plantam para o consumo humano, a palhada se utiliza para forragem, então o produtor tem diversas formas de melhorar o seu sistema de comercialização. Existem pessoas que vem com o interesse de querer o milho completo, ou seja, o pé junto com a espiga, para pode enriquecer a base nutricional da forragem. E existem outros compradores, que compra o milho, só o palhagem. Eles não levam em consideração muito, para diminuir o custo, ele usa só a palha como base nutricional para os animais, e ai deixa para o produtor, a espiga, que ele consegue vender para os mercados, dentro do Estado e até fora dele, como Salvador, Maceió e no Ceasa em Aracaju”.

Missão do Banco Mundial para o PAS se reúne com Governador e órgãos estaduais

Fotos: Jorge Henrique/ASN

Em reunião entre o governador Jackson Barreto e o Banco Mundial nesta terça-feira, 09, foi informado que o município de Itabaiana iniciará, em breve, os trabalhos da segunda etapa da obra de saneamento básico, que compreende intervenções de esgotamento sanitário e macrodrenagem no centro da cidade. A novidade foi anunciada em meio a conversa do governador com membros da missão do Banco, que veio ao estado para realizar um balanço das últimas ações implementadas pelo programa Águas de Sergipe. A segunda etapa da obra de Itabaiana é um investimento de R$ 45 milhões e, dentre outros objetivos, vai possibilitar que a população deixe de sofrer com as consequências das enchentes, acabando, assim, com prejuízos de ordem financeira e de saúde pública.

Em reunião entre o governador Jackson Barreto e o Banco Mundial nesta terça-feira, 09, foi informado que o município de Itabaiana iniciará, em breve, os trabalhos da segunda etapa da obra de saneamento básico, que compreende intervenções de esgotamento sanitário e macrodrenagem no centro da cidade. A novidade foi anunciada em meio a conversa do governador com membros da missão do Banco, que veio ao estado para realizar um balanço das últimas ações implementadas pelo programa Águas de Sergipe. A segunda etapa da obra de Itabaiana é um investimento de R$ 45 milhões e, dentre outros objetivos, vai possibilitar que a população deixe de sofrer com as consequências das enchentes, acabando, assim, com prejuízos de ordem financeira e de saúde pública.

Em reunião entre o governador Jackson Barreto e o Banco Mundial nesta terça-feira, 09, foi informado que o município de Itabaiana iniciará, em breve, os trabalhos da segunda etapa da obra de saneamento básico, que compreende intervenções de esgotamento sanitário e macrodrenagem no centro da cidade. A novidade foi anunciada em meio a conversa do governador com membros da missão do Banco, que veio ao estado para realizar um balanço das últimas ações implementadas pelo programa Águas de Sergipe. A segunda etapa da obra de Itabaiana é um investimento de R$ 45 milhões e, dentre outros objetivos, vai possibilitar que a população deixe de sofrer com as consequências das enchentes, acabando, assim, com prejuízos de ordem financeira e de saúde pública.

De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Olivier Chagas, que também acompanhou a reunião, nos próximos dias começará o processo licitatório da última etapa da intervenção de saneamento básico de Itabaiana. “Já recebemos autorização do banco para que possamos lançar o edital e, através dele, possamos contratar a empresa que vai executar essa obra, que é muito importante a aguardada pelo povo da cidade”, complementou.

O governador Jackson Barreto destacou que as obras de saneamento vão proporcionar um grande benefício para os moradores. “Vai começar a obra de macrodrenagem de Itabaiana e as pessoas muitas vezes se sentem chateadas com o desconforto que uma intervenção dessas ocasiona, pois vai abrir 7 km de ruas no centro de Itabaiana. Uma obra, quando é enterrada, as pessoas não valorizam. Mas essa é uma intervenção de maior importância para a vida da população e para melhorar a qualidade de vida de quem mora no município, pois todo os anos as enchentes causam um desconforto na vida dos moradores. Além dessa obra, estamos fazendo obra de esgotamento junto ao Açude da Marcela, que é um investimento da ordem de R$ 25 milhões. Com isso, Itabaiana também passará a ter um sistema de esgotamento sanitário mais perfeito”, ressaltou Jackson, acrescentando que essa última intervenção vai proporcionar que o Açude seja despoluído.

A obra de saneamento de Nossa Senhora das Dores também foi citada na reunião com o Banco Mundial. Segundo a especialista sênior em recursos hídricos do Banco Mundial, Paula Freitas, o sistema de esgoto deve ser concluído nos próximos quatro ou cinco meses.

Para o governador, o destaque dessa obra em Dores é a preservação da nascente do rio Sergipe. “Além de Itabaiana, temos o caso de Nossa Senhora das Dores, que está servindo como projeto piloto/modelo para o estado, pois estamos fazendo ali uma estação de tratamento e esgotamento sanitário e ligações em seis mil residências. Isso significa uma revolução dentro do município. Essa obra é um investimento de R$ 23 milhões”, pontuou o governador.

O secretário Olivier Chagas explica que o governador está preocupado que as obras de saneamento causem o menor impacto possível na vida da população. “Jackson quer que a gente esclareça à população sobre as obras e a deixe a par do que será feito, pois, dessa maneira, teremos a sociedade esclarecida e como nossa parceira. Ela vai saber que a obra é um incômodo, mas que trará um benefício bem maior no futuro”.

Para além das obras de saneamento, a reunião desta segunda também foi importante para anunciar outra novidade: a chegada de recursos em Sergipe, via Banco Mundial, para serem empregados na área da saúde. Olivier Chagas conta que são R$ 25 milhões para investir principalmente na área de combate às questões do vírus da Zika. “Estamos estruturando nossos hospitais para que possam oferecer um atendimento especial àquelas pessoas que tiveram problemas com a Microcefalia. O Estado, dessa forma, está demonstrando sua sensibilidade”, comentou.

Missão do Banco
Para a representante do Banco Mundial, Paula Freitas, a vinda da missão para Sergipe e a reunião com o governador foram proveitosas. “Ficamos muito satisfeitos. O governador é muito consciente das obras. Ele tem um conhecimento bem próximo de tudo o que está sendo feito e tem uma lembrança muito grande de outros momentos em que ele esteve envolvido nessas discussões. Ou seja, o apoio do Governo do Estado ao projeto é muito grande e relevante para que consigamos, de fato, ter bons resultados”, relatou.

Paula conta que o programa Águas de Sergipe está avançando bem e que de tempos em tempos o banco vem ao estado para realizar um acompanhamento das obras. “E hoje tratamos sobre vários assuntos com o governador, principalmente, dando a ele ciência do andamento e da proximidade de conclusão de algumas obras. Conversamos também sobre outras ações relacionadas à gestão de recursos hídricos do estado, a importância de te rum planejamento de recursos hídricos adequado para lidar com situações de escassez, e outras iniciativas que estão envolvidas dentro do projeto, como um apoio a alguns perímetros irrigados que estão sob responsabilidade da Cohidro”, esclareceu.

O governador Jackson Barreto falou sobre a satisfação do Banco Mundial com relação ao andamento das ações em Sergipe e registrou que acredita que as intervenções no estado tiveram um impulso muito grande a partir da presença de Olivier como secretário de Meio Ambiente.

Sobre as ações do Águas de Sergipe, Olivier Chagas afirmou que são 80 intervenções dentro da bacia do rio Sergipe, dentre elas estão as obras de revitalização dos perímetros irrigados Jacarecica I e II e o da Ribeira. “Temos ainda obras de reflorestamento em toda a bacia do rio, além de ações de Educação Ambiental e parcerias com a Emdagro e Cohidro para buscar reestruturar esses órgãos que são fundamentais para poder prestar uma boa assistência em nossa Agricultura e Pecuária”, concluiu.

Águas de Sergipe
O Banco Mundial investe em Sergipe US$ 70 milhões, o equivalente a R$ 220 milhões, e o Estado já cumpriu sua contrapartida de R$ 112 milhões. O programa resulta de contrato firmado entre Governo do Estado e Banco Mundial e a iniciativa tem como finalidade a melhoria da qualidade da água da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe. A coordenação é da Semarh e fazem parte Deso, Cohidro e Emdagro.

 

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

 

Salvaguardas do PAS

A Companhia de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) reuniu-se na manhã do mesmo dia, na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), juntamente com a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a missão do Banco Mundial, para tratar da “revisão das salvaguardas” do Programa Águas de Sergipe (PAS).

Representaram a Cohidro, o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola, João Quintiliano da Fonseca Neto e a Gerente Geral dos Perímetros Irrigados, Maria Lúcia Ferraz. Representavam o Banco, os consultores Agnes Veloso, da área ambiental e Alberto Costa, da área social.

Cohidro desenvolve convênio com o Banco Mundial no PAS, que no Estado é gerido pela SEMARH e a Companhia contará com recursos na ordem de R$ 43 milhões para investir nos seus polos irrigados. “São R$ 33 milhões para modernização da irrigação nos perímetros da Ribeira e do Jacarecica I (Itabaiana e Areia Branca), onde o sistema vai ser todo automatizado e de funcionamento noturno, economizando tanto água quanto energia elétrica. Nesses, e também no Perímetro Jacarecica II (Riachuelo, Malhador e Areia Branca), haverá ainda investimentos na segurança e adequações ambientais nas barragens. Os outros R$ 10 milhões compreendem investimentos em conjunto com os outros órgãos e secretarias de Estado”, adianta João Fonseca.

Fonte: Ascom/Cohidro

 

Última atualização: 16 de outubro de 2017 09:20.

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